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C A R G A<br />

INTERMODAL<br />

FROTA E TRÁFEGO • LIGEIROS E PESADOS<br />

UTILITÁRIOS<br />

N.º <strong>90</strong> ANO XIV • FEVEREIRO / MARÇO 2012 (BIMESTRAL) • PREÇO 2,00 €<br />

5 601073 001243 000<strong>90</strong><br />

FILHO DE PAI ALEMÃO<br />

E DE MÃE FRANCESA<br />

NASCEU O CITAN


Rápido de A para B.<br />

Lento de cheio para vazio.<br />

O novo Actros. A nova dimensão da rentabilidade.<br />

Até menos 6 % de consumo de combustível com Euro V e até menos 3 % com Euro VI.<br />

Chegou o novo Actros e com ele as maiores inovações técnicas, que vão desde os sublimes<br />

pormenores de conforto aos melhores níveis de segurança e desempenho. Agora com o<br />

sistema FleetBoard instalado de série, que, gota a gota, permite reduzir os consumos até<br />

10 %, aumentando a rentabilidade do seu negócio. É assim que a Mercedes-Benz valoriza<br />

o seu trabalho. Venha descobrir como a eficiência ganha outra dimensão num concessionário<br />

Mercedes-Benz e em www.mercedes-benz.pt/onovoactros<br />

Uma marca da Daimler<br />

*<br />

* Camiões de confiança


SUMÁRIO Nº <strong>90</strong> • Fevereiro/Março 2012<br />

FICHA TÉCNICA<br />

P. 8<br />

P. 20<br />

P. 23<br />

P. IV<br />

P. VII<br />

Pesados: Marcas & Produtos 6<br />

Actros é Camião do ano 2012 8<br />

O troféu mais desejado<br />

Mercedes-Benz na Índia 9<br />

BharatBenz Truck<br />

Depois de 15 dias no duro 10<br />

Iveco mais perto do céu / como se faz um camião de corrida<br />

DAF inova: Novo eixo tandem mais leve 12<br />

DAF premeia desenvolvimento / Michelin eleita fabricante do ano<br />

Michelin e Volvo 14<br />

Uso eficiente para ganhos / Financiamento da MAN consolida-se<br />

Filho de pai alemão e mãe francesa 15<br />

Nasceu o Mercedes-Benz Citan<br />

DHL e Mercedes-Benz unidas pelo líder 16<br />

Sprinter: Um veículo exclusivo / Nova gama de peso da Goodyear<br />

Volvo apresenta Dyna 18<br />

O segredo está na caixa / Volvo com uma visão do futuro<br />

Nissan NV200 em força 19<br />

UTILITÁRIOS<br />

Fuso Canter mais versátil 20<br />

Novos Partner e Express / Opel Combo na terceira geração<br />

MAN Trucknology em teste 22<br />

Consistentemente aprovada / Ford tem novo comercial / Tourneo de competência<br />

Futurbrain aposta na qualidade 23<br />

Formação só para quem realmente forma<br />

Scania faz propostas “Chave na mão” 24<br />

O trabalho é a única preocupação / Combustíveis e lubrificantes<br />

Scania R500 em teste 25<br />

Autocarro: Conforto MAN<br />

Reconhecimento da criatividade 26<br />

Renault reforça presença no Mundo / Mercedes-Benz recebe prémio verde<br />

TRÂNSITOS E TRANSPORTES<br />

CARGA INTERMODAL<br />

TR-Transporte Rodoviário<br />

Opinião: Para onde vamos amanhã<br />

Assessores e outros odores<br />

Mercedes-Benz Actros com TRW<br />

A não notícia. Exclusivo em Portugal / Apresentamos o novo Scania R<br />

Inauguração de peso<br />

Garland mais operacional<br />

UE - Transporte e Ambiente<br />

Espaço ainda mais apertado para os camiões / Consultas aos utilizadores das vias / Nova Associação<br />

TransPascoal em Paris: Conhecer as potencialidades<br />

Comissão europeia aperta tacógrafo / Controlo à distância pró GPS<br />

Director Redactorial: Luís Branco luisbranco.camiao@gmail.com • Subdirector: Carlos Miguel Fernandes truck.camiao@gmail.com • Director Adjunto: Manuel<br />

Andrade • Redacção: Rui Pinto; João Dias press.camiao@gmail.com • Maquetagem: António Sousa • Divisão de Testes: Eugénio de Sá;<br />

Hélder Morais • Colaboradores: Alberto Veiga; David Bettemcourt; Domingos Oliveira; Fernando Paiva; Hélder Martins; Idalino Antunes; Joaquim Vilaça; Rui Leite •<br />

Fotografia: Estúdio Trans • Edição Electrónica: LMCMF - Rua Bernarda de Lacerda, n.º 1 - 3.º B - Arrentela - 2840-423 Seixal - Tel: 309 882 449 - Tlm.: 92 610 76 66 • Impressão e<br />

Acabamento: Papiro Relevo, Lda - Rua Bartolomeu Dias, 5 - R/c - 2855-416 Vale de Milhaços - Tel.: 309 920 577 - Fax: 309 920 576 • Distribuição:<br />

Editores Associados (Assinaturas e Promoções) leitor.camiao@g.mail.com • Editor e Proprietário: M. J. S. B. - Rua 9 de Abril, 132 - 4200 Porto/R. Pascoal de Melo, 134 - c/v Dtª - 1000-237 Lisboa<br />

- Telem.: 91 668 68 66 • Departamento Comercial e Promoção: Euroedições, Lda. - Apartado 5094 - 4456-<strong>90</strong>1 Perafita - Matosinhos - Telem.: 91 668 68 66<br />

• Autorizada a reprodução total ou parcial de textos e fotos desde que mencionada a fonte<br />

• NOTA DO EDITOR: Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade do seu autor<br />

Empresa Jornalística 212965 • Publicação Periódica • DGCS 123746<br />

• Tiragem deste número: 8 000 exemplares<br />

membro:<br />

IV<br />

V<br />

VI<br />

VII<br />

VIII<br />

IX<br />

4


REFLEXÕES<br />

EDITORIAL<br />

Incompetente, ignorante ou esquema<br />

Quais os objectivos de Lóios<br />

Ou na Europa se explica de uma vez por todas,<br />

e quem decide interioriza, que no quadro actual<br />

de mobilidade e operacionalidade de modos de<br />

transporte a economia europeia depende quase<br />

em exclusivo da rodovia ou estamos a secar o<br />

tecido produtivo do velho continente e a escancarar<br />

as portas às produções oriundas dos mercados<br />

emergentes da Ásia e da América do Sul.<br />

Quando o mercado começou a definhar a maior<br />

associação do sector manteve a sua estrutura em<br />

grande e não foi capaz de cortar nas regalias de<br />

quem vivia à grande, pelo que nos últimos anos<br />

tem sido tempo doloroso assistir ao remendar dos<br />

rombos causados numa grande nau.<br />

Para enfrentar as drásticas subidas dos custos<br />

operacionais é chegada a hora de pensar que por<br />

cada gota que se poupe no consumo, estaremos<br />

seguramente a falar de milhões ao longo da<br />

vida útil dos veículos. É preciso repensar o que<br />

sabíamos ontem, que se não for reformatado<br />

equivale a estarmos a criar um monstro despesista<br />

dentro de portas.<br />

E agora as Scut<br />

Depois de muitas asneiras e outras tantas mentiras derramadas intencionalmente em artigos de opinião ficcionados e em notícias com tendência para o alarmismo,<br />

o governo do Partido Socialista de José Sócrates procedeu à introdução de portagens nas Estradas/Vias do Estado, que por marketing político foram apelidadas<br />

de Scut - Sem Custos para os Utilizadores, não sem antes colocar mais uma montanha de milhares de milhões de euros, com renegociações irresponsáveis<br />

dos contratos, nas contas do Estado dos próximos 30 anos.<br />

Depois de um cenário de doente silêncio e passividade fomentados pelas mensagens de uma crise ficcionada, eis que agora várias instâncias do poder<br />

decisório europeu colocam questões e logo aparecem os tretas do costume a dizer que foi isso mesmo que sempre disseram.<br />

Enquanto os palpiteiros de aviário e os opinadores de secretária arrotam ideias, deixando no ar um fedor a podre, irei manter-me no silêncio a que me remeti.<br />

Um dia contarei toda a verdade. O tempo é o melhor conselheiro.<br />

Não preciso que me batam palmas ou que reconheçam tardiamente que, desde o primeiro minuto, sou dos poucos que sei do que falo nesta matéria e que<br />

sempre denunciei as negociatas e os esquemas, em que um qualificado investimento em segurança rodoviária e acessibilidade virou uma das maiores fraudes<br />

legalizadas desde o 25 de Abril.<br />

44 Toneladas na Europa<br />

Seguramente que já faltou mais tempo no calendário para os camiões que circulam no espaço europeu passarem a movimentar, sem constrangimentos,<br />

44 toneladas em apenas cinco eixos.<br />

Com a próxima adesão da França às 44 toneladas, sem necessidade de recorrer a um sexto eixo, seguramente que a generalização a toda a União europeia<br />

não tardará. Em França é certo que a um de Janeiro de 2013 deixa de existir a autorização especial para que rolem com 44 toneladas os camiões com cargas<br />

provenientes dos portos marítimos ou fluviais ou de determinados sectores industriais, agro-alimentares e agrícolas. Naquela data camião com cinco eixos rolará<br />

sem limitações com mais quatro toneladas.<br />

Sem qualquer necessidade de transformação estarão os veículos equipados com suspensão pneumática. As limitações em termos do tipo de suspensão serão<br />

abolidas para todos os veículos que venham a ser matriculados após Janeiro de 2014.<br />

Se é verdade que os camiões estão cada vez mais seguros, também é verdade que à necessidade crescente de mais camiões responde a legislação com<br />

menos liberdade de circulação e mais custos operacionais, parece-nos que a medida representa mais um remendo de uma Europa que tem medo de legislar para<br />

que o modo rodoviário seja o pólo dinamizador da economia no espaço comum, e não tem coragem de enfrentar o fundamentalismo derrotista dos anti-camião.<br />

A economia europeia precisa e depende de mais liberdade para a circulação de camiões, mas apesar das revolucionárias regras ambientais que os camiões<br />

hoje oferecem, impera a regra do medo dos decisores políticos sobre o que os radicais ambientais podem fazer.<br />

Ou na Europa se explica de uma vez por todas, e quem decide interioriza, que no quadro actual de mobilidade e operacionalidade de modos de transporte<br />

a economia europeia depende quase em exclusivo da rodovia para agilizar a rotação das suas produções internas ou estamos a secar o tecido produtivo do<br />

velho continente e a escancarar as portas às produções oriundas dos mercados emergentes da Ásia e da América do Sul.<br />

É preciso ter noção de que quanto mais se apertar a circulação de camiões e o consequente abastecimento entre fábricas com produção capilar, mais se<br />

tornam inviáveis as indústrias europeias. Não se pede a balda para a circulação de camiões, mas é preciso perceber que ao fecho de cada unidade industrial<br />

na Europa se está a dar ainda mais trabalho aos camiões, dado que irão passar a ter solicitações acrescidas para rolar a partir dos portos de referência na<br />

operação das cargas geradas de navios que movimentam grande quantidade de contentores, que passarão a “vomitar” contentores a um ritmo que vai gerar<br />

cargas para todos os modos de transporte.<br />

O papel das associações<br />

Não tenho dúvida alguma em afirmar que o sector de transportes, especialmente o rodoviário de mercadorias, é aquilo que as associações forem capazes ou<br />

estejam interessadas que ele seja. Hoje o sector de transportes está muito melhor servido do que há anos em termos de vida associativa. O aparecimento de novas<br />

associações (Antp e Attima) foi benéfico para o mercado e a Antram saiu da sua posição de conforto e procura de forma activa estar mais junto do mercado real<br />

Há mais de duas décadas a Antram quis e soube ser grande, logo tivemos um sector em grande com a associação representativa em sintonia com a realidade<br />

emergente, que uma adesão à Comunidade ditava. Pena foi que com o passar do tempo e perante os bons resultados a Antram tenha adormecido à sombra<br />

dos louros e tenha transformado o sonho num pesadelo, apenas por que o protagonismo de alguns levou a que não acordasse para a realidade.<br />

Se o país tiver associações de transportes activas, informadas e capazes de inovar nas críticas, reivindicações e sugestões junto dos governos, seguramente<br />

que teremos melhor legislação e melhor mercado.<br />

Pode doer a muito boas e respeitáveis pessoas as minhas críticas, mas o dramático momento que estamos a viver em Portugal, no sector do transporte sobre<br />

rodas de borracha, tem tudo a ver com a incapacidade demonstrada pelas entidades representativas do sector para fazerem reverter o facilitismo e para<br />

prepararem a mudança do rumo das coisas. Quando o mercado começou a definhar a maior associação do sector manteve a sua estrutura em grande e não<br />

foi capaz de cortar nas regalias de quem vivia à grande, pelo que nos últimos anos tem sido doloroso assistir ao remendar dos rombos causados numa grande<br />

nau. Os dirigentes que ousam tentar inverter uma tendência preocupante de quase não retorno, estão a finalizar uma cura de emagrecimento para optimizar<br />

a nova estrutura associativa, que cresceu de forma negligente ao som dos palpites e ideias mais ou menos luminosas de quem soube viver em época de vacas<br />

gordas e não foi capaz nem teve coragem de fazer dieta.<br />

Melhores associações<br />

A propósito de opiniões que se formularam sobre o que escrevi na edição anterior sobre as associações de transportes, gostaria de recordar factos que<br />

alguém esquece.<br />

Nunca esqueceremos nem omitiremos que há mais de 20 anos encontramos na Antram muita da sementeira onde alimentamos o nosso interesse pelo sector.<br />

Contudo ao mesmo tempo que descobrimos pessoas determinadas e sérias, que dedicavam muito do seu tempo à sua segunda casa, detectamos e denunciamos<br />

que, talvez por ingenuidade, permitiram o surgimento, com remunerações principescas, de um vasto conjunto de opinadores e outras figuras que vieram a<br />

representar muitos milhões esbanjados. A Antram negligenciou o saber e permitiu que às suas costas subissem muitas figuras pouco recomendáveis que passaram<br />

pelo sector.<br />

Nos dias de hoje a progressão da vida associativa ganhou imenso com o aparecimento da Antp – Associação Nacional dos Transportadores Portugueses<br />

e da Attima – Associação de Transportadores de Terras Inertes Madeiras e Afins, que levaram a Antram a uma postura mais próxima da realidade, quando<br />

anteriormente (por acção de pessoas não eleitas) confundiram os reais objectivos da instituição com intervenção em negócios de rendibilidade pouco consistentes.<br />

Sabemos que para um mercado forte as associações têm de respirar a verdade do mercado, isso tem acontecido desde que os actuais dirigentes da<br />

Antram deitaram mão aos excessos e pela irreverência das críticas da Antp e da Attima o governo deixou de dar uns trocos para usos de duvidosa<br />

fundamentação, que apenas serviam para esmorecer as reivindicações.<br />

Todas as associações são fundamentais desde que reivindiquem decisões legislativas fundamentadas na realidade e nos perigos crescentes do mercado.<br />

Da irreverência e quase estratégia da Antp à excelência das fundamentações da Attima, vai todo um caminho que ajudará a que tenhamos um mercado<br />

enraizado no saber.<br />

Quer se goste ou não em termos de fundamentação das críticas e sugestões, com que as associações contribuem para os quadros legislativos, a grande verdade<br />

é que em questões laborais a Attima é quem mais cartas tem dado nos últimos tempos, enquanto a Antp agarra muito bem as questões dos pequenos<br />

transportadores e a Antram se permite ir a jogo em todas as matérias e fazer a jogada final quando as negociações emperram.<br />

Desde sempre aprovamos e divulgamos a vida associativa que tem conteúdo, por isso ainda recentemente assumimos o envio de informação detalhada a<br />

imensos transportadores a informá-los sobre uma iniciativa da Antp.<br />

Na próxima edição estará em destaque um trabalho com Pedro Morais, presidente da Attima, a associação que se tem destacado pelo sucesso das oposições<br />

do seu departamento jurídico em representação dos seus associados nas barras dos tribunais. O excelente trabalho da Attima é o fruto de como um departamento,<br />

neste caso o jurídico, pode fazer crescer uma associação.<br />

Reconhecimento da Revista CAMIÃO<br />

Depois do enorme sucesso que a Revista CAMIÃO alcançou com os seus parceiros espanhóis na área da formação, acabamos de ver reconhecido o mérito<br />

do nosso trabalho por uma das maiores organizações de transportes e empregadoras da Alemanha.<br />

A excelência dos profissionais do volante portugueses leva a que várias empresas do espaço comunitário abram as portas aos candidatos lusitanos, o que<br />

num momento de enorme recessão pode ser uma saída para muitos dos que por cá engrossam as dolorosas fileiras dos desempregados.<br />

5


REFLEXÕES<br />

✁<br />

PESADOS: MARCAS & COMPANHIAS<br />

FORD ESCOLHE A MAN - Para as operações logísticas<br />

diárias entre as diversas fábricas a missão de<br />

abastecimento e transporte de motores, caixas de<br />

velocidades e componentes dentro do Reino Unido, a<br />

Ford Motor Company colocou uma encomenda de<br />

370 unidades TGX aos alemães da MAN. Os<br />

primeiros 185 veículos já estão na fase de rolar.<br />

IVECO AMBIENTAL - Para responder às limitações ambientais<br />

impostas em Londres, Inglaterra, a Hendricks<br />

Lovell reforçou a frota com quarto Iveco Stralis Active<br />

Day. A manobrabilidade, os baixos consumos e o<br />

acesso às zonas restritas com veículos de grande<br />

capacidade, foram determinantes para a selecção.<br />

SCANIA FORTE NA CHINA - Com uma encomenda de<br />

375 camiões destinados a operar como plataformas<br />

móveis para bombas de betuminosos, a Scania consolidou<br />

a sua posição de grande fornecedor naquela área<br />

de actividade no mercado chinês. A Zoomlion optou<br />

por unidades de quatro e cinco eixos, com motorizações<br />

de seis cilindros e potências de 420 a 470 cavalos.<br />

MAN LIDERA NO BRASIL - Os números de 2011 da MAN Latin America registaram<br />

as matriculações de 50.829 camiões no mercado do Brasil. Pelo<br />

nono ano consecutivo a marca consolidou a liderança com uma percentagem<br />

de 29,7 por cento do mercado. Comparativamente a 2010 a marca alemã<br />

cresceu 18 por cento. Em autocarros a marca vendeu 11.139 veículos, que<br />

correspondem a 32,2 por cento do mercado.<br />

NOVO DIRECTOR SCANIA IBÉRICA - Angel Vázquez foi<br />

nomeado a um de Janeiro como Director de Serviços e<br />

Qualidade da Scania Ibérica. Vázquez é Engenheiro Técnico<br />

Industrial pela Universidade Politécnica de Madrid, e começou<br />

a sua actividade na Scania Hispania no ano de 1989.<br />

MAN ÍNDIA - A presença da MAN no mercado asiático tem na Índia o seu<br />

grande pilar. Desde a criação em 2006 a MAN Force Trucks regista números<br />

surpreendentes nas vendas no mercado interno, aos quais se juntam mais de<br />

12 mil unidades exportadas para mercados de proximidade e emergentes.<br />

SCANIA EM CAMPANHA UM MILHÃO - A Scania tem a decorrer uma campanha<br />

de serviços pensada para oferecer uma solução específica para os veículos<br />

com um intervalo de quilometragem compreendido entre 800.000 Km<br />

e 1.500.000 Km. Optimizar a gestão do negócio de transporte implica controlar<br />

a equação existente entre tempo operativo e os custos fixos do veículo.<br />

Nesse sentido, a Scania oferece pacotes de reparações preventivas a preço<br />

fixo por um valor promocional para os componentes mais importantes dos<br />

camiões e autocarros entre 800.000 e 1.500.000 quilómetros. Esta campanha<br />

está disponível em todos os concessionários e oficinas da rede Scania<br />

até el 31 de Maio de 2012.<br />

RENAULT KERAX 6X6 - A Dhennin Company, empresa<br />

francesa voltada para a construção civil, recebeu o<br />

primeiro Renault Kerax 6x6 com uma transmissão Allison.<br />

O modelo foi idealizado para ser usado na construção da<br />

rede elétrica e na distribuição pública de iluminação.<br />

150 ACTROS PARA A TURQUIA - Com uma frota de 240 unidades, os turcos<br />

da Cekok Gida receberam mais 150 Mercedes-Benz Actros destinados a<br />

aumentar a operacionalidade do transporte de frutas e vegetais, para diversos<br />

mercados da União Europeia.<br />

CARLSBERG ROLA DE RENAULT - Com uma encomenda à Renault de 136 camiões,<br />

que foram entregues durante o ano de 2011, a apreciada loira<br />

Carlsberg produzida em seis fábricas no Reino Unido, vai andar ainda melhor.<br />

