R evista da APM Janeiro/Fevereiro de 2007 - Associação Paulista ...
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R<strong>evista</strong> <strong>da</strong> <strong>APM</strong> <strong>Janeiro</strong>/<strong>Fevereiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong><br />
8<br />
CRISENOINCOR<br />
Lula ao ministro Guido Mantega:<br />
“solução em 48 horas”<br />
Congresso sinaliza recursos<br />
Parlamentares propõem R$ 100 milhões para <strong>2007</strong> e apresentam emen<strong>da</strong> que po<strong>de</strong><br />
subir esse teto para R$ 200 milhões<br />
RICARDO BALEGO<br />
(COLABORARAM ULISSES DE SOUZA E AGÊNCIA BRASIL)<br />
A crise do Instituto do Coração<br />
(Incor) <strong>de</strong> São Paulo começou<br />
a ser exposta à mídia e à população no<br />
início <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2006, quando o<br />
presi<strong>de</strong>nte Luiz Inácio Lula <strong>da</strong> Silva<br />
recebeu, no aeroporto <strong>de</strong> Congonhas,<br />
em São Paulo, integrantes do Conselho<br />
Diretor do Incor e do Conselho Curador<br />
<strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Zerbini.<br />
Na ocasião, Lula <strong>de</strong>terminou ao<br />
Ministro <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>, Guido Mantega,<br />
que fosse encontra<strong>da</strong>, em 48 horas,<br />
uma solução para o problema financeiro<br />
do Incor, gerado por dívi<strong>da</strong>s no<br />
valor <strong>de</strong> R$ 245 milhões, contraí<strong>da</strong>s<br />
com o setor privado e com o Banco<br />
Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico<br />
e Social (BNDES).<br />
O presi<strong>de</strong>nte do BNDES, Demian<br />
Fiocca, chegou a sinalizar, no dia seguinte,<br />
a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r<br />
empréstimo ao Instituto do Coração <strong>de</strong><br />
São Paulo (Incor). Ao mesmo tempo, o<br />
presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Zerbini em<br />
Brasília, A<strong>de</strong>lmar Sabino, dizia que a<br />
solução mais rápi<strong>da</strong> para a crise seria o<br />
refinanciamento <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> pelo BNDES,<br />
que é <strong>de</strong> R$ 117 milhões.<br />
A par <strong>de</strong>ssa busca <strong>de</strong> solução imediata,<br />
outras reuniões foram realiza<strong>da</strong>s.<br />
Como a que teve as presenças do exministro<br />
Adib Jatene, conselheiro do<br />
Incor, e técnicos do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Eles analisaram, em caráter emergencial,<br />
o projeto <strong>de</strong> convênio do Fundo<br />
Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> com a Fun<strong>da</strong>ção<br />
Zerbini para liberação <strong>de</strong> R$ 18 milhões.<br />
O encontro trouxe resultado, já<br />
que, segundo o Incor, neste início <strong>de</strong><br />
ano foi libera<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse valor.<br />
Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil<br />
Enquanto as reuniões se sucediam<br />
para aten<strong>de</strong>r ao pedido do presi<strong>de</strong>nte<br />
Lula, o noticiário sobre a crise do Incor<br />
aflorou problemas afetos à administração<br />
<strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Zerbini. O<br />
presi<strong>de</strong>nte do Sindicato dos Médicos<br />
<strong>de</strong> São Paulo (Simesp), Cid Carvalhaes,<br />
por exemplo, informou à mídia que os<br />
funcionários haviam recebido seus<br />
salários <strong>de</strong> outubro com atraso. “Depois<br />
<strong>de</strong> uma mobilização muito gran<strong>de</strong>,<br />
esses salários foram pagos, mas sem<br />
o recolhimento dos impostos referente<br />
às obrigações trabalhistas e sem o recolhimento<br />
do imposto <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> retido<br />
na fonte”, afirmou.<br />
Carvalhaes disse que a crise vivi<strong>da</strong><br />
pelo Incor era fruto <strong>de</strong> problemas administrativos.<br />
“Ninguém chega a uma<br />
dívi<strong>da</strong> <strong>de</strong> R$ 260 milhões, em um espaço<br />
<strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> cinco ou seis anos, se<br />
não houve tropeços administrativos. É