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A construção do ideal de masculinidade na ... - Fazendo Gênero

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epresentações que configuram as masculinida<strong>de</strong>s nesse perío<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> necessário interpretá-las com a<br />

maior prudência, toman<strong>do</strong>-as como fragmentos <strong>do</strong> real, como um conjunto cuja existência esta<br />

condicio<strong>na</strong>da pelo imaginário individual e coletivo <strong>de</strong>ssa socieda<strong>de</strong>.<br />

Devemos atentar que as próprias diferenças entre o ser homem e o ser mulher fundam-se em<br />

símbolos culturalmente disponíveis que evocam representações simbólicas e mitos. É imprescindível<br />

consi<strong>de</strong>rar “os conceitos normativos que põem em evidência as interpretações <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> <strong>do</strong>s símbolos,<br />

que se esforçam para limitar e conter suas possibilida<strong>de</strong>s metafóricas”, expressos em <strong>do</strong>utri<strong>na</strong>s<br />

religiosas, educativas, políticas ou jurídicas e que opõem <strong>de</strong> maneira binária e inequívoca as<br />

concepções <strong>de</strong> masculino e feminino. (SCOTT, 1990, p. 14).<br />

Para fi<strong>na</strong>lizar, é importante <strong>de</strong>stacar a existência <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira lacu<strong>na</strong> historiográfica<br />

quanto ao estu<strong>do</strong> das masculinida<strong>de</strong>s <strong>na</strong> Ida<strong>de</strong> Média. Aspecto associa<strong>do</strong> ao fato que o próprio interesse<br />

pela análise <strong>do</strong> gênero masculino é bastante prematuro <strong>na</strong> produção acadêmica, sobretu<strong>do</strong> se o<br />

compararmos com as abordagens que privilegiam a compreensão das feminilida<strong>de</strong>s.<br />

Referências Bibliográficas<br />

ALFONSO X, el Sabio. Cantigas <strong>de</strong> Santa María. Edición, introducción y notas <strong>de</strong> Walter Mettmann.<br />

Madrid: Editorial Castalia, 1986. 3 v.<br />

BEAUVOIR, Simone <strong>de</strong>. O segun<strong>do</strong> sexo. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Nova Fronteira, 1988. 2 v.<br />

BOSWELL, John. Christianity, Social Tolerance and Homosexuality. Chicago, 1980.<br />

BOURDIEU, Pierre. A Domi<strong>na</strong>ção Masculi<strong>na</strong>. Educação e Realida<strong>de</strong>, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 133<br />

– 184, jul. / <strong>de</strong>z. 1995.<br />

CONNELL, Robert W. Políticas da Masculinida<strong>de</strong>. Educação e Realida<strong>de</strong>, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p.<br />

185 – 206, jul. / <strong>de</strong>z. 1995.<br />

DUBY, Georges. Guerreiros e Camponeses. Lisboa: Estampa, 1980.<br />

______. Ida<strong>de</strong> Média, ida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s homens: <strong>do</strong> amor e outros ensaios. São Paulo: Cia das Letras, 1989.<br />

JARDIM, Rejane Barreto. Ave Maria, ave senhoras <strong>de</strong> todas as graças! Um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> feminino <strong>na</strong><br />

perspectiva das relações <strong>de</strong> gênero <strong>na</strong> Castela <strong>do</strong> século XIII. Porto Alegre, 2006. Tese (Doutora<strong>do</strong>) –<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia e Ciências Huma<strong>na</strong>s, Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em História, PUCRS.<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Dr. Braz Augusto Aquino Brancato.<br />

KLAPISCH-ZUBER, Christiane. Masculino/Feminino. In. LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-<br />

Clau<strong>de</strong> (coords.). Dicionário Temático <strong>do</strong> Oci<strong>de</strong>nte Medieval. Vol. II. São Paulo: Edusc, 2006. p. 137-<br />

50.<br />

LE GOFF, Jacques. As raízes medievais da Europa. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Vozes, 2007.<br />

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