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Os caminhos da reforma - Jornal de Leiria

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O S E M A N Á R I O D A R E G I Ã O E D O D I S T R I T O<br />

Semanário Regional | Director Arnaldo Sapinho | Directores - Adjuntos Anabela Frazão e João Nazário<br />

Ano XVI | Edição 1125| 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | Preço 1 Euro IVA incluído | JORLIS-Edições e Publicações, L<strong>da</strong>.<br />

Rua Coman<strong>da</strong>nte João Belo, nº 31 Apt.1098 2401-801 <strong>Leiria</strong> | Tel 244800400 | Fax 244800401 | geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt | www.jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Câmara e proprietários próximos do entendimento<br />

Ferro-velho vai sair<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

A maior e mais antiga sucata <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, situa<strong>da</strong> na Rua Paulo VI, será <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong> para uma <strong>da</strong>s zonas industriais<br />

do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Fonte <strong>da</strong> Câmara Municipal confirma que as negociações com o proprietário<br />

<strong>de</strong>correm há vários meses e que já lhe foi apresentado um local <strong>de</strong>finitivo para a mu<strong>da</strong>nça, estando o executivo<br />

à espera <strong>de</strong> um acordo para avançar. PÁGINA 7<br />

<strong>Os</strong> <strong>caminhos</strong> <strong>da</strong> <strong>reforma</strong><br />

João Goulão, presi<strong>de</strong>nte do IDT<br />

Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

que procuram aju<strong>da</strong><br />

têm aumentado<br />

bastante<br />

PÁGINAS 14 E 15<br />

Ourém<br />

Água tem níveis<br />

<strong>de</strong> radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

acima do normal<br />

RICARDO GRAÇA<br />

PÁGINAS 4 E 5<br />

Promotores acusam autarquia <strong>de</strong> criar falsas expectativas<br />

Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> quer centro comercial<br />

entre mercado municipal e estádio<br />

PÁGINA 19<br />

PÁGINA 9<br />

Mozart<br />

O amado dos <strong>de</strong>uses<br />

Coelho e Castro em ruptura<br />

Vereador <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

do PS ameaça<br />

<strong>de</strong>mitir-se<br />

PÁGINA 13<br />

SUPLEMENTO VIVER


2 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

EDITORIAL<br />

| C a r t o o n |<br />

Reformados<br />

activos<br />

Devido à ameaça <strong>de</strong> falência<br />

<strong>da</strong> Segurança Social, a <strong>reforma</strong><br />

chega agora mais tar<strong>de</strong>.<br />

Muita gente se levantou indigna<strong>da</strong><br />

contra o prolongamento<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> activa, alguns com<br />

razão.<br />

A <strong>reforma</strong> tantas vezes <strong>de</strong>seja<strong>da</strong><br />

quando o cansaço ou os<br />

problemas aparecem no trabalho<br />

acaba por ser a causa<br />

<strong>de</strong> muitas <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s no<br />

Outono <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Aos primeiros<br />

meses <strong>de</strong> euforia em que<br />

se faz aquilo que durante anos<br />

se <strong>de</strong>sejou, como viajar, dormir<br />

até mais tar<strong>de</strong>, almoçar<br />

sem o tempo contado ou dormir<br />

uma sesta a meio <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>,<br />

seguem-se, para muitos,<br />

anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> vazia, sem <strong>de</strong>safios,<br />

sem emoções, sem responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Passa a ser<br />

uma vi<strong>da</strong> sem objectivos e sem<br />

alma. Sem baixos que valorizem<br />

os altos. Começa a <strong>da</strong>rse<br />

importância a coisas pequenas,<br />

a valorizar problemas<br />

mínimos, a ter tempo <strong>de</strong> mais<br />

e temas <strong>de</strong> menos para pensar.<br />

Muitas vezes surgem<br />

<strong>de</strong>pressões ou nota-se um aceleramento<br />

no envelhecimento.<br />

Está provado que a activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

intelectual e física são<br />

fun<strong>da</strong>mentais para a manutenção<br />

<strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> do corpo<br />

e <strong>da</strong> mente.<br />

Quem se <strong>de</strong>ixa cair neste tipo<br />

<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> torna-se muitas vezes<br />

num problema para as pessoas<br />

mais próximas e para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

em geral. As doenças aparecem<br />

mais facilmente aumentando<br />

a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> acompanhamento.<br />

Há, no entanto, quem encare<br />

essa fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma forma<br />

mais positiva, recusando-<br />

-se a <strong>de</strong>ixar simplesmente que<br />

os dias passem. Voluntariado<br />

em associações, retorno aos<br />

bancos <strong>da</strong>s escolas para apren<strong>de</strong>r<br />

o que não foi possível noutras<br />

fases <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, nova activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

profissional, ou mesmo<br />

o adiar <strong>da</strong> <strong>reforma</strong>, continuando<br />

a exercer a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sempre,<br />

são formas <strong>de</strong> continuar<br />

com uma vi<strong>da</strong> activa e preenchi<strong>da</strong>,<br />

por vezes mais saudável<br />

do que a que se tinha antes.<br />

Numa altura em que tanto se<br />

fala do peso <strong>da</strong>s <strong>reforma</strong>s para<br />

as contas do Estado e <strong>da</strong> diminuição<br />

<strong>de</strong> trabalhadores activos<br />

por <strong>reforma</strong>do, quem se<br />

encontra nessa situação po<strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>r um contributo importante<br />

para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, rejeitando<br />

o sofá ou os bancos dos<br />

jardins. O mais beneficiado<br />

será, no entanto, o próprio<br />

indivíduo, que <strong>de</strong>ssa forma<br />

<strong>da</strong>rá vi<strong>da</strong> aos anos, vivendo<br />

<strong>de</strong> forma mais entusiasmante<br />

o tempo que po<strong>de</strong>rá ain<strong>da</strong><br />

viver.■<br />

Tome-se uma folha avulsa. Não importa a origem ou quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do papel. Tão pouco o estado. Para o efeito a que se <strong>de</strong>stina,<br />

qualquer uma serve. Exige-se, apenas, que nela esteja transcrita<br />

uma história. De vi<strong>da</strong>. Ou <strong>de</strong> sobrevivência. Tanto faz.<br />

Indispensável, apenas, que tenha ain<strong>da</strong> um pouco <strong>de</strong> espaço<br />

em branco. Não muito. O bastante para escrever algumas apreciações<br />

mais. Talvez mesmo uns esquissos, um ou outro rabisco<br />

involuntário <strong>de</strong> mão <strong>de</strong>satenta.<br />

É fun<strong>da</strong>mental que se não perca a noção <strong>de</strong> que o todo é diferente<br />

<strong>da</strong> soma <strong>da</strong>s partes, pelo que os acréscimos distraídos <strong>de</strong><br />

última hora não <strong>de</strong>verão nunca ser tomados como levian<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

quem se serve <strong>da</strong> folha por uma última vez. Antes se <strong>de</strong>ve atentar<br />

pormenoriza<strong>da</strong>mente a eles, que o espaço em branco<br />

lhes estava reservado, que os <strong>de</strong>senhos e palavras a tinta<br />

apostos surgiram porque a folha ali estava disponível para<br />

a função, que irromperam porque o antes existia e o <strong>de</strong>pois<br />

