Controle da dimensão vertical com o aparelho ... - Dental Press
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José Fernando Castanha Henriques, Arnaldo Pinzan, Renato Rodrigues de Almei<strong>da</strong>, Guilherme R.P. Janson, Ricardo Takahashi, Sandra Márcia Hayasaki<br />
FIGURA 3 - “Splint” modificado por Rock, 1990 24 .<br />
FIGURA 4 - AEB Conjugado 10 .<br />
do <strong>aparelho</strong> extrabucal incorporado ao acrílico<br />
e percorrendo as superfícies oclusais dos<br />
dentes posteriores. Segundo o autor, a maior<br />
vantagem deste <strong>aparelho</strong> se deve à distribuição<br />
uniforme <strong>da</strong> força por todo o arco dentário,<br />
<strong>com</strong>o um bloco, evitando a sobrecarga de<br />
dentes individualmente e promovendo maior<br />
controle tanto no sentido horizontal <strong>com</strong>o<br />
<strong>vertical</strong>. Além disso, verificou que a desoclusão<br />
promovi<strong>da</strong> pelo recobrimento oclusal permitiu<br />
a eliminação de interferências existentes, facilitando<br />
a movimentação dentária e a correção<br />
de deslocamentos funcionais <strong>da</strong> mandíbula.<br />
Com seu <strong>aparelho</strong>, obteve uma distalização<br />
dos dentes póstero-superiores, um controle<br />
<strong>da</strong> inclinação dos anteriores e inclinação distal<br />
dos caninos. Também verificou uma restrição<br />
do deslocamento ântero-inferior do <strong>com</strong>plexo<br />
maxilar, restringindo a rotação mandibular no<br />
sentido horário, advin<strong>da</strong> do crescimento <strong>vertical</strong><br />
excessivo <strong>da</strong> maxila. Desde então, até os dias<br />
4, 6, 8, 9, 10, 14, 24, 25, 27<br />
atuais, vários pesquisadores<br />
sugeriram algumas modificações, porém todos<br />
confirmaram a sua eficácia.<br />
A primeira modificação foi proposta por<br />
Joffe e Jacobson 14 , em 1979, por meio <strong>da</strong> incorporação<br />
do arco vestibular à placa removível,<br />
permitindo pequenos ajustes na inclinação dos<br />
incisivos superiores, que freqüentemente encontram-se<br />
vestibularizados nessa má oclusão<br />
(Fig. 2). Além disso, os braços internos do arco<br />
facial agora eram mergulhados no acrílico por<br />
distal dos incisivos centrais superiores em vez de<br />
repousar sobre as superfícies oclusais dos dentes<br />
posteriores, <strong>com</strong>o no splint de Thurow 29 .<br />
Em 1990, Rock 24 introduziu uma mola Coffin<br />
no <strong>aparelho</strong> removível <strong>com</strong>o forma de se<br />
prevenir à ocorrência de mordi<strong>da</strong> cruza<strong>da</strong> posterior,<br />
conforme o arco superior é distalizado e os<br />
molares inferiores mesializados, <strong>com</strong>o resultado<br />
do crescimento mandibular (Fig. 3).<br />
Finalmente, em 1991, Henriques et al. 10 ,<br />
publicaram o AEB conjugado que, em vez <strong>da</strong><br />
mola Coffin, utiliza um parafuso expansor,<br />
facilitando sobremaneira o controle <strong>da</strong>s ativações.<br />
Além disso, os demais <strong>com</strong>ponentes desse<br />
dispositivo são (Fig. 4) :<br />
• Grampos de A<strong>da</strong>ms 1 - auxiliam na retenção<br />
do <strong>aparelho</strong> e na distribuição <strong>da</strong>s forças<br />
pela maxila;<br />
• Placa de acrílico - recobre o palato duro<br />
e é dividi<strong>da</strong> ao meio ao nível <strong>da</strong> sutura palatina.<br />
O acrílico não deve ser muito espesso para<br />
não modificar a posição dos côndilos dentro<br />
<strong>da</strong>s cavi<strong>da</strong>des glenóides e para não aumentar a<br />
altura facial ântero-inferior (AFAI). A superfície<br />
de contato <strong>com</strong> os dentes inferiores deve ser<br />
bem poli<strong>da</strong> para não causar interferências no<br />
crescimento mandibular, podendo até eliminar<br />
interferências oclusais existentes.<br />
• Arco vestibular - faz suave contato <strong>com</strong><br />
os dentes ântero-superiores. Se um incisivo<br />
superior encontrar-se mais vestibularizado que<br />
os outros, um desgaste seletivo deve ser realizado,<br />
mas se todos os incisivos necessitarem de<br />
lingualização, o arco vestibular deve apresentar<br />
um contato bem efetivo <strong>com</strong> todos estes dentes,<br />
devendo-se desgastar o acrílico por to<strong>da</strong> a<br />
extensão lingual dos mesmos.<br />
• ARCO FACIAL - deve ser sempre utilizado<br />
<strong>com</strong> o I.H.G. (tração alta – “Interlandi<br />
headgear”)<br />
R Clín Ortodon <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong>, Maringá, v. 2, n. 4, p. 53-64 - ago./set. 2003 • 55