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15. estudo histomorfometrico da reparação óssea em ratos após o ...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE<br />

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA<br />

CAROLINE D’ FATIMA SANTOS DE SOUSA<br />

ESTUDO HISTOMORFOMETRICO DA REPARAÇÃO ÓSSEA EM RATOS<br />

APÓS O USO DE BIOMATERIAL DE ORIGEM SINTÉTICA<br />

(HIDROXIAPATITA + β-TRICALCIOFOSFATO)<br />

João Pessoa – PB<br />

2010


S729e<br />

Souza, Caroline D’Fátima Santos de.<br />

Estudo <strong>histomorfometrico</strong> <strong>da</strong> reparação óssea <strong>em</strong> <strong>ratos</strong> após<br />

o uso de biomaterial de orig<strong>em</strong> sintética (hidroxiapatita<br />

+ β-tricalciofosfato) / Caroline D’Fátima Santos de Souza. - -<br />

João Pessoa: [s.n.], 2010.<br />

76 f.: il. -<br />

Orientador: Francisco de Assis Limeira Júnior.<br />

Monografia (Graduação) – UFPB/CCS.<br />

1. Osso - Regeneração. 2. Regeneração Óssea. 3. Materiais<br />

Biocompatíveis.<br />

4. Ratos.


CAROLINE D’ FATIMA SANTOS DE SOUSA<br />

ESTUDO HISTOMORFOMETRICO DA REPARAÇÃO ÓSSEA EM RATOS<br />

APÓS O USO DE BIOMATERIAL DE ORIGEM SINTÉTICA<br />

(HIDROXIAPATITA + β-TRICALCIOFOSFATO)<br />

Trabalho de Conclusão de<br />

Curso apresentado ao Curso<br />

de Graduação <strong>em</strong> Odontologia,<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong><br />

Paraíba <strong>em</strong> cumprimento às<br />

exigências para conclusão.<br />

Orientador: Prof. Dr. Francisco de Assis Limeira Júnior, Doutor<br />

João Pessoa- PB<br />

2010


DEDICATÓRIA<br />

À Deus, por estar presente a todo o momento na minha vi<strong>da</strong>, exercendo papel de Pai<br />

cui<strong>da</strong>doso e dedicado, executando Sua vontade boa, perfeita e agradável, me<br />

capacitando já que com esforço próprio tenho consciência que não me caberia mais<br />

esta conquista.<br />

Aos meus pais que nunca pouparam esforços para meus <strong>estudo</strong>s mesmo quando eu<br />

sequer sabia o que era eles s<strong>em</strong>pre cui<strong>da</strong>ram <strong>em</strong> me proporcionaram o que havia e<br />

ain<strong>da</strong> há de melhor.<br />

Ao meu irmão Kenio por inúmeras vezes, to<strong>da</strong>s <strong>em</strong> que precisei, dedicar-se a função<br />

meu pai, responsável mesmo durante seus inocentes t<strong>em</strong>pos de criança e<br />

adolescente, exercendo proteção, cui<strong>da</strong>do e amor por mim. Tenho essas cenas estão<br />

marca<strong>da</strong>s <strong>em</strong> minha m<strong>em</strong>ória.<br />

Dedico este trabalho.


AGRADECIMENTO ESPECIAL<br />

Ao Prof. Limeira Júnior , por ter me acompanhado desde o início<br />

dessa trajetória, s<strong>em</strong>pre muito paciente e comprometido com meu saber, me<br />

guiando e me ensinando durante meus primeiros passos acadêmicos, facilitou<br />

e muito esta caminha<strong>da</strong> que poderia ter sido mais difícil s<strong>em</strong> seu apoio,posso<br />

ain<strong>da</strong> dizer que além de ciência me ensinou sobre ética, respeito e<br />

soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de junto aos colegas e pacientes, sendo um ex<strong>em</strong>plo forte de<br />

integri<strong>da</strong>de e sucesso para minha vi<strong>da</strong>.<br />

Ao Dr. Talvane Sobreira por ter me acolhido mesmo tão imatura e ter<br />

depositado tanta confiança e respeito por mim. Agradeço ain<strong>da</strong> pelos<br />

conselhos e cui<strong>da</strong>dos s<strong>em</strong>pre tão experientes e que tanto serviram para meu<br />

amadurecimento.


AGRADECIMENTOS<br />

Ao colega Álvaro, pessoa extr<strong>em</strong>amente prestativa, s<strong>em</strong>pre esteve<br />

disposto a aju<strong>da</strong>r, com qu<strong>em</strong> pude contar <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as etapas desta pesquisa,<br />

mesmo a distância nunca hesitou <strong>em</strong> me fornecer material para o desenvolver<br />

deste trabalho.<br />

Á Andréa Queiroga pelo compromisso que teve com este trabalho,<br />

pessoa muito importante na fase experimental, abrindo mão de finais de<br />

s<strong>em</strong>ana <strong>em</strong> meio a vários de seus compromissos para que este trabalho<br />

obtivesse o êxito que pud<strong>em</strong>os constatar.<br />

Aos colegas de curso Lariane Raulino, Suennya Dantas e Thiago<br />

Quintans e Isa (Ciências Biológicas – UFPB) pela dedicação na fase<br />

experimental, durante os procedimentos cirúrgicos e pós-operatórios, mesmo<br />

<strong>em</strong> meio aos inconvenientes no trato junto aos animais s<strong>em</strong>pre podíamos<br />

observar compromisso durante o trabalho.<br />

Aos fraternos amigos Breno Nobre, Claudion Saraiva e Cirilo Neto,<br />

pelo ex<strong>em</strong>plo de amizade ver<strong>da</strong>deira, as que eu conquistei durante esta dura<br />

caminha<strong>da</strong> de graduação a qual s<strong>em</strong>pre pude contar com o ombro amigo<br />

destes nas fases boas e principalmente nas ruins, tendo conselhos e carinhos<br />

que me fizeram crescer e a ca<strong>da</strong> encontro me tornar uma pessoa melhor e<br />

mesmo <strong>em</strong> meio às adversi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, vocês foram amigos fiéis.<br />

À amiga que tenho <strong>em</strong> meu coração um lugarzinho reservado Bellinha<br />

(Isabela Ferreira), pelo cui<strong>da</strong>do comigo, por diversas vezes enxugar lágrimas<br />

de descontentamento e me conduzir pelo caminho mais importante <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de<br />

qualquer pessoa, a vi<strong>da</strong> de intimi<strong>da</strong>de com Deus. Encontramos-nos <strong>da</strong> maneira<br />

mais contraditória, t<strong>em</strong>os perfis contraditórios, mas juntas nos completamos e<br />

cresc<strong>em</strong>os bastante durante esses dois anos, hoje a tenho como irmã.


À minha queri<strong>da</strong> Conexão que t<strong>em</strong> literalmente me sustentado<br />

<strong>em</strong>ocionalmente e t<strong>em</strong> me feito aprender acerca de coisas que são impossíveis<br />

aos olhos do hom<strong>em</strong>, t<strong>em</strong> me feito crescer espiritualmente e t<strong>em</strong> me mostrado<br />

o ver<strong>da</strong>deiro alimento, aquele que transformou minha vi<strong>da</strong>. Posso ain<strong>da</strong><br />

acrescentar que <strong>em</strong> meio a situações de dificul<strong>da</strong>de e cansaço durante este<br />

processo de TCC, este círculo de amizade me deu força que revigorou me<br />

entusiasmo para que pudesse me dedicar <strong>da</strong> melhor forma e chegar a esta<br />

conclusão.<br />

Aos colegas de turma Rinardo Barbosa e Francisco Flávio por<br />

significar<strong>em</strong> para mim ex<strong>em</strong>plos de integri<strong>da</strong>de, s<strong>em</strong>pre com intuito de aju<strong>da</strong>r<br />

os colegas e fazê-los crescer, desde já minha admiração.<br />

Obriga<strong>da</strong> a todos!


“Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos<br />

pérolas únicas no teatro <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e entender que não exist<strong>em</strong> pessoas<br />

de sucesso e pessoas fracassa<strong>da</strong>s. O que exist<strong>em</strong> são pessoas que<br />

lutam pelos seus sonhos ou desist<strong>em</strong> deles”.<br />

Augusto Cury


RESUMO 1<br />

Este trabalho teve como objetivo avaliar histomorfometricamente a reparação<br />

óssea <strong>em</strong> defeitos criados na calota craniana de <strong>ratos</strong> Wistar, acima do limite<br />

crítico, utilizando biomaterial sintético (hidroxiapatita + β- tricálcio-fosfato).<br />

Foram utilizados 18 animais, distribuídos aleatoriamente <strong>em</strong> três grupos G1,<br />

G2 e G3, com 6 animais ca<strong>da</strong>. O <strong>estudo</strong> foi pareado, com defeito de 5mm<br />

criado no osso parietal <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> lado <strong>da</strong> sutura sagital mediana do animal,<br />

onde o lado esquerdo correspondeu ao experimento, subgrupo A, (preenchido<br />

por biomaterial de orig<strong>em</strong> sintética) e o lado direito ao controle, subgrupo B,<br />

(preenchido por coágulo sanguíneo). Os espécimes foram enviados para<br />

avaliação histológica, nos períodos de 15, 30 e 45 dias, que corresponderam<br />

aos grupos G1, G2 e G3. Os resultados <strong>da</strong>s imagens obti<strong>da</strong>s foram submetidos<br />

ao teste Exato de Fisher para comparação entre os grupos e ao teste de Mann-<br />

Whitney para comparação de grupos para subgrupos, avaliando a reparação<br />

óssea (quantificação de matriz óssea neoforma<strong>da</strong>). Foi utilizado o programa<br />

SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) 13.0 para Windows, sendo<br />

a análise estatística com nível de significância de 5%. Os resultados<br />

d<strong>em</strong>onstraram que a matriz óssea neoforma<strong>da</strong> foi maior nos defeitos ósseos<br />

preenchidos pelo biomaterial (4,00 ± 0,89 µm²) do que no grupo controle (1,67<br />

± 0,82 µm²), havendo diferença estatisticamente significante entre os<br />

subgrupos. Conclui-se que o biomaterial utilizado contribuiu no processo de<br />

reparação óssea.<br />

Palavras-chave: Regeneração Óssea. Materiais Biocompatíveis. Ratos.<br />

______________________<br />

1 Este trabalho está de acordo com as normas de documentação <strong>da</strong> ASSOCIAÇÃO<br />

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT), a saber: NBR 6022, Informação e<br />

Documentação – Referências – Elaboração, ago. 2002. NBR 14724, Informação e<br />

Documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação, 2006.


ABSTRACT<br />

This study was developed with the intention to evaluate histomorphometric<br />

bone repairing in skull defects created in Wistar rats, above the critical limit<br />

using synthetic biomaterials (hydroxyapatite ceramic + β-tricalcium phosphate).<br />

Were used in the study 18 rats were randomly divided into three groups G1, G2<br />

and G3, with 6 animals each. The study was paired with defect created in the<br />

parietal bone on each side of the median sagittal suture of the animal, where<br />

the left side corresponded to the experiment, Group A, (filled with biomaterial of<br />

synthetic origin) and the right to control, subgroup B, ( filled by blood clot). The<br />

specimens were sent for histological examination by conventional light<br />

microscopy, at 15, 30 and 45 <strong>da</strong>ys, which corresponded to the G1, G2 and G3.<br />

The results from these images were submitted to Fisher Exact test for<br />

comparison between groups and the Mann-Whitney to compare groups for<br />

subgroups, evaluating bone repair (quantification of newly formed bone matrix).<br />

We used SPSS (Statistical Package for Social Sciences) 13.0 for Windows, and<br />

statistical analysis with significance level of 5%. From the results it was<br />

concluded that although not statistically significant, the bone defects are<br />

submitted to the biomaterial showed better bone healing in the control group.<br />

Key-words: Bone Regeneration. Biocompatible Materials. Rats


LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 4.1 Rato Wistar, albino, macho, adulto, com massa corporal variando<br />

entre 270e 370g______________________________________ 30<br />

Figura 4.2 Acondicionamento dos animais na gaiola__________________ 31<br />

Figura 4.3 Tricotomia e imobilização <strong>em</strong> mesa cirúrgica específica________ 33<br />

Figura 4.4 Anti-sepsia e infiltração anestésica local____________________34<br />

Figura 4.5 Incisão linear através <strong>da</strong> pele e periósteo___________________ 35<br />

Figura 4.6 Exposição do osso parietal após descolamento e afastamento do<br />

retalho______________________________________________35<br />

Figura 4.7 Defeitos ósseos de 5,0 mm de diâmetro___________________36<br />

Figura 4.8 Sutura interrompi<strong>da</strong> simples do periósteo (mononylon 5-0)______37<br />

Figura 4.9 Sutura contínua simples <strong>da</strong> pele (mononylon 5-0)_____________37<br />

Figura 4.10 Incisão trapezoi<strong>da</strong>l de espessura total para obtenção dos<br />

espécimes___________________________________________38<br />

Figura 4.11 Espécime obtido após ressecção parcial <strong>da</strong> calota craniana____39<br />

Figura 4.12 Imag<strong>em</strong> do defeito ósseo (com biomaterial) após 45 dias______41<br />

Figura 4.13 Imag<strong>em</strong> extraí<strong>da</strong> correspondente ao conteúdo do defeito ósseo<br />

que será segmenta<strong>da</strong> <strong>em</strong> sete classes____________________ 41<br />

Figura 4.14 Classe utiliza<strong>da</strong> para cálculo <strong>da</strong> área (μm2) <strong>da</strong> matriz óssea<br />

neoforma<strong>da</strong>_________________________________________42<br />

Figura 5.1 Partículas do biomaterial (*). Bor<strong>da</strong>s do defeito (>). G1-A (H.E.) _44<br />

