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Lívia Gebara Muraro Serrate Cordeiro Esteróis ... - NIMA - PUC-Rio

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O esterol com maior contribuição relativa para as amostras de material particulado<br />

e sedimento, em geral, é a coprostanona. No MP a abundância relativa da coprostanona<br />

atinge 70 % ∑ esteróis. No sedimento as maiores contribuições deste esterol são nas<br />

estações da baía, perto dos 60 %. Grimalt et al. (1990) observam que altas<br />

concentrações de estanonas parecem corresponder ao alto grau de poluição fecal.<br />

Apesar da contribuição relativa de epi-colestanol (S3) para o EB ser pequena (2,7<br />

% ∑ esteróis), no MP essa contribuição é bastante grande, sendo o segundo esterol mais<br />

abundante, atingindo níveis de 30 % ∑ esteróis. No sedimento essa contribuição<br />

também é importante, na faixa dos 20 %, com destaque para a estação I em setembro,<br />

cuja contribuição foi maior que 80 %.<br />

A distribuição e contribuição relativa do colesterol (S5), por ser o precursor dos<br />

demais, é muito importante para a compreensão da dinâmica dos esteróis no meio<br />

ambiente. No MP é o terceiro esterol mais abundante, atingindo o mesmo valor do EB.<br />

Entretanto, em algumas estações apresenta contribuição relativa muito baixa (< 5 %).<br />

Ressalta-se a ausência deste esterol na estação 6 em março. Observa-se uma tendência<br />

de decréscimo de sua contribuição em direção à baía. No sedimento, o colesterol<br />

apresenta uma contribuição sempre abaixo de 15 %, o que pode refletir degradação,<br />

como visto nas comparações das concentrações.<br />

O colestanol (S6) apresentou maior contribuição relativa no sedimento em relação<br />

ao MP, alcançando 14 % na estação VI. As estações IX e X apresentaram elevação na<br />

abundância deste esterol, entre 8 e 12 %. As maiores fontes de colestanol para os<br />

sedimentos marinhos são os dinoflagelados (Robinson et al., 1984). Mas também<br />

podem ocorrer em menor proporção em diatomáceas (Barrett et al., 1995 apud Volkman<br />

et al., 1998). Podem ainda ter origem diagenética, já que constituem a via natural da<br />

redução bacteriana do colesterol (Nishimura e Koyama, 1977; Wakeham, 1987; Grimalt<br />

et al., 1990).<br />

Lopes (2005) reporta a similaridade na distribuição de colestanol e dinosterol em<br />

testemunhos da zona costeira adjacente à Baía de Guanabara. Uma alta correlação entre<br />

estes dois esteróis foi obtida nas amostras de sedimento do presente trabalho (R = 0,64 e<br />

p = 0,006) o que sugere uma origem algal principal de ambos os compostos. Para o<br />

estuário do <strong>Rio</strong> Iguaçu as concentrações são bem mais baixas que as da zona costeira<br />

adjacente.<br />

É sugerido então, que a elevação da contribuição relativa de colestanol nas<br />

estações IX e X seja proveniente do aporte biogênico autóctone, derivado da

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