Diríamos mesmo que a Carlsberg vai ter um novo andar. Desde o<br />

Premium ao Midlum, com<br />

motores ecológicos Euro 5<br />

EEV e caixas de velocidade<br />

Optidriver +, os camiões da<br />

Renault foram escolhidos<br />

depois de mais de um ano<br />

de testes comparativos. A<br />

gama Renault seleccionada<br />

provou ser a que menos bebe, a que regista maiores rentabilidades<br />

operacionais e mereceu o aplauso dos profissionais pela manobrabilidade.<br />

PREMIUM À CENTENA<br />

- Os belgas do grupo Jost<br />

têm registado desde 2004<br />

uma presença crescente<br />

da Renault Trucks na sua<br />

frota. Uma encomenda de<br />

100 Premium Longo Curso<br />

foi a mais recente aquisição,<br />

graças aos valores alcançados na relação de carga transportada e<br />

o consumo efectivo dos veículos.<br />

RENAULT COM 5 ANOS - A Renault Trucks lançou uma campanha destinada<br />

aos transportadores portugueses que possuem veículos da marca que já<br />

entraram no quinto ano de vida. Um cheque que pode chegar ao valor de<br />

300 euros será atribuído a quem realizar operações de manutenção.<br />

ESPANHA ARRANCA - As vendas de camiões em finais de 2011 em Espanha<br />

atingiram as 17.018 unidades, das 10.189 foram camião/tractor, representando<br />

um crescimento 18,1 por cento sobre 2010, mas muito longe dos<br />

números dos anos loucos de 2007 e 2008.<br />

VW APROXIMA SCANIA E MAN - A globalização no negócio de pesados<br />

entre as marcas do grupo<br />

Volkswagen está a ser fortalecida<br />

com uma produção complementar<br />

de eixos, caixas de velocidades<br />

e no desenvolvimento de componentes<br />

para os motores híbridos<br />

de camiões e autocarros.<br />

ECO-DITRIBUIÇÃO DA RENAULT<br />

- A Renault Trucks lançou duas<br />

séries limitadas Eco-Distribuição.<br />

Uma série limitada com excelente<br />

carga útil, manobrabilidade e<br />

conforto a bordo do Premium<br />

Distribuição e do Midlum estão<br />

disponíveis a preços muito competitivos. Renault Midlum 180.08 e<br />

220.10 Extra Light e Renault Midlum 220.12 Medium Light e Renault<br />

Premium Distribuição 26t 6x2 nos seus motores de 340, 380 e<br />

430 cv.<br />

CONSTRUÇÃO COM RENAULT -<br />

Representou um verdadeiro sucesso<br />

de adesão de profissionais do volante<br />

e em-presários, o desafio da Renault<br />

Trucks “Dias da Construção”, que<br />

desde 2010 proporcionou o contacto<br />

com um número alargado de clientes.<br />

Só entre Maio e Outubro de 2011, mais de 1200 representantes de empresas<br />

participaram em desafios no terreno, para conhecer as potencialidades<br />

das gamas Midlum 4x4, Premium Lander e do Kerax.<br />

VENDAS NA RÚSSIA - Com a venda de 29.410 camiões em 2011, o mercado<br />

russo de veículos está a crescer para patamares muito atractivos para as<br />

marcas. No segmento de pesados o crescimento foi de 26 por cento e entre<br />

CUPÃO DE ASSINATURA<br />

as seis e as 16 toneladas de 22%, com quase 10 mil unidades matriculadas.<br />

Em comerciais ligeiros as vendas alcançaram umas fantásticas 174.480 unidades,<br />

o que representa um crescimento de 28% sobre 2010.<br />

VOLVO RECONHECE SEGURANÇA - A Volvo escolheu duas importantes frotas<br />

de camiões na América do Norte pelo valor que as mesmas deram à<br />

segurança rodoviária. O troféu atribuído em conjunto com a Michelin, destaca<br />

a importância na boa utilização das vias de comunicação e da imagem<br />

que dá para todo o sector de transportes.<br />

MARCAS EUROPEIAS NA RÚSSIA - A Daimler fortaleceu as suas relações<br />

com a Kamaz e a Renault vai no mesmo sentido com a Volga, numa clara<br />

resposta ao crescimento do mercado no último ano, o que poderá significar<br />

um ano de 2012 ainda melhor para as marcas europeias.<br />

RESULTADOS VOLVO - A Volvo Trucks aguentou o impacto dos resultados<br />

negativos do último trimestre de 2011 na Europa, onde as encomendas<br />

caíram quase 24%, mas os feitos das marcas do grupo na América e em mercados<br />

emergentes como o Brasil permitiram que em 2011 as vendas globais<br />

atingissem um volume de 115,3 mil unidades, o que representa um aumento<br />

de 53% sobre 2010.<br />

CONCEITOS DE MOBILIDADE - Os<br />

produtos amigos do ambiente da<br />

Daimler estiveram em destaque por<br />

ocasião da atribuição dos prémios<br />

ÖkoGlobe. Os padrões da Mercedes-Benz<br />

aplicados no Atego BlueTec<br />

Hybrid, mereceram o elogio do júri<br />

por assegurar o desenvolvimento<br />

de soluções sustentáveis e de transporte<br />

ambientalmente conscientes.<br />

SCANIA NA ÍNDIA - A 40 km de Bangalore, no sul da Índia, a Scania está<br />

a desenvolver uma unidade industrial de ponta onde em 2013 empregará<br />

mais de 800 pessoas. Esta é a sétima fábrica regional da marca em mercados<br />

emergentes, que se junta às na Rússia, Dubai, África do sul,<br />

Malásia, Tailândia e Taiwan.<br />

DAIMLER NA CHINA - A Beijing Foton<br />

Daimler Automotive está a assinalar<br />

o sucesso da parceria entre os alemães<br />

da Daimler e os chineses da Foton, dado<br />

que as suas produções contribuíram para<br />

que 40 por cento dos camiões vendidos<br />

no mundo tivessem por destino o mercado<br />

chinês. h<br />

Iveco Ibérica<br />

O director-geral comercial da Iveco Ibérica,<br />

Carmelo Impelluso falou com os jornalistas<br />

sobre o mercado actual e mostrou a sua preocupação<br />

com a constante queda das tarifas dos<br />

fretes, ao mesmo tempo que os custos operacionais<br />

são agravados com o disparar dos<br />

preços dos combustíveis. Carmelo disse acreditar<br />

que já em 2013 os números das matriculações<br />

chegarão a valores bem mais próximos das realidades do mercado.<br />

Para contrariar a queda do mercado, a Iveco está determinada em que a financeira<br />

do grupo Fiat venha a ter um papel determinante para o futuro nos negócios com<br />

uma melhor capacidade de análise de risco e potencialidades de cada cliente.<br />

Também o lançamento de novos produtos, como o Daily, ou a renovação das<br />

gamas actuais, onde se destaca a aposta na baixa de consumo do Ecostralis,<br />

assumem papel vital na proposta da Iveco para ajudar o mercado a enfrentar<br />

a crise. h<br />

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REFLEXÕES<br />

Actros Camião do Ano<br />

O troféu mais desejado<br />

Ao alcançar o quarto troféu de ‘Camião do Ano’ para a gama Actros<br />

a Mercedes-Benz passou a ser a marca com maior número<br />

de prémios conquistados desde a criação da distinção.<br />

O júri internacional que atribuiu à marca alemã o título<br />

de ‘Camião do Ano 2012’ ficou rendido à excelência e características<br />

inovadoras do conceito e em 170 votos possíveis atribuí-lhe 161.<br />

Ajuntar à distinção para 2012 há toda uma<br />

carreira de sucesso que começou em 1997<br />

com o primeiro Actros, que teve sucessores vitoriosos<br />

na competição em 2004 e 2009.<br />

Perante a distinção dos jornalistas do sector provenientes<br />

de 24 países europeus, especializados em<br />

veículos comerciais, Hubertus Troska, Responsável<br />

Mundial da Mercedes-Benz Trucks afirmou que o<br />

reconhecimento representa um desafio acrescido<br />

para o desenvolvimento de um veículo que desde<br />

que nasceu é ganhador por excelência.<br />

Para os membros do júri o novo Actros é o resultado<br />

do desenvolvimento revolucionário que a<br />

Mercedes-Benz introduziu nesta terceira série, suportado<br />

por padrões com elevados níveis de desenvolvimento<br />

que visam a eficiência, segurança e conforto<br />

em veículos comerciais pesados.<br />

Segundo as regras do júri, o título foi atribuído ao<br />

camião que deu a maior contribuição para a inovação<br />

no transporte em estrada a nível de economia,<br />

emissões, segurança, dinâmica de condução e conforto.<br />

Ao obter um total de 161 pontos, o Mercedes-Benz<br />

Actros ganhou o concurso, muito à frente<br />

do segundo classificado que obteve 67 pontos, enquanto<br />

o terceiro lugar foi alcançado com 50 pontos.<br />

Através desta pontuação excepcionalmente elevada,<br />

os especialistas reconheceram a tecnologia pioneira<br />

presente no Novo Actros.<br />

Hubertus Troska, responsável mundial da Mercedes-<br />

-Benz Trucks, recebeu o prémio no Mercedes-Benz<br />

Symposium em Kortijk, Bélgica. E afirmou: “Estamos<br />

orgulhosos por o Júri do Truck of the Year ter reconhecido<br />

os nossos esforços com esta honrosa distinção.<br />

Porque foram 10 anos de esforço dedicado e<br />

muita paixão, coração e alma por parte de toda<br />

a equipa para desenvolver o Novo Actros, concebido<br />

para ser o nosso camião mais importante<br />

nos próximos anos e foi uma enorme motivação<br />

para nós na Mercedes-Benz criar um marco neste<br />

sector”.<br />

Pontos fortes do Novo Actros: economia, dinâmica<br />

de condução e conforto<br />

O Novo Actros é economicamente eficiente, confortável,<br />

seguro e compatível ambientalmente. O seu<br />

novo design aumenta a atractividade deste novo<br />

modelo da Mercedes-Benz. Com mais de 700 mil<br />

unidades vendidas desde o seu lançamento em<br />

1996, o Actros é o veículo pesado de mercadorias<br />

com maior sucesso no mundo.<br />

O Novo Actros foi redesenhado desde a raiz. Isto<br />

tornou possível melhorar ainda mais o já reconhecido<br />

sucesso do modelo Actros. Por um lado o<br />

veículo beneficia os transportadores num ponto<br />

essencial, ao reduzir o consumo de combustível e<br />

o esforço dos motoristas ao dar mais manobra-<br />

Da esquerda para a direita:<br />

Georg Weiberg, Responsável de Engenharia de Produto de<br />

da Mercedes-Benz Trucks, e Gianenrico Griffini, Presidente<br />

bilidade e conforto de condução; por outro lado<br />

cumpre já os rigorosos limites de emissões da norma<br />

Euro VI. Comparado com o Actros anterior, que<br />

já tinha dado provas nesta área, o novo modelo<br />

consome até 6 a 7% menos na sua versão Euro V e<br />

até 3 a 4% menos na variante Euro VI.<br />

A cabina generosamente dimensionada do Mercedes-Benz<br />

Novo Actros estabelece padrões a nível<br />

de espaço e ergonomia, qualidade dos materiais e<br />

equipamento. A cabina do motorista é o seu local<br />

de trabalho, zona de descanso, sala de estar e de<br />

dormir, tudo num só. O conceito SoloStar da zona<br />

de lazer, desenhado ergonomicamente, e o conceito<br />

totalmente novo das camas fascina os motoristas,<br />

Mercedes-Benz na Índia<br />

BharatBenz Trucks<br />

A resposta da Mercedes-Benz<br />

ao crescimento dos mercados emergentes<br />

é uma presença forte ao nível da produção<br />

directa onde a globalização está<br />

a despontar e a economia dá sinais<br />

de grande vitalidade para o futuro.<br />

De acordo com os responsáveis da Daimler há<br />

uma aposta clara no mercado indiano, pelo que<br />

foram feitas apostas muitos focalizadas nas necessidades<br />

daquele mercado, tendo sido criada a marca<br />

BharatBenz Trucks, que se baseia nos exigentes<br />

padrões alemães de qualidade, durabilidade e eficiência,<br />

segundo as regras e necessidades dos mercados<br />

locais.<br />

A par da aposta no incremento de uma posição nos<br />

novos mercados, a Daimler com o BharatBenz<br />

investe no desenvolvimento da Índia, o que se reflecte<br />

com um excelente produto.<br />

Já em Março o BharatBenz, construído com base<br />

na plataforma do Mercedes-Benz Axor, vai operar<br />

entre as seis e as 49 toneladas, enquanto a gama<br />

média terá alicerce no Fuso Canter. As novas unidades<br />

representam as exigências de emissão Euro III.<br />

Com um investimento de cerca de 700 milhões<br />

de euros, a fábrica situada em Oragadam, no sul<br />

da Índia, ocupa 160 hectares e terá a capacidade<br />

inicial de construção anual de 36 mil unidades, que<br />

serão alargadas para as 70 mil unidades e<br />

médio prazo, para o qual contribuirá a produção<br />

de mais de 450 empresas locais que fornecerão mais<br />

de 80% dos componentes dos veículos.<br />

Com uma rede de vendas e assistência de mais<br />

de 70 pontos em toda a Índia, a Daimler vai implantar<br />

localmente o Daimler financial Services,<br />

para apoiar os compradores e a rede local de<br />

vendas.<br />

A imagem do novo BharatzBenz destaca-se pelos<br />

traços de identidade do Mercedes-Benz e pela<br />

robustez exigida aos veículos que operam no mercado<br />

indiano. h<br />

8


REFLEXÕES<br />

bem como o volume global da cabina, que foi<br />

aumentado ainda mais em comparação com os<br />

modelos anteriores.<br />

O novo Actros é o resultado de mais de 22 milhões<br />

de quilómetros de testes em estrada e de investimentos<br />

no desenvolvimento e tecnologia de produção<br />

que atingiram mais de dois mil milhões de euros.<br />

O lançamento de um produto desta magnitude<br />

acontece apenas uma vez em cada 15 anos no sector<br />

dos veículos comerciais.<br />

Com este resultado a Daimler cumpre o seu compromisso<br />

de combinar, no Novo Actros, uma compatibilidade<br />

ambiental ainda mais melhorada e um<br />

acrescido desempenho económico. h<br />

Camiões, Hubertus Troska, Responsável Mundial<br />

do Júri do ‘Camião do Ano’


REFLEXÕES<br />

que deixou as marcas<br />

do Leste europeu, que<br />

tradicionalmente são<br />

líderes da competição.<br />

Tendo por base um<br />

Iveco que faz sucesso<br />

no mercado australiano,<br />

o PowerStar, que<br />

se destaca por uma<br />

cabina recuada, cada<br />

vez mais em desuso na<br />

uma espectacular vitória, que a outra equipa da<br />

marca, liderada pelo italiano Miki Biasion, fez<br />

valer pela sua pela sua experiência nestas competições.<br />

Para os responsáveis da marca italiana, nomeadamente<br />

para Alfredo Altavilla (CEO) a equipa Iveco<br />

Pteronas De Rooy, provou as excelentes prestações<br />

dos motores desenvolvidos pela FPT em termos de<br />

eficiência e de elevada resistência.<br />

Depois de arrancar a um de Janeiro do Mar da<br />

Prata, durante 14 etapas rolou em mais de 8500 km,<br />

Depois de 15 dias no duro<br />

Iveco<br />

mais perto do céu<br />

Logo nos primeiros dias da edição 2012 do Rali Dakar<br />

ficou evidente que a competição mais dura do desporto automóvel,<br />

com a ligação Argentina – Chile – Peru, não ia ser pêra doce<br />

para a concorrência aos Iveco, que nas etapas iniciais<br />

já tinham três camiões entre os primeiros seis classificados.<br />

Gerard de Rooy desde o primeiro instante<br />

deixou evidente que o Iveco Power Star<br />

(Strator Torpedo) era o mais bem posicionado para<br />

andar à frente dos demais concorrentes.<br />

Na 34ª edição do Rali-Raid as diferenças entre<br />

os concorrentes foram claramente marcadas pela<br />

surpreendente prestação dos Iveco, fruto de uma<br />

verdadeira revolução face aos modelos anteriores,<br />

generalidade dos mercados europeus, despertou o<br />

entusiasmo de muitos aficionados e deixou a concorrência<br />

a questionar os quês e porquês de um camião<br />

com esta configuração ter condições para ganhar<br />

vantagem significativa em cada etapa.<br />

O holandês De Rooy, filho do antigo piloto e<br />

proprietário de uma das maiores empresas de transporte<br />

de veículos Jan de Rooy, deu à Iveco<br />

atravessando a Argentina, Chile e Peru, os Iveco<br />

foram os melhores.<br />

Uma dúvida ficou para quem segue estas competições.<br />

Será que a incontestável vitória de Gerard<br />

de Rooy teria sido ao mesmo nível se em cima da<br />

hora a Kamaz não tivesse mudado os vitoriosos<br />

Chagin e Kabirov pelos inexperientes jovens turcos<br />

Nikolayev e Mardeev. h<br />

Como se faz um camião de corrida<br />

O excelente saldo da Iveco no Dakar da América do sul 2012, tem no modelo Trakker 4x4<br />

o pai do camião vencedor na exigente prova. Apesar do camião vencedor ter a configuração<br />

comercializada na Austrália (cabina recuada), tudo andou à volta da versão europeia da marca italiana.<br />

