151 nov/dez 2010 - Odebrecht Informa
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ODEBRECHT<br />
#<strong>151</strong> • ano XXXVIII • <strong>nov</strong>/<strong>dez</strong> <strong>2010</strong> I N F O R M A<br />
<strong>Odebrecht</strong><br />
é eleita a<br />
empresa<br />
de controle<br />
familiar do ano<br />
em <strong>2010</strong><br />
Uma vitória de todos
hoje<br />
O Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2014, a segunda em sua<br />
história. Quando, mais uma vez, os corações do mundo inteiro estiverem batendo no<br />
ritmo da paixão pela bola, cidades como o Rio de Janeiro estarão na linha de frente do<br />
mais grandioso espetáculo do futebol. No Rio, a <strong>Odebrecht</strong> participa hoje da reforma do<br />
Estádio Mário Filho, o Maracanã. Os cariocas vivem a expectativa do renascimento de<br />
seu mítico estádio e, para eles, a Copa do Mundo no Brasil já começou.<br />
roberto rosa
04<br />
08<br />
11<br />
Fator decisivo para a redução dos problemas de trânsito da<br />
cidade, o trem elétrico está chegando a LIMA<br />
Obras de saneamento aprimoram a qualidade de vida em<br />
comunidades de PERNAMBUCO e do RIO GRANDE DO NORTE<br />
Hangar, projeto imobiliário em SALVADOR, estimula o convívio<br />
entre os profissionais das empresas nele instaladas<br />
ODEBRECHT<br />
I N F O R M A<br />
<strong>151</strong><br />
12<br />
Cromex é a primeira parceira da Braskem no Polo de<br />
CAMAÇARI a aderir ao <strong>nov</strong>o sistema de logística da empresa<br />
da Organização <strong>Odebrecht</strong><br />
14<br />
17<br />
Projeto i<strong>nov</strong>ador em âmbito mundial, planta de eteno verde da<br />
Braskem é inaugurada no Polo Petroquímico de TRIUNFO<br />
Lançada a segunda edição do livro Educação Pelo<br />
Trabalho, de autoria de Norberto <strong>Odebrecht</strong><br />
Capa: ilustração<br />
de Guto Lins<br />
18<br />
23<br />
28<br />
30<br />
33<br />
O IMD – International Institute for Management Development<br />
elege a <strong>Odebrecht</strong> a empresa de controle familiar do ANO<br />
Conquista de <strong>nov</strong>os contratos e diversificação da atuação<br />
marcam o momento da <strong>Odebrecht</strong> na Argentina<br />
Na Unidade Rio Claro da ETH Bioenergia, em GOIÁS,<br />
familiares trabalhando juntos contribuem para um ambiente<br />
organizacional positivo<br />
Corredor Duarte, Autopista del Coral e Rodovia de Casabito<br />
melhoram a infraestrutura viária da REPÚBLICA DOMINICANA<br />
Há exatos 30 anos, a CBPO, tradicional empresa de<br />
engenharia com portfólio de grandes obras no BRASIL, era<br />
integrada à <strong>Odebrecht</strong><br />
36<br />
40<br />
44<br />
Concessionária Rota das Bandeiras, responsável pelo<br />
Corredor D. Pedro I, em SÃO PAULO, realiza operação<br />
financeira inédita<br />
<strong>Odebrecht</strong> completa 20 anos de presença nos ESTADOS<br />
UNIDOS ampliando sua atuação no país e preparando as<br />
<strong>nov</strong>as gerações<br />
Cooperativa no BAIXO SUL DA BAHIA ajuda a transformar a<br />
vida de famílias de pequenos produtores de palmito<br />
seções<br />
02<br />
26<br />
38<br />
39<br />
46<br />
48<br />
versão online<br />
entrevista<br />
perfil<br />
gente<br />
notas da redação<br />
argumento
02<br />
w w w. o d e b r e c h t o n l i n e . c o m . b r<br />
> edição online<br />
> Braskem reposiciona sua<br />
marca: "Novas formas de ver<br />
o mundo"<br />
> Ex-cortadores de cana<br />
conquistam oportunidades de<br />
trabalho em Suape<br />
> Prêmios para a equipe da<br />
<strong>Odebrecht</strong> no Projeto Braskem,<br />
em Camaçari<br />
> blog<br />
> Leia no blog de <strong>Odebrecht</strong><br />
<strong>Informa</strong> os posts escritos pelos<br />
repórteres e pelos editores<br />
da revista. Textos de: Cláudio<br />
Lovato Filho, Fabiana Cabral,<br />
José Enrique Barreiro, Júlio<br />
César Soares, Karolina Gutiez,<br />
Leonardo Maia, Renata Meyer,<br />
Rodrigo Vilar, Zaccaria Júnior e<br />
colaboradores.<br />
> videorreportagem<br />
> Trem elétrico, uma<br />
contribuição decisiva para<br />
a solução dos problemas<br />
de trânsito de Lima<br />
> O <strong>nov</strong>o momento de vida<br />
de ex-cortadores de cana que<br />
ingressaram na <strong>Odebrecht</strong><br />
Engenharia Industrial<br />
> Um instrumento de<br />
realização profissional e<br />
transformação social chamado<br />
Programa Acreditar<br />
> acervos online<br />
> Acesse as edições<br />
anteriores de <strong>Odebrecht</strong><br />
<strong>Informa</strong> desde a nº 1<br />
> Relatórios Anuais da<br />
<strong>Odebrecht</strong> S.A. desde 2002<br />
> Publicações especiais<br />
(Edição Especial sobre Ações<br />
Sociais, 60 anos da Organização<br />
<strong>Odebrecht</strong>, 40 anos da<br />
Fundação <strong>Odebrecht</strong> e<br />
10 anos da Odeprev)<br />
> <strong>nov</strong>idades<br />
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ODEBRECHT<br />
Fundada em 1944, a <strong>Odebrecht</strong><br />
é uma organização brasileira<br />
composta de negócios<br />
diversificados, com atuação e<br />
padrão de qualidade globais.<br />
Seus 105 mil integrantes estão<br />
presentes nas três Américas,<br />
na África, na Ásia e na Europa.<br />
Responsável por Comunicação Empresarial<br />
na construtora norberto odebrecht s.a. Márcio Polidoro<br />
Responsável por Programas Editoriais<br />
na construtora norberto odebrecht s.a. Karolina Gutiez<br />
Coordenadores nas Áreas de Negócios<br />
Nelson Letaif Química e Petroquímica • Andressa Saurin Etanol e Açúcar • Bárbara Nitto<br />
Óleo e Gás • Daelcio Freitas Engenharia Ambiental • Sergio Kertész Realizações Imobiliárias •<br />
Coordenadora na Fundação odebrecht Vivian Barbosa<br />
Coordenação Editorial Versal Editores<br />
Editor José Enrique Barreiro • Editor Executivo Cláudio Lovato Filho •<br />
Arte e Produção Gráfica Rogério Nunes • Editora de Fotografia Holanda Cavalcanti<br />
Infografia Adilson Secco • Ilustrações Gilberto Marchi<br />
Tiragem 7.700 exemplares • Pré-impressão e impressão Pancrom<br />
Redação: Rio de Janeiro (55) 21 2239-1778 • São Paulo (55) 11 3641-4743<br />
email: versal@versal.com.br
03<br />
“Nossa cultura nos<br />
trouxe até aqui”<br />
A escolha da <strong>Odebrecht</strong> como a empresa de controle familiar do ano, em<br />
âmbito mundial, é uma conquista de todos os seus integrantes.<br />
Promovido desde 1996 pelo IMD – International Institute for Management<br />
Development, da Suíça, o prêmio, que segue rigorosos critérios de avaliação<br />
e decisão, é disputado pelas principais empresas de controle familiar de<br />
todo o mundo.<br />
“Foi a nossa cultura que nos trouxe até aqui”, disse Marcelo <strong>Odebrecht</strong>,<br />
Diretor-Presidente da <strong>Odebrecht</strong> S.A., ao receber o prêmio nos Estados<br />
Unidos. Ele se referia à cultura empresarial que se materializa na disciplina<br />
com que os valores e princípios trazidos pela família <strong>Odebrecht</strong> são<br />
praticados por todos os integrantes da Organização. Uma prática que só<br />
pode ser exercida porque há em cada um deles a convicção da<br />
essencialidade do espírito de servir.<br />
É possível perceber a prática da cultura <strong>Odebrecht</strong> em qualquer uma das<br />
realizações da Organização, algumas delas retratadas nesta edição de<br />
<strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong>. Nas obras do Aeroporto Internacional de Miami,<br />
nos Estados Unidos, país no qual a <strong>Odebrecht</strong> atua há exatos 20 anos.<br />
Na construção do trem elétrico de Lima, capital do Peru, onde a Organização<br />
deu início à sua atuação internacional, em 1979. No Polo Petroquímico de<br />
Triunfo (RS), onde a Braskem acaba de inaugurar sua planta de eteno verde,<br />
projeto i<strong>nov</strong>ador em nível mundial.<br />
Nos diversos ambientes em que trabalham, os integrantes da <strong>Odebrecht</strong><br />
têm razão para comemorar o prêmio. Os analistas do IMD mergulharam na<br />
Organização e perceberam que as pessoas que dela fazem parte se sentem<br />
em casa em seu local de trabalho. Mais do que isso, se sentem parte de uma<br />
grande comunidade referenciada por uma cultura compreendida, assumida<br />
e praticada por todos os que a integram. O prêmio outorgado pelo IMD é a<br />
confirmação desse sentimento construído e reafirmado dia após dia.
04 peru<br />
Lá vem o trem<br />
Projeto aguardado com grande expectativa pela população,<br />
trem elétrico contribuirá para a solução dos problemas<br />
de tráfego na região metropolitana de Lima<br />
texto Karolina Gutiez / fotos Américo Vermelho<br />
Viaduto que faz parte do<br />
projeto do trem elétrico:<br />
serviços sem interdição<br />
do tráfego<br />
odebrecht informa
Com mais de 8 milhões de habitantes,<br />
Lima não tem um sistema<br />
de transporte de massa estruturado.<br />
Para se locomover, quem<br />
vive na cidade conta apenas com<br />
microônibus particulares, sem<br />
frequência e segurança. Por isso,<br />
é motivado a ter veículo próprio, o<br />
que contribui para o tráfego caótico<br />
que se enfrenta em toda a capital<br />
peruana. O emaranhado de carros<br />
que trafega nas ruas, contudo,<br />
está com os dias contados, pois o<br />
metrô, ou trem elétrico, como é<br />
conhecido no Peru, está chegando,<br />
finalmente, a Lima.<br />
O projeto é antigo, desenvolvido<br />
durante o primeiro mandato do<br />
Presidente Alan García (1985-1990).<br />
Saiu do papel, mas teve apenas<br />
sete estações, construídas àquela<br />
época e distribuídas em 10 km.<br />
Pouco para uma cidade que precisa<br />
de 200 km. Quando assumiu<br />
<strong>nov</strong>amente a presidência, 16 anos<br />
depois, Alan García retomou o<br />
desafio de levar o transporte rápido<br />
à cidade e foi aberta uma concorrência,<br />
a maior em curso no Peru<br />
e na qual 10 empresas participaram.<br />
O Consórcio Trem Elétrico<br />
Lima, formado por <strong>Odebrecht</strong> Perú<br />
Ingeniería y Construcción (67%) e a<br />
empresa peruana Graña y Montero<br />
(33%), teve as melhores notas<br />
técnica e econômica e venceu a<br />
concorrência. O primeiro contrato<br />
da <strong>Odebrecht</strong> em Lima, no valor de<br />
US$ 410 milhões, foi assinado em<br />
<strong>dez</strong>embro de 2009, com um prazo<br />
de execução de 18 meses.<br />
“A população anseia muito pela<br />
conclusão dos trabalhos, mas<br />
não acreditava que teriam fim.<br />
Afinal, conviveu por 20 anos com<br />
uma obra inacabada”, diz Carlos<br />
Todas as <strong>nov</strong>e estações construídas<br />
na primeira etapa do projeto<br />
terão elevadores para garantir a<br />
acessibilidade de deficientes<br />
físicos e elementos táteis para<br />
os deficientes visuais.<br />
As sete estações antigas serão<br />
modernizadas e também<br />
garantirão a acessibilidade.<br />
Nostre, Diretor do Contrato. Além<br />
da descrença, pesava contra o projeto,<br />
que passa por <strong>nov</strong>e distritos<br />
(municípios), sua localização em<br />
zonas da capital densamente povoadas.<br />
“Antes do Peru, trabalhei em<br />
Angola, também em área urbana,<br />
e aprendi que nesses casos, sem o<br />
apoio da comunidade, o avanço do<br />
nosso trabalho fica comprometido”,<br />
avalia Nostre.<br />
Duas gerências foram criadas<br />
antes do início das obras. Uma<br />
delas, a de Comunicação (a outra,<br />
a de Interferências). A imprensa<br />
foi reunida e informada sobre<br />
as etapas do projeto, sem que<br />
escavadeira alguma tivesse sido<br />
Trabalho noturno<br />
em Lima: ritmo<br />
acelerado na obra<br />
para melhorar a<br />
vida dos moradores<br />
da capital peruana<br />
ainda ligada. Representantes das<br />
<strong>nov</strong>e municipalidades impactadas<br />
pelo projeto também foram procurados<br />
e municiados de dados<br />
sobre o metrô. Da mesma forma,<br />
a população foi convidada a visitar<br />
instalações, tirar dúvidas e,<br />
assim, ampliar seu conhecimento<br />
sobre o trem elétrico. Tem à sua<br />
disposição uma página na internet,<br />
central de atendimento telefônico<br />
e dois centros de informação. Cada<br />
queixa é respondida pessoalmente,<br />
com visita de um profissional à<br />
casa do reclamante. Nenhuma via<br />
é interditada sem que os transeuntes<br />
sejam avisados com bastante<br />
antecedência.<br />
O comerciante César Escudero<br />
Cuevas e o filho, também César,<br />
são proprietários de um pequeno<br />
mercado, o San Borja, no<br />
qual mantêm o La Paila Marina.<br />
Especializado em pescados e<br />
mariscos, o restaurante serve um<br />
saboroso ceviche, bem tradicional,<br />
à base de peixe, ají, como é chamada<br />
a pimenta no Peru, e limão. Fica<br />
na Avenida Aviación, em frente a<br />
odebrecht informa
um dos trechos da obra. A qualidade<br />
das receitas, no entanto, não foi<br />
suficiente para manter a clientela<br />
quando o movimento das máquinas<br />
começou.<br />
“Estávamos habituados a receber<br />
de 80 a 100 pessoas para o<br />
almoço. Na primeira semana de<br />
trabalhos, servimos quatro refeições<br />
por dia.” Equipe responsável<br />
e comerciantes dialogaram e as<br />
necessidades de todos foram<br />
atendidas. Por exemplo, a garantia<br />
de tráfego na pista em frente aos<br />
estabelecimentos. “O movimento<br />
voltou ao normal e, com a conclusão<br />
da obra, temos a expectativa de<br />
que o comércio se desenvolva ainda<br />
mais. Além disso, nossos empregados<br />
vão chegar com mais rapi<strong>dez</strong><br />
ao trabalho. Hoje levam uma hora<br />
e meia de casa até o mercado,<br />
percurso que farão em 20 minutos<br />
com o metrô”, contabiliza César<br />
filho. Eles farão parte dos 240 mil<br />
beneficiados diariamente.<br />
Planejamento e transparência,<br />
aliados à metodologia adotada no<br />
projeto, têm permitido que uma<br />
obra que em geral é executada em<br />
três anos seja feita em metade do<br />
tempo. Enquanto o trecho construído<br />
há duas décadas teve a concretagem<br />
realizada totalmente in loco, a<br />
continuação da linha 1, que terá 11<br />
km de viadutos no meio da cidade<br />
e <strong>nov</strong>e estações, mudou o partido<br />
estrutural e adotou a solução de préfabricados<br />
em 90% da obra, método<br />
inédito no Peru. Os 10% restantes<br />
correspondem a trechos em curva<br />
ou cruzamentos especiais, que, por<br />
limitações técnicas, não podem ser<br />
construídos com a metodologia de<br />
pré-fabricados. Utiliza-se, então, a<br />
betonagem in loco.<br />
Mais de 1.500 árvores foram<br />
retiradas do canteiro central<br />
por onde passa o viaduto.<br />
Pela legislação, a cada árvore<br />
retirada, 10 devem ser plantadas.<br />
Três meses antes do início das<br />
obras, 15 mil mudas de árvores<br />
já haviam sido plantadas.<br />
Os pré-moldados são produzidos<br />
em uma área de 70 mil m², em<br />
Lima, próxima à obra, 24 horas por<br />
dia. Das 1.870 vigas necessárias,<br />
quase 1.200 já foram fabricadas.<br />
Cada viga mede de 30 a 42 m, com<br />
peso de até 90 t. Entre os outros<br />
pré-moldados, o avanço também<br />
é rápido e sempre há material<br />
em estoque, o que permitiu que<br />
70% das obras civis, iniciadas em<br />
março, já estejam concluídas.<br />
“Viadutos que passam sobre a<br />
cidade, sem interditar o tráfego”,<br />
destaca o Ministro dos Transportes<br />
e Comunicações, Enrique Cornejo<br />
Ramirez. “Graças ao sistema de<br />
pré-fabricados, a obra tem evoluído<br />
rapidamente, sem afetar a população<br />
e, com isso, a percepção é<br />
de que se faz uma obra de engenharia<br />
complexa, com seriedade<br />
e rapi<strong>dez</strong>, na qual todos os envolvidos<br />
interagem para superar os<br />
desafios que surgem ao longo do<br />
caminho.”<br />
A experiência contribuirá para a<br />
estratégia de transporte de massa<br />
de Lima, que prevê a licitação em<br />
breve da segunda fase desta linha<br />
1, bem como a concessão desta<br />
primeira fase. Na sequência, virão<br />
outros tramos, parte de um sistema<br />
metroviário de 200 km. “A obra<br />
do trem elétrico traz características<br />
técnicas que serão referência<br />
para outros projetos a serem<br />
realizados no Peru e no exterior”,<br />
acredita Enrique. Nesse contexto, a<br />
<strong>Odebrecht</strong> tem a intenção de atuar<br />
no mercado metroviário peruano<br />
como investidora. “Essa obra cria<br />
as condições para isso”, afirma<br />
Carlos Nostre.<br />
“Apesar de nossos 31 anos de<br />
atuação no Peru, nunca havíamos<br />
executado um projeto na capital.<br />
As obras do trem elétrico e do<br />
molhe sul do Porto de Callao, na<br />
região metropolitana de Lima,<br />
trouxeram para a <strong>Odebrecht</strong>, finalmente,<br />
a visibilidade que merecemos<br />
ter no mercado nacional,<br />
