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Políticas públicas para pessoas com deficiência no Brasil

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Finalmente, em relação ao feedback sobre as ações do gover<strong>no</strong>, a autora afirma que o<br />

monitoramento dos gastos, o a<strong>com</strong>panhamento das atividades de implementação, o<br />

cumprimento (ou não) de metas, possíveis reclamações de servidores ou dos cidadãos e o<br />

surgimento de conseqüências não-antecipadas são mecanismos que podem trazer os<br />

problemas <strong>para</strong> o centro das atenções dos formuladores de políticas.<br />

O segundo estágio é caracterizado pela formação de alternativas. Nele há a idéia de que em<br />

meio a diversas alternativas de idéias, algumas emergem devido ao grau de persuasão e<br />

viabilidade. Essas idéias são elevadas e discutidas pelos formuladores de políticas que<br />

decidem qual virará um projeto político. Tais alternativas são formuladas por <strong>com</strong>unidades<br />

geradoras de alternativas <strong>com</strong>postas por especialistas <strong>com</strong>o pesquisadores, assessores<br />

parlamentares, acadêmicos, funcionários públicos, analistas pertencentes a grupos de<br />

interesses, entre outros, sendo que o ponto em <strong>com</strong>um é que todos <strong>com</strong>partilham uma<br />

preocupação em relação a uma área. O consenso é construído por meio da persuasão e difusão<br />

de idéias.<br />

Para Souza (2006), a segunda resposta focaliza a política propriamente dita, ou seja, <strong>com</strong>o se<br />

constrói a consciência coletiva sobre a necessidade de se enfrentar um dado problema. Essa<br />

construção se daria via processo eleitoral via mudanças <strong>no</strong>s partidos que governam ou via<br />

mudanças nas ideologias (ou na forma de ver o mundo), aliados à força ou à fraqueza dos<br />

grupos de interesse. Segundo esta visão, a construção de uma consciência coletiva sobre<br />

determinado problema é fator poderoso e determinante na definição da agenda.<br />

O terceiro estágio, referente à escolha entre o conjunto de alternativas disponíveis, é definido<br />

pela política em si. Nele, a escolha é definida pela barganha e negociação política. Esse<br />

processo possui três possíveis fluxos <strong>para</strong> a tomada de decisão: humor nacional, força dos<br />

grupos de pressão e mudanças <strong>no</strong> gover<strong>no</strong>.<br />

“Humor” nacional é caracterizado por uma situação na qual diversas <strong>pessoas</strong> <strong>com</strong>partilham as<br />

mesmas questões durante um determinado período de tempo. Tal clima pode incentivar<br />

algumas promoções de questões, mas também desestimular outras. No que se refere aos<br />

grupos de pressão, Capella (2005) afirma que o apoio ou a oposição dessas forças a uma<br />

determinada questão sinaliza consenso ou conflito numa arena política, permitindo aos<br />

formuladores de políticas avaliarem se o ambiente é propício ou não a uma proposta. O<br />

conflito não significa necessariamente a não implantação de uma política, apenas que haverá<br />

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