Com um chassis super-resistente e um motor cursor 13, o<br />

Trakker de competição foi concebido com mais 50 centímetros<br />

de altura do que o de série, a suspensão é de molas<br />

parabólicas, mas só com duas lâminas para ficar macio, e<br />

está equipado com dois amortecedores especiais em cada<br />

roda (para evitar o efeito saltitão na entrada e saída dos<br />

obstáculos).<br />

Nas modificações ao nível do motor o Trakker de competição<br />

chegou aos <strong>90</strong>0 cavalos, contra os 500 cv de série, O torque<br />

alcança os 4000 Nm (o dobro do camião de série) entre as<br />

1200 e 2800 rpm. O selector de velocidades é de apenas<br />

oito contra as 16 da caixa de origem.<br />

Para o sucesso do Trakker, o eixo dianteiro aplicado é de um<br />

veículo militar equipado com controle de pressão dos pneus<br />

(para que a baixa pressão não deixe atolar o camião).<br />

A tracção pode ser repartida e doseada (60% - 40%), para<br />

responder às exigências do terreno e às características<br />

do piloto.<br />

Os Iveco Power Star/Trakker que venceram o Dakar 2012<br />

são verdadeiros laboratórios dos camiões que amanhã<br />

estarão no mercado. h<br />

10


REFLEXÕES<br />

que deixou as marcas<br />

do Leste europeu, que<br />

tradicionalmente são<br />

líderes da competição.<br />

Tendo por base um<br />

Iveco que faz sucesso<br />

no mercado australiano,<br />

o PowerStar, que<br />

se destaca por uma<br />

cabina recuada, cada<br />

vez mais em desuso na<br />

uma espectacular vitória, que a outra equipa da<br />

marca, liderada pelo italiano Miki Biasion, fez<br />

valer pela sua pela sua experiência nestas competições.<br />

Para os responsáveis da marca italiana, nomeadamente<br />

para Alfredo Altavilla (CEO) a equipa Iveco<br />

Pteronas De Rooy, provou as excelentes prestações<br />

dos motores desenvolvidos pela FPT em termos de<br />

eficiência e de elevada resistência.<br />

Depois de arrancar a um de Janeiro do Mar da<br />

Prata, durante 14 etapas rolou em mais de 8500 km,<br />

Depois de 15 dias no duro<br />

Iveco<br />

mais perto do céu<br />

Logo nos primeiros dias da edição 2012 do Rali Dakar<br />

ficou evidente que a competição mais dura do desporto automóvel,<br />

com a ligação Argentina – Chile – Peru, não ia ser pêra doce<br />

para a concorrência aos Iveco, que nas etapas iniciais<br />

já tinham três camiões entre os primeiros seis classificados.<br />

Gerard de Rooy desde o primeiro instante<br />

deixou evidente que o Iveco Power Star<br />

(Strator Torpedo) era o mais bem posicionado para<br />

andar à frente dos demais concorrentes.<br />

Na 34ª edição do Rali-Raid as diferenças entre<br />

os concorrentes foram claramente marcadas pela<br />

surpreendente prestação dos Iveco, fruto de uma<br />

verdadeira revolução face aos modelos anteriores,<br />

generalidade dos mercados europeus, despertou o<br />

entusiasmo de muitos aficionados e deixou a concorrência<br />

a questionar os quês e porquês de um camião<br />

com esta configuração ter condições para ganhar<br />

vantagem significativa em cada etapa.<br />

O holandês De Rooy, filho do antigo piloto e<br />

proprietário de uma das maiores empresas de transporte<br />

de veículos Jan de Rooy, deu à Iveco<br />

atravessando a Argentina, Chile e Peru, os Iveco<br />

foram os melhores.<br />

Uma dúvida ficou para quem segue estas competições.<br />

Será que a incontestável vitória de Gerard<br />

de Rooy teria sido ao mesmo nível se em cima da<br />

hora a Kamaz não tivesse mudado os vitoriosos<br />

Chagin e Kabirov pelos inexperientes jovens turcos<br />

Nikolayev e Mardeev. h<br />

Como se faz um camião de corrida<br />

O excelente saldo da Iveco no Dakar da América do sul 2012, tem no modelo Trakker 4x4<br />

o pai do camião vencedor na exigente prova. Apesar do camião vencedor ter a configuração<br />

comercializada na Austrália (cabina recuada), tudo andou à volta da versão europeia da marca italiana.<br />

Com um chassis super-resistente e um motor cursor 13, o<br />

Trakker de competição foi concebido com mais 50 centímetros<br />

de altura do que o de série, a suspensão é de molas<br />

parabólicas, mas só com duas lâminas para ficar macio, e<br />

está equipado com dois amortecedores especiais em cada<br />

roda (para evitar o efeito saltitão na entrada e saída dos<br />

obstáculos).<br />

Nas modificações ao nível do motor o Trakker de competição<br />

chegou aos <strong>90</strong>0 cavalos, contra os 500 cv de série, O torque<br />

alcança os 4000 Nm (o dobro do camião de série) entre as<br />

1200 e 2800 rpm. O selector de velocidades é de apenas<br />

oito contra as 16 da caixa de origem.<br />

Para o sucesso do Trakker, o eixo dianteiro aplicado é de um<br />

veículo militar equipado com controle de pressão dos pneus<br />

(para que a baixa pressão não deixe atolar o camião).<br />

A tracção pode ser repartida e doseada (60% - 40%), para<br />

responder às exigências do terreno e às características<br />

do piloto.<br />

Os Iveco Power Star/Trakker que venceram o Dakar 2012<br />

são verdadeiros laboratórios dos camiões que amanhã<br />

estarão no mercado. h<br />

10


DAF inova<br />

Novo eixo tandem mais leve<br />

A preocupação com a optimização dos consumos e a eficiência<br />

e operacionalidade dos veículos, que ocasionalmente realizem<br />

percursos em terrenos difíceis, levou a DAF a lançar um novo eixo<br />

tandem de redução simples com suspensão pneumática,<br />

especialmente desenvolvido para aplicações de serviço pesado<br />

que requeiram capacidade de tracção adicional<br />

para utilização fora de estrada.<br />

Com o novo eixo tandem SR1360T, 375 quilos mais leve que o actual eixo<br />

tandem de redução aos cubos para aplicações fora de estrada, permite<br />

poupar mais de 5,0% no consumo de combustível. O novo eixo tandem faz parte<br />

dos objectivos do Programa DAF ATe (Advanced Transport Efficiency), que visa<br />

reduzir ainda mais o consumo de combustível e níveis de emissões, ao mesmo<br />

tempo que procura aumentar a eficiência dos veículos.<br />

O eixo tandem SR1360T com suspensão pneumática está disponível para todos<br />

modelos 6x4 e 8x4 dos DAF CF85 e XF105, em duas variantes, com capacidade<br />

técnica de carga de 21 ou 26 toneladas, para Pesos Brutos de conjunto até<br />

70 toneladas. Para aplicações especiais, é possível fornecer versões para PBC<br />

mais elevados, até 120 toneladas. Além da redução no consumo de combustível<br />

e do menor peso, o novo eixo tandem terá também custos de manutenção<br />

mais baixos, já que apenas necessita de mudança de óleo a intervalos de 3 anos<br />

ou 450.000 km.<br />

O eixo tandem SR1360T será especialmente útil para aplicações de transporte<br />

pesado, que requeiram capacidade de tracção adicional devido a valores elevados<br />

do Peso Bruto de Conjunto. Este eixo é particularmente adequado para<br />

aplicações de Transportes Especiais a longa distância, para veículos de suporte<br />

de equipamentos especiais complexos e pesados, e para veículos destinados<br />

à tracção de conjuntos tipo ECO-combi, que necessitam de capacidade de<br />

tracção adicional adequada ao Peso Bruto de Conjunto de 60 toneladas.<br />

O lançamento do novo eixo tandem eixo para veículos 6x4 e 8x4 totalmente<br />

coerente com os objectivos do Programa DAF ATe, que aglutina um conjunto<br />

muito completo de soluções para reduzir ainda mais o consumo de combustível<br />

e as emissões e melhorar a eficiência dos veículos. h<br />

Paccar DAF no Delhi AutoExpo<br />

Por ocasião do salão indiano Delhi AutoExpo, a Paccar apresentou<br />

as suas potencialidades para um dos mercados que mais crescimento<br />

tem registado nos últimos anos no mundo.<br />

Segundo Dan Sobic, vice-presidente executivo da PACCAR, “A Índia é já um dos<br />

maiores mercados de camiões, e um dos que mais rapidamente cresce em todo o<br />

mundo. O evento AutoExpo proporciona-nos uma excelente oportunidade para exibir<br />

os nossos produtos DAF de alto nível aos clientes indianos de veículos comerciais”.<br />

Em destaque no espaço de exposição esteva o DAF CF equipado com um motor<br />

PACCAR PX-6 de 180hp, e uma caixa basculante da AMW (Asia MotorWorks).<br />

O versátil CF foi concebido para operar em configurações de tractor e rígido para<br />

serviços pesados. Os camiões DAF são comercializados e assistidos através de uma<br />

rede global com mais de 1000 concessionários. “O sucesso dos veículos DAF deve-se<br />

à sua excelente fiabilidade, eficiência e elevado nível de conforto para o condutor,”<br />

comentou Don Schulte, director-geral da PACCAR na Índia. h<br />

DAF premeia desenvolvimento<br />

N<br />

a busca de conceitos que permitam o desenvolvimento constante dos seus<br />

camiões e a operacionalidade dos mesmos através dos serviços pós-venda,<br />

a DAF criou o European<br />

Technician of the Year, que<br />

na edição de 2012 foi<br />

atribuído a Rinze Louwsma<br />

de Cosmo Bolsward, na<br />

Holanda.<br />

Rinze foi escolhido como o<br />

melhor Técnico do Ano em<br />

2012 despois de concluir<br />

com êxito as 10 provas em<br />

concurso. O vencedor destacou-se<br />

nos resultados apresentados<br />

nas quatro provas teóricas e nos seis casos práticos, que garantem ser<br />

um profundo conhecedor sobre como assegurar a eficiência, maior operacionalidade<br />

