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Matéria Técnica<br />
CERAS PROTETORAS CONTRA<br />
O ENVELHECIMENTO DA BORRACHA<br />
AUTORA: MELISSA PERON E SÁ CARNEIRO DE SOUSA<br />
ENGENHEIRA QUÍMICA DA PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A<br />
1. Introdução<br />
As ceras <strong>para</strong>fínicas pod<strong>em</strong> ser definidas como ingredientes<br />
utilizados <strong>para</strong> proteger um polímero contra os agentes externos<br />
causadores do envelhecimento, especialmente o ozônio e<br />
a int<strong>em</strong>périe. Sua ação é de suma importância <strong>em</strong> artefatos<br />
fabricados com elastômeros diênicos.<br />
As ceras de petróleo, também conhecidas como ceras<br />
<strong>para</strong>fínicas e agentes de proteção físicos, têm a função de<br />
prevenir a ruptura das duplas ligações dos elastômeros<br />
insaturados dos efeitos destrutivos dos agentes de<br />
envelhecimento externos.<br />
Atuam fornecendo uma barreira física à penetração do<br />
ozônio e outros agentes de envelhecimento externos, através<br />
da formação de um filme de cera de espessura fina. Sua atuação<br />
está vinculada a formação e manutenção desta película,<br />
protegendo os artefatos <strong>em</strong> uso estático ou aqueles <strong>em</strong> que a<br />
película pode ser mantida mesmo <strong>em</strong> uso dinâmico e nos<br />
períodos de não uso.<br />
O ataque do ozônio e outros agentes de envelhecimento nas<br />
insaturações do elastômero acarreta um fendilhamento b<strong>em</strong><br />
definido e perpendicular à direção da tensão aplicada. Esta<br />
reação leva a uma ruptura da cadeia e à formação de vários<br />
produtos da decomposição. Para controlar este ataque, tanto<br />
as ceras <strong>para</strong>fínicas como os antiozonantes químicos são<br />
adicionados às borrachas insaturadas.<br />
De modo a atender o segmento de pneumáticos e visando<br />
compl<strong>em</strong>entar seu portfólio neste segmento, a Petrobrás<br />
Soluções Químicas desenvolveu a cera antiozonante<br />
PARABRAX OZONE 32, cujas características físico-quimicas<br />
estão mostradas no it<strong>em</strong> 2.<br />
A fim de verificar a performance da PARABRAX OZONE 32 <strong>em</strong><br />
relação a produtos já <strong>em</strong> uso no mercado foi realizado um<br />
estudo de avaliação com<strong>para</strong>tiva da PARABRAX OZONE 32<br />
com outra cera antiozonante presente no mercado, cujos<br />
resultados encontram-se no it<strong>em</strong> 4. O estudo foi realizado<br />
no CETEPO - (Centro Tecnológico de Polímeros SENAI).<br />
2. PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS<br />
A PARABRAX OZONE 32 é composta por uma mistura de<br />
hidrocarbonetos saturados de alto peso molecular. Possui<br />
seus átomos de carbono organizados <strong>em</strong> cadeias abertas,<br />
saturadas, podendo ser normais ou ramificadas.<br />
Sua apresentação na forma de lentilhas permite a economia<br />
de energia na fusão do produto e facilita sobr<strong>em</strong>aneira o<br />
manuseio e aplicação nos processos industriais.<br />
As principais características físico-químicas do produto<br />
encontram-se apresentadas a seguir.<br />
Características Método de Análise Especificação Unidade<br />
Aspecto - Sólido branco -<br />
Cor Saybolt ASTM D-156 Mín. + 20 -<br />
Teor de óleo ASTM D -721 Máx. 1,0 % peso<br />
Densidade a 70°C ASTM D -1298 0,78* g/cm³<br />
