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Notas técnicas - Diário Catarinense

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Estado da Bahia. O cultivo do algodão herbáceo nos cerrados brasileiros passou a<br />

ser uma atividade de elevado nível tecnológico, explorado em grandes módulos de<br />

produção, tanto que em 2006 92,3% da produção foi colhida em estabelecimentos<br />

que possuíam mais de 1 000 ha. Com a ocupação dessa nova fronteira agrícola para<br />

o cultivo do algodão, houve uma grande recuperação da cotonicultura nacional,<br />

como pode ser observado no (Gráfico 15).<br />

Entre os produtos destacados na Tabela 13, o algodão herbáceo foi o produto que<br />

apresentou o maior aumento relativo de produção (188,6%). Os 13 290 estabelecimentos<br />

que cultivaram o algodão herbáceo produziram 2,4 milhões de toneladas,<br />

em 786 974 ha colhidos, atingindo 3,2 bilhões de reais. As sementes certificadas<br />

foram utilizadas em 25,8% dos estabelecimentos, que produziram 81,7% da produção<br />

nacional. A maioria dos estabelecimentos utilizaram agrotóxicos (61,5%), que<br />

foram distribuídos em 95,6% da área colhida.<br />

Este avanço tecnológico propiciou um acréscimo de 124,0% no rendimento médio<br />

das lavouras, e o Estado de Mato Grosso passou a ser o principal produtor nacional,<br />

com mais de 1,2 milhão de hectares, sendo responsável por mais da metade da<br />

produção nacional (52,4%). A fibra produzida no estado está entre uma das melhores<br />

do mundo. A Bahia, mais especificamente o oeste baiano, também se transformou<br />

em um dos importantes polos de produção de algodão herbáceo, tanto que em 2006<br />

apresentou um rendimento médio 17,8% superior ao de Mato Grosso. Neste ano, a<br />

produção baiana foi responsável por 27,2% da produção nacional.<br />

Milho<br />

O milho é uma cultura estratégica para a agropecuária brasileira. Pela sua versatilidade<br />

de uso, pelos desdobramentos de produção animal e pelo aspecto social,<br />

o milho é um dos mais importantes produtos do setor agrícola no Brasil.<br />

Até 1985, o milho apresentava manutenção da área cultivada e um tímido crescimento<br />

na produção. Com o desenvolvimento de novas variedades híbridas que<br />

respondem melhor à adubação e são mais resistentes a pragas e doenças, o rendimento<br />

médio que em 1985 foi de 1 476 quilogramas por hectare (kg/ha), em 2006<br />

atingiu 3 606 kg/ha, um crescimento de 144,3%. Este incremento de produtividade<br />

garantiu a expansão da produção com estabilização da área colhida de milho,<br />

nos últimos 35 anos (Gráfico 16).<br />

Outro aspecto relevante foi a introdução da segunda safra de milho, com o objetivo<br />

de se ter mais uma opção de cultivo para o período de inverno. Em alguns<br />

estados, ela é tão importante que se tornou a principal safra do estado. Dois fatores<br />

foram importantes para que isto acontecesse, o primeiro está relacionado às necessidades<br />

<strong>técnicas</strong> de rotação de cultura com a soja, com a vantagem de se reduzir<br />

o tempo entre safras de verão, produzindo cobertura morta para solo no sistema<br />

de plantio direto. Assim, o milho “safrinha”, na maioria das vezes, passou a ser<br />

146 Censo Agropecuário 2006 Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação

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