é sua consequência in<strong>de</strong>lével.<br />

Assim se cumpre o <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong> uma folha <strong>de</strong> papel. De<br />

branco nasci<strong>da</strong> para que nela se escreva a memória <strong>da</strong>s<br />

coisas. E porque ca<strong>da</strong> folha é única cui<strong>da</strong>-se para que nela<br />

se reproduza apenas o essencial. O que mais tar<strong>de</strong><br />

terá mérito e cabimento para ser recor<strong>da</strong>do. E<br />

o escrito <strong>de</strong> outrora mais o anotado do presente<br />

| I m p r e s s õ e s |<br />

Amarrotado <strong>de</strong> papel<br />

João Lázaro*<br />

S U M Á R I O<br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

A construção <strong>de</strong> uma se<strong>de</strong>,<br />

com um espaço <strong>de</strong>stinado a<br />

Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres,<br />

é um dos projectos que a<br />

Associação Social, Recreativa<br />

e Cultural Cigana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

(Ciglei) preten<strong>de</strong> concretizar<br />

nos próximos anos. Tirar<br />

crianças ciganas <strong>da</strong>s feiras é<br />

um dos objectivos. página 7<br />

A mais antiga sucata <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, situa<strong>da</strong> na Rua Paulo<br />

VI, será <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong> para<br />

uma <strong>da</strong>s zonas industriais<br />

do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Fonte <strong>da</strong> Câmara Municipal<br />

confirma que as negociações<br />

com o proprietário<br />

<strong>de</strong>correm há vários meses e<br />

que já lhe foi apresentado<br />

um local <strong>de</strong>finitivo para a<br />

mu<strong>da</strong>nça, estando o<br />

executivo à espera <strong>de</strong> um<br />

acordo para avançar.<br />

página 7<br />

O serviço <strong>de</strong> Pediatria do<br />

Hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está<br />

dotado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> terça-feira, <strong>de</strong><br />

um sistema <strong>de</strong> protecção<br />

electrónico <strong>de</strong> crianças e<br />

posicionamento local,<br />

<strong>de</strong>nominado Baby Match, que<br />

aju<strong>da</strong>rá a prevenir eventuais<br />

raptos. página 11<br />

Política<br />

Américo Coelho <strong>de</strong>verá<br />

abandonar as funções <strong>de</strong><br />

vereador do PS <strong>da</strong> Câmara<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> por alega<strong>da</strong>mente<br />

ter entrado em rota <strong>de</strong><br />

colisão com o colega <strong>de</strong><br />

banca<strong>da</strong>, Raul Castro. "Já<br />

falei com o PS. A <strong>de</strong>silusão é<br />

total. Não resolveram na<strong>da</strong>,<br />

se fun<strong>de</strong>m em coisa única na expectativa <strong>de</strong> existir mais além.<br />

Que mesmo a mais humil<strong>de</strong> e banal folha <strong>de</strong> papel se po<strong>de</strong> transfigurar,<br />

pelo fim <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, em dobragem feita avião lançado ao<br />

acaso ou mesmo em barquito <strong>de</strong> navegar sarjetas.<br />

Por vezes a vi<strong>da</strong> (ou a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a termos vivido conforme<br />

o <strong>de</strong>sejado) leva-nos a crer na quimera <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rmos reescrever<br />

a nossa história, tantas vezes quantas as necessárias para<br />

que saia perfeita. Contudo, no esforço <strong>de</strong> a querermos redigir irrepreensivelmente<br />

acabamos, por vezes, por gastar o tempo todo <strong>da</strong><br />

própria vi<strong>da</strong> numa tarefa sem fim. E <strong>de</strong>ixamos a vi<strong>da</strong> passar por<br />

nós. E servimo-nos <strong>da</strong>s folhas uma após outra, como se, pelo que<br />

nelas escrevemos, fosse possível encontrar a razão que buscamos<br />

por <strong>de</strong>ntro.<br />

Há folhas que se abandonam por falta <strong>de</strong> préstimo.<br />

Outras porque sabemos <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais que por aí abun<strong>da</strong>m.<br />

Há folhas, também, que amarrotamos <strong>de</strong> modo precipitado.<br />

Sem o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> reparar que nelas escrevemos partes<br />

importantes <strong>de</strong> uma história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Sem aten<strong>de</strong>rmos<br />

ao valor <strong>da</strong> própria folha. Amarrotado <strong>de</strong> papel que lançamos<br />

ao lixo. Irreparável. Que uma folha amarrota<strong>da</strong><br />

mantém gravado o que nela foi escrito, mas jamais<br />

voltará a ter o toque macio <strong>de</strong> uma superfície. ■<br />

* Psicólogo Clínico<br />

chutaram para canto",<br />

confessa o eleito socialista<br />

ao JORNAL DE LEIRIA.<br />

página 13<br />

Economia<br />

Eram 27 operários, mas só<br />

15 aguentaram até ao<br />

último dia <strong>da</strong> fábrica<br />

Porcelania, em Évora <strong>de</strong><br />

Alcobaça. A uni<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

Grupo Fapor fechou as<br />

portas na terça-feira. Nos<br />

olhos <strong>de</strong> Elvira Mendonça<br />

Santos adivinhava-se a<br />

tristeza <strong>de</strong> abandonar a<br />

fábrica 11 anos <strong>de</strong>pois do<br />

primeiro dia <strong>de</strong> trabalho.<br />

página 20<br />

Desporto<br />

O <strong>de</strong>fesa central Hugo Costa<br />

e o extremo esquerdo<br />

Hadson foram os últimos<br />

reforços do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

para esta tempora<strong>da</strong>. O<br />

médio-<strong>de</strong>fensivo Néné foi<br />

emprestado ao Desportivo<br />

<strong>da</strong>s Aves até ao final <strong>da</strong><br />

época. página 24<br />

Viver<br />

Wagner disse: "O maior dos<br />

génios [Deus] louvou Mozart<br />

acima <strong>de</strong> todos os maestros, <strong>de</strong><br />

todos os tempos e <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as<br />

artes". Charles Gounod<br />

confessou: "Perante Mozart,<br />

to<strong>da</strong> a minha ambição se<br />

transforma em pesa<strong>de</strong>lo".<br />

Arthur Miller consi<strong>de</strong>rava-o: "A<br />

felici<strong>da</strong><strong>de</strong> antes <strong>de</strong> ter sido<br />

conheci<strong>da</strong>" e Einstein referiu-se<br />

a ele como "O maior <strong>de</strong> todos os<br />

compositores". Wolfgang<br />

Ama<strong>de</strong>us Mozart nasceu há<br />

250 anos... páginas 2 e 3


Forum<br />

j o r n a l d e l e i r i a<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 3<br />

Facto <strong>da</strong> semana<br />

Câmara lança concurso internacional<br />

para shopping em <strong>Leiria</strong><br />

A Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> lançou, contra to<strong>da</strong>s<br />

as expectativas, um concurso internacional para a<br />

construção do centro comercial regional na zona<br />

entre o mercado municipal e o estádio. Esta <strong>de</strong>cisão,<br />

<strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> por Herculano Cachinho no "Estudo <strong>de</strong><br />

avaliação dos Impactos dos centros comerciais na<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>", na qual o Liz Shopping era indicado<br />

como a melhor <strong>da</strong>s três soluções, é justifica<strong>da</strong><br />

com a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> instalar o empreendimento<br />

num local que não penalize o comércio do centro.<br />

Como comenta a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> autarquia?<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Depoimentos<br />

Pedro Faria<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

Nerlei<br />

Aquilo que interessa em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do distrito<br />

é que haja um centro comercial <strong>de</strong> dimensão razoável em <strong>Leiria</strong><br />

como indicam os estudos feitos. Ficar mais à esquer<strong>da</strong> ou mais<br />

à direita não é importante do ponto <strong>de</strong> vista do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

económico <strong>da</strong> região. Já o mesmo não se po<strong>de</strong> dizer em relação<br />