Ponto de Fusão ASTM D-87 63,0 - 67,0 °C<br />
Penetração a 25°C ASTM D-1321 Mín. 15,0 0,1 mm<br />
* Valor típico<br />
44 - <strong>Borracha</strong> <strong>Atual</strong>
FUSÃO DAS CERAS<br />
As amostras foram aquecidas a uma taxa de 10°C/min até<br />
150°C, sob fluxo de nitrogênio. A t<strong>em</strong>peratura foi mantida<br />
por 5 minutos <strong>para</strong> a fusão de toda a amostra. Em seguida,<br />
houve resfriamento na mesma taxa até a t<strong>em</strong>peratura de<br />
-20°C, permanecendo nesta t<strong>em</strong>peratura por 5 minutos.<br />
As amostras foram novamente aquecidas à taxa de 10°C/min<br />
até 150°C. O gráfico a seguir representa os termogramas das<br />
ceras <strong>em</strong> estudo após a eliminação de sua história térmica<br />
(segundo aquecimento da amostra).<br />
Termogramas das ceras: linha cheia:<br />
PARABRAX OZONE-32; linha pontilhada: Produto A.<br />
Conforme se visualiza na sobreposição das curvas, as t<strong>em</strong>peraturas<br />
de fusão das amostras analisadas são bastante s<strong>em</strong>elhantes, e<br />
encontram-se no intervalo de t<strong>em</strong>peratura que caracteriza as ceras<br />
microcristalinas e <strong>para</strong>fínicas.<br />
3. PRINCIPAIS APLICAÇÕES<br />
A PARABRAX OZONE 32 atua como agente de proteção<br />
<strong>em</strong> pneus e artefatos de borracha diversos, protegendo-os<br />
contra os efeitos oxidantes da int<strong>em</strong>périe e do ozônio.<br />
de pré-condicionamento antes do ensaio.<br />
- Avaliação com<strong>para</strong>tiva entre a cera <strong>em</strong> estudo no teor,<br />
t<strong>em</strong>po e t<strong>em</strong>peratura ótimos definidos na etapa anterior com<br />
outra cera comercial, através dos ensaios de:<br />
Tensão e Alongamento na Ruptura; Dureza Shore A;<br />
Envelhecimento Acelerado <strong>em</strong> Estufa, 70h a 70ºC (variação<br />
de dureza, tensão e alongamento na ruptura); Resistência ao<br />
Ozônio e Força de Descolamento.<br />
Em formulações de compostos elastoméricos costuma-se<br />
utilizar entre 1 e 3 phr (partes por c<strong>em</strong> partes de borracha) de<br />
cera, independente do tipo. Aqui foram estudados os teores<br />
de 1, 3 e 5phr, sendo o teor de 5phr uma quantidade um<br />
pouco acima do recomendado, mas necessária <strong>para</strong> que se<br />
possa definir a quantidade ótima.<br />
A definição da quantidade ótima de cera a ser utilizada num<br />
composto deve levar <strong>em</strong> conta, além da proteção física<br />
contra o ataque de agentes de envelhecimento, a minimização<br />
de efeitos adversos, tais como a perda de propriedades<br />
funcionais (resistência ao rasgo, à abrasão, à flexão, adesão<br />
a cordonéis etc.) e de propriedades de processo (tack ou adesividade<br />
dos compostos não-vulcanizados, etc.).<br />
O aumento da quantidade de cera deve melhorar a Resistência<br />
ao Ozônio, mas deve trazer prejuízo a essas outras propriedades.<br />
Desta forma, a quantidade ótima é aquela que proporciona<br />
um melhor equilíbrio entre as perdas e os ganhos.<br />
4.2 Resultados Obtidos<br />
AVALIAÇÃO DA PARABRAX OZONE 32<br />
4. DESEMPENHO DO PRODUTO<br />
Foram realizados testes com<strong>para</strong>tivos de des<strong>em</strong>penho da<br />
PARABRAX OZONE 32 <strong>em</strong> relação a outro produto similar<br />
presente no mercado, denominado de "Produto A".<br />
4.1 Metodologia<br />
O trabalho de estudo das ceras consistiu de: - Elaboração dos<br />
