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Revista Pneus e Cia nº26 - Sindipneus

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Publicação Bimestral do <strong>Sindipneus</strong><br />

Ano 4 – Nº 26 – Março/Abril 2012<br />

Confiança inabalável<br />

Apesar de entraves, como a crise econômica internacional,<br />

2012 tem boas perspectivas de ser positivo para o país e<br />

para o segmento de pneus<br />

<strong>Sindipneus</strong> em Ação – Presença na<br />

PneuShow 2012 – Pág. 10<br />

Estratégia – Conciliar é<br />

legal! – Pág. 14<br />

Viver Bem – O que é<br />

resiliência? – Pág. 26


REFORMA DE PNEUS<br />

Essencial para o setor de transporte,<br />

para o meio ambiente, para o Brasil.<br />

O país tem hoje o segundo maior mercado de reforma do mundo. Há mais de 60 anos, o setor<br />

de reforma brasileiro utiliza padrões técnicos de qualidade internacional e tem a preocupação<br />

constante de levar produtos cada vez melhores para seus consumidores.<br />

Além de prolongar a vida útil do pneu, a reforma é uma atividade altamente sustentável, pois<br />

evita a possibilidade de despejo de pneus usados em lugares impróprios, o que pode, entre outros<br />

problemas, agredir o meio ambiente e causar danos à saúde pública.<br />

Conheça mais sobre a reforma de pneus.<br />

Acesse www.sindipneus.com.br<br />

Sindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços<br />

de Reforma de <strong>Pneus</strong> e Similares do Estado de Minas Gerais<br />

Rua Aimorés, 462 Sala 108 - Funcionários<br />

Belo Horizonte - MG - CEP 30140-070<br />

Tel.(31) 3213-2909


EXPEDIENTE<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. – Ano 4 – Nº 26<br />

Informativo do <strong>Sindipneus</strong><br />

Sindicato das Empresas de Revenda e Prestação de Serviços<br />

de Reforma de <strong>Pneus</strong> e Similares do Estado de Minas Gerais<br />

Diretoria <strong>Sindipneus</strong><br />

Presidente<br />

Paulo César Pereira Bitarães<br />

Secretário-geral<br />

Gláucio T. Salgado<br />

Diretor da Câmara de Reforma de <strong>Pneus</strong><br />

Arilton S. Machado<br />

Diretor da Câmara de Revenda de <strong>Pneus</strong><br />

Antônio Augusto S. Costa<br />

Diretora de Tesouraria<br />

Ana Cristina Schuchter Gatti<br />

Conselho Fiscal<br />

Dênis Oliveira, Júlio César, Wilson Navarro<br />

Delegado junto a Federação do<br />

Comércio Estado de Minas Gerais<br />

Henrique Koroth<br />

Delegado junto a Federação do<br />

Comércio Estado de Minas Gerais<br />

Aureliano Zanon<br />

Amirp<br />

Rogério de Matos, Fernando Antônio Magalhães,<br />

Miguel Pires Matos e Júlio Vicente da Cruz Neto<br />

<strong>Sindipneus</strong><br />

Ronaldo Lídio Navarro, Antônio Domingos Morales<br />

e Júlio Coelho Lima Filho<br />

Analista de Projetos/Financeiro<br />

Nilcélia Fonseca<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Editora<br />

Priscila Silva – Reg.: 15675MG<br />

Revisão Final<br />

Regina Palla – Reg.: 04006MG<br />

Arte e Editoração<br />

In Foco Brasil (31) 3226-8463<br />

Ilustrações<br />

Dum<br />

Impressão<br />

Pampulha Editora (31) 3465-5300<br />

Tiragem<br />

5.000 exemplares<br />

As opiniões expressas nos artigos assinados e os informes<br />

publicitários são de responsabilidade dos autores. É proibida<br />

a reprodução de textos e de ilustrações integrantes da edição<br />

impressa ou virtual sem a prévia autorização da editora.<br />

<strong>Sindipneus</strong><br />

Rua Aimorés, 462 • Sala 108 • Funcionários<br />

CEP 30140-070 • Belo Horizonte • MG<br />

Tel: (31) 3213-2909<br />

sindipneus@sindipneus.com.br • www.sindipneus.com.br<br />

EDITORIAL<br />

UNIÃO QUE GERA<br />

RESULTADOS<br />

Obstáculos existem para serem superados. Não há vitórias,<br />

conquistas e glórias sem luta, suor ou perseverança. O<br />

princípio de tudo deve ser a organização, o planejamento<br />

e a colocação de metas a serem cumpridas para alcançar o<br />

objetivo, o sucesso. Porém, apesar de parecer uma receita<br />

fácil, nem sempre funciona. É o caso do nosso segmento, no<br />

qual a desunião e desorganização imperam há anos, assim<br />

como o individualismo e a concorrência predatória. Somandose<br />

tudo isso, fica impossível conquistar alguma coisa, por<br />

menor que ela seja.<br />

Só iremos conseguir resolver os problemas que assombram<br />

o setor quando começarmos a ver uns aos outros como<br />

colegas de profissão, e não como inimigos. Concorrência não<br />

significa inimizade. Quem atua no segmento de pneumáticos<br />

– fabricantes, revendedores e reformadores – precisa entender<br />

que sem união e organização para reivindicação de direitos<br />

e implementação dos projetos necessários, tais como a<br />

campanha do TWI, regulamentação e profissionalização do<br />

setor, processos de certificações, comprovação definitiva da<br />

sustentabilidade inerente ao processo de reforma de pneus e<br />

vários outros aspectos, não obteremos êxito.<br />

Há coisas que incomodam ainda mais. Uma delas é ver o<br />

descaso dos representantes do setor com o cenário atual. Como<br />

é possível cruzar os braços com tantas coisas a serem feitas?<br />

O fato é que precisamos de mais empresários empenhados<br />

em mudar a realidade da área em que atuam. Somente<br />

somando forças e contando com a colaboração efetiva de mais<br />

pessoas é que teremos condições para dar continuidade aos<br />

projetos propostos. O <strong>Sindipneus</strong> já cumpre seu papel, mesmo<br />

contando com pouquíssimos recursos e tendo uma estrutura<br />

enxuta. Mas é preciso avançar e, para isso, mais empresários<br />

precisam se juntar a nós.<br />

Fica então o apelo. União, organização e foco em melhorias<br />

concretas. É isso que o <strong>Sindipneus</strong> deseja e é também para<br />

isso que ele trabalha há tantos anos. Comprometa-se mais<br />

com a sua profissão, com o segmento no qual trabalha. Pense<br />

em conjunto, vise melhorias para todos, e não somente para<br />

sua empresa. O fato é que se o segmento conseguir superar<br />

os obstáculos que o impedem de crescer, todas as empresas<br />

sérias e comprometidas irão sobreviver e crescer. Comece a se<br />

movimentar e verá que muito antes do que imagina alcançará<br />

os resultados.<br />

Paulo Bitarães<br />

Presidente do <strong>Sindipneus</strong><br />

3 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


12<br />

CONEXÃO<br />

Objetivos definidos<br />

16<br />

<strong>Sindipneus</strong> em Ação<br />

Presença na PneuShow 2012<br />

10<br />

CAPA<br />

Confiança inabalável<br />

20<br />

Estratégia<br />

Conciliar é legal!<br />

Técnicas de negociação jurídica<br />

Serviços<br />

Adoção do ponto eletrônico é<br />

novamente adiada<br />

14<br />

19<br />

Cenário<br />

Sistema de gestão integrada e o segmento<br />

de pneus: adoção necessária e viável<br />

22<br />

4 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

PNEUS E FROTAS<br />

<strong>Pneus</strong> de máquinas e OTR<br />

24<br />

ECOATIVIDADE<br />

Uma andorinha só não faz verão<br />

Viver Bem<br />

O que é resiliência?<br />

Guia dos associados<br />

Revendedores e reformadores<br />

26<br />

Valores e Valores<br />

Reflexões 28<br />

30


MOMENTO DO LEITOR<br />

Este espaço é seu. Está reservado para suas sugestões e opiniões.<br />

Fale com a gente: comunicacao@sindipneus.com.br<br />

A editoria Conexão está ficando cada vez melhor.<br />

A cada nova edição espero ansioso para ver quem<br />

será o novo entrevistado e para conhecer suas opiniões<br />

sobre importantes temas ligados ao nosso<br />

segmento. Especialmente, gostei muito da entrevista<br />

realizada com o representante da Moreflex.<br />

Suas respostas foram muito analíticas e bem formuladas.<br />

Parabenizo a equipe da revista <strong>Pneus</strong> &<br />

<strong>Cia</strong>. por dar importância a esse tipo de matéria.<br />

Que novas e boas entrevistas aconteçam nas próximas<br />

edições.<br />

João Gomes<br />

São Paulo (SP)<br />

A reportagem intitulada “Vale a pena arriscar?”<br />

levantou uma questão importante ao questionar<br />

compras que levam em conta somente o critério<br />

preço. Em todos os segmentos existem concorrentes<br />

desleais, que vendem um produto com qualidade<br />

muito inferior em relação ao mercado e por<br />

um preço extremamente baixo. No setor de pneus<br />

isso acontece com frequência e cabe ao consumidor<br />

fazer a melhor escolha, dando preferência às<br />

lojas sérias, que estão legalmente registradas, que<br />

oferecem pneus de qualidade, sejam eles reformados<br />

ou novos, e que se preocupam com a segurança<br />

e qualidade do produto que estão oferecendo.<br />

Carlos Souza<br />

Porto Alegre (RS)<br />

6 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

A matéria sobre a Fenatran ficou muito interessante<br />

ao mostrar as empresas do setor que participaram<br />

da feira e suas novidades para o mercado.<br />

Eventos como esse são sempre marcados<br />

por muita diversidade de produtos, lançamentos<br />

importantes para o setor e novas tendências<br />

e tecnologias. E a reportagem soube explorar<br />

muito bem os assuntos relacionados com o setor<br />

de pneus.<br />

Pedro Soares<br />

São Paulo (SP)


SINDIPNEUS EM AÇÃO<br />

ASSOCIADOS SINDIPNEUS<br />

Faça parte deste time!<br />

Foto: arquivo pessoal<br />

Nosso segmento está em plena mudança devido a novas<br />

regras e mais exigências. Essas mudanças já se fazem presentes<br />

em nosso setor por meio das portarias publicadas<br />

pelo Inmetro.<br />

O esforço do <strong>Sindipneus</strong> para defesa dos interesses do setor<br />

já é uma realidade. Para que isso continue, devemos fortalecer<br />

nosso sindicato via contribuições sindicais e sindicalização<br />

de todo o setor. Acredito que a união do segmento<br />

seja algo imperativo nesse mercado competitivo e sempre<br />

com novos desafios.<br />

Observo que todas as alterações promovidas pelo <strong>Sindipneus</strong>,<br />

tais como estrutura física, suporte jurídico, site informativo,<br />

sindicalização junto ao Sintibor/MG, significaram pontos<br />

positivos para o todo setor e esse deve ser o caminho<br />

a ser seguido.<br />

Wesley Robson<br />

Pneubrasa Ltda.<br />

O <strong>Sindipneus</strong> trabalha para defender e valorizar os interesses de seus associados, oferecendo toda<br />

assistência necessária para auxiliar no crescimento de cada empreendimento e, assim, contribuir com<br />

o desenvolvimento de todo o setor. Associe-se!<br />

Mais informações: (31) 3213-2909 / sindipneus@sindipneus.com.br<br />

Quando pensar em moldes para pneus não tenha dúvida. Golden Molds.<br />

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SINDIPNEUS EM AÇÃO<br />

BIENAL DO AUTOMÓVEL MOSTRA<br />

NOVIDADES DO SETOR AUTOMOTIVO<br />

Em sua terceira edição, o evento se consolidou de vez no<br />

cenário nacional como um dos mais importantes do segmento<br />

Alguns têm fixação pelos antigos, outros, pelos<br />

importados e luxuosos, muitos gostam dos modernos<br />

e sofisticados, e ainda existem aqueles<br />

que adoram os tunados cheios de estilo. Os gostos<br />

podem variar, mas uma coisa é certa: os carros são<br />

considerados uma das paixões dos brasileiros. Por<br />

tudo isso, o número de eventos em que eles são os<br />

protagonistas cresce a cada ano no país.<br />

Foto: Priscila Silva<br />

8 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Minas Gerais é um dos estados que já conta com um<br />

