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Concretismo e Utopia: a vanguarda artística nos anos 50 Profª. Msc ...

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As posições defendidas pelos artistas do Grupo Ruptura coincidiram com muitas<br />

das formulações dos poetas do grupo Noigrandes, formado na mesma época por Décio<br />

Pignatari, Augusto de Campos e Haroldo de Campos. Assim, como o ideal plástico do Grupo<br />

Ruptura estava fundamentado na organização do espaço, na reestruturação de cores e formas<br />

desvinculadas da natureza, a poesia concreta afastava-se dos suportes semânticos e sintáticos<br />

que permitiam uma leitura mais discursiva, aproximando-se mais da estrutura visual, como é<br />

possível observar no poema de Haroldo de Campos:<br />

forma<br />

reforma<br />

disforma<br />

transforma<br />

conforma<br />

informa<br />

forma<br />

(CAMPOS, 1975,p.126)<br />

Gestalt e Dogmatismo<br />

O Grupo Ruptura (assim como o Grupo Frente) era orientado pela Teoria Geral da<br />

Forma (Gestalt), onde os princípios geométricos deveriam ser organizados de maneira<br />

objetiva, para proporcionar ao espectador uma fruição controlada e educativa. Os outros<br />

integrantes deste grupo eram Luiz Sacilotto, Hermelindo Fiaminghi, Maurício Nogueira Lima,<br />

Lothar Charoux, Kazmer Fejer, Anatol Wladijslaw e Geraldo de Barros.<br />

Sacilotto e Fiaminghi compunham seus quadros em função do tempo como<br />

movimento e das estruturas bidimensionais. O primeiro utilizou materiais como chapas de<br />

alumínio, sobre as quais desenvolvia a pintura de formas geométricas agrupadas, tentando<br />

criar efeitos tridimensionais. Enquanto o segundo valeu-se da tinta automotiva ripolim (tal<br />

como Ivan Serpa) para acentuar a opacidade em seus quadros.<br />

Nas pinturas de Waldemar Cordeiro e Maurício Nogueira Lima, o plano de fundo<br />

foi usado como <strong>nos</strong> desenhos industriais, para simples apoio da linha, sem estabelecer<br />

qualquer diálogo entre os dois elementos. Cabe mencionar que Waldemar Cordeiro foi o<br />

precursor da arte por computador no Brasil. Geraldo de Barros destacou-se como pintor e<br />

fotógrafo e Lothar Charoux como desenhista. Suas obras foram marcadas por um

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