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PROFESSOR DOUTOR JOAQUIM EDUARDO NUNES DE SÁ ...

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conferir fidelidade, validade e rigor inerentes à técnica de Análise de Conteúdo, que constitui per<br />

si “um conjunto de técnicas de análise de comunicações” (Bardin, 2009, p. 33), este estudo foi<br />

dividido em várias etapas. Segundo Bardin (2009), para uma aplicabilidade coerente do método,<br />

de acordo com os pressupostos de uma interpretação das mensagens e dos enunciados, a Análise<br />

de Conteúdo deve ter como ponto de partida uma organização. As diferentes fases da análise de<br />

conteúdo organizam-se em torno de três pólos: 1) A pré-análise; 2) A exploração do material; e,<br />

por fim, 3) O tratamento dos resultados: a inferência e a interpretação (2009, p.121).<br />

A pré-análise, primeira fase desta organização de Análise de Conteúdo objetiva a<br />

sistematização para que o analista possa conduzir as operações sucessivas de análise. Assim, num<br />

plano inicial, a missão desta primeira fase é, além da escolha dos documentos a serem submetidos<br />

à análise, também a formulação de hipóteses para a elaboração de indicadores para a<br />

interpretação final. Para tanto, procedeu-se à leitura flutuante do material, de forma a estabelecer<br />

contacto com o respectivo material, “(…) deixando-se invadir por impressões e orientações, por<br />

analogia à atitude do psicanalista” (Bardin, 2009, p. 122). A elaboração das hipóteses e dos<br />

objectivos foi tornando esta leitura mais precisa. Ao constituir-se o corpus, i.e. o conjunto de<br />

documentos que serão sujeitos ao respectivo procedimento, deve-se ter em conta, que o mesmo<br />

tem de obedecer às Regras de Exaustividade, Representatividade, Homogeneidade e Pertinência.<br />

Posteriormente, foram explorados os contos infantis considerados como objecto de estudo, com<br />

o objectivo de conhecer cada história e cada personagem, pormenorizadamente. Num segundo<br />

momento, designado de fase de Codificação, ou seja de transformação dos dados obtidos, foi<br />

realizado a divisão do texto por categorias associadas à temática central, de forma a constituir<br />

núcleos de sentido. A análise temática é constituída por três tipos de unidades: unidade de registo<br />

(segmento do texto que corresponde a uma determinada categoria da temática em estudo -<br />

unidade de significação), unidade de contexto (segmento mais lato de conteúdo, caracterizando a<br />

unidade de registo - unidade de compreensão) e unidade de enumeração (número de vezes que é<br />

enunciado uma unidade de registo semelhante) (Bardin, 2009). No processo de categorização, o<br />

critério utilizado foi o semântico, ou seja, agrupar por categorias temáticas. Deste modo, partindo<br />

do constructo Parentalidade criámos um sistema de categorias de forma a caracterizar o mesmo.<br />

Em seguida, procedemos à repartição dos elementos. Assim, este procedimento por “clutches”<br />

(caixas) foi adoptado dado que já tínhamos pré-estabelecido analisar o constructo parentalidade<br />

(Bardin, 2009, p.147).<br />

As categorias, Figuras de Vinculação, Competência/Qualidade Parental e EstiloParental, quer das<br />

figuras biológicas, quer dos substitutos parentais, devem obedecer às seguintes regras: exclusão<br />

mútua, homogeneidade, pertinência, objectividade, fidelidade e produtividade. Consideraram-se<br />

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