e prontidão dos veículos a par de satisfação dos clientes. h<br />

Michelin eleita<br />

fabricante do Ano 2012<br />

Um júri de 21 conceituados especialistas internacionais<br />

no sector de pneumáticos elegeu a Michelin Fabricante<br />

de Pneus do Ano atribuindo-lhe o Tire Technology<br />

International Awards for Innovation and Excellence<br />

2012. O prémio foi entregue por ocasião do Tire<br />

Technology Expo de Colónia, que decorreu na Alemanha<br />

em meados de Fevereiro.<br />

Depois do prémio já alcançado em 2010, esta é a segunda<br />

vez que a Michelin consegue este reconhecimento.<br />

Os juízes, para conceder este prémio, avaliaram algumas<br />

das metas atingidas pela Michelin nos seus produtos e analisou<br />

o facto de os últimos doze meses estarem repletos de acontecimentos<br />

no grupo, que visavam desenvolvimentos em I+D,<br />

a par de diversos investimentos nos padrões produtivos<br />

que visavam ganhos ambientais desde a produção ao uso<br />

no dia-a-dia.<br />

Nas suas instalações da América do Norte, o Grupo investiu<br />

200 milhões de dólares na fábrica de Lexington, na Carolina<br />

do Sul, para aumentar a capacidade de produção de pneus,<br />

e outros 50 milhões dedicaram-se a actualizar o equipamento<br />

e aumentar a capacidade produtiva da fábrica de pneus<br />

da BFGoodrich em Fort Wayne, Woodburn, Indiana. Além<br />

disso, a Michelin também começou a colaborar com dois<br />

novos parceiros em 2011. Em primeiro lugar, a Federação<br />

Internacional de Automobilismo (FIA) escolheu o Grupo para<br />

desenvolver novas acções que promovam uma mobilidade<br />

mais segura e sustentável graças às tecnologias utilizadas<br />

para os desportos do motor. O segundo acordo, estabelecido<br />

com a Amyris, Inc., companhia líder de produtos químicos<br />

e combustíveis renováveis, consiste numa parceria para<br />

desenvolver e comercializar isopreno renovável. h<br />

12


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OS MELHORES<br />

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MUNDO.<br />

Inscreva-se em: http://www.scania.pt/yetd2012<br />

PATROCINADORES OFICIAIS


Michelin e Volvo<br />

Uso eficiente gera ganhos<br />

A Volvo e a Michelin estiveram a estudar os impactos da má escolha<br />

e do deficiente uso dos pneumáticos nos consumos e na segurança<br />

dos veículos. O trabalho conjunto mostrou que medidas rápidas e simples<br />

podem ter um impacto significativo nas reduções das emissões, dispensando<br />

qualquer investimento suplementar ou alterações à actividade diária<br />

dos veículos. A mudança passa por perceber que no detalhe podem estar<br />

muitos milhares de euros, que anualmente saem do bolso<br />

de quem possui um camião ou uma imensa frota.<br />

As conclusões do estudo revelam que utilizar<br />

o tipo de pneu correcto para cada modelo<br />

de camião, bem como as manutenções regulares<br />

com o calibrar os pneus na pressão certa e alinhar<br />

as rodas pode resultar na redução do consumo de<br />

combustível, e portanto, de emissões, em até 15%.<br />

Em termos financeiros, isso representaria uma<br />

economia de € 8 mil por veículo e por ano.<br />

Números que se não surpreendem, no mínimo<br />

deveriam preocupar os investidores por incutirem<br />

Financiamento da<br />

MAN consolida-se<br />

mudança de comportamentos<br />

entre os seus profissionais.<br />

“Sabemos que o alinhamento das<br />

rodas, tipo de pneu e pressão<br />

dos pneus têm um grande impacto<br />

no consumo de combustível,<br />

no entanto, há uma falta de consciência no<br />

sector dos transportes sobre a importância de<br />

verificar pneus e alinhamento de rodas tanto do<br />

camião quanto do reboque”, ressalta Arne-Helge<br />

Andreassen, gerente de negócios de pós-venda<br />

da Volvo Trucks para a área de pneus e alinhamento<br />

de rodas.<br />

A pesquisa realizada na Suécia teve duração de<br />

duas semanas e testou camiões em mil quilómetros<br />

de utilização com diferentes combinações de<br />

pneus, pressão aplicada aos pneus e alinhamento<br />

das rodas, que foram comparados com um veículo<br />

com diferentes rodas e alinhamento. Os veículos<br />

em teste foram equipados com medidores de<br />

combustível e instrumentos especiais que monitorizavam<br />

a velocidade exacta, o desgaste dos<br />

pneus, pressão dos pneus e resistência ao rolamento.<br />

A análise dos resultados revela que além da diferença<br />

de até 15% no consumo do combustível<br />

dependendo de como as rodas estão alinhadas e<br />

equipadas, a escolha do pneu adequado para<br />

cada aquele tipo de veículo pode reduzir em até<br />

11% o consumo, a pressão correcta dos pneus<br />

proporciona uma redução de 1,0% e o alinhamento<br />

da roda adequada pode trazer economia<br />

de 2,5%. E ainda há quem pense<br />

Jacques de Giancomoni, gerente técnico da<br />

Michelin, explica que um terço do consumo de<br />

combustível resulta da resistência dos pneus<br />

enquanto está em curso a sua utilização. "Ter os<br />

pneus certos é de primordial importância, mas<br />

a verificação da pressão dos pneus - que também<br />

tem um efeito significativo no consumo de combustível<br />

- também é importante. h<br />

Services que a MAN mudou e formatou a anterior<br />

opinião de muitos transportadores. Perante as garantias<br />

de constante operacionalidade dos veículos a<br />

MAN desafia os transportadores para parcerias.<br />

Ao completar cinco anos de presença no mercado<br />

português, a MAN Financial Services regista um<br />

balanço muito positivo nos negócios. Com cerca de<br />

650 operações, que envolveram mais de 50 milhões de<br />

euros, a área de financiamento da marca contribuiu<br />

para ajudar muitos clientes a ultrapassarem as dificul-<br />

dades de aquisição ou renovação de veículos.<br />

Com uma presença no mercado europeu há mais de<br />

20 anos, o negócio de financiamento da MAN tem-se<br />

assumido como um parceiro que muda mentalidades e<br />

a forma como os operadores de transportes vêem um<br />

veículo. Desde a apresentação na Europa do Financial<br />

Quem transporta apenas tem que se preocupar com o<br />

fulcro do seu negócio, enquanto a MAN assume a<br />

responsabilidade de total disponibilidade das frotas. h<br />

14


REFLEXÕES<br />

Lá por altura do salão IAA, que em Setembro<br />

abrirá as portas em Hanôver (Alemanha),<br />

a Mercedes-Benz vai realizar o primeiro<br />

evento público – depois do lançamento<br />

para a imprensa especializada – com o Citan,<br />

o membro mais novo da família de pequenos comerciais<br />

da marca alemã, que se perfila para ser<br />

distinguido com o troféu de melhor do ano. Fruto<br />

da relação entre a Mercedes<br />

e a Renault vai fazer companhia aos irmãos<br />

Sprinter, Vito e Vario, que desde o seu<br />

aparecimento deixam meio mundo apaixonado<br />

pelas suas linhas, prestações e músculo.<br />

Filho de pai alemão e mãe francesa<br />

Nasceu o Mercedes-Benz Citan<br />

Depois do namoro desmentido ao namoro assumido,<br />

rapidamente a relação entre a Mercedes-Benz<br />

e a Renault começou a dar frutos. Para<br />

além do Citan que deriva do Kangoo, irmão da<br />

parte de mãe, já é certo que o casal mais mediático<br />

do momento, vai trabalhar em conjunto para colocar<br />

na sala de partos as próximas gerações do Smart<br />

e do Twingo (que terão a mesma plataforma). Depois<br />

se verá se há determinação para acasalarem o saber<br />

e a capacidade produtiva e investirem na produção<br />

de produtos mais substanciais.<br />

Depois de darmos uma olhadela pelo no Citan<br />

ficamos com a ideia de que o miúdo vai fazer muita<br />

gente perder a cabeça e decidir-se por ele na hora<br />

de investir. Tem muito bom aspecto e um especial<br />

traço condutor nas linhas que conciliam o arredondado<br />

com o ousado.<br />

E como se falarmos em energia e Renault a coisa dá<br />

faísca, nada melhor do que um Citan de carregar<br />

pela boca à porta de casa. O que poderá ser<br />

um irmão do Kangoo Z.E., promete conquistar os<br />

amigos do ambiente para os pequenos veículos<br />

e muito especialmente quem já faz dos produtos<br />

da Mercedes-Benz amigos do ambiente um parceiro<br />

e uma identidade.<br />

Se em os produtos nascem irmãos em termos de<br />

identidade exterior não há confusões possíveis.<br />

Quem olhar para o Citan não terá dúvida que tem<br />

debaixo de olho um Mercedes-Benz. O “sorriso” da<br />

grelha frontal é da família alemã, tal como os grupos<br />

ópticos o pára-choques e a curvatura do capôt.<br />

Quando visto pela traseira o enquadramento das<br />

portas ajuda a puxar logo para o irmão Sprinter.<br />

Tal como o irmão francês o Citan também vai<br />

chegar ao mercado nas versões furgão de mercadorias,<br />

com paredes laterais em chapa, furgão<br />

de passageiros de cinco lugares e furgão misto,<br />

também de cinco lugares. Nas versões de passageiros<br />

a unidade só de passageiros e a versão mista<br />

de seis lugares. h<br />

Econic ideal para abastecer aviões<br />

As características únicas do Econic da Mercedes-Benz têm vindo a ganhar<br />

adeptos para a sua utilização nos serviços aeroportuários.<br />

Depois da logística de abastecimento de combustíveis a procura<br />

por empresas de catering é crescente. No aeroporto de Arlanda,<br />

na Suécia, já por lá brilham 10 estrelas e mais 39 se vão juntar à frota<br />

da Gate Gourmet Catering.<br />

Aempresa que investe no conceito Econic é a LSG<br />

Sky Chefs, com sede em Neu-Isenburg, próximo<br />

ao Aeroporto de Frankfurt, detida pela companhia<br />

de aviação Lufthansa. LSG foi criada em 1966, e em<br />

1993 adquiriu uma participação de 25 por cento na<br />

Sky Chefs, os restauradores a American Airlines estabelecido<br />

em 1942. Em 1995, a subsidiária Lufthansa<br />

adquiriu as acções restantes da empresa.<br />

Como é o caso de entregas de cargas aéreas, o sector<br />

de catering aéreo também faz uso de veículos especiais<br />

equipados com plataformas elevatórias de tesoura<br />

permitindo alcançar uma altura de 5,70 metros,<br />

ideal para o carregamento directo aos compartimentos<br />

das aeronaves.<br />

Com o carroçamento especial qualquer tipo de aeronave<br />

é abastecida em tempo e sem constrangimentos.<br />

Desde operações com alimentos ou produtos destinados<br />

a vendas a bordo, o Econic retira<br />

do chão e coloca onde é preciso no mínimo<br />

de tempo possível. Todas as operações<br />

em espaço aeroportuário são realizadas<br />

em verdadeiro contra-relógio, pelo que o<br />

Econic não só assegura rapidez como<br />

com as suas características permite a descarga<br />

directa pela frente com controlo à<br />

vista pelo condutor, sem necessidade de recorrer a<br />

qualquer equipamento suplementar.<br />

A excelente panorâmica envolvente proporcionada<br />

pelas amplas superfícies vidradas e a facilidade de<br />

entrada e saída pela frente e pelos dois laterais, permitem<br />

ao condutor levar o Econic até onde nenhum outro<br />

chega e iniciar operações.<br />

O Econic Mercedes-Benz é produzido em série na categoria<br />

de peso das 18 a 26 toneladas, assegurando uma<br />

altura total de 2,35 metros com a cabina baixa.<br />

Quando os aviões que estão a ser operados são da<br />

classe do A380 as características do Econic permitem<br />

a abordagem à fuselagem do avião.<br />

O Econic tem toda uma série de outros benefícios para<br />

oferecer. Estes incluem, nomeadamente, o veículo<br />

apresenta motores ecologicamente amigos do ambiente,<br />

movidos a gasóleo (respeitando as certificações<br />

EEV) e a gás natural. h<br />

15


DHL e Mercedes-Benz juntas pelo Líder<br />

Sprinter: Um veículo exclusivo<br />

O reconhecimento das potencialidades e elevadas prestações do líder<br />

do mercado dos comerciais ligeiros, o Sprinter da Mercedes-Benz,<br />

que diariamente marcam a sua presença nas estradas da Europa,<br />

fica assinalado na entrada de 2012 com o investimento da DHL Express<br />

Portugal em 84 unidades, que reforçam uma frota onde a marca<br />

já tem presença firmada.<br />

Carsten Oder, Américo Fernandes, António Cabrita Martins<br />

Aaposta na frota automóvel para o mercado<br />

interno vem no seguimento da política de investimento<br />

do Grupo Deutsche Post DHL para<br />

Portugal e tem como objectivo primordial aumentar<br />

a operacionalidade da actividade, ao mesmo tempo<br />

que reforça a qualidade do serviço e garante uma<br />

redução da pegada ambiental.<br />

As viaturas, Mercedes-Benz Sprinter Furgão, respondem<br />

também às exigências da actividade da<br />

DHL Express, pois além de todo o equipamento de<br />

série, estão apetrechadas de soluções que aumentam<br />

a produtividade, facilitam o trabalho e garantem<br />

maior conforto aos Membros que as utilizam<br />

diariamente. A funcionalidade das viaturas garante<br />

em simultâneo uma maior versatilidade de operações<br />

possíveis de realizar, podendo a mesma<br />

viatura estar integrada numa rota que contemple<br />

diferentes tipologias de transporte, recolha e entrega<br />

de encomendas e documentos porta a porta.<br />

As novas aquisições da DHL Express, que estarão<br />

totalmente integradas na frota até ao final do<br />

primeiro trimestre deste<br />

ano, possuem como<br />

principais funcionalidades:<br />

antepara (porta interior)<br />

que permite um<br />

rápido acesso do motorista<br />

à carga/envios;<br />

prateleiras dobráveis<br />

para maior flexibilidade<br />

na recolha e entrega de envios de maiores dimensões;<br />

conexão Bluetooth para comunicação mãos<br />

livres; prateleira com superfície deslizante para um<br />

carregamento mais rápido e directo para o “sort” da<br />

volta; câmara traseira para melhor visão aquando<br />

da inversão de marcha, entre outras vantagens.<br />

Américo Fernandes, Director-Geral da DHL Express<br />

Portugal (o dirigente da companhia mundial de<br />

carga e correio expresso, que há mais tempo ocupa<br />

a liderança de um mercado) considera que “a renovação<br />

da frota vem contribuir activamente para<br />

a melhoria da operacionalidade nas missões de<br />

recolha/entrega no mercado interno, além de responder<br />

de forma mais adequada às exigências<br />

únicas no negócio e permitir responder a soluções<br />

ocasionais ou exclusivas solicitadas pelos<br />

clientes.<br />

A entrega oficial das viaturas aconteceu no início<br />

de Janeiro, na presença do Presidente da<br />

Mercedes-Benz Portugal, Carsten Oder, do Director-Geral<br />

de Veículos Comerciais da Mercedes-Benz<br />

Portugal, António C. Martins, e do<br />

Director-geral da DHL Express Portugal, Américo<br />

Fernandes. h<br />

Nova gama de peso<br />

Goodyear<br />

Com a introdução das regras ambientais Euro VI,<br />

em 2013, os camiões vão necessitar<br />

de mais capacidade de carga para o eixo frontal.<br />

Para a Goodyear o problema está sanado<br />

com a introdução de novos pneus direccionais<br />

para índices de cargas elevadas, capazes<br />

de suportar até 10 toneladas por eixo.<br />

AGoodyear desenvolveu pneus de direcção para<br />

Cargas Elevadas no sentido de compensar este<br />

aumento de peso no eixo dianteiro. Tal como os novos<br />

pneus de direcção, a gama de Carga Elevada inclui um<br />

pneu para reboque que pode aumentar a capacidade<br />

de um eixo até 1000 kgs, suportando pesos no eixo de<br />

10 toneladas. Estas novas características proporcionam<br />

aos pneus uma capacidade extra e incluem uma inovação<br />

da Goodyear chamada Interlaced Strip Technology<br />

e uma nova forma dos sulcos da banda de rodagem.<br />

Dez pneus constituem a nova gama de Carga Elevada<br />

que inclui quatro pneus de direcção Goodyear Marathon<br />

LHS II + para longas distâncias, bem como cinco<br />

pneus de direcção Goodyear Regional RHS II e um pneu<br />

de atrelado Goodyear Regional RHT II para o transporte<br />

regional.<br />

O protótipo do pneu Regional RHT II 385/65R22.5, com<br />

elevado índice de carga, foi apresentado no IAA<br />

Commercial Vehicle Show 2010, em Hanover. Este pneu<br />

suporta pesos de 10 toneladas no eixo e oferece grandes<br />

benefícios aos operadores graças ao novo conceito<br />

de poupança de peso. Os novos pneus permitem<br />

20 toneladas por cada conjunto de bogies, em comparação<br />

às 24 toneladas de um bogie de eixo triplo convencional,<br />

já que têm um índice de carga de 164 = 5<br />

toneladas em vez do normal de 160 = 4,5 toneladas.<br />

Um semi-reboque, em conjunto com tração 4x2, pode<br />

dar um peso total máximo de 38 toneladas em comparação<br />

com o peso total de 40 toneladas de um<br />

semi-reboque de três eixos e a mesma tração 4x2. Como<br />

um bogie em conjunto pode ser aproximadamente<br />

1 tonelada mais leve que um bogie de eixo triplo. Por<br />

outro lado, os custos operativos destes reboques leves em<br />

conjunto podem ser significativamente mais baixos que<br />

os de muitos reboques convencionais de três eixos. h<br />

16 UTILITÁRIOS


REFLEXÕES<br />

Volvo apresenta a Dyna<br />

O segredo está na caixa<br />

A Volvo juntou os jornalistas numa interessantíssima jornada de trabalho na Base Aérea<br />

de Maceda, Ovar, para lhes falar das enormíssimas potencialidades de uma ferramenta<br />

de trabalho que os portugueses teimam em não reconhecer como uma preciosa ajuda<br />

na gestão, mas o jornalista da CAMIÃO acabou rendido à espectacularidade do selector<br />

de velocidades. Um pouco como nos tempos das festinhas da adolescência, a Volvo<br />

apresentou-nos a Dyna, Dynafleet, mas nós enamoramo-nos<br />

pela loura, macia e atrevida caixa de velocidades.<br />

Como dizia um amigo, o<br />

conceito de apoio à gestão<br />

e ao combate aos desperdícios<br />

Dynafleet é um instrumento que<br />

pode contribuir para uma mudança<br />

comportamental na operação<br />

dos camiões e tem atributos<br />

que permitem ganhar muitos<br />

milhares de euros por ano e por<br />

veículo. Mas o selector de velocidades<br />

é que dá pica. Até agora<br />

só a Mercedes-Benz apresentava<br />

um selector com tamanha revolução<br />

no conceito.<br />

De uma vezada a Volvo apresenta<br />

dois poderosos instrumentos<br />

no apoio à gestão. Quem procura os prazeres instantâneos<br />

agarra-se de pés e mãos à caixa e não mais a larga. Já<br />

quem sabe que a gestão não tem soluções instantâneas, mas<br />

que cada vez mais se faz da poupança do cêntimo aqui e<br />

da gota acolá vai encontrar na proposta Dynafleet uma dádiva<br />

para a eficiência dos veículos e uma preciosa ferramenta<br />

para cortar nos custos operacionais.<br />

A diferença está na caixa<br />

Quem usa o I-Shift 12 velocidades + 4 M.A. nunca mais quer<br />

outro selector. Ao I-Shift só lhe falta falar.<br />

As características que mais destacamos no I-Shift, que permitem<br />

ganhos na gestão da actividade diária do camião, são:<br />

- O sistema de mudança de velocidades totalmente automático<br />

proporciona uma condução muito cómoda e económica.<br />

- O pack de software adapta a mudança de velocidades<br />

às condições de estrada verificadas.<br />

- A possibilidade efectuar uma mudança de velocidades manual<br />

e de bloqueio da mudança engrenada aumentam a flexibilidade<br />

de condução, ajudando a ajustar o que o motorista<br />

vê com a “inteligência” electrónica do camião.<br />

No modo Automático, o motorista pode escolher entre os<br />

programas “Economia” e “Performance”. A mudança de programas<br />

de condução é efectuada por meio de um botão na<br />

consola de comando. Esta função oferece diferentes estratégias<br />

de mudança de velocidades consoante as condições da estrada.<br />

O modo de Economia permite uma boa economia de combustível.<br />

O modo de “Performance” proporciona uma mudança<br />

de velocidades mais agressiva e é utilizado quando é<br />

necessária uma maior potência do motor.<br />

A juntar a todos os atributos o I-Shift dá uma preciosa ajuda<br />

para que a cada instante, sempre que a condução o justifique,<br />

o camião não gaste gasóleo desnecessariamente. Quando<br />

Volvo uma visão do futuro<br />

E que tal uma olhadela pelo futuro. A Volvo desvendou<br />

a imagem do que poderá em 2020 (já faltam menos<br />

de oito anitos) ser o camião que rolará nas nossas<br />

estradas. Vision 2020, ou como antecipar o futuro.<br />

Longe vão os tempos em que as marcas guardavam a sete<br />

chaves os bonecos dos camiões que tinham saído do papel,<br />

passado para um esboço mais limpo, formulado numa miniatura à escala e construído o respectivo protótipo. Depois<br />

com um bocadinho de sorte, quando o camião fizesse os testes no exterior, poderia acontecer que aparecesse uma<br />

foto espia para aguçar os apetites e por meio mundo a falar da novidade. Tal como se viu com o Novo Actros<br />

da Mercedes-Benz, hoje já não há secretismos e é a própria marca que vai fazendo da divulgação uma campanha<br />

verdadeiramente organizada ao detalhe.<br />

Com a previsão da Volvo para 2020, percebe-se que a marca não quer segredos, pois sabe que ao não alimentar<br />

especulações está a antecipar o conhecimento do produto e a desafiar os clientes, profissionais do volante e demais<br />

actores do negócio do frete a pronunciarem-se sobre o que é que é preciso mudar para um veículo ser eficiente<br />

na indústria do transporte por estrada.<br />

Do volvo que vai liderar a terceira década do século XXI, para já o que se sabe é que a juntar às linhas elegantes<br />

e vanguardistas, haverá toda uma imagem que aposta num conceito de funcionalidade. h<br />