pois são vitrines, são projetos que<br />
interferem na vida das pessoas e<br />
que solucionam seus problemas”,<br />
afirma Jorge Barata, Diretor-<br />
Superintendente da <strong>Odebrecht</strong><br />
Perú. “O crescimento do país,<br />
superior a 6,5% ao ano nos últimos<br />
10 anos, e o aumento do nível<br />
de investimentos de 2% para 6%<br />
nos permitem sonhar, pois há condições<br />
de a <strong>Odebrecht</strong> contribuir<br />
para superar o déficit de infraestrutura<br />
do Peru”, completa Jorge<br />
Barata.<br />
odebrecht informa
Terminal de contêineres em Callao: tecnologia de ponta para operações portuárias<br />
Porto seguro no Pacífico Sul<br />
“A economia do Peru se baseia<br />
na exportação, sobretudo de minerais<br />
e produtos têxteis. O Porto de<br />
Callao, o primeiro do país, estava<br />
na 125ª posição entre os portos do<br />
mundo. Sua tecnologia era obsoleta,<br />
de mais de 40 anos, o que<br />
encarecia o custo dos exportadores”,<br />
conta Jorge Barata, Diretor-<br />
Superintendente da <strong>Odebrecht</strong> Perú.<br />
Essas foram as condições<br />
encontradas pelo consórcio CDB<br />
Callao (liderado pela <strong>Odebrecht</strong> e<br />
formado pelas empresas Saipem,<br />
ítalo-francesa, e Jan De Nul, belga)<br />
quando contratado pela Dubai<br />
Ports World (DP World), a terceira<br />
maior operadora de portos do<br />
mundo, para construir o molhe sul<br />
do Porto de Callao, nas imediações<br />
de Lima. Dois anos depois de o<br />
consórcio receber o desafio, a DP<br />
World Callao, que tem a concessão<br />
do porto por 30 anos, inaugurou, no<br />
dia 30 de setembro, o que passou<br />
a ser considerado o principal porto<br />
do Pacífico Sul. A operação, graças<br />
ao planejamento rigoroso da obra,<br />
havia começado em maio.<br />
Com a ampliação e revitalização<br />
do terminal de contêineres (são<br />
650 m de molhe), o porto passou<br />
a ter a infraestrutura necessária<br />
para acomodar navios Super<br />
Post Panamax, com capacidade<br />
de até 8 mil TEU´s (Twenty-foot<br />
Equivalent Unit, que corresponde<br />
a um contêiner de 20 pés). Conta<br />
com tecnologia de ponta para o<br />
manejo de operações portuárias e<br />
com os sistemas de segurança mais<br />
avançados da indústria, o que lhe<br />
garantirá uma combinação única de<br />
certificados na área. Esses sistemas<br />
de segurança foram compartilhados<br />
pelo Consórcio CDB Callao na<br />
construção do molhe e permitiram<br />
a conclusão do projeto, no qual atuaram<br />
mais de 1.200 trabalhadores,<br />
com a marca de 4,6 milhões de<br />
homens-horas trabalhadas sem<br />
acidentes com afastamento.<br />
Segundo Javier Lecaros de<br />
Cossio, Engenheiro de Projeto da<br />
DP World, o principal destaque do<br />
porto é sua posição geográfica.<br />
“Callao é muito importante pela sua<br />
localização. Estamos no centro da<br />
América do Sul. Os navios que<br />
atravessam o Canal do Panamá<br />
podem abarcar aqui.”<br />
Para se tornar o porto mais<br />
importante da América do Sul,<br />
Callao precisa de mais um molhe, o<br />
norte, e o de minerais. São dois projetos<br />
em licitação e com início das<br />
obras previsto para o ano de 2011.<br />
“A <strong>Odebrecht</strong> tem excelentes expectativas<br />
na área marítima no Peru,<br />
pois construímos os três maiores<br />
portos do país: Bayovar, Callao e<br />
Melchorita. Com isso, formamos<br />
profissionais e temos capacidade<br />
logística instalada, o que nos torna a<br />
primeira opção para os <strong>nov</strong>os investimentos<br />
previstos para o setor”,<br />
garante Rodney Carvalho, arquiteto,<br />
Diretor do Contrato.<br />
odebrecht informa
08 saneamento<br />
Uma questão primordial<br />
Projetos em Pernambuco e no Rio Grande do Norte são exemplos<br />
dos esforços voltados para a melhoria do saneamento básico<br />
no Brasil texto Rodrigo Villar / fotos Élvio Luiz<br />
Um dos oito objetivos do milênio<br />
estabelecidos pelo Programa<br />
das Nações Unidas para o<br />
Desenvolvimento (PNUD) é reduzir<br />
pela metade, até 2015, a proporção<br />
da população sem acesso<br />
permanente e sustentável a água<br />
potável segura e esgotamento<br />
sanitário. Mesmo havendo muito<br />
o que fazer, evidenciam-se esforços<br />
cada vez mais expressivos de<br />
governos, organizações do terceiro<br />
setor e empresas privadas para<br />
a melhoria do saneamento básico.<br />
No Nordeste do Brasil, dois projetos<br />
em fase de conclusão são<br />
exemplo disso.<br />
Concebido para atender a<br />
região metropolitana de Recife,<br />
o Sistema Produtor Pirapama,<br />
uma iniciativa da Companhia<br />
Pernambucana de Saneamento<br />
(Compesa), aumentará em cerca<br />
de 50% o abastecimento de água,<br />
beneficiando diretamente 3,5<br />
milhões de pessoas. Executada<br />
pelo Consórcio Pirapama<br />
(<strong>Odebrecht</strong> Infraestrutura, Queiroz<br />
Galvão e OAS), é a maior obra<br />
hídrica do país na atualidade e faz<br />
parte do Programa de Aceleração<br />
do Crescimento (PAC) do Governo<br />
Federal.<br />
”O <strong>nov</strong>o sistema representa o<br />
fim dos racionamentos de água na<br />
Grande Recife. Os pernambucanos<br />
esperavam por isso há mais de<br />
20 anos. Estamos muito orgulhosos<br />
de participar deste projeto”,<br />
odebrecht informa
Pernambuco<br />
rio grande do norte<br />
Sistema Pirapama<br />
(nesta página e na<br />
outra): benefício direto<br />
para 3,5 milhões de<br />
pessoas<br />
afirma Fernando Lobo, Diretor de<br />
Engenharia e Meio Ambiente da<br />
Compesa.<br />
A obra foi iniciada em 2008 e<br />
interligará os dois elos extremos<br />
da cadeia de produção de água<br />
potável na região: a Barragem<br />
do Pirapama e o Sistema Gurjaú,<br />
fazendo também a conexão<br />
com os aneis de distribuição da<br />
Grande Recife. O custo total é<br />
de R$ 550 milhões, financiados<br />
pelo Ministério da Integração<br />
Nacional, Banco Nacional de<br />
Desenvolvimento Econômico e<br />
Social (BNDES) e Governo do<br />
Estado de Pernambuco.<br />
odebrecht informa
Os engenheiros Jorge Negretto e Marcelo Araújo, da <strong>Odebrecht</strong>, e a ETE do Baldo: tratamento<br />
de alta eficiência sem adição de produtos químicos<br />
A ETE receberá os esgotos coletados em 21 bairros de Natal, beneficiando<br />
350 mil pessoas e contribuindo para a despoluição do rio Potengi.<br />
Quando o Sistema estiver concluído,<br />
o abastecimento de água<br />
da região metropolitana de Recife<br />
chegará a 5,1 mil l/s de água. As<br />
duas primeiras etapas, com capacidade<br />
para tratar e distribuir 2,5<br />
mil litros, foram entregues em<br />
junho e outubro. A conclusão da<br />
terceira e última etapa será no<br />
início de 2011.<br />
Natal<br />
Outra iniciativa de destaque entre<br />
os projetos de saneamento básico<br />
em curso no país é a construção da<br />
Estação de Tratamento de Esgotos<br />
Dom Nivaldo Monte (ETE do Baldo),<br />
localizada no centro de Natal.<br />
Iniciativa da Companhia de Águas<br />
e Esgotos do Rio Grande do Norte<br />
(Caern), a ETE é executada pela<br />
<strong>Odebrecht</strong> Infraestrutura e receberá<br />
os esgotos coletados em 21 bairros<br />
da capital, beneficiando 350 mil pessoas<br />
e contribuindo para a despoluição<br />
do rio Potengi.<br />
O Governo do Rio Grande do<br />
Norte investiu R$ 84 milhões no<br />
projeto. Desse total, mais de R$ 30<br />
milhões foram aplicados em equipamentos<br />
que terão capacidade<br />
para realizar o tratamento terciário<br />
de 450 l/s de esgotos. “O Governo<br />
do Estado está utilizando tecnologia<br />
de ponta. Toda a operação<br />
da ETE será automatizada, com<br />
desinfecção por raios ultravioleta,<br />
garantindo tratamento de alta<br />
eficiência sem adição de produtos<br />
químicos”, explica Iberê Ferreira de<br />
Souza, Governador do Rio Grande<br />
do Norte. “Entregar a ETE do Baldo<br />
funcionando ainda em <strong>2010</strong> é a<br />
concretização de um compromisso<br />
que nós assumimos com a população<br />
do nosso estado.”<br />
odebrecht informa
imobiliário<br />
11<br />
Um conceito que decolou<br />
O Hangar, empreendimento imobiliário lançado em Salvador, privilegia a<br />
convivência entre seus usuários e a integração das empresas ali instaladas<br />
texto Leonardo Mourão<br />
Em julho deste ano, a <strong>Odebrecht</strong><br />
Realizações Imobiliárias (OR) lançou<br />
o Hangar, um empreendimento<br />
formado, em sua primeira fase, por<br />
quatro torres empresariais e dois<br />
hotéis, na primeira rótula de acesso<br />
ao Aeroporto Internacional de<br />
Salvador. Em apenas três meses,<br />
95% das vendas foram concluídas,<br />
incluindo-se aí as duas torres hoteleiras.<br />
“Foi um sucesso tremendo”, diz<br />
Djean Cruz, Diretor Regional de<br />
Incorporações Nordeste da OR.<br />
“Salvador estava precisando de um<br />
empreendimento desse porte e com<br />
essa configuração i<strong>nov</strong>adora.”<br />
O Hangar é o primeiro lançamento<br />
na cidade a usar o conceito de<br />
Business Park, no qual o projeto<br />
arquitetônico e o de engenharia privilegiam<br />
a convivência entre seus usuários<br />
e a integração das empresas<br />
que formam o condomínio.<br />
As torres empresariais que serão<br />
construídas no terreno de 28 mil m²,<br />
situado na Avenida Paralela, reunirão<br />
escritórios, consultórios, lojas, bancos<br />
e restaurantes, paisagismo exuberante,<br />
pista de corrida, academia<br />
de ginástica e praça de convivência.<br />
Nessas torres, que terão sete ou oito<br />
andares, serão oferecidas unidades<br />
com áreas entre 33 m² e 845 m².<br />
“As pessoas que trabalharem ou<br />
circularem no Hangar terão diversos<br />
serviços disponíveis, mas sobretudo<br />
terão vida”, afirma Djean Cruz. “Esse<br />
foi o nosso briefing para Antônio<br />
acervo odebrecht<br />
Caramelo, o autor do projeto arquitetônico.<br />
Salvador é uma cidade cheia<br />
de sol, de vida; não é um lugar para<br />
se ficar em uma torre compacta,<br />
fechada.”<br />
Ligado à Avenida Paralela, o<br />
Hangar estará em uma das principais<br />
vias de acesso a Salvador,<br />
Lauro de Freitas e Camaçari. Os dois<br />
hotéis, já vendidos, terão as bandeiras<br />
Novotel e Íbis, somando 467<br />
apartamentos.<br />
A localização do empreendimento<br />
também trará mais conforto para<br />
uma grande parcela da população da<br />
cidade, de alto poder aquisitivo, que<br />
Ilustração do<br />
Hangar: projeto<br />
imobiliário com<br />
configuração<br />
i<strong>nov</strong>adora<br />
reside em Piatã, Itapoã, Patamar,<br />
Vilas do Atlântico e Lauro de Freitas.<br />
Serviços médicos, dentários, escritórios<br />
de advocacia e outros estarão<br />
a poucos minutos de distância.<br />
“Fizemos uma pesquisa que mostrou<br />
que um grande número de profissionais<br />
liberais está disposto a se instalar<br />
no Hangar”, informa Djean Cruz.<br />
O empreendimento tem um Valor<br />
Geral de Vendas estimado em R$ 400<br />
milhões, e deverá ter sua primeira<br />
fase – as quatro torres comerciais e<br />
os dois hotéis – concluída em 2013.<br />
As outras três torres serão entregues<br />
em 2014.<br />
odebrecht informa
12 logística<br />
Como um só time<br />
Em Camaçari, a Cromex, líder no mercado brasileiro de<br />
masterbatches, torna-se a primeira parceira a aderir ao <strong>nov</strong>o<br />
sistema de logística da Braskem texto Eliana Simonetti / fotos Beg Figueiredo<br />
Líder no mercado brasileiro de concentrados de<br />
cor (masterbatches) para a indústria do plástico,<br />
com 35 anos de existência, a Cromex exporta seus<br />
produtos para mais de 60 países. Tem investido de<br />
forma consistente na ampliação e modernização<br />
de suas unidades da Bahia e de São Paulo para<br />
elevar sua competitividade e atender melhor os<br />
clientes.<br />
Em outubro, depois de adaptar máquinas extrusoras,<br />
sua planta na Bahia começou a receber<br />
resina diretamente de seus sete silos (três deles<br />
inaugurados recentemente), supridos em sistema<br />
just in time pela Braskem, que entrega a matériaprima<br />
em caminhões, a granel.<br />
A Cromex se tornou, assim, a<br />
primeira das quatro parceiras da<br />
Braskem no Polo de Camaçari (BA)<br />
a aderir ao <strong>nov</strong>o sistema de logística<br />
da empresa da Organização<br />
<strong>Odebrecht</strong>. “Braskem e Cromex<br />
trabalham de forma alinhada em<br />
busca da eficiência”, explica Marco<br />
Antonio Quirino, Diretor de Negócio<br />
Polietileno da Braskem.<br />
Em síntese, o sistema – rápido,<br />
simplificado e confiável – funciona<br />
assim: na Braskem, o material é<br />
estocado em contêineres com capacidade para<br />
30 t, forrados com uma espécie de capa protetora<br />
(liner), que, empilhados em área reduzida, aguardam<br />
o pedido eletrônico, com a data da entrega ao<br />
cliente. Os contêineres saem então sobre caminhões<br />
basculantes dotados de motor que injeta o<br />
produto diretamente nos silos, por sua vez conectados<br />
à linha de produção.<br />
“Estamos alterando uma prática mantida no<br />
Brasil. Eliminamos os custos e desperdícios do<br />
Caminhão com<br />
resina fabricada<br />
pela Braskem<br />
chega à Cromex<br />
e descarrega o<br />
produto, que vai<br />
para a área de<br />
estocagem. Na<br />
página ao lado,<br />
Sérgio Wajsbrot,<br />
Presidente da<br />
Cromex: aumento<br />
de produtividade<br />
odebrecht informa
Balanço de benfeitorias<br />
Melhoramentos e aportes resultantes do projeto<br />
de abastecimento a granel implantado em quatro<br />
clientes da Braskem em Camaçari, com parceria da<br />
empresa Wilson, Sons, operadora logística:<br />
• 8 silos estacionários<br />
• 5 sistemas de descarga de contêineres<br />
• 134 contêineres especiais (volume 4.181 t)<br />
• 1 transtêiner e trilho<br />
• pátio de contêineres na planta PE3,<br />
com adequações para carregamento<br />
• 8 carretas basculantes especiais.<br />
ensacamento, da armazenagem em grandes<br />
áreas, do retrabalho, e também os riscos em todo<br />
o processo”, diz Gustavo Prisco, Responsável<br />
por Planejamento e Contratações da área de<br />
Logística de Polímeros da Braskem.<br />
A Cromex se beneficia com o processo. “A proximidade<br />
da planta da Braskem nos propicia agilidade,<br />
resultando em menores estoques e na resolução<br />
imediata de problemas. O projeto de logística<br />
a granel ainda proporciona redução do custo de<br />
embalagens e manuseios de fábrica”, salienta<br />
Sérgio Wajsbrot, Presidente da Cromex. “Temos<br />
grande sinergia com a Braskem e trabalhamos<br />
intensamente para o aumento da competitividade<br />
nos mercados interno e externo”, acrescenta.<br />
A Cromex tem capacidade produtiva de 100 mil<br />
t de masterbatches por ano, com um portfólio<br />
de mais de 13 mil cores. Mantém um laboratório<br />
de pesquisas que desenvolve, em média, 200<br />
<strong>nov</strong>as cores ao mês para diferentes tipos de resina<br />
– utilizados em produtos como embalagens,<br />
cosméticos e brinquedos, além de peças para a<br />
construção civil, o setor automobilístico e o agronegócio.<br />
É uma empresa de padrão internacional,<br />
preocupada com a preservação ambiental, a qualidade<br />
do ambiente de trabalho de seus integrantes<br />
e a qualidade de seus produtos – e premiada<br />
nesses quesitos. Entre outras, tem certificação<br />
ISO 9001 e ISO 14001. “A parceria com a Braskem<br />
reforça a posição da companhia como i<strong>nov</strong>adora<br />
e empreendedora”, diz Wajsbrot, cujos planos<br />
podem ser resumidos numa palavra: crescer.<br />
odebrecht informa
14 petroquímica<br />
"Eu sou verde"<br />
Inaugurada em Triunfo a maior unidade<br />
industrial de eteno derivado de etanol do planeta<br />
texto Thereza Martins / fotos Mathias Craemer<br />
Eram 2h12 da madrugada de 3 de<br />
setembro quando foi dada partida à<br />
operação da unidade de eteno verde<br />
da Braskem no Polo Petroquímico<br />
de Triunfo (RS). Naquele momento,<br />
cerca de 60 integrantes das equipes de<br />
operação e apoio estavam no local. A<br />
expectativa era imensa. O que aconteceu<br />
depois, dificilmente será esquecido<br />
por quem viveu aquela experiência.<br />
“Estávamos apreensivos, o coração<br />
batia mais forte. Em seguida,<br />
houve uma explosão de alegria,<br />
abraços e lágrimas”, descreve<br />
Guilherme Guaragna, Diretor de<br />
Empreendimentos da Braskem, responsável<br />
pelo projeto no Rio Grande<br />
do Sul. “A motivação e a integração<br />
acompanharam a equipe durante todo<br />
o projeto e quando foi dada partida<br />
à planta o nosso sentimento era de<br />
realização por termos participado de<br />
um empreendimento pioneiro para a<br />
Braskem, para o Brasil e para a indústria<br />
petroquímica mundial.”<br />