evento de repercussão nacional. Em sua terceira edição,<br />

realizada entre os dias 7 e 11 de dezembro do<br />

último ano, a Bienal do Automóvel - que acontece a<br />

cada dois anos - contou com a participação de grandes<br />

montadoras de carros nacionais e importados e<br />

atraiu um público de mais de 100 mil pessoas.<br />

Em relação à geração de negócios, em vendas efetivadas<br />

durante a exposição e em contatos gerados<br />

para negócios futuros, estima-se o valor de cerca de<br />

R$ 100 milhões. Ao todo, mais de 130 expositores<br />

ocuparam a área de 300 mil metros quadrados do Expominas<br />

durante os cinco dias da Bienal.<br />

Além de conhecer as novidades tecnológicas do setor,<br />

quem visitou a Bienal também conferiu o espaço Veteran<br />

Car Club, que apresentou cerca de 20 carros antigos<br />

que traduzem um pouco da história e evolução<br />

dos automóveis. Outra atração foi a área reservada<br />

para os espetáculos em motocicletas e bikes, que contou<br />

com atletas representantes das duas modalidades.<br />

Presenças importantes<br />

A Bienal do Automóvel 2011 recebeu visitantes ilustres.<br />

Além de críticos e formadores de opinião da<br />

mídia especializada, o evento ganhou destaque por<br />

receber o bicampeão mundial de Fórmula 1 Emerson<br />

Fittipaldi; o cantor Fabiano, da dupla César Menotti e<br />

Fabiano; e o ex-jogador de futebol Dadá Maravilha.<br />

Autoridades políticas e de entidades também estiveram<br />

presentes, como o presidente da Associação<br />

Comercial e Empresarial de Minas Gerais (ACMinas),<br />

Roberto Fagundes; o presidente da Federação das<br />

Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo<br />

Machado; o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda;<br />

representando o governador de Minas, Antônio<br />

Anastasia, o secretário de Estado do Turismo, Agostinho<br />

Patrus Filho; e o subsecretário de Comunicação<br />

Social do Governo de Minas, Nestor de Oliveira.<br />

Para o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda,<br />

“a Bienal ofereceu oportunidades de novos negócios<br />

e fortaleceu o setor automobilístico, tão importante<br />

para BH, Região Metropolitana e todo o Estado”. O<br />

presidente da Fiemg, Olavo Machado, parabenizou<br />

o esforço dos organizadores do evento. “Não tenho<br />

dúvidas de que a Bienal do Automóvel está se consolidando<br />

como um evento importante e de oportunidades,<br />

o que faz com que Belo Horizonte seja uma<br />

referência no mercado automobilístico”, destacou.<br />

De olho na quarta edição<br />

Depois do sucesso da Bienal do Automóvel 2011, os<br />

organizadores do evento já têm a próxima edição em<br />

mente. Segundo um dos coordenadores da Bienal, Arthur<br />

Lopes Filho, o planejamento da próxima edição,<br />

em 2013, começará logo no início de janeiro do ano<br />

que vem. Mas os organizadores já podem se sentir<br />

satisfeitos, porque “a Bienal do Automóvel está definitivamente<br />

no calendário de Minas como evento que<br />

veio para ficar e como um dos principais espaços de<br />

negócios do Estado”.<br />

“Queremos que a Bienal do Automóvel se consolide<br />

como um grande evento, apresentando novidades<br />

tecnológicas, inovação e produtos para os visitantes.<br />

Que esta seja uma oportunidade para os apaixonados<br />

por carros de todo o país conhecerem os últimos lançamentos.<br />

Além disso, a Bienal do Automóvel é um<br />

ambiente propício para a apresentação de produtos e<br />

realização de negócios”, finalizou o coordenador da<br />

Bienal, Wilson Navarro.


GERENCIAMENTO DE RISCOS STRATUM.<br />

FICA MAIS FÁCIL CHEGAR.<br />

Inteligência e alta tecnologia aplicadas na análise e mapeamento de riscos.<br />

É assim que a Stratum monitora sua carga, via satélite, desde o carregamento até a entrega.<br />

Em todos os momentos da viagem, uma equipe altamente treinada cuida para que a sua carga<br />

chegue ao seu destino dentro do cronograma.<br />

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SINDIPNEUS EM AÇÃO<br />

SINDIPNEUS NA PNEUSHOW 2012<br />

Sindicato estará presente na décima edição do<br />

evento voltado para a indústria de pneus<br />

A<br />

próxima edição da Feira Internacional da Indústria<br />

de <strong>Pneus</strong> – PneuShow Recaufair 2012<br />

– promete ser ainda melhor que as outras nove<br />

edições já realizadas. Motivos para visitar a feira não<br />

faltam. Quem for ao Expo Center Norte, em São<br />

Paulo, irá conferir a cadeia completa de produção de<br />

pneus: matéria-prima, reforma pneumática, manutenção,<br />

equipamentos e reciclagem final. Por todos<br />

esses motivos, o <strong>Sindipneus</strong> não poderia ficar de fora<br />

desse evento, que é considerado desde sua primeira<br />

edição, em 1996, o único e mais importante da América<br />

Latina que reúne a indústria pneumática.<br />

Em 2012, a <strong>Pneus</strong>how Recaufair chega à sua décima<br />

edição apresentando soluções e inovações em tecnologia,<br />

serviços e produtos nas áreas de qualidade,<br />

performance, segurança e meio ambiente –, integrando,<br />

desta forma, toda a cadeia produtiva de pneus. A<br />

Feira será realizada entre os dias 11 e 13 de abril, no<br />

Expo Center Norte, em São Paulo. Empresas nacionais<br />

e internacionais compõem o quadro de expositores da<br />

feira e apresentam lançamentos, design e tecnologia a<br />

milhares de visitantes profissionais do segmento - não<br />

só do Brasil, como também de cerca de 30 países.<br />

A PneuShow Recaufair é visitada por profissionais de<br />

transportadoras de carga e passageiros, reformadores,<br />

logística, agroempresas e usinas, borracharias, truck<br />

centers e centros de serviços automotivos, distribuidores,<br />

revendedores e indústria automobilística, entre<br />

outros. Paralelamente à PneuShow Recaufair, acontecerá<br />

a Expobor 2012 – 10ª Feira Internacional de Tecnologia,<br />

Máquinas e Artefatos de Borracha.<br />

Visite nosso estande<br />

Quem for visitar a feira não pode deixar de conferir o<br />

estande do <strong>Sindipneus</strong>, que estará localizado no Pavilhão<br />

Vermelho, rua 4/5, nº 16. O Sindicato espera a<br />

visita de representantes do setor em Minas Gerais e de<br />

todos os estados do Brasil.<br />

Informações PneuShow<br />

Recaufair 2012<br />

Data: 11 a 13 de abril<br />

Horário: 10h às 20h<br />

Local: Expo Center Norte<br />

Informações pelo telefone:<br />

(11) 2226-3100<br />

Site: www.pneushow.com.br<br />

Twitter: @pneushow<br />

Facebook: feirapneushowrecaufair<br />

ACOMPANHE O SINDIPNEUS<br />

NAS REDES SOCIAIS<br />

10 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Você já acompanha as notícias do <strong>Sindipneus</strong> e<br />

do segmento de pneumáticos no site do Sindicato,<br />

na revista <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. e também por<br />

meio do informativo eletrônico Sindinews.<br />

Seguindo as tendências do mercado, iremos intensificar<br />

o uso das redes sociais e disponibilizar diversas<br />

informações também em nossa página do Facebook e<br />

em nosso perfil no Twitter.<br />

Para ficar conectado com a gente, siga-nos no Twitter<br />

- www.twitter.com/sindipneus - e curta nossa página<br />

no Facebook: http://www.facebook.com/pages/<strong>Sindipneus</strong>/195072247248941.


11 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


CONEXÃO<br />

OBJETIVOS DEFINIDOS<br />

Mesmo acreditando que o setor tem desafios a superar,<br />

o gerente-geral da ABC Borracha, Humberto Freitas,<br />

destaca fatores que o fazem confiar no<br />

desenvolvimento do segmento a médio<br />

e longo prazo<br />

por Priscila Silva<br />

Com experiência em diversos<br />

segmentos e uma carreira<br />

já consolidada no setor<br />

de pneumáticos, o gerente-geral<br />

da ABC Borracha (conhecida no<br />

mercado anteriormente como ABC<br />

Valadares), Humberto Freitas, adquiriu<br />

conhecimentos que hoje o<br />

permitem ter uma visão macro do<br />

setor de pneumáticos.<br />

Foto:arquivo ABC Borracha<br />

12 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

De forma consistente, Humberto<br />

analisa nesta entrevista concedida<br />

à <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. diversos temas<br />

inerentes ao setor de pneumáticos,<br />

como a implantação<br />

definitiva neste ano da Portaria<br />

Inmetro n o 444, o desempenho<br />

do segmento, expectativas para<br />

este e os próximos anos, a sustentabilidade<br />

intrínseca à atividade<br />

de reforma, entre outros.<br />

Confira a reportagem na íntegra e a análise do<br />

mercado de pneumáticos feita pelo gerente da<br />

ABC Borracha, conheça também sua carreira e suas<br />

metas para o presente e o futuro.<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Qual é a sua trajetória no segmento<br />

de pneumáticos?<br />

Humberto Freitas: Sou graduado em engenharia<br />

química e poderia dizer que tenho uma carreira<br />

generalista. Nos últimos 15 anos atuei em diferentes<br />

posições na área de Supply Chain nas empresas<br />

Votorantim Cimentos, Pirelli <strong>Pneus</strong>, FMC Química e<br />

ABC Borracha.<br />

Iniciei no segmento de pneumáticos em 2000 na<br />

divisão truck da Pirelli <strong>Pneus</strong>. Trabalhei nas áreas de<br />

Humberto Freitas - gerente-geral da ABC Borracha<br />

melhoria e otimização dos processos de fabricação,<br />

qualidade e mistura de compostos.<br />

Após essa experiência estive por três anos na ABC<br />

Borracha liderando a área de operações e P&D da<br />

empresa. Retornei à ABC em 2011 na gestão da empresa<br />

com o objetivo de dobrar o faturamento até<br />

2014. Para isso, o foco nas áreas comercial, suprimentos<br />

e P&D será fundamental.<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Como você avalia o cenário atual da<br />

reforma de pneus?<br />

Humberto Freitas: A reforma de pneus vem avançando<br />

ao longo dos últimos anos. A criação de associações,<br />

a busca de parcerias, a afirmação como um<br />

segmento ambientalmente correto e acima de tudo<br />

gerador de postos de trabalho e arrecadador de im-


postos só contribuem para uma avaliação positiva do<br />

setor. Os desafios são enormes e as possibilidades de<br />

crescimento, também. As mudanças são constantes e<br />

as empresas do segmento que se adaptarem rapidamente<br />

a esse cenário certamente serão competitivas<br />

nesse dinâmico mercado.<br />

manterem o foco apenas na gestão de suas despesas<br />

e receitas, uma vez que o investimento em ações de<br />

sustentabilidade em geral não oferece retorno imediato,<br />

perceptível no resultado financeiro. Faltam<br />

consciência e conhecimento das pessoas do benefício<br />

que a reforma de pneus traz para a sociedade.<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Você acredita que 2011 foi um ano<br />

positivo para o setor? Por quê?<br />

Humberto Freitas: O ano de 2011 teve dois momentos<br />

distintos: o primeiro semestre em que se<br />

pôde observar um crescimento, e um segundo semestre<br />

de turbulências internacionais, com o aumento<br />

no preço das commodities e a importação<br />

de pneus impactando no resultado da maioria das<br />

empresas. Poderia dizer que foi um ano de ajuste<br />

nos custos e de aprendizado das empresas devido à<br />

incerteza e volatilidade do mercado. Empresas que<br />

gerenciaram bem suas despesas e mantiveram o<br />

foco em seus clientes com certeza conseguiram se<br />

manter e crescer em toda essa adversidade.<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Quais são suas expectativas para o primeiro<br />

semestre de 2012?<br />

Humberto Freitas: Acreditamos em uma recuperação<br />

lenta no primeiro trimestre de 2012 e, a partir de<br />

abril, uma melhora considerável nos resultados. Em<br />

2011 investimos no aumento da capacidade produtiva<br />

e diversificação do portfólio dos produtos ABC<br />

Borracha. Assim, temos grande expectativa de colher<br />

os resultados dessas ações em 2012.<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: As projeções econômicas brasileiras<br />

apontam crescimento de vários segmentos até 2016<br />

em virtude da realização da Copa do Mundo e das<br />

Olimpíadas. Você acredita que o setor de pneumáticos<br />

também pode apostar em um crescimento gradativo<br />

para os próximos anos?<br />

Humberto Freitas: É fundamental o crescimento do<br />

setor de pneumáticos para suportar o desenvolvimento<br />

do país. Na minha opinião, a grande questão<br />

é crescer com qualidade, ou seja, é conseguir crescer<br />

mantendo margens atrativas para o negócio.<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Já está comprovado que a reforma de<br />

pneus é uma atividade sustentável, mas muitos ainda<br />

resistem em reconhecer isso. O que falta para essa<br />

atividade ser mais valorizada?<br />

Humberto Freitas: Grande parte do segmento de<br />

reforma ainda não é sensível às questões de sustentabilidade.<br />

O imediatismo pode levar os empresários a<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: A portaria do Inmetro nº 444/2010<br />