compostos de borracha a base de SBR + BR com diferentes<br />
teores de cera antiozonante PARABRAX OZONE-32 (1, 3 e 5 phr)<br />
e um composto s<strong>em</strong> cera e, então, foi realizada a avaliação da<br />
Resistência ao Ozônio, de forma a verificar a proteção conferida<br />
pela cera. Os compostos foram submetidos a diferentes<br />
condições de t<strong>em</strong>po (24, 72 e 360 h) e t<strong>em</strong>peratura (23 e 40+2ºC)<br />
Nesta etapa, diferentes concentrações da cera PARABRAX<br />
OZONE 32 foram incorporadas <strong>em</strong> um composto de borracha<br />
e foi avaliado o grau ótimo de proteção através do ensaio de<br />
Envelhecimento Acelerado <strong>em</strong> Ozônio.<br />
Além das concentrações das ceras, foram variados o t<strong>em</strong>po<br />
(24, 72 e 360 h) e a t<strong>em</strong>peratura (23 e 40ºC) de pré-condicionamento<br />
das amostras.<br />
A t<strong>em</strong>peratura utilizada no pré-condicionamento foi a mesma<br />
utilizada no ensaio.<br />
Pre<strong>para</strong>ção dos compostos<br />
Primeiramente foi pre<strong>para</strong>do um master dos ingredientes<br />
conforme a fórmula, a seguir, s<strong>em</strong> a cera <strong>em</strong> estudo, utilizando<br />
uma formulação típica de banda de rodag<strong>em</strong>.<br />
<strong>Borracha</strong> <strong>Atual</strong> - 45
Matéria Técnica<br />
Ingredientes<br />
Quantidade, phr<br />
SBR 1712 96,25<br />
Polibutadieno - BR 45 30,00<br />
Ácido Esteárico 2,00<br />
Óxido de Zinco 4,00<br />
Condições do ensaio: 70 horas / 23°C ou 40ºC / 25mPa de ozônio<br />
(25mPa = 25pphm)<br />
Foram colocadas <strong>em</strong> teste duas tiras da amostra. Elas foram alongadas<br />
20%, sendo efetuada a avaliação referente ao aparecimento<br />
de fendas após 24, 48 e 70 h de exposição. Os corpos-de-prova<br />
foram observados com lupa com lente de 7X de aumento.<br />
Negro-de-fumo N339 75,00<br />
Acelerador N-Cicloexil-2-benzotiazil Sulfenamida 1,50<br />
Enxofre 1,80<br />
Branco A<br />
TOTAL 210,55<br />
O master obtido foi dividido <strong>em</strong> partes, uma s<strong>em</strong> cera, e nas<br />
d<strong>em</strong>ais foi adicionada, então, a cera <strong>em</strong> diferentes teores (1,<br />
3 e 5 phr), gerando os seguintes compostos:<br />
- Branco A<br />
- Parabrax 1 phr<br />
- Parabrax 3 phr<br />
- Parabrax 5 phr<br />
Curva Reométrica<br />
Parabrax 1phr<br />
Parabrax 3phr<br />
Parabrax 5phr<br />
Obtida <strong>em</strong> Reômetro RPA 2000 (t<strong>em</strong>peratura: 160°C, t<strong>em</strong>po:<br />
30min, arco: 0,5o, freqüência: 100 cpm).<br />
Parabrax<br />
Parâmetros Branco A 1phr 3phr 5phr<br />
Torque mínimo - ML, dN.m 3,0 2,8 2,6 2,5<br />
Torque máximo - MH, dN.m 20,5 20,2 19,2 17,345<br />
Fotografia dos corpos-de-prova pré-condicionados por 24h a<br />
23ºC e após 70h de exposição a 23ºC e d<strong>em</strong>ais condições<br />
acima referidas<br />
Branco A<br />
T<strong>em</strong>po de pré-vulcanização - ts1, min 2,1 2,2 2,6 3,1<br />
T<strong>em</strong>po ótimo de cura - t90, min 8,6 8,8 9,0 9,1<br />
As características de cura dos compostos apresentam pequena<br />
variação relativa ao branco <strong>em</strong> função do aumento do teor de<br />
cera, comportamento considerado normal.<br />
Parabrax 1phr<br />
Parabrax 3phr<br />
Envelhecimento Acelerado <strong>em</strong> Ozônio segundo método<br />
ASTM D 1149-99 Tipo A<br />
Parabrax 5phr<br />
Os corpos-de-prova vulcanizados foram submetidos a diferentes<br />
