Rio Claro - cidade dos esportes - Claudio Di Mauro

O projeto original do edifício foi oferecido pelo
Capitão Silvio de Magalhães Padilha que, na época, ocupava o cargo de
Diretor do Departamento de Esportes do Estado, e a direção das obras
ficou a cargo do Dr. Fernando Betin Paes Leme, membro atuante da
comissão de finanças da construção do Ginasium.
Nessa época, a cidade sofria enorme racionamento
de energia elétrica com cortes constantes de fornecimento, tanto para
as indústrias, como para as residências. À meia noite apagavam-se as
luzes da cidade, deixando casas, ruas, avenidas e praças públicas em
total escuridão.
Tentando sanar a falta de energia elétrica, a
comissão de finanças, guiada pelo Capitão Padilha, foi, pela terceira
vez, ao Palácio Campos Elíseos, pedir ao governador o empréstimo de
geradores. O Dr. Adhemar de Barros, com seu jeito simples e amigo,
falou: “Agora não é mais a história dos três mosqueteiros, é o saco dos
três pedintes de Rio Claro”.
Foram cedidos à comissão de finanças dois geradores
a diesel, que, instalados na Central Elétrica de Rio Claro, permitiram um
fornecimento normal e contínuo, durante o final da construção e ainda,
por todo o desenrolar do 14º. Campeonato dos Jogos Abertos do
Interior.
Nos três meses anteriores à inauguração, as obras
tiveram que ser executadas até as vinte e três horas, para que fossem
concluídas a tempo.
As obras do Ginásium foram concluídas no dia 03 de
outubro, ou seja, a sete meses e doze dias do lançamento da pedra
fundamental.
O trabalho de limpeza realizado nos dias 04 a 07 de
outubro, do Ginásium, foi outro exercício de civismo, pois dezenas de
pessoas ajudavam, de forma eficiente, a tirar entulhos, a varrer
internamente, a espanar portas e janelas, a passar panos úmidos no
gradil e na arquibancada, de tal forma que, no dia da inauguração, o
Ginásium brilhava em imponência e limpeza.
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