Figura 5.2Neoformação óssea incipiente(>)na bor<strong>da</strong> do defeito. G1-A (H.E.)45<br />

Figura 5.3 Pavimentação osteoblástica (>) envolta <strong>da</strong> trabécula óssea.<br />

Presença de vasos sanguíneos congestos (*). G1-A (H.E.)______45<br />

Figura 5.4 S<strong>em</strong> evidência de neoformação óssea no interior <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de (*).<br />

Bor<strong>da</strong>s do defeito (>). G1-B (H.E.)_________________________46<br />

Figura 5.5 Neoformação óssea incipiente a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito (>). G1-B<br />

(H.E.)_______________________________________________ 46<br />

Figura 5.6 Trabécula óssea neoforma<strong>da</strong> (*) e ativi<strong>da</strong>de osteoblástica (>). G1-B<br />

(H.E.)________________________________________________47<br />

Figura 5.7 Neoformação óssea a partir <strong>da</strong>s bor<strong>da</strong>s do defeito(>).G2-A (H.E) 47


Figura 5.8 Neoformação óssea (>) a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito e <strong>da</strong>s partículas<br />

do biomaterial. G2-A (H.E.)_______________________________48<br />

Figura 5.9 Trabécula óssea neoforma<strong>da</strong> (*) entre as partículas do biomaterial.<br />

G2-A (H.E)___________________________________________48<br />

Figura 5.10 Neoformação óssea a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito(*). G2-A (H.E.) 49<br />

Figura 5.11 Ausência de neoformação óssea no interior <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de(*). Bor<strong>da</strong>s<br />

do defeito (>). G2-B (H.E) _____________________________49<br />

Figura 5.12 Tecido conjuntivo no interior do defeito ósseo com presença de<br />

vasos sanguíneos congestos (>). G2-B (H.E) 50<br />

Figura 5.13 Osso neoformado a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito(*).G2-B (H.E)___ 50<br />

Figura 5.14 Neoformação óssea <strong>em</strong> to<strong>da</strong> extensão <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de(*). Bor<strong>da</strong>s do<br />

defeito (>). G3-A (H.E.)________________________________51<br />

Figura 5.15 Tecido ósseo neoformado (*) a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito (>),<br />

estendendo-se para o interior do defeito. G3-A (H.E.)__________________51<br />

Figura 5.16 Trabéculas ósseas no interior do defeito (*) nas adjacências <strong>da</strong>s<br />

partículas do biomaterial. G3-A (H.E.)_______________________________52<br />

Figura 5.17 Tecido conjuntivo fibroso no interior <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de (*) e presença de<br />

neoformação óssea incipiente (>) a partir <strong>da</strong>s bor<strong>da</strong>s do defeito. G3-B (H.E.) 52<br />

Figura 5.18 Neoformação óssea incipiente a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito (>).<br />

G3-B (H.E.)__________________________________________53<br />

Figura 5.19 Tecido conjuntivofibroso com vasos sanguíneos congestos (>).<br />

G3-B (H.E.)__________________________________________53


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1 – Infiltrado inflamatório .............................................................. 55<br />

Tabela 2 – Vascularização....................................................................... 57<br />

Tabela 3 – Reação de corpo estranho (RCE) ........................................ 58<br />

Tabela 4 – Tecido conjuntivo fibroso ....................................................... 58<br />

Tabela 5 – Ativi<strong>da</strong>de osteoblástica segundo o grupo e o subgrupo ..... 59<br />

Tabela 6 – Neoformação óssea .............................................................. 60<br />

Tabela 7 – Média e desvio padrão <strong>da</strong> média dos escores <strong>da</strong> neoformação<br />

óssea ..................................................................................... 61<br />

Tabela 8 - Média e desvio padrão <strong>da</strong> média dos escores <strong>da</strong> neoformação<br />

óssea através <strong>da</strong> segmentação morfométrica ........................ 61


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

BMP - Proteína morfogenética óssea<br />

Ca10(PO4)6(OH)2 - Hidroxiapatita<br />

CCS - Centro de ciências <strong>da</strong> saúde<br />

FOP - Facul<strong>da</strong>de de Odontologia de Pernambuco<br />

G1 - Grupo de 15 dias<br />

G2 - Grupo de 30dias<br />

G3 - Grupo de 45 dias<br />

A - Subgrupo experimental<br />

B - Subgrupo controle<br />

HA - Hidroxiapatita<br />

HE - H<strong>em</strong>atoxilina / eosina<br />

IGF - Fatores de crescimento s<strong>em</strong>elhante à insulina<br />

IL-1 - Interleucina-1<br />

IL-2 - Interleucina-2<br />

L*a*b* - Sist<strong>em</strong>a de cores defini<strong>da</strong>s pelo brilho (L*) e pelas coordena<strong>da</strong>s de<br />

cromatici<strong>da</strong>de (a* e b*)<br />

LEA - Laboratório de experimentação animal<br />

LTF - Laboratório de tecnologia farmacêutica<br />

n - Número<br />

p - Nível de significância<br />

RCE - Reação de corpo estranho<br />

rpm - Rotações por minuto<br />

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences<br />

TCF - Tecido conjuntivo fibroso<br />

TCP- Tricálcio fosfato<br />

TGF-β - Fator transformador de crescimento β<br />

UFPB - Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong> Paraíba<br />

UPE- Universi<strong>da</strong>de de Pernambuco


LISTA DE SÍMBOLOS<br />

% .................... Percentual<br />

β ..................... Letra grega “beta”<br />

µm .................. Micrômetro<br />

® .................... Marca registra<strong>da</strong><br />

: ...................... Razão<br />

+ ..................... Sinal de mais<br />

< ..................... Menor que<br />

> ..................... Maior que<br />

= ..................... Igual a<br />

± ..................... Sinal de mais ou menos<br />

cm .................. Centímetro<br />

g ..................... Grama<br />

kg ................... Quilograma<br />

mg .................. Miligrama<br />

ml ................... Mililitro<br />

mm ................. Milímetro<br />

N-cm .............. Newton centímetro<br />

ºC ................... Grau Celsius<br />

rpm ................. Rotações por minuto


SUMÁRIO<br />

1. Introdução...................................................................................................16<br />

2. Revisão de literatura..................................................................................18<br />

2.1. Tecido ósseo.............................................................................................19<br />

2.2. Reparação óssea.......................................................................................20<br />

2.3. Biomateriais osseosubstitutos...................................................................22<br />

3. Objetivos.....................................................................................................29<br />

3.1. Objetivo Geral...........................................................................................29<br />

3.2. Objetivos Específicos................................................................................29<br />

4. Materiais e Métodos...................................................................................30<br />

4.1. Animais......................................................................................................30<br />

4.2. Procedimento Cirúrgico.............................................................................33<br />

4.3. Cui<strong>da</strong>dos pós-operatórios.........................................................................39<br />

4.4. Análise Histológica....................................................................................40<br />

4.5. Análise Morfométrica.................................................................................41<br />

4.6. Análise Estatística.....................................................................................42<br />

4.7. Considerações Éticas................................................................................42<br />

4.8. Fonte de Fomentos....................................................................................42<br />

5. Resultados...................................................................................................43<br />

5.1. Análise Histológica.....................................................................................43<br />

5.2. Análise Morfométrica..................................................................................54<br />

5.3. Análise Estatística......................................................................................54<br />

6. Discussão ....................................................................................................62<br />

7. Conclusão....................................................................................................66<br />

Referências......................................................................................................67<br />

Apêndice..........................................................................................................75<br />

Anexo...............................................................................................................76


Introdução


1 Introdução<br />

Atualmente a população se encontra mais exigente no que se refere à<br />

estética e função nas reabilitações orais. Assim sendo, a odontologia lança<br />

mão de produtos biocompatíveis para acelerar o processo de regeneração<br />

óssea <strong>da</strong> maneira mais ágil e eficiente, devolvendo a satisfação estética e<br />

mastigatória ao paciente.<br />

Segundo Carneiro, et al. (2005) exist<strong>em</strong> situações <strong>em</strong> que a capaci<strong>da</strong>de<br />

de reparo ósseo é limita<strong>da</strong> pelo tamanho <strong>da</strong> per<strong>da</strong> óssea como aquelas<br />

causa<strong>da</strong>s por trauma, patologias ou conseqüência de procedimentos cirúrgicos<br />

diversos. Nestes casos, o defeito ósseo torna-se crítico a reparação<br />

espontânea, onde se faz necessário o uso de enxertos para um correto<br />

tratamento e bom prognóstico.<br />

Devido à possibili<strong>da</strong>de de correção dos defeitos ósseos, ca<strong>da</strong> vez mais<br />

se têm pesquisado materiais que apresent<strong>em</strong> características biológicas<br />

aceitáveis como indutores de reparação óssea. Um material ideal para ser<br />

utilizado como substituto ósseo deve ser biocompatível, não antigênico, não<br />

carcinogênico, apresentar baixo custo, ser gradualmente substituído por tecido<br />

<strong>da</strong> área receptora e ter proprie<strong>da</strong>des osteocondutora e/ou osteoindutora<br />

(CAMARINE et al.,2006).<br />

Apesar do enxerto autógeno ser o mais indicado, este agrega riscos ao<br />

paciente, incluindo incisão cirúrgica adicional, aumento <strong>da</strong> morbi<strong>da</strong>de pósoperatória,<br />

debilitação do local doador e quanti<strong>da</strong>de disponível insatisfatória de<br />

enxerto, como nas crianças e adultos submetidos a procedimentos operatórios<br />

anteriores (FIGUEIREDO, 2001; FINKEMEIER, 2002).<br />

A busca de tratamentos menos invasivos, com rápi<strong>da</strong> e efetiva<br />

regeneração óssea, t<strong>em</strong> levado ao desenvolvimento de alternativas sintéticas e<br />

biorreabsorvíveis para enxertos ósseos (DZIEDZIC; BERTOJA; ZIELAK,2009).<br />

Diversos materiais aloplásticos têm sido utilizados para preencher cavi<strong>da</strong>des<br />

ósseas como tentativa de induzir sua reparação. Os fosfatos de cálcio são<br />

biocompatíveis, não induz<strong>em</strong> qualquer tipo de reação adversa já que estão presentes no<br />

tecido ósseo. A hidroxiapatita pode ser usa<strong>da</strong> como enxerto ósseo <strong>em</strong> diferentes áreas <strong>da</strong><br />

medicina e na odontologia t<strong>em</strong> sido exaustivamente utiliza<strong>da</strong> para correção de


deformi<strong>da</strong>des ósseas como bolsas periodontais, regularização e manutenção de margens<br />

ósseas <strong>em</strong> cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial (BUCHAIM et al., 2002).<br />

O método mais <strong>em</strong>pregado de avaliação dos efeitos dos enxertos<br />

ósseos sobre o reparo de per<strong>da</strong>s ósseas é o histológico (Z. CHRISTOPH et al.,<br />

2007), seguido de análise por algum sist<strong>em</strong>a computacional (RENDERS et. al,<br />

2007).<br />

À medi<strong>da</strong> que, <strong>em</strong> uma imag<strong>em</strong> histológica, é possível observar áreas<br />

ocupa<strong>da</strong>s por tecido ósseo neoformado e áreas ocupa<strong>da</strong>s por partículas de um<br />

determinado tipo de enxerto ósseo, as quais pod<strong>em</strong> estar entr<strong>em</strong>ea<strong>da</strong>s por<br />

outros componentes como fibras colágenas, é de extr<strong>em</strong>a valia um método<br />

computacional que permita a segmentação <strong>da</strong> imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> áreas específicas<br />

para ca<strong>da</strong> componente <strong>em</strong> especial (SARTORI et al., 2003).<br />

Queiroga et al., (2008) analisaram morfométricamente reparos ósseos<br />

utilizando o método de segmentação de imagens o que permitiu uma<br />

comprovação imparcial dos resultados <strong>da</strong>ndo desta forma precisão ao <strong>estudo</strong>, uma vez<br />

que há uma contag<strong>em</strong> efetiva dos vários el<strong>em</strong>entos <strong>da</strong> imag<strong>em</strong>, s<strong>em</strong> necessi<strong>da</strong>de de<br />

delineação manual feita pelo pesquisador ou avaliador, e assim, minimizando os erros<br />

inerentes à interferência pessoal.<br />

O objetivo deste <strong>estudo</strong> foi analisar histomorfometricamente os tecidos formados<br />

no processo de reparação de defeitos críticos confeccionados <strong>em</strong> calvária de <strong>ratos</strong> e<br />

preenchidos com um biomaterial de orig<strong>em</strong> sintética .