A inauguração oficial da unidade foi<br />
em 24 de setembro, com a presença<br />
do Presidente Luiz Inácio Lula da<br />
Silva, de Emílio <strong>Odebrecht</strong>, Presidente<br />
do Conselho de Administração da<br />
<strong>Odebrecht</strong> S.A., Marcelo <strong>Odebrecht</strong>,<br />
Diretor-Presidente da <strong>Odebrecht</strong> S.A.,<br />
Bernardo Gradin, Líder Empresarial<br />
da Braskem, ministros, diretores da<br />
Petrobras, representantes dos trabalhadores<br />
e dos moradores de Triunfo.<br />
O Presidente Lula recebeu um capacete<br />
de proteção individual feito com o<br />
primeiro lote de polietileno produzido<br />
a partir do eteno derivado de canade-açúcar.<br />
O capacete simboliza os<br />
580 dias de trabalho na construção da<br />
planta de Triunfo sem acidentes com<br />
afastamento.<br />
“Para nós, essa marca é motivo de<br />
grande orgulho”, comemora Manoel<br />
Carnauba, Vice-Presidente da Unidade<br />
de Petroquímicos Básicos. “É mais<br />
uma demonstração, entre tantas que<br />
já tivemos, de que a segurança no<br />
trabalho faz parte da nossa cultura<br />
corporativa.”<br />
Além desse, outros motivos de<br />
orgulho não faltaram. Carnauba cita<br />
o prazo desafiador para conclusão<br />
da obra – 16 meses, a partir de abril<br />
de 2009 – e o pioneirismo do projeto<br />
da maior unidade industrial de eteno<br />
derivado de etanol do planeta, que<br />
permitirá a produção de 200 mil t/ano<br />
de polietileno verde. Outro destaque é<br />
o fato de a <strong>nov</strong>a unidade industrial ter<br />
sido construída com base em tecnologia<br />
desenvolvida no Brasil e, também,<br />
de ter possibilitado a formação de<br />
283 jovens aprendizes, por meio do<br />
Programa de Qualificação Profissional<br />
Continuada – Acreditar (em parceria<br />
com o Senai). Foram ministrados oito<br />
cursos de formação, para eletricistas,<br />
soldadores, montadores, encanadores<br />
e carpinteiros. O aproveitamento direto<br />
na obra foi de 178 jovens do grupo.<br />
Com o início das operações, a<br />
Braskem passa a fornecer ao mundo<br />
resina de origem re<strong>nov</strong>ável e avan-<br />
odebrecht informa
A <strong>nov</strong>a planta da Braskem (na outra página) e um momento da cerimônia de<br />
inauguração em Triunfo: a partir da esquerda, Pedro Francisco Tavares, Prefeito<br />
da cidade gaúcha, Bernardo Gradin, Emílio <strong>Odebrecht</strong>, o Presidente Lula, Márcio<br />
Zimmermann, Ministro das Minas e Energia, e Marcelo <strong>Odebrecht</strong><br />
ça em sua estratégia para 2020, de<br />
tornar-se líder mundial da química<br />
sustentável. No quesito da sustentabilidade,<br />
o balanço ambiental indica que<br />
a rota escolhida é o caminho do futuro:<br />
1 kg de polietileno verde elimina de<br />
2 kg a 2,5 kg de CO 2 da atmosfera,<br />
desde a origem da matéria-prima nos<br />
canaviais até a produção do polietileno.<br />
A cana-de-açúcar não é a única<br />
matéria-prima re<strong>nov</strong>ável utilizada<br />
mundialmente para a produção de<br />
biopolímeros (há também o milho e a<br />
beterraba), mas é a mais competitiva<br />
e eficiente em termos de aproveitamento<br />
energético, além de ser a única<br />
que, uma vez transformada em etanol,<br />
depois eteno e polietileno, conserva<br />
exatamente as mesmas características<br />
do polietileno de origem fóssil. Essa é<br />
uma grande vantagem para os clientes<br />
da Braskem. Os mesmos equipamentos<br />
que processam o polietileno convencional<br />
transformam o de origem<br />
re<strong>nov</strong>ável (polietileno verde) em plástico,<br />
sem necessidade de adaptações.<br />
Essa característica encorajou ainda<br />
mais os clientes que já enxergavam<br />
no apelo verde um bom motivo para<br />
trabalhar com a <strong>nov</strong>a resina termoplástica.<br />
A Braskem já registrou<br />
demanda para três vezes a capacidade<br />
da planta. No momento, porém, optou<br />
por vender até 80% da produção e<br />
estuda a possibilidade de ampliação de<br />
sua capacidade no Rio Grande do Sul<br />
ou em outro estado onde exista a possibilidade<br />
de integração da fábrica de<br />
eteno à de polietileno, com ganhos na<br />
cadeia produtiva. O sonho para o futuro<br />
é produzir também polipropileno verde<br />
e outros produtos a partir de fontes<br />
re<strong>nov</strong>áveis.<br />
Clientes em todo o mundo<br />
O processo que culminou com a<br />
inauguração da planta de eteno verde<br />
em Triunfo e a produção de polietileno<br />
de origem re<strong>nov</strong>ável foi uma<br />
experiência valiosa para os profissionais<br />
que dele participaram. Marcelo<br />
Nunes, Diretor de Biopolímeros, diz<br />
que o ritmo de viagens internacionais<br />
dos integrantes da área comercial<br />
aumentou em função dos contatos<br />
com clientes para apresentação da<br />
<strong>nov</strong>a resina. “Desde o início do projeto<br />
trabalhamos lado a lado com nossos<br />
clientes, testando o produto e demonstrando<br />
suas qualidades”, relata.<br />
Marcelo conta que a Braskem abraçou<br />
o projeto do polietileno verde para<br />
atender à demanda da Toyota Tsusho,<br />
trading company do grupo Toyota.<br />
Hoje, a Toyota Tsusho é o distribuidor<br />
de polietileno verde na Ásia, para onde<br />
serão destinados 25% da produção.<br />
Nos outros continentes, a comercialização<br />
da resina será de responsabilidade<br />
direta da Braskem. Além<br />
do volume destinado ao continente<br />
asiático, metade da produção irá para<br />
a Europa, 15% para os Estados Unidos<br />
e o restante para Brasil e países da<br />
odebrecht informa
Todos em busca do mesmo objetivo<br />
O projeto de engenharia e construção da planta de eteno verde, em Triunfo, foi<br />
desenvolvido em parceria entre Braskem, <strong>Odebrecht</strong> Engenharia Industrial e<br />
Genpro, responsável pela engenharia de detalhamento, de acordo com o modelo<br />
de contrato de Aliança.<br />
José Carlos Aversa, Diretor de Contrato da <strong>Odebrecht</strong>, esclarece que, na modalidade<br />
de Aliança, as negociações entre os parceiros terminam com a assinatura<br />
do contrato. “A partir desse momento, o grupo passa a ser um único time,<br />
atuando com o objetivo comum de cumprir prazo, preço e qualidade do início<br />
da obra à partida da planta.” Além das obras de engenharia, a <strong>Odebrecht</strong> foi<br />
responsável pelo procurement (suprimento) do projeto. Participaram da obra,<br />
no pico dos trabalhos, 2.200 pessoas.<br />
América Latina. Na carteira de clientes<br />
com contrato de fornecimento assinado<br />
estão Johnson & Johnson, Natura,<br />
Procter & Gamble, Tetra Pak, Estrela,<br />
Petropack e Acinplas, entre outros.<br />
O polietileno verde será utilizado na<br />
produção de embalagens de protetores<br />
solares, cosméticos, cremes, produtos<br />
alimentícios e em outras diversas<br />
aplicações. A Braskem tem sido consultada<br />
sobre a possibilidade de apoiar<br />
projetos semelhantes ao do polietileno<br />
verde em países europeus.<br />
Ciência, tecnologia e i<strong>nov</strong>ação<br />
O projeto de polietileno verde é a<br />
síntese e o fruto de investimentos da<br />
ordem de R$ 500 milhões em i<strong>nov</strong>ação,<br />
ciência, tecnologia, treinamento, obras<br />
de engenharia e compra de equipamentos.<br />
Nessa história, a atenção<br />
dada à i<strong>nov</strong>ação, ciência e tecnologia é<br />
um capítulo à parte. A Braskem conta<br />
com cerca de 300 integrantes em seus<br />
centros de tecnologia e seus 18 laboratórios<br />
em São Paulo e Rio Grande do<br />
Sul. São doutores, mestres, profissionais<br />
graduados e técnicos. Além dessa<br />
equipe própria, a empresa mantém<br />
convênios e parcerias com institutos de<br />
pesquisa no Brasil e exterior.<br />
Pelo menos duas das parcerias no<br />
Brasil estão focadas em biopolímeros.<br />
Uma delas com a Universidade<br />
Estadual de Campinas (Unicamp), iniciada<br />
há cerca de três anos. Nos laboratórios<br />
do Departamento de Genética<br />
da Universidade, um grupo de engenheiros<br />
da Braskem trabalha lado a<br />
lado com pesquisadores universitários,<br />
seguindo a rota química que utiliza<br />
matérias-primas de fontes re<strong>nov</strong>áveis.<br />
O mais recente convênio foi assinado<br />
no início de setembro, com o<br />
Laboratório Nacional de Biociências<br />
(LNBio), em Campinas, para instalação<br />
de um núcleo de pesquisas da<br />
Braskem, com foco em biopolímeros.<br />
A empresa poderá utilizar equipamentos<br />
de ponta e estará em contato<br />
diário com profissionais de diferentes<br />
áreas do conhecimento, beneficiando<br />
sua capacitação e o desenvolvimento<br />
da competência interna da companhia.<br />
O LNBio está ligado ao Ministério da<br />
Ciência e Tecnologia.<br />
“Apenas empresas i<strong>nov</strong>adoras acreditam<br />
e investem em ciência e tecnologia<br />
como um diferencial competitivo<br />
para o futuro”, afirma Kleber Franchini,<br />
diretor do LNBio. Para o geneticista<br />
Gonçalo Guimarães Pereira, da<br />
Unicamp, “é preciso ter visão de longo<br />
prazo e acreditar nas pessoas para<br />
fazer investimentos de risco na pesquisa<br />
científica”.<br />
Outro parceiro de ponta da Braskem<br />
é a Novozymes, empresa dinamarquesa<br />
líder mundial na produção de enzimas<br />
industriais. Em <strong>dez</strong>embro de 2009<br />
as duas empresas assinaram contrato<br />
para o desenvolvimento de polipropileno<br />
a partir de cana-de-açúcar. Os<br />
primeiros resultados são esperados no<br />
prazo mínimo de cinco anos.<br />
Enquanto aguarda o desenvolvimento<br />
dessa rota, a Braskem investirá US$<br />
100 milhões para construir uma planta<br />
de propeno verde em local ainda a ser<br />
definido, com capacidade mínima de<br />
30 mil t/ano, para começar a produzir<br />
polipropileno verde em 2013, utulizando<br />
outra tecnologia já dominada pela<br />
empresa.<br />
A Vice-Presidência de Tecnologia da<br />
Braskem está definindo um plano de<br />
investimentos que deverá estar pronto<br />
até o fim do ano, alinhado à Visão 2020<br />
da empresa de ser “a líder global da<br />
química sustentável, i<strong>nov</strong>ando para<br />
melhor servir as pessoas”. O Líder<br />
Empresarial Bernardo Gradin tem<br />
reafirmado que a Braskem deverá ser<br />
a empresa industrial privada brasileira<br />
com maiores investimentos em<br />
pesquisa e desenvolvimento até 2015,<br />
dobrando o número de pesquisadores e<br />
técnicos dedicados à i<strong>nov</strong>ação, dos atuais<br />
300 para mais de 600 pessoas.<br />
odebrecht informa
teo<br />
17<br />
Com os ajustes do tempo<br />
Lançada a segunda edição, ampliada e revista, do livro Educação pelo<br />
Trabalho, de autoria do fundador Norberto <strong>Odebrecht</strong><br />
texto Vivian Barbosa<br />
Está disponível a segunda edição<br />
– ampliada e revista – do<br />
livro Educação pelo Trabalho, de<br />
autoria de Norberto <strong>Odebrecht</strong>,<br />
Presidente de Honra da <strong>Odebrecht</strong><br />
S.A. e do Conselho de Curadores da<br />
Fundação <strong>Odebrecht</strong>.<br />
A primeira edição foi lançada<br />
em 1991. O título foi escolhido<br />
para valorizar o compromisso dos<br />
líderes da Organização <strong>Odebrecht</strong><br />
com a transmissão dos conceitos e<br />
critérios da Tecnologia Empresarial<br />
<strong>Odebrecht</strong> (TEO) às sucessivas<br />
Gerações de Empresários-<br />
Parceiros da Organização.<br />
Por meio desse livro, consolidouse<br />
a Consciência, já semeada nas<br />
obras anteriores do Fundador<br />
Norberto <strong>Odebrecht</strong> (Pontos de<br />
Referência, De Que Necessitamos?,<br />
Influenciar e Ser Influenciado e<br />
Sobreviver, Crescer e Perpetuar),<br />
de que a <strong>Odebrecht</strong> deve atuar<br />
como uma Organização de Seres<br />
Humanos de Conhecimento, cujo<br />
Desenvolvimento precisa ser promovido<br />
por meio da prática da<br />
Pedagogia da Presença.<br />
“O livro Educação pelo Trabalho<br />
é o que melhor comunica os<br />
ensinamentos do Autor”, afirma<br />
Marcelo <strong>Odebrecht</strong>, Diretor-<br />
Presidente da <strong>Odebrecht</strong> S.A. A<br />
<strong>nov</strong>a edição chega aos Integrantes<br />
e a todos aqueles que darão continuidade<br />
à Missão das Gerações<br />
precedentes, produzindo <strong>nov</strong>as e<br />
Valor da publicação: R$ 100,00<br />
Para adquirir: www.fundacaoodebrecht.org.br/programas<br />
Mais informações: +55 71 3206-1244 [ com Rafaela Brandão ]<br />
melhores riquezas, promovendo<br />
o bem-estar das Comunidades<br />
onde atuam e visando, sobretudo,<br />
ao Desenvolvimento com<br />
Sustentabilidade.<br />
A Fundação <strong>Odebrecht</strong> é a instituição<br />
responsável pela venda dos<br />
livros sobre a TEO. Para adquirilos,<br />
os interessados devem acessar<br />
o endereço www.fundacaoodebrecht.org.br/programas.<br />
Os direitos<br />
autorais e toda a receita obtida são<br />
destinados às ações fomentadas<br />
na região do Baixo Sul da Bahia,<br />
contribuindo para a Inclusão Social<br />
de famílias da zona rural.<br />
holanda cavalcanti<br />
odebrecht informa
18 reconhecimento<br />
Crenças<br />
compartilhadas<br />
Prêmio do IMD é resultado do trabalho e<br />
das convicções de cada um dos integrantes<br />
da Organização <strong>Odebrecht</strong><br />
texto José Enrique Barreiro<br />
Um clima de grande expectativa<br />
estava instalado no salão de eventos<br />
do The Palmer House Hotel,<br />
em Chicago, Estados Unidos, na<br />
noite de 2 de outubro, durante a 21ª<br />
Reunião Anual da Family Business<br />
Network, a principal rede mundial<br />
de empresas pertencentes a famílias.<br />
Ali seria anunciado, em instantes,<br />
o vencedor, em <strong>2010</strong>, do prêmio<br />
de empresa de controle familiar<br />
do ano. A <strong>Odebrecht</strong> era uma das<br />
quatro finalistas, entre as 65 que<br />
concorreram. Marcelo <strong>Odebrecht</strong>,<br />
Diretor Presidente da <strong>Odebrecht</strong><br />
S.A., estava presente, acompanhado<br />
de Iolanda Peltier e Cristovam Leal<br />
Dantas, representantes da família<br />
<strong>Odebrecht</strong>, e do executivo Manoel<br />
Carnauba, Vice-Presidente de<br />
Petroquímicos Básicos da Braskem.<br />
Quando Dominique Turpin, presidente<br />
do IMD, anunciou que a<br />
<strong>Odebrecht</strong> era a vencedora, uma<br />
alegria especial tomou conta dos<br />
membros da pequena comitiva da<br />
<strong>Odebrecht</strong> e de cerca de outros 50<br />
brasileiros e latino-americanos<br />
presentes entre os 600 convidados.<br />
Havia razões para isso. Criado em<br />
1996, marcado por severos requisitos<br />
e condições para os concorrentes,<br />
o prêmio é cobiçado anualmente<br />
por empresas que tenham<br />
atuação global, receita anual maior<br />
que US$ 500 milhões e estejam<br />
sob o controle da família há pelo<br />
menos três gerações. Seu promotor<br />
é o prestigiado IMD – International<br />
Institute for Management<br />
Development, da Suíça, em associação<br />
com o banco Lombard Odier<br />
e a Chopard, fabricante de jóias e<br />
relógios.<br />
Ao receber o troféu, Marcelo<br />
apresentou a principal razão da<br />
conquista da <strong>Odebrecht</strong>: “Foi a<br />
nossa cultura que nos trouxe até<br />
aqui. Essa cultura, essência do<br />
modo de ser de nossa Organização,<br />
é o resultado da junção dos conceitos<br />
filosóficos de seu fundador,<br />
meu avô, Norberto <strong>Odebrecht</strong>, e de<br />
nossa história, construída por ações<br />
e fatos dos homens e mulheres que<br />
aprenderam a compartilhar os mesmos<br />
valores”.<br />
Valorização na crise de 2008<br />
As empresas de controle familiar<br />
são aquelas em que uma família é<br />
detentora da maioria acionária, mas<br />
a condução dos negócios é feita por<br />
executivos profissionais. Em geral,<br />
roberto rosa<br />
essas empresas possuem valores<br />
próprios, oriundos da família<br />
controladora. “Nós, da <strong>Odebrecht</strong>,<br />
tivemos a sorte de ter um fundador<br />
e uma família com fortes valores<br />
humanísticos, que cuidaram de<br />
sistematizá-los, e que os transmitem<br />
incansavelmente para toda<br />
a Organização”, diz André Amaro,<br />
Responsável por Planejamento e<br />
Desenvolvimento na <strong>Odebrecht</strong> S.A.,<br />
odebrecht informa
Norberto <strong>Odebrecht</strong> entre seu<br />
filho Emílio e o neto Marcelo<br />
e com a imagem do pai, o<br />
pioneiro Emílio <strong>Odebrecht</strong>, ao<br />
fundo: tradição de cultivo de<br />
valores humanísticos<br />
que ao longo de quatro meses coordenou<br />
o cumprimento de todas as<br />
etapas exigidas pelos organizadores<br />
do prêmio.<br />
Em 2008, grandes empresas<br />
