Um estudo de caso sobre as organizações que aprendem - SciELO
Um estudo de caso sobre as organizações que aprendem - SciELO
Um estudo de caso sobre as organizações que aprendem - SciELO
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
COG132A.QXD 09-01-2008 10:23 Page 184<br />
Franco & Ferreira<br />
é necessário, existem reuniões gerais e isto é mais normal ocorrer, quando existe alguma mudança.<br />
Depois, existem <strong>as</strong> transmissões <strong>de</strong> informação mais informais <strong>que</strong> ocorrem no dia a dia na empresa.”<br />
No <strong>que</strong> respeita ao conhecimento útil para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão por parte dos colaboradores é-lhes<br />
facultado facilmente, embora, muit<strong>as</strong> vezes, seja transmitida <strong>de</strong> uma forma informal. “Oralmente temos<br />
liberda<strong>de</strong> para discutir com a pessoa responsável. Assim, esse conhecimento/informação é transmitida<br />
pelo grau <strong>de</strong> participação e nível <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>que</strong> cada pessoa tem e, pelo trabalho<br />
no dia a dia, <strong>que</strong> compreen<strong>de</strong> e i<strong>de</strong>ntifica qual o tipo e nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>que</strong> po<strong>de</strong> praticar. Resumindo,<br />
a informação todos nós temos e partilhamos em qual<strong>que</strong>r momento na empresa” (Tiago Fonseca e<br />
Nuno Ferreira).<br />
De acordo com João Batalha, existe uma pe<strong>que</strong>na falha <strong>de</strong> comunicação ao “nível dos objectivos<br />
finais <strong>de</strong> cada projecto. Na empresa, existe o fórum, on<strong>de</strong> se coloca a informação <strong>que</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong><br />
recolhem na Internet, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>as</strong>suntos relacionados com algum projecto, até aos cursos <strong>de</strong> formação,<br />
colóquios, conferênci<strong>as</strong>, entre outros.”<br />
Cohen e Levintal (1990) afirmam <strong>que</strong> <strong>as</strong> empres<strong>as</strong> não <strong>de</strong>vem atribuir valor apen<strong>as</strong> aos produtos,<br />
m<strong>as</strong> fundamentalmente no saber e conhecimentos dos seus colaboradores. A criação <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong><br />
aprendizagem, on<strong>de</strong> o colaborador po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver <strong>as</strong> su<strong>as</strong> habilida<strong>de</strong>s é um p<strong>as</strong>so importante, pois<br />
gera satisfação e motivação. A possibilida<strong>de</strong> do pensamento criativo surgir <strong>de</strong>ntro d<strong>as</strong> organizações<br />
<strong>que</strong> valorizam o capital humano é sinal <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> crescimento, por<strong>que</strong> o acumular <strong>de</strong> conhecimento<br />
nunca é <strong>de</strong>mais.<br />
Li<strong>de</strong>rança. A selecção do lí<strong>de</strong>r para os projectos da empresa YDreams é, geralmente, feita pelos<br />
Gestores <strong>de</strong> Projecto. Estes <strong>as</strong>sumem o papel <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r, uma vez <strong>que</strong> vão ficar responsáveis pelo projecto<br />
em causa; estes são escolhidos, através <strong>de</strong> diversos parâmetros <strong>de</strong> selecção (a sua experiência, o tipo<br />
<strong>de</strong> projecto e a sua disponibilida<strong>de</strong>).<br />
No <strong>que</strong> diz respeito à selecção do lí<strong>de</strong>r na YDreams, Tiago Fonseca e Nuno Ferreira argumentam<br />
<strong>que</strong> estes são escolhidos b<strong>as</strong>eado, “no tipo <strong>de</strong> projecto, pois tentamos afectar <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong><br />
para projectos <strong>que</strong> se i<strong>de</strong>ntifi<strong>que</strong>m. O lí<strong>de</strong>r, normalmente, é o Gestor <strong>de</strong> Projecto <strong>que</strong> é uma pessoa<br />
responsável <strong>que</strong> controla diariamente o projecto”. O mesmo foi afirmado por João Batalha, “é o<br />
gestor <strong>de</strong> projecto <strong>que</strong> <strong>as</strong>sume o papel do lí<strong>de</strong>r.”<br />
O Director <strong>de</strong> Produção e o Técnico <strong>de</strong> R.H. sublinham <strong>que</strong> os lí<strong>de</strong>res fornecem informação<br />
suficiente e guiam os colaboradores para atingirem os seus objectivos. “Mais uma vez, os objectivos<br />
são fornecidos às pesso<strong>as</strong> e são controlados pelo Gestor <strong>de</strong> Projecto. É este <strong>que</strong> tem <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir os<br />
objectivos da equipa, por esta razão, o lí<strong>de</strong>r tem <strong>de</strong> ser uma pessoa pró-activa, com cabeça, criativo<br />
e <strong>de</strong>mocrático, <strong>que</strong> esteja <strong>de</strong>ntro da cultura da empresa, <strong>que</strong> saiba <strong>de</strong>legar taref<strong>as</strong> e seja participativo.<br />
Na YDreams não temos lí<strong>de</strong>res autoritários.”<br />
Tiago Fonseca e Nuno Ferreira, no <strong>que</strong> toca à motivação dos colaboradores, referiram <strong>que</strong>: “fazemos<br />
um acompanhamento diário; não há nada formal, m<strong>as</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> ao trabalharem em grupo, sabem<br />
perfeitamente como está a moral do grupo. As pesso<strong>as</strong> estão à vonta<strong>de</strong> para dizer se estão bem ou<br />
mal com alguma coisa, têm à-vonta<strong>de</strong> para dizerem seja o <strong>que</strong> for. Faz parte da cultura e está enraizado<br />
n<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong>. Também não existe absentismos na empresa visto <strong>que</strong> não temos horários fixos. Quando<br />
não pu<strong>de</strong>rem vir trabalhar compensam noutro dia, isto é, sempre uma situação <strong>que</strong> é autorizada”.<br />
184