às consequências <strong>da</strong> sua localização, que po<strong>de</strong>m ser funestas<br />

para os comerciantes do centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> zona histórica. Sendo<br />

assim, a Câmara tomou uma boa <strong>de</strong>cisão, porque quanto mais<br />

estiver no centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> menos prejudica o comércio e até po<strong>de</strong><br />

haver sinergias entre uma coisa e outra. A escolha <strong>da</strong>quele local<br />

tem todo o nosso apoio.<br />

António<br />

Soares<br />

empresário<br />

Segundo Herculano Cachinho, o local i<strong>de</strong>al seria o Jardim Luís <strong>de</strong><br />

Camões. Nós <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos a Rodoviária <strong>de</strong>vido à sua centrali<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois<br />

criaria alguma sinergia à volta do próprio centro. Também não sabemos<br />

se o centro comercial será <strong>de</strong> média dimensão ou se será um megacentro,<br />

tipo Alma<strong>da</strong> ou Coimbra. Se for <strong>de</strong> média dimensão, tipo Aveiro<br />

ou Viseu, po<strong>de</strong>rá ser um bom complemento ao comércio tradicional.<br />

Mas se a dimensão for excessiva funcionará como aspirador ao próprio<br />

centro, o que é negativo, mesmo naquele local. Defen<strong>de</strong>mos um<br />

projecto <strong>de</strong> média dimensão e equilibrado, se possível na Rodoviária,<br />

ao nível <strong>de</strong> um "Dolce Vita" <strong>de</strong> Coimbra ou <strong>da</strong>s Antas. Vejo com bons<br />

olhos essa aproximação ao centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou então o mais longe<br />

possível.<br />

Concordo perfeitamente. Quanto mais perto estiver do centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

mais vai reforçar a centrali<strong>da</strong><strong>de</strong> que a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> tem. As lojas continuarão<br />

a competir umas com as outras, vai haver nova concorrência<br />

e mais clientela aumentando as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio, criando-se<br />

sinergias com esta complementari<strong>da</strong><strong>de</strong>. Quanto ao local não estou a<br />

ver mais nenhum com aquela dimensão. Vamos ter uma infra-estrutura<br />

transforma<strong>da</strong>, a médio prazo, num ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro centro comercial<br />

regional. Já temos um na periferia. Porquê localizar dois na periferia?<br />

Quem quer ganhar o projecto, naturalmente vai ter em consi<strong>de</strong>ração<br />

algumas características arquitectónicas do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> paisagística. Não tenho dúvi<strong>da</strong>s que vai ser do agrado <strong>da</strong><br />

maioria dos consumidores <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e <strong>da</strong> região<br />

Pontos <strong>de</strong> vista<br />

Estou satisfeito<br />

porque a<br />

Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

pôs <strong>de</strong> parte<br />

os projectos<br />

inicialmente<br />

previstos.<br />

Quanto ao local<br />

projectado, não concordo,<br />

embora as contraparti<strong>da</strong>s sejam<br />

boas. Há constrangimentos ao<br />

nível do trânsito, não vai beneficiar<br />

o comércio <strong>da</strong> parte velha<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, antes pelo contrário.<br />

Defendo o <strong>de</strong>senvolvimento harmónico<br />

do comércio <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e que as periferias se possam<br />

<strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong> forma equilibra<strong>da</strong>.<br />

Na minha opinião seria<br />

mais no centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, se possível<br />

junto <strong>da</strong> Rodoviária. E <strong>da</strong>qui<br />

a mais uns tempos, após a reabilitação<br />

<strong>da</strong> parte velha <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

então po<strong>de</strong>r-se-ia pensar num<br />

gran<strong>de</strong> centro comercial na periferia,<br />

e forma a criar-se outra<br />

centrali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

António Fernan<strong>de</strong>s<br />

comerciante em <strong>Leiria</strong><br />

A i<strong>de</strong>ia do<br />

centro comercial<br />

é positiva.<br />

A centrali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

é uma questão<br />

menos prejudicial<br />

para o centro<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

A nova proposta, entre o estádio<br />

municipal e o rio, faz cair <strong>de</strong><br />

vez a questão do estádio. Continuamos,<br />

contudo, à espera <strong>de</strong><br />

ver ali uma zona <strong>de</strong>sportiva. As<br />

questões fulcrais, agora, serão<br />

as acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e as contraparti<strong>da</strong>s<br />

para a zona urbaniza<strong>da</strong><br />

envolvente e para o centro<br />

histórico.<br />

Acácio <strong>de</strong> Sousa<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Adlei<br />

Herculano<br />

Cachinho<br />

Coor<strong>de</strong>nador<br />

do estudo sobre o<br />

impacte dos<br />

centros<br />

comerciais em<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Essa <strong>de</strong>liberação<br />

correspon<strong>de</strong><br />

a alguns<br />

enunciados <strong>de</strong><br />

Herculano<br />

Cachinho no<br />

seu estudo. Ao<br />

tomar esta<br />

posição, a autarquia está a acautelar<br />

uma visão estratégica para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

José Vitorino Guerra<br />

Associação <strong>de</strong> Defesa<br />

do Centro Histórico, <strong>Leiria</strong><br />

Quanto mais perto ficar do centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> melhor é. A nossa<br />

opinião foi sempre ou bem <strong>de</strong>ntro ou bem fora. O meio termo<br />

seria mais complexo. Mas quem somos nós para <strong>da</strong>r opiniões? <strong>Os</strong><br />

políticos é que sabem. Esta solução pareceu-me o mal menor.<br />

Lamento que nunca tivéssemos sido chamados a <strong>da</strong>r sugestões<br />

sobre a localização do centro comercial e que as <strong>de</strong>cisões tivessem<br />

<strong>de</strong>morado tanto tempo a serem toma<strong>da</strong>s.<br />

Não concordo.<br />

Nesse local<br />

não há espaço<br />

para instalar um<br />

centro comercial.<br />

Depois <strong>de</strong><br />

se ter feito tantas<br />

asneiras no<br />

estádio não tem que se compensar<br />

uma coisa com a outra. Penso<br />

que a parte Norte <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, à<br />

beira <strong>da</strong> EN1, seria a melhor localização<br />

para um centro comercial,<br />

já que o promotor do projecto, o<br />

senhor Artur Meneses, apresentava<br />

contraparti<strong>da</strong>s para o centro<br />

histórico <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isso seria benéfico.<br />

Agora, entre o estádio e o<br />

mercado, nunca. Não tem sentido.<br />

É uma coisa <strong>de</strong>scabi<strong>da</strong>.<br />

António Rodrigues<br />

comerciante em <strong>Leiria</strong><br />

Carlos Caiado<br />

presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Acilis<br />

Todo e qualquer<br />

investimento<br />

feito em<br />

<strong>Leiria</strong> é benéfico<br />

para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Po<strong>de</strong>rá trazer<br />

emprego e<br />

mais <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Sou a favor. Até porque<br />

to<strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> média dimensão<br />

têm uma infra-estrutura do género,<br />

menos nós. No entanto, a construção<br />

do centro comercial não<br />

po<strong>de</strong> colocar em causa o funcionamento<br />

<strong>da</strong> zona histórica e as<br />

respectivas envolventes. Aproveitar<br />

a zona entre o estádio e o mercado<br />

po<strong>de</strong> ser uma solução interessante.<br />

Porque se for bem feito,<br />

até po<strong>de</strong>rá constituir uma ponte<br />

para o centro histórico. Tem é que<br />

ser bem feito e perto do centro <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Verónica Romão<br />

comerciante em <strong>Leiria</strong>


4 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006<br />

■ Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>■<br />

A VIDA DEPOIS DA REFORMA<br />

Encara<strong>da</strong> por uns como um período <strong>de</strong> angústia, a <strong>reforma</strong> po<strong>de</strong> também ser a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para<br />

a concretização <strong>de</strong> projectos que foram sendo adiados <strong>de</strong>vido ao emprego. Há quem se <strong>de</strong>dique a<br />

estu<strong>da</strong>r, outros a projectos <strong>de</strong> voluntariado ou a activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer. Existe também quem se<br />

recuse a parar e continue a exercer a profissão. É o caso <strong>de</strong> Correia Alexandre que, aos 85 anos,<br />

ain<strong>da</strong> dá consultas no centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Caranguejeira.<br />

