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Políticas públicas para pessoas com deficiência no Brasil

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A produção capitalista continuou a se expandir <strong>no</strong> século XIX. Segundo Aranha (1995),<br />

tornaou-se necessária a estruturação de sistemas nacionais de ensi<strong>no</strong> e escolarização <strong>para</strong><br />

todos, <strong>com</strong>o o objetivo de formar cidadãos produtivos e a mão-de-obra necessária <strong>para</strong> a<br />

produção. As necessidades dos deficientes <strong>com</strong>eçaram a ser <strong>no</strong>tadas pela administração<br />

pública, apesar do setor privado manter a sustentação.<br />

Já <strong>no</strong> século XX, o impulso da revolução industrial possibilitou grandes mudanças sociais<br />

quando as guerras, epidemias e a<strong>no</strong>malias genéticas deixaram de serem as causas únicas das<br />

<strong>deficiência</strong>s, e o trabalho, em condições precárias, passou a ocasionar os acidentes<br />

mutiladores e as doenças profissionais, sendo necessária a própria criação do Direito do<br />

Trabalho e um sistema eficiente de Seguridade Social, <strong>com</strong> atividades assistenciais,<br />

previdenciárias e de atendimento à saúde, bem <strong>com</strong>o a reabilitação dos acidentados.<br />

Em 1913, o Gover<strong>no</strong> Federal dos Estados Unidos implantou uma Lei Federal, oferecendo ao<br />

gover<strong>no</strong> capacidade financeira <strong>para</strong> assumir a responsabilidade da reabilitação do deficiente.<br />

A decisão foi uma conseqüência da pressão social <strong>para</strong> um programa publico devido ao<br />

crescente numero de portadores e o peso que essa parcela da população gerava <strong>para</strong> a<br />

sociedade.<br />

A Primeira Guerra Mundial pressio<strong>no</strong>u a necessidade de reabilitação dos feridos. A Segunda<br />

Guerra mundial, apesar dos estragos que causou, possibilitou o aparecimento de tendências<br />

em assegurar direitos e oportunidades em um pla<strong>no</strong> de igualdade a todos os seres huma<strong>no</strong>s.<br />

Também possibilitou o reconhecimento da qualificação dos portadores de <strong>deficiência</strong> <strong>no</strong><br />

mercado de trabalho devido à escassez de mão-de-obra. Ainda de acordo <strong>com</strong> Moussatché<br />

(1997), surgem na década de 1950, na Dinamarca, estudos sobre educação especial, o qual<br />

defende a integração, e essa, por sua vez, tem sido um tema utilizado <strong>com</strong> freqüência cada vez<br />

maior na literatura especializada brasileira.<br />

Na década de 60, a guerra do Vietnã aumentou muito o numero de deficientes do país. Tal<br />

ocorrência possibilitou o surgimento de reações sociais em prol da defesa dos direitos das<br />

mi<strong>no</strong>rias, dentre elas os deficientes. A Normalização foi um produto da época, a qual era<br />

definida segundo Braddock (1977, Aranha, 1995) <strong>com</strong>o “conjunto de idéias que refletem as<br />

necessidades sociais e aspirações de indivíduos atípicos na sociedade”.<br />

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