Orientações para a organização do ciclo inicial de alfabetização ...
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como sílabas, começos ou finais <strong>de</strong> palavras, rimas e outras unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> sistema fonológico. Somente assim estabelecerá relações entre a<br />
escrita e a ca<strong>de</strong>ia sonora das palavras, apreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> regras <strong>de</strong> correspondência entre grafemas e fonemas.<br />
Em outros termos, a consciência fonológica e os processos <strong>de</strong><br />
codificação e <strong>de</strong>codificação são requisitos essenciais à <strong>alfabetização</strong>.<br />
Para a criança que se inicia nesse processo, o uso da <strong>de</strong>codificação é<br />
mais pertinente e necessário <strong>do</strong> que <strong>para</strong> um leitor avança<strong>do</strong> ou<br />
fluente que, gradualmente, po<strong>de</strong>rá "aban<strong>do</strong>nar" parte da<br />
<strong>de</strong>codificação na leitura.<br />
Reconhecida essa importante dimensão que é valorizada pelos<br />
méto<strong>do</strong>s sintéticos, algumas questões problemáticas <strong>de</strong>vem ser<br />
apontadas. A primeira <strong>de</strong>las é que, apesar <strong>de</strong> focalizarem a pauta<br />
sonora, <strong>de</strong>ten<strong>do</strong>-se nas menores unida<strong>de</strong>s da língua, esses méto<strong>do</strong>s<br />
não resolvem a complicada relação entre a fala e a escrita. Sabe-se<br />
que, em alguns casos, há uma relação direta entre essas duas<br />
modalida<strong>de</strong>s da língua. Em vários outros, porém, a escrita não<br />
representa os sons da fala. Assim, em algum momento, o aprendiz<br />
tem que se <strong>de</strong>svincular da fala <strong>para</strong> codificar (escrever) e <strong>de</strong>codificar<br />
(ler) palavras, frases e textos.<br />
As capacida<strong>de</strong>s<br />
progressivas no campo da<br />
leitura são <strong>de</strong>scritas na<br />
seção 3 <strong>do</strong> ca<strong>de</strong>rno 2.<br />
A discussão das relações<br />
(diferenças e semelhanças)<br />
entre língua oral e língua<br />
escrita é feita nas seções 4 e 5 <strong>do</strong> ca<strong>de</strong>rno 2.<br />
Um segun<strong>do</strong> problema que se po<strong>de</strong> apontar é que essas abordagens meto<strong>do</strong>lógicas <strong>de</strong>scontextualizam a escrita, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> seus usos<br />
e funções sociais. Para o adulto, a escrita po<strong>de</strong> parecer simples, se for pensada <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista das relações fonema/grafema.<br />
Para uma criança, aprendiz iniciante <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> escrita, po<strong>de</strong> ser uma gran<strong>de</strong> abstração<br />
<strong>de</strong>ter-se em fonemas e ca<strong>de</strong>ias sonoras apenas aparentemente fáceis, como ai, oi, au, ua. Da<br />
mesma forma, se os livros ou professores se concentram somente em sílabas, palavras, frases<br />
ou textos <strong>para</strong> o mero treinamento <strong>de</strong> letras, fonemas ou sílabas já estudadas ou conhecidas,<br />
O caso <strong>de</strong> Débora po<strong>de</strong> ser<br />
relembra<strong>do</strong> nesta seção,<br />
pois continua sen<strong>do</strong> um<br />
bom exemplo <strong>do</strong>s efeitos