o veículo circula com velocidade estabilizada e sem pressão<br />

sobre o acelerador ou travão, a engrenagem de velocidade<br />

é libertada e o camião rola com o consumo limitado ao<br />

imprescindível.<br />

A Dyna dorme com o patrão e acorda com o motorista<br />

Num momento de profunda crise em que ninguém acredita<br />

em milagres, se de repente alguém entrar pela porta de uma<br />

empresa e anunciar que tem uma ferramenta que permite<br />

ganhos na gestão da actividade diária da empresa e dos<br />

camiões, o mínimo que receberá de resposta será “vá vender<br />

banha da cobra ao carago!”. Mas acredite que uma simples<br />

antena instalada num camião é capaz de acabar com vícios,<br />

Armando Ribeiro na apresentação do Dynafleet<br />

erros de condução, camiões fora de rota quando a carga de<br />

retorno está a centenas de quilómetros e camiões esquecidos<br />

e motorista perdidos a milhares de quilómetros pelas coordenadas<br />

telefónicas orais, quando as coordenadas GPS o colocam<br />

num sítio bem diverso.<br />

O que de melhor há no mercado como precioso auxiliar na<br />

gestão, a Volvo tem e dá pelo nome de Dynafleet. Desde que<br />

o sistema é instalado o veículo passa a estar constantemente<br />

ligado aos departamentos da empresa (gestão, tráfego, frota,<br />

etc.) e até num qualquer computador ou telemóvel com acesso<br />

à internet é possível obter ou enviar informações sobre a<br />

actividade nas questões de combustível e ambiente, localização,<br />

tempos de condução, mensagens e gestão de revisões do<br />

veículo ou do tacógrafo, por exemplo. Permite também<br />

a descarga à distância, para efeito de arquivos, das informações<br />

retidas no tacógrafo digital.<br />

Combustível e Ambiente - A ferramenta perfeita para a busca<br />

de um menor consumo de combustível e impacto ambiental<br />

reduzido. O sistema oferece relatórios detalhados que facilitam<br />

a traçar potenciais melhorias e acompanhar os resultados.<br />

Muitos clientes usam o Dynafleet como uma ferramenta<br />

para análise em combinação com formação de motoristas<br />

em eficiência de combustível e técnicas de eco-condução.<br />

Localização - O serviço Localização facilita o facilita o planeamento<br />

tarefas de transporte e executá-las da maneira mais<br />

eficiente possível. Mapas detalhados dão-lhe controlo total em<br />

qualquer situação.<br />

Tempos de Condução - Com o serviço Tempos de Condução,<br />

irá ganhar uma visão geral de como os motoristas passam o<br />

18 UTILITÁRIOS


REFLEXÕES<br />

seu dia de trabalho, facilitando o planeamento de transportes<br />

e administração.<br />

Mensagens - O serviço Mensagens funciona de modo semelhante<br />

ao e-mail e possibilita o envio de mensagens entre o<br />

escritório e os camiões. É simples, rápido e económico.<br />

Para além dos atributos de excelência, há “coisas” que o<br />

Dynafleet garante que está muito para além do que é escrito.<br />

O Dynafleet é um verdadeiro polícia omnipresente, assegurando<br />

a redução da evaporação do gasóleo do depósito<br />

ao estritamente causado pela temperatura ou gases. Com o<br />

Dynafleet os micro furos dos depósitos são selados por uma<br />

cola especial e as perdas acidentais passam a ter data<br />

e hora, tal como identificação objectiva da coordenada do<br />

local em que o nível do precioso líquido baixou.<br />

Se a preocupação é cortar custos já por si muito rentes, nada<br />

melhor do que começar a fazer contas e perceber que com o<br />

Dynafleet se ganhar 10 litros por dia, se os multiplicar por<br />

dias de trabalho e número de veículos, concluirá que fica<br />

a ganhar uma fortuna. Mas se com o sistema de gestão<br />

da Volvo alcançar poupanças de cinco litros a cada<br />

100 quilómetros e fizer as multiplicações devidas, terá de<br />

admitir que lhe entrou pela porta dentro o Euromilhões.<br />

Pelo que vimos e testamos a opção pelo Dynafleet como ferramenta<br />

de trabalho proporcionará uma nova visão do<br />

negócio, mas quem conseguir conciliar o serviço com<br />

um Volvo equipado com a nova geração do selector I-Shift,<br />

seguramente que fará uma revolução dentro da empresa.<br />

Agora os empresários mais noctívagos já poderão dizer<br />

que chegaram tarde a casa porque estiveram com a<br />

Dyna, Dynafleet. E com jeitinho até a esposa vai querer<br />

conhecer a amiga do marido que o ajuda a ser mais poupado.<br />

h<br />

Nissan NV200 em força<br />

Por ocasião do Salão de Chicago, os japoneses<br />

da Nissan fizeram a estreia do furgão<br />

NV200 Compact, que já está em comercialização,<br />

com enorme sucesso em quase 30 mercados.<br />

O NV200 assegura mais eficiência na unidade de<br />

carga e uma poupança significativa no consumo de<br />

combustível face às congéneres que estão em comercialização.<br />

Com dimensões muito reduzidas para o segmento,<br />

com 1,86 m de comprimento total, o modelo da<br />

Nissan facilita manobras no trânsito e em vias com<br />

espaço limitado e o estacionamento nas grandes<br />

cidades, fazendo com que a sua capacidade de<br />

carga útil máxima de 680 kg lhe dê um atributo de<br />

veículo de primeira intervenção, na cadeia complementar<br />

da logística, transporte e distribuição.<br />

O modelo foi desenvolvido para ser prático para a<br />

carga e descarga. A parte lateral tem duplas portas<br />

deslizantes. Na parte traseira, a abertura das portas<br />

é dupla. O cockpit, centrado no condutor, inclui tanto<br />

conforto quanto características funcionais. O assento<br />

do motorista é de seis modos de ajuste lombar (manual)<br />

e com apoio de braço. O NV200 oferece<br />

também "Mobile Office", com um console central<br />

com laptop, armazenamento para pasta de arquivo,<br />

porta caneta, porta CD, e porta copos.<br />

O Nissan NV200 vem com motor 2.0 16 válvulas<br />

DOHC de 4 cilindros. O propulsor é combinado<br />

com um selector CVT Xtronic. h<br />

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REFLEXÕES<br />

UTILITÁRIOS<br />

Onovo Fuso Canter 4x4 promete fazer furor ao<br />

nível dos anteriores modelos e gamas que<br />

levaram esta gama Canter da Mitsubishi à liderança<br />

do mercado europeu. Destacando-se pela versatilidade<br />

concilia o conforto com a destreza dos 175 cavalos,<br />

que lhe permitem aceder aos lugares mais inóspitos<br />

para intervenções profissionais especializadas, em<br />

socorro ou emergência.<br />

Pelas características do novo Canter, ele assume-se<br />

como uma excelente ferramenta de trabalho para<br />

sectores de actividade que são chamados a intervir<br />

Novos Partner e Expert<br />

Para 2012 a Peugeot<br />

vai introduzir inovações<br />

na suas gamas Expert e<br />

Partner, que irão receber<br />

uma nova imagem<br />

associada aos padrões<br />

de estilo da marca.<br />

O Partner vai ser equipado<br />

com os motores Euro V, que asseguram menor consumo<br />

e padrões de emissões CO2 amigos do ambiente, com o<br />

sistema de ignição Stop&Start da nova geração.<br />

Opel Combo na terceira geração<br />

O novo Combo da Opel é cada vez mais um veículo<br />

que se destaca no segmento como uma referência,<br />

o que lhe garante uma posição de liderança<br />

entre os comerciais do segmento B.<br />

Este novo veículo multiusos, disponível em diversas variantes<br />

de carroçaria, baseia-se no Fiat Doblò (“Comercial Internacional<br />

do Ano 2011”), modelo do parceiro de cooperação<br />

da Opel. O objectivo da aliança estratégica no domínio<br />

dos pequenos veículos comerciais é promover o crescimento<br />

da Opel neste segmento. A par dos seus congéneres de<br />

maiores dimensões, Vívaro (segmento D/até 2,9 t) e Movano<br />

(segmento E/até 4,5 t), o novo Combo constitui a base de<br />

uma oferta altamente competitiva que integra actualmente<br />

três gamas de modelos. Este trio forma a frente da oferta de<br />

comerciais Opel e torna-a num dos pilares da marca.<br />

As previsões de crescimento de comerciais do segmento B na<br />

Europa apontam para um milhão de unidades até 2015. A<br />

Opel prevê que 62 por cento das vendas do Combo sejam da<br />

quando a meteorologia<br />

provoca ruptura nos<br />

abastecimentos (água ou<br />

luz) e os terrenos ficam<br />

intransitáveis. Para dar<br />

uma ajuda, a tracção às<br />

quatro rodas pode ser<br />

engatada e desengatada<br />

em movimento, o que<br />

assegura uma eficiência<br />

no consumo de combustível<br />

e evita desgastes<br />

desnecessários.<br />

Algumas características<br />

do novo Canter<br />

O bloqueio do diferencial<br />

do eixo traseiro é de<br />

série. A transmissão é<br />

manual de cinco velocidades e a relação do eixo<br />

traseiro é 1:5.285. As propostas da cabina vai dos<br />

três aos sete lugares. As distâncias entre eixos variam<br />

entre 3415 milímetros e 3.865 mm. A capacidade<br />

de carga do chassis situa-se entre os 3500 kg a<br />

3735 kg. Graças à geometria do sistema de tracção,<br />

o ângulo de ataque é de 35 graus, (em oposição a<br />

18 graus para o 4x2 Canter), enquanto o ângulo<br />

de partida é de 24 graus em oposição a 11 graus.<br />

Altura livre do solo é aumentada de 219 mm para<br />

320 mm. h<br />

Fuso Canter<br />

mais versáteis<br />

Da fábrica da Daimler/Mitsubishi no Tramagal, já estão a sair<br />

de Portugal para a Europa os novos Fuso Canter, que apresentam<br />

como grande novidade uma versão 6C18 de tracção integral<br />

com peso bruto de até 6,5 toneladas.<br />

Para o Expert está reservada a inovação com um motor<br />

2.0 HDi de 163 cavalos com selector de seis velocidades.<br />

A comercialização no espaço europeu arranca já na primavera.<br />

h<br />

variante Van e 38 por cento da variante de passageiros Tour.<br />

A Opel comercializa modelos Combo desde 1985. A geração<br />

que agora está preste a ser substituída já existe desde 2001.<br />

O conceito versátil de um veículo diferente, que pode servir<br />

para o lazer, para a família ou para a atividade profissional,<br />

tem-se revelado muito popular. São vendidos anualmente na<br />

Europa 72.000 veículos deste género. Mesmo na fase final do<br />

ciclo de vida, o Combo lançado em 2001 encontrava-se<br />

ainda entre os três primeiros do seu segmento em muitos<br />

mercados europeus. h<br />

UNIMOG COMBINA COM NEVE - Sempre<br />

que chega o Inverno as aptidões do Unimog<br />

da Mercedes-Benz fazem dele um intérprete<br />

imprescindível para os mais diversos locais,<br />

onde é preciso manter os níveis de operacionalidade<br />

das vias.<br />

Para manter os espaços de circulação livres<br />

de neve, Berlim e o Estado de Brandemburgo,<br />

foram reforçados com cinco equipamentos<br />

que asseguram o espalhamento de sal e<br />

outros produtos que impedem a acumulação<br />

de neve e permitem o acesso de pessoas e veículos a instalações<br />

e serviços determinantes para a actividade económica e social de<br />

uma região que os rigores invernais afectam.<br />

VOLKSWAGEN CRESCE - As diversas gamas de veículos comerciais<br />

ligeiros da Volkswagen foram responsáveis pelo crescimento de 21,4<br />

por cento de vendas no mercado mundial. Com 528 mil unidades<br />

vendidas, registou negócios nos principais modelos com 160.600 unidades<br />

Caddy, 155.800 da gama T5 (Transporter), 39.600 Crafter e<br />

no Amarok 66.500 veículos, para além de outras gamas.<br />

PEUGEOT PERTO DO RECORDE - Mercê da ofensiva de produtos,<br />

imagem e serviço, a Peugeot conseguiu, em 2011, um resultado<br />

anual de vendas mundiais perto do seu recorde histórico obtido em<br />

2010, por sinal, o ano do seu 200º aniversário. A Peugeot realizou<br />

2.114.000 vendas de veículos particulares e comerciais.<br />

FIAT NO MÉXICO - A cidade de Saltilho, no México, de tão má<br />

memória futebolística para os portugueses, foi escolhida pela<br />

Fiat/Chrysler para instalar a fábrica onde vão ser produzidos os<br />

Doblò destinados aos mercados americanos.<br />

NISSAN NA CHINA - Perante o enorme sucesso no segmento de<br />

veículos ligeiros de turismo e comerciais, a parceria com os chineses<br />

da Dongfeng vai permitir à Nissan produzir camiões ligeiros e de<br />

média tonelagem, destinados aos mercados asiáticos.<br />

BRASIL MAIS VERDE - O governo brasileiro anunciou que vai apoiar<br />

a utilização de veículos amigos do ambiente em espaços urbanos. Um<br />

vasto programa de investimento em carros movidos a energia eléctrica<br />

ou híbridos vão proporcionar vantagens para quem os utilizar.<br />

EUROPA CRESCE - Com um crescimento das vendas de camiões no<br />

espaço europeu em 20,5%, segundo dados da Associação Automóvel<br />

da Europa (ACEA), foram dados sinais de dinamismo em diversos<br />

mercados. Na Alemanha a subida nas matriculações foi de 16,3%, na<br />

Grã-Bretanha cresceu 13,4% e a França 2,5%, o que ajuda a perceber<br />

que há mercados em mutação ou em velocidade cruzeiro.<br />

FORD NA TURQUIA - A Ford anunciou planos de abrir uma terceira<br />

fábrica em Kocaeli, a leste de Istambul, na Turquia, para a produção<br />

de novos modelos da marca, muito vocacionados para o segmento<br />

de comerciais ligeiros, que estão a registar significativo crescimento<br />

para a marca. h<br />

Da Guerra<br />

para o lazer<br />

O Renault Sherpa, que<br />

a marca francesa coloca<br />

nos palcos de guerra<br />

em condições de igualdade<br />

do americano Hummer, vão ao longo de 2012 chegar ao<br />

mercado com uma versão civil. A opulência do veículo ganhas<br />

requintes de bom gosto na versão do dia-a-dia, que por certo<br />

vai conquistar muitos adeptos.<br />

O veículo será oferecido em três versões: o Scout, com todos os<br />

recursos off road imagináveis, voltado para uso em condições<br />

extremas, o Carrier, vendido como chassi com ou sem cabine,<br />

para receber carroçarias feitas por terceiros com características<br />

variadas (caixa aberta, furgão, unidade especial) e Station<br />

Wagon, totalmente blindado, para transporte de passageiros.<br />

O Renault Sherpa utiliza um motor diesel Dxi 5 com quatro cilindros<br />

e 4,76 litros, com 215 cv e torque de 800 Nm. A transmissão<br />

é automática, da Allison, com seis marchas. O nome<br />

Sherpa refere-se a um grupo de habitantes do Nepal, internacionalmente<br />

conhecido pela participação como auxiliares<br />

e guias em escaladas no Himalaia. h<br />

20 UTILITÁRIOS


REFLEXÕES<br />

çarias, equipamento e acessórios.<br />

No percurso de teste e no exterior, os visitantes aproveitaram<br />

a oportunidade de conduzir muitos veículos<br />

na companhia dos formadores do MAN ProfiDrive®.<br />

Houve uma grande procura dos conjuntos tractor/semi-reboque<br />

MAN TGX com 680 CV, que fizeram<br />

o percurso de teste com um peso bruto de até<br />

100 toneladas. Muitos visitantes ficaram também entusiasmados<br />

com a manobrabilidade do "camião<br />

MAN Trucknology em teste<br />

Consistentemente aprovada<br />

A MAN Truck & Bus desafiou milhares de clientes para participarem na final<br />

do grande evento Trucknology RoadShow em Munique. Para utilização<br />

nas condições reais e experimentação nas condições mais adversas estiveram<br />

disponíveis 140 veículos divididos pelo Truck Forum e no percurso de testes,<br />

podendo os convidados fazer uso ou simplesmente para concretizar uma observação<br />

ou para tirar uma dúvida sobre este ou aquele detalhe.<br />

Abusca do veículo ideal para cada função, mais<br />

de dois mil visitantes aproveitaram o convite<br />

para no sítio certo se informarem e contactarem com as<br />

soluções de transporte de longo curso e de distribuição,<br />

tal como os que são vocacionados para os transportes<br />

do sub segmento da construção e dos transportes especiais.<br />

Foi ainda possível operar com um vastíssimo conjunto<br />

de equipamentos especiais que proporcionavam<br />

à MAN oferecer uma proposta adequada para cada<br />

área de negócio no transporte de mercadorias. Desde<br />

os serviços de higiene e limpeza, ambientais, assistência<br />

e socorro, plataformas elevatórias ou unidades<br />

de bombeiros, havia de tudo como na farmácia.<br />

Os clientes, provenientes da Alemanha e de<br />

diversos países europeus, compareceram em representação<br />

das mais diversas áreas, mercados<br />

e sectores de actividade.<br />

Um programa à altura dos grandes eventos proporcionava<br />

a participação em debates técnicos<br />

com peritos da MAN relativamente aos produtos e<br />

serviços MAN TopUsed, MAN ProfiDrive®, MAN<br />

TeleMatics e MAN Rental, assim como o clube do condutor<br />

MAN Trucker’s World ou os MAN Financial<br />

Services MFI para o financiamento estiveram tanto no<br />

centro das atenções do MAN Forum como o contacto<br />

com os representantes de várias empresas de carro-<br />

comprido" (Mega camião) de 25,25 metros, que tiveram<br />

a oportunidade de conduzir e assim retirar dúvidas<br />

ou confirmar a manobrabilidade. O conforto de<br />

condução MAN em terreno difícil ou a excelente<br />

propulsão do MAN HydroDrive® convenceram mesmo<br />

os condutores mais exigentes no percurso em terreno<br />

de elevado graus de dificuldade. h<br />

Ford tem um novo comercial<br />

Tourneo de competências<br />

A Ford deu a conhecer mais um membro<br />

para a família de comerciais. A juntar a êxitos<br />

como o Transit (nas diversas versões), a marca<br />

vai colocar no mercado uma interessantíssima<br />

peça em que o bom gosto despertará<br />

os apetites de quem quer um veículo<br />

de trabalho mais vistoso e menos paredes<br />

de chapa sobre quatro rodas.<br />

O segmento de comerciais onde a Ford é líder na<br />

Europa e controla os principais mercados mundiais,<br />

terá a muito breve prazo o Tourneo Custom como<br />

um verdadeiro aliciante para quem procura conciliar<br />

o trabalho com o período de tempo em que uma passeata<br />

ou um momento de diversão são a prioridade.<br />

Muito para além das suas vocações para o trabalho,<br />

as versões do Tourneo de carga e combinadas<br />

não deixaram ninguém indiferente.<br />

A nova proposta da Ford entra no segmento dos<br />

veículos de trabalho com imagem de requinte, que<br />

ajudará o líder do mercado a penetrar junto de<br />

clientes que privilegiam um produto em que<br />

o requinte e até o luxo (dependendo do carroçamento)<br />

fazem a diferença.<br />

Com o conceito Tourneo Custom, a Ford assume<br />

na gama de veículos comerciais linhas futuristas<br />

e tecnologia avançada.<br />

As propostas das motorizações estão equipadas<br />

com o propulsor 2.2 Duratorq TDCi a diesel,<br />

mas com três níveis de potência diferentes: 100 cv,<br />

125 cv e 155 cv, com um selector manual de seis<br />

velocidades. h<br />

22 UTILITÁRIOS


REPORTAGEM/ENTREVISTA<br />

Futurbrain aposta na qualidade<br />

Formação só para quem realmente forma<br />

Quando em 2000 um grupo de jovens licenciados viu na criação de uma empresa vocacionada para a formação profissional uma saída<br />

para o seu futuro, estariam longe de pensar que 12 anos volvidos estivessem entre as melhores e mais reputadas organizações no sector<br />

em Portugal. O grupo liderado por Miguel Silva criou a Futurbrain com uma aposta em formação baseada no rigor e na qualidade,<br />

o que lhe tem permitido registar enorme sucesso nos diversos patamares da formação e muito especialmente nas vertentes dos transportes.<br />

