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Um estudo de caso sobre as organizações que aprendem - SciELO

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COG132A.QXD 09-01-2008 10:23 Page 175<br />

<strong>Um</strong> <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>c<strong>as</strong>o</strong> <strong>sobre</strong> <strong>as</strong> organizações <strong>que</strong> apren<strong>de</strong>m<br />

os níveis mais baixos d<strong>as</strong> equip<strong>as</strong> <strong>de</strong> trabalho e por respeitar mais <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> inovador<strong>as</strong> do <strong>que</strong> a<br />

hierarquia.<br />

Tratando-se <strong>de</strong>ssa nova era, <strong>as</strong> equip<strong>as</strong> são <strong>de</strong> fundamental importância neste ambiente <strong>de</strong><br />

mudanç<strong>as</strong>. Como refere Kanter (2000), a individualida<strong>de</strong> não <strong>sobre</strong>viverá no futuro, m<strong>as</strong> po<strong>de</strong>rá ter<br />

o seu lugar. Contudo, <strong>as</strong> aptidões d<strong>as</strong> equip<strong>as</strong> serão necessári<strong>as</strong>, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar com outr<strong>as</strong><br />

pesso<strong>as</strong> em pé <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>, o respeito às contribuições e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir <strong>as</strong> su<strong>as</strong> i<strong>de</strong>i<strong>as</strong>, entre<br />

outros <strong>as</strong>pectos do trabalho em cooperação com outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>, será essencial por<strong>que</strong> não se po<strong>de</strong><br />

contar mais com o po<strong>de</strong>r inerente ao cargo, m<strong>as</strong> sim forçados a contar com o po<strong>de</strong>r d<strong>as</strong> noss<strong>as</strong> i<strong>de</strong>i<strong>as</strong><br />

e como el<strong>as</strong> são transmitid<strong>as</strong>.<br />

Partilha <strong>de</strong> informação. Na era da informação, o conhecimento tornou-se um produto principal<br />

<strong>de</strong> ri<strong>que</strong>za (Drucker, 1996). Tomando o conhecimento como fonte primária da corporação mo<strong>de</strong>rna,<br />

significa <strong>que</strong> o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento será a criação <strong>de</strong> conhecimento, e o processo <strong>de</strong> distribuição<br />

será a partilha <strong>de</strong> conhecimento/informação (Koivula, citado por Pankakoski, 1998).<br />

A reprodução <strong>de</strong> valor tem por objectivo a produção <strong>de</strong> conhecimento formatado como um<br />

produto <strong>que</strong> po<strong>de</strong> ser vendido aos consumidores. Segundo Pankakoski (1998), a partilha <strong>de</strong> informação/conhecimento<br />

consiste em formatar o conhecimento <strong>de</strong> tal forma <strong>que</strong> ele se torne acessível<br />

e compreensível para outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> fora do grupo <strong>que</strong> <strong>de</strong>senvolveu a inovação. Re<strong>que</strong>r a exteriorização,<br />

isto é, a conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito. A exteriorização e a<br />

produção do conhecimento profissional apresenta <strong>as</strong> seguintes vantagens: (1) menor <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

um ser humano em particular: à medida <strong>que</strong> o conhecimento tácito se torna explícito, po<strong>de</strong> ser ensinado<br />

facilmente para outr<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> e também para pesso<strong>as</strong> com menor conhecimento; (2) menor <strong>de</strong>pendência<br />

no meio <strong>de</strong> comunicação intensivo em pessoa: seja a inovação verda<strong>de</strong>iramente produzível<br />

ou não, há uma implicação para possíveis estratégi<strong>as</strong> <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> conhecimento.<br />

Segundo Nonaka e Takeuchi (1997: 65), a partilha <strong>de</strong> conhecimento e a reprodução <strong>de</strong> valor <strong>de</strong>la<br />

re<strong>que</strong>rem conceitos da Gestão do Conhecimento, em <strong>que</strong> são <strong>de</strong>finidos os tipos <strong>de</strong> conhecimento a<br />

serem estudados: o conhecimento codificado ou explícito “refere-se ao conhecimento transmissível<br />

em linguagem formal e sistemática e o conhecimento tácito <strong>que</strong> é pessoal, específico ao contexto e,<br />

<strong>as</strong>sim, difícil <strong>de</strong> ser formulado e comunicado”.<br />

A partilha <strong>de</strong> conhecimento/informação faz-se através <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> comunicação: esta comunicação<br />

dissemina um conteúdo inovador. Depen<strong>de</strong>ndo do grau <strong>de</strong> comunicabilida<strong>de</strong> verbal, o conhecimento<br />

po<strong>de</strong> ser transmitido ao vivo. A combinação do conhecimento explícito já existente com os<br />

novos <strong>que</strong> estão a ser aprendidos faz-se através da implementação e, a interiorização <strong>que</strong> se segue a<br />

um aprendizado teórico aplicado à prática. Converteu-se, <strong>as</strong>sim, o conhecimento explícito em conhecimento<br />

compartilhado.<br />

De acordo com Salm e Amboni (1997), na maioria d<strong>as</strong> organizações <strong>que</strong> apren<strong>de</strong>m, os testes <strong>de</strong><br />

informações e dos sistem<strong>as</strong> <strong>de</strong> informações implicam a necessida<strong>de</strong> da organização estar receptiva<br />

a dados externos do seu ramo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, dos seus mercados, da concorrência e a canalizar ess<strong>as</strong><br />

informações para os colaboradores apropriados, sem reorientações <strong>de</strong> gestão. Isso também significa<br />

<strong>que</strong> os processos <strong>de</strong> informações internos não po<strong>de</strong>m ser tão <strong>sobre</strong>carregados, criando informações,<br />

apen<strong>as</strong> por criar (Salm & Amboni, 1997).<br />

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