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8 12 a 18 de Janeiro de 2007 Post-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! Açorianos são todos os que vivem nos Açores e trabalham pelos Açores O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, disse em Ponta Delgada, que açorianos são não só aqueles que nasceram na Região, como todos os que nela vivem e por ela trabalham. Dirigindo-se a cerca de três centenas de imigrantes de várias nacionalidade residentes na ilha de São Miguel, reunidos em convívio num almoço oferecido pela Presidência do Governo, Carlos César destacou que estes fazem do arquipélago "uma terra de convivência, pluralidade e unidade na diferença", acrescentando que, por outro lado, a presença de milhares de imigrantes na Região "faz-nos sentir que os Açores são parte deste mundo, não estão à margem". O chefe do executivo açoriano frisou, depois, que sente "alegria" em saber que nos Açores "há espaço para todos", adiantando que tal o deixa com mais certezas quanto ao futuro e ao desenvolvimento da Região. "Fazemos o nosso melhor para que todos se sintam bem aqui, e estaremos sempre ao vosso lado para vos ajudar na integração e para vos fazer justiça", frisando que "os Açores estão a crescer e por isso precisam de mais pessoas". A concluir Carlos César enfatizou o desejo de acolhimento aos imigrantes que trabalham nos Açores, classificando-os de açorianos, ao dizer que assim considera todos os que trabalham nos Açores e pelos Açores, independentemente de terem nascido na Região ou de nela viverem neste momento. "Todos vós fazem parte da história dos Açores, na mesma dimensão dos que cá estavam e partiram para trabalhar em busca de uma vida melhor", disse. O almoço decorreu num hotel de Ponta Delgada e foi animado por vários grupos musicais, de diferentes sonoridades, compostos por imigrantes residentes na ilha de São Miguel, nele tendo participado, igualmente, o secretário regional da Presidência, Vasco Cordeiro, e os directores regionais das Comunidades, Alzira Silva, e dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa, Rodrigo de Oliveira.Após a sua intervenção, o presidente do Governo recebeu das mãos de um grupo de crianças uma pintura da autoria de Michael Hudec, artista plástico norte-americano imigrado nos Açores há mais de vinte anos, retratando a proa de um barco com o mar em fundo, "simbolizando o mar que une e separa e a viagem de ida e regresso à procura de novos horizontes de vida". GaCS/JSF Fecho de consulados ainda por decidir Secretário de Estado diz que este é ainda um assunto em aberto. Oencerramento de consulados portugueses no estrangeiro ainda não é um dado adquirido. Pelo menos foi o que garantiu o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, no final da reunião da comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros, que decorreu, à porta fechada, no Palácio de São Bento. O encontro dos parlamentares com o governante, que substituiu o ministro Luís Amado (não pôde comparecer por motivos de saúde) começou ensombrado pela decisão tomada pelos deputados do PS de realizá-lo longe das câmaras, microfones e cadernos de apontamentos dos jornalistas. O modelo da sessão foi de imediato alvo de críticas por parte de todos os partidos da oposição, que, antes das portas se fecharem, comunicaram o seu desagrado e interpretaram o gesto como a sinalização de um "recuo" estratégico socialista, face as manifestações de descontentamento em algumas comunidades emigrantes, relativamente ao encerramento de 17 consulados, previsto no projecto governamental. No final, quando as portas se abriram, António Braga explicou aos jornalistas, que esperaram por ele cerca de quatro horas, que "neste momento não há nenhuma decisão. Há um estudo". "Não há uma previsão inicial de encerrar consulados ou de abrir consulados", garantiu, sublinhando: "Há uma projecção que foi feita em estudo, que reside numa avaliação de um conjunto de critérios, desde os actos consultares praticados, à função da representação em cada país, à ligação histórica a diferentes países". Só depois de consultados os parceiros sociais - sindicatos e Conselho das Comunidades Portuguesas -, ouvidos os deputados e feito o balanço dos critérios referidos "o Governo tomará uma decisão", afirmou o governante. António Braga fez questão de frisar que este é ainda um assunto permeável à discussão. "É uma proposta e um projecto em aberto que está disponível para receber contributos dos parceiros sociais e também dos senhores deputados", disse, avançando que a consulta destes parceiros terminará esta semana. PAULO O FILIPE UM JOVEM ARTISTA NO LUMIAR DE UMA CARREIRA PROMISSORA Este jovem artista luso canadiano de apenas 21 anos de idade regressou a Toronto após uma curta estadia na Ilha de São Miguel, terra donde seus pais são naturais, a fim de ali passar a quadra natalícia com sua mãe e irmãos. Praticamente ainda um desconhecido do nosso público gostaríamos, no entanto, de relembrar os nossos leitores que o Paulo Filipe foi recentemente um dos participantes no mundo da canção no Canadá, Canadian Idol, onde fez sucesso pelo impacto da sua melodiosa voz. Participou