REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA - Biblioteca do IBGE

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SISTEMAS AGRíCOLAS 163 Fig. 3 - Após a queimada, a tmra está pronta para receber a semente. (Fot. do autor) Fig. 4 - As trés fases do sistema das derrubadas e queimadas. A esquerda, o fogo em ação e no centro, a derrubada ladeada por capoeiras em comêço. (Cortesia de CARLOS BoRGES SCHMIDT) Pág. 7 - Abril-Junho de 1947
164 REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA Uma gránde extensão da superfície da terra é habitada por povos que ainda não avançaram além dessa etapa - uma das mais destrutivas possíveis, pois com ela é preciso aniquilar, para cada colheita, um trato de mata virgem ou capoeira. (Vide figuras 2, 3 e 4). Tendo transformado em enxada o seu pau de cavar, ao reforçá-lo com uma ponta ou colher de ferro, e tendo adquirido conhecimentos rqdimentares de adubação, o homem se acha em estado de agricultura permanente. Já não precisa destruir um bosque para obter um punhado de milho ou um pouco de mandioca. A fôrça de seu braço já se acha grandemente multiplicada para a luta com a natureza. ApÓs esta etapa, vem o emprêgo da fôrça animal, atrelada a implementas agrícolas para preparar o solo, plantar, cultivar e colhêr. Cavalos e mulas bem nutri .. das e treinadas, arreios apropriados, aparelhos de atrelar corretamente equilibrados, o arado, a grade, o cultivador, a semeadeira, a ceifadeira e outros instrumentos agrários puxados por animais, constituem ele~ mentos indispensáveis nos sistemas agrícolas mais adiantados. (Vide figura 5). Pode ser preferível, em determinadas circunstâncias, o uso do trator, em ve2; da tração animal; no Brasil, deveria o pensamento concentrar-se, entretanto, no uso de parelhas de cavalos ou mulas com o arado. Flg. 5 - Reprodução do arado egipcio àe 8 000 A. C. (Cortesia de J. I. CASE Co.) Pág. 8 - Abril-Junho de 1947
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