om sede em Vila do Conde e filiais em Ermesinde,<br />

COvar e Viseu, alargou com sucesso a actividade aos<br />

Açores e à Madeira. O empenho na realização de acções<br />

de formação com padrões de qualidade, que romperam<br />

com o que o que era tradicional e corriqueiro, proporcionou<br />

a uma equipa dinâmica o reconhecimento de quem usa<br />

os seus serviços e de diversos organismos que certificaram a<br />

sua actividade. A título de exemplo, é importante referir que<br />

os conteúdos pedagógicos e os seus resultados práticos<br />

valeram o reconhecimento pelo governo da região dos<br />

Açores como um parceiro de excelência na formação.<br />

Para Miguel Silva o excesso de oferta de formação para o<br />

sector de transportes, nomeadamente nas propostas para<br />

motoristas, só é um problema por ser permitido que concorram<br />

de forma desigual projectos credíveis com outros que<br />

primam pela falta de qualidade, mas que se mantêm activos<br />

porque beneficiam do facto do IMTT – Instituto da Mobilidade<br />

e dos Transportes Terrestres não acompanhar no terreno<br />

(como a legislação prevê) as acções práticas. A crítica do<br />

obreiro do projecto Futurbrain vai especialmente para as<br />

escolas de condução que transpuseram para a formação<br />

dos motoristas de pesados CAM - Certificado de Aptidão de<br />

Motorista, as mesmas práticas que aplicam no ensino de<br />

condução, o que não dá qualquer mais-valia em termos<br />

pedagógicos aos formandos. Perante este cenário de quantidade<br />

e de não qualidade, Miguel Silva é peremptório a<br />

defender que se das cinco dezenas de empresas acreditadas<br />

retirarem as escolas de condução, a formação ficaria a<br />

ganhar, tanto mais que as empresas que fazem o ensino da<br />

condução têm o seu espaço e objectivos bem definidos e os<br />

clientes continuam a depender das escolas para fazer a sua<br />

aprendizagem, mas na questão de formar perdem por falta<br />

de qualidade dos conteúdos que ministram.<br />

Por outro lado Miguel Silva saúda o facto de a Dgert -<br />

Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho estar<br />

a impor novos requisitos para as empresas de formação, passando<br />

a exigir padrões mais apertados para a sua certificação,<br />

abandonando o critério actual de simples acreditação,<br />

mas critica a condescendência com as escolas de condução<br />

por estas ficarem isentas dos novos critérios, o que em sua<br />

opinião agravará ainda mais o fosso na qualidade dos conteúdos<br />

da formação. Para que não restem dúvidas, deixa evidente<br />

que vê toda a concorrência, que se realiza em condições<br />

de igualdade, como saudável e até como um estímulo<br />

e constante desafio para a competência de quem quer ser<br />

reconhecido pela qualidade, mas critica o facto de existirem<br />

dois tipos de deveres e obrigações para um mesmo fim.<br />

As críticas ganham objectividade quando se refere ao<br />

CAM - Certificado de Aptidão de Motorista. No caso das<br />

acções de 35 horas, em que matérias tão díspares como<br />

primeiros socorros, higiene e segurança, que nas empresas<br />

de formação são ministrados por formadores especializados<br />

(enfermeiros ou até médicos), nas escolas de condução apenas<br />

um mesmo instrutor dá todas as matérias. Convenhamos<br />

que por muitas competências que um profissional tenha não<br />

consegue abarcar todas essas temáticas. Desenrasca-se!<br />

Miguel Silva defende que um dos critérios de avaliação<br />

deveria passar pelo acompanhamento constante e pelo<br />

controlo da formação na prática, o que permitiria separar<br />

o trigo do joio.<br />

Mas será que a formação hoje não é muita teoria e pouca ou<br />

mesmo nenhuma prática Para o mentor da Futurbrain, a formação<br />

prática tem todo o cabimento, mas defende que no<br />

momento actual isso poderá ser complicado para as empresas<br />

e para os formandos dado que virá a agravar os custos. Sem<br />

qualquer dúvida apoia a necessidade de formação prática,<br />

como forma dos condutores saberem enfrentar a condução<br />

nos mais variados tipos de piso e condições climatéricas, mas<br />

alerta para a necessidade de qualquer medida não ser severa<br />

e asfixiante para as já debilitadas finanças de um sector que<br />

está a viver momentos de grande aperto financeiro.<br />

Sobre o facto de em Vila do Conde existir uma pista no<br />

Centro de Formação de Guilhabreu PRM, de António Patrício,<br />

mostra-se favorável à utilização daquele espaço de excelência<br />

para muitas temáticas, deixando no ar a ideia de que em<br />

breve poderão arrancar naquele local acções específicas com<br />

outros parceiros.<br />

E quanto à suspeita de formação no formato “faz de conta”,<br />

o nosso entrevistado puxa de argumentos de peso e afirma<br />

que a Futurbrain apresentou uma denúncia factual de sete<br />

entidades formadoras, ponderando o pedido de intervenção,<br />

para além das entidades reguladoras na área da formação,<br />

da Autoridade da Concorrência e do Ministério Público, como<br />

forma de combater as empresas que estão a dinamitar o mercado.<br />

Miguel Silva afirma que não está em causa os preços<br />

ridiculamente baixos que alguns praticam, visto que esses<br />

estarão condenados a desaparecer, mas sim o crime de quem<br />

troca por euros (a preços para todos os gostos) diplomas de<br />

fictícias acções de formação, quando na realidade os formandos<br />

nunca estiveram presentes numa qualquer iniciativa. Para<br />

além de querer uma resposta às denúncias exige que seja<br />

implementada mais fiscalização das acções de formação.<br />

Para dar consistência às suas denúncias, Miguel Silva afirma<br />

que há cursos que são comunicados que nunca existiram<br />

integralmente. E fundamenta com exemplos práticos que facilmente<br />

podem ser detectados pelas entidades fiscalizadoras.<br />

Nos cursos de 140 horas, como é muito difícil juntar grupos<br />

de 12 pessoas, há empresas onde os cursos arrancam e<br />

só posteriormente são comunicados ao IMTT quando estão<br />

perto do fim ou quando já têm nomes de candidatos no<br />

número exigível de formandos, só que parte destes não participaram<br />

em grande parte da formação. O resultado é um<br />

registo muito bonito com nomes e horas que nada tem a ver<br />

com a realidade.<br />

Fruto da sua competência pedagógica, a Futurbrain que já<br />

realizou mais de 100 acções de formação na área dos transportes<br />

a nível nacional, quer de formação contínua quer<br />

de formação inicial, em que estiveram envolvidos mais de<br />

1500 profissionais do volante, faz votos para que a fiscalização<br />

desça ao terreno dado que é crescente o número de<br />

empresas de transportes que perguntam quanto custa a<br />

compra do certificado e que deixam evidente aos comercias<br />

da empresa que “se não fazem há quem faça”.<br />

Mas o cenário actual no essencial não é de ilegalidade. Bem<br />

pelo contrário. Pelo conhecimento prático Miguel Silva afirma<br />

que é crescente o número de empresas com consciência de<br />

que uma formação efectiva e consistente é um investimento,<br />

que a curto prazo leva ganhos significativos para dentro das<br />

empresas. Por isso são cada vez mais as empresas de transportes<br />

que seleccionam duas a três empresas de formação<br />

credíveis para avançar para negociações e só decidem<br />

depois de avaliar os conteúdos e os resultados alcançados<br />

por cada um dos candidatos junto de outros transportadores.<br />

Quanto ao futuro para formação, Miguel Silva não tem<br />

dúvidas que só haverá espaço para quem tiver boas práticas<br />

no presente e consciência de que todos têm de responder<br />

com inovação constante e credível.<br />

Perante a certeza de que a médio prazo teremos cada vez<br />

menos cursos co-financiados por instituições comunitárias e<br />

nacionais, defende que as empresas de formação terão de<br />

criar cursos complementares que privilegiem a competência,<br />

versatilidade e qualidade dos profissionais e menos limitada<br />

e fechada nas teorias que presidiram às primeiras<br />

acções de formação.<br />

E porque parar é morrer, atenta ao facto de a legislação<br />

prever ciclos de actualização e reciclagem dos conhecimentos<br />

dos profissionais do volante no âmbito do CAM de<br />

35 horas, a breve prazo a Futurbrain vai colocar no mercado<br />

propostas para a segunda fase da certificação, com<br />

matérias substancialmente diversas das que hoje são ministradas.<br />

A equipa de Miguel Silva já está a trabalhar num<br />

quadro de formação que passa pela complementaridade<br />

entre teoria e a prática, com a composição de cargas<br />

horárias com novas matérias complementadas com vertentes<br />

práticas.<br />

Da conversa com Miguel Silva conclui-se que a formação só<br />

tem futuro para quem está de forma séria no negócio e se<br />

preocupa em inovar nos conteúdos e nas práticas. Tal como<br />

nas empresas de transportes, também na área da formação<br />

depois do aparecimento de entidades certificadas no formato<br />

de sementeira de infestante, o presente já se está a encarregar<br />

de seleccionar quem tem capacidade para resistir aos<br />

pesticidas da crise e consegue dar frutos reprodutores do<br />

saber. h<br />

UTILITÁRIOS<br />

23


REFLEXÕES<br />

Scania faz propostas Chave na Mão<br />

A ideia não é nova mas a Scania dá-lhe um novo folgo<br />

com o “Complet by Scania”, um novo conceito de veículos<br />

completos lançado pela Scania Ibérica. Para os clientes<br />

do segmento de distribuição regional e nacional, os imprevistos<br />

tal como a concepção e construção do veículo ideal para<br />

a função, passam a ter a marca como interlocutor privilegiado.<br />

Com o lançamento do veículo frigorífico, o<br />

primeiro desta nova gama, que no futuro<br />

será continuamente ampliada, a Scania oferece<br />

mais opções, mais flexibilidade e comodidade<br />

aos clientes de distribuição que procuram<br />

soluções completas e à medida do<br />

seu negócio.<br />

O trabalho é a única pre<br />

O desenvolvimento deste projecto foi realizado<br />

dentro da empresa, combinando um<br />

estudo exaustivo sobre as necessidades concretas<br />

dos clientes do segmento de distribuição<br />

da península ibérica, com um design exclusivamente<br />

concebido para esta nova gama<br />

de veículos completos<br />

apresentada pela<br />

Scania Ibérica. Os<br />

veículos desta nova<br />

gama estão integrados<br />

no sistema de<br />

especificação, encomenda<br />

e entrega da Scania, mantendo o nível<br />

de flexibilidade que o sistema modular da<br />

Scania oferece e simplificando o processo de<br />

compra e serviço.<br />

Num sector tão exigente como o da distribuição,<br />

onde o tempo é um factor primordial,<br />

os veículos completos da gama Complet by<br />

Scania estão preparados para cumprir uma<br />

ampla variedade de requisitos. Para além da<br />

comodidade e flexibilidade, todos os veículos<br />

completos serão entregues carroçados, totalmente<br />

equipados e preparados para o serviço<br />

desde o primeiro dia.<br />

O conceito Complet by Scania reflecte a<br />

preocupação da Scania pelas necessidades<br />

reais dos operadores, e dentro desta<br />

lógica a Scania Ibérica actuará como único<br />

fornecedor, concentrando o serviço de todos<br />

os equipamentos e eliminando o contacto<br />

com múltiplos fornecedores, tanto na fase<br />

de aquisição inicial como posteriormente<br />

na manutenção do chassis e da carroçaria.<br />

Com esta solução única o cliente também<br />

desfrutará dos benefícios de uma garantia<br />

COMBUSTIVEIS E LUBRIFICANTES<br />

VALES POR DOIS - A Galp Energia e a Optimus lançaram<br />

uma promoção que possibilita aos clientes das<br />

duas empresas usufruir de descontos nos seus produtos<br />

e serviços. Assim, os clientes da Galp Energia que realizem<br />

abastecimentos de valor igual ou superior a €25,<br />

recebem um vale de desconto de €6 em compras de<br />

produtos e equipamentos na Optimus. Inversamente, os<br />

clientes Optimus, recebem um vale de desconto de<br />

6 cêntimos por litro em combustíveis Galp, por qualquer<br />

compra efectuada até 25€ ou dois vales quando igualarem<br />

ou ultrapassarem este valor.<br />

Os vales da promoção podem ser obtidos em mais<br />

de 200 postos de abastecimento Galp aderentes e em<br />

107 lojas Optimus, até 31 de Março de 2012. Os vales<br />

Galp podem ser utilizados em cerca de 700 postos<br />

Galp.<br />

GALP ENERGIA ENCOLHEU NO LUCRO - Os números da<br />

Galp energia em 2011 registaram um resultado líquido<br />

de 251 milhões de euros em 2011, menos 18% que em<br />

2010. A produção working interest de crude e de gás<br />

natural em 2011 foi de 20,8 mboepd, dos quais 19% no<br />

Brasil. A margem de refinação da Galp Energia foi de<br />

Usd 0,6/bbl em 2011 face a Usd 2,6/bbl no período<br />

homólogo de 2010. O negócio de distribuição de produtos<br />

petrolíferos foi afectado negativamente pelo contexto<br />

económico adverso na Península Ibérica, com os<br />

volumes vendidos a clientes directos a diminuírem<br />

5% para 10,5 milhões de toneladas. Em 2011 o volume<br />

vendido de gás natural aumentou 9% face a 2010, para<br />

5.365 milhões de metros cúbicos, para o que contribuíram<br />

as vendas da Madrileña Gas, em Espanha, e as<br />

vendas do segmento de trading. O resultado operacional<br />

a custo de substituição (RCA) em 2011 foi de<br />

€394 milhões, menos 13% que em 2010. Em 2011,<br />

aproximadamente 45% do investimento total de €1.000<br />

milhões foi canalizado para o projecto de conversão<br />

das refinarias. h<br />

24


ocupação<br />

totalmente compatível com a<br />

rede de serviço da Scania em<br />

toda a península ibérica.<br />

Com esta exclusiva gama de veículos,<br />

que oferecem a qualidade<br />

característica da Scania, os<br />

operadores poderão beneficiar<br />

do máximo tempo útil e dos mínimos<br />

custos operativos possíveis.<br />

Graças ao compromisso de actuar como<br />

fornecedor único, a Scania oferece veículos<br />

exclusivos, com prazos de entrega mais curtos.<br />

A longo prazo, os clientes desfrutarão de<br />

valores residuais superiores dado que os<br />

veículos Scania demonstram sempre ser um<br />

excelente investimento em termos de custo/benefício.<br />

A Scania conta ainda com<br />

uma vasta gama de robustos chassis preparados<br />

para cobrir as mais exigentes ne-<br />

Scania R 500 em teste<br />

A Scania trouxe a Portugal um fantástico R 500<br />

LA4x2MNA, para os jornalistas realizarem um teste<br />

de estrada em con-dições reais de um camião equipado<br />

com o novíssimo e exclusivo Scania Cruise<br />

Control, que funciona por conexões GPS, como se<br />

fosse os olhos do condutor, por antecipação na detecção<br />

de inclinações das vias.<br />

Andamos com o motor de 16 litros de 500 cavalos,<br />

com a cabina Higline de tecto alto, e percebemos que<br />

actualmente não há nada mais avançado para<br />

evitar o agravamento dos custos com o combustível e<br />

com o desgaste dos materiais, assegurando que as<br />

mudanças de velocidades são trocadas no momento<br />

certo e de forma rigorosa, impedindo que as reduções<br />

cessidades do negócio de distribuição, e<br />

que o cliente poderá especificar tendo á<br />

disposição uma ampla gama de cabinas,<br />

motores e outros elementos da cadeia cinemática.<br />

O veículo rígido da Scania para o transporte<br />

a temperatura controlada é a primeira solução<br />

completa de uma nova gama de veículos,<br />

que se seguirá desenvolvendo para oferecer<br />

soluções adaptadas a outros sectores chave<br />

se façam dentro das subidas.<br />

Diz a Scania que é possível poupar até 3,0% no consumo<br />

de combustível com o novo Cruise Control, mas<br />

nós fomos mais longe e na próxima edição vamos<br />

contar tudo.<br />

do segmento de distribuição. Definitivamente,<br />

uma solução integrada que engloba a possibilidade<br />

de contratar uma renda única que<br />

inclui financiamento, contrato de manutenção<br />

integral do veículo, motor de frio, plataforma<br />

e o 2º ano de garantia da cadeia<br />

cinemática.<br />

Configurações e equipamento disponíveis:<br />

Chassis Encontra-se disponível toda a gama<br />

Scania de cabinas, motores, chassis e equipamento,<br />

de modo a adequar o veículo às<br />

necessidades particulares de cada cliente.<br />

Caixa Frigorífica Dimensões: Qualquer medida,<br />

desde que cumpra com os requisitos<br />

legais no que se refere a dimensões, pesos<br />

e certificação ATP. Equipamento: Totalmente<br />

adaptável, seja para transporte de carros,<br />

paletes, peixe, carne pendurada, flores, catering,<br />

produtos farmacêuticos, etc. Motor<br />

de frio: Qualquer modelo das gamas de<br />

Carrier ou ThermoKing Plataforma elevadora:<br />

Qualquer modelo das gamas de Zepro<br />

ou Dhollandia<br />

AUTOCARRO<br />

CONFORTO COM MAN - A equipa alemã de hóquei no<br />

gelo do EHC München foi distinguida como parceira da<br />

MAN, com um novo autocarro da marca do leão. Logo<br />

na viagem inaugural ficou evidente que o conforto é ao<br />

mais elevado nível e que a configuração é a ideal para<br />

manter toda uma equipa em convívio e nas condições<br />

físicas óptimas para encarar os grandes desafios.<br />

GERIR A FROTA NO APPLE - O programa Daimler Fleet-<br />

Board é líder a nível mundial, proporcionando soluções<br />

de telemática para gerir uma frota à distância, precisando<br />

apenas de consultar um equipamento Apple<br />

iPhone ou iPad.<br />

Com o Daimler FleetBoard o gestor tem condições para<br />

monitorar como seus veículos que estão em utilização e<br />

de todos ao factores relacionados com a sua actividade.<br />

Desde saber quem é o motorista que conduz determinado<br />

autocarro e o seu estilo de condução, até ao estilo<br />

de condução e consumos, o sistema permite saber tudo.<br />

À distância até é possível saber se as portas foram abertas<br />

e fechadas no tempo certo.<br />

SUCESSO EM ESPANHA - A EvoBus Ibérica, criada em<br />

1998, é a filial espanhola da EvoBus GmbH, que faz<br />

parte do Grupo Daimler, tem uma das fábricas mais<br />

modernas e uma equipa de 262 funcionários. Em 2003,<br />

a fábrica em Sámano (Cantábria), que se especializou<br />

na produção de chassis para autocarros urbanos e<br />

autocarros de turismoé um dos mais avançados centros<br />

de competência na produção de chassis Mercedes-Benz<br />

na Europa.<br />

Para comemorar 12 anos de sucesso foi simbolicamente<br />

entregue ao operador Sanfiz SL um chassis que irá operar<br />

na região de Madrid. h<br />

25


REFLEXÕES<br />

Reconhecimento da criatividade<br />

Adedicação de Dominique à Renault Trucks já havia<br />

sido reconhecida aos 25 anos quando entrou ao<br />

serviço da marca, a segunda foi agora com 60 anos.<br />

Em comum as duas distinções têm o facto de ser o reconhecimento<br />

do seu trabalho na área do desenho e desenvolvimento<br />

da imagem final dos veículos.<br />

Com a distinção entregue ao jovem criativo Antonio<br />

Ré, repartida com Dominique, a Renault prova porque<br />

é que é uma das<br />

marcas mais distinguidas<br />

no Mundo<br />

em matéria<br />

de design e concepção<br />

dos produtos<br />

ideais para a indústria de transportes.<br />

A uns meses de se jubilar, Dominique apoiou An-<br />

Duas gerações de trabalhadores da Renault Trucks foram distinguidas<br />

com o título de ‘Melhor Trabalhador de França’. Dominique Pasinetti<br />

que estava a trabalhar na marca de Lion desde os anos 70<br />

e o jovem Antonio Lo Ré, recentemente chegado, foram distinguidos<br />

pelo seu saber na área dos estudos e projectos.<br />

Renault com trabalhador<br />

de França<br />

tonio no projecto que este<br />

desenvolveu de um camião<br />

todo-o-terreno destinado<br />

a transportar hidrogénio<br />

para zonas recônditas<br />

do globo e povoações<br />

onde não há água potável.<br />

Ao ver reconhecida mais<br />

uma vês a excelência dos<br />

profissionais do seu departamento<br />

de criatividade,<br />

a Renault Trucks assegura que terá nos seus quadros<br />

prestigiados profissionais. h<br />

Renault reforça presença<br />

As orientações estratégicas da Renault Trucks<br />

para se consolidar como uma marca<br />

de referência no mercado global, tiveram nos<br />

últimos meses mais uns passos com a abertura<br />

de mais de 20 pontos de venda e serviço<br />

na Europa, África e América Latina.<br />

Mercedes-Benz recebe Prémio Verde<br />

Atego é o 1º camião híbrido de série<br />

Ao colocar o Atego Hybrid em produção<br />

em série a Mercedes-Benz assume-se como<br />

o grande fornecedor e líder do mercado europeu<br />

de camiões amigos do ambiente, movidos<br />

a energias limpas, que ultrapassam todas<br />

as limitações à circulação em zonas reservadas.<br />

a Europa os mercados alemão, polaco, checo, russo, es-<br />

e italiano viram ampliar a oferta. Em África a<br />

Npanhol<br />

Argélia e Angola foram as escolhidas para esta fase de desenvolvimento,<br />

que também foi alargada ao Perú na América Latina.<br />

O mercado alemão recebeu quatro novos pontos de referência<br />

distribuídos pelo território, enquanto na Polónia durante 2011<br />

foram inauguradas seis novas instalações com a identidade da<br />

marca francesa.<br />

Na República Checa e na Rússia a expansão não pára, não<br />

sendo alheio ao facto a excepcional procura pela gama Kerax,<br />

que é reconhecida pelas excelentes prestações e adaptabilidade<br />

aos rigores climáticos e adversidades dos terrenos das regiões<br />

em que opera. Síbéria e S. Petersburgo foram os destinos escolhidos<br />

para o reforço da Renault naquele mercado emergente.<br />

À já forte presença da Renault Trucks em Espanha juntaram-se<br />

ainda mais pontos de assistência e vendas. Da Andaluzia à<br />

Catalunha, passando por León e pela Galiza, quase uma dezena<br />

de estruturas abriram as portas com a identidade do losango.<br />

Em Itália a marca ataca forte e de uma assentada inaugurou<br />

pontos em Milão, Sicília, Turim e três em Roma, que estão a contribuir<br />

para uma presença mais ousada naquele mercado.<br />

Em África, um mercado de excelência para o fabricante francês,<br />

a Renault está muito atenta ao Magrebe. A Argélia já foram<br />

inaugurados dois pontos e outros estarão para breve prazo.<br />

Também na linha orientadora para novos investimentos está<br />

Angola, onde Viana é o ponto mais recente de uma política de<br />

investimento que já está a dar os frutos nas vendas e nos<br />

serviços. Dado que Angola tem vindo a registar um crescimento<br />

muito significativo de veículos importados usados, nomeadamente<br />

por empresas que já anteriormente operavam com os<br />

mesmos na Europa, a área de assistência ganha particular<br />

importância para quem pretende fazer o melhor uso da segunda<br />

vida de um veículo.<br />

No Médio Oriente, Iraque (região de Bagdad) e o Líbano<br />

Para colocar mais uma remessa de veículos verdes no<br />

mercado, a escolha da Mercedes recaiu sobre a DP Fleet<br />

(subsidiária da DHL), a quem foram entregues 10 unidades<br />

Atego BlueTec Hybrid. Dentro da DHL a utilização do conceito<br />

híbrido da Mercedes-Benz tem proporcionado ligar a imagem<br />

do maior operador mundial de carga e correio expresso<br />

a mensagens e alertas sobre os perigos para a qualidade<br />

de vida das populações dos contaminantes derivados dos<br />

combustíveis fósseis.<br />

Com as novas unidades a DHL vai operar com os Atego Hybrid<br />

em Wustermark e Hamburgo, aos quais se juntarão as cidades<br />

de Hennigsdorf, Dortmund, Colónia-Gremberghoven,<br />

Gersthofen e Kolbermoor.<br />

Depois da vitória com o prestigiado troféu de Camião do<br />

ano em 2011, o Atego não mais parou e foi gradualmente<br />

foram distinguidos como estratégicos para o futuro, no plano<br />

de expansão da presença da marca.<br />

Por ocasião do Rali Dakar a Renault Trucks assinalou a competição<br />

com a abertura da primeira sucursal no Perú, que<br />

está localizada na principal estrada Panamericana.<br />

A Renault com os investimentos postos em marcha é cada vez<br />

menos uma marca de referência no espaço europeu e cada<br />

vez mais uma marca que se afirma no mercado global. h<br />

Renault mais ambiente<br />

Um Renault Premium híbrido foi recentemente entregue<br />

à ID Logistics para operar nas cidades francesas de Nice<br />

e Marselha, onde vão emitir menos 20% nos contaminantes<br />

e uma baixa muito significativa nos consumos realizados<br />

por um veículo tradicional.<br />

operador logístico é<br />

Osignatário da carta<br />

da Ademe (Agência para o<br />

Meio Ambiente e Energia),<br />

na qual garante um compromisso<br />

a favor do desenvolvimento,<br />

pelo que o Renault<br />

Premium Distribuição Hybrys<br />

Tech 6x2 310 cv de 26 toneladas possui grandes atributos para a<br />

consolidação da imagem ambiental em que a empresa se revê.<br />

Pelos padrões de desenvolvimento alcançados, a tecnologia híbrida é<br />

a indicada para as operações de distribuição em espaço urbano, onde<br />

o segmento alimentar é o mais exigente.<br />

Com baixas de consumo superiores a 20% com o uso da alimentação<br />

eléctrica, a proposta híbrida distingue-se pelo baixo ruído. Até os cuidados<br />