Nem sempre a <strong>reforma</strong> é sinónimo<br />

<strong>de</strong> libertação em relação<br />

aos horários, compromissos e<br />

objectivos. Especialmente para<br />

as pessoas mais activas, <strong>de</strong>ixar<br />

<strong>de</strong> ter uma ocupação profissional<br />

po<strong>de</strong> traduzir-se em estados<br />

<strong>de</strong> irritação, angústia ou até<br />

<strong>de</strong>pressão.<br />

António Cabeço, psiquiatra,<br />

explica que habitualmente as pessoas<br />

quando se <strong>reforma</strong>m passam<br />

por uma fase em que se sentem<br />

satisfeitas por não terem<br />

horários e obrigações profissionais.<br />

Contudo, a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />

encontrar hobbies po<strong>de</strong> torná-las<br />

ansiosas, irritáveis ou gerar instabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

na família e entre os<br />

amigos. A reacção à falta <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong> conduzir mesmo ao<br />

isolamento e à <strong>de</strong>pressão.<br />

O psiquiatra esclarece, contudo,<br />

que apenas uma minoria <strong>da</strong>s<br />

pessoas que o procura encara a<br />

<strong>reforma</strong> com um sentimento <strong>de</strong><br />

inutili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou como se estivesse<br />

próximo do fim. Além <strong>de</strong> recomen<strong>da</strong>r<br />

que se mantenham activas,<br />

diz que há situações em que<br />

se torna inevitável recorrer a<br />

alguma medicação.<br />

“Em alguns casos, <strong>de</strong>mora o<br />

seu tempo. Tem que haver alguma<br />

paciência dos familiares e<br />

amigos , que muitas vezes querem<br />

soluções rápi<strong>da</strong>s. Muitas<br />

<strong>de</strong>ssas pessoas sofrem as consequências<br />

<strong>da</strong>s situações <strong>de</strong> stress,<br />

excesso <strong>de</strong> trabalho e preocupações<br />

que <strong>de</strong>ixam marcas a<br />

nível cerebral”, afirma António<br />

Cabeço.<br />

Segundo o psiquiatra, há ain<strong>da</strong><br />

um segundo grupo <strong>de</strong> pessoas<br />

que é obrigado a <strong>reforma</strong>r-se por<br />

invali<strong>de</strong>z, o que facilita o processo<br />

<strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação ao período<br />

<strong>de</strong> <strong>reforma</strong>, pois têm consciência<br />

que não conseguem recuperar<br />

as suas funções profissionais.<br />

Quer num caso quer noutro, António<br />

Cabeço <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o ditado<br />

“parar é morrer” é uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

VOLTAR À ESCOLA<br />

Apesar <strong>de</strong> ser ter <strong>reforma</strong>do<br />

há quase <strong>de</strong>z anos, O<strong>de</strong>te Faria,<br />

72 anos, continua a levantarse<br />

todos os dias às sete horas<br />

para “organizar” a sua vi<strong>da</strong>,<br />

antes <strong>de</strong> ir para as aulas na Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>da</strong> Cultura. Para chegar<br />

a horas, sai <strong>de</strong> casa meia hora<br />

antes, já que se <strong>de</strong>sloca sempre<br />

a pé.<br />

Mas antes disso, O<strong>de</strong>te Faria<br />

tem pela frente uma manhã <strong>de</strong><br />

RICARDO GRAÇA<br />

Voluntariado e lazer são algumas <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s procura<strong>da</strong>s pelos <strong>reforma</strong>dos<br />

trabalho, pois faz questão <strong>de</strong> não<br />

<strong>de</strong>ixar na<strong>da</strong> para trás, para fazer<br />

uma <strong>da</strong>s coisas que lhe dá mais<br />

prazer. Depois <strong>da</strong>s orações, toma<br />

o pequeno almoço com o marido,<br />

arruma o quarto e sai para<br />

tomar café. Quando regressa a<br />

casa, almoça, arruma a cozinha<br />

e inicia a sua caminha<strong>da</strong> até ao<br />

Lar Nossa Senhora <strong>da</strong> Encarnação,<br />

on<strong>de</strong> funciona a Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>da</strong> Cultura.<br />

Cabeleireira durante mais <strong>de</strong><br />

30 anos, O<strong>de</strong>te Faria não teve<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> prosseguir estudos<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> concluir a antiga<br />

quarta classe. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> alargar<br />

os seus conhecimentos <strong>de</strong>ixou-a<br />

entusiasma<strong>da</strong>. Mas confessa<br />

que antes <strong>de</strong> se inscrever,<br />

pon<strong>de</strong>rou bastante. “Tinha vergonha<br />

<strong>de</strong> não ter cultura, por<br />

não ter estudos. Foi um acto <strong>de</strong><br />

coragem.” Hoje, não dispensa a<br />

Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Cultura, on<strong>de</strong> se<br />

revela uma aluna interessa<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

“Além <strong>da</strong> minha família e<br />

dos meus amigos, é do que mais<br />

gosto.”<br />

O<strong>de</strong>te Faria encara a <strong>reforma</strong><br />

como uma “libertação” <strong>de</strong><br />

uma vi<strong>da</strong> muito cansativa. “Senti-me<br />

alivia<strong>da</strong>”, confessa. Mas<br />

o seu ritmo nem por isso abrandou.<br />

Faz caminha<strong>da</strong>s diárias e<br />

vai à ginástica duas vezes por<br />

semana. Apesar <strong>de</strong> frequentar<br />

as aulas, gosta <strong>de</strong> estar bem<br />

informa<strong>da</strong>. Porém, só liga a televisão<br />

<strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s 21:30 horas,<br />

porque diz que os noticiários a<br />

enfastiam. Esse período é aproveitado<br />

para ler. “Não sou pessoa<br />

<strong>de</strong> estar quieta.”<br />

O DRAMA DA<br />

INACTIVIDADE<br />

Antiga chefe <strong>da</strong> divisão financeira<br />

<strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Maria<br />

Simões, 77 anos, viveu o seu primeiro<br />

ano <strong>de</strong> <strong>reforma</strong> com muita<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>. A passagem à inactivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

coincidiu também com<br />

o ingresso na universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

neto mais velho, presença diária<br />

em casa e com quem mantinha<br />

um relacionamento bastante próximo.<br />

“<strong>Os</strong> primeiros meses foram<br />

dramáticos”, recor<strong>da</strong>.<br />

Depois <strong>da</strong> fase inicial em que<br />

se fechou em casa, Maria não<br />

baixou os braços e envolveu-se<br />

em várias projectos. De tal forma<br />

que hoje se queixa <strong>de</strong> falta<br />

<strong>de</strong> tempo. Frequenta a Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>de</strong> Cultura, ouve música, lê “mais<br />

do que a visão permite” e é tesoureira<br />

do Centro <strong>de</strong> convívio <strong>da</strong><br />

terceira i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> freguesia. Um<br />

