MAPA DO TRABALHO INFORMAL
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Tabela 49<br />
Último emprego/cargo<br />
Emprego/cargo citado<br />
qde.<br />
Ajudante geral 1<br />
Ascensorista 1<br />
Aux. de almoxarifado 1<br />
Balconista 2<br />
Bordadeira 1<br />
Chefe de seção 1<br />
Copeira 2<br />
Costureira 2<br />
Eletricista de manutenção 1<br />
Empregada doméstica 3<br />
Empregada doméstico 1<br />
Gerente de vendas 1<br />
Gerente financeiro 1<br />
Inspetor de qualidade em metalúrgica 1<br />
Mensageiro 1<br />
Motorista 6<br />
Office-boy 1<br />
Operador de máquina 1<br />
Operador de som 1<br />
Prensista 1<br />
Sapateiro 1<br />
Servente 2<br />
Servente de pedreiro 2<br />
Taxista 1<br />
Técnico de manutenção de máquinas 1<br />
Vendedor de automóvel 1<br />
Vendedor de calçados 2<br />
Vigia em empresa 1<br />
Vigilante 1<br />
Total de citações 42<br />
<strong>MAPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>TRABALHO</strong> <strong>INFORMAL</strong><br />
42<br />
fissional, anterior ao ingresso no setor informal.<br />
Como se verifica na Tabela 49, grande<br />
parte dos entrevistados trabalhava em ocupações<br />
que não exigem conhecimentos específicos<br />
ou escolaridade, como vigia, servente de<br />
pedreiro, copeira, empregada doméstica, balconista<br />
etc.<br />
Trata-se, de modo geral, de trabalhadores que<br />
vêem suas chances de emprego reduzidas em<br />
função da baixa qualificação profissional,<br />
agravada em muitos casos pelo avanço da idade.<br />
Muitos disseram que “depois dos 40 anos”<br />
é impossível obter alguma colocação. Por isso,<br />
a informalidade representa uma situação<br />
irreversível para grande parte desses trabalhadores,<br />
o que é comprovado pelo fato de muitos<br />
se encontrarem há mais de dez anos no setor<br />
informal.<br />
De fato, os entrevistados que se encontram<br />
há muitos anos na informalidade já não alimentam<br />
expectativas de reingressar no mercado<br />
formal de trabalho. Para esses trabalhadores,<br />
há que se buscar alternativas que não impliquem,<br />
necessariamente, o restabelecimento do<br />
vínculo empregatício, mas que possam garantir<br />
uma renda mínima e propiciar alguma segurança<br />
no futuro. A organização em cooperativas<br />
que lhes permitam, por exemplo, o acesso<br />
a algum sistema de crédito e condições mais<br />
favoráveis de negociação com fornecedores<br />
pode ser uma alternativa. A existência de várias<br />
cooperativas de catadores de material<br />
reciclável mostra a viabilidade desse tipo de<br />
organização.<br />
Nenhum dos entrevistados formulou qualquer<br />
demanda relacionada a saúde, educação,<br />
transporte ou outros direitos sociais. Eles apontam<br />
a regulamentação da atividade como sendo<br />
a principal – na maior parte das vezes, a<br />
única – ação esperada do poder público. A falta<br />
de regulamentação afeta efetivamente quase<br />
todas as categorias estudadas e tem se revelado<br />
um fator de corrupção, violência e insegurança.<br />
Os trabalhadores informais, mesmo<br />
quando podem, deixam de fazer investimentos<br />
para melhorar seus negócios e aumentar<br />
seus ganhos, pois vivem em conflito com os<br />
agentes fiscalizadores e temem ser impedidos<br />
de trabalhar ou ter seus equipamentos e mercadorias<br />
apreendidos. Freqüentemente, esses<br />
conflitos evoluem da apreensão da mercadoria<br />
para a agressão física e o confronto com a<br />
polícia.<br />
A não-contribuição para a Previdência Social<br />
é uma característica marcante dos trabalhadores<br />
informais. Entre os entrevistados,<br />
apenas os perueiros, um dos grupos mais capitalizados<br />
e com maior escolaridade, contribuem<br />
com a Previdência. Para a grande maioria, entretanto,<br />
não sobra dinheiro para isso. Além<br />
de constituir um problema atual para a Previdência<br />
Social, a não-contribuição representa<br />
uma verdadeira “bomba-relógio”, armada para<br />
explodir em poucos anos, já que o número de<br />
pessoas ocupadas nas atividades informais tem<br />
aumentado continuamente.<br />
A família representa, para a maior parte dos<br />
entrevistados, a única possibilidade de apoio.<br />
É dela que vem a ajuda nas horas de necessidade,<br />
em caso de doença ou de problemas financeiros.<br />
A ocupação de um número cada vez