com o equipamento de frio permitiram a escolha de um Frappa<br />

que é comparável ao de duas pessoas a falar em voz baixa. h<br />

chegando ao mercado dado que a adaptação de componentes<br />

híbridos despertaram a atenção de muitos transportadores<br />

europeus, que se renderam à efectiva redução<br />

no consumo de combustível e nas emissões de CO2, entre<br />

10 e 15 por cento -, uma poupança a que ninguém ousa<br />

ficar indiferente.<br />

Para além de uma redução acentuada de até 15 por cento<br />

em consumo de combustível e nas emissões de escape, e<br />

das baixas emissões de ruído, o Atego da Mercedes-Benz<br />

tem na função start/stop automático outra vantagem<br />

na redução do consumo de combustível, e nas emissões<br />

gasosas e sonoras reduzidas a zero quando o veículo<br />

pára num semáforo ou espaço urbano para realizar uma<br />

operação de transporte ou serviço da manutenção ambiental.<br />

h<br />

26


C A R G A<br />

INTERMODAL<br />

VITÓRIA<br />

• CARGA AÉREA • ÁFRICA • NAVEGAÇÃO E PORTOS • LOGÍSTICA<br />

VOLVO EM TESTE<br />

ABSOLUTA<br />

A DYNA E A CAIXA<br />

GARLAND<br />

NOVO TERMINAL<br />

COM DE ROOY<br />

IVECO DÁ O SALTO<br />

A NÃO NOTÍCIA<br />

O NOVO SCANIA


Um click muda a sua vida. Use o cinto


TR: TRANSPORTE RODOVIÁRIO<br />

RECORDE DE CONSUMO - Na<br />

Magalhães & Bruno tem rolado um<br />

Iveco EcoStralis 500 cv que está a<br />

fazer furor junto da marca e da<br />

empresa de transportes, dado que<br />

os consumos registados são ao<br />

nível de um verdadeiro recordista.<br />

A operar diariamente no tráfego<br />

nacional o EcoStralis tem surpreendido<br />

tudo e todos ao registar<br />

médias de consumo de 26 litros aos 100 km percorridos.<br />

Sendo uma empresa com grandes ligações à Iveco, a<br />

Transportes Magalhães & Bruno é hoje uma bandeira que se<br />

ergue na credibilização das novas séries de motores de uma<br />

marca que no passado teve no consumo o seu calcanhar.<br />

TORRESTIR CRESCE COM<br />

CONTENTORRES - O grupo<br />

Torrestir deu mais um passo<br />

na sua estratégia de diversificação<br />

da oferta de serviço na<br />

cadeia de transportes. Para a<br />

importante área dos contentores, de onde provem uma parte<br />

significativa de negócios de fretes na área frutícola e nos<br />

tráfegos da actividade transitária, nasceu a ContenTorres.<br />

WTRANSNET SOLIDÁRIA - Para assegurar o transporte de<br />

mercadorias para os diferentes bancos de alimentos em<br />

Espanha, a Fundação Wtransnet e o Banco de Alimentos<br />

colocaram em marcha uma Bolsa de<br />

Cargas Solidária.<br />

Face às dificuldades de abastecimento<br />

para a instituição de solidariedade,<br />

a Wtransnet está a fazer<br />

uma intervenção junto dos transportadores,<br />

apelando à sua colaboração<br />

solidária. Os transportadores<br />

que queiram colaborar apenas têm de seleccionar as cargas<br />

que aparecem em nome da Fesbal (identificadas pelo<br />

logótipo).<br />

AWtransnet compromete-se a divulgar em permanência uma<br />

campanha junto de mais de nove mil clientes (que representam<br />

mais de 75 mil veículos), sendo atribuído a cada<br />

veículo aderente um dístico “Camião solidário”.<br />

PATINTER RECEBE IVECO - Dois Iveco EuroCargo 80E22 são<br />

as aquisições mais recentes da Patinter para operar nos tráfegos<br />

especializados da indústria automóvel. Equipadas com<br />

motores Tector Euro VI, com 217 cv, estão homologados para<br />

7,5 toneladas.<br />

Concebido para tráfegos<br />

complementares<br />

e intermédios, os Euro-<br />

Cargo oferecem excelentes<br />

condições para<br />

os profissionais do volante<br />

e permitem elevada<br />

operacionalidade das frotas onde se inserem. Depois de<br />

mais de uma década afastada da marca, a Patinter volta a<br />

abrir as suas portas ao fabricante italiano que lhe fornece<br />

veículos que garantem as mais baixas emissões poluentes,<br />

sonoras e gasosas.<br />

COMUNICAÇÃO GARMIN - Para os profissionais do volante<br />

de veículos pesados de mercadorias, a Garmin disponibiliza<br />

um equipamento de<br />

localização GPS, que<br />

permite evitar surpresas<br />

com ruas sem largura<br />

ou “viadutos que<br />

se baixam” quando os<br />

camiões se aproximam.<br />

Com o novo Garmin os imprevistos e os atrasos deixam de<br />

travar o ritmo de uma jornada de trabalho.<br />

BANCO ROTO DE CAMIÃO<br />

DÁ MULTA - Em finais de<br />

Janeiro o Jornal de Notícias<br />

contava a história de uma<br />

coima emitida a uma empresa<br />

de transportes rodoviários<br />

de mercadorias, quando um<br />

camião circulava na A4 de<br />

Valongo para Erme-sinde,<br />

por o mesmo apresentar o<br />

banco do condutor com ruptura<br />

no estofo.<br />

A coima está prevista na legislação, mas é questionável se não<br />

é aqui que entra a pedagogia que os profissionais das forças<br />

de segurança devem ter sobre quem é detectado com este tipo<br />

de infracção.<br />

Mas se a originalidade da coima de 7,48 nos faz franzir a sobrancelha,<br />

então quando soubemos que na mesma ocasião<br />

existe um outro auto emitido pelo facto de a cor amarela da<br />

matrí-cula, que identifica a data do primeiro registo do veículo,<br />

por estar esbatida, foi também sancionada, perguntamos onde<br />

é a ilha.<br />

SCANIA NA EGEO - Quem compra repete foi a máxima a<br />

que a EGEO deu corpo. Depois de em 2011 receber uma<br />

dúzia de viaturas Scania série P, acaba de engrossar a frota<br />

Costa Faria ascende na DHL<br />

Desde os primeiros dias do ano, mais um português<br />

ascendeu no universo das grandes companhias<br />

de transportes mundiais a cargos de liderança.<br />

José Costa Faria, que na década de 19<strong>90</strong> dava<br />

nas vistas com ideias bem alinhadas e excelentes<br />

intervenções em congressos e seminários<br />

sobre as temáticas dos transportes e da logística,<br />

é o novo vice-presidente de vendas<br />

da DHL Supply Chain para o Sul da Europa.<br />

osé Costa Faria, até agora Business Development,<br />

JStrategic Account and Transport Director na DHL Supply<br />

Chain Portugal foi nomeado para novo cargo, tendo assumido<br />

no início deste novo ano de 2012 as novas funções<br />

de Vice President Sales Leader DHL Supply Chain Southern<br />

Europe, sendo responsável por Portugal-Espanha-Itália.<br />

para os serviços de recolha de<br />

resíduos sólidos, confirmando as<br />

potencialidades das unidades que<br />

já se encontravam ao serviço e<br />

que mereceram nota máxima em<br />

termos de robustez e fiabilidade,<br />

factores determinantes em veículos operam em meio urbano.<br />

LUÍS SIMÕES COM DELONGHI<br />

- Os pequenos e populares<br />

electrodoméstico da Delongi<br />

vão chegar ao mercado da<br />

Península Ibérica a partir do<br />

Centro de Operações Logísticas<br />

de Alovera, em Espanha,<br />

a bordo dos camiões da Luís<br />

Simões.<br />

O acordo representa para a Luís Simões uma importante<br />

quota de mercado e reforça o crescimento da empresa no<br />

sector logístico português e espanhol. A Delonghi, fabricante<br />

da Kenwood, Ariete e da própria linha Delonghi, conta com<br />

um catálogo com mais de 1.300 produtos, um volume de<br />

37.000 notas de encomenda e mais de um milhão e meio<br />

de unidades vendidas de diferentes marcas por ano.<br />

Para Vítor Enes, diretor geral de logística ibérica da Luis<br />

Simões este serviço “vai contribuir para projectar o crescimento<br />

da actividade logística nos dois países”, enquadrando-se<br />

na estratégia de expansão de negócio da Luís Simões no<br />

mercado ibérico.<br />

GASÓLEO BARATO -<br />

Quando o gasóleo está<br />

a rebentar com tudo o<br />

que eram as contas das<br />

empresas de transportes,<br />

assistimos a uma crescente<br />

procura por parte dos<br />

pequenos transportadores<br />

das gasolineiras de baixo<br />

custo e pela concretização de abastecimentos nos dias em<br />

que são realizadas promoções.<br />

Na próxima edição da CAMIÃO vamos contar o fenómeno<br />

do concelho de Valongo (distrito do Porto) que, pela agressividade<br />

da concorrência entre operadores tradicionais e a<br />

concentração de grandes superfícies comerciais, se transformou<br />

no ponto geográfico onde é mais fácil e barato encontrar<br />

o precioso líquido. Depois de descontos e todas as continhas<br />

e comparações em quase uma dezena de pontos de venda,<br />

ao contrário do que se possa pensar as marcas brancas perdem<br />

para uma marca de prestígio como a BP, quanto ao<br />

valor final em bomba. h<br />

Nas suas novas funções José Costa Faria é agora responsável<br />

pela coordenação e liderança de toda a equipa<br />

de vendas nestes três países, tendo como objectivo<br />

aumentar a qualidade, a eficácia e a fiabilidade das propostas<br />

comerciais. Ao assumir estas novas responsabilidades<br />

José Costa Faria tem ainda por missão desenvolver<br />

estratégias de crescimento através de abordagens<br />

inovadoras ao mercado e aos clientes, além de construir<br />

propostas de valor que agreguem todas as valências do<br />

Grupo DP DHL.<br />

Com 51 anos, José Costa Faria conta já 31 anos de<br />

experiência profissional no sector dos transportes e da<br />

logística. No seu percurso profissional este gestor foi<br />

Director Corporativo de Desenvolvimento Comercial no<br />

Grupo Luis Simões (1996/2005), Business Developemnt<br />

Director na Exel Portugal (2005), Business Development<br />

Director na DHL Exel Iberia (2006-2009) e<br />

VP Strategy and Innovation DHL Supply Chain Iberia<br />

(2009-2010). h<br />

IV


REFLEXÕES<br />

OPINIÃO<br />

Para onde vamos amanhã<br />

Assessores e outros odores<br />

Ese de repente o cérbero minimalista de um fazedor<br />

de opinião de um decisor político parasse,<br />

será que nós éramos mais felizes e não vivíamos com<br />

mais horizontes Seguramente que sim.<br />

Em Portugal ganham diariamente espaço na comunicação<br />

social as notícias fabricadas em gabinetes de<br />

assessoria, que chegam a ser publicadas como verdades<br />

absolutas com o intuito de fragilizar argumentos<br />

credíveis e reivindicações sensatas. Por outro lado<br />

chega-se a ter nas notícias dos assessores a saída<br />

para a incompetência negocial de associações e outros<br />

parceiros sociais, que perante a certeza de que<br />

esta ou aquela reivindicação vai ser comprada ou trocada<br />

por um esquema logo começam a preparar<br />

caminho.<br />

Como se vai percebendo do que escrevo não gosto<br />

de escritos no formato “chá de malvas” e que gosto<br />

verdadeiramente de “pimenta no rabo dos outros é<br />

refresco”. Nos últimos tempos meteram-me especial<br />

nojo os ataques ao ministro Álvaro e as falsidades em<br />

torno das prestações do porto de Leixões. São apenas<br />

dois exemplos de como, tal como acontece em muitas<br />

matérias, com a mentira e com verdades prostituídas<br />

se tenta minar os caminhos e desacreditar quem está<br />

a realizar um trabalho que merece aplauso.<br />

Se da parte de Álvaro Santos Pereira ele está mesmo<br />

a jeito de ser o pai de todas as culpas, pelo que de<br />

apetecível representa o seu ministério e pela ousadia<br />

(que alguns não perdoam) do primeiro-Ministro<br />

Passos Coelho escolher um independente para uma<br />

pasta com tamanha relevância política, já na questão<br />

do porto de Leixões não há dúvidas que o facto de a<br />

empresa pública ter o estatuto A, a nomeação para os<br />

lugares de administração são muto apetecíveis.<br />

Ninguém tem dúvidas que o ministério que tutela os<br />

transportes está a ser esvaziado, o que quanto a nós<br />

se justifica objectivamente, mas isso não legaliza a<br />

cobarde postura de quem não tem ideias mas excesso<br />

de retórica formatada para tentar denegrir e estilhaçar<br />

a estrutura.<br />

A questão do porto de Leixões é actualmente a melhor<br />

forma de perceber o risco que corremos se não formos<br />

capazes de separar o trigo do joio, sobre qual<br />

o papel dos assessores e dos opinadores, que, preocupados<br />

em fazer um bom serviço com a munição<br />

de informações fracturantes aos gabinetes, mais não<br />

fazem do que humilhar quem lhes paga, visto que a<br />

oratória que produzem em forma de reivindicações e<br />

argumentos é facilmente desmentida com a verdade<br />

dos factos.<br />

Leixões que desde há muito é um dos raros lugares<br />

tenente para quem sonha com a possibilidade de<br />

chegar a uma administração a Norte, é sempre um<br />

problema para as escolhas dentro dos partidos do<br />

“arco do poder”. Só que, se anteriormente as escolhas<br />

para a administração de Leixões eram complicadas<br />

pelo excesso de candidatos e porque o trabalho incipiente<br />

de quem estava em fim de mandato não gerava<br />

resistências ou dúvidas, depois do excelente trabalho<br />

de Ricardo Fonseca os ministros da tutela ficaram com<br />

o problema de que não podem nomear qualquer<br />

um para a empresa.<br />

A coincidência da entrada em actividade dos terminais<br />

concessionados e de extraordinários resultados operacionais,<br />

a par de uma paz laboral única (como ainda<br />

recentemente se viu ao ficar de fora da greve marcada<br />

para todos os portos nacionais) fazem com que<br />

Leixões não possa ter à sua frente um qualquer destacado<br />

militante partidário em fim de carreira, que<br />

seja nomeado para coçar a micose. Leixões exige a<br />

nomeação de quem saiba fazer e de quem tenha a<br />

humildade para ouvir o que a cada momento tem para<br />

dizer e sugerir quem está no terreno.<br />

As Scut, a Antp e a Fenadismer<br />

A propósito da questão das Scut – Estradas Sem<br />

Custos para os Utilizadores, muita tinta correu e muita<br />

outra será vertida para notícias e prosa de opinião,<br />

mas há uma coisa que quem conhece bem o dossiê<br />

sabe, é que a Revista CAMIÃO fala verdade e fundamenta<br />

o que diz.<br />

Quando em 2010 denunciamos a súbita mudança de<br />

opinião da Antp, de uma total rejeição à não introdução<br />

de portagens nas Estradas/Vias do Estado para<br />

(através de argumentos pouco credíveis) uma postura<br />

de consentimento total, enquadramos e lamentamos a<br />

postura de António Lóios e de Silvino Lopes.<br />

Aquando do período que antecedeu o cozinhar da<br />

decisão final da introdução de portagens, em forma de<br />

papão, falou-se muito de acções conjuntas da associação<br />

de transportes portuguesa com a Fenadismer<br />

(federação espanhola de transportadores), o que desde<br />

logo nos mereceu comentários que apontavam para o<br />

facto de estarmos perante um inadmissível bluff. Como<br />

agora se percebeu, com a postura da Fenadismer de<br />

recusa da introdução de portagens nas vias nacionais<br />

portuguesas (especialmente no perímetro de proximidade<br />

às fronteiras técnicas), em 2010 alguém<br />

mentiu de forma intencional e alguém se permitiu falar<br />

em nome dos transportadores – e até a assinar acor-<br />

dos com o governo – quando não tinha representatividade<br />

nem mandato para o fazer. Não nos esqueçamos<br />

que em duas ocasiões foram simuladas paralisações<br />

de camiões e marchas lentas que nunca<br />

existiram.<br />

As recentes intervenções da Fenadismer, especialmente<br />

do seu presidente Juan António Jaldon, em iniciativas<br />

públicas de diversos movimentos portugueses,<br />

deixam transparecer que para além do fumo da mentira<br />

há uma outra verdade em que os espanhóis poderiam<br />

ter participado em 2010.<br />

Só quem for muito ingénuo ou intencionalmente cego<br />

é que não verá que a introdução de portagens nas<br />

Scut, vingou mais pela força dos argumentos não<br />

revelados das negociatas do que de facto se passou<br />

nas negociações.<br />

Os imparáveis preços do gasóleo<br />

Até onde vão os preços do petróleo e até onde aguenta<br />

a grande maioria das empresas de transportes,<br />

face ao explosivo preço do gasóleo, é a grande questão.<br />

Estamos a viver um período de estranho silêncio<br />

em que ninguém parece querer ouvir falar de soluções<br />

nem de reuniões, pois desconfia dos interlocutores e<br />

de quais as suas reais intenções. Mas se não querem<br />

fazer parte de um qualquer protesto (o que aplaudimos),<br />

no mínimo as pessoas deveriam reformular o<br />

seu saber e repensar a forma de uso de cada veículo.<br />

É hora das empresas despertarem para as novas realidades<br />

em termos de consumo.<br />

Para enfrentar as drásticas subidas dos custos operacionais<br />

é necessário pensar que por cada gota que<br />

se poupe no consumo, estaremos seguramente a falar<br />

de milhões ao longo da vida útil dos veículos.<br />

Proibido ultrapassar na Suíça<br />

Mais um aperto para os camiões. A Suíça volta a<br />

ajustar a circulação dos camiões à vontade popular,<br />

pelo que o conselho Federal decidiu que nas<br />

auto-estradas daquele país os camiões ficam impossibilitados<br />

de ultrapassar. Numa primeira fase as limitações<br />

são totais em algumas vias e parciais, pelo tipo<br />

de veículo e pela hora do dia, na grande maioria das<br />

infra-estruturas.<br />

MAN vende Ferrostaal<br />

Os exemplos ficam com quem os pratica. A MAN depois<br />

dos colossais problemas causados com os negócios<br />

da Ferrostaal a vender submarinos a diversos<br />

países anunciou agora a conclusão da venda,<br />

iniciada em Novembro de 2011, a um grupo do<br />

Abu Dhabi.<br />

Luís Abrunhosa Branco<br />

V


0<br />

Mercedes-Benz Actros com TRW<br />

A TRW reforçou ao longo de 2011 o seu<br />

papel de líder mundial na concepção<br />

e desenvolvimento dos componentes<br />

de direcção e suspensão mais seguros<br />

e inovadores, produzidos com a qualidade<br />

do Equipamento Original e segundo<br />

as exigentes regras das marcas<br />

de veículos pesados.<br />

Amarca para veículos comerciais pesados da TRW<br />

Automotive Aftermarket - TRW Proequip registou um<br />

aumento da penetração no mercado de pós-venda e no<br />

abastecimento aos fabricantes dos veículos, o que lhe<br />

permitiu atingir um crescimento notável de 40 por cento,<br />

relativamente ao ano anterior.<br />

A fazer furor entre as referências está o X-cap, com uma<br />

tecnologia virada para o futuro a TRW reflecte no mercado<br />

de pós-venda com e nos negócios directos com os<br />

fabricantes de veículos (que se esforçam para melhorar<br />

constantemente o conforto do condutor e a segurança)<br />

esta peça está a provar ser uma mais-valia para os<br />

sistemas de direcção de todos os construtores.<br />

O terminal de direcção com um design inovador, lançado<br />

em 2010, abriu a porta a muitos contratos de<br />

Equipamento Original (OE) como, por exemplo, o do<br />

Mercedes Actros. Desenvolvido na unidade de design<br />

da TRW em Dusseldorf, Alemanha, o XCAP é mais<br />

pequeno, mais forte e mais duradouro do que o seu antecessor<br />

e oferece um maior conforto na direcção devido<br />

ao binário reduzido.<br />

Os fabricantes de veículos comerciais pesados esforçam-se<br />

por melhorar continuamente a dinâmica de<br />

condução dos seus camiões, com o objectivo de se aproximarem<br />

cada vez mais da "sensação" de condução<br />

de um automóvel de passageiros. Com uma patente de<br />

20 anos abrangendo a mais recente e inovadora tecnologia<br />

de direcção e suspensão, a tecnologia X-cap está<br />

rapidamente a tornar-se a peça preferida dos veículos<br />

pesados do futuro.<br />

A TRW Proequip oferece agora 3<strong>90</strong> peças, no total, para<br />

a Mercedes: 51 terminais de direcção; 161 conjuntos da<br />

barra de direcção; 15 barras estabilizadoras; 73 barras<br />

oscilantes; 60 peças da<br />

barra de direcção e 29<br />

kits de reparação.<br />

O Actros é o modelo de<br />

camião mais popular da<br />

Mercedes, com mais de<br />

700 000 unidade vendidas<br />

no mercado global,<br />

desde o início da produ-<br />

Notícia de Ficção: Exclusivo em Portugal<br />

Apresentamos o novo SCANIA 2013<br />

Será que os estudos desenvolvidos pela LT com base no Scania R, vão ganhar a luz do<br />

dia. Para já é um projecto que aponta para motorizações de 800 a 1000 cavalos. Esta<br />