espaço on<strong>de</strong> diariamente se reúnem<br />

cerca <strong>de</strong> 30 <strong>reforma</strong>dos.<br />

Jogam às cartas, <strong>da</strong>nçam, fazem<br />

croché, conversam e combatem<br />

a solidão.<br />

Conceição Lopes, <strong>de</strong> 72 anos,<br />

é uma <strong>da</strong>s utentes do centro.<br />

Depois <strong>de</strong> déca<strong>da</strong>s a trabalhar<br />

como costureira, an<strong>da</strong>ndo <strong>de</strong> casa<br />

em casa, reformou-se aos 64 anos.<br />

Mas fez questão <strong>de</strong> não parar.<br />

Ain<strong>da</strong> hoje faz a sua roupa, com<br />

excepção dos casacos, passa horas<br />

<strong>de</strong> volta do croché e executa to<strong>da</strong>s<br />

tarefas domésticas na habitação.<br />

Apesar <strong>de</strong> estar habitua<strong>da</strong> a<br />

viver sozinha, a antiga costureira<br />

sentiu a falta do convívio que<br />

lhe era proporcionado pela profissão.<br />

E foi em busca <strong>de</strong> companhia<br />

que ingressou no centro.<br />

“Aqui sempre tenho com quem<br />

conversar, enquanto faço a minha<br />

ren<strong>da</strong>”, explica Conceição Lopes,<br />

que não entra nos bailes diários,<br />

organizados pelos utentes <strong>da</strong> instituição.<br />

“Todos os dias há <strong>da</strong>nça.<br />

Em tempos, <strong>de</strong>vido ao excesso<br />

<strong>de</strong> barulho, os bailaricos<br />

estiveram proibidos e quase que<br />

houve uma ‘revolução’. <strong>Os</strong> utentes<br />

fizeram um abaixo-assinado<br />

<strong>de</strong> protesto e a música voltou,<br />

mas em tom mais mo<strong>de</strong>rado”,<br />

conta Maria Simões.<br />

DAR CONSULTAS<br />

AOS 85 ANOS<br />

Até há poucos meses, António<br />

Correia Alexandre, 85 anos,<br />

era dos primeiros a chegar ao<br />

centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Caranguejeira.<br />

Por volta <strong>da</strong>s seis <strong>da</strong> madruga<strong>da</strong>,<br />

o médico abria a porta aos<br />

pacientes mais madrugadores.


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 5<br />

Uma crise cardíaca, que o <strong>de</strong>ixou<br />

“às portas <strong>da</strong> morte”, obrigou-o<br />

a abran<strong>da</strong>r o ritmo. Hoje,<br />

levanta-se às sete e inicia as consultas<br />

às 9 horas. Aten<strong>de</strong> em<br />

média 15 utentes e às 14 horas<br />

já está a entrar no carro que o<br />

levará a percorrer várias empresas<br />

on<strong>de</strong> presta serviços <strong>de</strong> medicina<br />

e higiene no trabalho.<br />

“Antes <strong>da</strong> doença era eu que<br />

conduzia, mas agora disponibilizaram-me<br />

um motorista”, conta<br />

o clínico, que por volta <strong>da</strong>s 17<br />

horas, se senta à mesa do seu<br />

consultório para elaborar os relatórios<br />

referentes à medicina nas<br />

empresas. “A i<strong>da</strong><strong>de</strong> afastou os<br />

pacientes privados”, reconhece,<br />

assegurando, no entanto, que se<br />

sente na “plena posse” <strong>da</strong>s suas<br />

facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para exercer a activi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Caso contrário, diz, já se<br />

teria afastado, embora tema o<br />

dia em que isso aconteça. “Vai<br />

ser muito complicado encarar o<br />

dia em que tiver <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r à<br />

perguntar: o que vou fazer agora?”,<br />

admite, afirmando que o<br />

trabalho lhe tem <strong>da</strong>do saú<strong>de</strong>.<br />

FUGIR AOS BANCOS<br />

DE JARDIM<br />

Foi “sem dramas” que A<strong>de</strong>lino<br />

Simões <strong>de</strong>ixou, há quatro anos,<br />

a gerência <strong>de</strong> um balcão bancário,<br />

para se <strong>reforma</strong>r. Tinha 63<br />

anos e trabalhava em média 12<br />

horas por dia. Para evitar o “choque”,<br />

planeou ao pormenor o seu<br />

afastamento. Marcou uma viagem<br />

e visitas a amigos e familiares.<br />

De regresso a casa, passou a<br />

<strong>de</strong>dicar-se à bricolage, aprofundou<br />

os conhecimentos informáticas<br />

e tornou-se um utilizador<br />

regular <strong>de</strong> Internet. Descobriu<br />

ain<strong>da</strong> o prazer <strong>da</strong> escrita, iniciando<br />

a re<strong>da</strong>cção <strong>da</strong> biografia<br />

do seu pai, uma missão que lhe<br />

tem ocupado muitas horas, com<br />

a recolha <strong>de</strong> informação. “Passo<br />

horas a ouvi-lo”, conta ex-bancário,<br />

que, em 2003, esteve na<br />

fun<strong>da</strong>ção do Banco Alimentar <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>-Fátima, instituição a que<br />

actualmente presi<strong>de</strong>.<br />

“A vi<strong>da</strong> tem-me corrido relativamente<br />

bem e sinto-me realizado<br />

por <strong>da</strong>r algo <strong>de</strong> mim a<br />

outros menos bafejados pela sorte”,<br />

explica A<strong>de</strong>lino Simões, que,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>reforma</strong>do, impôs a si<br />

próprio levantar-se <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s<br />

8:30 <strong>da</strong> manhã, hora a que normalmente<br />

entrava ao serviço no<br />

banco, para se convencer que<br />

“na<strong>da</strong> tinha a ver com a activi<strong>da</strong><strong>de</strong>”.<br />

Tem um lista <strong>de</strong> tarefas<br />

para <strong>de</strong>sempenhar ao longo do<br />

dia, estabelecendo priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong> forma a não se sentir obrigado<br />

a cumpri-las na íntegra, e não<br />

dispensa as caminha<strong>da</strong>s diárias<br />

com a mulher.<br />

A <strong>reforma</strong> tem servido também<br />

para A<strong>de</strong>lino Simões pôr fim<br />

a “alguns <strong>de</strong>scuidos” com a saú<strong>de</strong>,<br />

resolvendo situações que foi<br />

adiando, por alega<strong>da</strong> falta <strong>de</strong><br />

tempo. “Procuro ocupar-me o<br />

máximo possível, com coisas que<br />

me dão prazer, e fujo dos bancos<br />

<strong>de</strong> jardim”, remata. ■<br />

Alexandra Barata<br />

Maria Anabela Silva<br />

Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Cultura<br />

Reformados ensinam <strong>reforma</strong>dos<br />

Concor<strong>da</strong> com o alargamento<br />

<strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>reforma</strong> para os 65<br />

anos?<br />

Em certa medi<strong>da</strong>, sim. Felizmente,<br />

o aumento <strong>da</strong> esperança<br />

média <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> é uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. As<br />

mesmas condições (avanço <strong>da</strong> medicina<br />

e saú<strong>de</strong>, «o habitat» natural,<br />

ambiente, etc.) que criaram esse<br />

aumento proporcionaram condições<br />

para que a gran<strong>de</strong> maioria <strong>da</strong>s<br />

pessoas, com essa i<strong>da</strong><strong>de</strong>, esteja<br />

capaz <strong>de</strong> continuar a vi<strong>da</strong> activa.<br />

Numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> prepara<strong>da</strong> para o<br />

lazer e o gozo salutar do ócio, po<strong>de</strong>rse-ia<br />

dizer que, então, era chegado<br />

o momento <strong>de</strong> gozar a vi<strong>da</strong> sem<br />

as obrigações <strong>de</strong> trabalho. Porém,<br />

no nosso país, ou até em países<br />

como o nosso, sem riqueza para<br />

esse luxo, com um sistema <strong>de</strong> segurança<br />

social ameaçado financeiramente,<br />

e com uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> não<br />

organiza<strong>da</strong> para essas vivências, a<br />

súbita paragem <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> até<br />

po<strong>de</strong> ser contraproducente e contribuir<br />

para a precipita<strong>da</strong> «invali<strong>de</strong>z»<br />

social, moral e humana <strong>da</strong>s<br />

pessoas. O aumento <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

RICARDO GRAÇA<br />

Cria<strong>da</strong> em 1999, a Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Cultura conta hoje com cerca <strong>de</strong> 100 alunos<br />