t<strong>em</strong>pos de pré-condicionamento (24, 72 e 360h) e a diferentes<br />
t<strong>em</strong>peraturas (23+2ºC e 40 ± 2ºC) <strong>para</strong> a posterior exposição<br />
ao ensaio de Envelhecimento Acelerado ao Ozônio. Com a<br />
introdução destas variáveis, pretende-se verificar se a provável<br />
diferença na quantidade de cera que migra <strong>para</strong> a superfície<br />
exerce influência sobre a proteção contra o ozônio.<br />
Importante ressaltar que no pré-condicionamento os corposde-prova<br />
não foram alongados, e no condicionamento antes<br />
da realização do ensaio foram alongados 20%.<br />
Fotografia dos corpos-de-prova prova pré-condicionados por<br />
360h a 40ºC e após 70h de exposição a 40ºC e d<strong>em</strong>ais<br />
condições acima referidas<br />
Pela análise dos corpos-de-prova do ensaio de Resistência ao<br />
Ozônio verificou-se que, com 1phr da cera, na condição de<br />
23°C, a proteção conferida aos compostos já foi efetiva.<br />
O composto "Branco A" apresentou severo fendilhamento.<br />
Na t<strong>em</strong>peratura de ensaio de 40ºC, com<strong>para</strong>tivamente ao<br />
46 - <strong>Borracha</strong> <strong>Atual</strong>
ensaio a 23ºC, notou-se que foi necessária uma maior quantidade<br />
(3phr) de cera <strong>para</strong> obter boa resistência ao ozônio,<br />
evidenciando uma diminuição da cera migrada <strong>para</strong> a superfície<br />
dos corpos-de-prova que os deixou mais vulneráveis ao<br />
ozônio. Devido ao aumento da solubilidade da cera com o<br />
aumento da t<strong>em</strong>peratura, é necessária maior quantidade de<br />
cera no composto <strong>para</strong> que se obtenha uma proteção equivalente.<br />
O t<strong>em</strong>po de pré-condicionamento mostrou pouca ou<br />
nenhuma influência nos resultados, indicando que o t<strong>em</strong>po<br />
decorrido (pré-condicionamento e condicionamento) até a<br />
exposição dos corpos-de-prova ao ozônio foi suficiente <strong>para</strong> a<br />
formação de uma boa película protetora de cera na sua superfície.<br />
A experiência <strong>em</strong> ensaios de resistência ao ozônio t<strong>em</strong> mostrado<br />
que, quando o composto é vulnerável ao ataque do ozônio, há<br />
o surgimento de muitas fendas pequenas, dentro de poucas<br />
horas, e que vão aumentando gradualmente de tamanho.<br />
Quando a vulnerabilidade é menor, normalmente se observa<br />
o surgimento de poucas fendas, com maior d<strong>em</strong>ora, que aumentam<br />
mais rapidamente de tamanho como foi observado no composto<br />
com 1phr de PARABRAX OZONE 32 na condição de 40ºC.<br />
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DAS CERAS<br />
Foi pre<strong>para</strong>do um master dos ingredientes conforme a fórmula<br />
abaixo, s<strong>em</strong> a cera <strong>em</strong> estudo.<br />
Ingredientes<br />
Quantidade, phr<br />
SBR 1712 96,25<br />
BR 45 30,00<br />
Ácido Esteárico 2,00<br />
Óxido de Zinco 4,00<br />
Negro-de-fumo N339 75,00<br />
Acelerador N-Cicloexil-2-benzotiazil Sulfenamida 1,50<br />
Enxofre 1,80<br />
TOTAL 210,55<br />
Posteriormente este master foi dividido <strong>em</strong> partes, sendo<br />
adicionadas as ceras a ser<strong>em</strong> avaliadas (PARABRAX OZONE 32,<br />
Produto A), e a outra constituiu o branco, gerando os compostos:<br />
- Branco B - Parabrax 1phr - Produto A 1 phr<br />
Considerando o resultado obtido na etapa anterior, foi utilizada<br />
