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Resumo: Aos Homens do meu Tempo A Universidade - Centro ...

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COMUNICAÇÃO<br />

E EXPRESSÃO<br />

E OS<br />

CONTADORES<br />

DE HISTÓRIA<br />

Tábata Custódio Ferreira<br />

Conta<strong>do</strong>ra de História da<br />

FEl 2005<br />

42<br />

Sou Tábata Custódio Ferreira, aluna <strong>do</strong> 2˚ Ciclo de<br />

Administração de Empresas no campus Liberdade da<br />

FEl e fiquei saben<strong>do</strong>, através de um comunica<strong>do</strong> da<br />

Professora Giselle Agazzi de Comunicação e Expressão,<br />

<strong>do</strong> Projeto Social - Conta<strong>do</strong>res de Histórias da FEI, e me<br />

tornei voluntária, como os demais companheiros <strong>do</strong><br />

grupo. Venho participan<strong>do</strong> de todas as reuniões<br />

realizadas desde o início <strong>do</strong> Projeto, que teve por<br />

finalidade escolher a primeira História que contaríamos<br />

em nossa apresentação inaugural ao público.<br />

Dia da apresentação<br />

Confesso que senti um arrepio na espinha <strong>do</strong>rsal,<br />

ao saber que esta nossa primeira apresentação seria<br />

para pessoas tão importantes e que mereciam to<strong>do</strong> o<br />

nosso respeito e carinho, as crianças <strong>do</strong> Hospital <strong>do</strong><br />

Câncer. A responsabilidade era enorme para nós que<br />

estávamos fazen<strong>do</strong> isso pela primeira vez, mas não<br />

tínhamos como medir a alegria que estávamos<br />

proporcionan<strong>do</strong>.<br />

Era a primeira vez em um palco, e este estava lota<strong>do</strong><br />

no dia da apresentação. Lembrei bem <strong>do</strong> que a Profª.<br />

Giselle nos falava enquanto ensaiávamos, “que tu<strong>do</strong><br />

aquilo era uma brincadeira, para relaxarmos e nos<br />

divertimos com as crianças”. Foi o que fiz ao vestir minha<br />

roupa, lembrei dessas palavras e fui para a entrada <strong>do</strong><br />

auditório. Lá muitas mães puderam me ver e sabiam<br />

que estava ali para fazer algo para seus filhos.<br />

Surpreendeu-me uma criança, que aparentava ter uns<br />

três anos, mas com seu rosto bem marca<strong>do</strong> pelo<br />

sofrimento da <strong>do</strong>ença. Ela me olhou fun<strong>do</strong> nos olhos,<br />

RELATÓRIO<br />

CONTADORES DE HISTÓRIAS DA FEI<br />

como que quisesse me dizer algo. Não disse nada,<br />

apenas abriu um sorriso enorme que me deixou muito<br />

feliz e quase me fez perder a noção de tu<strong>do</strong> o que<br />

estávamos construin<strong>do</strong> naquele momento. Fui<br />

abordada pela sua mãe que me pediu para tirar uma<br />

foto ao la<strong>do</strong> de seu filho, aceitei na hora. Ela me colocou<br />

aquela criança frágil e ao mesmo tempo tão forte em<br />

<strong>meu</strong>s braços para que ela pudesse registrar esse<br />

momento. A criança me abraçou forte, me disse que<br />

se chamava André e estava com um sorriso angelical.<br />

Nesse instante, me deu até vontade de chorar, mas<br />

não podia, sentia que tinha que transparecer alegria e<br />

passar o máximo desta emoção para ele. Eu estava<br />

numa situação de quase perder o controle e começar<br />

a chorar de emoção, ele sorria à vontade, me segurei e<br />

evitei que o <strong>meu</strong> choro pudesse estragar aquele<br />

momento. Tiramos a foto e ele, o André, me abraçou<br />

mais uma vez, se despedin<strong>do</strong> e in<strong>do</strong> para os braços da<br />

mãe novamente. A partir desse momento fui convidada<br />

por outras mães para fazer o mesmo com seus filhos,<br />

quase me esqueci da apresentação. O tempo passou<br />

rápi<strong>do</strong> e o momento da minha entrada chegou. Foi até<br />

bom, pois não sabia mais quanto ainda agüentaria em<br />

manter aquele “controle emocional to<strong>do</strong>”.<br />

Ao som da música da Flor de Maio entramos<br />

dançan<strong>do</strong>. As crianças tentavam acompanhar a música.<br />

Consegui ver <strong>do</strong> palco a mãe <strong>do</strong> André levantan<strong>do</strong>-o<br />

para que ele pudesse ver a nossa apresentação. Sentime<br />

estranhamente leve nesse momento. No final da<br />

apresentação, já com a música de tema da história,<br />

buscamos algumas crianças para dançar conosco no<br />

palco, o que foi muito bom. Fomos muito aplaudi<strong>do</strong>s

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