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imagem mental e representação social - Escola de Arquitetura - UFMG

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Page: 7<br />

mo<strong>de</strong>lo não po<strong>de</strong> ser representado por nenhum<br />

outro tipo <strong>de</strong> <strong>imagem</strong> bidimensional ou<br />

tridimensional conhecida sem per<strong>de</strong>r sua<br />

multidimensionalida<strong>de</strong> e seu sentido plural,<br />

dinâmico e utilitário. Essa <strong>imagem</strong> possui<br />

diversos pontos <strong>de</strong> vista aglutinados<br />

simultaneamente, que são resultantes do<br />

intercâmbio da experiência com a alterida<strong>de</strong>, no<br />

processo <strong>de</strong> conhecimento e composição da<br />

memória. A <strong>imagem</strong> <strong>mental</strong> é, pois, um mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> mundo.<br />

Se a essência do espaço arquitetural é ser para<br />

habitar (souza, 1998), tal como um tipo <strong>de</strong><br />

equipamento (levinas,1980) o meio ambiente<br />

construído também o é, uma vez que é<br />

essencialmente "para habitação do homem"<br />

(souza, 1998). As situações <strong>de</strong> conflito ocorrem<br />

quando algum elemento espacial, necessário para<br />

a realização <strong>de</strong> um evento, está ausente ou em mal<br />

estado, afetando algum atributo da habitabilida<strong>de</strong>.<br />

A habitabilida<strong>de</strong> se enten<strong>de</strong> como uma qualida<strong>de</strong><br />

que compreen<strong>de</strong> alguns fenômenos espaciais<br />

correlatos à existência espacial do homem. Esses<br />

fenômenos são a territorialida<strong>de</strong>, a privacida<strong>de</strong>, a<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e a ambiência. A existência do homem<br />

supõe que ele se separe <strong>de</strong> um exterior, criando<br />

um território interior que lhe é próprio. Ao<br />

<strong>de</strong>limitar esse território, ele controla suas relações<br />

com o resto do mundo, ou seja, sua privacida<strong>de</strong>.<br />

O interior é apropriado por ele, conferindo-lhe<br />

ambiência. Esta última po<strong>de</strong> ser entendida como<br />

conforto, a<strong>de</strong>quação, funcionalida<strong>de</strong>, beleza. O<br />

exterior é caracterizado <strong>de</strong> modo a se tornar uma<br />

aparência distinta e idêntica só a si mesma.<br />

Portanto, esses atributos constituem a essência do<br />

objeto utilitário que se <strong>de</strong>nomina espaço<br />

arquitetural e lhe conferem habitabilida<strong>de</strong>. Uma<br />

situação <strong>de</strong> conflito entre elemento espacial<br />

(forma física) e ativida<strong>de</strong> humana po<strong>de</strong> ter origem<br />

no modo como o meio ambiente é apreendido,<br />

pelas suas formas sociais, <strong>de</strong> modo contraditório,<br />

num conflito <strong>de</strong> percepção.<br />

São consi<strong>de</strong>rados conflitos <strong>de</strong> percepção<br />

ambiental, para esta pesquisa, as diferentes<br />

interpretações dadas às apreensões individuais ou<br />

coletivas do ambiente construído, através das<br />

espacializações. As espacializações po<strong>de</strong>m<br />

revelar valores contraditórios, no contexto cultural<br />

consi<strong>de</strong>rado. Esses conflitos <strong>de</strong> percepção<br />

correspon<strong>de</strong>m a conflitos entre elementos<br />

espaciais e as ativida<strong>de</strong>s humanas, sendo que,<br />

com maior proprieda<strong>de</strong>, interessam à pesquisa<br />

apoiada pela psicologia.<br />

( 6 ) A palavra cultura é entendida aqui como<br />

condição da existência humana e permite que as<br />

dimensões existenciais do homem sejam

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