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MAPA DO TRABALHO INFORMAL

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lo, grande parte encontra-se em atividades consideradas<br />

informais. Na Tabela 3, pode-se ver<br />

que 48,2% dos trabalhadores ocupados em<br />

1998, ou seja, cerca de 2,5 milhões de pessoas,<br />

estavam nessa situação. No mais importante<br />

mercado de trabalho do país, portanto, quase<br />

a metade dos ocupados estão inseridos precariamente.<br />

Evolução do setor informal<br />

Como se observa na Tabela 3, nos anos 90<br />

verificou-se um aumento contínuo do percentual<br />

de ocupados em atividades informais entre<br />

as pessoas que moram ou trabalham no município<br />

de São Paulo. Em 1990, o setor informal<br />

respondia por 36,3% do total de ocupados<br />

e passou a responder por 48,8% em 1999, experimentando<br />

um crescimento de 34,4% durante<br />

a década.<br />

Essa tendência de crescimento do setor informal<br />

foi acompanhada por outra, em sentido<br />

oposto, de diminuição do percentual de indivíduos<br />

ocupados em atividades formais, que,<br />

em 1990, representavam 63,7% do total de<br />

ocupados e caíram para 51,2% em 1999, apresentando<br />

uma redução de 19,6%.<br />

A expansão do setor informal nos anos 90<br />

foi determinada pelo crescimento dos<br />

percentuais de assalariados sem carteira assinada<br />

em empresas com mais de cinco empregados,<br />

que cresceu 64,7%, passando de 5,1%<br />

para 8,4% da população ocupada; de donos de<br />

negócio familiar, cujo aumento atingiu 62,5%,<br />

passando de 1,6% para 2,6%; de empregados<br />

domésticos, que passou de 6,1% para 9,1%,<br />

crescendo 49,2%; de assalariados em empresas<br />

com até cinco empregados sem carteira assinada,<br />

que representavam 2,8% dos ocupados,<br />

em 1990, e passaram a representar 3,9%, em<br />

1999, com um aumento de 39,2%; e de autônomos,<br />

cujo percentual passou de 14,2% para<br />

17,9% dos ocupados, acumulando um crescimento<br />

de 26%.<br />

Nesses anos, também se verificaram alterações<br />

na composição do setor informal. Os autônomos<br />

se mantiveram à frente dos demais grupos, constituindo<br />

o segmento mais numeroso do setor.<br />

Apesar dessa supremacia, trata-se de um segmento<br />

em declínio relativo. Em 1990, representava<br />

39,1% do total de ocupados no setor informal,<br />

contra 36,7%, em 1999, recuando 6,2%. O<br />

segmento dos assalariados em empresas com até<br />

cinco empregados com carteira assinada foi o<br />

que sofreu a maior redução, diminuindo em<br />

31,2% sua participação no setor informal, ao<br />

passo que o segmento que mais cresceu foi o<br />

dos assalariados sem carteira assinada em empresas<br />

com mais de cinco empregados.<br />

A Tabela 4 mostra a composição do setor<br />

entre 1990 e 1999, com a respectiva variação<br />

sofrida por cada segmento.<br />

Ao mesmo tempo que cresceu, o setor informal<br />

sofreu alterações importantes ao longo da<br />

década de 1990. Por um lado, houve um<br />

declínio da participação dos trabalhadores autônomos<br />

e uma queda acentuada do percentual<br />

de assalariados em pequenos negócios com<br />

carteira assinada e, por outro lado, ampliou-se<br />

significativamente a participação de assalariados<br />

sem carteira assinada e de empregados domésticos<br />

no mercado de trabalho no município<br />

de São Paulo.<br />

Inserção no setor informal segundo atributos<br />

pessoais (Tabelas 5 a 8, p. 52 e 53)<br />

A inserção nas atividades informais varia segundo<br />

as características pessoais da população<br />

estudada. Embora um número crescente<br />

de trabalhadores venha ingressando no setor<br />

informal, é expressiva a participação de negros,<br />

mulheres, pessoas acima de 40 anos de idade e<br />

com menor grau de escolaridade.<br />

Mais da metade das mulheres ocupadas no<br />

município de São de Paulo encontra-se em atividades<br />

informais (52%). Também se encontra<br />

nessa situação mais da metade da população<br />

não-branca ocupada (53%). Observa-se,<br />

portanto, que os trabalhadores não-brancos e<br />

as mulheres, que são alvo de maior discriminação<br />

e encontram mais dificuldade para conseguir<br />

emprego regular, se dirigem com maior<br />

freqüência para o setor informal.<br />

Também é expressiva a presença de trabalhadores<br />

com 40 anos ou mais nas atividades<br />

informais: 53,5% das pessoas ocupadas com<br />

essa faixa de idade encontram-se no setor informal.<br />

Isto confirma a maior dificuldade desses<br />

trabalhadores de encontrar emprego regular.<br />

Verifica-se, ainda, que entre as crianças e os<br />

jovens de 10 a 17 anos de idade ocupados no<br />

25 <strong>MAPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>TRABALHO</strong> <strong>INFORMAL</strong>

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