Concretismo e Utopia: a vanguarda artística nos anos 50 Profª. Msc ...
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sobrepostas com acetato e prensadas em alta temperatura e depois passou a usar papel<br />
embrulho e papel de arroz, além de utilizar tinta automotiva de nome ripolim em suas<br />
pinturas; Franz Weissmann (figura 1) utilizava em suas esculturas materiais como o ferro, aço<br />
inox e alumínio, em composições octogonais.<br />
Todos estes artistas obedeciam às tendências geométricas, com exceção de Elisa<br />
Martins da Silveira, pintora primitivista que adotou motivos tipicamente brasileiros em suas<br />
obras, representando festas populares e temas folclóricos. Ivan Serpa percebeu que esta<br />
tendência criativa nada tinha em comum com as propostas do <strong>Concretismo</strong> e temendo que a<br />
artista perdesse o frescor intuitivo de suas criações, orientou-a para que seguisse sozinha em<br />
seu trabalho. Outro artista figurativo era Carlos Val, que possuía um domínio excelente do<br />
desenho, repleto de movimentos vigorosos. Estes artistas figurativos que integraram o Grupo<br />
Frente tornaram-se um dos motivos de discórdia para os concretistas paulistas do Grupo<br />
Ruptura. Os irmãos César e Hélio Oiticica haviam estudado com Ivan Serpa no Curso de<br />
Artes do MAM-RJ e foram os últimos a integrar o Grupo Frente. A produção intensa de Hélio<br />
Oiticica logo o projetou no meio artístico e graças a seu mestre, teve seu trabalho difundido