Revisão de<br />

Literatura


2 Revisão de literatura<br />

Continua sendo um desafio terapêutico na Odontologia a regeneração<br />

de tecido ósseo <strong>em</strong> casos de traumas ou patologias, porque o rápido<br />

crescimento de tecido conjuntivo impede ou dificulta a formação de tecido<br />

ósseo novo entre os limites <strong>da</strong> lesão; e a alteração morfofuncional resultante do<br />

processo regenerativo pode levar à necessi<strong>da</strong>de de vários procedimentos<br />

cirúrgicos para sua devi<strong>da</strong> reablitação (FIGUEIREDO, 2001).<br />

As per<strong>da</strong>s ósseas pod<strong>em</strong> apresentar dois tipos de resultados:<br />

cicatrização, que é o reparo <strong>da</strong> feri<strong>da</strong> por tecido diferente do originalmente<br />

perdido no que diz respeito à morfologia e função; e regeneração, onde o<br />

reparo é feito por um tecido idêntico ao tecido original preexistente<br />

(CARVALHO; BASSIA; VIOLIN, 2004).<br />

No tratamento cirúrgico pretende-se o preenchimento do defeito com um<br />

material que possa promover osteoindução e/ou osteocondução e a<br />

conseqüente osteogênese reparativa (NKENKE et al., 2002). Atualmente os<br />

enxertos autógenos são tidos como padrão, devido a sua capaci<strong>da</strong>de de<br />

osteogenici<strong>da</strong>de, osteocondutivi<strong>da</strong>de, osteoindução e aspectos de segurança<br />

dentro <strong>da</strong> janela imunológica do receptor (VON ARX et al., 2001; NKENKE et<br />

al., 2002). To<strong>da</strong>via os enxertos autógenos requer<strong>em</strong> cirurgia adicional,<br />

implicando <strong>em</strong> morbi<strong>da</strong>de causa<strong>da</strong> à área doadora, apresentando, como<br />

principal sintomatologia a dor, disponibili<strong>da</strong>de insuficiente de material quando<br />

obtido intraoralmente, quando de orig<strong>em</strong> medular, são altamente reabsorvíveis<br />

e degra<strong>da</strong>m antes que a cicatrização óssea seja concluí<strong>da</strong>, além do aumento<br />

<strong>da</strong> complexi<strong>da</strong>de, dos custos e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de anestesia geral quando o<br />

enxerto for obtido extraoralmente (KHAN et al., 2005; FELLAH et al., 2008;<br />

WALSH et al., 2008).<br />

Segundo o <strong>estudo</strong> de Dalapicula; Conz, (2008) com a finali<strong>da</strong>de de<br />

superar tais limitações e também devido aos grandes desenvolvimentos<br />

científico e tecnológico, é ca<strong>da</strong> vez mais crescente a utilização de biomateriais<br />

de orig<strong>em</strong> sintética que possibilitam, <strong>em</strong> muitos casos, a diminuição ou a<br />

eliminação do uso de materiais de orig<strong>em</strong> biológica.


2.1 Tecido ósseo<br />

O osso é um tecido conjuntivo que t<strong>em</strong> <strong>em</strong> sua matriz óssea,<br />

constituintes orgânicos e inorgânicos. A parte inorgânica do osso que constitui<br />

cerca de 65% de seu peso, é composta principalmente por cálcio e fósforo<br />

juntamente com outros componentes, incluindo bicarbonato, citrato, magnésio,<br />

sódio e potássio. O cálcio e o fósforo exist<strong>em</strong> basicamente sob a forma de<br />

cristais de hidroxiapatita [Ca 10 (PO 4 ) 6 (OH) 2 ], mas o fosfato de cálcio também<br />

está presente sob a forma amorfa. O componente orgânico <strong>da</strong> matriz óssea,<br />

que constitui aproxima<strong>da</strong>mente 35% do peso do osso, inclui fibras que são<br />

quase exclusivamente colágeno do tipo I. O osso é uma <strong>da</strong>s substâncias mais<br />

duras e resistentes do corpo. Sua dureza e força são causa<strong>da</strong>s pela<br />

associação dos cristais de hidroxiapatita com o colágeno (GARTNER; HIATT,<br />

2003)<br />

A superfície interna e externa dos ossos são recobertas por células<br />

osteogênicas e tecido conjuntivo, que constitu<strong>em</strong> o endósteo e o periósteo,<br />

respectivamente. Estes tecidos têm a função de nutrir o tecido ósseo e fornecer<br />

osteoblastos para o crescimento e reparação do osso (JUNQUEIRA;<br />

CARNEIRO, 2004). De acordo com esses mesmos autores as células do osso<br />

são as células osteoprogenitoras, osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.<br />

As células osteoprogenitoras localizam-se na cama<strong>da</strong> celular interna do<br />

periósteo, revestindo os canais de Havers e no endósteo. Estas células são<br />

mais ativas durante o período de crescimento ósseo intenso. Os osteoblastos,<br />

provenientes <strong>da</strong>s células osteoprogenitoras, são células cubóides organiza<strong>da</strong>s<br />

<strong>em</strong> cama<strong>da</strong> contínua sobre o osteóide, são responsáveis pela osteogênese, ou<br />

seja, pela síntese e secreção <strong>da</strong> matriz orgânica, maturação e mineralização.<br />

Quando estas células ficam envoltas pela matriz, elas se tornam quiescentes e<br />

são denomina<strong>da</strong>s osteócitos (GARTNER; HIATT, 2003; JUNQUEIRA;<br />

CARNEIRO, 2004).<br />

Os osteoclastos, derivados de células precursoras de monócitos,<br />

funcionam para reabsorver osso necrótico e osso que necessita ser<br />

r<strong>em</strong>odelado (MARZOLA, 2000; PTERSON et al., 2005).


2.2 Reparação óssea<br />

A reparação do tecido ósseo consiste <strong>em</strong> uma modificação do tecido<br />

quanto a sua composição, tamanho e forma (COSTA et al., 2008).<br />

Os eventos que ocorr<strong>em</strong> durante a cicatrização normal de feri<strong>da</strong>s e<br />

tecidos moles (inflamação, fibroplastia e r<strong>em</strong>odelação) também ocorr<strong>em</strong><br />

durante a reparação de um osso lesado. Mas, <strong>em</strong> contraste com os tecidos<br />

moles, osteoblastos e osteoclastos também estão envolvidos para reconstituir e<br />

r<strong>em</strong>odelar o tecido ósseo lesado. Os osteoblastos depositam então, o osteóide<br />

que, se mantido completamente imóvel durante o processo de cicatrização,<br />

chega à calcificação (PETERSON et al., 2005).<br />

De acordo com estes mesmos autores os termos primeira e segun<strong>da</strong><br />

intenção são apropriados para a descrição do reparo ósseo. Se um osso for<br />

fraturado e suas extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des livres estiver<strong>em</strong> separa<strong>da</strong>s por mais de 1mm, o<br />

osso cicatriza por segun<strong>da</strong> intenção; isto é, durante a fase fibroblástica <strong>da</strong><br />

cicatrização uma grande quanti<strong>da</strong>de de colágeno deve ser deposita<strong>da</strong> para<br />

preencher o espaço ósseo . A cicatrização por primeira intenção ocorre quando<br />

o osso é incompletamente fraturado, de forma que as extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des <strong>da</strong> fratura<br />

não se tenham separado completamente uma <strong>da</strong> outra ou quando o cirurgião<br />

consiga reaproximar e estabilizar rigi<strong>da</strong>mente as extr<strong>em</strong>i<strong>da</strong>des fratura<strong>da</strong>s do<br />

osso.<br />

O mecanismo biológico de reparo ósseo associado aos biomateriais ou<br />

enxertos ósseos pode ser classificado como osteogênese, osteoindução,<br />

osteocondução e osteopromoção (CALASANS-MAIA; FERNANDES;<br />

GRANJEIRO, 2008).<br />

A osteogênese é o processo pelo qual células ósseas vivas são<br />

enxerta<strong>da</strong>s <strong>em</strong> um leito receptor e permanec<strong>em</strong> com a capaci<strong>da</strong>de de<br />

formação de novo tecido ósseo (CARVALHO; BASSI; PEREIRA, 2004).<br />

O processo de osteoindução envolve a formação de novo osso na área<br />

<strong>em</strong> crescimento a partir <strong>da</strong>s células osteoprogenitoras do leito receptor,<br />

deriva<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s células mesenquimais indiferencia<strong>da</strong>s, que se diferenciam sob a<br />

influência de um ou mais agentes indutores (BUSENLECHNER et al., 2008).<br />

A osteocondução se refere ao crescimento ósseo sobre a superfície do<br />

biomaterial acomo<strong>da</strong>ndo-o (ALBREKTSSON; JOHANSSON, 2001;


CALASANS-MAIA et al., 2008; SILVA et al., 2009). Outros autores defin<strong>em</strong><br />

como o processo <strong>em</strong> que o enxerto serve como arcabouço, de forma passiva,<br />

para migração de vasos sangüíneos e deposição de novo osso<br />

(BUSENLECHNER et al., 2008; TAGA et al.,2008).<br />

A osteopromoção utiliza barreiras mecânicas de proteção, que evitam o<br />

crescimento de tecido conjuntivo <strong>em</strong> meio ao defeito ósseo, permitindo que o<br />

mesmo seja povoado por células (CALASANS-MAIA et al., 2008).<br />

Após a implantação de um biomaterial, ocorre a formação de um<br />

h<strong>em</strong>atoma com uma resposta do tipo inflamatória com aderência e<br />

revestimento de glicoproteínas ao material. Por processo de quimiotaxia,<br />

numerosas células são recruta<strong>da</strong>s para o local: neutrófilos, eosinófilos,<br />

monócitos e macrófagos (reação de corpo estranho). Estas últimas exerc<strong>em</strong><br />

ativi<strong>da</strong>de fagocitária e estimulam a ação dos linfócitos, fibroblastos,<br />

osteoclastos e células polimorfonucleares. Em segui<strong>da</strong>, inicia-se a<br />

angiogênese, com a migração e proliferação de células endoteliais. Estas irão<br />

formar uma rede de capilares que constituirá o suporte vascular.<br />

Posteriormente, a ação de 34 citocinas (IL-1 e IL-2) e de diversos fatores de<br />

crescimento (TGF-β, PDGF, IGF, BMPs) vão promover a diferenciação <strong>da</strong>s<br />

células mesenquimais pluripotentes com a formação de matriz óssea e de osso<br />

imaturo. Por fim, a maturação e a r<strong>em</strong>odelação encerram este processo<br />

(GUTIERRES et al., 2006).<br />

O processo de incorporação do osso cortical difere do esponjoso devido<br />

à lenta revascularização do primeiro, o que diminui a possibili<strong>da</strong>de de<br />

anastomoses terminoterminais, levando o dobro do período de t<strong>em</strong>po para este<br />

processo. O retardo é proveniente <strong>da</strong> estrutura arquitetônica do osso cortical,<br />

uma vez que a ativi<strong>da</strong>de osteoclástica precede a revascularização. Desta<br />

forma, os osteoclastos promov<strong>em</strong> o aumento <strong>da</strong> porosi<strong>da</strong>de, podendo chegar a<br />

50%, fazendo o material perder a resistência mecânica. Outra diferença é a<br />

tendência do osso cortical <strong>em</strong> permanecer com uma parte viável e outra<br />

necrótica, enquanto o esponjoso tende a ser completamente substituído com o<br />

t<strong>em</strong>po (PINTO; MIYAGUSKO; PEREIRA; 2003).


2.3 Biomateriais osseosubstitutos<br />

Os diferentes tipos de materiais para enxertia óssea disponíveis na<br />

atuali<strong>da</strong>de são: autógenos (provenientes do próprio individuo), alógenos<br />

(provenientes de indivíduos <strong>da</strong> mesma espécie), xenógenos (provenientes de<br />

indivíduos de espécies diferentes) e aloplásticos (materiais sintéticos ou<br />

naturais).<br />

Devido a probl<strong>em</strong>as relacionados com a obtenção de quanti<strong>da</strong>de ideal<br />

de osso e com a morbi<strong>da</strong>de do sítio doador, no caso dos enxertos autógenos, e<br />

com a antigenici<strong>da</strong>de, <strong>em</strong> relação aos homógenos e heterógenos, uma grande<br />

varie<strong>da</strong>de de materiais para preenchimento, denominados de aloplásticos, v<strong>em</strong><br />

sendo desenvolvidos. Os materiais sintéticos utilizados na regeneração óssea<br />

inclu<strong>em</strong> as cerâmicas de fosfato de cálcio sintéticas (HA – hidroxiapatita e<br />

TCP- fosfato tricálcio)1,7, carbonato de cálcio, polímeros para substituição de<br />

tecidos duros (HTR) e biovidros cerâmicos. Mesmo <strong>em</strong> busca <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des<br />

adequa<strong>da</strong>s, esta classe t<strong>em</strong> revolucionado os campos <strong>da</strong>s pesquisas e<br />

tratamentos, pois além de evitar uma segun<strong>da</strong> etapa cirúrgica, t<strong>em</strong> a opção de<br />

forma (pó, partículas, pastilhas ou blocos), tamanho, textura, grau de<br />

porosi<strong>da</strong>de (macro ou microporoso), grau de cristalini<strong>da</strong>de (cristalino ou<br />

amorfo) e solubili<strong>da</strong>de (absorvíveis ou não absorvíveis) (GRANJEIRO et al.;<br />

2004; BLANCH, 2004; CALASANS-MAIA et al., 2008).<br />

Enxertos xenogênicos, como o osso bovino inorgânico (LIMEIRA<br />

JUNIOR, 2001; BUCHAIM et al., 2002), e aloplásticos, como a hidroxiapatita<br />

sintética (LIMEIRA JUNIOR, 2004; CONZ ; GRANJEIRO; SOARES, 2005), são<br />

materiais osteosubstitutos que d<strong>em</strong>onstraram ser capazes de favorecer a<br />

reparação óssea <strong>em</strong> função de sua alta proprie<strong>da</strong>de osteocondutora. Assim, o<br />

uso destes materiais t<strong>em</strong> sido indicado <strong>em</strong> alguns casos de reparo periodontal<br />