seguidamente no projecto Amor de Artista 2006, uma iniciativa do Portal www.venuscreations.ca, com um fado, Lençóis de Fado, um excelente trabalho de Euclides Cavaco e Alfredo da Câmara, o qual tem vindo a ter grande sucesso no nosso mundo artístico e não só pois, inclusive, em São Miguel, os seus dotes de interpretante da nossa canção nacional têm também sido reconhecidos pelas estações locais. Este seu êxito, Lençóis de Fado, é tido pelos entendidos como o prelúdio de uma brilhante carreira na canção nacional, o fado, algo muito raro de acontecer ou de ser seguidos nestes últimos anos mais precisamente na camada artística mais jovem e a prova dos nove é o sucesso que, Paulo Filipe, tem tido nas diversas festas da nossa comunidade. É caso para ficarmos admirados pela vocação deste jovem artista que, virando as costas à música presentemente em voga, dos artistas da actualidade, tanto portuguesa (música pimba) como inglesa (a "metálica" ou "rap") este jovem tem-se apenas dedicado ao fado, contrariando desta maneira uma regra geral absoluta. Durante a sua permanência em São Miguel foi entrevistado nos programas Manhãs de Sábado da RDP de Mário Jorge Pacheco e no Inter Ilhas por Sidónio Bettencourt além do programa local de televisão, Atlântida da RTP. No presente momento está conjuntamente com Alfredo Gago Câmara a trabalhar numa gravação de outras canções, um arrojado projecto discográfico onde o seu êxito Lençóis de Fado será, obviamente, inserido embora nas versões em outras línguas, que, se não estamos errados, no espanhol, inglês e italiano. Já no próximo Sábado, dia 13 de Janeiro, Paulo Filipe, participará em mais um espectáculo local, uma noite de fados, na Casa do Alentejo, com Luciana Machado, Humberto Silva, Armando Jorge, Gabriel Teves e Januário Araújo. Seguidamente actuará, no dia 20 de Janeiro no programa "Anima Fado" na Cervejaria Downtown, em Toronto, com Tony Gouveia e Tony Câmara acompanhados por Nuno Cristo e Larry Lewis e no dia 10 de Fevereiro num espectáculo organizado pelos Amigos da Ilha Terceira, este último na angariação de fundos destinados à construção das instalações para a Sociedade de Deficientes Portugueses.
Post-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! 12 a 18 de Janeiro de 2007 9 SOCIEDADE DE DEFICIENTES LUSO-CANADIANOS MAIS UM MOVIMENTO DE SOLIDARIEDADE DONATIVO EM CHEQUE ENTREGUE À SOCIEDADE DOS DEFICIENTES PORTUGUESES PELA PRIMEIRA IRMANDADE DO DIVINO ESPIRITO SANTO DE MISSISSAUGA CARLOS MORGADINHO ADirecção da Primeira Irmandade do Divino Espírito Santo de Mississauga, esteve presente nas novas instalações da Sociedade dos Deficientes Portugueses do Ontário, sito na St. Clair Avenue West, para, na presença de mais de três dezenas de membros daquela Associação, proceder à entrega de um donativo, em cheque, no montante de cinco mil dólares, destinado à ajuda na construção daquele edifício recentemente inaugurado. Assim os directores Dinarte Teves (Presidente), Manuel Sousa (Tesoureiro), Manuel Martins (Relações Públicas), Valdemar Andrade (Director) e Carlos Morgadinho (Secretário) fizeram a entrega à sua presidente, Isaura Carneiro, daquela importância. Bastante emocionada, Isaura Carneiro, agradeceu em nome da Sociedade de Deficientes e de todos os seus membros, aquela ajuda em dinheiro direccionada a cobrir os custos daquela obra magnifica há muito aspirada por todos os elementos desta Sociedade. Acrescentou também que seria bom que todas as colectividades ou individuais seguissem este exemplo da Primeira Irmandade do Divino Espírito Santo de Mississauga, com entregas de donativos destinados a minimizar as dificuldades desta Sociedade de Deficientes que há longos anos sonhava por possuírem instalações próprias adaptadas às necessidades dos seus sócios. Os membros da Primeira Irmandade mostraram, por sua vez, por palavras, a grande alegria de, com aquele pequeno montante, puderem prestar ajudar a uma agremiação bem portuguesa e uma das mais carenciadas no seio da nossa comunidade, não sendo, afirmaram, um favor mas sim uma obrigação que todos nós, portugueses, colectivamente, devíamos ter sempre em mente e honrar. No meio da tanta alegria naquela tarde de convívio alguém, membro da Sociedade de Deficientes, recordou um sócio fundador já falecido e que foi um dos grandes impulsionadores para que, um dia, tivessem instalações próprias, o António Fraga. Ele que tanto sonhou com esta obra, a sua sede, e não a viu, por ironia do destino ou por vontade do Criador, concretizar-se. Mas ela, a obra, está bem patente graças a um pequeno grupo de nossos compatriotas encabeçados por um ex-dirigente sindicalista, o António Dionísio, de mãos dadas com Jack Prazeres, e coadjuvados por centenas de voluntários ali, durante quase dois anos, despenderam as suas horas livres e de lazer para que hoje não só os sócios da Sociedade dos Deficientes Portugueses mas também a própria comunidade sintam orgulho pela grande prova dada ao mundo como a força da solidariedade e do amor ao próximo consegue vencer todos os obstáculos e deitar por terra a palavra IMPOSSÍVEL e torná-la, POSSÍVEL.
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