mundiais de controle pulverizado,<br />
direcionadas por uma agenda de<br />
curto prazo e voltadas para resultados<br />
imediatos, entraram em colapso<br />
e provocaram uma crise mundial.<br />
Naquele momento, as empre-<br />
'<br />
"A cultura criada por Norberto <strong>Odebrecht</strong>, por meio da TEO,<br />
permite que todos os integrantes da Organização se sintam<br />
parte de uma grande família, unida por princípios e objetivos<br />
comuns. O reconhecimento como a melhor empresa familiar do<br />
mundo é uma conquista construída sobre esses fundamentos<br />
que muito nos orgulha, mas também aumenta nossa<br />
responsabilidade com as futuras gerações de 'odebrechtianos'!"<br />
Benedicto Barbosa da Silva Junior,<br />
Líder Empresarial da <strong>Odebrecht</strong> Infraestrutura<br />
odebrecht informa
Glenn Kaupert<br />
A partir da esquerda, Christophe Hentsch, Sócio-Gerente do Lombard Odier; Manoel Carnauba; Cristovam Leal Dantas;<br />
Iolanda Peltier; Marcelo <strong>Odebrecht</strong>; Karl-Friedrich Scheufele, co-Presidente da Chopard, e Dominique Turpin no evento<br />
em Chicago: prêmio para uma cultura empresarial<br />
sas de controle familiar ganharam<br />
<strong>nov</strong>a notoriedade. “O mundo passou<br />
a olhar com mais atenção para<br />
elas, que não eram tão atraentes<br />
até então porque nunca abriam mão<br />
da soli<strong>dez</strong> de seus fundamentos<br />
e trabalhavam com uma agenda<br />
sustentável de longo prazo”, explica<br />
Amaro.<br />
Agenda de longo prazo é um<br />
dos principais atributos que o IMD<br />
busca identificar entre as empresas<br />
concorrentes ao prêmio. Seus parceiros<br />
são exemplos nessa matéria:<br />
o banco Lombard Odier existe desde<br />
1796 e a Chopard foi fundada em<br />
1860. Em comparação com eles, a<br />
história da <strong>Odebrecht</strong>, de “apenas”<br />
66 anos, é curta. Mas significativa,<br />
como comprovou a equipe do IMD<br />
– liderada pelo professor Benoît<br />
Leleux e pela pesquisadora Anne-<br />
'<br />
"Ter estado presente no evento<br />
de premiação representou<br />
uma emoção indescritível<br />
para mim, de especial<br />
significado para meus 29 anos<br />
na Organização, nesta grande<br />
família <strong>Odebrecht</strong>. A emoção<br />
foi mais forte quando,<br />
após o anúncio do vencedor,<br />
fomos entusiasticamente<br />
aclamados, em especial<br />
pelos 50 brasileiros presentes,<br />
representantes de famílias<br />
empresárias de nosso país."<br />
Manoel Carnauba,<br />
Vice-Presidente de<br />
Petroquímicos<br />
Básicos da Braskem<br />
Catrin Glemser –, que durante quatro<br />
meses avaliou a Organização.<br />
“Procuramos identificar a excelência<br />
das empresas em três dimensões:<br />
valores familiares, valores do<br />
negócio e sustentabilidade”, revela<br />
Leleux.<br />
Brilho nos olhos<br />
As empresas concorrentes ao<br />
prêmio, indicadas por especialistas<br />
e acadêmicos de todo o mundo, são<br />
avaliadas exaustivamente. No caso<br />
da <strong>Odebrecht</strong>, a avaliação começou<br />
em maio, quando André Amaro foi<br />
informado de que a <strong>Odebrecht</strong> era<br />
uma das concorrentes. Logo começou<br />
a ser enviado para o IMD, na<br />
Suíça, um vasto conjunto de documentos,<br />
nos quais eram apresentadas<br />
a história da família <strong>Odebrecht</strong><br />
no Brasil, desde a chegada dos<br />
odebrecht informa
acervo odebrecht<br />
pioneiros Emil e Berta <strong>Odebrecht</strong> ao<br />
país, em 1856, até os descendentes<br />
atuais, e a história da Organização,<br />
de 1944 a <strong>2010</strong>. Seguiram também<br />
para a Suíça o documento com a<br />
Visão 2020 e diversas análises sobre<br />
empresas e negócios da <strong>Odebrecht</strong>.<br />
Foram enviados ainda livros escritos<br />
por Norberto <strong>Odebrecht</strong> e publicações<br />
institucionais, como relatórios<br />
anuais da <strong>Odebrecht</strong> S.A. e edições<br />
especiais da revista <strong>Odebrecht</strong><br />
<strong>Informa</strong>.<br />
Após a análise desses materiais,<br />
e já com a <strong>Odebrecht</strong> classificada<br />
entre os quatro finalistas, começou,<br />
em julho, a segunda etapa da avaliação,<br />
que constou de uma visita<br />
de Benoît Leleux e Anne-Catrin<br />
Glemser ao Brasil, durante uma<br />
semana, para conhecer in loco<br />
a Organização. Eles realizaram<br />
entrevistas com Norberto, Emílio e<br />
Marcelo <strong>Odebrecht</strong> e com executivos<br />
das empresas sobre assuntos<br />
que escolheram: biocombustíveis<br />
(com José Carlos Grubisich), polietileno<br />
verde (com Manoel Carnauba,<br />
'<br />
"A <strong>Odebrecht</strong> é a única<br />
empresa em que trabalhei.<br />
Ingressei na Organização<br />
como estagiário em 1977. Ao<br />
longo desses anos, desenvolvi<br />
minha carreira profissional<br />
em ambiente regido por<br />
princípios e valores explícitos<br />
de uma cultura empresarial,<br />
acreditando e descobrindo, a<br />
cada passo, que a Valorização<br />
das Pessoas e a Delegação<br />
Planejada me fariam um<br />
profissional agente do meu<br />
próprio destino. O prêmio<br />
do IMD é resultado desse<br />
ambiente cultural, no qual<br />
Líderes Educadores, dentro<br />
da Tecnologia Empresarial<br />
<strong>Odebrecht</strong>, transmitem a<br />
certeza de que a disciplina,<br />
seguida do respeito, gera a<br />
confiança nas relações entre<br />
as Pessoas, fortalecendo a<br />
todos para os crescentes<br />
desafios empresariais."<br />
Luiz Mameri, Líder Empresarial da<br />
<strong>Odebrecht</strong> América Latina e Angola<br />
Norberto <strong>Odebrecht</strong> com Anne-Catrin Glemser e Benoît Leleux: valores<br />
familiares, valores do negócio e sustentabilidade<br />
Marcelo Nunes e Alan Hiltner) e<br />
hidrelétrica de Santo Antônio (com<br />
Gabriel Ybarra).<br />
Cibelle Cristina da Silva e Ulla<br />
von Czékus, da <strong>Odebrecht</strong>, que<br />
ficaram responsáveis pelo apoio<br />
a Leleux e Anne-Catrin no Brasil,<br />
acompanharam as entrevistas.<br />
Segundo Ulla, com os membros<br />
da família <strong>Odebrecht</strong> eles trataram<br />
mais de filosofia e estratégia,<br />
e com os executivos, de sustentabilidade<br />
e de como os valores<br />
transmitidos pela família haviam<br />
impactado a vida e o trabalho<br />
deles. Ulla e Cibelle prestaram<br />
muita atenção às primeiras<br />
impressões reveladas por Leleux<br />
e Anne-Catrin logo que terminavam<br />
as entrevistas. “Eles saíam<br />
encantados”, conta Ulla. “Ficaram<br />
impressionados, particularmente,<br />
com a segurança de Marcelo, a<br />
visão de Dr. Emílio e a atualidade<br />
do pensamento de Dr. Norberto”,<br />
complementa Cibelle, que diz<br />
ainda que eles se surpreenderam<br />
com o respeito e a admiração<br />
dos executivos pela Organização.<br />
“Viram que o olho brilhava e sentiram<br />
que era verdadeira a simplicidade<br />
pessoal e o orgulho de<br />
pertencer à <strong>Odebrecht</strong>.”<br />
No documento em que justificou<br />
a concessão do prêmio à<br />
<strong>Odebrecht</strong>, intitulado “Sonhando<br />
o sonho dos clientes”, o professor<br />
Leleux fez uma análise em profundidade<br />
da história, dos negócios<br />
e da filosofia da Organização. “A<br />
<strong>Odebrecht</strong> se destaca por sua cultura<br />
corporativa única, valores e<br />
princípios marcantes, expressivo<br />
crescimento, i<strong>nov</strong>ação e compromisso<br />
com responsabilidade social<br />
e ambiental”, declarou.<br />
odebrecht informa
Um longo caminho a percorrer<br />
Mensagem de Emílio <strong>Odebrecht</strong> aos integrantes da Organização<br />
A conquista do prêmio de melhor empresa de controle familiar do<br />
mundo, em <strong>2010</strong>, é de alta relevância para nossa Organização. Significa,<br />
entre outras coisas, o reconhecimento de nossos valores, nossos<br />
princípios e nossa filosofia empresarial, de sua prática efetiva nos<br />
negócios e ambientes em que atuamos e de nossa história de<br />
crescimento econômico com responsabilidade social e ambiental.<br />
O prêmio não pertence apenas à família <strong>Odebrecht</strong>. Pertence à<br />
Organização <strong>Odebrecht</strong>, a cada um de seus integrantes. A força da<br />
<strong>Odebrecht</strong> não está na família. Está, repito, nos valores, nos princípios<br />
e na filosofia empresarial, que vieram da família, mas que são aceitos,<br />
compreendidos e praticados por todos os que integram a Organização.<br />
Destaco, em particular, o papel dos Líderes, que ao longo de décadas<br />
formaram <strong>nov</strong>os Líderes e souberam transmitir, com base no exemplo<br />
pessoal, os valores e princípios que regem nossas práticas.<br />
Estamos muitos felizes com esse reconhecimento. Mas, como todos<br />
sabem, a permanente insatisfação é uma das características inscritas<br />
em nosso DNA. Por isso, precisamos estar atentos, dia e noite, às<br />
armadilhas do sucesso. Todo reconhecimento implica aumento de<br />
humildade e de responsabilidade. Não podemos nos sentir no topo, mas,<br />
sim, em busca de um topo, porque, como costuma dizer meu pai,<br />
fundador de nossa Organização, “do topo só há um caminho possível,<br />
que é para baixo”. Nós recebemos um reconhecimento mundial de alta<br />
significação, mas ainda temos um longo caminho a percorrer.<br />
A Visão 2020 é a referência atual desse caminho. Para alcançá-la, a<br />
<strong>nov</strong>a geração de líderes terá que, a exemplo das anteriores, formar continuamente<br />
<strong>nov</strong>os Líderes-Educadores. Nestes, está a chave de nosso<br />
futuro. Com eles, e só com eles, continuaremos a ser o porto seguro de<br />
nossos Clientes e, consequentemente, a manter a nossa Organização no<br />
rumo da Sobrevivência, do Crescimento e da Perpetuidade.<br />
Uma vitória de todos<br />
A <strong>Odebrecht</strong> é a segunda organização<br />
latino-americana a conquistar o<br />
prêmio. O grupo Votorantim, em 2005,<br />
foi a primeira. Em 15 anos, empresas<br />
de vários países foram escolhidas,<br />
entre as quais a Hermès S.A., da<br />
França, os grupos Henkel e Merck, da<br />
Alemanha, Barilla, da Itália, Bonnier,<br />
da Suécia, e Yazaki, do Japão.<br />
Para André Amaro, o prêmio é<br />
uma vitória de todos os integrantes<br />
da Organização <strong>Odebrecht</strong>. “O<br />
mérito maior dessa conquista é das<br />
gerações que nos antecederam. A<br />
nossa geração e as que virão em<br />
seguida têm o compromisso de preservar<br />
a cultura e aprimorar nossa<br />
posição de excelência. Esse prêmio<br />
é consequência de uma trajetória,<br />
mas é, principalmente, um marco<br />
para o futuro.”<br />
No discurso que fez em Chicago,<br />
Marcelo <strong>Odebrecht</strong> salientou, entre<br />
outros pontos, dois principais.<br />
Primeiro, a crença na gestão profissional:<br />
“As posições de liderança<br />
na <strong>Odebrecht</strong> continuarão a ser preenchidas<br />
não por aqueles com laços<br />
de sangue, mas por aqueles mais<br />
capazes de satisfazerem as duas<br />
fontes da vida corporativa: o Cliente<br />
e os Acionistas”.<br />
Segundo, a crença na força das<br />
Organizações controladas pela<br />
família. “Consciência de responsabilidade<br />
a longo prazo, e compromisso<br />
e confiança da liderança<br />
resultam da forma pela qual a família<br />
coloca seu patrimônio material e<br />
seu patrimônio moral à disposição<br />
da Organização. Esse patrimônio é<br />
composto dos princípios, valores e<br />
crenças a partir dos quais são educadas<br />
as gerações que se sucedem<br />
na condução dos negócios.”<br />
odebrecht informa
argentina<br />
23<br />
Momento especial<br />
<strong>Odebrecht</strong> conquista <strong>nov</strong>os contratos e diversifica sua atuação na Argentina<br />
texto Sérgio Bourroul / fotos Guilherme Afonso<br />
O ano de <strong>2010</strong> tem sido especial<br />
para a <strong>Odebrecht</strong> na Argentina.<br />
No país há 23 anos, a empresa<br />
assumiu o primeiro lugar no<br />
ranking do setor de construção<br />
civil, assinou <strong>nov</strong>os e importantes<br />
contratos e está partindo para<br />
a diversificação de atividades,<br />
sustentada pela sinergia de suas<br />
empresas.<br />
Segundo Flávio Faria, Diretor-<br />
Superintendente da <strong>Odebrecht</strong><br />
Engenharia Industrial, a elevada<br />
qualidade técnica dos concorrentes<br />
(empresas europeias, argentinas e<br />
brasileiras), as grandes oportunidades<br />
oferecidas, o equilíbrio da carteira<br />
(clientes públicos e privados)<br />
e os desafios vencidos proporcionaram<br />
à empresa um amadurecimento<br />
diferenciado, que a gabarita para<br />
sua diversificação e a realização<br />
de investimentos. “Temos de ser<br />
investidores aqui”, ressalta Flávio.<br />
Recentemente, a empresa assinou<br />
com a Vale um contrato, no<br />
modelo de Aliança, para a Etapa 1<br />
da construção da mina de exploração<br />
de potássio Río Colorado,<br />
em Bahía Blanca, e negocia as<br />
Planta de Tratamento de Águas Juan Manuel de Rosas: acesso à agua potável para mais de 2 milhões de pessoas<br />
odebrecht informa
demais etapas. Em 26 de outubro,<br />
foi assinado contrato com a<br />
Unidade de Negócios Internacionais<br />
da Petrobras para a realização dos<br />
serviços de recuperação de instalações.<br />
Essas obras serão executadas<br />
em instalações de <strong>nov</strong>e países,<br />
com maior incidência na Argentina.<br />
Nesse contrato, a <strong>Odebrecht</strong> atuará<br />
em conjunto com a Foz do Brasil.<br />
“Estamos também avaliando oportunidades<br />
de investimentos em<br />
energia e em outros segmentos da<br />
engenharia pesada. Estou muito<br />
otimista com as perspectivas”, afirma<br />
Flávio.<br />
Esse otimismo não para por aí. A<br />
área de infraestrutura da <strong>Odebrecht</strong><br />
América Latina e Angola (ALA)<br />
retornou ao país no início de 2009<br />
para liderar o Consórcio Águas do<br />
Paraná, responsável pela execução<br />
das obras de construção da<br />
Planta de Tratamento de Águas<br />
Juan Manuel de Rosas, em parceria<br />
com as empresas argentinas<br />
José Cartellone Construcciones<br />
Civiles, Benito Roggio y Hijos S.A.<br />
e Supercemento Saic. Essa obra<br />
inclui a construção de um túnel<br />
de 15 km de extensão, que levará<br />
Números argentinos<br />
• 520 integrantes<br />
• 75% homens e 25% mulheres<br />
• 2.720 prestadores de serviços e<br />
integrantes de consórcios<br />
• 50 jovens parceiros<br />
• Faturamento:<br />
US$ 585 milhões em 2009<br />
• 4 contratos em vigor<br />
• 3 obras realizadas<br />
a água do rio Paraná até a planta;<br />
de uma estação de tratamento de<br />
água e de 40 km de aquedutos para<br />
a distribuição.<br />
“Esta é uma das obras de infraestrutura<br />
mais importantes dos<br />
últimos 50 anos. Ela vai assegurar<br />
o acesso à água potável a mais de 2<br />
milhões de moradores da capital e<br />
da região metropolitana de Buenos<br />
Aires”, afirmou a Presidente da<br />
Argentina, Cristina Fernan<strong>dez</strong><br />
Kirchner, em visita às obras, em<br />
agosto.<br />
O contrato<br />
mais recente é<br />
o Soterramento<br />
do Ferrocarril<br />
Sarmiento, em consórcio com as<br />
empresas argentinas Iecsa e Rogio,<br />
a espanhola Comsa e a italiana<br />
Ghella. Trata-se da transformação<br />
de uma ferrovia urbana em trem<br />
subterrâneo, que liga Buenos Aires<br />
à localidade de Moreno, liberando<br />
o trânsito em diversas ruas<br />
e avenidas que hoje sofrem com<br />
frequentes engarrafamentos devido<br />
às barreiras ferroviárias existentes.<br />
“Já iniciamos as atividades preliminares<br />
de instalação do canteiro<br />
e agora estamos aguardando a<br />
liberação do financiamento para<br />
acelerar o ritmo de execução”,<br />
informa Maurício Couri, Diretor da<br />
<strong>Odebrecht</strong> ALA, que vem realizando<br />
outros estudos para<br />
<strong>nov</strong>os contratos na<br />
Argentina.<br />
Nessas mais de<br />
duas décadas, a<br />
empresa participou<br />
de obras que marcaram<br />
o crescimento<br />
do país, como a<br />
Central Hidrelétrica<br />
Pichi Picún Leufú,<br />
no rio Limay, na<br />
Patagônia; o Acesso<br />
odebrecht informa
Rodoviário Oeste a Buenos Aires e<br />
os gasodutos General San Martín e<br />
Neuba II.<br />
Hoje, a ampliação dos sistemas<br />
de gasoduto operados pela<br />
Transportadora de Gas Del Norte<br />
(TGN) e pela Transportadora de Gas<br />
Del Sur (TGS) é a principal obra<br />
da <strong>Odebrecht</strong> no país. São mais de<br />
1,9 mil km de tubos que correm<br />
paralelos ao gasoduto existente,<br />
além da construção de 20 plantas<br />
compressoras e de obras para o<br />
aumento da potência das plantas já<br />
existentes.<br />
