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Políticas públicas para pessoas com deficiência no Brasil

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c) Habilidades sociais;<br />

d) Utilização da <strong>com</strong>unidade;<br />

e) Saúde e segurança;<br />

f) Habilidades acadêmicas;<br />

g) Lazer; e<br />

h) Trabalho;<br />

V. Deficiência múltipla – associação de duas ou mais <strong>deficiência</strong>s.<br />

Diante de tantas definições, todas convergem <strong>para</strong> o mesmo significado referente à perda<br />

permanente de funcionalidades, independente da forma <strong>com</strong>o foi adquirida. No entanto, <strong>para</strong><br />

fins legais, <strong>com</strong>o foi exposto, a definição torna-se simplória, sendo que a simplicidade<br />

influencia de forma decisiva na eficácia da implementação de políticas sociais inclusivas.<br />

No que se refere a termi<strong>no</strong>logia utilizada <strong>para</strong> a definição de <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> <strong>deficiência</strong>, há<br />

diversas expressões usadas <strong>no</strong> dia-a-dia, <strong>com</strong>o por exemplo “<strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> necessidades<br />

especiais”, “<strong>pessoas</strong> portadoras de <strong>deficiência</strong>”, “ excepcional” etc. Para Vivarta (2003), a<br />

palavra “especial” não deve ser usada <strong>com</strong> referência à <strong>deficiência</strong>, pois adquiriu uma<br />

co<strong>no</strong>tação que tende a abstrair, dos indivíduos <strong>com</strong> <strong>deficiência</strong>, sua condição humana.<br />

Confere-lhes, assim, uma diferenciação inadequada, pois, por ser únicos, são, todos, especiais,<br />

sem exceção. Já sobre o termo “excepcional”, a autora defende que atribui à pessoa <strong>com</strong><br />

<strong>deficiência</strong> um lugar de alguém que foge aos padrões huma<strong>no</strong>s de existência e de<br />

<strong>com</strong>portamento.<br />

Por tais razões, a <strong>no</strong>menclatura sugerida pela ONU em 2006 <strong>para</strong> caracterizar um deficiente<br />

passou a ser apenas “pessoa <strong>com</strong> <strong>deficiência</strong>”. No entanto, a grande maioria das <strong>pessoas</strong> ainda<br />

utiliza os demais termos <strong>para</strong> referenciar esse grupo de indivíduos. É o caso do IBGE que<br />

classifica a população em PPD (pessoa portadora de <strong>deficiência</strong>) e não PPD, da mídia que<br />

freqüentemente utiliza o termo “portadores de necessidade especiais”, do CONADE que é um<br />

órgão do gover<strong>no</strong> federal cujas siglas significam Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa<br />

Portadora de Deficiência, dentre outros.<br />

No universo das <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong> <strong>deficiência</strong> não existe consenso sobre o uso de alguns termos<br />

sequer entre os especialistas. Nem por isso deve-se abdicar de um crivo de rigor <strong>para</strong><br />

selecionar o emprego mais correto das palavras, baseado nas pesquisas, na prática, <strong>no</strong>s<br />

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