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Políticas públicas para pessoas com deficiência no Brasil

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leis que os garantam, excluem-se <strong>pessoas</strong> consideradas diferentes por meio de ações sociais<br />

que impedem o desenvolvimento do universo de direitos e deveres desse cidadão.<br />

Segundo Luz (2003), a idéia de inclusão é uma manifestação social bastante contemporânea,<br />

que vem sendo defendida e difundida entre variados setores da sociedade. As evidencias<br />

históricas demonstram que esse fenôme<strong>no</strong> surgiu e se desenvolveu relacionado,<br />

principalmente, à causa da defesa da pessoa <strong>com</strong> <strong>deficiência</strong>. No entanto, o conceito de<br />

inclusão se expande à medida que não somente defendem deficientes, mas também reivindica<br />

a igualdade de direitos <strong>para</strong> todos os cidadãos. Caminha <strong>no</strong> sentido de uma sociedade <strong>para</strong><br />

todos e do reconhecimento de que a sociedade deve ser plural e aberta a diferenças.<br />

Já Sassaki (2005) define que a inclusão consiste em adequar os sistemas sociais gerais da<br />

sociedade de tal modo que sejam eliminados os fatores que excluíam certas <strong>pessoas</strong> do seu<br />

seio e mantinham afastadas aquelas que foram excluídas. A eliminação de tais fatores deve ser<br />

um processo contínuo e con<strong>com</strong>itante <strong>com</strong> o esforço que a sociedade deve empreender <strong>no</strong><br />

sentido de acolher todas as <strong>pessoas</strong>, independentemente de suas diferenças individuais e da<br />

suas origens na diversidade humana. Pois, <strong>para</strong> incluir todas as <strong>pessoas</strong>, a sociedade deve ser<br />

modificada a partir do entendimento de que ela é que precisa ser capaz de atender às<br />

necessidades de seus membros.<br />

Algumas instituições também se dedicam a <strong>com</strong>preender o porquê do processo de exclusão<br />

social de alguns grupos e oferecem sua contribuição através de estudos e ações. É o caso do<br />

Instituto Ethos (2002) que considera que a inclusão faz parte do <strong>com</strong>promisso ético de<br />

promover a diversidade, respeitar a diferença e reduzir as desigualdades sociais. Isto coloca a<br />

inclusão de <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> <strong>deficiência</strong> entre os temas mais importantes a serem tratados pelas<br />

empresas e pela sociedade.<br />

Diante de diversas definições, todas convergem <strong>para</strong> a idéia de que inclusão é um direito de<br />

todos os cidadãos em qualquer parte do planeta e tem por objetivo dignificar a diversidade<br />

humana. Além do mais, é o direito de toda pessoa participar ativamente da vida pública, sem<br />

limite de credo, religião, posição política, etnia, orientação sexual ou grau de <strong>deficiência</strong>.<br />

Klikberg (2001) chama a atenção <strong>para</strong> a questão da visão “eco<strong>no</strong>micista” sobre a questão<br />

desigualdade e conseqüente exclusão social. Segundo o autor, o foco de discussão deveria se<br />

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