Outro contrato em<br />
andamento foi assinado<br />
no ano passado<br />
com a companhia<br />
petrolífera YPF, para<br />
a construção da<br />
primeira Planta de<br />
Reformado Catalítico<br />
Contínuo (CCR) do<br />
país. Com conclusão<br />
prevista para 2012,<br />
essa planta, que será<br />
instalada dentro do<br />
Complexo Industrial<br />
Enseada, na cidade de La Plata,<br />
conta com 800 integrantes e permitirá<br />
a produção de 200 mil t/ano<br />
de compostos aromáticos para a<br />
produção de combustíveis de alta<br />
qualidade.<br />
“Esse nosso bom momento na<br />
Argentina veio para ficar e é consequência<br />
de nossa forte integração<br />
ao país”, analisa Flávio Faria.<br />
Atualmente, dos 520 integrantes da<br />
<strong>Odebrecht</strong> (3 mil, considerando os<br />
consórcios), apenas 45 são estrangeiros<br />
(na maioria brasileiros) e<br />
todos os demais são argentinos.<br />
“Aqui, temos profissionais qualificados,<br />
com muita disposição para o<br />
trabalho e movidos para o aperfeiçoamento.<br />
Hoje somos uma empresa<br />
atraente para os bons profissionais<br />
argentinos, e nossa equipe<br />
é a chave do nosso crescimento.”<br />
Em 2009, mais de 530 profissionais<br />
recém-formados se inscreveram<br />
no Programa Jovem Parceiro, que<br />
atraiu 25 <strong>nov</strong>os integrantes para a<br />
empresa.<br />
Complexo Industrial Ensenada, em<br />
La Plata, onde está sendo executado<br />
o Projeto CCR, da YPF: produção de<br />
combustíveis de alta qualidade<br />
odebrecht informa
26 entrevista<br />
Outras<br />
possibilidades<br />
Não há cuia nem bomba de chimarrão sobre a mesa,<br />
mas logo que Sérgio Brinckmann pronuncia as<br />
primeiras palavras, a inconfundível fala gaúcha se<br />
evidencia – mais no uso do verbo na segunda<br />
pessoa que no sotaque: “Queres um café?”<br />
Economista formado pela Universidade Federal do<br />
Rio Grande do Sul (UFRGS), com pós-graduação em<br />
Administração Financeira e MBA em Finanças pela<br />
Universidade de São Paulo (USP), Brinckmann, desde<br />
abril de <strong>2010</strong>, é o Diretor-Presidente da Odeprev <strong>Odebrecht</strong><br />
Previdência, entidade que tem hoje cerca de<br />
10.200 participantes e patrimônio de R$ 764 milhões.<br />
Na Organização <strong>Odebrecht</strong> desde 1994, ele trabalhou na<br />
Copesul, na OPP Petroquímica, na Braskem e na então<br />
OII – <strong>Odebrecht</strong> Investimentos em Infraestrutura, de onde<br />
saiu para assumir a liderança da Odeprev. “Sempre estive<br />
voltado para Finanças”, diz.<br />
Adaptado à vida em São Paulo, Brinckmann revela<br />
que de Porto Alegre, além da família e da<br />
companhia dos amigos, sente saudade<br />
apenas de estar no estádio Olímpico torcendo<br />
pelo Grêmio, seu time de coração.<br />
Nesta entrevista, ele fala do desafio de<br />
reposicionar a Odeprev para atender às<br />
<strong>nov</strong>as condições do ambiente financeiro<br />
no Brasil e dos projetos que estão em<br />
andamento na entidade de previdência<br />
privada da Organização.<br />
texto José Enrique Barreiro<br />
foto Dario de Freitas<br />
odebrecht informa
<strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong> – Qual a sua<br />
visão da Odeprev?<br />
Sérgio Brinckmann – A Odeprev é<br />
um sucesso. Tem tido um<br />
desempenho muito bom até hoje.<br />
Mas o ambiente financeiro no<br />
Brasil e a estrutura de pessoas da<br />
Organização <strong>Odebrecht</strong> mudaram.<br />
A Odeprev também está mudando<br />
para fazer frente a essas<br />
transformações.<br />
OI – A que mudanças no<br />
ambiente financeiro do Brasil<br />
você se refere?<br />
Brinckmann – Precisamos nos<br />
preparar para um cenário de juros<br />
baixos. A política de aplicações<br />
financeiras da Odeprev, extremamente<br />
conservadora, com 90%<br />
de seu capital investido em renda<br />
fixa, deu certo até aqui. Mas terá<br />
de ser diversificada, para que<br />
possa se adaptar ao <strong>nov</strong>o cenário.<br />
OI – Já foi definida uma <strong>nov</strong>a<br />
estratégia de aplicações<br />
financeiras?<br />
Brinckmann – Estamos estudando<br />
isso. Mas é certo que o perfil de<br />
nosso investimento vai mudar. A<br />
Organização <strong>Odebrecht</strong> ampliou<br />
muito o percentual de integrantes<br />
jovens, que demandam investimentos<br />
em títulos privados e em<br />
ações na bolsa, por exemplo. A<br />
carteira conservadora, ou ultraconservadora,<br />
da Odeprev, com<br />
90% de seus recursos investidos<br />
em renda fixa, já começa<br />
a mudar.<br />
OI – Como se dará essa<br />
mudança?<br />
Brinckmann – Há uma série de<br />
projetos e melhorias que estão<br />
em gestação, mas que terão de<br />
ser analisados e aprovados pelo<br />
Conselho Deliberativo da Odeprev.<br />
Só então iremos divulgá-los.<br />
OI – Você pretende fazer<br />
mudanças na relação com os<br />
fundos de investimento?<br />
Brinckmann – Já fizemos, desde<br />
abril. Temos <strong>nov</strong>os veículos de<br />
investimentos. Antes, comprávamos<br />
cotas de fundos abertos.<br />
Isso significa que éramos um<br />
cotista entre muitos outros, e não<br />
podíamos influenciar as decisões<br />
dos gestores desses fundos. O<br />
que fizemos? Resgatamos tudo,<br />
centralizamos a administração,<br />
custódia e controladoria dos ativos<br />
em um grande banco (o Itaú) e<br />
criamos fundos exclusivos: três de<br />
renda fixa e um de renda variável.<br />
Desenhamos os mandatos desses<br />
fundos e definimos, com o gestor,<br />
as nossas aplicações. Esse gestor,<br />
por sinal, pode ter seu mandato<br />
ajustado por nós, o que antes,<br />
com os contratos de adesão, não<br />
podia ocorrer. Tudo isso gerou<br />
melhor governança, significativa<br />
diminuição dos riscos dos investimentos<br />
e economia da ordem de<br />
R$ 2,5 milhões por ano. Esse <strong>nov</strong>o<br />
modelo deve também melhorar a<br />
rentabilidade dos fundos, já que os<br />
instrumentos de gestão estão bem<br />
definidos e com baixo custo.<br />
OI – Há outras carteiras de<br />
investimento em vista?<br />
Brinckmann – Sim. Vamos abrir<br />
uma carteira de inflação, que estará<br />
sempre atrelada ao juro real,<br />
e outra de crédito privado, para<br />
investimento em debêntures e<br />
CDBs de empresas privadas.<br />
OI – Quais os planos para a<br />
prestação de serviços aos<br />
participantes?<br />
Brinckmann – Temos de prestar<br />
mais serviços a eles e encontrar<br />
um fundo que possa incorporar<br />
suas famílias. No plano interno,<br />
estamos nos reorganizando, investindo<br />
em um sistema operacional<br />
e em formas de comunicação mais<br />
próximas dos participantes.<br />
OI – Há algum projeto para<br />
incorporação dos integrantes<br />
não brasileiros à Odeprev?<br />
Brinckmann – Hoje, a Odeprev é<br />
só para brasileiros, estejam eles<br />
no Brasil ou em outros países.<br />
É uma questão legal, não podemos<br />
integrar estrangeiros. Mas<br />
já começamos a pensar em uma<br />
previdência mais ampla, que incorpore<br />
os não brasileiros, e vamos<br />
apresentar alternativas ao nosso<br />
Conselho. Assim como os jovens,<br />
os estrangeiros também têm<br />
aumentado muito sua participação<br />
na Organização.<br />
OI – Qual o futuro da Odeprev?<br />
Brinckmann – O futuro da Odeprev<br />
é crescer, adaptando-se às mudanças<br />
do ambiente econômico mundial<br />
e da Organização <strong>Odebrecht</strong>.<br />
O que estamos fazendo neste<br />
momento é exatamente isto: preparando<br />
a Odeprev para o crescimento,<br />
na linha da Visão 2020.<br />
A <strong>Odebrecht</strong> mudou muito, hoje<br />
temos um número muito maior de<br />
integrantes do que há 10 anos, com<br />
um perfil cada vez mais jovem, com<br />
mais pessoas fora do Brasil e um<br />
volume financeiro expressivo para<br />
administrar, obtendo melhores rendimentos<br />
e correndo o menor risco.<br />
Tudo isso requer uma mudança<br />
estratégica. É importante levar em<br />
conta ainda que o plano de previdência<br />
deve servir não apenas para<br />
apoiar os integrantes na formação<br />
de sua poupança para o pós-carreira,<br />
mas também como ferramenta<br />
de apoio na re<strong>nov</strong>ação das equipes.<br />
Um plano sólido e atraente pode<br />
ser decisivo na hora de um jovem<br />
de talento escolher a empresa em<br />
que vai ingressar.<br />
odebrecht informa
28 bioenergia<br />
Família que<br />
Geisse e Givanildo:<br />
casal compartilha o<br />
dia a dia de trabalho<br />
trabalha unida...<br />
São vários os casos de familiares que trabalham juntos na Unidade<br />
Rio Claro da ETH – prática que contribui para a criação de um clima<br />
organizacional positivo texto Guilherme Oliveira / fotos Lalo Almeida<br />
Givanildo Rufino da Silva está<br />
acostumado às lavouras de cana-deaçúcar<br />
desde os 12 anos, quando era<br />
ajudante de campo em uma usina<br />
de álcool em Alagoas. Dedicado, em<br />
alguns anos o pernambucano de<br />
Sirinhaém cresceu no ramo sucroenergético.<br />
Já supervisionava equipes<br />
quando conheceu a mineira Geisse<br />
Fonseca, então auxiliar de escritório<br />
e colega de trabalho. Apaixonados,<br />
em pouco tempo se casaram.<br />
Moraram em Minas Gerais até 2008,<br />
ano em que Givanildo ingressou na<br />
ETH Bioenergia como Supervisor de<br />
Recursos Mecanizados da Unidade<br />
Rio Claro, em Goiás. “Só nos encontrávamos<br />
a cada 15 dias”, relembra<br />
Givanildo. Um ano depois, a distância<br />
fez com que Geisse também se<br />
mudasse para o município goiano<br />
de Cachoeira Alta. Com energia e<br />
vontade de trabalhar, Geisse buscou<br />
oportunidades na Unidade Rio Claro.<br />
Contratada, atua hoje como Assistente<br />
Técnica de Qualidade da área agrícola.<br />
Givanildo e Geisse são apenas um<br />
dos muitos casos de familiares que<br />
trabalham lado a lado na Unidade Rio<br />
Claro. Rejeitada em muitas empresas,<br />
a prática se revela cada vez mais<br />
positiva na criação do clima organizacional<br />
da ETH, produtora de etanol e<br />
energia elétrica. “Não temos esse tipo<br />
de restrição”, explica Antonio Aílton<br />
Andrade, Responsável por Pessoas e<br />
Administração no Polo Mato Grosso<br />
do Sul da empresa. “Integrantes com<br />
diferentes graus de parentesco atuam<br />
em todas as unidades da ETH e isso<br />
tem sido um fator importante para o<br />
sucesso das operações.”<br />
Segundo Aílton, ao invés de evitar<br />
que familiares compartilhem o<br />
ambiente de trabalho, a empresa esti-<br />
odebrecht informa
ioenergia<br />
mula indicações. “Muitos integrantes<br />
são admitidos após serem recomendados.<br />
É importante ouvir as pessoas<br />
em quem você confia e isso nos ajuda<br />
a ter referências no processo seletivo.”<br />
Ele esclarece que os indicados passam<br />
pela mesma seleção que todos<br />
os candidatos e que é primordial que<br />
reúnam os requisitos de perfil, competência<br />
e potencial. “Evitamos que<br />
esses integrantes atuem na mesma<br />
área ou em relação direta de liderança,<br />
apenas para afastar o risco de<br />
interpretações duvidosas de favorecimento”,<br />
explica.<br />
Essa prática também reduz a rotatividade<br />
no quadro de integrantes,<br />
Os primos Anderson Pinto<br />
(à esquerda) e Oriano<br />
Souza: confiança da<br />
empresa<br />
A partir da esquerda, Anderson, Simone, Carmina e Alcides: família reunida<br />
comum nesse setor de atividade.<br />
“É importante que os integrantes que<br />
vieram de outras regiões tragam sua<br />
família e criem laços mais fortes com<br />
o município”, afirma Aílton. “O vínculo<br />
com a empresa se fortalece e o comprometimento<br />
do integrante, também.”<br />
Foi isso o que fez Anderson Silva,<br />
Líder de Desenvolvimento da área<br />
agrícola da Unidade Rio Claro. Sua<br />
esposa, Simone Porssani, aceitou<br />
se mudar de Dobrada (SP) para o<br />
Centro-Oeste. Logo começou a atuar<br />
como Técnica de Laboratório na unidade.<br />
Para completar a felicidade de<br />
Anderson, seus pais, Alcides Silva<br />
e Carmina Silva, foram selecionados<br />
para o Curso de Formação de<br />
Operadores Agrícolas, oferecido pela<br />
ETH, e já operam tratores de transbordo<br />
nos canaviais da empresa.<br />
“Finalmente consegui reunir a família”,<br />
comemora Anderson. “Coisas<br />
assim fazem as pessoas se sentirem<br />
em casa na ETH.”<br />
Antonio Aílton destaca outro fator<br />
que resulta no grande número de pessoas<br />
da mesma família trabalhando<br />
na ETH. “As unidades estão implantadas<br />
perto de municípios de pequeno<br />
porte e seria muito difícil formarmos<br />
as equipes se evitássemos essas situações.<br />
A ETH participa da vida dessas<br />
cidades e fomenta crescimento direta<br />
ou indiretamente. Elas se transformam<br />
em uma grande família ETH.”<br />
Esse era o clima organizacional que<br />
Oriano Souza, Supervisor de Colheita<br />
Mecanizada da Unidade Rio Claro,<br />
queria para a carreira de seu filho,<br />
Renê de Souza. Relutante em mudar<br />
de cidade, Renê encontrou outra solução:<br />
atua na área agrícola da Unidade<br />
Conquista do Pontal, em Mirante<br />
do Paranapanema (SP). O próprio<br />
Oriano buscou oportunidades na ETH,<br />
seguindo conselhos de seu primo,<br />
Anderson Pinto, Supervisor de Plantio<br />
Mecanizado. A esposa de Anderson,<br />
Lucinéia Carvalho, seguiu os mesmos<br />
passos e atua como Auxiliar<br />
Administrativa-Financeira.<br />
Anderson Pinto afirma que o foco<br />
nas pessoas é o maior diferencial<br />
da empresa. “A preocupação com<br />
o bem-estar das pessoas nos deixa<br />
muito confortáveis aqui. Quando uma<br />
empresa permite que familiares trabalhem<br />
juntos, fica claro que ela confia<br />
em seus integrantes. Cabe a nós<br />
retribuirmos produzindo da melhor<br />
maneira possível. E isso não é difícil,<br />
pois não há nada que renda mais do<br />
que trabalhar feliz.”<br />
odebrecht informa
30 república dominicana<br />
Às vésperas de completar 10 anos<br />
de atuação na República Dominicana,<br />
período em que concluiu três aquedutos,<br />
uma hidrelétrica e uma rodovia, a<br />
<strong>Odebrecht</strong> se concentra no programa<br />
de infraestrutura viária desenvolvido<br />
pelo Governo do Presidente Leonel<br />
Fernán<strong>dez</strong>. Trata-se de um conjunto de<br />
projetos, realizados na capital, Santo<br />
Domingo, e no interior e litoral desse<br />
país caribenho que tem no turismo<br />
internacional sua principal fonte de<br />
renda.<br />
“Vivemos um momento de expansão<br />
de nossa atuação aqui, conforme<br />
demonstra o número de contratos conquistados<br />
e o número de integrantes,<br />
quase 5 mil atualmente”, diz Marco<br />
Cruz, Diretor-Superintendente da<br />
<strong>Odebrecht</strong> no país. Os <strong>nov</strong>os contratos<br />
são o Corredor Duarte (um conjunto de<br />
<strong>nov</strong>e obras viárias urbanas na capital),<br />
odebrecht informa
Com o Corredor Duarte, que corta<br />
odebrecht informa
Punta Cana, passando por La Romana,<br />
hoje de quatro horas, será reduzido<br />
para duas horas.<br />
“Teremos grandes desafios a<br />
enfrentar”, afirma o Diretor de<br />
Contrato Lito Gusmão. Uma das<br />
principais concentrações tem sido o<br />
equacionamento financeiro (o financiamento<br />
conta com aportes de fundos<br />
locais e terá participação de diferentes<br />
bancos multilaterais), de modo a<br />
atender às necessidades do contrato.<br />
“Sem falar no foco constante, como<br />
em todas as nossas obras, na formação<br />
de <strong>nov</strong>os integrantes em todos os<br />
níveis”, ressalta Lito, em cuja equipe<br />
há 15 jovens parceiros. Em outubro, no<br />
canteiro principal, foi inaugurado um<br />
centro esportivo com campos de beisebol,<br />
futebol e quadra poliesportiva,<br />
também disponíveis para a comunidade<br />
por meio de convênios com escolas<br />
públicas e outras entidades.<br />
O atual contingente de jovens<br />
parceiros no país passa de 70, informa<br />
Cláudio Medeiros, Responsável<br />
por Administração e Finanças da<br />
<strong>Odebrecht</strong>. “Estamos nos preparando<br />
para ter equipes em quantidade e<br />
qualidade para atender os <strong>nov</strong>os contratos<br />
já conquistados e a conquistar”,<br />
acrescenta.<br />
Outro Diretor de Contrato que já<br />
movimenta sua equipe para a formação<br />
de <strong>nov</strong>os quadros é Sérgio<br />
Tettamanti Júnior. Boa parte dos<br />
times que integrarão as obras das<br />
duas rodovias que, sob a liderança<br />
de Tettamanti, a <strong>Odebrecht</strong> está iniciando<br />
agora virá da recém-inaugurada<br />
Estrada de Casabito, que liga a<br />
Autopista Duarte, na localidade de El<br />
Abanico, à cidade de Constanza, de 51<br />