<strong>reforma</strong>, parecendo injusto pelas<br />

expectativas <strong>da</strong>s pessoas e do pecúlio<br />

«obrigatório» que foram <strong>de</strong>scontando<br />

para usufruírem <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>scansa<strong>da</strong> <strong>reforma</strong>, até po<strong>de</strong> ser<br />

um bem.<br />

Tendo em conta que as pessoas<br />

se aposentam ca<strong>da</strong> vez mais<br />

tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong> que maneira é que isso<br />

influencia a forma como encaram<br />

a <strong>reforma</strong>?<br />

Não basta modificar a lei. Será<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> criar a Aca<strong>de</strong>mia<br />

<strong>da</strong> Cultura, que completa em Março<br />

sete anos <strong>de</strong> existência, começou<br />

a formar-se antes <strong>de</strong> se ter<br />

<strong>reforma</strong>do, aos 70 anos. Helena<br />

Carvalhão, professora <strong>de</strong> Filosofia<br />

na Escola Secundária Francisco<br />

Rodrigues Lobo, em <strong>Leiria</strong>,<br />

conta que as amigas manifestavam<br />

“quase pavor” em relação à<br />

<strong>reforma</strong>. Embora não partilhasse<br />

<strong>de</strong>sse sentimento, sentia que<br />

em <strong>Leiria</strong> não existia nenhum<br />

projecto vocacionado para as<br />

pessoas que tinham <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong><br />

ter uma vi<strong>da</strong> activa.<br />

Já com a Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Cultura<br />

em mente, <strong>de</strong>cidiu bater à porta<br />

<strong>de</strong> alguns colegas, alguns dos<br />

quais também <strong>reforma</strong>dos, para<br />

lhes pedir para colaborar no projecto<br />

em regime <strong>de</strong> voluntariado.<br />

O apoio recebido <strong>de</strong>u-lhe força<br />

para prosseguir com o projecto,<br />

que arrancou em 1999 com 25<br />

alunos.<br />

Quase sete anos <strong>de</strong>pois, o sucesso<br />

<strong>da</strong> iniciativa é comprovado<br />

pelo número crescente <strong>de</strong> alunos,<br />

que atinge actualmente cerca<br />

<strong>de</strong> 100, e pelo alargamento<br />

<strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. À Filosofia, História,<br />

Animação <strong>de</strong> textos, Arte<br />

musical e Literatura portuguesa<br />

juntou-se o Inglês, as Artes plásticas,<br />

a Geografia, as Teorias religiosas<br />

e a Dança. “Há uma preocupação<br />

<strong>de</strong> haver outras activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

além <strong>da</strong>s curriculares”,<br />

justifica.<br />

Aliás, mesmo as aulas têm<br />

pouco <strong>de</strong> convencional, já que<br />

são encara<strong>da</strong>s como um espaço<br />

<strong>de</strong> transmissão e troca <strong>de</strong> conhecimentos.<br />

Com alunos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> e Pombal, Helena<br />

Carvalhão garante que este<br />

projecto contribuiu não só para<br />

ocupar pessoas <strong>reforma</strong><strong>da</strong>s como<br />

os próprios professores que se<br />

encontravam na mesma situação.<br />

Além <strong>da</strong>s aulas, promovem<br />

convívios e visitas <strong>de</strong> estudo.<br />

Paquete <strong>de</strong> Oliveira, sociólogo<br />

A <strong>reforma</strong> não significa proclamar-se<br />

«inválido» antes do tempo<br />

necessário criar uma outra mentali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

convencer as pessoas que<br />

<strong>reforma</strong> não significa proclamarse<br />

«inválido» antes do tempo. Num<br />

país tão necessitado <strong>de</strong> aumentar<br />

produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, aqueles que têm<br />

mais <strong>de</strong> 65 anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não<br />

atrasem a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> outros na vi<strong>da</strong><br />

activa, po<strong>de</strong>riam concorrer muito<br />

para aju<strong>da</strong>r o país a sair <strong>de</strong>sta cepa<br />

torta.<br />

O período <strong>de</strong> <strong>reforma</strong> é vivido<br />

como uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

concretizar novos projectos ou<br />

como a angústia <strong>de</strong> quem está<br />

próximo do fim?<br />

Para gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong>s pessoas,<br />

face às condições <strong>de</strong> <strong>reforma</strong> ou<br />

pela sua mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou grau <strong>de</strong><br />

cultura, essa situação po<strong>de</strong> representar<br />

a «angústia <strong>de</strong> um fim próximo».<br />

É um estado mental que<br />

importa contrariar. A nova condição<br />

do prolongamento dos anos<br />

<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>veria constituir uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

para novos projectos. Mas<br />

por falta <strong>de</strong> meios ou <strong>de</strong> formação<br />

cultural serão poucos aqueles que<br />

O facto <strong>de</strong>, no primeiro ano <strong>de</strong><br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma <strong>da</strong>s alunas ter<br />

dito que acabou com os tranquilizantes,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que começou<br />

a ir às aulas, é um sinal evi<strong>de</strong>nte<br />

para Helena Carvalhão <strong>de</strong> que<br />

valeu a pena. ■<br />

Concor<strong>da</strong> com alargamento <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>reforma</strong> para os 65 anos e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que, num país tão<br />

necessitado <strong>de</strong> aumentar produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, aqueles que têm mais <strong>de</strong> 65 anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não<br />

atrasem a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> outros na vi<strong>da</strong> activa, po<strong>de</strong>riam “concorrer muito para aju<strong>da</strong>r o país a<br />

sair <strong>de</strong>sta cepa torta”.<br />

AB<br />

fazem <strong>da</strong> «terceira i<strong>da</strong><strong>de</strong>» uma «quarta<br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>».<br />

Mulheres e homens vivem a<br />

<strong>reforma</strong> <strong>de</strong> foram diferente?<br />

Provavelmente. Depen<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

experiência <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> que tiveram,<br />

<strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou ofício que <strong>de</strong>sempenharam,<br />

do ambiente familiar<br />

ou social <strong>de</strong> que usufruíram. Mas<br />

preparar as pessoas para a «quarta<br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>» é uma tarefa que <strong>de</strong>veria<br />

fazer parte <strong>de</strong> um planeamento<br />

<strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> saudável.<br />

Ser <strong>reforma</strong>do em Portugal é<br />

diferente <strong>de</strong> ser <strong>reforma</strong>do noutros<br />

países <strong>da</strong> Europa?<br />

Mentalmente, quando faltam as<br />

condições materiais, culturais, sociais,<br />

é capaz <strong>de</strong> ser igual. O que acontece,<br />

é que em países ricos e com<br />

<strong>reforma</strong>s que dão para começar<br />

uma «outra i<strong>da</strong><strong>de</strong>» é mais fácil. Mas<br />

também nisto, não é o dinheiro o<br />

único elixir <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Saber confrontar-se<br />

com o envelhecimento<br />

é uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> boa saú<strong>de</strong> mental<br />

e <strong>de</strong> bom clima social. ■ MAS


6 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

Largo Salgueiro<br />

Maia (Maringá)<br />

Câmara garante lugares grátis junto ao estádio, mesmo com centro comercial<br />

<strong>Leiria</strong> tem o estacionamento<br />

mais caro <strong>da</strong> região Centro<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 402 lugares<br />

