Processos projetuais para a criação em Design de Moda: pesquisas ...
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<strong>Processos</strong> <strong>projetuais</strong> <strong>para</strong> a <strong>criação</strong> <strong>em</strong> <strong>Design</strong> <strong>de</strong> <strong>Moda</strong>: <strong>pesquisas</strong> teóricas e referenciais<br />
no <strong>de</strong>senvolvimento projetual, on<strong>de</strong> o briefing do que será projetado é dado pelo<br />
<strong>de</strong>signer, diferente <strong>de</strong> algumas áreas on<strong>de</strong> é dado pelo cliente.<br />
As <strong>pesquisas</strong> referenciais, sobre o mercado, tendências e as que envolv<strong>em</strong> o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um conceito e <strong>de</strong> um t<strong>em</strong>a <strong>para</strong> uma coleção, são o ponto <strong>de</strong><br />
partida. As interconexões começam nelas, pois <strong>para</strong> que uma idéia se forme e se<br />
configure, múltiplas ligações se realizam, estabelecendo, <strong>de</strong>ssa forma, um caminho <strong>de</strong><br />
mão dupla, que une todas as informações <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>las.<br />
O Universo Referencial:<br />
Mercado<br />
A questão da <strong>de</strong>finição do mercado consumidor e do mercado produtor (mais<br />
comumente chamado <strong>de</strong> segmento), como o primeiro passo a ser dado pelo <strong>de</strong>signer, é<br />
unânime, tanto na literatura, quanto na opinião dos <strong>de</strong>signers. Mas também é possível,<br />
<strong>em</strong> alguns projetos, que este não seja o primeiro passo a ser realizado.<br />
O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> moda, segundo CARR e POMEROY (1992), começa com a<br />
pesquisa <strong>de</strong> mercado, consumidor e produtor, e continua criando novas formas e estilos,<br />
<strong>de</strong>senvolvendo amostras, refinando os objetivos <strong>de</strong> negócios e estabelecendo relações<br />
comerciais. Encontra-se na afirmação dos autores a forma como que, industrialmente, o<br />
<strong>de</strong>sign <strong>de</strong> moda se estabelece:<br />
A essência da criativida<strong>de</strong> não é uma noção romântica <strong>de</strong> que a imaginação<br />
está no ar e, somente um talento genial po<strong>de</strong> pegá-la, mas sim, encontram-se<br />
na seleção <strong>de</strong> informações, ações e <strong>de</strong>finições que permeiam uma proposta<br />
<strong>de</strong>finida (CARR e POMEROY, 1992, p. 18).<br />
Na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>para</strong> qu<strong>em</strong> criar e produzir, assim como o que produzir, o <strong>de</strong>signer<br />
estabelece o núcleo central que formará a base <strong>de</strong> toda a sua coleção.<br />
<strong>Moda</strong> é um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> renovação, ligado ao universo da significação e, portanto, da<br />
cultura. Ela não se restringe ao vestuário, mas sim a tudo o que se relaciona ao caráter<br />
das socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas e individualistas. Ela, segundo SANT’ANNA (2007, p. 88)<br />
“articula as relações entre os sujeitos sociais a partir da aparência e instaura o novo<br />
como categoria <strong>de</strong> hierarquização dos significados”. Já o vestuário é algo que está<br />
ligado ao corpo e que, s<strong>em</strong> este, per<strong>de</strong> seu significado e função. Cada peça <strong>de</strong> roupa é<br />
única e possui “limitação natural vinculada à anatomia humana” (SANT’ANNA, p. 74).<br />
O conjunto das roupas, num armário, por ex<strong>em</strong>plo, é composto tanto <strong>de</strong> sentidos<br />
objetivos, como cobrir o corpo; como <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>s com <strong>em</strong>belezamento e<br />
i<strong>de</strong>ntificação.<br />
As roupas compõ<strong>em</strong> uma arquitetura têxtil on<strong>de</strong> cada linha t<strong>em</strong> um sentido:<br />
aquele <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> objetos fabricados servindo <strong>de</strong> um lado <strong>para</strong> cobrir<br />
o corpo humano, <strong>para</strong> proteger e, <strong>de</strong> outro, <strong>para</strong> <strong>em</strong>belezá-lo, ornamentá-lo<br />
ou dar-lhe uma característica <strong>de</strong>terminada com o propósito <strong>de</strong> marcar seu<br />
papel na cena (IBIDEM, 2007, p74).<br />
9º Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento <strong>em</strong> <strong>Design</strong>