(ARTZI; NEMCOVSKY; TAL H, 2001), levantamento de seio maxilar (SARTORI<br />

et al., 2003; TADJOEDIN et al., 2003) e preenchimento de alvéolos( ARTZI;<br />

TAL H; DAYAN, 2000; ARTZI; TAL H; DAYAN, 2001).<br />

Os derivados inorgânicos sintéticos como a hidroxiapatita e fosfato<br />

tricálcio têm recebido grande atenção como materiais de preenchimento,<br />

espaçadores e substitutos para os enxertos ósseos, principalmente devido à


sua biocompatibili<strong>da</strong>de, bioativi<strong>da</strong>de e características de osteocondução <strong>em</strong><br />

relação ao tecido hospedeiro (SICCA et al., 2000; MOREIRA et al., 2003;<br />

SANADA et al., 2003).<br />

Sicca et al. (2000) desenvolveram um <strong>estudo</strong> com 60 <strong>ratos</strong> Wistar,<br />

machos, adultos, com peso meio de 160g, divididos <strong>em</strong> 4 grupos, sacrificados<br />

com 10, 20, 30 e 60 dias, após a implantação de materiais, na região dorsal<br />

dos animais. Os grupos estu<strong>da</strong>dos foram controle, osso cortical microgranular<br />

com 250 a 1.000µm e osso cortical macrogranular com 1.000 a 2.000µm,<br />

acondicionados <strong>em</strong> cápsulas de colágeno. após avaliados as amostras,<br />

concluiu-se que as partículas microgranulares induziam uma resposta<br />

inflamatória ligeiramente maior, nos primeiros 10 dias, e que, após 60 dias,<br />

foram similares quando comparados ao outro grupo experimental. Desta forma,<br />

os achados observados com o osso cortical bovino desproteinado a 100ºC<br />

foram s<strong>em</strong>elhantes aos encontrados e outros <strong>estudo</strong>s sobre a implantação de<br />

osso autógeno ou alógeno desmineralizado, sugerindo que o osso<br />

desproteinado pode ser utilizado como material de sustituição óssea e como<br />

potencial carreador para as proteínas morfogenéticas do osso.<br />

Orr et al. (2001) avaliaram proprie<strong>da</strong>des mecânicas compressivas de<br />

defeitos ósseos de 3,5 mm de diâmetro por 8,0 mm de profundi<strong>da</strong>de<br />

confeccionados na porção distal do fêmur de coelhos. Foram utilizados os<br />

biomateriais derivados de osso bovino inorgânico (Bio-Oss®) e de<br />

hidroxiapatita sintética (Calcitek®) comparados com o grupo controle (s<strong>em</strong><br />

preenchimento do defeito) e com o grupo anatômico (s<strong>em</strong> o defeito). Os grupos<br />

foram avaliados nos seguintes períodos: osso bovino inorgânico (2, 6 e 26<br />

s<strong>em</strong>anas), hidroxiapatita sintética (6 e 26 s<strong>em</strong>anas), grupo controle (2, 6 e 26<br />

s<strong>em</strong>anas) e o grupo anatômico (2 s<strong>em</strong>anas). Os resultados mostraram não<br />

haver diferença <strong>da</strong>s forças compressivas no período de 2 s<strong>em</strong>anas entre o<br />

grupo que utilizou o osso bovino inorgânico e o grupo anatômico. Nos períodos<br />

de 2, 6 e 26 s<strong>em</strong>anas, o grupo do osso bovino inorgânico apresentou força<br />

compressiva maior que o grupo controle. O grupo <strong>da</strong> hidroxiapatita sintética<br />

teve força compressiva b<strong>em</strong> maior que o grupo controle e o grupo do osso<br />

bovino inorgânico nos t<strong>em</strong>pos de 6 e 26 s<strong>em</strong>anas, apresentando diferença<br />

estatística significante. Quanto ao módulo de elastici<strong>da</strong>de, o grupo do osso<br />

bovino inorgânico apresentou valores b<strong>em</strong> próximos do grupo controle,


portanto s<strong>em</strong> diferença estatística, enquanto o grupo <strong>da</strong> hidroxiapatita sintética<br />

obteve valores significativamente maiores que os citados grupos.<br />

Laureano Filho (2001) realizou um <strong>estudo</strong> tendo como objetivo<br />

comparar, histologica e histomorfometricamente, a reparação de defeitos<br />

ósseos, de 10mm de diâmetro de espessura, na calvária de coelhos Nova<br />

Zelândia, frente à implantação de matriz óssea humana desmineraliza<strong>da</strong> e de<br />

polímero de mamona. Foram utilizados 24 coelhos, com i<strong>da</strong>de variando de 3 a<br />

6 meses, com peso aproximado de 2,9 kg, que foram sacrificados nos períodos<br />

de 4, 7 e 15 s<strong>em</strong>anas após cirurgia. Concluiu-se que o osso desmineralizado<br />

de orig<strong>em</strong> humana foi reabsorvido mais rapi<strong>da</strong>mente que o polímero de<br />

mamona, constatando-se que tanto o grupo controle quanto o experimental<br />

apresentaram um aumento <strong>da</strong> neoformação óssea ao longo o t<strong>em</strong>po.na<br />

histomorfometria, os grupos experimentais apresentaram neoformação óssea<br />

estatisticamente maior que o grupo controle e não houve diferença significante<br />

quanto a neoformação óssea nos grupos experimentais.<br />

Em um <strong>estudo</strong> foram colhidos 20 enxertos <strong>da</strong> área retromolar de 20<br />

pacientes ambulatoriais para aumento <strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong>de ósses <strong>da</strong> área<br />

receptora de um único implante, e foram avalia<strong>da</strong>s as complicações típicas do<br />

procedimento de uma forma prospectiva. O procedimento cirúrgico padrão para<br />

coleta do enxerto incluiu uma incisão retromolar com extensão até o ramo,<br />

sendo o enxerto colhido com uma broca trefina. Os autores concluíram que os<br />

enxertos ósseos retromolares são um método viável para o aumento do volume<br />

ósseo do leito receptor de implante para um único dente com baixos <strong>da</strong>nos ao<br />

paciente, com uma redução insignificante na abertura bucal e com um risco<br />

mínimo de complicações, tais como lesões diretas e per<strong>da</strong>s de sensibili<strong>da</strong>de<br />

nos nervos lingual e alveolar inferior (NKENKE et al., 2002).<br />

Boëck-Neto et al. (2002) pesquisaram o aumento do volume ósseo<br />

através <strong>da</strong> associação do osso autógeno, proveniente <strong>da</strong> região de sínfise<br />

mandibular com a HA (Osteogen®) ou DFDBA ( Banco de tecidos <strong>da</strong> Costa do<br />

Pacífico, Los Angeles). O objetivo foi avaliar histológica e<br />

histomorfometricamente o osso formado após cirurgia de elevação do seio<br />

maxilar pela utilização <strong>da</strong> combinação de enxertos. Dez biópsias foram<br />

realiza<strong>da</strong>s <strong>em</strong> 10 pacientes, divididos <strong>em</strong> dois grupos. Dez meses depois foram<br />

observados bons resultados no processo regenerativo <strong>em</strong> ambos os grupos,


com infiltrado inflamatório insignificante e resquícios, não reabsorvidos, dos<br />

materiais enxertados. Os resultados indicam que tanto o DFDBA como a HA,<br />

associados ao osso autógeno, são biocompatíveis e promev<strong>em</strong> a<br />

osteocondução.<br />

Perri de Carvalho et al.(2004) avaliaram a manutenção de volume do<br />

processo alveolar após exodontia por meio de implantes imediatos ou<br />

regeneração óssea guia<strong>da</strong>, associa<strong>da</strong> ou não ao uso de biomateriais. Os<br />

autores apresentam um caso clínico de reabilitação com implante<br />

osseointegrado <strong>em</strong> área de exodontia por motivo periodontal, segui<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

tentativa de manutenção de volume do processo alveolar com regeneração<br />

óssea guia<strong>da</strong> e raspa de osso cortical autógeno. Os resultados obtidos neste<br />

caso, com raspa de osso autógeno, foram bastante satisfatórios na<br />

manutenção de volume e na quali<strong>da</strong>de óssea obti<strong>da</strong>. A quali<strong>da</strong>de óssea pôde<br />

ser observa<strong>da</strong> clinicamente (durante fresag<strong>em</strong> e travamento inicial do implante)<br />

e histologicamente (por meio de biópsia). A utilização de osso autógeno<br />

raspado no preenchimento de defeitos ósseos, associado ao uso de<br />

m<strong>em</strong>branas, é uma alternativa nos casos de tentativa de manutenção de<br />

volume ósseo, após exodontias visando a colocação de implantes<br />

osseintegrados.<br />

Miran<strong>da</strong> et al. (2005) realizaram um <strong>estudo</strong> experimental comparativo<br />

de enxerto ósseo orgânico (osso autógeno – crista ilíaca) e material inorgânico<br />

(Osteosynt® - hidroxiapatia + tricálcio-fosfato) <strong>em</strong> fraturas de rádio <strong>em</strong> coelhos.<br />

Foram utilizados 20 animais, divididos <strong>em</strong> 2 grupos, que se submeteram a<br />

r<strong>em</strong>oção de um segmento osteoperiosteal <strong>em</strong> todo seu diâmetro com 1 cm de<br />

comprimento. No grupo 1, colocaram-se fragmentos de enxerto orgânico e no<br />

grupo 2, fragmentos do material inorgânico. Os animais foram sacrificados com<br />

15, 30, 45, 60 e 75 dias. Na avaliação radiográfica, foi possível observar a<br />

completa reparação óssea <strong>em</strong> todos os grupos, sendo de forma mais rápi<strong>da</strong><br />

com menor t<strong>em</strong>po de evolução no grupo 2 que utilizou o osso inorgânico. Esse<br />

fato foi confirmado pela análise histológica. Como conclusão, os autores<br />

afirmam que o material ósseo inorgânico pode ser usado de rotina <strong>em</strong> cirurgia<br />

ortopédica, proporcionando uma cicatrização óssea precoce.<br />

Horch et al. (2006) estu<strong>da</strong>ram o efeito a longo prazo <strong>da</strong> cerâmica de<br />

beta-tricálcio fosfato (β-TCP - Cerasorb®) <strong>em</strong> diferentes sítios <strong>da</strong> reconstrução


alveolar. Cento e cinqüenta e dois (152) pacientes foram avaliados, onde a<br />

maioria <strong>da</strong>s indicações para o β-TCP foi para o preenchimento de cistos<br />

mandibulares (n=52), seguido de fissura alveolar (n=38), defeitos periodontais<br />

(n=24) e aumento de assoalho do seio maxilar (n=16). Nos defeitos maiores<br />

que 2,0cm de diâmetros, o β-TCP foi combinado com enxerto autógeno<br />

esponjoso, na proporção de 1:1, proveniente <strong>da</strong> região retro-molar, <strong>da</strong><br />

tuberosi<strong>da</strong>de ou do mento mandibular. Avaliação clínica, radiológica e por<br />

ultrasonografia (na verificação <strong>da</strong> presença de micropartículas do material nos<br />

nódulos linfáticos regionais) foi realiza<strong>da</strong> com 4, 12 e 52 s<strong>em</strong>anas no pósoperatório.<br />

Em 16 casos, foram realiza<strong>da</strong>s biópsias que d<strong>em</strong>onstraram<br />

completa regeneração óssea. Este fato foi possível devido à necessi<strong>da</strong>de de<br />

um segundo procedimento cirúrgico para r<strong>em</strong>oção de material de fixação<br />

(placas e parafusos) e/ou para inserção de implantes dentários. Distúrbios na<br />

cicatrização foram observados <strong>em</strong> 9,2% dos pacientes, per<strong>da</strong> parcial do<br />

material <strong>em</strong> 5,9%, enquanto a per<strong>da</strong> total <strong>em</strong> 2%. Devido à sua versatili<strong>da</strong>de,<br />

baixa taxa de complicações e bons resultados ao longo prazo, o β-TCP<br />

sintético apresentou-se como adequado material para o preenchimento de<br />

defeitos ósseos <strong>em</strong> região alveolar.<br />

Xié et al. (2007) avaliaram a eficiência e a segurança do material<br />

derivado do osso humano no reparo de defeitos ósseos confeccionados no<br />

osso radio de 15 macacos rhesus. As amostras de fêmur de humano<br />

congelado ( Banco de Osso <strong>da</strong> província de Sichuan) foram processa<strong>da</strong>s e a<br />

finalização se deu através do recebimento de células mesenquimais <strong>da</strong> medula<br />

óssea alógena, sendo denominado tissue-engineered (TE). Depois de 1, 2, 3, 6<br />

e 12 s<strong>em</strong>anas o material foi colhido e submetido á analise histológica,<br />

mostrando que os defeitos ósseos foram b<strong>em</strong> reparados <strong>em</strong> ambos, com e<br />

s<strong>em</strong> adição de células mesenquimais, enquanto que os defeitos ósseos s<strong>em</strong><br />

tratamento permaneceram do mesmo tamanho após 12 s<strong>em</strong>anas. As amostras<br />

TE obtiveram uma neoformação óssea 3 vezes mais rápi<strong>da</strong> que o enxerto s<strong>em</strong><br />

células mesenquimais. Não foi observado nenhum efeito tóxico e nenhuma<br />

reação imune nos animais analisados. Desta maneira, sugere-se que os<br />

enxertos TE e que as células mesenquimais de medula óssea alógena<br />

funcionam como um método ideal para a repação dos defeitos ósseos.


