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imagem mental e representação social - Escola de Arquitetura - UFMG

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Page: 4<br />

2.1. CONJUNÇÃO E TOTALIDADE DOS CONCEITOS<br />

A pesquisa sobre a percepção ambiental necessita<br />

<strong>de</strong> clareza conceitual (Kohlsdorf, 1996) que é<br />

mais que o translado <strong>de</strong> atributos teóricos <strong>de</strong> uma<br />

ciência à outra, num transbordamento <strong>de</strong><br />

paradigmas. Tal é o problema que nos ocupa<br />

aqui, uma vez que a relação entre a Psicologia e a<br />

<strong>Arquitetura</strong> foi, até alguns anos atrás, bastante<br />

<strong>de</strong>dicada ao estudo do comportamento do<br />

"homem" no "espaço", como duas categorias<br />

distintas, objetivas e em disjunção.<br />

A abordagem comporta<strong>mental</strong>ista incorre no erro<br />

<strong>de</strong> outras abordagens que separam os conceitos <strong>de</strong><br />

"meio ambiente ", "cultura " e "homem".<br />

Perez-Gomez (1980) indica que as ciências têm se<br />

transformado em um tipo <strong>de</strong> pesquisa tecnológica<br />

que não lida com os autênticos valores humanos,<br />

como o <strong>de</strong>sejo e a vonta<strong>de</strong>. O homem é tratado<br />

nesse contexto como um objeto em relação a um<br />

mundo <strong>de</strong> objetos e a ação humana como ação<br />

sem significado, cujo parâmetro é simplesmente a<br />

economia e a eficiência. A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

abordagens ingênuas das questões ambientais, os<br />

múltiplos, relativos e conflitantes parâmetros <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> ambiental apontam que "o problema<br />

que <strong>de</strong>termina nossa crise é precisamente o fato<br />

<strong>de</strong> que o marco conceitual das ciências não é<br />

compatível com a realida<strong>de</strong>" (Perez-Gomez,<br />

1980).<br />

A fenomenologia foi adotada neste trabalho por<br />

ser uma tentativa que preten<strong>de</strong> recuperar a<br />

dimensão existencial em todas as áreas do saber.<br />

Como um método, e não como uma síntese<br />

filosófica, a fenomenologia preten<strong>de</strong> realizar a<br />

convergência das contribuições <strong>de</strong> todas as áreas<br />

(Perez-Gomez, 1980), consi<strong>de</strong>rando em todos os<br />

campos do conhecimento aquilo que neles se<br />

relaciona com a importância da dimensão da<br />

existência humana, sua finalida<strong>de</strong> e o sentido do<br />

fazer do homem.<br />

2.2. CONCEITOS<br />

O quadro conceitual compreen<strong>de</strong>u a conjunção e<br />

totalida<strong>de</strong> composta pelo homem e seu meio<br />

ambiente. O homem é um "ser-no-mundo "<br />

(Hei<strong>de</strong>gger, 1995) e o meio ambiente construído é<br />

uma concreção da cultura ( 6 ) (Hei<strong>de</strong>gger, 1951),<br />

<strong>de</strong>ntro da qual a existência humana tem<br />

primeiramente o seu lugar. Sendo uma forma da<br />

expressão humana, o ambiente construído é<br />

"congruente com os tipos <strong>de</strong> organização <strong>social</strong><br />

da cultura, da qual ele emerge como concreção "<br />

(Souza, 1998). Dessa maneira, "não habitamos

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