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Um estudo de caso sobre as organizações que aprendem - SciELO

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COG132A.QXD 09-01-2008 10:23 Page 186<br />

Franco & Ferreira<br />

organizações e encontra-se, efectivamente, no conhecimento individual dos colaboradores e<br />

na capacida<strong>de</strong> em apren<strong>de</strong>r e inovar colectivamente.<br />

4. Numa época <strong>de</strong> revolução tecnológica e mutações crescentes, a li<strong>de</strong>rança torna-se cada vez<br />

mais crucial, na medida em <strong>que</strong> representa o elemento impulsionador <strong>de</strong> mudanç<strong>as</strong> e é a força<br />

básica por <strong>de</strong>trás <strong>de</strong> uma mudança bem sucedida. O lí<strong>de</strong>r, através <strong>de</strong> uma comunicação<br />

correcta e <strong>de</strong> um a<strong>de</strong>quado esforço <strong>de</strong> reconhecimento, precisa estar constantemente preocupado<br />

em manter a motivação do seu li<strong>de</strong>rado. Quanto maior a participação do trabalhador,<br />

maior é o seu compromisso tanto com o trabalho como com a organização.<br />

5. A aplicação <strong>de</strong> procedimentos e mecanismos <strong>de</strong> gestão <strong>que</strong> se aproximam do fenómeno da<br />

aprendizagem organizacional, bem como mudanç<strong>as</strong> no comportamento dos responsáveis<br />

po<strong>de</strong>m permitir um reforço da competitivida<strong>de</strong> da sua organização.<br />

Com b<strong>as</strong>e nesta investigação empírica, concluiu-se ainda <strong>que</strong> a empresa estudada (YDreams)<br />

já possui muit<strong>as</strong> d<strong>as</strong> característic<strong>as</strong> d<strong>as</strong> organizações <strong>que</strong> apren<strong>de</strong>m. Mais concretamente, para<br />

alcançar esta mudança <strong>de</strong> paradigma organizacional, torna-se fundamental <strong>que</strong> a própria li<strong>de</strong>rança<br />

d<strong>as</strong> organizações entenda e concor<strong>de</strong> colectivamente com a lógica <strong>de</strong> reestruturação organizacional<br />

proposta e <strong>que</strong> este novo <strong>de</strong>senho e cultura organizacional, bem como tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> implicações <strong>que</strong> possam<br />

advir, sejam explicad<strong>as</strong> e partilhad<strong>as</strong> claramente à totalida<strong>de</strong> dos colaboradores <strong>que</strong> fazem parte da<br />

organização.<br />

De sublinhar ainda <strong>que</strong> a principal limitação <strong>de</strong>ste trabalho está <strong>as</strong>sociada com o facto <strong>de</strong> se abordar<br />

um fenómeno <strong>que</strong> está inserido num contexto <strong>de</strong> permanente mudança e instabilida<strong>de</strong> e <strong>que</strong> po<strong>de</strong><br />

ter afectado este <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>c<strong>as</strong>o</strong>. Contudo, o objectivo não foi <strong>de</strong>senvolver e propor um mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>al<br />

<strong>de</strong> organização <strong>que</strong> apren<strong>de</strong>, m<strong>as</strong> abordar reflexões e <strong>as</strong> form<strong>as</strong> <strong>de</strong> comportamentos organizacionais<br />

<strong>que</strong> po<strong>de</strong>m levar a atitu<strong>de</strong>s <strong>que</strong> estão próxim<strong>as</strong> <strong>de</strong>ste paradigma organizacional.<br />

<strong>Um</strong>a outra limitação subjacente ao presente <strong>estudo</strong> foi a realização <strong>de</strong> um único <strong>c<strong>as</strong>o</strong>, <strong>que</strong> embora<br />

seja o mais apropriado para o <strong>estudo</strong> <strong>de</strong>ste fenómeno (<strong>de</strong> natureza social), apresenta cert<strong>as</strong> <strong>de</strong>svantagens,<br />

ou seja, não permite a generalização. Como refere Gil (1999), a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> generalização<br />

dos resultados obtidos com o <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>c<strong>as</strong>o</strong> constitui uma limitação <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> procedimento<br />

metodológico.<br />

Como sugestões para futur<strong>as</strong> investigações po<strong>de</strong>m ser apresentad<strong>as</strong> a<strong>que</strong>l<strong>as</strong> <strong>que</strong> possam aprofundar<br />

melhor os resultados e <strong>as</strong> conclusões obtid<strong>as</strong> neste <strong>estudo</strong>. Assim, uma sugestão é a realização <strong>de</strong><br />

outros <strong>c<strong>as</strong>o</strong>s <strong>de</strong> <strong>estudo</strong> adoptando como metodologia a investigação-acção. Trata-se <strong>de</strong> uma modalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> investigação cujo objectivo é promover a mudança, invocada aqui, no campo organizacional.<br />

Referênci<strong>as</strong><br />

Alperstedt, G. D. (2000). Adaptação Estratégica em Organização Universitária: <strong>Um</strong> Estudo Qualitativo na<br />

Universida<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina. Tese em Engenharia <strong>de</strong> Produção da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Santa Catarina, Florianópolis.<br />

Argyris, C., & Schön, D. (1996). Organizational Learning II: Theory, Method an Pratice. Cambridge: Addison-<br />

Wesley.<br />

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