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Maria de Lourdes Bravo - adelinotorres.com

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Como resultado tornou-se <strong>de</strong>cisiva a existência <strong>de</strong> um transporte efectivo e produtivo<br />

relativamente ao seu custo, viabilizado, por um lado, pela introdução da tecnologia da<br />

contentorização e, por outro, pela logística multimodal. Como se indica na figura ii,<br />

estabeleceu-se assim uma relação muito estreita entre a melhoria das infra-estruturas e<br />

dos serviços <strong>de</strong> transporte, a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fornecimento e o <strong>de</strong>senvolvimento económico,<br />

que teve um forte impacte no tráfego <strong>de</strong> contentores.<br />

O tráfego <strong>de</strong> contentores não tem aliás <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> crescer, a nível mundial, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

introdução da tecnologia em finais dos anos 60. Várias análises empíricas revelam que<br />

existe uma relação causal entre o <strong>de</strong>senvolvimento da economia mundial, do <strong>com</strong>ércio<br />

internacional e dos transportes, particularmente os marítimos incluindo não só a<br />

marinha mercante mas a activida<strong>de</strong> portuária, também. Nessa relação verifica-se,<br />

porém, que o <strong>com</strong>ércio cresce mais rapidamente que o PNB e que o tráfego marítimo,<br />

na sequência da contentorização crescente da carga geral e da evolução positiva do<br />

<strong>com</strong>ércio mundial, apresenta taxas <strong>de</strong> crescimento superiores a este último.<br />

Na Europa, o tráfego <strong>de</strong> contentores acentuou-se a partir dos anos 80, na sequência tanto<br />

do aumento generalizado da contentorização das cargas <strong>com</strong>o da integração das<br />

economias dos Estados da União Europeia (U.E.), dando origem a um <strong>de</strong>senvolvimento<br />

substancial dos níveis dos tráfegos não só inter-europeus mas também entre a Europa e<br />

os restantes países do mundo.<br />

Essa evolução <strong>de</strong>corre da circunstância dos transportes, sendo um dos elementos mais<br />

visíveis das operações logísticas, se terem tornado, por um lado, uma activida<strong>de</strong>-chave<br />

na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor-acrescentado logístico, ao movimentarem os produtos pelas várias<br />

etapas, da produção ao consumidor final. E, por outro lado, numa das áreas mais<br />

importantes da economia, manifestando-se essa importância igualmente a nível político<br />

e social. E <strong>de</strong> tal forma que, hoje, na União Europeia, os problemas relacionados <strong>com</strong> os<br />

transportes constituem, cada vez mais, uma fonte <strong>de</strong> calorosos <strong>de</strong>bates. Essa situação<br />

resulta do facto dos propósitos <strong>de</strong> integração dos diferentes modos <strong>de</strong> transporte para se<br />

garantir uma mobilida<strong>de</strong> sustentável <strong>de</strong> pessoas e bens no quadro das Trans-European<br />

Network (TENs), estar a levantar questões <strong>de</strong> carácter económico e ambiental, à volta<br />

das quais o consenso nem sempre existe.<br />

XVIII

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