km, em plena cordilheira central.<br />
“Casabito era uma das estradas<br />
mais perigosas do país. Com os trabalhos<br />
de contenção de taludes, drenagem,<br />
ampliação das pistas e sinali-<br />
odebrecht informa
memória<br />
33<br />
O Brasil como<br />
grande beneficiário<br />
Integração da CBPO à Organização <strong>Odebrecht</strong>, marcada pela soma de<br />
experiências, conhecimento e expectativas, completa 30 anos<br />
texto Zaccaria Junior<br />
Uma associação que trouxe benefícios<br />
às duas empresas e proporcionou<br />
ao país a realização de projetos<br />
fundamentais para seu desenvolvimento,<br />
a incorporação da CBPO à<br />
Organização <strong>Odebrecht</strong> completa 30<br />
anos em <strong>2010</strong>.<br />
A história da integração remonta<br />
ao fim da década de 1970, quando a<br />
Companhia Brasileira de Projetos e<br />
Obras – CBPO, empresa paulista fundada<br />
em 1931 pelo engenheiro Oscar<br />
Americano de Caldas Filho, figurava<br />
na sexta posição em faturamento<br />
entre as grandes construtoras brasileiras.<br />
Além da representatividade<br />
econômica, a CBPO também detinha<br />
um portfólio de encher os olhos: era<br />
uma das consorciadas nas obras de<br />
Itaipu, na época a maior hidrelétrica<br />
do mundo, havia participado da construção<br />
das rodovias dos Imigrantes,<br />
dos Trabalhadores e Castelo Branco,<br />
em São Paulo, de parte da Ferrovia<br />
do Aço, entre Minas Gerais e Rio<br />
de Janeiro, do Metrô do Rio de<br />
Janeiro e de três hidrelétricas no Rio<br />
Paranapanema, no interior paulista.<br />
A CBPO e suas equipes levariam à<br />
<strong>Odebrecht</strong> o conhecimento das obras<br />
grandiosas, que envolviam elevados<br />
volumes de terra, de rocha e de concreto,<br />
enquanto a <strong>Odebrecht</strong> tinha<br />
desenvolvido competências na área<br />
de tecnologia especial, uma i<strong>nov</strong>ação<br />
aplicada na execução de gran-<br />
acervo odebrecht<br />
O Galeão, no Rio de Janeiro: o "campo de provas" para<br />
<strong>Odebrecht</strong> e CBPO em seu processo de integração<br />
odebrecht informa
acervo odebrecht<br />
Metrô do Rio de<br />
Janeiro, Angra I<br />
e Itaipu: cenários<br />
de destaque<br />
na história de<br />
crescimento das<br />
duas empresas<br />
des edificações, como o Aeroporto<br />
Internacional do Rio de Janeiro (o<br />
Galeão), a Usina Nuclear de Angra<br />
dos Reis e a Usiminas, assim como<br />
de grandes viadutos e pontes de concreto,<br />
a exemplo da Ponte Colombo<br />
Salles, em Santa Catarina.<br />
A ideia da integração era alicerçada<br />
na certeza da conjunção de competências<br />
que fariam – e fizeram – da<br />
<strong>Odebrecht</strong> uma empresa mais qualificada,<br />
com capacitação mais ampla<br />
e credenciais de peso para se apresentar<br />
competitiva tanto no mercado<br />
nacional quanto no internacional.<br />
Até 1997, quando foi incorporada<br />
à Construtora Norberto <strong>Odebrecht</strong><br />
(CNO), a CBPO expandiu as atividades<br />
da <strong>Odebrecht</strong> no Brasil para os estados<br />
de São Paulo, Rio Grande do Sul,<br />
Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás,<br />
além de ter iniciado a atuação nos<br />
mercados da Argentina, do Chile e do<br />
México.<br />
A aproximação<br />
“Esses 30 anos são um espaço<br />
bastante longo e bastante importante<br />
na história da vida da <strong>Odebrecht</strong>.<br />
Começaram num período em que<br />
o Brasil se lançava aos grandes<br />
empreendimentos. Tivemos naquela<br />
época Galeão, metrô, Itaipu e diversas<br />
hidrelétricas que são verdadeiros<br />
marcos. Destaco o Galeão porque<br />
foi lá o nosso campo de provas”, diz<br />
Aluizio Rebello de Araujo, hoje membro<br />
do Conselho de Administração da<br />
<strong>Odebrecht</strong> S.A. e na época Presidente<br />
da CBPO, referindo-se ao primeiro<br />
trabalho em conjunto entre <strong>Odebrecht</strong><br />
e CBPO.<br />
No Galeão, a CNO era a responsável<br />
pelas obras dos pátios e das<br />
edificações, enquanto a CBPO cuidava<br />
da terraplenagem. “Houve uma<br />
integração bastante positiva entre os<br />
componentes que atuavam na CBPO<br />
e os que trabalhavam na <strong>Odebrecht</strong><br />
quando da construção da <strong>nov</strong>a pista<br />
do Galeão, momento no qual as duas<br />
empresas atuaram em consórcio. Foi<br />
lá que eu tive uma aproximação maior<br />
com Emílio <strong>Odebrecht</strong>, com Renato<br />
Baiardi, com Luiz Villar, enfim, com os<br />
líderes empresariais da <strong>Odebrecht</strong>”,<br />
relembra Aluizio. Ele salienta que<br />
os trabalhos no aeroporto carioca<br />
criaram uma condição muito favorável<br />
para que as duas empresas se<br />
conhecessem de maneira mais aprofundada.<br />
Aluizio conta que, certo dia, recebeu<br />
em sua casa a visita de Norberto<br />
<strong>Odebrecht</strong>, para uma conversa “bastante<br />
longa e muito prospectiva”, em<br />
que foi sondada a possibilidade de<br />
uma junção. “Eu ouvi e na hora não<br />
disse nem ‘A’ nem ‘B’, mas eu tinha<br />
obrigação de comentar o fato com os<br />
meus companheiros Mário Pimenta<br />
Camargo e Oscar Americano Neto.<br />
E desse relato nasceu uma segunda<br />
conversa com Norberto, em que<br />
eu me alonguei para uma possível<br />
disposição da CBPO de sentar com<br />
a <strong>Odebrecht</strong> para desenvolver uma<br />
aproximação”, recorda.<br />
Com os termos da incorporação<br />
negociados sob a liderança de<br />
Norberto <strong>Odebrecht</strong>, e com envolvimento<br />
direto de Emílio <strong>Odebrecht</strong> e<br />
Victor Gradin, definiu-se a formação<br />
da equipe da CNO que iria para São<br />
Paulo a fim de promover o processo<br />
de integração das pessoas das duas<br />
empresas – equipe que teria a participação<br />
de Emílio, Pedro Novis, Gilberto<br />
Sá e Cesar Castro.<br />
No primeiro ano e meio, de julho<br />
de 1980 até o fim de 1981, Emílio<br />
permaneceu como Vice-Presidente<br />
Executivo da CBPO e Aluizio, como<br />
Presidente. Pedro Novis, atualmente<br />
membro do Conselho de<br />
Administração da <strong>Odebrecht</strong> S.A.,<br />
odebrecht informa
elembra: “Emílio se dedicou efetivamente<br />
a dinamizar e expandir a <strong>nov</strong>a<br />
empresa da Organização e buscar<br />
<strong>nov</strong>as oportunidades para ela. A partir<br />
odebrecht informa
36 concessões<br />
Obras no Corredor<br />
D. Pedro I: projeto<br />
ambientou uma quebra<br />
de paradigma no<br />
mercado brasileiro<br />
A missão de desbravar<br />
Rota das Bandeiras realiza operação financeira i<strong>nov</strong>adora que<br />
já é adotada como referência por outras concessionárias de rodovias<br />
texto Júlio César Soares / fotos Edu Simões<br />
Em 2008, a Concessionária Rota das<br />
Bandeiras venceu o leilão do Corredor<br />
D. Pedro I, conjunto de cinco rodovias<br />
que liga Jacareí à região metropolitana<br />
de Campinas (SP). O passo seguinte<br />
teria de ser a apresentação de garantia<br />
de uma instituição financeira, no valor<br />
suficiente para atender ao investimento<br />
nas obras de duplicação e manutenção<br />
do corredor viário e para o pagamento<br />
da outorga fixa (valor pago pela<br />
empresa vencedora em concessões<br />
rodoviárias, estipulado pelo licitador),<br />
que venceria em 18 meses. Um desafio<br />
e tanto, enfrentado com criatividade<br />
e pioneirismo. Foi necessário solicitar<br />
o chamado empréstimo-ponte, para<br />
dar início às operações da concessionária.<br />
Cinco instituições financeiras<br />
participaram: os bancos Votorantim,<br />
HSBC, Mercantil do Brasil (BMB),<br />
Santander e Banco do Brasil. “A partir<br />
daí estruturamos um empréstimo de<br />
longo prazo que rompeu paradigmas<br />
no mercado brasileiro”, diz Lucas Cive<br />
Barbosa, Diretor Financeiro da Rota<br />
das Bandeiras.<br />
O empréstimo de longo prazo mencionado<br />
por Lucas começou a tomar<br />
corpo em 2009, quando a concessionária<br />
obteve do Banco Nacional de<br />
Desenvolvimento Econômico e Social<br />
(BNDES) um financiamento de R$<br />
921,5 milhões, que será usado em<br />
obras nas estradas que compõem<br />
o corredor, como a duplicação da<br />
Rodovia Constâncio Contra, também<br />
conhecida como SP-360 (veja boxe),<br />
e o prolongamento do Anel Viário<br />
José Roberto Magalhães Teixeira (SP-<br />
083) até o Aeroporto de Viracopos,<br />
em Campinas, além de projetos de<br />
manutenção e recuperação, como a<br />
remodelação de trevos e marginais da<br />
Rodovia D. Pedro I, todos com conclusão<br />
prevista para 2015.<br />
Como, entretanto, o pagamento<br />
da outorga fixa não é financiável pelo<br />
BNDES, foi necessário conceber uma<br />
estrutura alternativa para o pagamento<br />
dessa dívida. “Pensamos em<br />
recorrer ao Banco Interamericano de<br />
Desenvolvimento (BID), mas, por conta<br />
da avaliação de risco sobre a variação<br />
de um empréstimo em moeda estrangeira,<br />
optamos por lançar debêntures<br />
simples, no montante de até R$ 1,1<br />
odebrecht informa
Nova sede administrativa<br />
bilhão, indexadas ao Índice Nacional de<br />
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”,<br />
explica Lucas.<br />
“O sucesso foi tamanho que já é<br />
copiado por outras concessionárias”,<br />
destaca Luiz Cesar Costa, Diretor-<br />
Presidente da Rota das Bandeiras.<br />
Trata-se de um processo pioneiro: o<br />
BNDES e o mercado de capitais compartilhando<br />
garantias das respectivas<br />
dívidas e abrindo espaço para uma<br />
<strong>nov</strong>a forma de financiamento em<br />
infraestrutura. “O mercado de capitais<br />
normalmente trabalha no curto e<br />
médio prazos, e precisávamos de um<br />
processo que tivesse longo prazo, mais<br />
comum em obras de infraestrutura.<br />
Isso agora é possível com a operação<br />
da Rota das Bandeiras”, observa<br />
Lucas Barbosa.<br />
Além do compartilhamento, outra<br />
<strong>nov</strong>idade nesse tipo de operação é que<br />
a dívida está atrelada ao projeto. “O<br />
risco neste caso é totalmente isolado<br />
da Organização. Isso é vantajoso para<br />
o acionista, pois o projeto garante com<br />
sua receita o pagamento da dívida”, diz<br />
Luiz Cesar.<br />
A demonstração de que a operação<br />
foi um sucesso ocorreu com a procura<br />
acima da oferta das debêntures.<br />
Benefício para os 124 mil usuários que<br />
trafegam diariamente no Corredor<br />
D. Pedro I e que já contam com mais<br />
de R$ 200 milhões investidos em<br />
obras de manutenção e conservação<br />
neste um ano de presença da Rota das<br />
Bandeiras.<br />
Localizada no km 110 da Rodovia D. Pedro I, no município de Itatiba, a Sede<br />
Administrativa da Rota das Bandeiras trará para perto dos usuários a administração<br />
e o Centro de Controle Operacional (CCO) da rodovia, responsável pela prestação<br />
de serviços aos motoristas. “A posição é estratégica para o atendimento ao cliente<br />
e para oferecer conforto e segurança aos 124 mil usuários que trafegam diariamente<br />
na rodovia”, diz Luiz Cesar Costa, Diretor-Presidente da Rota das Bandeiras.<br />
A construção da sede começou em maio deste ano. Enquanto não fica pronta – a<br />
previsão de entrega é para janeiro de 2011 –, dois imóveis localizados em Atibaia,<br />
cidade próxima à rodovia, são utilizados como “sede”. “Quando você vence uma<br />
concessão, precisa assumir a rodovia e iniciar a prestação dos serviços no dia<br />
seguinte. Por conta disso, trabalhamos com a sede provisória enquanto a oficial era<br />
construída”, conta Luiz Cesar.<br />
O complexo será formado por dois blocos, com 66 salas destinadas à área administrativa,<br />
duas à área de serviços e 25 salas ao CCO, responsável pelo monitoramento<br />
das 88 câmeras espalhadas pelos 297 km em concessão, no serviço de<br />
atendimento ao usuário e nas estações de monitoramento de tráfego, entre outras<br />
instalações. “É um ambiente que está preparado não só para atender o usuário,<br />
mas também para trazer a comunidade para dentro do dia a dia da concessionária”,<br />
diz Nicolas Tanwing, Diretor de Contrato da obra pela <strong>Odebrecht</strong>.<br />
Além da obra da sede, a <strong>Odebrecht</strong> é responsável por todas as obras a serem realizadas<br />
na rodovia, nos primeiros seis anos de concessão, incluindo a duplicação da<br />
Rodovia SP-360 e do trevo da SP-065, que integram o complexo viário. “A duplicação<br />
é uma obra esperada há 20 anos pela população de Jundiaí e Itatiba”, salienta<br />
Nicolas. A expectativa é de que a obra de duplicação, com investimentos de<br />
R$ 98,4 milhões, gere cerca de 1.200 oportunidades de trabalho.<br />
odebrecht informa
38<br />
perfil<br />
Novo desafio, <strong>nov</strong>o recomeço<br />
texto Rodrigo Vilar / fotos Márcio Lima<br />
Casado com a administradora Simone, com<br />
quem teve três filhos – Lucas, 18 anos, Felipe,<br />
16, e Amanda, 10 –, o engenheiro André Vital<br />
Pessoa de Melo está de volta a Salvador,<br />
vindo de Luanda. Ele regressou de Angola<br />
com a família para assumir como Diretor-<br />
Superintendente dos mercados Bahia e Sergipe,<br />
na <strong>Odebrecht</strong> Infraestrutura. Aos 46 anos,<br />
André demonstra uma disposição de quem está<br />
apenas começando. “Uma carreira se constrói<br />
dia após dia, degrau a degrau, concluindo<br />
ciclos. Cada <strong>nov</strong>o desafio é um <strong>nov</strong>o recomeço”,<br />
diz num tom tranquilo, que mistura confiança e<br />
humildade.<br />
Nos depoimentos do vídeo de despedida preparado<br />
pelos integrantes da <strong>Odebrecht</strong> Angola,<br />
fica clara a relação de amizade e respeito dos<br />
colegas, e são evidenciados traços da personalidade<br />
educadora de Vital, que acaba de<br />
completar 25 anos de trabalho na Organização<br />
<strong>Odebrecht</strong>. “Angola continuará presente no<br />
cotidiano da minha família, pois construímos<br />
grandes amizades nesses oito anos no país”,<br />
relata.<br />
Ao longo de sua trajetória, uma das grandes<br />
oportunidades que recebeu foi a possibilidade<br />
de conviver com Norberto <strong>Odebrecht</strong> no<br />
Programa de Obras Sociais da <strong>Odebrecht</strong>, de<br />
1993 a 1996, em Salvador. “Foi um período<br />
valioso na minha vida. Uma vez, ouvi de Dr.<br />
Norberto que devemos sempre ser originais,<br />
relevantes e impactantes nas nossas ações, e<br />
isso me marcou”, relembra. Entre outros ensinamentos<br />
adquiridos, aponta a importância<br />
de viver o sonho do cliente: “Esse comprometimento<br />
nos leva a perceber que, por vezes, o<br />
desejo do cliente não é o que ele realmente<br />
precisa”. E salienta: “Nosso negócio é transformar<br />
as pessoas e as comunidades. Nossas<br />
áreas de negócio são o meio”.<br />
odebrecht informa
Paixão pela terra natal<br />
Para Sabrina, não há lugar melhor do que o sertão<br />
Sabrina Veras de Araújo é de família sertaneja, nascida e criada em Salgueiro<br />
(PE). Formou-se psicóloga em Recife, mas sempre quis voltar ao interior<br />
e trabalhar em sua terra natal. Ao saber que a <strong>Odebrecht</strong> iria construir a Ferrovia<br />
Transnordestina, decidiu: “Vou pegar esse trem” – e embarcou na equipe de<br />
coordenação do Programa de Qualificação Profissional Continuada – Acreditar.<br />
Está muito animada por conviver com sua gente e contribuir para seu avanço.<br />
A quem quiser conhecer Salgueiro, Sabrina recomenda o meio do ano como a<br />
melhor época – a trezena de Santo Antônio, São João e São Pedro; um passeio<br />
ao sítio arqueológico Caldeirão das Letras, com pinturas rupestres e natureza<br />
preservada; e dois quitutes da culinária local: “O bode atolado do restaurante<br />
Bodão e o peixe frito de Pedro Baiano são imperdíveis”, garante.<br />
Pensando no amanhã<br />
Ivette incentiva companheiros a se prepararem para o futuro<br />
por eliana simonetti<br />
élvio luiz<br />
39<br />
Márcio Lima<br />
A mineira Ivette Guimarães foi arrimo de família, começou a trabalhar aos 13<br />
anos, aos 19 ingressou num plano de previdência privada e sempre evitou assumir<br />
compromissos além de sua disponibilidade financeira. Formou-se em Administração<br />
de Empresas, com especialização em Recursos Humanos, e fez MBA em Previdência<br />
Complementar. Na Organização desde 1977, compõe atualmente a equipe<br />
de administradores da Odeprev <strong>Odebrecht</strong> Previdência. Tem outros investimentos,<br />
mas o Plano Odeprev é sua grande poupança para a realização de seus projetos<br />
pós-carreira. “Já estou mobilizada com um grupo para construir uma fundação que<br />
trabalhará com crianças, jovens e familiares que vivem em zonas de risco social”, diz.<br />
Acostumada a ver seus colegas sorrirem quando os aconselha a pensar no futuro,<br />
