LÃvia Gebara Muraro Serrate Cordeiro EsterÃ³is ... - NIMA - PUC-Rio

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99 3,5 Mediana; Box: 25%, 75%; Whisker: Min, Max Concentração de esteróis (mg/g C) 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 S1(mg/g C) S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 S13 S14 0,0 -0,5 I II III IV V VI VII VIII IX X Estação Figura 25: Distribuição espacial das medianas, percentis e máximos e mínimos das concentrações dos esteróis (mg.g -1 C), considerando as amostragens de 02 de março e 22 de setembro de 2004, nas amostras de sedimento superficial do estuário do <strong>Rio</strong> Iguaçu, Baía de Guanabara. Legenda: S1: Coprostanol (5β-colestan-3β-ol); S2: Epicoprostanol (5β-colestan-3α-ol); S3: Epi-colestanol (5α-colestan-3α–ol); S4: Coprostanona (5β-colestan-3-ona); S5: Colesterol (colest-5-en-3β-ol); S6: Colestanol (5αcolestan-3β-ol); S7: Colestanona (5α-colestan-3-ona); S8: Campesterol (24-metilcolest-5- en-3β-ol); S9: Campestanol (24-metilcolestan-3β-ol); S10: Estigmasterol (3β-Hidroxi-24- etil-5,22-colestadien); S11: β-sitosterol (24-etilcolest-5-en-3β-ol); S12: β-sitostanol (24- etil-5α-colestan-3β-ol); S13: Dinosterol (4α,23,24-trimetilcolest-22-en-3β-ol); S14: Dinosterol-8(14) (4α,23,24-trimetilcolest-8(14)-en-3β-ol). A figura 25 mostra a variação espacial das médias dos esteróis no sedimento superficial para os dois períodos de amostragem. Considerando essa figura e os dados tabelados no Apêndice, as principais características da distribuição dos esteróis no sedimento coletado no presente trabalho são: Em geral, as concentrações dos esteróis não foram tão altas como no material particulado e foram maiores em março. As concentrações de todos os esteróis,
100 exceto do dinosterol e dinosterol-8(14), estiveram sempre bem abaixo das concentrações encontradas no esgoto bruto. Existe um gradiente crescente dos valores de esteróis nas estações I a III ou I a IV, onde foram determinadas as concentrações máximas; a partir daí há um decréscimo até as estações IX ou X. Entretanto, para alguns esteróis, nas estações V ou VI valores mínimos são encontrados. Os esteróis mais abundantes no sedimento superficial são a coprostanona e o epi-colestanol, os quais apresentaram maiores variações entre as estações. A coprostanona mostra variação entre 0,016 mg.g -1 C (na estação I em setembro) e 3,147 mg.g -1 C (na estação IV em março). A presença de epi-colestanol em concentrações consideravelmente altas, principalmente em setembro e nas estações fluviais, no sedimento, pode indicar degradação anaeróbica do colesterol in situ. Suas concentrações variaram entre 0,057 mg.g -1 C na estação V em setembro e 0,963 mg.g -1 C na estação III em março. O colesterol apresentou valor mediano de 0,099 mg.g -1 C, que é baixo em relação aos outros esteróis. Atingiu valores mínimos em setembro, quando sua concentração esteve abaixo do limite de detecção na estação IV. Chega a ser superado em abundância pelo colestanol, um estanol naturalmente derivado de sua degradação. Este fato, aliado à presença de altas concentrações de coprostanona, epi-colestanol e colestanona, indicam a forte degradação deste esterol no sedimento. Dos fitoesteróis β-sitosterol (S11) e β-sitostanol (S12) apresentaram maiores concentrações, ambos com valores bastante similares. A maior concentração de β-sitosterol ocorreu na estação III, 0,184 mg.g -1 C, valor uma ordem de grandeza menor que para o material particulado. O fitoesterol dinosterol mostrou concentrações acima do LQ em todas as estações, diferente do que ocorreu no material particulado. O valor máximo também ocorreu em março, na estação IV, 0,206 mg.g -1 C. É ressaltado aqui que este esterol não foi encontrado no EB, como esperado já que é derivado de algas. Sua distribuição espacial mostrou-se um pouco diferente das dos demais esteróis, com as maiores concentrações na baía longe da foz do rio, salvo em março, cuja concentração máxima atingida foi na estação IV, a leste da foz.
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