determinou que as empresas de reforma devem obter,<br />

até 19 de novembro de 2012, o Registro do Serviço<br />

de Reforma de <strong>Pneus</strong>. Você acredita que esse<br />

procedimento poderá contribuir para a expansão e<br />

valorização do setor de reforma?<br />

Humberto Freitas: Sem dúvida. Em geral, a padronização<br />

pode aumentar a barreira para novos<br />

entrantes, já que influencia no custo da operação,<br />

assim como pode ser determinante para a saída de<br />

algumas empresas do segmento. Imaginando um<br />

cenário composto por empresas normatizadas atuando<br />

em um mercado balanceado entre oferta e<br />

demanda, os reformadores conseguirão maximizar<br />

seus resultados.<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Quais são os maiores desafios para os<br />

empresários do segmento de pneus atualmente?<br />

Humberto Freitas: Dentre os diversos desafios do<br />

setor destacaria a forte concorrência com os produtos<br />

importados, suportar a pesada e complexa carga<br />

tributária, lidar com elevação dos custos das matériasprimas<br />

e a baixa especialização da mão de obra.<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Que outros fatores poderiam contribuir<br />

para que o segmento pudesse se desenvolver e<br />

avançar ainda mais?<br />

Humberto Freitas: A gestão profissionalizada do<br />

negócio suportada por pessoas capacitadas é fundamental.<br />

Os empresários devem estar atentos a esse<br />

aspecto nos diversos processos da empresa. Nem<br />

sempre é possível implementar barreiras para fatores<br />

externos. Porém, a melhoria dos processos internos<br />

das empresas é obrigação das mesmas.<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.: Qual é a importância do Sindicato Patronal<br />

para o setor?<br />

Humberto Freitas: O Sindicato Patronal, além de<br />

cumprir importante papel de intermediação entre<br />

capital e trabalho, de maneira especial, tem dado<br />

oportunidade aos associados de participarem de feiras<br />

nacionais e internacionais, capacitação técnica e<br />

informações estratégicas do setor. Ações como essas<br />

agregam valor para as empresas.<br />

13 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


ESTRATÉGIA<br />

CONCILIAR É LEGAL!<br />

TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO JURÍDICA<br />

14| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Dentre as soluções para lidar com os diversos<br />

tipos de conflitos, tem-se na transação e na<br />

conciliação, judicial ou extrajudicial, a negociação<br />

como a mais apropriada até por ser da natureza<br />

humana.<br />

E é justamente em razão desta consequência natural<br />

da conciliação, qual seja, a maior probabilidade<br />

de cumprimento, pelas partes, das obrigações<br />

assumidas, uma vez que a solução foi aventada<br />

por elas próprias, é que, atualmente, muito se tem<br />

incentivado as conciliações em nosso país com as<br />

chamadas “semanas da conciliação”, e slogans<br />

como “conciliar é legal”.<br />

Nos dizeres do presidente do Tribunal Regional do<br />

Trabalho da 3ª Região, desembargador Paulo Roberto<br />

Sifuentes Costa, a conciliação “é a mais sublime das<br />

formas de realização da justiça, porque é a divergência<br />

encantada na convergência, a jurisdição imposta<br />

do poder transformada na jurisdição conquistada<br />

pelo entendimento, o litigante plasmado em juiz de<br />

suas próprias controvérsias”.<br />

Negociação é o processo pelo qual duas ou mais partes<br />

decidem o que cada uma entregará e receberá no<br />

âmbito de seu relacionamento, é uma situação em<br />

que se busca equilíbrio de interesses.<br />

É importante ressaltar que toda negociação envolve<br />

tomada de decisão na forma de juízos e escolhas que<br />

têm de ser feitas ao longo do processo de transação.<br />

Os desafios para tomada de decisão podem ser sintetizados<br />

num ambiente em que o negociador tem uma<br />

sobrecarga de informações com informações assimétricas<br />

num ambiente de incerteza e complexidade, estando<br />

as decisões vinculadas a questões subjacentes<br />

e metas conflitantes.


Para bem negociar, ou seja, obter o melhor resultado<br />

possível em qualquer transação, é primordial identificar<br />

e delimitar o problema. No entanto, cada um<br />

de nós traz consigo um enquadramento, uma précompreensão,<br />

um repertório de receitas mentais, pelas<br />

quais entendemos como o mundo funciona, e as<br />

quais, muitas das vezes, estão equivocadas ou incompletas.<br />

Por isso, a arte dos bons negociadores e bons<br />

políticos é reenquadrar o pensamento das pessoas<br />

mapeando as informações.<br />

São necessários alguns cuidados ao mapear as informações<br />

e não confiar demais no próprio discernimento,<br />

atribuir peso excessivo às informações disponíveis,<br />

ancorar exageradamente as estimativas, ter predileção<br />

por dados comprobatórios, pois nem tudo pode<br />

ser comprovado e os juízos de valor são muito relevantes<br />

numa negociação.<br />

Ao mapear as informações é necessário definir o que<br />

precisa ser decidido, estruturar e focar o problema,<br />

restringir ou expandir as questões, determinar critérios<br />

que farão a pessoa preferir uma opção à outra<br />

e ser sensível à perspectiva adotada. Entretanto, é<br />

importante não deixar o foco prejudicar a visão estratégica.<br />

As pessoas com boa visão periférica ouvem e<br />

procuram o inesperado, daí a importância de compartilhar<br />

e revelar (algumas) informações, procurar entender<br />

a outra parte, encontrando soluções criativas<br />

num aprendizado constante.<br />

Existem duas metas numa negociação: maximizar a<br />

substância e conseguir o melhor valor. Como você<br />

maximiza o valor da relação? Como lidar diretamente<br />

com as emoções? As “considerações essenciais” devem<br />

ser contabilizadas na construção do tom emocional<br />

de uma negociação. Essas considerações podem<br />

ajudá-lo a alcançar o resultado desejado: apreço, autonomia,<br />

filiação, status e papel.<br />

• Gerir situações difíceis<br />

• Aprender com cada negociação<br />

Na fase de preparação quatro “alavancas” impulsionam<br />

o processo:<br />

1. “Ir para o balcão ou para a varanda!”. Significa<br />

“dar um tempo”.<br />

2. Formular uma Melhor Alternativa para um Acordo<br />

Negociado (Mapan). Trata-se da melhor forma de<br />

agir caso não se consiga chegar ao acordo planejado.<br />

É o “Plano B”, que seja bom para ambas as partes.<br />

3. Conectar-se ao outro lado, isto é, colocar-se<br />

no lugar do outro. Para tanto, é necessário ouvir<br />

(com atenção) mais do que falar e entender antes<br />

de refutar. Com isso, às vezes consegue-se surpreender<br />

o outro, ficando ao lado dele por alguns<br />

momentos, abrindo o seu espírito para a realização<br />

de um acordo.<br />

4. Respeito nas negociações. O desrespeito, muitas<br />

vezes, pode levar ao fracasso. É necessário criar um<br />

clima de confiança.<br />

Criado o ambiente propício à negociação, passa-se a<br />

ela propriamente dita. Novamente, há alguns pilares<br />

a serem considerados. Inicialmente deve-se reenquadrar<br />

a situação e adotar critérios objetivos para decidir<br />

o que é justo.<br />

Para se chegar a um “sim” no final, que seja bom<br />

para todos e que satisfaça os seus interesses, é necessário,<br />

muitas vezes, falar “não” durante a negociação.<br />

Sempre com respeito. No fechamento, o “sim”<br />

pode ser uma proposta criativa, clara e construtiva,<br />

que atenda aos seus interesses e leve em conta os<br />

deles, sendo praticável e realista.<br />

Assim, para maximizar o valor da relação e lidar da<br />

melhor maneira possível com as emoções, é necessário<br />

compreender as emoções de todas as partes<br />

envolvidas na negociação, estimulando as emoções<br />

úteis nos outros e em si. Respeitar a autonomia, estabelecer<br />

filiações, reconhecer o status de cada um...<br />

Exerça um papel gratificante e expresse apreço. Use<br />

esses pontos para influenciar positivamente os outros<br />

em relação a você. A razão é importante, mas a utilização<br />

exclusivamente desta não garante uma boa<br />

negociação. Para estruturar uma negociação bemsucedida<br />

é necessário observar cinco mandamentos:<br />

• Mapear todo o processo de negociação<br />

• Preparar-se para negociar<br />

• Negociar para o ganho mútuo<br />

Finalmente, para acabar com o abismo que existe entre<br />

duas partes em uma negociação, deve-se construir<br />

uma ponte. Nessa fase, é muito importante apoiar o<br />

outro em seus argumentos de comunicação. Muitas<br />

vezes, uma parte não aceita um acordo porque não<br />

sabe o que dizer ou como o justificará “em casa”.<br />

Então, o trabalho é ajudá-los a explicar o porquê do<br />

acordo, deixar claro que o acordo representa vitória<br />

para eles também. O maior poder como negociador é<br />

o poder de mudar o jogo, de tal forma que ambas as<br />

partes se sintam ganhadoras!<br />

Adriano Jannuzzi Moreira<br />

Advogado especialista em Direito do Trabalho, mestre<br />

em Direito Empresarial, doutorando em Ciências<br />

Sociais e Jurídicas e professor universitário.<br />

15 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


CAPA<br />

CONFIANÇA INABALÁVEL<br />

Apesar de entraves, como a crise econômica internacional,<br />

2012 tem boas perspectivas de ser positivo para o<br />

país e para o segmento de pneus<br />

por Priscila Silva<br />

A<br />

opinião sobre 2011 não é unânime entre<br />

economistas, governo, trabalhadores e empresários.<br />

Cada um teve um ponto de vista<br />

diferente em relação ao ano que passou e sobre os<br />

impactos que ele gerou, sobretudo na economia. No<br />

entanto, o que todos sempre esperam é que o ano<br />

seguinte seja melhor do que o anterior. Esse pensamento<br />

não é diferente para os empresários e todos<br />

que estão envolvidos direta ou indiretamente no<br />

segmento de pneumáticos. E, se julgarmos por algumas<br />

previsões de quem entende do assunto, 2012<br />

pode ser um bom ano para o país e para o setor,<br />

mesmo com alguns obstáculos, como a crise econômica<br />

internacional.<br />

Para o professor de economia e coordenador do<br />

curso de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro<br />

de Mercado de Capitais (Ibmec), Reginaldo<br />

Nogueira, 2011 teve dois momentos distintos. “O<br />

ano de 2011 foi curioso porque se iniciou com a preocupação<br />

de que era preciso esfriar uma economia<br />

que vinha muito aquecida do período pós-eleitoral e<br />

terminou com a preocupação de impedir um esfriamento<br />

muito forte por causa da crise internacional.<br />

Foi um ano de muitas pressões inflacionárias importantes,<br />

fechando com uma inflação no teto da meta<br />

perseguida pelo Banco Central. Mas, se quisermos<br />

olhar pelo lado positivo, foi um ano de excelente<br />

desempenho no mercado de trabalho.”<br />

16| <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Em entrevista concedida ao programa de rádio<br />

