LÃvia Gebara Muraro Serrate Cordeiro Esteróis ... - NIMA - PUC-Rio
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verificação desta hipótese na área de estudo, é necessária a realização de<br />
experimentos de incubação e degradação dos compostos.<br />
Colesterol (S5):<br />
O colesterol está presente naturalmente no meio, derivado de organismos<br />
vivos como zooplâncton e fitoplâncton (Volkman et al., 1998). Na literatura é<br />
reportado como o esterol mais abundante em ambiente estuarino não contaminado<br />
por esgoto, por serem muitas suas possíveis fontes (Dachs et al., 1998; Fernandes<br />
et al., 1999).<br />
O colesterol é também o esterol precursor dos demais esteróis fecais<br />
quantificados neste trabalho. Sua via preferencial de degradação no ambiente é a<br />
oxidação a estenona colest-4-en-3-ona, que, por sua vez, é oxidada às estanonas<br />
coprostanona e/ou colestanona. Outras vias de degradação do colesterol são a<br />
redução in situ a coprostanol, a epi-coprostanol, a colestanol e/ou a epi-colestanol,<br />
conforme visto na figura 5 do capítulo 2.<br />
Neste trabalho, o colesterol não foi o esterol mais abundante, como ocorre<br />
para as regiões não impactadas. De fato, no MP seus valores medianos ocorreram<br />
em terceiro lugar em abundância e no sedimento em sexto lugar. Isso,<br />
provavelmente, se deve à degradação deste composto in situ, como é amplamente<br />
relatado na literatura (Björkhem e Gustafsson, 1971; Grimalt et al., 1990; Carreira<br />
et al., 2004; Readman et al, 2005; entre outros).<br />
Como podemos observar na tabela 19, os valores obtidos no presente estudo<br />
estão em concordância com os reportados na literatura para áreas contaminadas.<br />
Carreira et al. (2004) encontraram em uma amostra de sedimento superficial em<br />
estação próxima a estação X, uma concentração de 7,8 µg.g -1 de colesterol. Na<br />
estação VIII encontrou-se 1,6 em março e 3,4 µg.g -1 em setembro e os valores<br />
medianos para a baía foram 4,8 em março e 2,9 µg.g -1 em setembro.<br />
Para a amostra de sedimento de referência da IAEA (nº 417), de uma região<br />
estuarina bastante impactada (Lagoa de Veneza), são reportados valores entre 0,82<br />
e 5,9 µg.g -1 . Para MP, Kalas (2001) encontrou 16 µg.L -1 no <strong>Rio</strong> Iguaçu (próxima à<br />
nossa estação 1) e 24,52 µg.L -1 no <strong>Rio</strong> Sarapuí (correspondente à nossa estação 4).<br />
Grimalt et al. (op. cit.) encontraram concentrações de colesterol para MP em