Exploração: priva<strong>da</strong> (empresa<br />

Emparque)<br />

Tarifa período diurno*: 0.90€<br />

(1ª hora ou fracção) / 1€ (2ª<br />

hora ou fracção)<br />

Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> período<br />

diurno*: 62.50€<br />

Largo Infantaria 7<br />

(Stº Agostinho)<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 216 lugares<br />

Exploração: priva<strong>da</strong> (empresa<br />

Lusitano Parques)<br />

Tarifa período diurno*: 0.80€<br />

(1ª hora ou fracção) / 0.40€ (fracções<br />

seguintes <strong>de</strong> 30 minutos)<br />

Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> período<br />

diurno*: 78€<br />

Fonte Luminosa<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 308 lugares<br />

Exploração: priva<strong>da</strong> (empresa<br />

LizEstacionamento)<br />

Tarifa período diurno*: 1.05€<br />

(1 hora)<br />

Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> período<br />

diurno*: 95€<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Preços variam entre 0,80 e 1,05 euros<br />

<strong>Leiria</strong> é a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> região Centro<br />

on<strong>de</strong> o estacionamento é mais<br />

caro, quer nos lugares à superfície<br />

quer nos subterrâneos. Mesmo em<br />

Lisboa há zonas com preços mais<br />

baixos, como a Rua Gomes Freire,<br />

a Aveni<strong>da</strong> dos Combatentes ou<br />

a Estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Luz, com tarifas <strong>de</strong><br />

60 e 65 cêntimos.<br />

“<strong>Os</strong> preços praticados em <strong>Leiria</strong><br />

são um abuso”, diz Luísa Teixeira.<br />

Cansa<strong>da</strong> <strong>de</strong> an<strong>da</strong>r às voltas<br />

pela ci<strong>da</strong><strong>de</strong> à procura <strong>de</strong> um lugar,<br />

esta comerciante na zona histórica<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> optou por pagar 45<br />

euros por mês para <strong>de</strong>ixar um dos<br />

carros <strong>da</strong> família no parque <strong>da</strong> Sé.<br />

O outro estaciona-o on<strong>de</strong> encontrar<br />

“um buraco”.<br />

Empresária nos Marrazes, Emília<br />

Lopes só recorre aos parques<br />

pagos “em último recurso”. Normalmente,<br />

pára o automóvel na<br />

zona <strong>de</strong>sportiva e <strong>de</strong>sloca-se a pé<br />

para o centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. O preço<br />

é também o motivo que leva Andrea<br />

Carvalho a ‘fugir’ <strong>da</strong>s zonas com<br />

parquímetros. “Pagar todos os dias<br />

é impensável e as mensali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

são muito caras”, diz aquela costureira,<br />

que normalmente ‘encosta’<br />

o carro junto ao local <strong>de</strong> trabalho.<br />

“Se houver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

rapi<strong>da</strong>mente o vou retirar”, sustenta.<br />

Fernando Carvalho, vereador<br />

do Trânsito, frisa que os parques<br />

pagos “são para períodos curtos<br />

<strong>de</strong> utilização”. E <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que quem<br />

preten<strong>da</strong> estacionar o dia todo terá<br />

<strong>de</strong> “criar o hábito <strong>de</strong> an<strong>da</strong>r a pé”<br />

e usar as alternativas “credíveis<br />

existentes”, nomea<strong>da</strong>mente, na<br />

zona <strong>de</strong>sportiva. O autarca garante<br />

que, mesmo que esse espaço seja<br />

ocupado com um centro comercial,<br />

será garanti<strong>da</strong> no local “uma<br />

oferta significativa” <strong>de</strong> estacionamento<br />

subterrâneo grátis.<br />

Quanto aos preços, Fernando<br />

Carvalho sublinha que as concessões<br />

resultam <strong>de</strong> concursos públicos<br />

e que os parques subterrâneos<br />

implicam investimentos extremamente<br />

elevados. Apesar disso, a<br />

Câmara tem “sensibilizado” as<br />

empresas para “as vantagem <strong>de</strong><br />

aplicarem tarifas mais baixas, para<br />

conseguirem maior ocupação”.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o espaço disponível<br />

na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> “não respon<strong>de</strong><br />

às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s” <strong>de</strong> estacionamento,<br />

Diamantino Jordão, coman<strong>da</strong>nte<br />

distrital <strong>da</strong> PSD, diz que a polícia<br />

tem revelado “uma certa tolerância”<br />

na fiscalização, “punindo situações<br />

mais graves e con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ndo<br />

nas menos graves”. O responsável<br />

apela à utilização <strong>da</strong> zona <strong>de</strong>sportiva<br />

e do parque <strong>de</strong> Porto Moniz,<br />

que dispõem <strong>de</strong> um número “significativo”<br />

<strong>de</strong> lugares e que fica a<br />

“<strong>de</strong>z ou 20 minutos a pé do centro<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

SUPERFÍCIE<br />

| I n q u é r i t o |<br />

COMPARAÇÃO DE PREÇOS<br />

SUBTERRÂNEO<br />

Tarifa diária Tarifa diária Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Cal<strong>da</strong>s 0,30€ / 60 min. 0,50€ / 60 min.* -<br />

Ourém 0,30€ / 60 min. - -<br />

Coimbra 0,50€ / 60 min. 0,35 ou 0,50€ / 60 min. 14,86€<br />

Pombal 0,50€ / 60 min. - -<br />

Viseu 0,50€ / 60 min. - -<br />

Aveiro 0,60€ / 60 min. - -<br />

Lisboa 0,55 a 1,25€ / 60 min. - -<br />

<strong>Leiria</strong> 0,80€ / 60 min. De 0,80 a 1.05€ / 60 min. De 42 a 95 euros<br />

* primeiros 30 minutos grátis Fonte: Câmaras municipais<br />

O que vai mu<strong>da</strong>r<br />

✓ Redução <strong>de</strong> 12.5% nos<br />

tarifas dos parques à superfície<br />

( <strong>de</strong> 80 para 70 cêntimos/hora)<br />

✓ Instalação <strong>de</strong> parquímetros<br />

em to<strong>da</strong> a Aveni<strong>da</strong> Marquês<br />

<strong>de</strong> Pombal<br />

✓ Parque do Mercado <strong>de</strong><br />

Sant’Ana passa a ser pago<br />

(80 cêntimos/hora e com<br />

avenças para moradores no<br />

centro histórico a 35<br />

euros/mês)<br />

✓ Parque <strong>da</strong> Fonte Quente<br />

abre <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> semanas e<br />

será grátis até ao final do<br />

Verão; <strong>de</strong>pois a tarifa será<br />

<strong>de</strong> 50 cêntimos/hora<br />

✓ Estacionamento <strong>da</strong> zona<br />

histórica reservado a moradores<br />

Fonte Quente<br />

1 - Habitualmente estaciona nos parques pagos ou em zonas não tarifa<strong>da</strong>s?<br />

2 - Como comenta os preços praticados em <strong>Leiria</strong>?<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 243 lugares<br />