“Café com a presidenta”, que foi ao ar no dia 2 de<br />

janeiro deste ano, a presidenta Dilma Rousseff afirmou<br />

que o Brasil conseguiu transformar a crise econômica<br />

global em uma oportunidade para crescer,<br />

o que permitiu entrar em uma era de prosperidade.<br />

“O balanço de 2011 foi positivo e 2012 será ainda<br />

melhor, tornando-se um marco da consolidação do<br />

modelo brasileiro”, garantiu. A presidenta salientou,<br />

ainda, a criação de mais de 2 milhões de novos postos<br />

de trabalho no último ano e assegurou que 2012<br />

começaria com menos tributos para as mais de 5 milhões<br />

de pequenas empresas que estão no Simples<br />

e para os Microempreendedores Individuais. “Esses<br />

empreendedores também vão ter crédito mais fácil e<br />

mais barato”, completou.<br />

Pontos a favor<br />

Uma das iniciativas do governo em 2012 foi o aumento<br />

do salário mínimo, que passou de R$ 545,00<br />

para R$ 622,00 – uma alta de R$ 77,00. O novo<br />

valor entrou em vigor logo no primeiro dia deste ano<br />

e deve gerar um grande impacto na economia em<br />

2012. Segundo cálculos do Departamento Intersindical<br />

de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese),<br />

o aumento de 14,13% irá injetar R$ 47 bilhões<br />

na economia brasileira. O Dieese concluiu também<br />

que 48 milhões de pessoas que têm sua renda vinculada<br />

ao valor do salário mínimo serão beneficiadas<br />

com o aumento e que o governo passará a arrecadar<br />

R$ 22,9 bilhões a mais devido ao aumento do consumo<br />

causado pelo reajuste. De acordo com a presi-


denta Dilma, o aumento vai permitir que as famílias<br />

consumam mais, estimulando a atividade industrial,<br />

o comércio e o setor de serviços, mantendo, desta<br />

forma, o dinamismo da economia e permitindo que<br />

o Brasil cresça.<br />

Seguindo essa tendência de crescimento, segundo a<br />

Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores<br />

(Fenabrave), o ano de 2011 foi o melhor<br />

em relação à distribuição automotiva. Mesmo com<br />

a desaceleração da economia no segundo semestre,<br />

que provocou queda no crescimento estimado para<br />

automóveis e comerciais leves, o ano foi histórico<br />

para todos os segmentos, com mais de 5,7 milhões<br />

de unidades emplacadas no período. Este volume<br />

representa 4,91% de aumento sobre os resultados<br />

obtidos em 2010, que registrou 5,4 milhões de unidades<br />

emplacadas.<br />

Diante de um PIB estimado em 3,5% para 2012, a<br />

Fenabrave projeta, conforme estimativas da MB Associados<br />

(consultoria econômica parceira da entidade),<br />

um crescimento de 5,76% nos emplacamentos<br />

de veículos, que devem chegar a 5.894.734 unidades<br />

este ano. Os segmentos de automóveis e comerciais<br />

leves devem contabilizar 3.579.699 unidades<br />

emplacadas em 2012, num crescimento de 4,50%<br />

em relação a 2011.<br />

“Esse resultado positivo está relacionado à manutenção<br />

do emprego, ao aumento da renda, ao efeito<br />

do novo salário mínimo - elevado em pouco mais de<br />

14% e que aumentará o poder de comprometimento<br />

de renda da população-, à queda dos juros, com<br />

a possibilidade de a Taxa Selic chegar a 9% contra<br />

os 11% atuais, assim como a tendência de queda na<br />

inadimplência a partir do segundo trimestre, o que<br />

resultará no consequente aumento do crédito”, avaliou<br />

o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti.<br />

E 2012 começou com outra boa notícia sobre o setor<br />

automotivo, o que também gera expectativas positivas<br />

para o segmento de pneumáticos. A pesquisa<br />

Global Automotive Executive Survey 2012, realizada<br />

pela KPMG, com 200 executivos das maiores empresas<br />

do setor no mundo, revelou que em 2016 o<br />

Brasil vai ocupar a terceira posição no ranking dos<br />

maiores mercados automobilísticos do mundo. A<br />

expectativa é de que até 2017 o Brasil esteja exportando<br />

mais de 1 milhão de veículos ao ano. O<br />

estudo apontou ainda que os países do Bric, constituído<br />

por Brasil, Rússia, Índia e China, deterão mais<br />

de 40% do market share - termo usado para mostrar<br />

a participação de uma empresa em algum ramo de<br />

atuação - mundial.<br />

Gestores do setor opinam<br />

O diretor Comercial da Fate <strong>Pneus</strong> do Brasil, Evando<br />

Figallo, acredita que “estão dadas as condições para<br />

que o mercado de pneus continue acompanhando<br />

um firme crescimento da economia do país. A recuperação<br />

das economias seria primordial para haver<br />

um marco internacional favorável a este crescimento”.<br />

Segundo Figallo, as expectativas para este e os<br />

próximos anos também são boas. “Temos perspectivas<br />

de um expressivo crescimento da quantidade<br />

de veículos rodando pelas ruas e rodovias de todo o<br />

Brasil. Como consequência, o mercado de reposição<br />

de pneus crescerá com eles.”<br />

“Os números mostram que a atividade de reforma<br />

está bem consolidada em nosso país. Para um mercado<br />

de 7,8 milhões de pneus reformados, temos cerca<br />

de 5,5 milhões de pneus novos em reposição. Ou<br />

seja, o mercado de pneus reformados é 42% maior”,<br />

analisa o diretor-geral da Borrachas Vipal, Daniel Paludo.<br />

Segundo o gestor, a conclusão do processo de<br />

obtenção do Registro do Serviço para Reforma de<br />

<strong>Pneus</strong>, prevista para 19 de novembro deste ano, conforme<br />

determinação da Portaria Inmetro n o 444, será<br />

um marco importante para o setor. “Essa portaria é<br />

uma forma efetiva de qualificação dos profissionais<br />

reformadores. Isso é muito importante, pois vem ampliar<br />

a credibilidade da reforma para o público consumidor”,<br />

pondera.<br />

Para o diretor Comercial e Marketing da Moreflex,<br />

Saulo Muniz Gonçalves, o ano de 2011 foi positivo,<br />

apesar da desaceleração ocorrida no segundo<br />

semestre. O diretor também acredita em um bom<br />

cenário para 2012. “O requisito de avaliação da<br />

conformidade exigido pelo Inmetro em novembro<br />

de 2010 começou a ser adotado com grande intensidade<br />

pelas empresas com o propósito de obterem a<br />

certificação deste órgão. Temos as melhores expectativas<br />

em relação a esse procedimento, que determinará<br />

um avanço na qualidade e imagem do setor.<br />

Para 2012, estamos muito otimistas, em que pese<br />

o fato de acreditarmos que o mercado estará mais<br />

competitivo e exigirá ainda mais dos reformadores<br />

e fabricantes. Este ano deverá ser um marco na profissionalização<br />

do setor, com as portarias do Inmetro<br />

e o crescimento do segmento de transportes. Com a<br />

consolidação da economia brasileira, as expectativas<br />

são as melhores possíveis também para os próximos<br />

anos”, prevê.<br />

“Acredito que a Portaria Inmetro n o 444 será um<br />

grande marco para o nosso segmento em 2012.<br />

Apesar de termos vários desafios a serem superados,<br />

como a burocracia e nossa alta carga tributária,<br />

tenho certeza de que a implantação definitiva<br />

dessa portaria aumentará nossos padrões de qualidade,<br />

que já são altos, acredita o presidente do<br />

<strong>Sindipneus</strong>, Paulo Bitarães.<br />

Na opinião do presidente, o setor está em ótimo<br />

momento para se regulamentar e se fortalecer, mas<br />

para que isso aconteça é preciso unir forças. “Os<br />

17 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


fabricantes, reformadores e revendedores de pneus<br />

precisam trabalhar em conjunto e criar uma forte<br />

campanha sobre a importância do índice Tread Wear<br />

Indicator (TWI), pois ele será o termômetro para alavancar<br />

o segmento de pneumáticos. No Brasil, a resolução<br />

do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)<br />

n o 558/80, que determina a proibição da circulação<br />

com pneus cujo desgaste da banda de rodagem<br />

(sulcos) tenha profundidade inferior a 1,6mm, não<br />

é respeitada e nem fiscalizada adequadamente. E,<br />

se isso fosse feito, tanto o setor de reforma quanto<br />

o de revenda teriam um crescimento altíssimo, difícil<br />

de mensurar em números, já que no Brasil não há<br />

uma pesquisa concreta sobre esse tema. O consumidor<br />

também ganharia em termos de segurança”,<br />

alerta Paulo Bitarães.<br />

O presidente do <strong>Sindipneus</strong> também projeta um<br />

bom ano para o segmento. “De acordo com os dados<br />

e projeções de expansão do setor de transportes,<br />

sem dúvida, o segmento de pneus deverá ter<br />

um desenvolvimento e crescimento em 2012. No<br />

entanto, é preciso que associações, sindicatos e empresários<br />

se mobilizem em torno da campanha para<br />

divulgar à sociedade o TWI. A difusão desse índice<br />

trará ganhos significativos para o setor”, finaliza.<br />

Possíveis problemas<br />

Apesar de todos os fatos que geram esperanças<br />

de um ano próspero para o Brasil e para o segmento<br />

de pneumáticos, Reginaldo Nogueira alerta<br />

para alguns problemas que podem afetar a economia<br />

do país. “Considero que 2012 será um ano<br />

difícil. O cenário externo é conturbado e não há<br />

sinais claros de melhorias. Se por um lado temos<br />

recebido algumas notícias positivas com relação<br />

aos Estados Unidos, por outro a situação na Europa<br />

continua se deteriorando. Assim, há grande<br />

incerteza com relação a variáveis relevantes para<br />

a economia, como taxa de câmbio e o preço das<br />

commodities”, adverte o economista.<br />

Segundo Nogueira, o cenário é de cautela, pois realmente<br />

há muita incerteza com relação à economia<br />

global. “Todas as atenções agora estão voltadas<br />

para a crise na Europa e seus efeitos sobre a<br />

economia mundial, em especial os maiores parceiros<br />

comerciais brasileiros. Embora eu não acredite em<br />

uma nova recessão global, a taxa de crescimento<br />

das principais economias do mundo deve continuar<br />

baixa”, analisa.<br />

Apesar do otimismo do governo brasileiro em relação<br />

a 2012, alguns fatores exigem cuidado por<br />

parte dos empresários. O economista revela que a<br />

taxa de crescimento do PIB nacional deve ficar em<br />

torno dos 3% e dificilmente chegará aos 5% desejados<br />

pelo governo. Reginaldo Nogueira também<br />

chama atenção para as projeções da inflação neste<br />

ano. “As expectativas do mercado para a taxa de<br />

inflação se situam ao redor de 5,5% no ano. Essa<br />

taxa representaria uma redução com relação àquela<br />

observada em 2011, mas ainda ficaria acima da<br />

meta de inflação perseguida pelo Banco Central, de<br />

4,5%. Com relação a essa previsão, é importante<br />

observar nos próximos meses o impacto do reajuste<br />

salarial, os efeitos da crise sobre o câmbio e o preço<br />

das commodities, além do grau de moderação da<br />

demanda agregada”, finaliza.<br />

18 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Pontos positivos e negativos para a economia em 2012<br />

Positivos<br />

Negativos<br />

Aumento do salário mínimo para R$ 622,00<br />

Término do prazo para adequação à Portaria Inmetro n o 444<br />

em 19 de novembro de 2012<br />

Mais qualificação e profissionalização do setor de<br />

reforma de pneus, que elevará ainda mais seus<br />

padrões de qualidade<br />

Ótimo momento vivido pelo setor automotivo. A previsão<br />

de crescimento para 2012 é de 5,76% nos emplacamentos<br />

de veículos<br />

Promessa de menos tributos para as mais de<br />

5 milhões de pequenas empresas que estão no<br />

Simples e para os Microempreendedores Individuais<br />

De acordo com a Associação Nacional dos<br />

Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram<br />

produzidos mais de 3 milhões de<br />

automóveis no Brasil em 2011<br />

Investimentos dos fabricantes de pneus novos para os próximos<br />

anos. Temos como exemplos a Michelin, que investirá<br />

cerca de US$ 1 bilhão entre 2012 e 2016, e a Pirelli, que<br />

anunciou aporte de US$ 500 milhões entre 2012 e 2014.<br />

Incerteza com relação a variáveis relevantes para a economia,<br />

como taxa de câmbio e o<br />

preço das commodities<br />

Previsão de taxa de crescimento baixa para as<br />

principais economias do mundo neste ano<br />

PIB nacional deve ficar em torno dos 3%, e não em 5%,<br />

como esperado pelo governo<br />

Crise econômica que atinge a Europa e<br />

os Estados Unidos<br />

Possíveis impactos da crise podem afetar de alguma forma a<br />

economia brasileira<br />

Entrada de pneus importados sem um controle<br />

mais rígido no país<br />

Concorrência predatória dos pneus asiáticos e o<br />

contrabando que ocorre nas fronteiras brasileiras


SERVIÇOS<br />

ADOÇÃO DO PONTO ELETRÔNICO<br />

É NOVAMENTE ADIADA<br />

É a quinta vez que o Ministério do Trabalho posterga a<br />

adoção do ponto eletrônico pelas empresas<br />

por Priscila Silva<br />

O<br />

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)<br />

publicou portaria alterando o prazo para a<br />

vigência do Sistema de Registro Eletrônico<br />

de Ponto. Conforme o texto publicado no final<br />

de dezembro do ano passado no Diário Oficial da<br />

União, o Sistema entrará em vigor em datas diferenciadas<br />

de acordo com os setores e tamanho das empresas.<br />

Essa foi a quinta vez que a adoção do ponto<br />

eletrônico foi adiada. Ao prorrogar o prazo, o texto<br />

da portaria cita as dificuldades operacionais ainda<br />

não superadas em alguns segmentos da economia<br />

para implantação do sistema.<br />

1º de abril de 2012. O objetivo é amenizar os efeitos<br />

da implantação do controle de ponto eletrônico para<br />

as empresas do setor, inclusive em relação à provável<br />

necessidade de elastecimento do prazo previsto para<br />

instituição do mesmo.<br />

A partir do dia 2 de abril deste ano, o novo ponto eletrônico<br />

passa a valer para as empresas que exploram<br />

atividades na indústria, no comércio em geral e no setor<br />

de serviços, incluindo, entre outros, os financeiros,<br />

de transportes, de construção, de comunicações, de<br />

energia, de saúde e de educação (incluídas aí as empresas<br />

de revenda e prestação de serviços de reforma<br />

de pneus e similares). Em 1º de junho, a obrigatoriedade<br />

entra em vigor para as empresas que atuam no<br />

setor agroeconômico. E, a partir de 3 de setembro,<br />

passa a valer para as microempresas e empresas de<br />

pequeno porte.<br />

A adoção do ponto eletrônico gera divergências entre<br />

os setores sindicais e as confederações patronais. Para<br />

os sindicatos, a exigência vai evitar que os trabalhadores<br />

façam horas extras e não recebam por elas. Já<br />

as entidades sindicais patronais argumentam que a<br />

adoção do ponto eletrônico pode gerar altos custos,<br />

principalmente para as pequenas empresas. Segundo<br />

o Ministério do Trabalho, a regra é adotada para evitar<br />

fraudes na marcação das horas trabalhadas.<br />

Apesar das discussões sobre a implantação do controle<br />

de ponto eletrônico, o <strong>Sindipneus</strong> já negociou antecipadamente<br />

