01.08.2013 Views

Orientações para a organização do ciclo inicial de alfabetização ...

Orientações para a organização do ciclo inicial de alfabetização ...

Orientações para a organização do ciclo inicial de alfabetização ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

operacionalizar uma proposta didática coerente com essa integração, fixan<strong>do</strong>-se em apenas um<br />

<strong>do</strong>s pólos, nas ativida<strong>de</strong>s sugeridas a alunos e professores, ou apenas misturan<strong>do</strong> exercícios<br />

pertinentes às duas orientações meto<strong>do</strong>lógicas.<br />

a escolhas <strong>de</strong> livros<br />

didáticos será objeto da<br />

próxima seção <strong>de</strong>ste<br />

ca<strong>de</strong>rno.<br />

Uma reflexão necessária, portanto, <strong>de</strong>ve se centrar na avaliação da consistência da proposta meto<strong>do</strong>lógica, que não po<strong>de</strong>ria se limitar a uma<br />

soma ou justaposição <strong>de</strong> princípios, sem clareza sobre suas implicações didáticas.<br />

No contexto <strong>de</strong>ssas contradições, acentuou-se, nos últimos anos, a crítica a diversos componentes<br />

<strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>alfabetização</strong>, por vezes radicalizada em uma ampla rejeição aos méto<strong>do</strong>s, sob<br />

alegação <strong>de</strong> que eles:<br />

Essa tendência é<br />

problematizada no<br />

ca<strong>de</strong>rno 1. Ver também<br />

SOARES, 2002.<br />

• Estariam <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as formas <strong>de</strong> raciocínio <strong>do</strong> aprendiz, não valorizan<strong>do</strong> suas tentativas espontâneas <strong>de</strong> representar relações entre<br />

fonemas e grafemas ou <strong>de</strong> chegar, por outras vias, a elaborações conceituais sobre a palavra, a frase ou o texto;<br />

• Estariam, como conseqüência da razão anterior, prescreven<strong>do</strong> e controlan<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> aprendizagem <strong>do</strong>s alunos, não permitin<strong>do</strong> a<br />

progressão e a autonomia no uso <strong>de</strong> suas capacida<strong>de</strong>s;<br />

• Impediriam a autonomia <strong>do</strong> próprio professor, protagonista principal nas <strong>de</strong>cisões sobre a condução <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>alfabetização</strong>;<br />

• Estariam restringin<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> escrita à fixação, ora em uma unida<strong>de</strong> da língua, ora em uma seqüência repetitiva, ora em um<br />

padrão textual artificial;<br />

• Apresentariam a língua escrita ao aprendiz iniciante <strong>de</strong> forma controlada, não abordan<strong>do</strong> contextos e usos sociais que escapem ao padrão<br />

ou mo<strong>de</strong>lo previsto.<br />

Uma das perspectivas críticas mais contun<strong>de</strong>ntes po<strong>de</strong> ser situada na oposição entre os méto<strong>do</strong>s consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s tradicionais e os méto<strong>do</strong>s<br />

naturais ou <strong>de</strong> imersão na língua. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a vertente "tradicional" excessivamente diretiva, os méto<strong>do</strong>s naturais <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>riam uma<br />

perspectiva mais espontânea, ou não diretiva, no ensino-aprendizagem da escrita e da leitura, valorizan<strong>do</strong> a busca <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s, em<br />

situações em que haja necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escrever ou ler, regida pelas circunstâncias <strong>do</strong> trabalho e pelos interesses <strong>do</strong>s alunos, com pouca<br />

intervenção <strong>do</strong> professor. Apesar <strong>de</strong>ssa valorização da ativida<strong>de</strong> da criança, a ausência <strong>de</strong> sistematização no ensino oferece riscos <strong>de</strong> um<br />

"espontaneísmo" excessivo, que certamente compromete a aquisição <strong>de</strong> um sistema complexo como o da escrita.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!