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R evista da APM Janeiro/Fevereiro de 2007 - Associação Paulista ...

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R<strong>evista</strong> <strong>da</strong> <strong>APM</strong> <strong>Janeiro</strong>/<strong>Fevereiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong><br />

28<br />

VOLTAÀSAULAS<br />

“Escolas foram abertas sem as condições<br />

mínimas <strong>de</strong> funcionamento”, concor<strong>da</strong><br />

Milton Martins. Ele lembra que<br />

algumas facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s realizam avaliação<br />

com seus alunos, mas chama a atenção<br />

para a falta <strong>de</strong> isenção <strong>de</strong>ssas provas.<br />

“Tenho a percepção <strong>de</strong> que nas<br />

facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s em que o ensino não é<br />

tão forte essa avaliação também não<br />

é rigorosa. E o resultado disso é que<br />

muitos médicos se formam sem o<br />

preparo mínimo para exercer a profissão”,<br />

completa Milton Martins.<br />

governo, <strong>da</strong> classe médica e <strong>da</strong>s facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

“Não acho que <strong>de</strong>va ser responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

só do governo, do Ministério<br />

<strong>da</strong> Educação. Muitos países estão fazendo<br />

sistemas <strong>de</strong> acreditação baseados<br />

nessa lógica (<strong>de</strong> uma representação<br />

mais ampla). A partir dos critérios estabelecidos,<br />

os representantes <strong>de</strong>sses<br />

três grupos po<strong>de</strong>m dizer quais facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

são boas e quais não são”, diz.<br />

Já para Gontijo, a avaliação dos cursos<br />

é prerrogativa e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do Ministério <strong>da</strong> Educação. “O MEC<br />

<strong>de</strong>veria assumir a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

efetivamente avaliar, cre<strong>de</strong>nciar e <strong>de</strong>scre<strong>de</strong>nciar<br />

estas escolas. No entanto, o<br />

processo <strong>de</strong> formação dos alunos e<br />

egressos é responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s escolas<br />

que po<strong>de</strong> ser compartilha<strong>da</strong> com as<br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s médicas, por meio <strong>de</strong> organismos<br />

supra-institucionais”.<br />

Teste <strong>de</strong> Progresso<br />

Uma experiência que vem sendo<br />

aplica<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 é o chamado Teste<br />

<strong>de</strong> Progresso, uma espécie <strong>de</strong> avaliação<br />

continua<strong>da</strong>, feita pela facul<strong>da</strong><strong>de</strong> com o<br />

aluno <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seu primeiro ano <strong>de</strong> curso.<br />

A Unifesp, a USP, a Unicamp e as<br />

facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Botucatu e<br />

Ribeirão Preto a<strong>de</strong>riram ao sistema.<br />

Como o estu<strong>da</strong>nte é avaliado ano após<br />

ano, o teste permite i<strong>de</strong>ntificar seu progresso<br />

individual, além <strong>de</strong> comparar o<br />

<strong>de</strong>sempenho entre <strong>de</strong>partamentos e<br />

numa escala mais geral. “A Unifesp<br />

mantém um <strong>de</strong>partamento próprio para<br />

pensar a prova e avaliar os resultados”,<br />

explica Atallah.<br />

“O teste <strong>de</strong> progresso é dos instrumentos<br />

do processo avaliativo <strong>de</strong> formação<br />

que auxilia a escolas a <strong>de</strong>finir, corrigir e<br />

ampliar seu processo <strong>de</strong> formação. Este<br />

processo tem sido organizado no Estado<br />

<strong>de</strong> São Paulo por instituições preocupa<strong>da</strong>s<br />

com a formação médica, <strong>de</strong><br />

maneira supra-institucional”, esclarece<br />

Gontijo. “A iniciativa <strong>de</strong>veria ser<br />

Por esse motivo, uma <strong>da</strong>s soluções<br />

aponta<strong>da</strong>s seria a realização <strong>de</strong> uma<br />

prova aplica<strong>da</strong> por uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong> isenta<br />

e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>s facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Ou,<br />

ain<strong>da</strong>, a aplicação <strong>de</strong> uma meta-avaliação,<br />

em que as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s acompanhariam<br />

as provas que são aplica<strong>da</strong>s pelas<br />

facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, para verificar se as avaliações<br />

estão <strong>de</strong> acordo com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

estabeleci<strong>da</strong>s.<br />

Martins explica que a <strong>Associação</strong><br />

Mundial <strong>de</strong> Educação Médica preconiza<br />

que a avaliação seja feita por uma<br />

equipe forma<strong>da</strong> por representantes do Diretores <strong>da</strong> <strong>APM</strong> e participantes do <strong>de</strong>bate sobre os cursos <strong>de</strong> Medicina

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