com o Sindicato dos Trabalhadores na<br />

Indústria de Artefatos de Borracha de Minas Gerais<br />

(Sintibor) cláusula a constar na Convenção Coletiva<br />

de Trabalho (CCT) 2012/2013 - a ser assinada em<br />

19 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


PNEUS E FROTAS<br />

PNEUS DE MÁQUINAS E OTR<br />

20 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Quando vemos no noticiário as perspectivas<br />

de crescimento da economia, o setor de<br />

pneus é balizado pelo aumento da atividade<br />

industrial e do comércio, em sua maior parte. Alta<br />

no consumo de alimentos e de bens implica aumento<br />

da atividade agrícola e mineração, entre outros.<br />

Nesse caso, é sabido que haverá um reflexo desse<br />

crescimento no setor de pneus de máquinas, novos<br />

e reformados, sejam eles pneus de tratores, colheitadeiras<br />

e máquinas em geral, classificadas como OTR.<br />

Os revendedores e, principalmente, os reformadores<br />

desses pneus estão sempre atentos às notícias sobre a<br />

safra agrícola por saberem que há relação direta com<br />

a sua atividade.<br />

No mesmo noticiário são recorrentes as especulações<br />

sobre o quanto a economia e os negócios irão crescer<br />

devido a dois eventos futuros: Copa do Mundo 2014<br />

e Olimpíadas 2016, associando-os principalmente à<br />

necessidade de obras civis e de infraestrutura. Até<br />

aqui, nada de novo.<br />

Recentemente, recebi a edição 475 de dez/2011 da<br />

revista Sincopeças, editada pelo Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Peças e Acessórios para Veículos de<br />

São Paulo, que foca a atenção em outro ponto: os<br />

aeroportos. Se parece estranho, faça uma visita ao<br />

aeroporto mais próximo e verá que a movimentação<br />

na pista é feita com o uso de tratores e de um<br />

equipamento conhecido como push-back. A matéria<br />

comenta que uma empresa brasileira, de olho nesse<br />

mercado, acaba de lançar dois modelos de tratores<br />

para aplicação em logística industrial, aeroportos e<br />

movimentação de materiais em operadores logísticos.<br />

Quem quiser pode ler a íntegra do texto no link http://<br />

www.sincopecas.org.br/materias/?COD=2451.<br />

Coincidentemente, poucas semanas antes, em visita a<br />

uma empresa que trabalha nesse segmento em aeroportos,<br />

foi-me perguntado se seria vantajoso ou não<br />

comprar pneus de menor capacidade para seus equipamentos,<br />

questionando a questão do peso suportado<br />

pelos pneus. O tal push-back pesa em torno de 56<br />

toneladas e, teoricamente, divide-se o peso total pelo<br />

número de pneus para calcular qual o peso que incide<br />

sobre cada pneu.<br />

<strong>Pneus</strong> para veículos de carga têm, em sua quase totalidade,<br />

sempre a mesma capacidade de carga, situação<br />

diferente dos pneus OTR para máquinas e tratores<br />

que são oferecidos com diferentes capacidades ou<br />

quantidade de lonas para uma mesma medida. Com<br />

exceção das pás carregadeiras, de modo geral essas<br />

máquinas – incluindo o push-back – não suportam<br />

nada além do próprio peso, diferentemente de caminhões,<br />

em que o peso do veículo (a tara) é muito<br />

menor que o peso total transportado.<br />

Em máquinas, o ponto crítico não está no peso suportado,<br />

e sim no que é tracionado. Para compreender<br />

isso é necessário olhar para além do veículo em<br />

si e focar no trabalho a ser realizado. São equipamentos<br />

que exercem uma força tremenda de tração,<br />

que por sua vez depende diretamente da aderência<br />

dos pneus ao solo, resultando no esforço ao qual a<br />

carcaça é submetida.<br />

No meio agrícola, um mesmo trator é utilizado para<br />

realizar uma série de trabalhos, bastando, para isso,<br />

trocar o implemento acoplado ao mesmo. Aragem,<br />

sulcagem, subsolagem, pulverização, cada ação exige<br />

maior ou menor esforço do trator e dos pneus.<br />

O esforço necessário para realizar uma mesma ação<br />

também irá variar com a dureza e/ou compactação<br />

do piso, teor de umidade, densidade do solo, profundidade<br />

do trabalho, espaçamento entre as hastes etc.<br />

Com tantas variáveis, o correto é equipar o trator<br />

com o pneu adequado para o trabalho mais severo.<br />

Isso vai fazer com que ele opere “com folga” nas outras<br />

condições. O que se ganha assim é a preservação<br />

da carcaça, aumentando as possibilidades de reforma<br />

e consequente redução dos custos operacionais.<br />

Na área agrícola temos como avaliar a adequação e<br />

ajustar as condições do veículo e dos implementos<br />

ao trabalho a ser realizado pela medição do índice<br />

de patinagem. Já em outras operações, como mineração,<br />

pedreiras e qualquer outra atividade que não<br />

seja realizada no campo, isso é muito mais difícil, pela<br />

simples falta de referências. E o melhor exemplo que<br />

encontrei disso foi exatamente no setor mais improvável<br />

de ser focado por quem trabalha com pneus: a<br />

movimentação em aeroportos.<br />

Está na Internet um vídeo feito no Aeroporto de Guarulhos,<br />

o mais movimentado do país, onde um operador<br />

de push-back faz a movimentação de um avião<br />

AirBus 380, o maior do mundo, utilizando o equipamento<br />

disponível. No Brasil, nenhuma companhia<br />

aérea possui esse modelo em sua frota, mas recebe<br />

voos internacionais e, para atender às necessidades,<br />

improvisa como pode. Pesquisando informações sobre<br />

peso no site do fabricante, vemos que o peso de<br />

taxiamento (manobra na pista antes da decolagem)<br />

é sempre o maior. No caso específico da AirBus, esse


peso varia de 64.400 kg (A319-100 WV000) até<br />

571.000 kg (A380-800F WV002).<br />

Obviamente, ao usar o mesmo equipamento para<br />

movimentar pesos tão distintos, o esforço realizado<br />

será proporcionalmente maior. No vídeo de quase<br />

cinco minutos, o operador aparece sorrindo no início,<br />

mas, quando começa a movimentar a aeronave<br />

para trás, percebe a diferença e se espanta com<br />

o esforço do motor, logo após o primeiro minuto<br />

do vídeo. Como o esforço do motor é transferido<br />

ao piso pelos pneus, é claro que sofrerão da mesma<br />

forma. Veja no link http://www.youtube.com/<br />

watch?v=gWJ0FgUPWkQ.<br />

Voltando aos pneus de uso agrícola, uma mesma<br />

medida é ofertada com oito, dez, 12, 14 lonas, por<br />

exemplo. Contudo, em vez de adquirir um pneu de<br />

maior lonagem e, com isso, ter uma carcaça mais resistente,<br />

o que observamos é a compra de pneus de<br />

menor capacidade – e preço – que depois recebem<br />

um reforço artificial, comumente chamado de duplagem.<br />

E aqui vemos dois equívocos.<br />

O primeiro é que, para fazer a duplagem, é necessário<br />

inutilizar um pneu para retirar da carcaça as lonas que<br />

serão utilizadas em outro. Até o pneu chegar ao ponto<br />

de ser descartado para então ter suas lonas aproveitadas<br />

na duplagem, a carcaça já estará com um<br />

elevado grau de fadiga. O segundo é que o reforço<br />

é aplicado em toda a área da carcaça, excetuando-se<br />

os talões, quando deveria ser feita apenas na região<br />

da banda de rodagem.<br />

Os veículos que utilizam esses pneus não possuem<br />

suspensão, trabalho que é deixado inteiramente a<br />

cargo dos pneus, que, por ação do peso incidente sobre<br />

eles, flexionam as laterais. Ao fazer a duplagem<br />

sobre toda a superfície interna, reforça-se a área da<br />

banda – o que é positivo –, mas diminui-se a flexibilidade<br />

das laterais e como resultado o pneu trabalha<br />

“mais duro”, absorvendo menos as irregularidades<br />

do piso. Sem esse “molejo”, a incidência de trincas<br />

na base dos gomos e de arranchamento de borracha<br />

tende a aumentar. Num paralelo com os metais, perde-se<br />

ductibilidade e ganha-se friabilidade, ou seja, o<br />

pneu fica menos maleável e mais quebradiço.<br />

Reformar ou não um pneu depende única e exclusivamente<br />

da condição da carcaça. Numa mesma<br />

região encontramos usinas de açúcar que fazem<br />

duas ou três reformas em pneus de máquina enquanto<br />

há outras que nem mesmo reformam.<br />

<strong>Pneus</strong> de avião, para retornar ao início desse texto,<br />

são reformados quase uma dúzia de vezes e<br />

não são duplados, além de usados num setor com<br />

as maiores exigências de segurança em transporte<br />

existentes em todo o mundo.<br />

Resumindo, faça o planejamento correto, para longo<br />

prazo. Em vez de comprar o mais barato e menos<br />

resistente, para reduzir gastos no ato da aquisição,<br />

invista em um pneu melhor e mais resistente para garantir<br />

carcaças que irão durar mais tempo, proporcionar<br />

mais horas trabalhadas, receber mais reformas e<br />

baixar custos operacionais ao longo do tempo – e por<br />

um tempo mais longo.<br />

Pércio Schneider<br />

Especialista em pneus da Pró-Sul<br />

E-mail: pneus@greco.com.br<br />

21 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


CENÁRIO<br />

SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA E O<br />

SEGMENTO DE PNEUS:<br />

ADOÇÃO NECESSÁRIA E VIÁVEL<br />

Por definição, um sistema de gestão integrada<br />

– ERP (Enterprise Resource Planning) permite<br />

uma informação confiável de acordo com dados<br />

centrais em tempo real, possuindo uma estrutura<br />

modular em que as “melhores práticas do mercado”<br />

foram aplicadas aos principais processos de<br />

negócios das empresas, como contabilidade, financeiro,<br />

compras, vendas, distribuição, planejamento,<br />

controle de produção, recursos humanos, processos<br />

fiscais, entre outros.<br />

novas versões)<br />

• Redução do estoque excedente<br />

• Menor inadimplência no Contas a Receber<br />

• Redução de retrabalhos<br />

• Minimização nos esforços de coleta de dados (menor<br />

redigitação, única base de dados)<br />

• Integração de informações<br />

• Apoio à tomada de decisão<br />

Riscos com a implementação do ERP<br />

22 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Ao adotar um ERP, a empresa passa a ser orientada<br />

por processo, em uma visão Start to Finish, ou seja,<br />

um processo que parte do “início” determinado será<br />

concluído quando chegar ao “fim” previamente determinado.<br />

Um processo pode ter seu início em uma<br />

determinada área da empresa e seu fim, em outra<br />

área totalmente distinta da primeira.<br />

Exemplificando, de maneira macro, o processo de fornecimento<br />

de pneu reformado teve seu início na área<br />

Comercial (força de vendas), quando da coleta da<br />

carcaça no cliente, e seu fim, na área de Suprimentos<br />

(expedição), sendo que, caso ocorra uma não conformidade<br />

no processo de produção, e esta não conformidade<br />

não seja controlada, poderá comprometer<br />

a expedição e, consequentemente, outros processos,<br />

por exemplo, o faturamento e, por sua vez, o fluxo<br />

de caixa da empresa. Dessa forma, fica claro que a<br />

adoção de um ERP não é um projeto de TI, mas sim<br />

um projeto empresarial.<br />

Por experiência, conhecemos os resultados positivos<br />

e os benefícios obtidos com a adoção de um ERP. Porém,<br />

as dificuldades a serem enfrentadas e as mudanças<br />

necessárias a serem realizadas nos processos<br />

empresariais não são de conhecimento da maioria das<br />

empresas que desejam adotar um ERP, principalmente<br />

as empresas de pequeno e médio portes, que não<br />

possuem tantos recursos para investimento em TI.<br />

Vantagens com a implementação do ERP<br />

• Sistemas flexíveis (podem ser expandidos)<br />

• Disponibilidade aos usuários com segurança<br />

• Suporta alterações estruturais corporativas (permite<br />

• Custos elevados (hardware, infraestrutura computacional,<br />

licença de software, treinamento e consultoria)<br />

• Alteração nos processos funcionais (adaptação do<br />

sistema aos processos da empresa e da empresa aos<br />

processos do sistema)<br />

• Impactos sobre os recursos humanos (resistência)<br />

• Complexidade da customização (manutenção aumenta,<br />

afasta-se do modelo original do conceito ERP,<br />

controle das versões)<br />

• Dificuldade de cumprimento de prazos<br />

• Problemas técnicos e de gerenciamento do projeto<br />

(especificações não atendidas pelo fornecedor do<br />

software)<br />

Se existem tantos riscos, devemos descartar o<br />

ERP? A resposta é não! O sucesso desta adoção<br />

depende da aderência entre o ERP (suas funcionalidades)<br />

e as peculiaridades do negócio da empresa.<br />

O segredo é traduzir a visão da empresa e sua<br />

estratégia para as pessoas e depois definir exatamente<br />

como o ERP ajudará a empresa a cumprir<br />

suas prioridades.<br />

Esse processo inicial consome muito tempo e, em certos<br />

aspectos, é irritante para muitos executivos que<br />

querem dar andamento à implementação. Mas sem<br />

ele nenhum sistema ERP funciona. É preciso considerar<br />

também que, depois de instalado, as probabilidades<br />

de a empresa poder - ou estar disposta a - pagar<br />

pelas modificações são quase inexistentes.<br />

Se analisarmos o ciclo de vida de um ERP, veremos<br />

que a fase de implementação é apenas uma das seis<br />

fases da vida de um ERP, como veremos a seguir:


