<strong>Controle</strong> <strong>da</strong> dimensão <strong>vertical</strong> <strong>com</strong> o <strong>aparelho</strong> removível conjugado à ancoragem extrabucal no tratamento <strong>da</strong> Classe II, 1ª divisão clínico. PLANO DE TRATAMENTO O tratamento de escolha foi o de realizar o controle do crescimento maxilar <strong>com</strong> a utilização do AEB conjugado 10 (Fig. 16-18) <strong>com</strong> tração alta por 16h/dia, devido a protrusão maxilar (SNA), pela predominância de crescimento no sentido <strong>vertical</strong> (SN-Go.Gn, SN.Gn) e a deficiência na altura facial posterior (AFP). Analisando o modelo inferior notou-se que o espaço necessário para a erupção dos caninos e pré-molares inferiores era insuficiente, <strong>com</strong> uma discrepância total de modelo de –2,7mm. Entretanto, optou-se pela preservação do espaço, <strong>com</strong> a instalação de um arco lingual e uma reavaliação posterior (Fig. 19). Resultados obtidos <strong>com</strong> o tratamento O tratamento teve a duração de 30 meses (fase TABELA 7 – Medi<strong>da</strong>s cefalométricas ao início e fi m do tratamento. Medi<strong>da</strong>s Leucodermas 13 , 17 Medi<strong>da</strong>s iniciais Medi<strong>da</strong>s finais NAP 6,1 o 14,5 o 8 o SNA 81,5 o 86 o 81 o SNB 78,2 o 76,5 o 76,5 o ANB 3,3 o 9,5 o 4,5 o SND 74 o 74 o ÂBS 71 o 72 o ÂBI 28 o 28 o FMA 29,8 o 30 o 31 o SN.Ocl. 18,2 o 12 o 17 o SN. GoGn 34,1 o 36 o 37 o SN.Gn 68 o 69 o 1.NA 24,2 o 23 o 16 o 1-NA 3,7mm 5 mm 3 mm .NB 27,6 o 24 o 24 o -NB 4,7mm 6 mm 6 mm D.C. - linha I 0 mm -1 mm IMPA 92,5 o 89 o 90 o H.NB 17 o 12 o H-nariz -2 mm 2 mm Linha S-Ls 3 mm 1 mm Linha S-Li 0 mm 1 mm AFP (Ar-PM) 41,38mm 33 mm 36 mm AFA (PP-Me) 59,29mm 61 mm 62 mm IAF (AFP/ AFA) 0,70mm 0,54 0,58 ativa e contenção), onde podem ser verifica<strong>da</strong>s as seguintes alterações cefalométricas: (Tab. 7) O espaço mantido <strong>com</strong> o arco lingual inferior foi ocupado totalmente pelos caninos e pré-molares inferiores, sem que fossem realizados desgastes e vestibuloversão dos incisivos inferiores (Fig. 19). DISCUSSÃO O <strong>aparelho</strong> removível conjugado à ancoragem extrabucal, AEB conjugado 10 , foi utilizado por um período de 30 meses (fase ativa e contenção) no intuito de realizar um redirecionamento do crescimento maxilar, bem <strong>com</strong>o corrigir a relação de Classe II (Fig. 20-29). Pelo motivo do paciente possuir uma tendência de crescimento facial no sentido <strong>vertical</strong> (Tab. 2), optou-se pelo controle de crescimento <strong>vertical</strong> e ântero-posterior <strong>da</strong> maxila para normalizar os maxilares superior e inferior. O ponto de aplicação de força deu-se próximo ao centro de resistência <strong>da</strong> maxila, restringindo o seu deslocamento no sentido <strong>vertical</strong>, pois o paciente necessitava controlar a altura facial anterior (AFA) e o aumento <strong>da</strong> altura facial posterior (AFP), este possibilitado pelo crescimento <strong>vertical</strong> posterior <strong>da</strong> mandíbula. Verificamos ao final do tratamento o controle <strong>da</strong> AFA (Tab. 5), onde seu valor permaneceu inalterado e o aumento <strong>da</strong> AFP em 3mm, possibilitando uma melhora no índice <strong>da</strong> altura facial (IAF). Em decorrência deste tratamento, observou-se uma diminuição do ângulo SNA, possivelmente devido ao deslocamento anterior do ponto N; uma manutenção do ângulo SNB e uma diminuição do ângulo ANB, <strong>com</strong> conseqüente diminuição do ângulo NAP e melhora no perfil facial. As medi<strong>da</strong>s relativas aos Planos Horizontais permaneceram <strong>com</strong> um suave aumento, demonstrando que o <strong>aparelho</strong> foi eficiente no controle <strong>vertical</strong> do crescimento maxilar. Em relação aos incisivos superiores, estes por sua vez, tiveram uma inclinação lingual e os inferiores se mantiveram na sua posição original. O impacto sobre o perfil facial, demonstrado pela diminuição <strong>da</strong> convexi<strong>da</strong>de facial, foi considerável, onde se verifi cou o aumento <strong>da</strong> medi<strong>da</strong> H-nariz, diminuição dos 60 • R Clín Ortodon <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong>, Maringá, v. 2, n. 4, p. 53-64 - ago./set. 2003
José Fernando Castanha Henriques, Arnaldo Pinzan, Renato Rodrigues de Almei<strong>da</strong>, Guilherme R.P. Janson, Ricardo Takahashi, Sandra Márcia Hayasaki FIGURA 20 - Fotografia Extrabucal Frontal Inicial. FIGURA 21 - Fotografia Extrabucal Frontal Final. FIGURA 22 - Fotografia Extrabucal Lateral Inicial. FIGURA 23 - Fotografia Extrabucal Lateral Final. FIGURA 24 - Fotografia Intrabucal Frontal Inicial. FIGURA 25 - Fotografia Intrabucal Frontal Final. R Clín Ortodon <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong>, Maringá, v. 2, n. 4, p. 53-64 - ago./set. 2003 • 61