é uma notícia não confirmada pela marca. Se o projecto virar realidade a nossa notícia<br />

dirá que, em primeiríssima mão apresentamos as imagens do Scania R que será dado a<br />

conhecer ao mercado até final de 2012. Segundo nos dizem fontenários bem informados,<br />

em meados do ano será realizado o lançamento mundial, a tempo de se apresentar como<br />

candidato ao troféu de CAMIÃO do Ano 2013, que será anunciado por ocasião do salão<br />

de Hanôver.<br />

Na próxima edição vamos desenvolver a apresentação do produto mais ousado de<br />

sempre da Scania, que mantém na beleza exterior a assinatura sueca e no interior os<br />

padrões de requinte que a distinguem. h<br />

ção, há 15 anos atrás. O fabricante do veículo anunciou<br />

recentemente que serão produzidas em Bruxelas,<br />

em 2013/14, sete versões com diferentes chassis.<br />

Estas versões do chassis irão substituir a produção<br />

dos actuais modelos do Actros e Axor, fabricados na<br />

Alemanha. h<br />

TRW oferece o melhor para os travões<br />

A TRW Automotive Aftermarket acaba de colocar no mercado<br />

duas novas gamas de óleos, sendo uma delas uma novidade a nível<br />

do mercado mundial. Um óleo hidráulico central para utilização<br />

em sistemas de direcção, suspensão e outros sistemas hidráulicos,<br />

bem como um novo óleo de travões “universal”, o DOT 5.1 ESP,<br />

enriquecem o vasto catálogo da marca.<br />

a concepção dos novos lubrificantes a TRW teve<br />

Nem conta as exigências dos sistemas inovadores,<br />

criados para aumentar a segurança dos veículos, que<br />

nos últimos meses têm sido disponibilizados pelas<br />

diversas marcas de construtores.<br />

Com o novo óleo de travões a TRW responde às mais<br />

rigorosas exigências dos Programas Electrónicos de<br />

Estabilidade (ESP), assegurando com o DOT5.1 ESP<br />

que excede todas as especificações internacionais<br />

que até hoje estavam no mercado. Com esta fórmula<br />

de sucesso todos os sistemas tipo DOT são potenciais<br />

utilizadores do exclusivo mundial da TRW.<br />

As novas embalagens apresentam-se em duas cores<br />

distintas: garrafas pretas para os óleos de travões DOT<br />

convencionais e garrafas prateadas para os óleos<br />

especiais, tais como: DOT4 ESP; DOT5.1 ESP; óleo<br />

sintético para sistemas de direcção (SSF); o novo óleo hidráulico central (CHF), “Grand Prix<br />

600” e o óleo mineral para sistemas hidráulicos (LHM Plus).<br />

Esta novidade surge no momento em que a TRW, o fornecedor líder do “Corner Module” (travagem,<br />

direcção e suspensão), faz os acertos finais na sua campanha europeia de comunicação<br />

dedicada aos sistemas de travões de tambor e componentes hidráulicos. A campanha,<br />

que decorrerá durante todo o ano, vai concentrar-se na importância desta gama para<br />

distribuidores, instaladores e condutores. A grave situação económica a par das cada vez mais<br />

exigentes metas europeias para as emissões, deu origem ao ressurgimento de veículos mais<br />

pequenos que utilizam travões de tambor. Por outro lado, os componentes hidráulicos<br />

também têm um impacto significativo no desempenho da travagem. Sendo peças do sistema<br />

de travagem críticas em termos de segurança, mas ‘invisíveis’, os componentes hidráulicos<br />

podem ser negligenciados em termos de reparação e manutenção.<br />

Os sistemas ESP combinam travões anti bloqueio (ABS) e controlo de tracção com uma função<br />

de controlo da estabilidade lateral e são especificamente concebidos para ajudar a controlar<br />

e manter a estabilidade lateral do veículo. Se for detectada uma potencial perda de controlo<br />

do veículo, o ESP aplica automaticamente pressão de travagem à(s) roda(s) adequada(s) e, se<br />

necessário, corta o acelerador do motor para voltar a colocar o veículo em linha com a trajectória<br />

pretendida pelo condutor.<br />

Para a TRW o óleo de travões é o ‘sangue’ do sistema hidráulico, fundamental para a segurança<br />

do veículo, pelo que os condutores devem ter consciência da importância de utilizar óleo<br />

de travões de elevada qualidade no sistema do seu veículo e de procederem à sua verificação<br />

com regularidade. O óleo de travões tem influência não só no tempo de vida útil dos componentes<br />

do sistema e no desgaste dos vedantes, mas também o comportamento e efeitos<br />

quando se pressiona o pedal. h<br />

VI


REFLEXÕES<br />

Inauguração de Peso<br />

Garland ainda mais operacional<br />

Com pompa e circunstância a Garland inaugurou na Maia<br />

o Pólo centralizador da actividade logística do grupo para a Região Norte.<br />

Depois de um investimento de oito milhões de euros, um terreno com 25 mil m2,<br />

contíguo às actuais instalações da Garland na Zona Industrial da Maia,<br />

foi transformado num imóvel que assegura uma área bruta de armazenagem<br />

de 12 mil m2, com uma altura de 12,5 metros e 23 cais de carga e descarga.<br />

a cerimónia inaugural que contou com a presença do<br />

NPresidente da República Cavaco Silva, o Secretário de<br />

Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa,<br />

Paulo Simões Júlio, e o Presidente da Câmara Municipal da<br />

Maia, Bragança<br />

Fernandes, o presidente do conselho de administração do<br />

grupo Garland, Bruce Dawson referiu que este novo centro<br />

fica suprida a lacuna de infra-estruturas com esta dimensão<br />

no norte do País e dá resposta às crescentes necessidades<br />

em termos de operações logísticas.<br />

Consciente das características únicas do novo espaço,<br />

Bruce Dawson salientou que ele permite a muitas empresas<br />

de média dimensão o recurso outsourcing logístico<br />

que é cada vez mais uma opção, pelas vantagens<br />

económicas e competitivas que representa, nomeadamente<br />

a substituição de custos fixos por custos variáveis e<br />

aumentar a sua eficiência e capacidade de resposta com<br />

um serviço padronizado na mais elevada qualidade.<br />

A localização do novo Centro, na zona de envolvência<br />

do Aeroporto Sá Carneiro e do Porto de Leixões per-<br />

mite uma optimização, a nível económico e no tempo de resposta,<br />

dos transportes que são necessários realizar para aceder<br />

aos terminais de carga aérea e portuária, onde são<br />

recebidas e expedidas as cargas dos agentes económicos<br />

que operam no norte do País.<br />

A actividade logística da Garland Logística representa cerca<br />

de 50% do volume global de negócios do Grupo Garland<br />

e tem uma forte implantação no norte do País. A Empresa,<br />

líder no mercado nacional da logística têxtil e de distribuição<br />

de moda, integra a maior rede de distribuição de moda da<br />

Europa, a Faxion Network, e é o Operador Logístico da área<br />

têxtil de um dos maiores retalhistas nacionais, prevendo movimentar<br />

mais de oito milhões de peças nacionais.<br />

Numa breve alusão à importância deste tipo de investimento<br />

em período de crise, o Presidente da República Aníbal Cavaco<br />

Silva, saudou a determinação do grupo Garland que está bem<br />

à imagem do que ao longo de 235 anos levou o grupo a alicerçar<br />

raízes em Portugal, ligando o nosso mercado ao<br />

mundo pelos mais variados modos de transporte.<br />

A terminar a cerimónia inaugural, o Presidente da República<br />

participou num acto simbólico em que os mais jovens do clã<br />

Garland guardaram dentro de um tubo as suas formas de ver<br />

o evento e o País, tendo Cavaco Silva colocado no tubo<br />

do tempo os jornais diários do dia da inauguração. h


REFLEXÕES<br />

0<br />

UE: Transporte e Ambiente<br />

Espaço (ainda) mais limitado<br />

para os camiões<br />

Com as preocupações das mudanças climáticas<br />

em pano de fundo, a Comissão Europeia deu<br />

a conhecer orientações que visam potenciar<br />

a circulação de veículos de mercadorias<br />

que respeitem as regras ambientais e causem<br />

menores efeitos nocivos, privilegiando<br />

a integração do transporte com o meio ambiente.<br />

Segundo disse à CAMIÃO o Comissário Europeu dos<br />

Transportes, Siim Kallas, o executivo comunitário tem<br />

um marcha um programa de ajudas para promover um<br />

sistema integrado que tenha em conta as necessidades<br />

de mobilidade da Rede Trans Europeia de Transportes<br />

(RTE-T) e o respeito pelas mais severas regras ambientais.<br />

Na opinião do comissário Kallas, o ano de 2014 assume-<br />

-se como preponderante, pelo que há a preocupação de<br />

colocar em marcha uma rede de complementaridades<br />

que facilite a operacionalidade e interligação dos modos<br />

terrestre, aéreo e marítimo no Espaço Comum Europeu.<br />

Para que se opere transformações na utilização dos<br />

modos de transporte, a Comissão Europeia abriu à discussão<br />

pública a apresentação de sugestões. As propostas têm<br />

de ter em conta a criação de novas vias (CGV, mar, portos…)<br />

e linhas ou perspectivar formas de acelerar os projectos<br />

em curso na União Europeia, que visem a reduções<br />

das emissões de CO2, desde a ferrovia, rodovia, portos e<br />

vias navegáveis.<br />

Para Siim Kallas a RTE-T tem cada vez mais de respeitar o<br />

meio ambiente, pelo que deve focalizar as suas orientações<br />

para projectos de investigação e energias renováveis.<br />

Um total de 200 milhões de euros está à disposição, até<br />

13 de Abril, de organizações que tenham sede social no<br />

espaço europeu. h<br />

Consulta aos utilizadores das vias<br />

O Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR) realizou um inquérito<br />

junto dos utilizadores das vias rodoviárias, com o objectivo dos mesmos<br />

poderem intervir na validação das mensagens e sinais informativos<br />

que são colocados nas redes de estradas Transeuropeia. O objectivo<br />

é harmonizar a informação exibida nos painéis de mensagem variável<br />

das estradas da Europa para uma maior segurança e qualidade nas viagens.<br />

Relativamente a sugestões para Portugal, os condutores<br />

profissionais tiveram a oportunidade de<br />

dar a sua opinião, tendo em conta os exemplos que<br />

conhecem das estradas europeias por onde circulam e<br />

que em muitos casos as variáveis, para o caso nacional,<br />

são bastante diversas.<br />

A iniciativa ocorreu em simultâneo noutros países da<br />

Nova associação<br />

Com o objectivo de promover a formação e os conhecimentos<br />

teóricos e práticos em segurança dos profissionais<br />

do volante, da área dos transportes de mercadorias,<br />

está em fase de constituição a ADMPM – Associação para<br />

a Defesa dos Motoristas Profissionais de Mercadorias.<br />

Na opinião do Paulo Jorge Alves, presidente da nova associação,<br />

que tem a sua sede nacional em Ponte de Lima, há uma significativa falta de informação e de formação destinada<br />

aos profissionais do volante que operam no negócio do frete.<br />

A Admpm é uma associação de âmbito nacional, que pode ser contactada através do e-mail geral.admpm@gmail.com ou<br />

por SMS para o telemóvel 911 542 617.<br />

A Revista CAMIÃO saúda o aparecimento desta organização, para a qual fazemos votos de que venha a representar um importantíssimo<br />

passo na criação de uma estrutura específica para falar dos problemas com que os profissionais do volante se<br />

confrontam na sua actividade diária.<br />

Distante dos objectivos de estruturas sindicais ou empresariais e mesmo de núcleos de motoristas (criados para os convívios<br />

e falar de segurança rodoviária), a Admpm quer proporcionar aos profissionais do volante informações que potenciem conhecimentos,<br />

para que circulem em segurança e sem se exporem a coimas e outras penalidades, por desconhecimento objectivo<br />

das diversas legislações que abarcam a actividade.<br />

A CAMIÃO acredita que a Admpm representa uma nova forma de encarar a realidade e a vivência dos profissionais<br />

do volante. A coragem e os argumentos dos mentores da novel associação merecem um futuro de sucesso. h<br />

União Europeia, visava<br />

harmonizar a sinalização<br />

informativa nas estradas<br />

da Europa, com base na<br />

identificação de elementos<br />

informativos e estruturas<br />

de mensagens comuns, independentes<br />

das línguas nacionais.<br />

Sob o mote “Colabore connosco, não deixe que outros<br />

decidam por si!”, o InIR convidou os condutores portugueses<br />

a pronunciarem-se acerca de um conjunto-<br />

-piloto de mensagens e sinais informativos, que se<br />

pretendem totalmente independentes das línguas<br />

nacionais.<br />

O crescimento da rede rodoviária europeia e o desenvolvimento<br />

tecnológico conduziram à utilização generalizada<br />

de equipamentos electrónicos de mensagens<br />

variáveis nas estradas dos países da Europa. Como<br />

tal, é objectivo premente estabelecer um padrão, normalizado<br />

ao nível internacional, de modo a evitar que<br />

um condutor europeu possa não compreender as informações<br />

relativas à sua segurança, mudança de itinerário<br />

ou potenciais melhorias na sua viagem, por<br />

motivos linguísticos ou de desconhecimento das imagens<br />

exibidas nos painéis de mensagem variável no<br />

país em que está a viajar.<br />

Os resultados do inquérito, realizado ao nível europeu,<br />

vão contribuir para harmonizar a sinalização<br />

informativa na rede transeuropeia e assim reforçar a<br />

segurança, a eficiência rodoviária, em particular para<br />

os transportes de longa distância, e a qualidade de<br />

serviço nas viagens, promovendo uma mobilidade<br />

mais sustentável. Adicionalmente, poderão ainda ser<br />

adoptados para a sinalização de cada país, incluindo<br />

Portugal, novas mensagens e sinais informativos. h<br />

VIII


REPORTAGEM<br />

TransPascoal em Paris<br />

Conhecer as potencialidades<br />

A imagem da Transportes Pascoal junto do mercado<br />

é a de uma empresa líder em diversos segmentos, o que tem sido<br />

possível alcançar por força dos elevados padrões de operacionalidade<br />

e consequente rentabilidade em tráfegos especializados.<br />

A crescente presença no mercado francês permitiu a consolidação<br />

de um vasto conjunto de serviços, que levaram a empresa<br />

a realizar um investimento muito significativo em instalações em Paris.<br />

Com o objectivo de dar a conhecer ao mercado, e<br />

muito especialmente a quem diariamente contrata<br />

os seus serviços, a TransPascoal promoveu uma viagem<br />

de trabalho à sua base operacional para o mercado<br />

francês. Para além de proporcionar o contacto entre os<br />

interlocutores que negoceiam transportes, a TransPascoal<br />

(que anualmente já realiza uma prova de karting para<br />

aproximar os clientes dos profissionais da empresa)<br />

juntou quase quatro dezenas de profissionais e deu-lhes<br />

a conhecer os padrões de serviço da base operacional de<br />

Paris, onde diariamente o mais variado tipo de veículos<br />

realiza operações com cargas que têm origem ou destino<br />

em Portugal.<br />

Para quem esteve em Paris, ficou evidente que à eficiência<br />

logística do novo terminal da Transpascoal junta-se<br />

a competência dos seus profissionais, que conciliam<br />

padrões de serviço de qualidade com modernos equipamentos,<br />

o que lhes permite disporem a cada instante<br />

da melhor informação sobre cada envio, que os clientes<br />

podem também conhecer com rigor quando procuram<br />

saber mais sobre este ou aquele detalhe.<br />

Para Nuno Pascoal a plataforma de Paris insere-se num<br />

plano de expansão para os principais mercados onde<br />

a empresa tem registado uma intervenção acrescida,<br />

para os quais há necessidade<br />

de se manterem os<br />

padrões de qualidade e eficiência<br />

dos serviços com<br />

identidade TransPascoal.<br />

Defende como razões do<br />

investimento o facto de ser desejável o controlo directo<br />

no mercado, para que a empresa não seja penalizada<br />

quando esses serviços são realizados por empresas<br />

externas aos conceitos da empresa.<br />

Perante as adversidades actuais do mercado europeu de<br />

transportes colocamos a Nuno Pascoal a questão<br />

sobre os fundamentos deste investimento,<br />

sendo peremptório a afirmar que a expansão<br />

a outros mercados faz parte de um projecto que<br />

visa possuir estruturas próprias nos principais<br />

pólos europeus, o que constitui uma mais-valia<br />

para servir os novos conceitos do negócio e<br />

atender às crescentes necessidades dos clientes,<br />

que assim podem retirar dividendos de um<br />

parceiro com dinâmica vincada nos mercados<br />

em que opera e no tipo de serviços que presta.<br />

A iniciativa contou com a colaboração de vários fornecedores<br />

da TransPascoal, que se assumiram como<br />

patrocinadores desta viagem de trabalho à base operacional<br />

de Paris. h<br />

Mais fiscalização: Controlo à distância por GPS<br />

Comissão Europeia aperta Tacógrafo Digital<br />

Segundo se vai sabendo nos corredores<br />

em Bruxelas a Comissão Europeia pretende<br />

que se opere uma profunda alteração<br />

na legislação sobre o uso do tacógrafo<br />

instalado nos veículos de transporte,<br />

passando os mesmos a ter conexão obrigatória<br />

por sistema de comunicação GPS.<br />

AUnião Europeia de Transportadores por Estrada<br />

(UETR), já anunciou a sua total oposição à possibilidade<br />

dos tacógrafos digitais poderem ser inspeccionados<br />

à distância e as coimas emitidas sem<br />

necessidade do veículo ser imobilizado pelas forças de<br />

fiscalização.<br />

Em representação de mais de 230 mil empresas de<br />

transportes do espaço europeu, a Uetr já fez chegar a sua<br />

posição oficial à Comissão.<br />

Para que um dispositivo GPS faça a gestão à distância do<br />

tacógrafo, a União europeia terá de alterar os Regulamentos<br />

3821/85 e 561/06, o que proporcionará que os<br />

dados e registos dos utilizadores e todas as incidências<br />

operadas com o equipamento sejam controladas via<br />

satélite.<br />

Na oposição enviada pela UETR, a organização deixa<br />

claro que com a introdução do novo dispositivo só a<br />

confusão e desorganização dentro das empresas ficam<br />

a ganhar. Na crítica dirigida ao executivo comunitário<br />

é dito que a existência de veículos equipados com<br />

tacógrafos analógicos e digitais, mais as novas unidades<br />

com sistema GPS, apenas vai servir os interesses<br />

de quem quer comercializar equipamentos e para<br />

agravar a já débil situação financeira das empresas<br />

de transportes rodoviários. h<br />

IX

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