1) Zero a oito meses - implementação física<br />

2) Oito a 15 meses - início da operação (perda de eficiência) e consolidação do sistema<br />

3) 15 a 21 meses - ganho de eficiência na operacionalização do sistema<br />

4) 21 a 27 meses - estabilização dos processos de negócio suportados pelo sistema<br />

5) 27 a 40 meses - utilização efetiva do sistema com detecção de novas necessidades<br />

6) 40 a 53 meses - sistema com visão de Business Intelligence<br />

Como o segmento de pneus é composto na sua<br />

maioria por PMEs (pequenas e médias empresas),<br />

a implantação de sistemas ERP merece avaliação<br />

criteriosa, pois essas organizações empregam práticas<br />

diferenciadas, devido às suas características<br />

como tipo de negócio, dispersão geográfica, recursos<br />

financeiros.<br />

As principais dificuldades encontradas pelas PMEs<br />

estão relacionadas ao planejamento inadequado<br />

do projeto, à equipe de implantação contratada<br />

inexperiente, à resistência dos funcionários ao sistema<br />

e aos impactos organizacionais que não são<br />

avaliados anteriormente pelas empresas. Portanto,<br />

deve-se avaliar bem as opções de mercado.<br />

Dessa forma, como o segmento de pneus poderá se<br />

beneficiar das vantagens da adoção de um ERP frente<br />

a tantos riscos e critérios de escolha? O setor de<br />

pneus tem sua rede de relacionamento - ou seu cluster<br />

- delimitada pela relação da rede de autorizadas<br />

(matriz e filiais) e o fabricante de pneus/borrachas.<br />

A estrutura deste cluster possibilita a exploração do<br />

fornecimento de solução ERP em modalidade Software<br />

como um Serviço - SaaS, ou seja, o ERP fornecido<br />

como serviço, o que difere da modalidade tradicional de<br />

compra de ERP, pois o SaaS inclui as licenças de uso, a<br />

implementação, o suporte, o treinamento, as novas versões,<br />

a estrutura de hardware e software e a capacitação<br />

contínua do usuário a partir de um contrato de serviços,<br />

com valor fixo mensal.<br />

Vantagens da solução de ERP em modalidade SaaS<br />

• Padronização e adaptação a modelos de redes e<br />

ecossistemas (autorizadas e filiais), ERP já parametrizado<br />

para o segmento, evitando os riscos e dificuldades<br />

de obter a aderência do ERP ao negócio a partir<br />

da padronização de processos de negócio.<br />

• Aprimoramento de métodos de gestão pelo uso de<br />

ERP (integração, simplificação, desempenho operacional,<br />

flexibilidade, visibilidade de dados)<br />

• Treinamento simplificado, rápido e contínuo<br />

• Transformação de Capex em Opex – não há investimento<br />

com aquisição de licenças e servidores, contratação<br />

de implantação<br />

• Conformidade com aspectos fiscais e tributários<br />

(NFE, Sped)<br />

Conforme matéria publicada na revista Exame,<br />

edição 941, 22/04/09, página 113, as empresas<br />

tendem a migrar para Data Centers, que ganham<br />

importância, pois armazenarão software,<br />

sistemas e arquivos que antes rodavam na própria<br />

empresa. A prática de aquisição de licenças<br />

dará lugar ao modelo de assinatura, ou Software<br />

como um Serviço – SaaS. Em 2012, conforme o<br />

Gartner Group, a modalidade SaaS movimentará<br />

R$ 12 bilhões.<br />

Rosmane Naves<br />

Consultor, especialista em sistemas ERP, com experiência<br />

em fornecimento de ERP em modalidades tradicional<br />

e SaaS.


ECOATIVIDADE<br />

UMA ANDORINHA SÓ<br />

NÃO FAZ VERÃO<br />

24 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

É<br />

desnecessário dizer que o pneu tornou-se objeto<br />

imprescindível, sem o qual não teríamos<br />

alcançado o nível de desenvolvimento que observamos.<br />

Igualmente importante é o fato de que<br />

não se pode simplesmente descartá-lo na natureza<br />

após usá-lo. O ônus ambiental é muito alto. Entretanto,<br />

o destino dos pneus inservíveis só foi contemplado<br />

63 anos após o início da produção deles no<br />

Brasil pela Resolução Conama 258/99.<br />

Nesse tempo, estima-se que o país tenha acumulado<br />

centenas de milhões de pneus descartados em<br />

rios, lagos, aterros, terrenos baldios e quintais. Neste<br />

contexto, o pneu, sem a destinação adequada, passou<br />

a ser um vilão, pois, além dos problemas ambientais<br />

causados, principalmente pela queima a céu<br />

aberto, tornou-se uma ameaça à saúde da população,<br />

sendo reservatório para os vetores de doenças<br />

tropicais, tais como dengue, malária e leptospirose.<br />

Também representa um gasto estatal muito grande<br />

com campanhas de conscientização, mão de obra,<br />

inseticidas etc.<br />

Embora a destinação final ambientalmente adequada<br />

tenha sido tema da Resolução Conama 258/99 e<br />

da 416/2009, o descarte inadequado do pneu inservível<br />

ainda é bastante considerável, não condizendo<br />

com a ideia de sustentabilidade. A Política Nacional<br />

de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada pela<br />

Lei 12.305/10 e Decreto 7.404/10, regulamenta as<br />

atuações das regulações quanto à prevenção e precaução<br />

do dano; poluidor-pagador; ecoeficiência,<br />

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida<br />

do produto etc. Na PNRS, no que tange ao pneu e às<br />

substâncias perigosas, o poder público se exime da<br />

responsabilidade de coletar e destinar tais resíduos,<br />

ficando os fabricantes, distribuidores, importadores<br />

e comerciantes responsáveis pela logística reversa<br />

destes produtos.<br />

No Brasil, a destinação adequada para os pneus inservíveis<br />

ainda é ineficiente, mas, em alguns estados,<br />

há o incentivo, por exemplo, do uso da borracha<br />

obtida da reciclagem do pneu para produção de<br />

asfalto. É o caso de Minas Gerais, que desde 2010<br />

já determina que em obras estaduais seja utilizada<br />

borracha de pneumáticos inservíveis, e também de<br />

São Paulo, que agora em janeiro teve o projeto de<br />

lei aprovado, assim como Minas.<br />

O uso de produtos derivados da reciclagem ainda<br />

encontra resistência devido ao alto custo da coleta<br />

e do transporte de pneus descartados. A falta<br />

de conhecimento dos consumidores sobre o destino<br />

que deve ser dado a eles é outra barreira a se<br />

transpor. Empreendedores da indústria asfáltica<br />

alegam que ainda não utilizam a borracha reciclada<br />

em todas as obras devido ao custo elevado<br />

do material.<br />

Os processos de reforma de pneus geram um ganho<br />

do ponto de vista ambiental, pois contribuem<br />

para a redução do destino inadequado e prolongam<br />

a vida útil do pneu. No entanto, segundo a Resolução<br />

Conama 416/09, a destinação ambientalmente<br />

adequada de pneus inservíveis e um procedimento<br />

técnico em que os pneus são descaracterizados de<br />

sua forma inicial e seus elementos constituintes são<br />

reaproveitados, reciclados ou processados. Daí a importância<br />

da reciclagem.


O material reciclado tem várias utilidades: cobrir<br />

áreas de lazer e quadras esportivas, fabricar tapetes<br />

para automóveis, passadeiras, solados de sapatos,<br />

adesivos, câmaras de ar, rodos, tiras para<br />

indústrias de estofados, buchas para eixos automotivos,<br />

entre outras.<br />

Por fim, é fundamental frisar que nenhum caminho<br />

a ser seguido no sentido de dar destinação<br />

adequada a qualquer tipo de resíduo, inclusive<br />

pneus, será efetivo se não contar com todas as<br />

esferas envolvidas. A sustentabilidade somente<br />

ocorrerá de fato num meio social de forma cooperativa<br />

e sistêmica.<br />

Valdirene Marques de Paiva<br />

Consultora ambiental da empresa Impacto Positivo<br />

Soluções Ambientais Ltda.<br />

E-mail: valmarques@impactopositivobh.com.br<br />

Site: www.impactopositivobh.com.br<br />

A UNIÃO FAZ A FORÇA<br />

O <strong>Sindipneus</strong> trabalha com promoção de estudos, prestação de<br />

serviços, coordenação e proteção do segmento de pneumáticos.<br />

Nosso intuito é auxiliar o crescimento de cada associado e,<br />

assim, contribuir com o desenvolvimento de todo o setor.<br />

Ajude o <strong>Sindipneus</strong> a trabalhar pela valorização e defesa<br />

dos interesses comuns do setor de pneus. Junte-se a nós.<br />

Associe-se você também e faça parte desse grupo.<br />

(31) 3213-2909<br />

www.sindipneus.com.br • sindipneus@sindipneus.com.br


VIVER BEM<br />

O QUE É RESILIÊNCIA?<br />

26 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Titio Aurélio me diz que resiliência é a propriedade<br />

pela qual a energia armazenada em um<br />

corpo deformado é devolvida quando cessa a<br />

tensão causadora de uma deformação elástica. Diz<br />

ainda que é a capacidade de resistência ao choque.<br />

Entendeu alguma coisa?<br />

Na prática, resiliência é a sua capacidade de absorver o<br />

impacto das pancadas que a vida lhe dá em forma de adversidades.<br />

Exemplo: se você for demitido e, em vez de<br />

ficar reclamando, não esmorecer, conseguir dar a volta<br />

por cima e partir para outra, seja qual for a circunstância,<br />

você colocou em prática a capacidade de resiliência.<br />

Obviamente, você não levanta todos os dias esperando<br />

ter um dia cheio de dificuldades ou de adversidades.<br />

Em geral, você só se dá conta dos problemas<br />

quando eles vêm ao seu encontro. Nesse<br />

momento, você precisa enfrentá-los ou, então, negar<br />

a sua existência.<br />

O papel que a adversidade exerce em nossa vida é<br />

revelado com mais frequência do que imaginamos,<br />

afinal, todos os dias levantamos com inúmeros problemas<br />

a serem resolvidos, isso quando não somos<br />

pegos de surpresa por algum deles sem ter a mínima<br />

ideia do que fazer.