Ivette esclarece que essa não é apenas uma questão financeira, mas de realização<br />
pessoal e de ocupação do tempo, que não deve ser menosprezada.<br />
Parceria no trabalho e no lazer<br />
Evaristo se sente em casa em Michoacán<br />
Evaristo Martínez López não teve dificuldade de adaptação quando,<br />
dois anos atrás, foi trabalhar no Projeto Hidroagrícola de Michoacán,<br />
realizado pela <strong>Odebrecht</strong> na área central do México. Ele nasceu em<br />
Coalcomán Michoacán, distante 200 km dali. Também se integrou rapidamente<br />
à cultura da Organização. Engenheiro civil, Evaristo, de 25<br />
anos, atua na área de Produção como jovem parceiro. Não é muito de<br />
viajar e praticamente vive no canteiro de obras. Quando não está trabalhando,<br />
joga futebol e basquete com os colegas e com os moradores da<br />
região. “Fico feliz por conviver com as pessoas que serão beneficiadas<br />
pelo que estamos construindo”, explica.<br />
roberto rosa<br />
odebrecht informa
40<br />
estados unidos<br />
Um permanente<br />
espírito de re<strong>nov</strong>ação<br />
<strong>Odebrecht</strong> completa 20 anos<br />
de atuação no país consolidada<br />
como empresa local e recebendo<br />
importantes reconhecimentos<br />
pela qualidade de seu trabalho<br />
texto Cláudio Lovato Filho<br />
odebrecht informa
Jorge (à esquerda)<br />
e Carlos: jovens<br />
integrantes com a<br />
missão de assegurar o<br />
futuro da <strong>Odebrecht</strong> nos<br />
Estados Unidos<br />
acervo odebrecht<br />
A motivação está na voz, no olhar,<br />
nos gestos. Aos 33 anos, o colombiano-norte-americano<br />
Jorge Enrique<br />
Mendoza é Gerente de Projeto de uma<br />
das cinco obras da <strong>Odebrecht</strong> em<br />
andamento hoje nos Estados Unidos:<br />
o Airport Link Metrorail Connector,<br />
trecho elevado de 4 km de extensão<br />
que fará a ligação da malha metroviária<br />
de Miami ao Aeroporto Internacional.<br />
“Quando eles me convidaram<br />
para assumir esse cargo, em abril de<br />
2009, eu pensei: ‘Estão malucos!’.”<br />
Mas Jorge sabia que aquilo nada<br />
tinha a ver com loucura e sim com<br />
ampliar o desafio de um dos jovens<br />
responsáveis pela continuidade do<br />
crescimento da <strong>Odebrecht</strong> nos Estados<br />
Unidos, onde a empresa chegou<br />
há exatos 20 anos.<br />
Jorge está ajudando a desenhar<br />
a face contemporânea da presença<br />
da <strong>Odebrecht</strong> na maior economia do<br />
mundo. “Precisamos lançar os jovens,<br />
dar contínuos desafios a eles, o futuro<br />
da empresa está nas mãos deles”, diz<br />
Gilberto Neves, Diretor-Superintendente<br />
(DS) da <strong>Odebrecht</strong> nos Estados<br />
Unidos. Ele viveu isso na pele. Era um<br />
jovem engenheiro de 31 anos quando<br />
chegou aos Estados Unidos em<br />
janeiro de 1991, procedente do Peru,<br />
para ajudar a estruturar a <strong>Odebrecht</strong><br />
no país. Chegou para ficar três<br />
meses. Não saiu mais. Sua primeira<br />
obra como Diretor de Contrato foi a<br />
construção do Cargo Building, prédio<br />
de cargas da American Airlines, a primeira<br />
obra da <strong>Odebrecht</strong> no Aeroporto<br />
Internacional de Miami, realizada<br />
para o Condado de Miami-Dade. A<br />
atuação da <strong>Odebrecht</strong> no Aeroporto<br />
de Miami é emblemática da história<br />
da empresa nos Estados Unidos. Até<br />
o momento, foram 13 contratos, com<br />
destaque para a construção do Terminal<br />
Sul e a ampliação do Terminal<br />
Norte, obra em fase de conclusão.<br />
“Chegamos a ter sete obras em execução<br />
simultaneamente no aeroporto”,<br />
relembra Gilberto, que se tornou<br />
DS em 2005, substituindo Luiz Rocha,<br />
hoje Líder Empresarial da <strong>Odebrecht</strong><br />
Internacional.<br />
Foi, portanto, um Gilberto Neves<br />
compreensivelmente emocionado<br />
que subiu ao palco do Adrienne Arsht<br />
Center for the Performing Arts, na<br />
noite de 13 outubro, para agradecer<br />
a todos os que participaram e participam<br />
da trajetória de duas décadas<br />
da <strong>Odebrecht</strong> nos Estados Unidos. Ali,<br />
naquele complexo de artes construído<br />
pela empresa no centro de Miami,<br />
o aniversário foi celebrado com um<br />
show de artistas locais, assistido<br />
por clientes, parceiros e integrantes,<br />
entre os quais Marcelo <strong>Odebrecht</strong>,<br />
Diretor-Presidente da <strong>Odebrecht</strong> S.A.,<br />
Bernardo Gradin, Líder Empresarial<br />
da Braskem, e membros do Conselho<br />
de Administração da <strong>Odebrecht</strong> S.A.<br />
“A chegada a estes 20 anos significa<br />
apenas que atingimos um <strong>nov</strong>o patamar<br />
para continuarmos a crescer”,<br />
afirma Gilberto.<br />
Há exatos 20 anos, Luis Oswaldo<br />
Leite chegou aos Estados Unidos<br />
com a missão de plantar as primeiras<br />
sementes da <strong>Odebrecht</strong> no<br />
Em 20 anos de atuação nos Estados Unidos, a <strong>Odebrecht</strong><br />
realizou obras nos seguintes estados: Flórida, Califórnia,<br />
Louisiana, Carolina do Norte e Carolina do Sul.<br />
odebrecht informa
país. Depois de 30 anos de trabalho<br />
na Organização, ele se desligou em<br />
2002 para se dedicar a um negócio<br />
próprio. Luis Oswaldo analisa: “A ida<br />
da <strong>Odebrecht</strong> para os Estados Unidos<br />
foi fruto de uma decisão empresarial<br />
tomada no momento certo. Fomos<br />
para aprender, mas para aprender<br />
fazendo. O espírito era o de fazer a<br />
presença da <strong>Odebrecht</strong> no país dar<br />
certo, em um projeto de longo prazo.<br />
Fico feliz por ver a empresa na condição<br />
em que se encontra hoje”.<br />
Consolidada como empresa local, a<br />
<strong>Odebrecht</strong> vê essa condição se aprofundar<br />
e ser reconhecida a cada dia.<br />
Por dois anos consecutivos, em 2009<br />
e <strong>2010</strong>, foi eleita pela revista Florida<br />
Trend uma das melhores empresas<br />
para se trabalhar na Flórida. Empresa<br />
local e em expansão. Dando sequência<br />
à sua estratégia de crescimento,<br />
Yamila Lomba<br />
Julio A. Martínez<br />
A partir da esquerda, Bill Johnson, Diretor do Porto de Miami; Gilberto Neves;<br />
George Burgess, County Manager (Gerente) do Condado de Miami-Dade; Carlos<br />
Alvarez, Prefeito do Condado de Miami-Dade; Marcelo <strong>Odebrecht</strong> e Steve<br />
Halverson, Presidente e CEO da The Haskell Company<br />
ampliou presença na Louisiana (veja<br />
quadro sobre obras em andamento)<br />
e estuda a possibilidade de participação<br />
em projetos no Texas. Também<br />
vem conquistando importantes reconhecimentos<br />
na área de qualidade,<br />
saúde, segurança no trabalho e meio<br />
ambiente, como a certificação Voluntary<br />
Protection Program (VPP), o mais<br />
alto reconhecimento relacionado à<br />
segurança no trabalho concedido pela<br />
OSHA.<br />
“Buscamos um crescimento natural,<br />
com <strong>nov</strong>os clientes que nos possibilitem<br />
agregar valor a seus projetos,<br />
e formando <strong>nov</strong>os empresários, bem<br />
preparados, motivados e integrados”,<br />
destaca Luiz Rocha, Líder Empresarial<br />
da <strong>Odebrecht</strong> Internacional, à qual<br />
a <strong>Odebrecht</strong> Estados Unidos está vinculada.<br />
Luiz era um dos participantes<br />
da celebração dos 20 anos, em Miami.<br />
Foi um momento especial para ele,<br />
que chegou aos Estados Unidos em<br />
1996. Primeiramente, liderou a <strong>Odebrecht</strong><br />
em sua atuação na Califórnia,<br />
à época a cargo da CBPO of America.<br />
A <strong>Odebrecht</strong> construía então a Barragem<br />
de Seven Oaks, no Condado<br />
de San Bernardino, obra do US Army<br />
Corps of Engineers. Dois anos depois,<br />
Luiz se transferiu para Miami, onde<br />
tinha sede a <strong>Odebrecht</strong> Contractors of<br />
Florida (OFL). Ele liderou o processo<br />
de unificação das duas subsidiárias<br />
da Construtora Norberto <strong>Odebrecht</strong>.<br />
“Sempre buscamos conquistar a<br />
confiança dos nossos clientes, fomos<br />
persistentes nisso”, salienta, referindo-se<br />
ao que, em sua análise, tem<br />
sido o principal motivo do crescimento<br />
da <strong>Odebrecht</strong> nos Estados Unidos.<br />
“Superamos nossos obstáculos agregando<br />
valor aos clientes e às comunidades,<br />
praticando os princípios da<br />
Tecnologia Empresarial <strong>Odebrecht</strong><br />
(TEO), que é o que nos diferencia.”<br />
Paulo Suffredini, outro pioneiro<br />
da <strong>Odebrecht</strong> nos Estados Unidos,<br />
também trabalhou na Califórnia e na<br />
Flórida, entre 1992 e 2008. Hoje está<br />
em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes<br />
Unidos. Paulo foi um dos principais<br />
condutores da relação entre a <strong>Odebrecht</strong><br />
e o Exército Americano, iniciada<br />
com a construção de Seven Oaks e<br />
odebrecht informa
MIA Mover<br />
acervo odebrecht<br />
Airport Link<br />
Obras em andamento nos estados unidos<br />
• West Return Floodwall: parede de concreto para contenção de enchentes em Nova Orleans<br />
• Lakefront Pump Stations 1, 2, 3 e 4: estações de bombeamento em Nova Orleans<br />
• Airport Link: trecho de metrô de 4 km ligando o sistema metroviário de Miami ao Aeroporto Internacional<br />
• MIA Mover: trecho de metrô de 2 km conectando o Airport Link ao interior do Aeroporto Internacional<br />
• MIA North Terminal: ampliação do Terminal Norte do Aeroporto Internacional de Miami<br />
que, mais adiante, levou a empresa a<br />
Nova Orleans, na Louisiana, onde executou<br />
(e segue executando) obras de<br />
construção e reconstrução do extenso<br />
e vital sistema de diques que protege<br />
a cidade. Levou também à atuação da<br />
<strong>Odebrecht</strong> no Iraque. “Nossa relação<br />
com o Exército e com todos os nossos<br />
clientes sempre foi de profundo respeito<br />
por eles, com base na realização<br />
de serviços de qualidade, dentro dos<br />
prazos pactuados e com completa<br />
segurança”, destaca Paulo. “Queríamos<br />
compartilhar os sonhos dos<br />
nossos clientes, servi-los da melhor<br />
forma possível e conseguimos isso<br />
através da prática da TEO.”<br />
Desde a execução da primeira obra<br />
nos Estados Unidos – a construção de<br />
um trecho do Metromover, o metrô de<br />
superfície de Miami, iniciada em 1991<br />
–, o pensamento dos pioneiros da<br />
<strong>Odebrecht</strong> era o de plantar as bases<br />
para o crescimento e a permanência<br />
da <strong>Odebrecht</strong> no mercado mais competitivo<br />
do planeta. Marcos Tepedino<br />
chegou aos Estados Unidos em 1991,<br />
participou da obra do Metromover<br />
e de diversas outras no Estado da<br />
Flórida; esteve em Djibuti, na Venezuela,<br />
na Líbia e retornou a Miami em<br />
agosto de 2009. Hoje responsável por<br />
projetos de infraestrutura da <strong>Odebrecht</strong><br />
nos Estados Unidos, ele relembra:<br />
“Havia muita vontade de dar certo,<br />
estávamos chegando para ficar, como<br />
é sempre o objetivo da <strong>Odebrecht</strong>.<br />
Os clientes logo perceberam que nos<br />
diferenciávamos pela prática da TEO.<br />
A relação que se constrói é o que<br />
fica. A relação é o que faz a diferença.<br />
Nossa imagem é a de uma empresa<br />
que trabalha junto com o cliente. A<br />
<strong>Odebrecht</strong> construiu uma reputação<br />
nos Estados Unidos”.<br />
Daphne Di Pasquale vem assistindo<br />
de perto, e com olhos de integrante<br />
local, o erguimento dessa reputação.<br />
Há muito tempo. Ela foi uma das<br />
primeiras profissionais norte-americanas<br />
contratadas pela <strong>Odebrecht</strong>.<br />
Em junho de 1991, foi selecionada<br />
por Gilberto Neves para uma vaga de<br />
recepcionista no escritório de Miami.<br />
Hoje é Responsável por Pessoas. “A<br />
<strong>Odebrecht</strong> trouxe consigo a cultura<br />
brasileira, abraçou os Estados Unidos<br />
e nos tornou melhores”, diz Daphne.<br />
“É um privilégio para mim fazer parte<br />
desta empresa.”<br />
Esse é um sentimento compartilhado<br />
pelo engenheiro Carlos Nuñez,<br />
31 anos, superintendente nas obras<br />
do MIA Mover, obra que levará o<br />
sistema de metrô para dentro do<br />
Aeroporto Internacional de Miami,<br />
a partir de sua conexão ao projeto<br />
do Airport Link. Nascido em Tampa,<br />
na Flórida, Carlos teve seu primeiro<br />
contato com a <strong>Odebrecht</strong> aos 16<br />
anos. Seu pai, Charlie Nuñez, hoje<br />
Gerente de Engenharia em Nova<br />
Orleans, apresentou-lhe a empresa,<br />
e Carlos, ainda adolescente, tornouse<br />
estagiário, ajudando carpinteiros,<br />
pedreiros e outros profissionais nos<br />
canteiros do aeroporto. Em 2005,<br />
assumiu sua primeira obra como<br />
engenheiro, o Performing Arts Center.<br />
“A dedicação ao desenvolvimento<br />
das pessoas, o oferecimento a elas<br />
de oportunidades de crescimento e<br />
a confiança nos jovens são os principais<br />
motivos do crescimento da <strong>Odebrecht</strong><br />
nos Estados Unidos”, opina<br />
Carlos, em um português perfeito.<br />
“Recebemos desafios e temos o<br />
apoio dos nossos líderes”, ele acrescenta,<br />
capacete nas mãos e sorriso<br />
no rosto.<br />
odebrecht informa
44 desenvolvimento sustentável<br />
Ivaldino, e seu filhos Jiovam (à esquerda) e Joelme: Palmito Cultiverde (o quarto mais vendido no Brasil) tem certificados<br />
ISO 9001, ISO 14001, ISO 22000, Rainforest Alliance Certified, selo de Orgânicos e Agricultura Familiar<br />
Produto da esperança<br />
Cooperativa de Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia<br />
transforma a vida de famílias de agricultores da região<br />
texto Gabriela Vasconcellos / fotos Eduardo Moody<br />
O dia do agricultor Ivaldino dos<br />
Santos começa às 5 horas da manhã.<br />
Com 71 anos, o produtor de palmito<br />
de pupunha não esconde a vontade<br />
de continuar cuidando da lavoura que<br />
mudou a vida de sua família. Casado<br />
há 40 anos e pai de <strong>nov</strong>e filhos, Ivaldino<br />
é exemplo na comunidade do<br />
Areão, no município de Nilo Peçanha<br />
(BA). São 25 mil pés que lhe rendem<br />
entre R$ 2.500 e R$ 3.000 por mês.<br />
“Para quem nunca teve salário, com<br />
a pupunha o dinheirinho é garantido.<br />
Hoje tenho meu próprio terreno e já<br />
comprei um carro”, conta o agricultor,<br />
que é um dos sócios-fundadores da<br />
Cooperativa dos Produtores de Palmito<br />
do Baixo Sul da Bahia (Coopalm),<br />
instituição apoiada pela Fundação<br />
<strong>Odebrecht</strong> e que faz parte do Programa<br />
de Desenvolvimento Integrado e<br />
Sustentável do Mosaico de Áreas de<br />
Proteção Ambiental do Baixo Sul da<br />
Bahia.<br />
O sucesso dessa família também<br />
é resultado da dedicação dos assistentes<br />
educadores da Coopalm. Ao<br />
todo, 12 especialistas orientam os 486<br />
associados a aplicarem, da melhor<br />
forma, as técnicas de plantio. “Capacitamos<br />
a todos para que conquistem<br />
maior produtividade, rentabilidade e<br />
liqui<strong>dez</strong>”, destaca Erasmo Costa, Líder<br />
Educador, responsável pela coordenação<br />
dos técnicos.<br />
Ivaldino, que iniciou seu cultivo em<br />
2003, incentiva outros agricultores,<br />
inclusive seus filhos, a investirem na<br />
pupunha. “Vi o meu pai mudar de vida.<br />
Quero comprar mais terra para trabalhar.<br />
Com o palmito, sei que vou conseguir”,<br />
assegura Joelme dos Santos,<br />
32 anos, que se associou à cooperativa<br />
em <strong>2010</strong> e já plantou 11 mil mudas.<br />
Gertrudes Ricarda, esposa de Ival-<br />
odebrecht informa
dino, revela sua felicidade em ver os<br />
filhos na lavoura: “Há muito tempo eu<br />
sonhava com isso”.<br />
Todos trabalhando juntos<br />
O palmito Cultiverde, marca produzida<br />
pelos integrantes da Coopalm,<br />
está sendo comercializado por diversas<br />
redes de varejo, que disponibilizam<br />
suas gôndolas para a venda<br />
dos produtos, como a GBarbosa<br />
(Nordeste), Pão de Açúcar, Extra<br />
e Walmart (Sudeste e Nordeste).<br />
Recentemente, a Empresa Baiana<br />
de Alimentos (Ebal) e a Perini – rede<br />
baiana de delikatessen e docerias<br />
- ampliaram a parceria com a cooperativa<br />
e estudam a implantação, até o<br />
fim de <strong>2010</strong>, de um <strong>nov</strong>o projeto com<br />
conceito de “loja dentro da loja”: um<br />
espaço no interior dos estabelecimentos<br />
comerciais, com caixas registradoras<br />
próprias, que direcionam o<br />
valor da venda direto para a Coopalm.<br />
“O que vamos criar é uma ligação<br />
entre o agricultor e o consumidor,<br />
fazendo acontecer o Ato Cooperativo.<br />
Presença na eco run<br />
Uma parceria entre a Braskem<br />
e a Coopalm possibilitou a<br />
exposição da marca Cultiverde<br />
(www.cultiverde.com.br) no<br />
circuito de corridas de rua<br />