a concentração de 1phr das ceras no master elaborado<br />
conforme a formulação acima. A quantidade de 1 phr foi considerada<br />
a que proporcionou o melhor equilíbrio entre a<br />
resistência ao ozônio e a "probabilidade" de trazer prejuízos<br />
às propriedades do composto de borracha.<br />
Curva Reométrica<br />
Obtida <strong>em</strong> Reômetro RPA 2000 (t<strong>em</strong>peratura: 160°C, t<strong>em</strong>po:<br />
30 min, arco: 0,5o, freqüência: 100 cpm).<br />
Parabrax Produto A<br />
Parâmetros Branco B 1 phr 1 phr<br />
Torque mínimo - ML, dN.m 3,0 2,8 3,0<br />
Torque máximo - MH, dN.m 20,5 20,2 20,5<br />
T<strong>em</strong>po de pré-vulcanização - ts1, min 2,1 2,2 2,0<br />
T<strong>em</strong>po ótimo de cura - t90, min 8,6 8,8 9,5<br />
Com<strong>para</strong>tivamente ao composto "branco B" e entre os compostos<br />
com cera, foram observadas diferenças pequenas nas<br />
características de cura, podendo-se afirmar que a influência<br />
das ceras foi insignificante.<br />
Propriedades Físico-mecânicas<br />
Propriedades Originais<br />
Parabrax Produto A<br />
Branco B 1 phr 1 phr<br />
Dureza, Shore A (mediana) 70 70 70<br />
Módulo a 300%, MPA 16,3 16,9 16,5<br />
Kgf/cm 2 166 172 169<br />
psi 2360 2450 2400<br />
Tensão na Ruptura, MPa 22,7 22,5 22,1<br />
kgf/cm 2 231 229 226<br />
psi 3290 3260 3210<br />
Alongamento na Ruptura, % 408 398 388<br />
Propriedades após Envelhecimento Acelerado <strong>em</strong> Estufa,<br />
70h a 70°C<br />
Parabrax Produto A<br />
Branco B 1 phr 1 phr<br />
Variação de Dureza Shore A, pontos +3 +4 +4<br />
Variação de Tensão de Ruptura, % -6 -6 -3<br />
Variação do Alongamento na Ruptura, % -32 -25 -21<br />
Determinação da Força de Descolamento<br />
Os corpos-de-prova <strong>para</strong> este ensaio foram vulcanizados <strong>em</strong><br />
molde por compressão, sobrepondo-se duas mantas de borracha<br />
que ficaram <strong>em</strong> repouso prévio por 24 horas, prática<br />
comum na indústria da borracha.<br />
Amostra Força máx. de Adesão*, N/mm Força máx. de Adesão*, N/m<br />
Branco B 13,7 13700<br />
Parabrax 1 phr 11,9 11900<br />
Produto A 1 phr 12,6 12600<br />
* O corpo-de-prova rasgou ao invés de descolar na interface de adesão.<br />
<strong>Borracha</strong> <strong>Atual</strong> - 47
Matéria Técnica<br />
Envelhecimento Acelerado <strong>em</strong> Ozônio segundo método<br />
ASTM D 1149-99 Tipo A<br />
Condicionamento dos corpos-de-prova: 24 h a 23 ± 2°C<br />
Condições do ensaio: 70 horas / 23°C / 25mPa<br />
Foram colocadas <strong>em</strong> teste duas tiras da amostra. Elas foram<br />
alongadas 20%, sendo efetuada a avaliação referente ao<br />
aparecimento de fendas após 24, 48 e 70 h de exposição.<br />
Os corpos-de-prova foram observados com lupa com lente de<br />
7X de aumento.<br />
Branco B<br />
Após 70 h de exposição, os corpos-de-prova apresentaram muitas<br />
fendas, maiores que 2,5 mm, visíveis a olho nu.<br />
uma resistência ao descolamento lev<strong>em</strong>ente inferior e similar<br />
entre si. Como não houve descolamento propriamente<br />
dito, e sim rasgamento da borracha, pode-se afirmar que a<br />
adição de cera aos compostos não prejudicou a colag<strong>em</strong>.<br />
Envelhecimento Acelerado ao Ozônio: Observando-se os<br />
resultados obtidos na avaliação com<strong>para</strong>tiva foi verificado<br />
que a PARABRAX OZONE 32 apresentou melhor resistência<br />
