tatiana ribeiro velloso - Programa de Pós-Graduação em Extensão ...
tatiana ribeiro velloso - Programa de Pós-Graduação em Extensão ...
tatiana ribeiro velloso - Programa de Pós-Graduação em Extensão ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
“free-riding”. Instituições estabelec<strong>em</strong> padrões normativos e cognitivos, que<br />
estabilizam as expectativas dos agentes sociais.<br />
Entretanto, as instituições serv<strong>em</strong> não apenas para impedir, mas<br />
também para fazer certas coisas, sugerindo que as ativida<strong>de</strong>s executadas<br />
pelas instituições <strong>de</strong>v<strong>em</strong> gerar benefícios com a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> metas. Vale<br />
ressaltar que as instituições não estão livres <strong>de</strong> falhas no <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho das<br />
suas ativida<strong>de</strong>s. Dessa forma, MENDES (1997:5) afirma que as instituições<br />
... não são mecanismos que serv<strong>em</strong> exclusivamente para <strong>de</strong>cidir, mas também<br />
para fazer, para atingir certos fins. As opções disponíveis, as seqüências <strong>de</strong><br />
opções, a oferta <strong>de</strong> informações e a estrutura <strong>de</strong> recompensas e punições, se<br />
alteradas, mudam os padrões <strong>de</strong> resultado esperado...<br />
HALL e TAYLOR (1996) <strong>de</strong>stacam que o novo institucionalismo<br />
<strong>de</strong>senvolveu-se <strong>em</strong> resposta ao estruturalismo-funcionalismo predominante na<br />
ciência política durante os anos 60 e 70, com o objetivo <strong>de</strong> apresentar<br />
explicações mais a<strong>de</strong>quadas à comparação entre as políticas públicas<br />
nacionais e suas variações <strong>em</strong> forma, conteúdo e timing. O argumento central<br />
do novo institucionalismo é que as instituições moldam as condições <strong>em</strong> que o<br />
conflito e a cooperação entre atores sociais ocorr<strong>em</strong>. ALMEIDA (1998: 65)<br />
comenta que a <strong>de</strong>nominação<br />
... institucionalista expressa a preocupação <strong>de</strong>sta escola <strong>em</strong> incluir arranjos<br />
institucionais (organizações, regras do jogo e relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r) como fatores<br />
cruciais e endógenos (e não dados) na análise dos probl<strong>em</strong>as econômicos.<br />
HALL e TAYLOR (1996) relatam que, no entanto, a <strong>de</strong>nominação “novo<br />
institucionalismo” abrange ampla gama <strong>de</strong> posições distintas, muitas vezes<br />
opostas, e que três gran<strong>de</strong>s correntes compõ<strong>em</strong> o campo da literatura<br />
institucionalista recente <strong>em</strong> ciências sociais: o institucionalismo histórico, o<br />
institucionalismo da escolha racional e o institucionalismo sociológico.<br />
O institucionalismo histórico, segundo HALL e TAYLOR (1996), po<strong>de</strong><br />
ser <strong>de</strong>finido por quatro pressupostos fundamentais, que se opõ<strong>em</strong> às outras<br />
duas abordagens: o institucionalismo histórico ten<strong>de</strong> a contextualizar<br />
historicamente a relação entre instituições e atores sociais e políticos, <strong>em</strong><br />
contraste com a mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> abstrata que caracteriza a abordag<strong>em</strong> da escolha<br />
racional; ele enfatiza as assimetrias <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r na operação e no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento das instituições, mais uma vez <strong>em</strong> contraste com as<br />
suposições <strong>de</strong> equilíbrio e consenso das duas outras abordagens; ten<strong>de</strong> a<br />
9