Molly et al. (2008) avaliaram a cpaci<strong>da</strong>de de guiar a regeneração óssea<br />

de três materiais : o ácido polilático-poliglicólico (Fisiograft®, osso bovino (Bio-<br />

Oss®), e uma cerâmica deriva<strong>da</strong> de carbonato de cálcio (Biocoral®), onde<br />

estes preencheram os alvéolos de 36 dentes de 8 indivíduos. Alvéolos também<br />

foram deixados vazios como grupo controe e todos foram recobertos com uma<br />

m<strong>em</strong>brana colágena (Core-Tex®). Após 6 meses foram retira<strong>da</strong>s amostras dos<br />

materiais, e analisa<strong>da</strong>s histologicamente. Depois de 4 e 6 meses após a<br />

colocação dos implantes foi feita uma medição eletrônica de sua<br />

mobili<strong>da</strong>de(Medizintechnik Guiden®, Bensheim). O <strong>estudo</strong> mostrou uma<br />

grande quanti<strong>da</strong>de de Bio-Oss® e de Biocoral® r<strong>em</strong>anescente após 6 meses,<br />

sendo a reabsorção do Fisiograft® mais rápi<strong>da</strong>. Todos os locais, inclusive o do<br />

grupo controle, revelaram adequa<strong>da</strong> rigidez do implante, portanto conclui-se<br />

que a abreviação do período de osteointegração do implante não<br />

foiinfluencia<strong>da</strong> pelo uso de biomateriais, mostrando s<strong>em</strong>elhantes resultados<br />

entre os grupos que receberam enxerto e os que permaneceram vazios.<br />

Quatorze cirurgias foram realiza<strong>da</strong>s <strong>em</strong> 14 pacientes, que foram<br />

divididos aleatoriamente <strong>em</strong> dois grupos: Grupo A (<strong>estudo</strong>) e Grupo B<br />

(controle). No Grupo Controle usou-se somente enxerto de osso autógeno. O<br />

grupo de <strong>estudo</strong> recebeu uma mistura de osso autógeno com tetraciclina. Um<br />

total de sete biópsias foi feita no t<strong>em</strong>po <strong>da</strong> instalação dos implantes, seis a 12<br />

meses após o levantamento do assoalho do seio maxilar. Nos exames<br />

histológicos dos enxertos ósseos mesclados com tetraciclina, osso trabecular<br />

contendo osteócitos viáveis estava presente e era do tipo lamelar maduro,<br />

mostrando uma aparência histológica madura. A partir <strong>da</strong>s observações<br />

histológicas, concluiu-se que a mistura de osso autógeno particulado com<br />

tetraciclina é uma promissora alternativa para prevenir infecções pósoperatórias,<br />

não prejudicando a quali<strong>da</strong>de e não diminuindo a quanti<strong>da</strong>de<br />

óssea (GONÇALVES et al., 2008)<br />

Foram caracterizados seis biomateriais de enxerto ósseo, sendo cinco<br />

de orig<strong>em</strong> xenógena e um de orig<strong>em</strong> alógena. A caracterização físico-química<br />

englobou análise granulométrica, microscopia eletrônica de varredura (MEV),<br />

difração de raios-X (DRX), determinação <strong>da</strong> área superficial específica e<br />

cristalini<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s amostras. O resultado d<strong>em</strong>onstrou que to<strong>da</strong>s as amostras,<br />

exceto uma, eram constituí<strong>da</strong>s de hidroxiapatita com diferentes intensi<strong>da</strong>des de


incorporação de carbonatos, com diferentes faixas granulométricas, área de<br />

superfície variando de 0,18 m 2 /g a 81,4 m 2 /g e cristalini<strong>da</strong>de variando de baixa<br />

a alta, d<strong>em</strong>onstrando que apesar <strong>da</strong> s<strong>em</strong>elhança de suas composições, os<br />

biomateriais analisados apresentaram grande diferença de parâmetros físicoquímicos.<br />

O comportamento dos diferentes biomateriais utilizados como<br />

substitutos ósseos, quando inseridos no tecido ósseo, serão dependentes de<br />

suas proprie<strong>da</strong>des físicas e químicas e dev<strong>em</strong> ser s<strong>em</strong>pre analisa<strong>da</strong>s e<br />

leva<strong>da</strong>s <strong>em</strong> consideração antes de sua aplicação. Dentre essas, destacaríamos<br />

como mais importantes à composição química, a cristalini<strong>da</strong>de, b<strong>em</strong> como, a<br />

área superficial. As amostras apresentaram uma grande variabili<strong>da</strong>de nos<br />

resultados de suas características físico-químicas, apesar de ser<strong>em</strong><br />

<strong>em</strong>prega<strong>da</strong>s para o mesmo propósito, segundo seus fabricantes<br />

(DALAPICULA; CONZ, 2008).<br />

Os autores relatam um caso clinico no qual foi utilizado osso homólogo,<br />

obtido de banco de tecidos, para reconstrução de um defeito ósseo, na região<br />

anterior <strong>da</strong> maxila, que impossibilitava a reabilitação com implantes.<br />

D<strong>em</strong>onstrou-se através de analises clínicas e histológicas que o uso do osso<br />

homólogo, previamente a colocação de implantes, pode ser uma alternativa<br />

promissora no aumento ósseo, uma vez que possui a vantag<strong>em</strong> de não<br />

sacrificar uma segun<strong>da</strong> área para r<strong>em</strong>oção do enxerto e pela viabili<strong>da</strong>de e a<br />

pratici<strong>da</strong>de dessa técnica cirúrgica. Concluiram que os diferentes tipos de<br />

biomateriais v<strong>em</strong> mostrando bons resultados, principalmente quando<br />

combinados ao osso humano seco congelado desmineralizado ou ao osso<br />

autógeno, sendo bastante atrativa a utilização dos mesmos <strong>em</strong> virtude <strong>da</strong><br />

menor morbi<strong>da</strong>de pós-operatória, <strong>em</strong> situações de defeitos ósseos críticos<br />

necessita-se de um maior potencial osteogênico/osteoindutor do material de<br />

enxertia, materiais não absorvíveis limitam a formação com tecido ósseo vital, e<br />

os mecanismos biológicos pelos quais se <strong>da</strong> o processo de cicatrização óssea,<br />

inclusive nas situações de enxertia, obedec<strong>em</strong> aos princípios fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong><br />

formação óssea (FIGUEIREDO, et al., 2008).


3 Objetivos<br />

Objetivos


3.1 Objetivo Geral<br />

Avaliar o efeito do biomaterial de orig<strong>em</strong> sintética na reparação óssea de<br />

defeitos de 5,0mm de diâmetro confeccionados na calota craniana de <strong>ratos</strong><br />

Wistar nos períodos de 15, 30 e 45 dias através de avaliação histológica e<br />

morfométrica.<br />

3.2 Objetivos Específicos<br />

Avaliar comparativamente o processo de reparo de defeitos ósseos<br />

padronizados como controle( preenchido com o próprio coágulo do<br />

animal) e submetido ao biomaterial de orig<strong>em</strong> sintética (cerâmica de<br />

hidroxiapatita + β-tricálcio-fosfato) na calvária do mesmo rato.<br />

Analisar histologicamente a reparação óssea do grupo controle e do<br />

grupo enxertado.<br />

Analisar morfometricamente a área de defeito ósseo após ca<strong>da</strong> t<strong>em</strong>po<br />

pós-cirúrgico pré determinado, 15,30,45 dias.


Materiais e Métodos


4. Materiais e Métodos<br />

4.1 Animais<br />

No presente trabalho, foram utilizados 18 <strong>ratos</strong> albinos (Rattus<br />

norvegicus <strong>da</strong> família Muri<strong>da</strong>e, <strong>da</strong> varie<strong>da</strong>de Wistar), do gênero masculino,<br />

adultos , com i<strong>da</strong>de média de 6 meses e massa corporal variando entre 270 e<br />

370g, advindos do Biotério do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong> Paraíba – LTF / UFPB (Figura 4.1). Estes foram<br />

mantidos durante o período experimental acondicionados <strong>em</strong> gaiolas plásticas<br />

atapeta<strong>da</strong>s com maravalha de pinus, sendo 6 animais por gaiola sob ração<br />

sóli<strong>da</strong> peletiza<strong>da</strong> (Labina®) com alto teor de proteína (20 a 27%) e água ad<br />

libitum, no Laboratório de Experimentação Animal do Centro de Ciências <strong>da</strong><br />

Saúde <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong> Paraíba – LEA / CCS / UFPB na<br />

t<strong>em</strong>peratura de 23ºC ± 2ºC, ciclo claro-escuro de 12 horas( Figura 5.12).<br />

Figura 4.1 – Rato Wistar, albino, macho, adulto,<br />

com massa corporal variando entre 270 e 370g.


Figura 4.2 Acondicionamento dos animais na gaiola<br />

O tamanho <strong>da</strong> amostra foi baseado na literatura científica, na qual o<br />

número de animais é compatível com a necessi<strong>da</strong>de de resultados confiáveis,<br />

do ponto de vista de significância estatística, como também às questões<br />

bioéticas (LIMEIRA JÚNIOR et al., 2003; LIMEIRA JÚNIOR, 2004).<br />

Foram excluídos e substituídos os animais que apresentass<strong>em</strong> lesão <strong>da</strong><br />

dura-máter, infecção, deiscência <strong>da</strong> sutura e exposição do enxerto, b<strong>em</strong> como<br />

alguma patologia no transcorrer dos períodos de experimentação. Do ponto de<br />

vista histológico, aqueles que apresentass<strong>em</strong> per<strong>da</strong> do material testado<br />

durante o processamento <strong>da</strong> amostra e os com interposição de tecido mole<br />

(tecido intracraniano) na área avalia<strong>da</strong>.<br />

Os 18 <strong>ratos</strong> foram distribuídos aleatoriamente <strong>em</strong> 3 grupos com 6<br />

animais para os períodos de 15, 30 e 45 dias. Em ca<strong>da</strong> animal foram<br />

confeccionados dois defeitos de 5,0mm de diâmetro no osso parietal <strong>em</strong> ca<strong>da</strong><br />

lado <strong>da</strong> sutura sagital, de forma que o lado esquerdo correspondeu ao<br />

experimento (preenchido pelo biomaterial) e o lado direito ao controle<br />

(preenchido pelo coágulo sanguíneo).<br />

Ca<strong>da</strong> gaiola foi identifica<strong>da</strong>, b<strong>em</strong> como ca<strong>da</strong> animal, onde constaram:<br />

nome do experimento, responsável pela pesquisa, grupo, massa corporal do<br />

animal, <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> cirurgia e do acrifício. A identificação foi realiza<strong>da</strong> <strong>em</strong><br />

formulário específico e com lápis pincel na cau<strong>da</strong> do rato, onde ca<strong>da</strong> animal<br />

conteve marcações específicas, identificando seu grupo (Formulário 1).


PESQUISA: ESTUDO HISTOMORFOMETRICO DA<br />

REPARAÇÃO ÓSSEA EM RATOS APÓS O USO DE<br />

BIOMATERIAL DE ORIGEM SINTÉTICA<br />

(HIDROXIAPATITA + BETA-TRICALCIOFOSFATO).<br />

RESPONSÁVEIS PELA PESQUISA:<br />

Orientador – Francisco Limeira Júnior<br />

Pesquisadora – Caroline d’ Fatima Santos de Sousa<br />

GRUPO*:<br />

Animais**<br />

Data <strong>da</strong><br />

Cirurgia<br />

Massa<br />

corporal<br />

Sacríficio<br />

01<br />

02<br />

03<br />

04<br />

05<br />

06<br />

Formulário1- Identificação <strong>da</strong> gaiola<br />

* Identificação dos grupos:<br />

G1-01 círculo – 15 dias<br />

G2- 02 círculos – 30 dias<br />

G3-03 círculos – 45 dias<br />

** Identificação dos animais:<br />

01 – I 02 - II 03 - III 04 - IIII 05 - IIIII 06 - IIIIII


4.2 Procedimento Cirúrgico<br />

Para a administração de drogas e procedimentos cirúrgicos, ca<strong>da</strong> rato<br />

foi pesado no dia anterior no intuito de minimizar o estresse no momento <strong>da</strong><br />

cirurgia. Para a anestesia geral destes animais, foi utilizado o Hidrato de cloral<br />

10% (0,4ml/100g de peso) aplicado no músculo <strong>da</strong> coxa do animal.<br />

Imediatamente após a anestesia, foi realliza<strong>da</strong> a tricotomia <strong>da</strong> região<br />

mediana <strong>da</strong> calota craniana dos <strong>ratos</strong> e os animais foram imobilizados <strong>em</strong> uma<br />

mesa cirúrgica específica.<br />

Figura 4.3 - Tricotomia e imobilização <strong>em</strong> mesa cirúrgica específica


Descrição dos procedimentos cirúrgicos segundo Frota (2003, 2006):<br />

Anti-sepsia <strong>da</strong> região <strong>da</strong> calota craniana, com Polivinilpirrolidona-iodo 1 a<br />

10% na região a ser incisa<strong>da</strong>. Em segui<strong>da</strong>, foram feitas aposição do campo<br />

cirúrgico e infiltração anestésica local de 0,2ml de Xylocaína com Epinefrina 2 ,<br />

na concentração de 1:200.000. Este procedimento foi adotado, com o intuito de<br />

diminuir o sangramento no trans-operatório e promover um maior conforto no<br />

pós-operatório imediato (Figura 4.4);<br />

Figura 4.4 - Anti-sepsia e infiltração anestésica local<br />

Incisão linear foi efetua<strong>da</strong> através <strong>da</strong> pele e periósteo, indo <strong>da</strong> região<br />

fronto-nasal a protuberância occipital externa, com o uso de lâmina de bisturi 3<br />

nº 15, monta<strong>da</strong> <strong>em</strong> cabo de bisturi 4 Bard-Parker número 3 (Figura 4.5);<br />

1 Povidine Degermante ® - Ceras Johnson<br />

2 Xylocaína ® com Epinefrina 1:200.000 - AstraZeneca<br />

3 Feather Safety Razor CO., LTD. Medical Division<br />

4 Bard-Parker TM


Figura 4.5- Incisão linear através <strong>da</strong> pele e periósteo<br />

Descolamento do periósteo com o destaca-periósteo 5<br />

afastamento do retalho com descoladores delicados (Figura 4.6);<br />

de Molt e<br />

Figura 4.6 – Exposição do osso parietal após descolamento do retalho<br />

5 Quinelato Schobell Industrial Lt<strong>da</strong>


Ostectomia por meio de broca trefina 6 5mm de diâmetro monta<strong>da</strong> <strong>em</strong><br />

uma peça de mão reta para micro motor elétrico Dentec 7 - modelo 405N,<br />

acionado a uma veloci<strong>da</strong>de de 25.000rpm e com irrigação externa com<br />

sorofisiológico 8 0,9% ;<br />

A ostectomia criou um defeito ósseo circular de 5mm de diâmetro e de<br />

espessura total (1mm), nos lados direito (localização mais cau<strong>da</strong>l) e esquerdo<br />