Lembrando Jeffrey Gitomer, o problema não é o que<br />

lhe acontece, mas o que você faz com o que lhe acontece.<br />

As diversidades existem para isso, afinal, quando<br />

paramos de aprender, morremos emocionalmente,<br />

mentalmente e sofremos uma morte física prematura.<br />

Eu já perdi a conta de quantas vezes as editoras recusaram<br />

originais dos meus livros, de norte a sul do país.<br />

Tentei de tudo desde o primeiro, o inusitado “Oh,<br />

Mundo Cãoporativo”, publicado gentilmente pela<br />

Editora Qualitymark, a quem serei eternamente grato.<br />

Tenho comigo mais de cem correspondências negando<br />

a publicação dos meus livros.<br />

Apesar de tudo, eu sempre tive fé e aprendi, depois<br />

de ler centenas de livros e refletir, que o “não”<br />

consecutivo é uma belíssima porta de entrada para<br />

o “sim”, portanto, nada mais me assusta. Em breve,<br />

devo publicar os meus sétimo e oitavo livros.<br />

Dia desses, eu recebi um link por e-mail a respeito da<br />

história de Eloy D´Avila, fundador da Flytour, a maior<br />

operadora de pacotes turísticos do país. Se você acha<br />

que a vida não é justa e já apanhou demais, leia a<br />

história desse grande homem que tinha tudo para se<br />

jogar no precipício.<br />

Para fugir das agressões sofridas em casa, quando<br />

criança, Eloy D`Ávila dormia na rua e dependia da<br />

ajuda de desconhecidos para sobreviver. De uma situação<br />

de miséria, ele transformou-se em fundador de<br />

uma das maiores agências de turismo do Brasil, com<br />

faturamento superior a R$ 3 bilhões por ano. Um ótimo<br />

exemplo de alguém que soube colocar em prática<br />

sua capacidade de resiliência.<br />

Em seu magnífico best-seller “As Vantagens da Adversidade”,<br />

Paul Stoltz e Erich Wheihenmayer aconselham<br />

os leitores a enfrentar os fatos por meio daquilo<br />

que eles chamam de Inventário de Adversidades. O<br />

propósito desse exercício é identificar suas aspirações<br />

e localizar o seu “desafio máximo”, ou seja, aquilo<br />

que você nunca fez, mas sempre quis fazer.<br />

Quer aumentar a sua capacidade de resiliência?<br />

De início, segundo os autores, é necessário coragem<br />

para fazer um inventário das adversidades<br />

que você precisa enfrentar para então começar a<br />

escalada. Vejamos: Organize sua vida em categorias:<br />

faça uma lista de todas as categorias que são<br />

importantes na sua vida: família, trabalho, amigos,<br />

comunidade, saúde e passatempo, entre outras. É<br />

incrível a facilidade com que deixamos escapar da<br />

consciência, ainda que temporariamente, alguma<br />

coisa significativa.<br />

Declare suas aspirações: além dos objetivos mundanos,<br />

relacione duas ou três aspirações principais<br />

para cada categoria da sua vida. São coisas que<br />

você ainda não realizou, mas aspira alcançar em<br />

curto ou longo prazo.<br />

Determine a prioridade e suas dores: reflita com cuidado<br />

e depois liste duas ou três adversidades principais<br />

que estão causando a você a maior dor ou desconforto<br />

dentro de cada categoria.<br />

Escolha suas adversidades: examine cuidadosamente<br />

as adversidades que listou no terceiro passo e escolha<br />

aquela que, caso conseguisse dominar, liberaria a<br />

maior quantidade de energia na sua vida.<br />

Seu desafio máximo: desafio é uma situação que testa as<br />

habilidades de alguém de maneira estimulante, portanto,<br />

inclui uma certa dose de adversidade pelo caminho.<br />

Desafio máximo é a coisa mais empolgante que você<br />

sempre teve vontade de fazer, mas até agora não fez.<br />

Escolha sua adversidade máxima: a fim de enfrentar<br />

seu Desafio Máximo, você terá de enfrentar algumas<br />

adversidades. A próxima etapa é selecionar a principal<br />

adversidade (obstáculo, aspereza, dificuldade, conflito,<br />

revés) que (1) você certamente terá de enfrentar quando<br />

encarar seu Desafio Máximo; (2) se dominada, vai lhe<br />

oferecer o maior potencial de energia ou avanço.<br />

Limpe a trilha: qual é a sua justificativa? Para encará-la,<br />

você deve aprender a liberar o combustível<br />

armazenado na sua Adversidade Máxima. A fim de<br />

dominá-la da melhor maneira possível, você precisa<br />

purificar sua adversidade, conhecendo as justificativas<br />

e razões que impedem a ação – qualquer coisa<br />

que dilua sua potencial força.<br />

Eu não me canso de repetir que para tudo na vida<br />

existe sempre uma ou mais saídas. Portanto, é muito<br />

fácil praguejar, render-se aos problemas, abaixar a<br />

cabeça como se fosse o último coitadinho da face da<br />

Terra. Difícil é encarar as dificuldades de peito aberto<br />

e pensar numa solução digna.<br />

Quer aprender uma nova habilidade? Pague o preço,<br />

pratique, sofra, dê mais de si mesmo, sacrifique-se.<br />

Quer fortalecer um novo músculo? Você deve exercitá-lo<br />

até que as fibras se partam e, em menos de<br />

uma semana, você ficará mais forte. Sem dor, não há<br />

vitória, diz o ditado.<br />

Jerônimo Mendes<br />

Administrador, escritor e palestrante<br />

Site: www.jeronimomendes.com.br<br />

27 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


VALORES E VALORES<br />

“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos<br />

pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de<br />

nossos propósitos.”<br />

(Bezerra de Menezes)<br />

“Não importa o quão pequeno ou sem importância o que estamos<br />

fazendo possa parecer. Se o fizermos bem, isso pode em<br />

breve se transformar no passo que nos guiará para<br />

coisas melhores.”<br />

(Channing Pollock)<br />

“O homem nasceu para a ação, tal como o fogo tende para cima<br />

e a pedra para baixo.”<br />

(Voltaire)<br />

“Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma<br />

homens em covardes.”<br />

(Abraham Lincoln)<br />

“Mas, o planejamento só é ético quando visa um crescimento<br />

que possa se traduzir em melhor qualidade da vida coletiva, um<br />

cenário melhor para a vida de todos, e só é democrático quando<br />

procura incorporar todos os envolvidos no<br />

processo de planejar.”<br />

(João Caramez)<br />

“Basta que um homem odeie outro para que o ódio ganhe<br />

pouco a pouco a humanidade inteira.”<br />

(Jean-Paul Sartre)<br />

28 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

“Nunca estamos mais longe de nossos sonhos do que quando<br />

imaginamos possuir o que desejamos.”<br />

(Goethe)


GUIA DOS ASSOCIADOS<br />

LEGENDA REFORMADORA REVENDEDORA<br />

ALFENAS<br />

RECALFENAS<br />

JARDIM BOA ESPERANÇA - TEL.: (35) 3292-6400<br />

ANDRADAS<br />

RECAUCHUTAGEM ANDRADENSE<br />

CONTENDAS - TEL.: (35) 3731-1414<br />

ARAXÁ<br />

PNEUARA – PNEUS ARAXÁ LTDA.<br />

VILA SILVÉRIA - TEL.: (34) 3661-8571<br />

ARAGUARI<br />

FÁBIO PNEUS LTDA.<br />

DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (34) 2109-8000<br />

ARCOS<br />

RENOVADORA DE PNEUS NOVA ALIANÇA<br />

RODOVIA BR 354 - KM 476 - TEL.: (37) 3558 8000<br />

PNEUS NACIONAL LTDA.<br />

BARRO PRETO - TEL.: (31) 3274-4155<br />

FLORESTA - TEL.: 3273-5590<br />

FUNCIONÁRIOS - TEL.: 3281-2029<br />

PAMPULHA - TEL.: (31) 3427-4907<br />

PNEUSOLA<br />

ALÍPIO DE MELO - TEL.: (31) 3311-7736 / 3311-7742<br />

AV. AMAZONAS - TEL.: (31) 3311-7772 / 3311-7774<br />

AV. PEDRO II - TEL.: (31) 3311-7732 / 3311-7733<br />

BR 262 - TEL.: (31) 3311-7766 / 3311-7767<br />

CIDADE NOVA - TEL.: (31) 3311-7713 / 3311-7714<br />

FLORESTA - TEL.: (31) 3311-7730 / 3311-7731<br />

JARDINÓPOLIS - TEL.: (31) 3361-2522<br />

LOURDES - TEL.: (31) 3311-7770 / (31) 3311-7771<br />

LUXEMBURGO - TEL.: (31) 3311-7744 / (31) 3311-7745<br />

MINAS SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7760 / 3311-7761<br />

NOVA SUÍÇA - TEL.: (31) 3311-7740 / 3311-7741<br />

RAJA GABAGLIA - TEL.: (31) 3311-7750 / 3311-7751<br />

SÃO LUCAS - TEL.: (31) 3311-7783 / 3311-7784<br />

SAVASSI - TEL.: (31) 3311-7720 / 3311-7721<br />

VIA SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7780 / 3311-7781<br />

RECAPAGEM SANTA LUZIA LTDA<br />

VILA CALCITA - TEL.: (37) 3351-1025<br />

BARBACENA<br />

ASR RECAUCHUTADORA E COM. PNEUS<br />

CAIÇARAS - TEL.: (32) 3333-0227<br />

BQ PNEUS RECAUCHUTADORA E COMÉRCIO LTDA.<br />

PASSARINHO - TEL.: (32) 3332-2988<br />

RECAPE PNEUS LTDA.<br />

NOVA GRANADA - TEL.: (31) 3332-7778<br />

PEDRO II - TEL.: (31) 3471-5697<br />

ANEL RODOVIÁRIO - TEL.: (31) 3388-2744<br />

RODAR PNEUS LTDA.<br />

CALAFATE - TEL.: (31) 3334-4065<br />

BARBACENA CENTRO AUTOMOTIVO<br />

PONTILHÃO - TEL.: (32) 3333-5000<br />

BELO HORIZONTE<br />

TOC PNEUS<br />

BARREIRO DE BAIXO – TEL.: (31) 3384-2030<br />

CALAFATE – TEL.: (31) 3371-1848<br />

ESTORIL – TEL.: (31) 3373-8344<br />

GAMELEIRA – TEL.: (31) 3386-4878/3384-1053<br />

LOURDES – TEL.: (31) 3214-2413<br />

SÃO LUCAS – TEL.: (31) 3225-7575<br />

BETIM<br />

CURINGA DOS PNEUS<br />

PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5700<br />

AD PNEUS<br />

JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 2125-9100<br />

DUCAR PNEUS<br />

VENDA NOVA - TEL.: (31) 3646 5354<br />

JAC PNEUS LTDA.<br />

JARDIM MONTANHÊS - TEL.: (31) 3464-5553<br />

LUC PNEUS LTDA<br />

DOM BOSCO - TEL.: (31) 3417-6366<br />

MÁXIMA REFORMADORA DE PNEUS LTDA.<br />

DIST. IND. SIMÃO DA CUNHA - TEL.: (31) 3423-4910<br />

CURINGA DOS PNEUS<br />

JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3591-9899<br />

REDE RECAP RENOVADORA E COMÉRCIO DE PNEUS LTDA.<br />

JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3597-1335<br />

30 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

MINAS PNEUS LTDA.<br />

CAIÇARA - TEL.: (31) 2103-4488<br />

GUTIERREZ - TEL.: (31) 3292-2929<br />

PNEUBRASA LTDA.<br />

GRAÇA - TEL.: (31) 3423-4578<br />

PNEUPAM LTDA.<br />

PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5000<br />

TREVISO/RECAMIC<br />

BETIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 2126-9200<br />

TOC PNEUS<br />

CENTRO - TEL.: (31) 3531-2547<br />

CAMPO BELO<br />

RECABEL LTDA.<br />

ZONA RURAL - TEL.: (35) 3882.2770


CAPELINHA<br />

PNEUS CAP LTDA.<br />

PLANALTO - TEL.: (33) 3516-1512<br />

CARATINGA<br />

JR PNEUS<br />

AV. PRESIDENTE TANCREDO NEVES - TEL.: (33) 3321 3888<br />

CONSELHEIRO LAFAIETE<br />

CURINGA DOS PNEUS<br />

SANTA MATILDE - TEL.: (31) 3762-1715<br />

RG PNEUS<br />

MELO VIANA - TEL.: (31) 3841-1176<br />

TOLEDO PNEUS LTDA<br />

CINCÃO - TEL.: (31) 3351-5124<br />

CORONEL FABRICIANO<br />

AUTORECAPE LTDA.<br />

DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3842-3900<br />

RECAPAGEM RIO DOCE LTDA.<br />

CALADINHO - TEL.: (31) 3841-9050<br />

DIAMANTINA<br />

PNEUSHOPPING LTDA.<br />

CAZUZA - TEL.: (38) 3531-2407<br />

DIVINÓPOLIS<br />

PNEUMAC LTDA.<br />

ORION - TEL.: (37) 3229-1111<br />

CONTAGEM<br />

ARAÚJO PNEUS LTDA.<br />

JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3363-1840<br />

PNEUSOLA<br />

CENTRO - TEL.: (37) 3212-0777<br />

CARDIESEL– GRUPO VDL<br />

GUANABARA - TEL.: (31) 3232-4000<br />

GAMA PNEUS & CIA.<br />

CEASA MG KENNEDY - TEL.: (31) 3329-8000<br />

GUANABARA - TEL.: (31) 3329-3700<br />

LUMA PNEUS LTDA.<br />

JARDIM MARROCOS - TEL.: (31) 3352-2400<br />

RECAMAX MÁXIMA LTDA.<br />

RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3216-2000<br />

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.<br />

BALNEÁRIO RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3222-6565<br />

FORMIGA<br />

MINAS PNEUS LTDA.<br />

CEASA - TEL.: (31) 3394-2559<br />

NG PNEUS LTDA.<br />

GUANABARA - TEL.: (31) 3394-2176<br />

AD PNEUS<br />

MANGABEIRAS - TEL.: (37) 3322-1441<br />

LEÃO PNEUS<br />

PLANALTO - TEL.: (37) 3322 6350<br />

PNEUCON PNEUS CONTAGEM LTDA.<br />

COLONIAL - TEL.: (31) 3353-9924<br />

PNEUS AMAZONAS LTDA.<br />

VILA BARRAGINHA - TEL.: (31) 3361-7320<br />

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.<br />

VILA SOUZA E SILVA - TEL.: (37) 3322-1239<br />

PNEUSOLA<br />

CEASA - TEL.: (31) 3311-7788 / 3311-7789<br />

ELDORADO - TEL.: (31) 3311-7778 / 3311-7779<br />

JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3311-7722 / 3311-7723<br />

