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Estudos Paulo Freire - Projeto Guri

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sempre, transformá-la. Objetivar a realidade para<br />

conhecê-la, e não transformá-la (agir sobre ela), é um<br />

falso reconhecimento.<br />

ii. Este falso reconhecimento possui um caráter subjetivista,<br />

visto que, fugindo da realidade objetiva, “cria” uma falsa<br />

realidade a qual somente pode ser transformada no plano<br />

das ideias, as quais não possuem relação nenhuma com<br />

as situações concretas.<br />

1. Tal tendência pode verificar-se tanto na atuação<br />

dos oprimidos - e neste caso os mesmos ainda não<br />

estão no plano da verdadeira práxis -, como na dos<br />

opressores - que, intencionalmente, criam esta<br />

falsa realidade subjetivista para racionalizar num<br />

plano ideativo as contradições objetivas que ferem<br />

os seus interesses de classe.<br />

a. Nestes termos, coloca-se que, se para os<br />

opressores o ideal é a não-inserção crítica<br />

dos sujeitos oprimidos, seu procedimento é a<br />

criação de diversas falsas realidade,<br />

alimentadas por mitos diversos que visam<br />

retirar as bases objetivas da realidade<br />

b. Já para as massas, e para as lideranças<br />

revolucionárias que visam a transformação<br />

objetiva da realidade em comunhão<br />

verdadeira com estas, o seu procedimento<br />

deve ser a práxis em conjunto com o povo,<br />

para que a reflexão constante da realidade<br />

os habilite no processo constante de<br />

desenvolvimento das ações visando a esta<br />

transformação<br />

i. Assim, no pensar dialético, a inserção<br />

crítica na realidade é um quefazer, ou<br />

seja, a ação propriamente humana no<br />

mundo não pode ser ativismo, que<br />

sacrifica a reflexão, nem palavreado,<br />

que sacrifica a ação. Deve ser práxis.<br />

5. A pedagogia do oprimido é uma pedagogia do diálogo, por isso, criação<br />

também das massas.<br />

● Assim, se é como sujeitos e não como objetos que os homens<br />

afirmam a sua vocação ontológica de ser mais, o papel educativo<br />

da revolução deve estar imbuído, de maneira profundamente<br />

intrínseca, do diálogo enquanto fomentador da práxis autêntica<br />

i. Assim, as massas tornam-se, prioritariamente, sujeitos<br />

desta pedagogia, visto que discutem, avaliam, inserem-se<br />

no processo ativo de busca pela sua libertação.<br />

ii. Nestes termos, qualquer pedagogia que vise transformar<br />

os sujeitos oprimidos em depósitos de prescrições de<br />

como a realidade deve ser refletida e transformada, serve<br />

somente aos interesses dos opressores...<br />

1. Visto que mantém as massas em estado de<br />

imersão das consciências e, assim, os torna<br />

objetos, serem sem inserção crítica e, portanto,

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