relativa ao ozônio. Pela característica dos fendilhamentos<br />
observados nos compostos desta etapa, os resultados obtidos<br />
indicam que, se for utilizada uma quantidade um pouco<br />
maior (2 a 3phr) de cera nos compostos, é grande a possibilidade<br />
deles não apresentar<strong>em</strong> fendilhamentos. Estas observações<br />
indicam que a diferença na resistência ao ozônio conferida<br />
aos compostos pelas amostras é relativamente pequena<br />
e poderia não ter sido percebida caso se tivesse utilizado<br />
uma quantidade maior de cera nos compostos.<br />
5. CONCLUSÕES FINAIS<br />
Parabrax 1 phr<br />
Após 70 h de exposição, os corpos-de-prova apresentaram<br />
poucas fendas, nas bordas, maiores que 3,6 mm, visíveis a<br />
olho nu.<br />
Em compostos de borracha verificou-se que houve uma<br />
maior proteção dos corpos-de-prova com a aplicação da cera<br />
antiozonante. Considerando os resultados apresentados, a<br />
PARABRAX OZONE 32 cumpriu b<strong>em</strong> a função a que se destina,<br />
estando seu des<strong>em</strong>penho compatível com os d<strong>em</strong>ais produtos<br />
do mercado.<br />
Produto A 1 phr<br />
Após 70h de exposição, os corpos-de-prova apresentaram<br />
poucas fendas, nas bordas, maiores que 7mm, visíveis a olho nu.<br />
Conclusões<br />
Dureza Shore A: Todos os compostos apresentaram o mesmo<br />
valor. Este é um fato positivo, pois a cera adicionada não<br />
alterou esta propriedade.<br />
Resistência à Tração: Com<strong>para</strong>tivamente ao composto<br />
"branco B", foram muito pequenas as diferenças observadas<br />
no módulo a 300% na tensão e alongamento na ruptura, indicando,<br />
mais uma vez, que as ceras não influíram negativamente<br />
nestas propriedades.<br />
Envelhecimento Acelerado <strong>em</strong> Estufa, 70h a 70°C:<br />
Com<strong>para</strong>tivamente ao composto "branco B", os compostos<br />
com cera apresentaram uma resistência ao envelhecimento<br />
lev<strong>em</strong>ente melhor, evidenciada pela menor variação do<br />
alongamento na ruptura. Entre si, os compostos com cera<br />
apresentaram resultado muito s<strong>em</strong>elhante.<br />
Resistência à Força de Descolamento: Com<strong>para</strong>tivamente ao<br />
composto "branco B", os compostos com cera apresentaram<br />
6. MEIO AMBIENTE E SAÚDE<br />
A PARABRAX OZONE 32 é uma mistura de hidrocarbonetos<br />
saturados que apresentam elevado ponto de fulgor, tornando<br />
seu manuseio bastante seguro.<br />
Em função de suas características de inércia química e baixa<br />
solubilidade, não é considerada passível de causar danos ao<br />
meio ambiente.<br />
É um produto não tóxico.<br />
7. MÉTODOS / PROCEDIMENTOS UTILIZADOS<br />
Pre<strong>para</strong>ção de Composto<br />
ASTM D3182-89, Reap. 2001<br />
Pre<strong>para</strong>ção de corpos-de-prova de borracha<br />
ASTM D3182-89, Reap. 2001<br />
Curva Reométrica<br />
ASTM D5289-95, Reap. 2001<br />
Dureza Shore A<br />
ASTM D2240-2003,<br />
Resistência à Tensão e Alongamento na ruptura<br />
ASTM D412-98 Reap. 2002 1 (Método A); Corpo-de-prova tipo C<br />
Envelhecimento Acelerado <strong>em</strong> Estufa<br />
ASTM D573-99<br />
Envelhecimento Acelerado <strong>em</strong> Ozônio<br />
NBR 8360-84 Método A; (corpos-de-prova <strong>em</strong> forma de tira alongada 20%)<br />
Resistência à Flexão De Mattia<br />
ASTM D430- 95 (Reapproved 2000) - Aparecimento de fendas<br />
48 - <strong>Borracha</strong> <strong>Atual</strong>