UNICAP<br />

MARINGÁ - TEL.: (37) 3321-1822<br />

RECAPAGEM SANTA HELENA<br />

BERNARDO MONTEIRO - TEL.: (31) 3394-8869<br />

GOVERNADOR VALADARES<br />

RECAPAGEM VALADARES LTDA.<br />

VILA ISA - TEL.: (33) 3278-2160<br />

RECAPE PNEUS LTDA.<br />

VILA PARIS - TEL.: (31) 3353-1765<br />

REGIGANT RECUPERADORA DE PNEUS GIGANTES LTDA.<br />

RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 2191-9999<br />

SOMAR RECICLAGEM DE PNEUS LTDA.<br />

RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 3396-1758<br />

TOC PNEUS<br />

CINCÃO - TEL.: (31) 3391-9001<br />

REFORMADORA BELO VALE<br />

IPÊ - TEL.: (33) 3278-1508<br />

VALADARES DIESEL LTDA. – GRUPO VDL<br />

JARDIM IPÊ - TEL.: (33) 2101-1500<br />

GUAXUPÉ<br />

RENOVADORA DE PNEUS DOIS IRMÃOS<br />

VILA SANTO ANTÔNIO - TEL.: (35) 3551-2205<br />

31 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


IGARAPÉ<br />

RECAPAGEM CAMPOS<br />

BAIRRO JK - TEL.: (31) 3534-1552<br />

IPATINGA<br />

RG PNEUS<br />

IGUAÇU - TEL.: (31) 3824-2244<br />

ITABIRA<br />

RG PNEUS<br />

CENTRO - TEL.: (31) 3831-5055<br />

ITABIRITO<br />

RECAPAGEM ITABIRITO LTDA.<br />

AGOSTINHO RODRIGUES - TEL.: (31) 3561-7272<br />

ITAMARANDIBA<br />

BODÃO PNEUS E REFORMAS LTDA.<br />

SÃO GERALDO - TEL.: (38) 3521-1185<br />

ITAÚNA<br />

PNEU PNEUMAX LTDA.<br />

VILA SANTA MÔNICA - TEL.: (37) 3073-1911<br />

LEOPOLDINA<br />

RECALEO RECAPADORA LEOPOLDINENSE<br />

RUA JOSÉ PERES - TEL.: (32) 3441 4007<br />

LUZ<br />

RECAPAGEM ALEX LTDA.<br />

NSA. SRA. APARECIDA - TEL.: (37) 3421-3042<br />

MARIANA<br />

COMERCIAL SÃO PAULO DE PNEUS LTDA.<br />

VILA DO CARMO - TEL.: (31) 3557-2108<br />

MATIAS BARBOSA<br />

PNEUSOLA RECAPAGEM LTDA.<br />

CENTRO EMPRESARIAL - TEL.: (32) 3273-8622<br />

ALBATROZ RECAUCHUTAGEM DE PNEUS<br />

INDUSTRIAL (ÁGUA E SOL) - TEL.: (32) 3273-1599<br />

RECAPAGEM BQ LTDA.<br />

EMPRESARIAL PARK SUL - TEL.: (32) 8415-7292<br />

MONTES CLAROS<br />

JOÃO MOLEVADE<br />

MJ PNEUS LTDA<br />

LOANDA - TEL.: (31) 3852-8787<br />

RG PNEUS<br />

CARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-2033<br />

RG PNEUS<br />

BELMONTE - TEL.: (31) 3852-6121<br />

TOC PNEUS MATRIZ<br />

CARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-4222<br />

JUIZ DE FORA<br />

PNEUSOLA<br />

CENTRO - TEL.: (38) 3221-6070<br />

ESPLANADA - TEL.: (38) 3215-7874 / 3215-7874<br />

RECAPAGEM SANTA HELENA<br />

CENTRO - TEL.: (38) 3213-9803<br />

CENTRO ATAC. REGINA PERES - TEL.: (38) 3213-2220<br />

JD. PALMEIRAS - TEL.: (38) 3213-1940<br />

RUA SETE - TEL.: (38) 3213-2220<br />

TREVISO/RECAMIC<br />

ANEL RODOVIÁRIO - TEL.: (38)3222-8800<br />

MURIAÉ<br />

CURINGA DOS PNEUS<br />

POÇO RICO - TEL.: (32) 3215-4547/3215-0029<br />

PNEUSOLA<br />

AV.BRASIL - TEL.: (32) 3216-3419 / 3231-6677<br />

AV. JUSCELINO KUBTSCHECK - TEL.: (32) 3225-5741<br />

INDEPENDÊNCIA SHOPPING - TEL.: (32) 3236-2777 / 3236-2094<br />

RECAUCHUTADORA JUIZ DE FORA LTDA.<br />

DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5000 / 5042<br />

RECABOM PNEUS<br />

MARIANO PROCÓPIO - TEL.: (32) 3212-2410<br />

RG PNEUS<br />

FRANCISCO BERNADINO - TEL.: (32) 3221-3372<br />

PAES PNEUS<br />

RUA PROJETADA - TEL.: (32) 3722 5509<br />

RECABOM PNEUS<br />

UNIVERSITÁRIO - TEL.: (32) 3722-4042<br />

RG PNEUS<br />

BARRA - TEL.: (32) 3722-3788<br />

NANUQUE<br />

CACIQUE PNEUS LTDA.<br />

CENTRO - TEL.: (33) 3621-4924<br />

NOVA LIMA<br />

ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO OFICIAL<br />

CENTRO - TEL.: (31) 3541-3364<br />

32 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

RT JUIZ DE FORA REFORMA DE PNEUS LTDA.<br />

DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5004<br />

TREVISO/RECAMIC<br />

DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32)3691-1313<br />

LAVRAS<br />

LAVRAS RECAP<br />

AEROPORTO - TEL.: (35) 3821-6308<br />

RENOVADORA DE PNEUS OK S/A.<br />

JARDIM CANADÁ - TEL.: (31) 3581-3294<br />

OURO PRETO<br />

COMERCIAL SÃO PAULO DE PNEUS LTDA<br />

LAGOA - TEL.: (31) 3551-2200<br />

PARÁ DE MINAS<br />

AUTO RECAPAGEM AVENIDA LTDA.<br />

CENTRO - TEL.: (37) 3231-5270


PATOS DE MINAS<br />

AUTOPATOS PNEUS E RECAPAGEM LTDA.<br />

IPANEMA - TEL.: (34) 3818-1500<br />

RECALTO PNEUS LTDA.<br />

PLANALTO - TEL.: (34) 3823-7979<br />

RECAPAGEM SANTA HELENA<br />

CRISTO REDENTOR - TEL.: (34) 3814-5599<br />

JD. PAULISTANO - TEL.: (34) 3823-1020<br />

PATROCÍNIO<br />

AUTOMOTIVA PNEUS LTDA.<br />

MORADA DO SOL - TEL.: (34) 3831-3366<br />

PITANGUI<br />

SUFER PNEUS E RECAPAGEM LTDA.<br />

CHAPADÃO - TEL.: (37) 3271-4444<br />

POÇOS DE CALDAS<br />

POÇOS CAP LTDA.<br />

CAMPO DO SÉRGIO - TEL.: (35) 3713-1237<br />

POUSO ALEGRE<br />

AD PNEUS<br />

JARDIM CAMPOS ELÍSEOS - TEL.: (35) 3713-9293<br />

TREVISO/RECAMIC<br />

DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (35) 3422-7020<br />

SANTA LUZIA<br />

DURON RENOVADORA E COM. DE PNEUS<br />

DIST. IND. SIMÃO DA CUNHA - TEL.: (31) 3637-8688<br />

SÃO DOMINGOS DO PRATA<br />

RECAPAGEM PNEUS PRATA LTDA.<br />

BOA VISTA - TEL.: (31) 3856-1724<br />

SÃO JOAQUIM DE BICAS<br />

RT BICAS REFORMA DE PNEUS LTDA.<br />

TEREZA CRISTINA - TEL.: (32) 3534-6065<br />

SÃO LOURENÇO<br />

BRISA PNEUS LTDA.<br />

CENTRO - TEL.: (35) 3332-8333<br />

SETE LAGOAS<br />

JR PNEUS<br />

AV. ALFREDO SÁ - TEL.: (33) 3522 5580<br />

TIMÓTEO<br />

JR PNEUS<br />

NÚCLEO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3848-8062<br />

RG PNEUS<br />

OLARIA II - TEL.: (31) 3831-5055<br />

TORQUE DIESEL LTDA.<br />

CACHOEIRA DO VALE - TEL.: (31) 3848-2000<br />

VADIESEL - VALE DO AÇO LTDA. – GRUPO VDL<br />

NÚCLEO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 2109-1000<br />

UBÁ<br />

PNEUSOLA<br />

LAURINHO DE CASTRO - TEL.: (32) 3531-3869<br />

FRANSSARO PNEUS<br />

SAN RAFAEL II - TEL.: (32) 3532-9894<br />

JACAR PNEUS LTDA.<br />

RODOVIA UBÁ/JUIZ DE FORA - TEL.: (32) 3539-2800<br />

UBERABA<br />

BANDA 1000 RESSOLAGEM DE PNEUS LTDA.<br />

JRD. MARACANA - TEL.: (34) 3316-1000<br />

RECAPAGEM SANTA HELENA<br />

JARDIM INDUBERAVA - TEL.: (34) 3336-6615<br />

SÃO BENEDITO - TEL.: (34) 3336-8822<br />

UBERLÂNDIA<br />

CONQUIXTA RECAPAGEM DE PNEUS LTDA.<br />

MINAS GERAIS - TEL.: (34) 3232-0505<br />

DPASCHOAL<br />

DISTRITO INDUSTRAL - TEL.: (34) 3213-1020<br />

RECAPAGEM SANTA HELENA<br />

CUSTÓDIO PEREIRA – TEL.: (34) 3230-2300<br />

AUTO SETE VEÍCULOS E PEÇAS LTDA. – GRUPO VDL<br />

PIEDADE - TEL.: (31) 2107-5000<br />

CURINGA DOS PNEUS<br />

CANAAN - TEL.: (31) 3773-1717<br />

RECAPAGEM CASTELO LTDA.<br />

UNIVERSITÁRIO - TEL.: (31) 3773-9099<br />

RECAPAGEM SANTA HELENA<br />

CANAAN - TEL.: (31) 3773-0639<br />

CENTRO - TEL.: (31) 3771-2491<br />

ELDORADO - TEL.: (31) 2106-6011<br />

HENRIQUE NERY - TEL.: (31) 2106-6000<br />

TEÓFILO OTONI<br />

TEÓFILO OTONI DIESEL – GRUPO VDL<br />

VILA RAMOS - TEL.: (33) 3529-2500<br />

UBERLÂNDIA CAMINHÕES E ÔNIBUS – GRUPO VDL<br />

MARTA HELENA - TEL.: (34) 2102-8500<br />

VARGINHA<br />

AD PNEUS<br />

PARQUE URUPÊS - TEL.: (35) 3222-1886<br />

TYRESUL RENOVADORA DE PNEUS LTDA.<br />

SANTA LUIZA - TEL.: (35) 3690-5511<br />

VIÇOSA<br />

MR PNEUS<br />

NOVO SILVESTRE - TEL.: (31) 3891 0937<br />

VISCONDE DO RIO BRANCO<br />

RECAUCHUTADORA RIO BRANQUENSE DE PNEUS<br />

BARRA DOS COUTOS - TEL.: (32) 3551-5017<br />

PRODUTOS PARA RECAUCHUTAGEM<br />

BELO HORIZONTE<br />

GEBOR COMERCIAL LTDA. – ACESSÓRIOS<br />

PRADO - TEL.: (31) 3291-6979<br />

VMC COMÉRCIO SERVIÇOS LTDA.<br />

CARLOS PRATES - TEL.: (31) 3464-8600<br />

33 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.

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