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imagem mental e representação social - Escola de Arquitetura - UFMG

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Page: 9<br />

estão equivocadas. A atitu<strong>de</strong> especulativa do<br />

método hipotético-<strong>de</strong>dutivo ( 11 )usada para<br />

elaborar as interpretações das leituras <strong>de</strong><br />

espacializações, não se restringindo a um tipo<br />

único <strong>de</strong> registro dos dados, mas consi<strong>de</strong>rando<br />

que todos os registros interessavam, mas não<br />

podiam ser tomados como a realida<strong>de</strong> em si,<br />

apenas como um aspecto revelado por sua<br />

aparência ( 12 ). Isso leva a consi<strong>de</strong>rar que toda a<br />

pesquisa contenha distorções na interpretação das<br />

espacializações, tornando-as passíveis <strong>de</strong><br />

falseamento , e validando a técnica como processo<br />

científico. As interpretações foram posteriormente<br />

criticadas à partir do referencial teórico<br />

fenomênico da psicologia, elucidando os<br />

conceitos relatados, validando algumas<br />

interpretações e refutando outras.<br />

( 11) Cf. BUNGE, 1974.<br />

( 12) Cf. CRITELLI, 1996..<br />

4. RESULTADOS<br />

Foram i<strong>de</strong>ntificados e interpretados 27 conflitos<br />

<strong>de</strong> ocorrência continuada e localização<br />

generalizada. Em 5 conjuntos <strong>de</strong> conflitos, todos<br />

os atributos da habitabilida<strong>de</strong> estavam afetados.<br />

Os conjuntos se referiam a conflitos relacionados<br />

ao uso do passeio público, ao uso do meio-fio, ao<br />

ruído da rua, e às transições entre interior e<br />

exterior das residências e estabelecimentos<br />

comerciais. Os conflitos que ocorriam por<br />

ausência ou mal estado das transições entre<br />

interior e exterior das edificações foram<br />

interpretados <strong>de</strong> forma que sua <strong>de</strong>scrição sempre<br />

continha aspectos relacionados à falta <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> dos edifícios no recinto urbano, por<br />

conseguinte, à i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do bairro. Os dados<br />

sobre a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> remetiam aos registros<br />

históricos que, por sua vez, revelavam nas<br />

narrativas da polulação os 5 estereótipos sobre o<br />

bairro, <strong>de</strong>scritos anteriormente.<br />

As narrativas dos moradores sobre o bairro foram<br />

consi<strong>de</strong>radas inicialmente como imagens mentais<br />

e posteriormente como representações sociais.<br />

Notou-se que a <strong>imagem</strong> <strong>mental</strong> tinha<br />

significações distintas, embora utilizadas para<br />

explicar o mesmo fenômeno. Referia-se, nos<br />

registros obtidos, tanto ao significante quanto ao<br />

significado, ou seja, a <strong>imagem</strong> era empregada ora<br />

para referenciar aspectos subjetivos que diziam<br />

respeito à apreensão perceptiva do meio ambiente,<br />

ora aspectos fenomênicos tais como a presença<br />

das formas sociais no espaço. Esse duplo uso do<br />

termo era extrapolado das narrativas do senso<br />

comum, inserindo-se nos diversos canais sociais<br />

discursivos, <strong>de</strong>ntre eles o da mídia e o da própria

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