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34 Traços, Belém, v. 10, n. 21, p. 23-34, jun. 2008
CURSOS SEQÜENCIAIS: uma ferramenta de flexibilização às organizações Artur Vicente da Costa* Joaquim Augusto Souza de Menezes** Leila Márcia Sousa de Lima Elias*** Maria de Fátima Ferreira Seabra **** RESUMO Este artigo aborda os Cursos Seqüenciais como um instrumento de flexibilização do sistema educacional brasileiro, contribuindo para o desenvolvimento das organizações vistas como organismos. Inicialmente, será contextualizado a origem dos Cursos Seqüenciais, a contribuição destes na inovação educacional em um determinado campo específico do saber, a estrutura do sistema educacional antes e após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e por final, a vinculação dos Cursos Seqüenciais com a organização vista como organismo. Palavras-chave: Cursos Seqüenciais. Flexibilização e campo do saber. Inovação educacional. LDB. 1 INTRODUÇÃO Este artigo pretende tecer considerações sobre o recente tema Cursos Seqüenciais de Nível Superior, definidos pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB e concebido como uma modalidade de flexibilização e diversificação da oferta de cursos superiores no Brasil, como uma variável inovadora do sistema educacional brasileiro. Os Cursos Seqüenciais são procurados para uma formação específica em um dado “campo do saber”. O exemplo, dessa afirmação pode ser visto na ciência da administração, tendo a equivalência a esta um curso seqüencial no campo específico de Gestão de Órgãos Públicos, no qual o prazo para realização é relativamente à metade da carga horária do curso de Graduação, com duração de dois anos ou dois anos e meio, com objetivos claros e práticos. Neste artigo será abordado inicialmente a contextualização da origem dos Cursos Seqüenciais, sua base legal e em seguida uma abordagem sobre a inovação educacional em determinado campo do saber, a estrutura antes e após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Nº. 9.394/96 e as considerações finais. 1.1 CONTEXTO O ensino superior brasileiro, na década dos anos 90, começou a conviver com um novo modelo de Educação Superior - Cursos Seqüenciais de Nível Superior, definido pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996), que apresenta uma nova modalidade de oferta de cursos superiores no Brasil. Para uma primeira interligação com o contexto há a necessidade da abordagem nos aspectos das políticas de Educação Superior, assim como a filosofia que permeia a LDB/1996 no que tange a esse nível de educação – cursos seqüenciais, qual seja a idéia de flexibilização que permitiria uma maior diversidade nas modalidades de oferta de cursos superiores, aliada ao 35 Movendo Idéias, Belém, v. 13, n. 2, p. 33-43, nov. 2008
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