15. estudo histomorfometrico da reparação óssea em ratos após o ...
15. estudo histomorfometrico da reparação óssea em ratos após o ...
15. estudo histomorfometrico da reparação óssea em ratos após o ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
CALASANS-MAIA et al., 2008; SILVA et al., 2009). Outros autores defin<strong>em</strong><br />
como o processo <strong>em</strong> que o enxerto serve como arcabouço, de forma passiva,<br />
para migração de vasos sangüíneos e deposição de novo osso<br />
(BUSENLECHNER et al., 2008; TAGA et al.,2008).<br />
A osteopromoção utiliza barreiras mecânicas de proteção, que evitam o<br />
crescimento de tecido conjuntivo <strong>em</strong> meio ao defeito ósseo, permitindo que o<br />
mesmo seja povoado por células (CALASANS-MAIA et al., 2008).<br />
Após a implantação de um biomaterial, ocorre a formação de um<br />
h<strong>em</strong>atoma com uma resposta do tipo inflamatória com aderência e<br />
revestimento de glicoproteínas ao material. Por processo de quimiotaxia,<br />
numerosas células são recruta<strong>da</strong>s para o local: neutrófilos, eosinófilos,<br />
monócitos e macrófagos (reação de corpo estranho). Estas últimas exerc<strong>em</strong><br />
ativi<strong>da</strong>de fagocitária e estimulam a ação dos linfócitos, fibroblastos,<br />
osteoclastos e células polimorfonucleares. Em segui<strong>da</strong>, inicia-se a<br />
angiogênese, com a migração e proliferação de células endoteliais. Estas irão<br />
formar uma rede de capilares que constituirá o suporte vascular.<br />
Posteriormente, a ação de 34 citocinas (IL-1 e IL-2) e de diversos fatores de<br />
crescimento (TGF-β, PDGF, IGF, BMPs) vão promover a diferenciação <strong>da</strong>s<br />
células mesenquimais pluripotentes com a formação de matriz óssea e de osso<br />
imaturo. Por fim, a maturação e a r<strong>em</strong>odelação encerram este processo<br />
(GUTIERRES et al., 2006).<br />
O processo de incorporação do osso cortical difere do esponjoso devido<br />
à lenta revascularização do primeiro, o que diminui a possibili<strong>da</strong>de de<br />
anastomoses terminoterminais, levando o dobro do período de t<strong>em</strong>po para este<br />
processo. O retardo é proveniente <strong>da</strong> estrutura arquitetônica do osso cortical,<br />
uma vez que a ativi<strong>da</strong>de osteoclástica precede a revascularização. Desta<br />
forma, os osteoclastos promov<strong>em</strong> o aumento <strong>da</strong> porosi<strong>da</strong>de, podendo chegar a<br />
50%, fazendo o material perder a resistência mecânica. Outra diferença é a<br />
tendência do osso cortical <strong>em</strong> permanecer com uma parte viável e outra<br />
necrótica, enquanto o esponjoso tende a ser completamente substituído com o<br />
t<strong>em</strong>po (PINTO; MIYAGUSKO; PEREIRA; 2003).