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Um estudo de caso sobre as organizações que aprendem - SciELO

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COG132A.QXD 09-01-2008 10:23 Page 178<br />

Franco & Ferreira<br />

De referir, no entanto, <strong>que</strong> um mo<strong>de</strong>lo é, por <strong>de</strong>finição, uma simplificação <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong><br />

complexa e existe sempre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incluir, ou não, cert<strong>as</strong> variáveis e factores no mesmo.<br />

Todavia, a estrutura adoptada no mo<strong>de</strong>lo, com vista à análise d<strong>as</strong> “organizações <strong>que</strong> apren<strong>de</strong>m”, sustenta<br />

quatro principais dimensões (cultura, estrutura, partilha <strong>de</strong> informação e li<strong>de</strong>rança) e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>st<strong>as</strong><br />

toda uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> variáveis.<br />

3. Metodologia <strong>de</strong> investigação<br />

3.1. Objectivo e <strong>que</strong>stões <strong>de</strong> investigação<br />

O principal objectivo <strong>de</strong>ste <strong>estudo</strong> é compreen<strong>de</strong>r melhor o fenómeno da aprendizagem organizacional.<br />

Assim, <strong>de</strong>ste objectivo <strong>de</strong> âmbito geral, <strong>de</strong>correm algum<strong>as</strong> <strong>que</strong>stões <strong>de</strong> investigação <strong>que</strong> ao<br />

se obter resposta para el<strong>as</strong>, contribui para a compreensão e melhoramento d<strong>as</strong> organizações <strong>que</strong> apren<strong>de</strong>m:<br />

i) Como conseguir implementar uma cultura <strong>que</strong> permita a aprendizagem dos colaboradores<br />

no seio da organização?<br />

ii) Como <strong>de</strong>senhar uma estrutura organizacional para <strong>que</strong> exista um trabalho em equipa, flexibilida<strong>de</strong><br />

e colaboração <strong>de</strong>ntro da organização?<br />

iii) Como facilitar a partilha <strong>de</strong> informação entre os colaboradores da organização para <strong>que</strong><br />

ocorra um processo <strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong> iniciativa?<br />

iv) Como i<strong>de</strong>ntificar se os lí<strong>de</strong>res da organização motivam e envolvem os seus colaboradores<br />

nos objectivos organizacionais e na <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> taref<strong>as</strong>?<br />

v) Em <strong>que</strong> medida este fenómeno da aprendizagem organizacional permite o melhor <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e competitivida<strong>de</strong> d<strong>as</strong> organizações?<br />

3.2. Procedimentos Metodológicos<br />

Para atingir os objectivos <strong>de</strong>finidos, adoptou-se uma abordagem <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong> natureza<br />

qualitativa e também por ser a mais a<strong>de</strong>quada para o entendimento d<strong>as</strong> <strong>que</strong>stões a serem investigad<strong>as</strong>.<br />

Segundo Godoy (1995: 63), não <strong>de</strong>ve es<strong>que</strong>cer-se, no entanto, <strong>que</strong> durante o processo, neste tipo <strong>de</strong><br />

investigação, “o significado <strong>que</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> dão às cois<strong>as</strong> e à sua vida <strong>de</strong>ve ser a preocupação<br />

essencial do investigador”. Trata-se, por conseguinte, <strong>de</strong> uma abordagem <strong>de</strong> carácter social. <strong>Um</strong>a investigação<br />

social, para Gil (1999), po<strong>de</strong> ser entendida como um processo formal e sistemático com o<br />

objectivo fundamental <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir respost<strong>as</strong> para problem<strong>as</strong> mediante o emprego <strong>de</strong> procedimentos<br />

científicos, permitindo a obtenção <strong>de</strong> novos conhecimentos no campo da realida<strong>de</strong> social. A partir <strong>de</strong>sse<br />

referencial, a investigação é predominantemente do tipo qualitativa <strong>que</strong>, para além <strong>de</strong> ser uma opção<br />

do investigador justifica-se, <strong>sobre</strong>tudo, por ser uma forma a<strong>de</strong>quada para enten<strong>de</strong>r a natureza <strong>de</strong><br />

um fenómeno social.<br />

Note-se no entanto <strong>que</strong>, após ter sido feita uma análise a posteriori, verifica-se <strong>que</strong> os procedimentos<br />

seguidos neste <strong>estudo</strong> se aproximam da investigação-acção. A investigação-acção, usada<br />

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