Revista Pneus e Cia nÂº26 - Sindipneus

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ECOATIVIDADE UMA ANDORINHA SÓ NÃO FAZ VERÃO 24 | Pneus & Cia. É desnecessário dizer que o pneu tornou-se objeto imprescindível, sem o qual não teríamos alcançado o nível de desenvolvimento que observamos. Igualmente importante é o fato de que não se pode simplesmente descartá-lo na natureza após usá-lo. O ônus ambiental é muito alto. Entretanto, o destino dos pneus inservíveis só foi contemplado 63 anos após o início da produção deles no Brasil pela Resolução Conama 258/99. Nesse tempo, estima-se que o país tenha acumulado centenas de milhões de pneus descartados em rios, lagos, aterros, terrenos baldios e quintais. Neste contexto, o pneu, sem a destinação adequada, passou a ser um vilão, pois, além dos problemas ambientais causados, principalmente pela queima a céu aberto, tornou-se uma ameaça à saúde da população, sendo reservatório para os vetores de doenças tropicais, tais como dengue, malária e leptospirose. Também representa um gasto estatal muito grande com campanhas de conscientização, mão de obra, inseticidas etc. Embora a destinação final ambientalmente adequada tenha sido tema da Resolução Conama 258/99 e da 416/2009, o descarte inadequado do pneu inservível ainda é bastante considerável, não condizendo com a ideia de sustentabilidade. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada pela Lei 12.305/10 e Decreto 7.404/10, regulamenta as atuações das regulações quanto à prevenção e precaução do dano; poluidor-pagador; ecoeficiência, responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto etc. Na PNRS, no que tange ao pneu e às substâncias perigosas, o poder público se exime da responsabilidade de coletar e destinar tais resíduos, ficando os fabricantes, distribuidores, importadores e comerciantes responsáveis pela logística reversa destes produtos. No Brasil, a destinação adequada para os pneus inservíveis ainda é ineficiente, mas, em alguns estados, há o incentivo, por exemplo, do uso da borracha obtida da reciclagem do pneu para produção de asfalto. É o caso de Minas Gerais, que desde 2010 já determina que em obras estaduais seja utilizada borracha de pneumáticos inservíveis, e também de São Paulo, que agora em janeiro teve o projeto de lei aprovado, assim como Minas. O uso de produtos derivados da reciclagem ainda encontra resistência devido ao alto custo da coleta e do transporte de pneus descartados. A falta de conhecimento dos consumidores sobre o destino que deve ser dado a eles é outra barreira a se transpor. Empreendedores da indústria asfáltica alegam que ainda não utilizam a borracha reciclada em todas as obras devido ao custo elevado do material. Os processos de reforma de pneus geram um ganho do ponto de vista ambiental, pois contribuem para a redução do destino inadequado e prolongam a vida útil do pneu. No entanto, segundo a Resolução Conama 416/09, a destinação ambientalmente adequada de pneus inservíveis e um procedimento técnico em que os pneus são descaracterizados de sua forma inicial e seus elementos constituintes são reaproveitados, reciclados ou processados. Daí a importância da reciclagem.
O material reciclado tem várias utilidades: cobrir áreas de lazer e quadras esportivas, fabricar tapetes para automóveis, passadeiras, solados de sapatos, adesivos, câmaras de ar, rodos, tiras para indústrias de estofados, buchas para eixos automotivos, entre outras. Por fim, é fundamental frisar que nenhum caminho a ser seguido no sentido de dar destinação adequada a qualquer tipo de resíduo, inclusive pneus, será efetivo se não contar com todas as esferas envolvidas. A sustentabilidade somente ocorrerá de fato num meio social de forma cooperativa e sistêmica. Valdirene Marques de Paiva Consultora ambiental da empresa Impacto Positivo Soluções Ambientais Ltda. E-mail: valmarques@impactopositivobh.com.br Site: www.impactopositivobh.com.br A UNIÃO FAZ A FORÇA O Sindipneus trabalha com promoção de estudos, prestação de serviços, coordenação e proteção do segmento de pneumáticos. Nosso intuito é auxiliar o crescimento de cada associado e, assim, contribuir com o desenvolvimento de todo o setor. Ajude o Sindipneus a trabalhar pela valorização e defesa dos interesses comuns do setor de pneus. Junte-se a nós. Associe-se você também e faça parte desse grupo. (31) 3213-2909 www.sindipneus.com.br • sindipneus@sindipneus.com.br
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