Braskem Eco Run. A marca<br />
pôde ser vista no portal de<br />
largada e chegada, além de<br />
no pódio. “Esta foi uma das<br />
formas que encontramos<br />
para dar maior visibilidade<br />
a este projeto que gera, de<br />
fato, transformação social”,<br />
afirma Jorge Soto, Diretor de<br />
Sustentabilidade da Braskem.<br />
Estou vivamente interessado e<br />
aplaudindo essa iniciativa”, afirma<br />
Reub Celestino, Presidente da Ebal.<br />
Os desafios e os resultados já conquistados<br />
estão sendo construídos<br />
em alinhamento com estratégias de<br />
sustentabilidade. Uma delas é voltada<br />
para a formação dos cooperados do<br />
amanhã, papel desempenhado pela<br />
Casa Familiar Rural de Igrapiúna<br />
(CFR-I), uma unidade de ensino profissionalizante<br />
que beneficia cerca de<br />
40 jovens. Joelton Santos, 19 anos, é<br />
educando da CFR-I e está estagiando<br />
na Coopalm. “Tenho a oportunidade<br />
de aprender formas de contribuir para<br />
o desenvolvimento da minha comunidade.<br />
No futuro serei mais uma força<br />
na região.”<br />
COOpalm conquista<br />
prêmio nacional<br />
A Coopalm foi eleita<br />
Cooperativa do Ano <strong>2010</strong>,<br />
na categoria Gestão para a<br />
Qualidade. O prêmio é uma<br />
iniciativa da Organização<br />
das Cooperativas<br />
Brasileiras, Serviço Nacional<br />
de Aprendizagem do<br />
Cooperativismo e revista<br />
Globo Rural. Reconhece projetos<br />
pautados na i<strong>nov</strong>ação,<br />
criatividade e eficiência, além<br />
de torná-los referências para<br />
o setor.<br />
Alex Paniago<br />
A partir da esquerda, Cérgio Pecchio, Presidente da Organização de Cooperativas<br />
da Bahia, Raimundo dos Santos, Presidente da Coopalm, e Luís Carlos Pereira,<br />
Líder da Aliança Cooperativa do Palmito, durante a entrega do prêmio<br />
odebrecht informa
46<br />
> leia mais notícias no site de <strong>Odebrecht</strong> <strong>Informa</strong><br />
holanda cavalcanti<br />
Emílio <strong>Odebrecht</strong><br />
recebe medalha da IAQ<br />
Emílio <strong>Odebrecht</strong>, Presidente do Conselho de<br />
Administração da <strong>Odebrecht</strong> S.A., recebeu a Medalha<br />
Marcos E. J. Bertin de Qualidade em Governança<br />
Corporativa, da International Academy for Quality (IAQ). A<br />
medalha foi concedida a Emílio por sua contribuição para<br />
os princípios e as práticas da governança com qualidade.<br />
Como forma de simbolizar o processo sucessório<br />
ocorrido na Organização e a governança como base para<br />
a construção do futuro, a medalha foi entregue a Marcelo<br />
<strong>Odebrecht</strong>, Diretor-Presidente da <strong>Odebrecht</strong> S.A., durante<br />
o 11º Congresso Internacional de Governança Corporativa,<br />
realizado pelo Instituto de Governança Corporativa (IBGC)<br />
em 26 de outubro, no Rio de Janeiro.<br />
Segundo Marcos Bertin, ex-Presidente e membro<br />
honorário da IAQ, Emílio <strong>Odebrecht</strong> é um exemplo de<br />
profissional que se dedica à qualidade na administração:<br />
“Os esforços de Emílio contribuíram para tornar a<br />
<strong>Odebrecht</strong>, empresa originalmente do setor de engenharia,<br />
uma organização de negócios diversificados, com mais de<br />
100 mil integrantes”.<br />
A IAQ, organização fundada em 1966, independente e<br />
sem fins lucrativos, é reconhecida internacionalmente<br />
como o mais importante fórum de discussões sobre<br />
qualidade em governança corporativa. Neste ano, além de<br />
Emílio <strong>Odebrecht</strong>, o Professor Martin Hilb, da Universidade<br />
de St. Gallen, na Suíça, recebeu a medalha.<br />
Personalidade da Tecnologia <strong>2010</strong><br />
Luiz Roberto Batista Chagas, Responsável por Apoio de Engenharia aos contratos<br />
da <strong>Odebrecht</strong> no Brasil e no exterior, recebeu do Sindicato dos Engenheiros do<br />
Estado de São Paulo o prêmio de Personalidade da Tecnologia <strong>2010</strong>, na categoria<br />
Internacionalização da Engenharia Brasileira.<br />
Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Bahia (UFBA),<br />
em 1968, Luiz Roberto ingressou na <strong>Odebrecht</strong> naquele mesmo ano. Atuou na<br />
construção da ponte Propriá-Colégio, na divisa de Sergipe e Alagoas, inaugurada em<br />
1970, na construção da Usina Nuclear de Angra dos Reis (RJ), Unidade I, e participou<br />
dos estudos das unidades II e III. Há 30 anos, Luiz Roberto viaja pelo Brasil e pelo<br />
mundo dando apoio a projetos da Organização. Em 2008, publicou o livro Engenharia<br />
da Construção – obras de grande porte.<br />
O prêmio será entregue na noite de 10 de <strong>dez</strong>embro, na sede do sindicato, em São<br />
Paulo. “Compartilho este prêmio com todos os colegas da <strong>Odebrecht</strong>”, diz Luiz Roberto.<br />
Certificação recomendada<br />
Após 14 dias de auditoria, em julho,<br />
as empresas do Consórcio Rio Melhor<br />
(<strong>Odebrecht</strong> Infraestrutura, OAS e Delta),<br />
responsáveis pela implantação de um<br />
teleférico no Complexo do Alemão, no Rio<br />
de Janeiro, receberam recomendações<br />
para obter o selo de Certificação ISO<br />
9001 para Sistema de Transporte de<br />
Pessoas a Cabo. Pela primeira vez uma<br />
obra da <strong>Odebrecht</strong> conquista esse tipo de<br />
certificação.<br />
As instituições que realizaram as<br />
auditorias, o Bureau Veritas Certification e a<br />
Fundação Vanzolini, avaliaram os quesitos<br />
capacitação e treinamento de integrantes,<br />
planejamento, controle de execução de<br />
processos e controle tecnológico, entre<br />
outros. Feito isso, ratificaram a consistência<br />
do Sistema de Gestão da Qualidade<br />
implantado e recomendaram a certificação<br />
sem nenhuma “não conformidade”. “Isso<br />
significa que os serviços estão de acordo<br />
com padrões de qualidade internacionais”,<br />
comenta Marcos Vidigal, Diretor de<br />
Contratos da <strong>Odebrecht</strong>.<br />
A inauguração do teleférico está prevista<br />
para fevereiro de 2011. O circuito terá cerca<br />
de 3,5 km de extensão, com seis estações,<br />
interligadas ao sistema de transporte<br />
ferroviário da cidade através da Estação<br />
Bonsucesso. O sistema beneficiará 120 mil<br />
pessoas.<br />
Américo vermelho
holanda cavalcanti<br />
Márcio Polidoro com as designers<br />
Carina Flexor (à esquerda) e Renata<br />
Kalid<br />
Prêmio Jabuti<br />
Na noite de 4 de <strong>nov</strong>embro, em<br />
São Paulo, foram entregues os<br />
troféus aos vencedores do Prêmio<br />
Jabuti <strong>2010</strong>, promovido pela<br />
Câmara Brasileira do Livro e considerado<br />
o mais importante do país.<br />
Pelo segundo ano consecutivo, um<br />
livro publicado com o patrocínio<br />
da <strong>Odebrecht</strong> é premiado na categoria<br />
projeto gráfico. Depois de A<br />
Historia do Brazil de Frei Vicente do<br />
Salvador, de Maria Lêda Oliveira,<br />
em 2009, este ano foi a vez de<br />
Igreja e Convento de São Francisco<br />
da Bahia, organizado por Maria<br />
Helena Ochi Flexor e Frei Hugo<br />
Fragoso, com projeto gráfico de<br />
Carina Flexor e Renata Kalid.<br />
Presente ao evento, Márcio<br />
Polidoro, Responsável por<br />
Comunicação Empresarial na<br />
<strong>Odebrecht</strong>, disse que a conquista do<br />
Jabuti é o coroamento de um trabalho<br />
em equipe, que começa com<br />
um projeto de pesquisa histórica e<br />
resulta na publicação de um livro<br />
de arte. “Além do apuro na qualidade<br />
gráfica, o livro traz um conhecimento<br />
histórico inédito, que é produzido<br />
com o apoio da <strong>Odebrecht</strong><br />
através do Prêmio Clarival do<br />
Prado Valladares.”<br />
Angola ganha seu Núcleo da Cultura<br />
A trajetória da <strong>Odebrecht</strong> em seus 26 anos<br />
de presença em Angola pode ser revisitada no<br />
Núcleo de Cultura da <strong>Odebrecht</strong> Angola, em<br />
funcionamento em um dos edifícios do complexo<br />
Belas Business Park, onde estão situadas as<br />
<strong>nov</strong>as instalações administrativas da empresa, em<br />
Luanda.<br />
Aberto à sociedade em geral, o espaço funciona<br />
como um centro de informações de interesse<br />
histórico para o povo angolano, permitindo ao<br />
visitante ter uma visão ampla da atuação da<br />
<strong>Odebrecht</strong> e dos impactos socioeconômicos dos<br />
projetos executados no país. Através de fotos,<br />
painéis, vídeos, depoimentos, ilustrações e folhetos<br />
é possível conhecer as principais realizações da<br />
empresa em âmbito local, desde a construção da<br />
Hidrelétrica de Capanda, iniciada em 1984.<br />
Produto de comunicação institucional i<strong>nov</strong>ador,<br />
Desde o dia 14 de outubro, a Coleção de Arte<br />
Sacra Mirabeau Sampaio está aberta ao público no<br />
Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da<br />
Bahia (MAS), em Salvador, graças à parceria entre<br />
o Museu e a <strong>Odebrecht</strong>.<br />
A Organização <strong>Odebrecht</strong> adquiriu a coleção<br />
com a finalidade de disponibilizá-la para a visitação<br />
pública. Assim, cedeu o acervo de Mirabeau<br />
Sampaio, em comodato, por um período de<br />
10 anos, ao MAS. “Esta coleção vem como um<br />
contraponto, em igualdade de condições, ao acervo<br />
do museu”, diz Francisco Portugal, Diretor do MAS.<br />
A coleção de imagens sacras do artista plástico<br />
José Mirabeau Sampaio é composta de 456 peças,<br />
adquiridas, na sua maioria, em antiquários de<br />
Salvador. O acervo foi formado a partir da década<br />
de 1950. Do total, 364 peças foram esculpidas em<br />
madeira, 65 em terracota, 17 em marfim, <strong>nov</strong>e em<br />
pedra e uma moldada em chumbo.<br />
De acordo com estudos de Maria Guimarães<br />
Sampaio, filha de Mirabeau, a maior parte da<br />
e exclusivo em Angola, o Núcleo chama a atenção<br />
dos visitantes pela didática e interatividade. Um dos<br />
destaques é a estrutura de aço cercada por fotos e<br />
textos com depoimentos de integrantes, montada<br />
no centro do salão, representando o imbondeiro<br />
– conhecido no Brasil como baobá –, árvore de<br />
grande resistência e vida longa, considerada<br />
símbolo do país.<br />
A linha do tempo da Organização, bem como<br />
os princípios, conceitos e critérios da Tecnologia<br />
Empresarial <strong>Odebrecht</strong> (TEO), também estão<br />
retratados no espaço. Desde que foi inaugurado,<br />
no segundo trimestre de <strong>2010</strong>, o Núcleo já recebeu<br />
a visita de estudantes, profissionais da imprensa,<br />
pesquisadores, autoridades, clientes e integrantes.<br />
> Veja em www.odebrechtonline.com.br<br />
informações sobre o livro O Futuro em Construção<br />
– <strong>Odebrecht</strong> e Angola, 25 Anos de Parceria<br />
Museu exibe coleção de Mirabeau Sampaio<br />
coleção é de origem brasileira, produzida na Bahia<br />
na primeira metade do século 17, por artesãos<br />
anônimos, além de poucas peças originadas em<br />
outros estados, como Pernambuco, Minas Gerais<br />
e São Paulo.<br />
No conjunto da coleção, destaca-se uma<br />
imagem de Santa Catarina de Alexandria, de<br />
terracota, de autoria de Frei Agostinho da Piedade,<br />
monge beneditino que viveu no Mosteiro de São<br />
Bento da Bahia no século 17.<br />
A Coleção de Arte Sacra Mirabeau Sampaio está<br />
aberta ao público no MAS, localizado no antigo<br />
Convento de Santa Tereza, na Rua do Sodré, 276,<br />
no Centro Histórico de Salvador.<br />
odebrecht informa
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argumento por Manoel Carnauba<br />
A química sustentável<br />
dDesde o início da Revolução<br />
Industrial, a sociedade passou a<br />
consumir mais e mais combustíveis<br />
fósseis. Começamos pelo carvão<br />
mineral, depois veio o petróleo, o<br />
gás natural e outros.<br />
O crescimento da demanda por<br />
esses combustíveis fósseis, no início<br />
da segunda metade do século<br />
20, passou a ser exponencial. Nesta<br />
primeira década do século 21, estamos<br />
consumindo esses materiais<br />
como nunca!<br />
É fácil constatar o enorme<br />
benefício que a utilização desses<br />
combustíveis trouxe para toda a<br />
humanidade. Com o crescimento da<br />
população mundial, não teríamos<br />
alcançado o padrão de conforto e<br />
expectativa de vida que temos hoje<br />
sem a energia gerada a partir da<br />
utilização de produtos fósseis.<br />
No entanto, ao longo da década<br />
de 1960, o homem passou a<br />
perceber que o planeta dava sinal<br />
de que alguma coisa não ia bem.<br />
Experimentamos períodos de<br />
chuvas mais intensas em prazos<br />
mais curtos, em algumas regiões,<br />
enquanto em outras havia fortes<br />
secas ou inverno com temperaturas<br />
muito baixas, e por aí vai a sequência<br />
de anomalias climáticas.<br />
Foi quando os cientistas descobriram<br />
uma associação quase que direta<br />
entre a emissão de gás carbônico<br />
(CO 2 ) para a atmosfera, a partir da<br />
utilização diversa dos materiais fósseis,<br />
e o aquecimento que o planeta<br />
passou a mostrar. Desde então, a<br />
sociedade começou a buscar formas<br />
de reduzir ou mesmo eliminar a<br />
emissão desses gases.<br />
Levando em consideração essas<br />
preocupações e ouvindo seus clientes,<br />
a Braskem passou a se engajar<br />
mais decisivamente na busca de<br />
soluções para esse problema global.<br />
Sendo o Brasil um país tropical,<br />
que conta com uma enorme<br />
quantidade de terras agricultáveis<br />
e com uma tecnologia para a produção<br />
de cana-de-açúcar e álcool<br />
reconhecida como a mais competitiva<br />
do mundo, esse conjunto<br />
de fatores inspirou as equipes da<br />
Braskem a pesquisarem soluções<br />
para a produção de plásticos que<br />
pudessem contribuir para resolver<br />
o problema do aquecimento global<br />
e para uma química mais sustentável.<br />
Com o início da operação, em<br />
setembro, da unidade de produção<br />
de eteno verde, localizada em<br />
Triunfo (RS) e que utiliza o etanol<br />
como matéria-prima, a Braskem se<br />
tornou o maior produtor de plástico<br />
sustentável do mundo, produzindo<br />
um polietileno que apresenta todas<br />
as propriedades físicas e químicas<br />
do produto tradicional, mas que por<br />
ser produzido a partir da cana-deaçúcar<br />
é capaz de fixar até 2,5 kg<br />
de CO 2 por quilo de produto.<br />
Os clientes acolheram a <strong>nov</strong>idade<br />
com entusiasmo, encomendando<br />
boa parte da capacidade de produção<br />
dessa planta com grande<br />
antecedência, o que indica a alta<br />
demanda da sociedade por produtos<br />
ambientalmente amigáveis.<br />
A tecnologia hoje desenvolvida já<br />
nos permite produzir outros derivados<br />
do eteno a partir de matériaprima<br />
re<strong>nov</strong>ável. Mas não queremos<br />
parar por aí. Queremos oferecer à<br />
sociedade as melhores alternativas<br />
para a química sustentável.<br />
Manoel Carnauba é Vice-Presidente<br />
da Unidade de Petroquímicos Básicos<br />
da Braskem<br />
odebrecht informa
ontem<br />
O Brasil, naqueles tempos do pós-guerra, ainda não havia vencido uma<br />
Copa do Mundo, mas movia-se a passadas largas (e a toques de bola habilidosos)<br />
para se tornar a maior potência do futebol mundial. Para a Copa do Mundo de 1950,<br />
construiu o Maracanã. O sonho da conquista da Copa só seria realizado oito anos<br />
depois, na Suécia, mas o Maracanã, que logo em sua infância foi palco daquele que<br />
provavelmente tenha sido o maior revés esportivo brasileiro de todos os tempos,<br />
a derrota para o Uruguai, na final, em 50, atravessou as décadas, consolidando-se<br />
como lenda, e em 2014, reformado, sediará sua segunda decisão de Copa do Mundo,<br />
dessa vez – assim esperam os brasileiros – com um final feliz para os de uniforme e<br />
bandeiras verde-amarelos.<br />
Agência o globo
odebrecht informa<br />
Programa acreditar Júnior<br />
Destinado aos filhos dos trabalhadores que participam da construção da Usina Hidrelétrica<br />
Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, o Programa Acreditar Júnior é uma ferramenta<br />
a serviço do futuro, mas com resultados tangíveis no presente. Tangíveis e cruciais. No<br />
programa, meninos e meninas participam de um módulo básico, no qual recebem apostilas,<br />
desenvolvidas por educadores e psicólogos, tratando de assuntos como adolescência, meio<br />
ambiente, saúde e educação financeira. Os jovens (como Matheus Marcos Bueno Cardoso, na<br />
foto) têm carteira assinada, recebem meio salário mínimo, uniforme, alimentação, transporte<br />
e plano de saúde. Para se manterem no programa, precisam obter média acima de 7 no<br />
ensino regular. A primeira formatura ocorreu em agosto de <strong>2010</strong>. Duzentos adolescentes<br />
receberam seus diplomas. E deram um passo fundamental para a construção de seu amanhã.<br />
foto: guilherme afonso