(loalização mais cefálica), na região parietal, tendo-se o cui<strong>da</strong>do de não<br />

comprometer a dura-máter;<br />

O preenchimento do defeito ósseo no lado esquerdo (experimento)com<br />

enxerto sintético e do lado direito (controle) com coágulo sanguíneo (Figura<br />

4.7);<br />

hidroxiapatita + β-tricálcio-fosfato<br />

Coágulo sanguíneo<br />

.<br />

Figura 4.7 – Defeitos ósseos de 5,0 mm de diâmetro.<br />

6 Sist<strong>em</strong>a de implantes PPMM<br />

7 Dentec Indústria e Comércio Lt<strong>da</strong><br />

8 Soro Fisiológico ® - Darrow


Sutura interrompi<strong>da</strong> simples para o periósteo e contínua simples para<br />

pele com o fio poliami<strong>da</strong> 9 (mononylon 5-0), (Figuras 4.8-4.9);<br />

Figura 4.8 – Sutura interrompi<strong>da</strong> simples do periósteo (mononylon 5-0)<br />

Figura 4.9 – Sutura contínua simples <strong>da</strong> pele (mononylon 5-0)<br />

A obtenção dos espécimes, após os períodos de 15, 30 e 45 dias<br />

(CARDOSO, 2008):<br />

Eutanásia dos animais através <strong>da</strong> dose letal do anestésico;<br />

Incisão trapezoi<strong>da</strong>l de espessura total abrangendo os tecidos moles <strong>da</strong><br />

região parietal <strong>da</strong> calota craniana(Figura 4.10);<br />

9 Ethicon ® - Johnson & Johnson


Figura 4.10 – Incisão trapezoi<strong>da</strong>l de espessura total para obtenção dos<br />

espécimes<br />

Ressecção parcial <strong>da</strong> calota craniana, efetua<strong>da</strong> com broca carbide 10<br />

número 702, monta<strong>da</strong>s <strong>em</strong> peça de mão reta e aciona<strong>da</strong>s por micromotor<br />

elétrico Dentec - modelo 405N, a uma veloci<strong>da</strong>de de 25.000 rpm, com marg<strong>em</strong><br />

de segurança(Figura 4.11), com o objetivo de não haver um superaquecimento<br />

do espécime, com conseqüente necrose e alteração dos resultados.<br />

10 Genius - Baumer S.A., Mogi Mirim/SP.


Figura 4.11 – Espécime obtido após ressecção parcial <strong>da</strong> calota craniana<br />

4.8. BIOMATERIAIS SUBSTITUTOS ÓSSEOS ORIGEM SINTÉTICA<br />

O biomaterial substituto ósseo de orig<strong>em</strong> sintética utilizado apresentava<br />

a seguinte composição:<br />

Gen-phos® 10<br />

Material ósseo cerâmico bifásico, biocerâmica sintética, de alta pureza,<br />

porosa e microgranular (0,5 – 0,75 mm).<br />

Composição:<br />

1. Hidroxiapatita porosa absorvível (60 - 70%)<br />

2. β-tricálcio-fosfato (30 - 40%)<br />

4.3 Cui<strong>da</strong>dos pós-operatórios<br />

Os animais foram mantidos a t<strong>em</strong>peratura corpórea, com o intuito de o<br />

ambiente permanecer aquecido no período pós-anestésico, evitando hipotermia<br />

corporal. Foi efetua<strong>da</strong> a limpeza <strong>da</strong> feri<strong>da</strong> cirúrgica, para evitar canibalismo<br />

entre os animais devido ao odor exalado pelo sangue presente na feri<strong>da</strong><br />

cirúrgica. A dieta foi manti<strong>da</strong> s<strong>em</strong> alterações.


4.4 Análise Histológica<br />

O processamento histológico dos espécimes obtidosfoi realizado no<br />

laboratório de Patologia Bucal <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de Odontologia de Pernambuco –<br />

FOP / UPE, de acordo com as seguintes etapas:<br />

- Fixação com formol neutro (paraformaldeído 4%);<br />

- Descalcificação com ácido nítrico a 0,5% por 15 dias;<br />

- Lavag<strong>em</strong> <strong>em</strong> água corrente por 24h;<br />

- Desidratação <strong>em</strong> cadeia crescente de álcool (70 a 100%);<br />

- Diafanização <strong>em</strong> banhos de xilol ;<br />

- Inclusão <strong>em</strong> parafina;<br />

- Secção <strong>em</strong> cortes s<strong>em</strong>i-seriados de 3 m;<br />

- Coloração de rotina com H<strong>em</strong>atoxilina e Eosina (H.E.).<br />

Foi realiza<strong>da</strong> análise histológica no Laboratório de Patologia Geral do<br />

Centro de Ciências <strong>da</strong> Saúde <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong> Paraíba - CCS /<br />

UFPB. Como parâmetros histológicos foram observados: infiltrado inflamatório,<br />

vascularização, reação de corpo estranho (RCE), tecido conjuntivo fibroso<br />

(TCF), ativi<strong>da</strong>de osteoblástica e neoformação óssea. Para a avaliação dos<br />

resultados histológicos nos diferentes parâmetros, utilizou-se :<br />

1) Qualificação dos <strong>da</strong>dos morfológicos<br />

Presente (1) e ausente (0)<br />

2) Inflamação e vascularização<br />

Leve (1), moderado (2) e intenso (3)<br />

3) Ativi<strong>da</strong>de osteoblástica<br />

Presente (1), fort<strong>em</strong>ente presente (2)<br />

4) Neoformação Óssea<br />

Leve (1), leve-modera<strong>da</strong> (2), modera<strong>da</strong> (3), modera<strong>da</strong>-intensa (4), intensa<br />

(5) e completa (6)<br />

5) Reação de corpo estranho<br />

Presente (1), Ausente (0)<br />

6) Tecido conjuntivo fibroso<br />

Presente (1), Ausente (0)


4.5 Análise Morfométrica<br />

Realiza<strong>da</strong> no departamento de informática <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong><br />

Paraíba (UFPB), independente do observador, quantificando a área (μm 2 ) de<br />

matriz óssea neoforma<strong>da</strong>, através do método de segmentação de imagens<br />

(QUEIROGA et al., 2008) (Figuras 4.10, 4.11 e 4.12).<br />

Passos <strong>da</strong> Segmentação de Imagens:<br />

1. Transformação <strong>da</strong> imag<strong>em</strong> do sist<strong>em</strong>a RGB para o sist<strong>em</strong>a L*a*b*<br />

2. Segmentação utilizando o algoritmo k-médias com 7 clusters (classes) a<br />

partir <strong>da</strong>s ban<strong>da</strong>s “a” e “b” do sist<strong>em</strong>a L*a*b*.<br />

3. Nova segmentação usando o k-médias com 3 clusters a partir <strong>da</strong> classe <strong>da</strong><br />

segmentação anterior que apresentou a região de neoformação óssea.<br />

4. Binariazação <strong>da</strong> imag<strong>em</strong> pelo método de Otsu.<br />

5. Contag<strong>em</strong> de pixels com valor “1” (brancos) <strong>da</strong> imag<strong>em</strong> binária para<br />

mensurar a área (<strong>em</strong> pixels).<br />

6. Cálculo <strong>da</strong> área (<strong>em</strong> μm²) a partir de <strong>da</strong>dos obtidos usando uma escala como<br />

referência.<br />

Figura 4.12 – Imag<strong>em</strong> do defeito ósseo (com biomaterial) após 45 dias.<br />

Figura 4.13 – Imag<strong>em</strong> extraí<strong>da</strong> correspondente ao conteúdo do defeito ósseo<br />

que será segmenta<strong>da</strong> <strong>em</strong> sete classes.


Figura 4.14 – Classe utiliza<strong>da</strong> para cálculo <strong>da</strong> área (μm2) <strong>da</strong> matriz óssea<br />

neoforma<strong>da</strong>.<br />

4.6 Análise Estatística<br />

Como forma de análise descritiva, foram obti<strong>da</strong>s as distribuições<br />

absolutas, percentuais uni e bivaria<strong>da</strong>s e medi<strong>da</strong>s estatísticas (média,<br />

mediana, desvio padrão e coeficiente de variância). Diante dos <strong>da</strong>dos obtidos,<br />

poderam ain<strong>da</strong> ser utilizados os seguintes testes: Qui-quadrado (será utilizado<br />

o exato de Fisher quando as condições para utilização do X2 não for<strong>em</strong> ideais).<br />

O nível de significância ou marg<strong>em</strong> de erro na aplicação dos testes será de<br />

5.0%. Os <strong>da</strong>dos serão digitados na planilha Excel e processados no programa<br />

estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences).<br />

4.7 Considerações Éticas<br />

O <strong>estudo</strong> foi desenvolvido segundo as normativas conti<strong>da</strong>s no Colégio<br />

Brasileiro de Experimentação Animal e após aprovação pelo Comitê de Ética<br />

<strong>em</strong> Pesquisa Animal do Laboratório Animal <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong><br />

Paraíba – CCS / UFPB.<br />

4.8 Fonte de Fomentos<br />

Os itens previstos no orçamento para realização desta pesquisa foram<br />

financiados pelo próprio pesquisador.


5 Resultados<br />

Resultados


As análises foram feitas de acordo com o grupo(G1,G2,G3) ao qual os<br />

animais pertenciam, destacando-se os subgrupos A ( experimento) e B<br />

(controle) para facilitar a compreensão.<br />

5.1 Análise Histológica<br />

Em todos os espécimes estu<strong>da</strong>dos, independent<strong>em</strong>ente do t<strong>em</strong>po de<br />

observação e dos subgrupos, foram verifica<strong>da</strong>s a presença de tecido conjuntivo<br />

fibroso e a ausência de reação de corpo estranho. Os d<strong>em</strong>ais parâmetros<br />

histológicos (inflamação, vascularização, ativi<strong>da</strong>de osteoblástica e<br />

neoformação óssea) estiveram presentes, variando quanto à classificação.<br />

G1-A<br />

Houve inflamação predominant<strong>em</strong>ente modera<strong>da</strong>, exceto dois casos<br />

que foram leve. Quanto à vascularização dois casos foram moderado e os<br />

d<strong>em</strong>ais intensos. A ativi<strong>da</strong>de osteoblástica <strong>em</strong> um espécime esteve presente;<br />

os d<strong>em</strong>ais foram fort<strong>em</strong>ente presente. A neoformação óssea <strong>em</strong> um caso foi<br />

leve, leve-modera<strong>da</strong> <strong>em</strong> quatro e modera<strong>da</strong> <strong>em</strong> outro (Figuras 5.1, 5.2 e 5.3).<br />

G1-B<br />

Inflamação foi leve <strong>em</strong> dois casos e modera<strong>da</strong> <strong>em</strong> quatro. A<br />

vascularização identifica<strong>da</strong> foi leve <strong>em</strong> apenas um caso, modera<strong>da</strong> <strong>em</strong> três e<br />

intensa nos outros dois. A ativi<strong>da</strong>de osteoblástica foi predominant<strong>em</strong>ente<br />

presente, excetuando um caso fort<strong>em</strong>ente presente. A neoformação óssea foi<br />

leve <strong>em</strong> cinco espécimes e apenas um foi leve-moderado (Figuras 5.4, 5.5 e<br />

5.6).<br />

G2-A<br />

Em dois casos observou-se inflamação leve. Vascularização intensa <strong>em</strong><br />

cinco casos e apenas um leve. A ativi<strong>da</strong>de osteoblástica fort<strong>em</strong>ente presente<br />

nos seis animais. A neoformação óssea leve-modera<strong>da</strong> <strong>em</strong> quatro espécimes,<br />

apresentando apenas dois casos do tipo moderado (Figuras 5.7, 5.8, 5.9 e<br />

5.10).<br />

G2-B<br />

Inflamação foi leve <strong>em</strong> cinco espécimes, no outro moderado. A<br />

vascularização leve <strong>em</strong> dois casos, modera<strong>da</strong> <strong>em</strong> três e intensa <strong>em</strong> um. A<br />

ativi<strong>da</strong>de osteoblástica foi presente <strong>em</strong> quatro animais, apresentando-se


fort<strong>em</strong>ente presente nos outros dois. A neoformação óssea foi<br />

predominant<strong>em</strong>ente leve com quatro casos e leve-modera<strong>da</strong> nos outros dois<br />

(Figuras 5.11, 5.12 e 5.13).<br />

G3-A<br />

Nos seis animais, a inflamação identifica<strong>da</strong> foi leve. A vascularização foi<br />

leve <strong>em</strong> apenas um caso, modera<strong>da</strong> <strong>em</strong> dois e intensa nos outros três. A<br />

ativi<strong>da</strong>de osteoblástica foi fort<strong>em</strong>ente presente <strong>em</strong> todos os espécimes. A<br />

neoformação óssea apresentou-se nas formas modera<strong>da</strong>, modera<strong>da</strong>-intensa e<br />

intensa, ca<strong>da</strong> uma com dois casos (Figuras 5.14, 5.15 e 5.16).<br />

G3-B<br />

A inflamação foi predominant<strong>em</strong>ente leve, excetuando um caso<br />

moderado. Dos seis animais, um apresentou vascularização leve e os d<strong>em</strong>ais<br />

na forma intensa. A ativi<strong>da</strong>de osteoblástica foi presente e fort<strong>em</strong>ente presente<br />

com três casos ca<strong>da</strong> uma (Figuras 5.17, 5.18 e 5.19).<br />

Figura 5.1. – Partículas do biomaterial (*). Bor<strong>da</strong>s do defeito (>). G1-A (H.E.)


Figura 5.2 – Neoformação óssea incipiente (>) na bor<strong>da</strong> do<br />

defeito.G1-A (H.E.)<br />

Figura 5.3-Pavimentação osteoblástica (>) envolta <strong>da</strong> trabécula óssea.<br />

Presença de vasos sanguíneos congestos (*).G1-A (H.E.)


