Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar - IPq
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Trabalhar em conjunto <strong>com</strong> a pessoa <strong>para</strong> lidar <strong>com</strong> a doença<br />
Quadro 22. Razões pelas quais a pessoa po<strong>de</strong> recusar o tratamento<br />
Algumas das razões pelas quais a pessoa po<strong>de</strong> recusar tratamento:<br />
• Se ela tem dificulda<strong>de</strong>s em aceitar que tem a doença ou que precisa <strong>de</strong> tratamento.<br />
• Se ela não quer estar associada ao estigma que por vezes está relacionado ao transtor no <strong>bipolar</strong>.<br />
• Gosta <strong>de</strong> estar maníaca ou hipomaníaca e não quer tratar-se.<br />
• Está <strong>de</strong>masiado doente <strong>para</strong> perceber ou ter consciência <strong>de</strong> que precisa <strong>de</strong> tratamento.<br />
• Se se preocupa <strong>com</strong> os efeitos secundários da medicação.<br />
• Se não quer ficar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da medicação.<br />
• Sente que a medicação controla <strong>de</strong>masiadamente seu humor.<br />
Reagir caso a pessoa recuse<br />
responsabilizar-se sobre a gestão da doença<br />
Consi<strong>de</strong>re as seguintes opções caso se torne claro que a pessoa se recusa<br />
a responsabilizar-se pela gestão <strong>de</strong> sua doença:<br />
• Converse <strong>com</strong> ela sobre a forma <strong>com</strong>o a doença está afetando<br />
sua vida (por exemplo, seus objetivos, suas aspirações, suas relações<br />
ou finanças).<br />
• Diga à pessoa quais são suas preocupações relativas à doença e <strong>com</strong>o<br />
esta a está afetando e aos outros (por exemplo, sua relação <strong>com</strong> a<br />
pessoa, sua saú<strong>de</strong>, seu trabalho ou a situação financeira familiar).<br />
• Fale <strong>com</strong> a pessoa sobre <strong>com</strong>o as consequências negativas da<br />
doença po<strong>de</strong>m ser reduzidas ou evitadas no futuro.<br />
• Peça à pessoa que siga algumas estratégias <strong>de</strong> gestão da doença<br />
(por exemplo, consultar o médico, reduzir a ingestão <strong>de</strong> álcool ou<br />
<strong>de</strong> outras drogas) e verbalize que a adoção <strong>de</strong>sses <strong>com</strong>portamentos<br />
po<strong>de</strong>rá beneficiá-la (e possivelmente ao cuidador também). Se<br />
possível, dê a ela a opção <strong>de</strong> escolha ao <strong>de</strong>terminar as estratégias <strong>de</strong><br />
gestão da doença que ela <strong>de</strong>ve seguir (por exemplo, “Você po<strong>de</strong> ver<br />
seu médico ou contatar a equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental <strong>com</strong>unitária”).<br />
• Contate seu próprio médico <strong>para</strong> obter aconselhamen to profissional.<br />
• Contate as <strong>pessoas</strong> que possam apoiá-lo e em quem confia (por<br />
exemplo, um amigo, um advogado <strong>de</strong> <strong>cuidadores</strong> ou um grupo<br />
<strong>de</strong> apoio).<br />
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