reparacao33_Layout 1 - Reparação Automotiva

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| Fevereiro de 2011 - Edição 33 www.reparacaoautomotiva.com.br
implantação do Pró-Motor. É uma
questão de tempo e de conscientização
sobre os benefícios deste programa
para os cidadãos e para o
governo”, otimiza Candeo, acrescentando
que também já foram feitas
reuniões com executivos do Sindipeças,
Sincopeças e Sicap – Andap. “Os
dirigentes destas entidades concordaram
com a importância da criação do
Pró-Motor. Todos os setores envolvidos
com o mercado da reposição de
autopeças, fabricantes, distribuidores
e lojistas, assim como os retificadores
e reparadores terão um formidável
incremento em seus negócios”.
A necessidade de iniciativas
como o Pró-Motor é evidente. Ainda
de acordo com o presidente do Sindimotor,
APAREM, os motores dos
veículos mais antigos, que não conseguem
aprovação na Inspeção Técnica
Veicular, apresentam um elevado
desgaste nas suas peças e componentes.
Nesta situação, uma simples
troca de óleo, filtros, velas, limpeza
dos bicos injetores e regulagens, não
são suficientes para deixar o motor
dentro dos limites exigidos das emissões
de poluentes. “São motores
‘cansados’, com baixa taxa de compressão,
queimando e vazando óleo,
e que necessitam de uma retífica nos
seus componentes e substituição de
peças. A nossa recomendação é que
nunca se faça um serviço de retífica
de motor do tipo "meia sola" ou
"quebra galho", que é fazer o serviço
pela metade, com alguém que não é
especialista na área”.
No quesito qualificação, a Aparem
e o Sindimotor oferecem aos retificadores
e reparadores cursos e
palestras sobre motores, assessoria
SALVADOR PARISI, DA C˜MARA ESPECIAL
PARA A IAV DO SINDIREPA-SP
técnica e serviço tira-dúvidas, e o
"DNA dos Motores", um dos maiores
arquivos do mundo sobre especificações
técnicas dos motores. Estão
cadastrados 2.783 motores, nacionais
e importados, dos ciclos otto e diesel,
para veículos leves e pesados, máquinas
agrícolas e de construção civil e
estacionários. As especificações são
acessadas, pelos associados, de forma
simples e rápida, através do site da
Aparem: www.aparem.org.br
A INSPEÇÃO E OS
REFLEXOS NA INDÚSTRIA
DE AUTOPEÇAS
Em relação ao ano passado, a
Bosch teve um expressivo aumento
nas vendas de equipamentos de
teste, mais especificamente na linha
de analisadores de gases, além das
vendas de autopeças. A demanda
por equipamentos foi gerada, principalmente,
pelas oficinas que precisaram
se adequar à nova demanda
do mercado. “No mesmo sentido,
a expectativa para este ano é que a
demanda por autopeças continue
em alta, mas talvez a venda dos
equipamentos não seja tão expressiva
como registrado no ano passado,
pois as oficinas já estão
equipadas. O que poderá gerar
certa demanda é o fato da Controlar
incluir os testes de ruído nos automóveis
e, caso isso ocorra, a
Bosch já dispõe de um fonômetro
(equipamento específico para isso)
para oferecer ao mercado”, diz o
chefe de Trade Marketing e Assistência
Técnica de Equipamentos
de Teste da divisão Automotive Aftermarket
da Robert Bosch Brasil,
Rodrigo Iglesias.
Sobre os principais componentes
que têm mais vendagem no período
de inspeção, especifica Mário Tommey,
chefe de Assistência Técnica da
divisão Automotive Aftermarket da
Robert Bosch Brasil, são os da linha
de injeção eletrônica, como sonda
lambda, e outros sensores. Itens
como velas, cabos e filtros também
tiveram uma venda expressiva por fazerem
parte das revisões e da manutenção
preventiva.
Alfredo Bastos Jr, gerente de
Marketing de MTE-Thomson, avalia
que os efeitos da inspeção são imediatos
e positivos para todo o
mercado de reposição. “Existia uma
demanda reprimida e ela ressurgiu,
acho que agora começa uma tendência
de estabilização, pois o veículo que
vai fazer a segunda inspeção já está
melhor que na primeira. Mas agora a
visita à oficina vai ocorrer com mais
frequência e todos vamos começar a
entender que a manutenção preventiva
é o melhor caminho. Finalmente”,
prevê, complementando
que os componentes que têm mais
vendagem neste período de inspeção
são os relacionados à injeção eletrônica
e exaustão. “Com destaque aos
sensores lambda (Oxigênio) e o catalisador.
Outros produtos de arrefecimento
também entram na lista,
pois motor fora da temperatura emite
mais poluentes e não podemos nos
esquecer do velho e saudoso carburador
(ainda temos bastante ainda
aqui em São Paulo)”.
Na mesma linha de Bastos,
Edson Brasil, vice-presidente da Delphi
Soluções em Produtos e Serviços
para a América do Sul, comenta que
a conscientização sobre a manutenção
preventiva e a obrigatoriedade da
Inspeção Veicular dos veículos foram
fatores que geraram e aumentaram,
sim, a demanda para o setor de reparação.
“Para nós, da Delphi, não foi
diferente. Com o aumento no gasto
médio dos consumidores no varejo
de autopeças, tivemos um bom crescimento
nos volumes, como em toda
a linha de sensores e atuadores diretamente
ligados ao sistema de alimentação
e escape de gases dos
veículos. Esse aumento também é
devido ao trabalho focado no desenvolvimento
de nosso forte portfólio
de produtos e serviços. Por este motivo,
existiu o investimento em parcerias
de campanhas como Carro e
Caminhão 100%, além de informações
técnicas oferecidas diretamente
aos mais de 700 postos de assistência
técnica Delphi no Brasil e também
ZAURI CANDEO,
DO SINDIMOTOR E DA APAREM
em outros países da América do Sul”.
Em nome da NGK, Ricardo
Namie, chefe de Assistência Técnica,
diz também que foi perceptível um
aumento nas vendas principalmente
em relação aos produtos sensor de
oxigênio, bem como de velas e cabos
de ignição, pois os mesmos influenciam
diretamente no desempenho
dos veículos. “E, as expectativas para
este ano são ainda melhores, pois os
indicadores apontam para mais um
ano de crescimento”, prevê.
Na Napro, o empresário Marcos
Zillner conta que houve um
considerável aumento de vendas de
equipamentos para oficinas especialmente
o analisador de gases (o
PC-Multigás que é o analisador de
gases e o PC-SCAN que é a ferramenta
de diagnóstico eletrônico).
“A expectativa para este ano é que as
vendas diminuam, pois na cidade
de São Paulo as oficinas de grande
porte já adquiriram seus equipamentos
e enquanto não houver definições
em outras cidades e estados
não existirão muitas vendas”.
Já José Rubens dos Santos Miguel,
diretor de Vendas da Sogefi
Filtration do Brasil Ltda. – Filtros
FRAM, avalia que no ano passado
o consumidor ficou mais responsável
em relação à manutenção dos
veículos. “Também houve um
crescimento expressivo em quantidade
de filtros vendidos que acreditamos
não só pela Inspeção
Veicular como também pelo crescimento
da frota que resultou no
crescimento de mercado. Além
disso, uma pesquisa realizada pela
nossa equipe de promotores em
oficinas aponta catalisador, velas,