Figura 5.4 -S<strong>em</strong> evidência de neoformação óssea no interior <strong>da</strong><br />

cavi<strong>da</strong>de (*). Bor<strong>da</strong>s do defeito (>). G1-B (H.E.)<br />

Figura 5.5 -Neoformação óssea incipiente a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do<br />

defeito (>). G1-B (H.E.)


Figura 5.6 -Trabécula óssea neoforma<strong>da</strong> (*) e ativi<strong>da</strong>de<br />

osteoblástica(>). G1-B(H.E.)<br />

Figura 5.7 -Neoformação óssea a partir <strong>da</strong>s bor<strong>da</strong>s do defeito (>). G2-A (H.E).


Figura 5.8 -Neoformação óssea (>) a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito<br />

e <strong>da</strong>s partículas do biomaterial. G2-A (H.E.).<br />

Figura 5.9 -Trabécula óssea neoforma<strong>da</strong> (*) entre as partículas<br />

do biomaterial.G2-A (H.E).


Figura 5.10- Neoformação óssea a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito (*). G2-A (H.E.).<br />

Figura 5.11 – Ausência de neoformação óssea no interior <strong>da</strong>cavi<strong>da</strong>de(*).Bor<strong>da</strong>s<br />

do defeito (>). G2-B (H.E).


Figura 5.12 –Tecido conjuntivo no interior do defeito ósseo com presença de<br />

vasos sanguíneos congestos (>). G2-B (H.E).<br />

Figura 5.13– Osso neoformado a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito (*).<br />

G2-B (H.E).


Figura 5.14 – Neoformação óssea <strong>em</strong> to<strong>da</strong> extensão <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de<br />

(*). Bor<strong>da</strong>s do defeito (>). G3-A ( H.E.).<br />

Figura 5.15 – Tecido ósseo neoformado (*) a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do defeito (>),<br />

estendendo-se para o interior do defeito. G3-A (H.E.).


Figura 5.16 –Trabéculas ósseas no interior do defeito (*)<br />

nas adjacências <strong>da</strong>s partículas do biomaterial. G3-A (H.E.).<br />

Figura 5.17 –Tecido conjuntivo fibroso no interior <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de (*) e presença<br />

de neoformação óssea incipiente (>) a partir <strong>da</strong>s bor<strong>da</strong>s do defeito. G3-B<br />

(H.E.).


Figura 5.18 –Neoformação óssea incipiente a partir <strong>da</strong> bor<strong>da</strong><br />

do defeito (>).G3-B (H.E.).<br />

Figura 5.19 – Tecido conjuntivofibroso com vasos sanguíneos congestos (>).<br />

G3-B (H.E.).


5.2 Análise Morfométrica<br />

O método de segmentação de imagens <strong>em</strong> sete classes foi utilizado<br />

para análise morfométrica <strong>da</strong> matriz neoforma<strong>da</strong> nos períodos de 15, 30 e 45<br />

dias. Não houve segmentação <strong>da</strong>s imagens para os grupos G1 e G2, devido à<br />

impossibili<strong>da</strong>de de contag<strong>em</strong> <strong>da</strong> área (μm2) nos subgrupos experimentais e<br />

controles. Para o G3, observou-se uma área correspondent<strong>em</strong>ente a<br />

(10.598,37 ± 3.071,55) para G3-A.<br />

5.3 Análise Estatística<br />

De acordo com a Tabela 1, na avaliação com 15 dias, todos os animais<br />

apresentaram inflamação que variou de leve a modera<strong>da</strong>, tanto nos subgrupos<br />

experimentais quanto controles. Aos 30 e 45 dias, os subgrupos experimentais<br />

apresentaram inflamação leve e nos subgrupos controles, com exceção de um<br />

caso no grau moderado para ambos os t<strong>em</strong>pos, todos tiveram inflamação leve.<br />

Os resultados estatísticos não foram significantes (p > 0,05).


Tabela 1 – Infiltrado inflamatório<br />

____________________________________________________________<br />

Avaliação/Subgrupo Inflamação n % Valor de p<br />

______________________________________________________________<br />

15 dias<br />

Experimental Leve 2 33,3 p(1) = 0,567<br />

Modera<strong>da</strong> 4 66,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

Controle Leve 2 33,3 p(1) = 1,000<br />

Modera<strong>da</strong> 4 66,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

30 dias<br />

Experimental Leve 6 100,0 **<br />

TOTAL 6 100,0<br />

Controle Leve 5 83,3 p (1) = 1,000<br />

Modera<strong>da</strong> 1 16,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

45 dias<br />

Experimental Leve 6 100,0 **<br />

TOTAL 6 100,0<br />

Controle Leve 5 83,3 p (1) =1,000<br />

Modera<strong>da</strong> 1 16,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

(**) Não foi possível determinar devido à ausência de categorias.<br />

(1) Através do teste Exato de Fisher.


A Tabela 2 mostra que no resultado <strong>da</strong> vascularização com 15 dias todos os<br />

animais do subgrupo experimental apresentaram-se com vascularização<br />

modera<strong>da</strong> a intensa, onde as freqüências variaram de um a quatro casos, e no<br />

subgrupo controle, os espécimes tiveram vascularização leve, modera<strong>da</strong> e<br />

intensa, variando de um a quatro casos. Com 30 dias, no subgrupo<br />

experimental, o grau de vascularização intenso foi predominante e apenas um<br />

animal apresentou vascularização leve. Quanto ao subgrupo controle, a<br />

vascularização foi leve, modera<strong>da</strong> e intensa, variando de um a três casos. Aos<br />

45 dias, ca<strong>da</strong> subgrupo experimental teve apenas um caso de vascularização<br />

leve, sendo dois casos <strong>da</strong> forma modera<strong>da</strong> e os d<strong>em</strong>ais espécimes do grau<br />

intenso. Nos subgrupo controle, a maioria dos casos foram de vascularização<br />

intensa e apenas um foi <strong>da</strong> forma leve. Os resultados não foram<br />

estatisticamente significantes (p > 0,05).


Tabela 2 – Vascularização<br />

_______________________________________________________________<br />

Avaliação/Subgrupo Vascularização n % Valor de p<br />

15 dias<br />

Experimental Modera<strong>da</strong> 2 33,3 p(1) = 1,000<br />

Intensa 4 66,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

Controle Leve 1 16,7 p(1) = 0,740<br />

Modera<strong>da</strong> 3 50,0<br />

Intensa 2 33,3<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

30 dias<br />

Experimental Leve 1 16,7 p(1) = 1,000<br />

Intensa 5 83,3<br />

TOTAL 6 100,0<br />

Controle Leve 2 33,3 p(1) = 1,000<br />

Modera<strong>da</strong> 3 50,0<br />

Intensa 1 16,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

45 dias<br />

Experimental Leve 1 16,7 p(1) = 0,697<br />

Modera<strong>da</strong> 2 33,3<br />

Intensa 3 50,0<br />

TOTAL 6 100,0<br />

Controle Leve 1 16,7 p(1) = 1,000<br />

Intensa 5 83,3<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

(1) Através do teste Exato de Fisher.


De acordo com a tabela 3, não houve reação de corpo estranho <strong>em</strong><br />

nenhum dos animais analisados de acordo com grupo (t<strong>em</strong>po de avaliação) e<br />

subgrupo .<br />

Tabela 3 – Reação de corpo estranho (RCE)<br />

_______________________________________________________________<br />

Avaliação/Subgrupo RCE n % Valor de p<br />

_______________________________________________________________<br />

15 dias<br />

Experimental Ausente 6 100,0 **<br />

Controle Ausente 6 100,0 **<br />

_______________________________________________________________<br />

30 dias<br />

Experimental Ausente 6 100,0 **<br />

Controle Ausente 6 100,0 **<br />

_______________________________________________________________<br />

45 dias<br />

Experimental Ausente 6 100,0 **<br />

Controle Ausente 6 100,0 **<br />

_______________________________________________________________<br />

(**) Não foi possível determinar devido à ausência de categorias.<br />

A Tabela 4 mostra a presença de tecido conjuntivo fibroso <strong>em</strong> todos os<br />

animais analisados, independente do grupo e subgrupo.<br />

Tabela 4 – Tecido conjuntivo fibroso<br />

_______________________________________________________________<br />

Avaliação/ Subgrupo TCF n % Valor de p<br />

_______________________________________________________________<br />

15 dias<br />

Experimental Presente 6 100,0 **<br />

Controle Presente 6 100,0 **<br />

_______________________________________________________________<br />

30 dias<br />

Experimental Presente 6 100,0 **<br />

Controle Presente 6 100,0 **<br />

_______________________________________________________________<br />

45 dias<br />

Experimental Presente 6 100,0 **<br />

Controle Presente 6 100,0 **<br />

_______________________________________________________________<br />

(**) Não foi possível determinar devido à ausência de categorias.


Segundo a Tabela 5, na avaliação com 15 dias, a ativi<strong>da</strong>de<br />

osteoblástica apresentou-se, fort<strong>em</strong>ente presente com 83,0% e presente com<br />

16,7% no subgrupo A, e praticamente invertendo estes valores para o<br />

subgrupo B. Após 30 dias, o subgrupo experimental teve ativi<strong>da</strong>de<br />

osteoblástica fort<strong>em</strong>ente presente <strong>em</strong> 100% dos espécimes e o subgrupo<br />

controle apresentou a maioria presente, 66,7% e 33,3% fort<strong>em</strong>ente presente.<br />

Com 45 dias, todos os animais do subgrupo experimental teve ativi<strong>da</strong>de<br />

osteoblástica fort<strong>em</strong>ente presente (100%), enquanto que o subgrupo controle<br />

apresentou igualmente presente (50%) e fort<strong>em</strong>ente presente (50%). Não se<br />

verificaram diferenças significantes entre os grupos para nenhum dos<br />

subgrupos (p > 0,05).<br />

Tabela 5 – Ativi<strong>da</strong>de osteoblástica segundo o grupo e o subgrupo<br />

_______________________________________________________________<br />

Grupo /Subgrupo Ativi<strong>da</strong>de osteoblástica n % Valor de p<br />

_______________________________________________________________<br />

G1<br />

A Presente 1 16,7 p(1) = 1,000<br />

Fort<strong>em</strong>ente presente 5 83,3<br />

TOTAL 6 100,00<br />

B Presente 5 83,3 p(1) = 1,000<br />

Fort<strong>em</strong>ente presente 1 16,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

G2<br />

A Fort<strong>em</strong>ente presente 6 100,0 **<br />

TOTAL 6 100,0<br />

B Presente 4 66,7 p(1) = 1,000<br />

Fort<strong>em</strong>ente presente 2 33,3<br />

TOTAL 6 100,0<br />

______________________________________________________<br />

G3<br />

A Fort<strong>em</strong>ente presente 6 100,0 **<br />

TOTAL 6 100,0<br />

B Presente 3 50,0 p(1) = 0,545<br />

Fort<strong>em</strong>ente presente 3 50,0<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

(**) Não foi possível determinar devido à ausência de categorias.<br />

(1) Através do teste Exato de Fisher.


A Tabela 6 mostra os resultados <strong>da</strong> neoformação óssea segundo o<br />

grupo e o subgrupo, classificando-a <strong>em</strong>: 1) leve, 2) leve-modera<strong>da</strong>, 3)<br />

modera<strong>da</strong>, 4) modera<strong>da</strong>-intensa, 5) intensa e 6) completa. Não houve<br />

diferenças estatisticamente significantes (p > 0,05).<br />

Tabela 6 – Neoformação óssea<br />

_______________________________________________________________<br />

Grupo / Subgrupo Neoformação óssea n % Valor de p<br />

_______________________________________________________________<br />

G1<br />

Experimental Leve 1 16,7 p(1) = 0,740<br />

Leve-modera<strong>da</strong> 4 66,7<br />

Modera<strong>da</strong> 1 16,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

Controle Leve 5 83,3 p(1) = 1,000<br />

Leve-modera<strong>da</strong> 1 16,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

______________________________________________________<br />

G2<br />

Experimental Leve-modera<strong>da</strong> 4 66,7 p(1) = 0,481<br />

Modera<strong>da</strong> 2 33,3<br />

TOTAL 6 100,0<br />

Controle Leve 4 66,7 p(1) = 1,000<br />

Leve-modera<strong>da</strong> 2 33,3<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

G3<br />

Experimental Modera<strong>da</strong> 2 33,3 p(1) = 0,610<br />

Modera<strong>da</strong>-intensa 2 33,3<br />

Intensa 2 33,3<br />

TOTAL 6 100,0<br />

Controle Leve 3 50,0 p(1) = 0,766<br />

Leve-modera<strong>da</strong> 2 33,3<br />

Modera<strong>da</strong> 1 16,7<br />

TOTAL 6 100,0<br />

_______________________________________________________________<br />

(1) Através do teste Exato de Fisher.


Da tabela 7 é possível concluir que a neoformação óssea estava<br />

presente nos grupos G1, G2 e G3 do subgrupo A e ausente ou incipiente nos<br />

grupos G1, G2 e G3 do subgrupo B portanto existe diferença fort<strong>em</strong>ente<br />

significativa entre os grupos para os subgrupos.<br />

Tabela 7 – Média e desvio padrão <strong>da</strong> média dos escores <strong>da</strong> neoformação<br />

óssea<br />

_______________________________________________________________<br />

Avaliação Subgrupo Média ± DP Valor de p (%)<br />

_______________________________________________________________<br />

G1 A 2,00 ± 0,63 p(1) = 0,604<br />

B 1,17 ± 0,41 p(1) = 0,727<br />

_______________________________________________________________<br />

G2 A 2,33 ± 0,52 p(1) = 0,275<br />

B 1,33 ± 0,52 p(1) = 1,000<br />

_______________________________________________________________<br />

G3 A 4,00 ± 0,89 p(1) = 0,470<br />

B 1,67 ± 0,82 p(1) = 0,316<br />

_______________________________________________________________<br />

(1) Através do teste de Mann-Whitney.<br />

A tabela seguinte mostra a neoformação óssea através <strong>da</strong> análise<br />

morfométrica no período de 45 dias entre o subgrupo experimental e controle.<br />

Tabela 8 - Média e desvio padrão <strong>da</strong> média dos escores <strong>da</strong> neoformação óssea<br />

através <strong>da</strong> segmentação morfométrica.<br />

Subgrupo Média ±DP Valor de p<br />

_______________________________________________________________<br />

• Experimental 10598,37 ± 3071,55 p(1) = 0,222<br />

_______________________________________________________________<br />

• Controle 3689,09 ± 2194,10 p(1) = 0,222<br />

_______________________________________________________________<br />

(1)Através do teste de Mann-Whitney


Discussão


6 Discussão<br />

Os enxertos autógenos ain<strong>da</strong> são tidos como “padrão ouro”, para<br />

lesões acima do limite crítico de reparo, devido à sua capaci<strong>da</strong>de de<br />

osteogenici<strong>da</strong>de, osteocondutivi<strong>da</strong>de, osteoindução e aspectos de segurança<br />

dentro <strong>da</strong> janela imunológica do receptor (VON ARX et al., 2001; NKENKE et<br />

al., 2002). To<strong>da</strong>via os enxertos autógenos implicam <strong>em</strong> morbi<strong>da</strong>de causa<strong>da</strong> á<br />

área doadora e consiste de uma fonte esgotável (KHAN et al., 2005; FELLAH<br />

et al., 2008; WALSH et al., 2008).<br />

Para que estas e outras limitações sejam supera<strong>da</strong>s e também devido<br />

aos grandes desenvolvimentos científico e tecnológico, os profissionais <strong>em</strong><br />

saúde lançam mão <strong>da</strong> utilização de biomateriais de orig<strong>em</strong> sintética que<br />

possibilitam, <strong>em</strong> muitos casos, a diminuição ou a eliminação do uso de<br />

materiais de orig<strong>em</strong> biológica (DALAPICULA; CONZ, 2008).<br />

O ponto crítico para as pesquisas <strong>em</strong> biomateriais sintéticos é a<br />

utilização de um modelo animal que tenha características s<strong>em</strong>elhantes ao<br />

reparo ósseo, intram<strong>em</strong>branoso, do complexo buco-maxilo-facial. No entanto,<br />

vários modelos animais têm sido propostos no desenvolvimento de um<br />

protocolo padrão. (BUCHAIM et al., 2002; LIMEIRA JÚNIOR, 2004; FELLAH et<br />

al., 2008).<br />

No experimento utilizou-se calota craniana de <strong>ratos</strong> Wistar já que<br />

possibilita um <strong>estudo</strong> pareado, s<strong>em</strong> efeitos indesejáveis entre os subgrupos<br />

experimental e controle, são de fácil manuseio e acesso no mercado, além do<br />

que agrega os benefícios de possuír<strong>em</strong> osso com reparo s<strong>em</strong>elhante aos<br />

maxilares. O osso parietal é formado por uma placa que apresenta corticais<br />

externa e interna compactas, relativamente espessas, com faixa intermediária<br />

estreita de osso medular e com ossificação intram<strong>em</strong>branosa (FROTA, 2006).<br />

Ain<strong>da</strong> neste trabalho foram estabelecidos critérios como animais devi<strong>da</strong>mente<br />

anestesiados para diminuir a morbi<strong>da</strong>de pós-operatória e defeitos acima do<br />

limite crítico de reparo fisiológico 5,0 mm de diâmetro, definido como limite<br />

crítico para o osso parietal de <strong>ratos</strong> Wistar (JONES et al., 2007).<br />

Foi utilizado na presente pesquisa o biomaterial sintético composto de<br />

hidroxiapatita e tricálcio fosfato (Gen-phos®) Estes biomateriais são de<br />

micropartículas com características osteocondutoras e reabsorção


elativamente lenta. A utilização de derivados inorgânicos sintéticos<br />

(hidroxiapatita e β- tricálcio fosfato) como materiais de preenchimento,<br />

espaçadores e substitutos para os enxertos ósseos, sugere biocompatibili<strong>da</strong>de<br />

<strong>em</strong> relação ao tecido hospedeiro, pois as reações inflamatórias observa<strong>da</strong>s<br />

histologicamente (Tabela 1) foram compara<strong>da</strong>s entre os espécimes enxertados<br />

e de controle, variando de leve a moderado entre os grupos G1, G2 e G3 e<br />

diminuindo de intensi<strong>da</strong>de no subgrupo A de acordo com o t<strong>em</strong>po, aliado ao<br />

aumento <strong>da</strong> vascularização (Tabela 2) d<strong>em</strong>onstrando que o processo<br />

inflamatório não é devido exclusivamente ao material utilizado, mas do próprio<br />

processo de reparação tecidual, s<strong>em</strong>elhante a encontrados <strong>em</strong> ensaios<br />

experimentais( SICCA et al., 2000; MOREIRA et al., 2003; SANADA et al.,<br />

2003).<br />

É interessante o fato de não ter sido observa<strong>da</strong> reação de corpo<br />

estranho (Tabela3) <strong>em</strong> nenhum dos subgrupos, seja no experimento ou<br />

controle, independente do período observado nesta pesquisa, corroborando<br />

com os padrões aceitos para materiais biocompatíveis de acordo com Estrela<br />

(2001), onde deve haver discreta ou nenhuma reação tecidual nos períodos<br />

avaliados e ain<strong>da</strong> diminuindo com o decorrer dos períodos sendo insignificante<br />

aos 60 dias. De acordo com os achados de Frota (2006), esses resultados<br />

insignificantes de reação a corpo estranho pode ser evidenciado<br />

histologicamente devido à permeabili<strong>da</strong>de do tecido conjuntivo entre os<br />

grânulos do material implantado, o que confere um aspecto reticular, menos<br />

evidente aos 30 dias, s<strong>em</strong> que isto tenha promovido algum tipo de reação<br />

tecidual. Dessa forma é comum este tipo de reação ao material quando<br />

implantado <strong>em</strong> tecido mole, sendo a reação minimiza<strong>da</strong> no uso <strong>em</strong> defeitos<br />

ósseos (FELLAH et al., 2007).<br />

O tecido conjuntivo fibroso (Tabela 4) esteve presente <strong>em</strong> todos os<br />

animais analisados, independente do grupo e subgrupo, no entanto houve<br />

aumento considerável <strong>da</strong> celulari<strong>da</strong>de no G3 <strong>em</strong> comparação ao G1, podendo<br />

este fato ser atribuído a uma maior proliferação e transformação <strong>da</strong>s células<br />

osteoprogenitoras observa<strong>da</strong> histologicamente pela morfodiferenciação celular.<br />

Estes achados coadunam com os <strong>estudo</strong>s de Cardoso (2008).<br />

Em todos os animais deste <strong>estudo</strong> foi visualiza<strong>da</strong> a ativi<strong>da</strong>de<br />

osteoblástica entretanto, a ativi<strong>da</strong>de osteoblástica esteve, nos subgrupos


experimentais, mais fort<strong>em</strong>ente presente <strong>em</strong> comparação ao controle.<br />

Segundo a Tabela 5, na avaliação com G1, a ativi<strong>da</strong>de osteoblástica<br />

apresentou-se, fort<strong>em</strong>ente presente <strong>em</strong> 5 animais e presente <strong>em</strong> apenas 1 no<br />

subgrupo A, praticamente invertendo estes valores para o subgrupo B. para<br />

G2, o subgrupo A teve ativi<strong>da</strong>de osteoblástica fort<strong>em</strong>ente presente <strong>em</strong> todos os<br />

espécimes e o subgrupo B apresentou a maioria presente <strong>em</strong> 4 e 2 espécimes<br />

fort<strong>em</strong>ente presente. No G3, todos os animais do subgrupo A apresentou<br />

ativi<strong>da</strong>de osteoblástica fort<strong>em</strong>ente presente, enquanto que o subgrupo B<br />

apresentou igualmente presente <strong>em</strong> metade destes. Os achados histológicos<br />

mostraram pavimentação osteoblástica <strong>em</strong> trabéculas ósseas neoforma<strong>da</strong>s,<br />

tanto a partir <strong>da</strong>s bor<strong>da</strong>s do defeito quanto <strong>da</strong> superfície <strong>da</strong>s partículas do<br />

biomaterial, o que vai de encontro aos resultados de Handschel et al. (2002)<br />

que atribuíram ao tricálcio fosfato (TCP) a ausência de osteocondutivi<strong>da</strong>de<br />

quando implantados na calvária de <strong>ratos</strong> Wistar. No entanto, esta proprie<strong>da</strong>de<br />

do TCP foi relata<strong>da</strong> por Frota (2006), assim como <strong>da</strong> hidroxiapatita por Limeira<br />

Júnior (2004).<br />

Observou-se neoformação óssea <strong>em</strong> todos os espécimes <strong>da</strong> amostra,<br />

apresentando maior intensi<strong>da</strong>de no subgrupo A, havendo aumento gra<strong>da</strong>tivo <strong>da</strong><br />

reparação, sendo melhor identificado (Tabela 6) <strong>em</strong> G2 e G3. Tanto o grupo<br />

controle quanto o experimental apresentaram um aumento <strong>da</strong> neoformação<br />

óssea ao longo o t<strong>em</strong>po, confirmando os resultados de Laureano Filho (2001).<br />

Na histomorfometria, os grupos experimentais apresentaram neoformação<br />

óssea estatisticamente maior que o grupo controle concor<strong>da</strong>ndo com os<br />

resultados de Horch et al. (2006). Esse fato também foi confirmado pela análise<br />

histológica de Miran<strong>da</strong> et al. (2005), concluindo que o material ósseo inorgânico<br />

pode ser usado de rotina <strong>em</strong> cirurgia ortopédica, proporcionando uma<br />

cicatrização óssea precoce.<br />

Nesta pesquisa, a matriz óssea neoforma<strong>da</strong> foi submeti<strong>da</strong> à análise<br />

morfométrica através do método de segmentação de imagens (QUEIROGA et<br />

al., 2008). Para a segmentação, foi utilizado o algoritmo k-médias com 7<br />

clusters (classes) a partir <strong>da</strong>s ban<strong>da</strong>s “a” e “b” do sist<strong>em</strong>a L*a*b*. No entanto,<br />

nos períodos de 15 e 30 dias, as imagens segmenta<strong>da</strong>s não apresentaram<br />

classes que pudess<strong>em</strong> ser aproveita<strong>da</strong>s no cálculo de área (μm²). Desta forma,<br />

apenas o período de 45 dias foi considerado. Este fato pode ter ocorrido <strong>em</strong>


função <strong>da</strong> neoformação óssea incipiente e <strong>da</strong> presença marcante <strong>da</strong>s<br />

partículas dos biomateriais nos grupos G1 e G2 que, provavelmente,<br />

dificultaram uma dissociação efetiva <strong>da</strong>s imagens. De acordo com a tabela 7, o<br />

subgrupo A apresentou média de escores <strong>da</strong> neoformação óssea ligeiramente<br />

maior que o B <strong>em</strong> G3, pois a regeneração óssea aconteceu pelas bor<strong>da</strong>s do<br />

defeito e de forma incipiente. A neoformação óssea no subgrupo A ocorreu<br />

entre as partículas do biomaterial, principalmente nos grupos 2 e 3. Neste<br />

último, foi possível a identificação do preenchimento de to<strong>da</strong> extensão do<br />

aspecto basilar do defeito ósseo na maioria dos animais.<br />

Verifica-se que o biomaterial utilizado t<strong>em</strong> importante papel sobre o<br />

metabolismo ósseo, na osteogênese, e apresenta característica<br />

osteocondutora, tendo indicação para ser implantado <strong>em</strong> defeitos ósseos acima<br />

do tamanho crítico, contribuindo para o tratamento de lesões ósseas do<br />

complexo bucomaxilofacial.


Conclusão


7 Conclusão<br />

De acordo com os resultados obtidos conclui-se que reparação dos<br />

defeitos ósseos na calota craniana de <strong>ratos</strong> Wistar, com a utilização de<br />

biomaterial de orig<strong>em</strong> sintética (hidroxiapatita + β-tricalcio fosfato) nos períodos<br />

de 15, 30 e 45 foi melhor no subgrupo experimental (A) comparado ao controle<br />

(B), constatando a estímulo <strong>da</strong> formação de osso pelo biomaterial.


Referências<br />

Bibliográficas


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Apêndice<br />

Formulário1- Identificação <strong>da</strong> gaiola<br />

PESQUISA: ESTUDO HISTOMORFOMETRICO DA<br />

REPARAÇÃO ÓSSEA EM RATOS APÓS O USO DE<br />

BIOMATERIAL DE ORIGEM SINTÉTICA<br />

(HIDROXIAPATITA + BETA-TRICALCIOFOSFATO).<br />

RESPONSÁVEIS PELA PESQUISA:<br />

Orientador – Francisco Limeira Júnior<br />

Pesquisadora – Caroline d’ Fatima Santos de<br />

Sousa<br />

GRUPO*:<br />

Animais**<br />

Data <strong>da</strong><br />

Cirurgia<br />

Massa<br />

corporal<br />

Sacríficio<br />

01<br />

02<br />

03<br />

04<br />

05<br />

06<br />

* Identificação dos grupos:<br />

G1-01 círculo – 15 dias<br />

G2- 02 círculos – 30 dias<br />

G3-03 círculos – 45 dias<br />

** Identificação dos animais:<br />

01 – I 02 - II 03 - III 04 - IIII 05 - IIIII 06 - IIIIII

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