Exploração: municipal<br />

Tarifa período diurno**:<br />

0.30€(1 hora)<br />

Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> período<br />

diurno**: 45€<br />

* Valores referentes aos contratos <strong>de</strong><br />

concessão e exploração<br />

** Valores propostos, ain<strong>da</strong> não aprovados<br />

em reunião <strong>de</strong> Câmara<br />

1 - Sempre<br />

que posso fujo<br />

aos parques pagos.<br />

Normalmente<br />

estaciono<br />

junto ao<br />

estádio e venho<br />

a pé para o centro<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Só quando trago<br />

os meus filhos é que venho <strong>de</strong><br />

carro até ao centro.<br />

2 - <strong>Os</strong> preços são muito caros.<br />

Nos Açores, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> sou natural,<br />

pagamos meta<strong>de</strong> do preço.<br />

Em <strong>Leiria</strong>, ain<strong>da</strong> nunca usei os<br />

parques subterrâneos, por falta<br />

<strong>de</strong> hábito. Mas, os valores <strong>da</strong>s<br />

tarifas não são na<strong>da</strong> atractivos.<br />

Patrícia Men<strong>de</strong>s,<br />

funcionária pública,<br />

Monte Real<br />

1- Normalmente<br />

estaciono<br />

em parques<br />

pagos. Prefiro<br />

ir directo ao<br />

local, do que<br />

an<strong>da</strong>r às voltas<br />

à procura <strong>de</strong><br />

lugar.<br />

2 - <strong>Os</strong> preços são exagerados,<br />

comparando com ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s como<br />

Lisboa ou Coimbra. Há zonas <strong>da</strong><br />

capital mais baratas do que em<br />

<strong>Leiria</strong>. Terão <strong>de</strong> ser tenta<strong>da</strong>s políticas<br />

<strong>de</strong> preços diferentes para<br />

aumentar as taxas <strong>de</strong> ocupação<br />

dos parques subterrâneos que,<br />

na maioria dos casos, estão quase<br />

vazios.<br />

Pedro Gomes, gerente<br />

comercial, <strong>Leiria</strong><br />

1 - Nos parques<br />

pagos, que<br />

remédio! Não<br />

há alternativas.<br />

E, para evitar<br />

pagar multas,<br />

prefiro pagar<br />

uma mensali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(83 euros).<br />

2 - Desconheço os valores praticados<br />

noutras ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s. <strong>Os</strong> parques<br />

pagos fizeram-se para estacionamento<br />

temporário. Mas<br />

faltam parques não pagos para<br />

quem trabalha na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Aten<strong>de</strong>ndo<br />

a média dos salários, uma<br />

gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong>s pessoas não<br />

tem condições para pagar estacionamento<br />

durante o dia todo.<br />

Jorge dos Santos,<br />

comerciante, <strong>Leiria</strong><br />

1 - Como o<br />

estacionamento<br />

não pago é<br />

quase nulo, só<br />

tenho mesmo<br />

<strong>de</strong> recorrer ao<br />

pago. Também<br />

para não ficar<br />

sujeita a multas por estacionamento<br />

in<strong>de</strong>vido e porque não<br />

tenho <strong>de</strong> estacionar em <strong>Leiria</strong><br />

diariamente.<br />

2 - <strong>Os</strong> preços são bem mais<br />

caros do que em Coimbra, on<strong>de</strong><br />

trabalho e on<strong>de</strong> há mensali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

a custos acessíveis, ao contrário<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Sónia Santos,<br />

psicóloga, Pombal


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 7<br />

Novo parque ficará fora <strong>da</strong> zona urbana<br />

Câmara propõe solução<br />

para tirar ferro-velho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

A maior e mais antiga sucata<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, situa<strong>da</strong> na Rua Paulo VI,<br />

será <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong> para uma <strong>da</strong>s zonas<br />

industriais do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Estes espaços prevêem a colocação<br />

<strong>de</strong> parques <strong>de</strong> sucata em freguesias<br />

exteriores à zona urbana.<br />

Fonte <strong>da</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> confirma que as negociações<br />

com o proprietário <strong>de</strong>correm há<br />

vários meses e que já lhe foi apresentado<br />

um local <strong>de</strong>finitivo para a<br />

mu<strong>da</strong>nça, estando o executivo à<br />

espera <strong>de</strong> um acordo para avançar.<br />

A proposta apresenta<strong>da</strong> pela<br />

autarquia prevê que o proprietário<br />

adquira a parcela <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> à<br />

nova sucata. Em troca, os terrenos<br />

<strong>da</strong> actual <strong>da</strong> Rua Paulo VI seriam<br />

consi<strong>de</strong>rados (no plano <strong>de</strong> urbanização<br />

que está a ser preparado para<br />

a zona) área <strong>de</strong> construção, elevando<br />

o seu valor e permitindo<br />

mais-valias ao proprietário.<br />

Associação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> quer construir se<strong>de</strong> para dinamizar activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

ATL quer tirar crianças ciganas <strong>da</strong>s feiras<br />

Empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> quer certificar-se<br />

Simlis investiu 20.3 milhões<br />

em 2005<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Famílias ciganas terão que se mu<strong>da</strong>r<br />

O JORNAL DE LEIRIA sabe que<br />

caso a proposta não seja aceite os<br />

A construção <strong>de</strong> uma se<strong>de</strong>,<br />

com um espaço <strong>de</strong>stinado a Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Tempos Livres, é um<br />

dos projectos que a Associação<br />

Social, Recreativa e Cultural<br />

Cigana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (Ciglei) preten<strong>de</strong><br />

concretizar nos próximos<br />

anos. O projecto <strong>de</strong> arquitectura<br />

<strong>da</strong> obra já existe, faltando<br />

agora encontrar um terreno on<strong>de</strong><br />

possa ser edifica<strong>da</strong>. Dentro <strong>de</strong><br />

dias, a associação iniciará as<br />

aulas <strong>de</strong> <strong>da</strong>nça flamenga, que<br />

funcionará na Escola Secundária<br />

Domingos Sequeira.<br />

“Temos passado os três anos<br />

<strong>de</strong> existência a tratar <strong>de</strong> burocracias.<br />

Queremos que os projectos<br />

comecem a concretizar-<br />

-se”, afirma Dinis Seabra, presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong> Ciglei. O<br />

responsável frisa a importância<br />

<strong>da</strong> se<strong>de</strong>, cujo projecto foi oferecido<br />

pelos arquitectos João Ro<strong>da</strong><br />

e Joana Lavado, e para on<strong>de</strong> está<br />

prevista a criação <strong>de</strong> um ATL,<br />

para que os pais possam <strong>de</strong>ixar<br />

as crianças em dias <strong>de</strong> feira.<br />

“Quando há mercado, os miúdos<br />

tem <strong>de</strong> se levantar <strong>de</strong> madruga<strong>da</strong><br />

para acompanharem os<br />

pais, sujeitando-se ao frio e à<br />

chuva”, diz, sublinhando que o<br />

espaço está aberto “também a<br />

crianças não ciganas”.<br />

De acordo com o projecto, a<br />

A Simlis investiu o ano passado<br />

um total <strong>de</strong> 20.3 milhões <strong>de</strong><br />

euros. Foram concluídos os emissários<br />

<strong>de</strong> Fátima, bem como o novo<br />

sistema elevatório <strong>da</strong> Ponte <strong>da</strong>s<br />

Mestras, em <strong>Leiria</strong>. Foram ain<strong>da</strong><br />

reabilitados emissários nos concelhos<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Batalha. O ano foi<br />

igualmente marcado pela entra<strong>da</strong><br />

em funcionamento <strong>da</strong>s Estações<br />

<strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Águas Residuais<br />

(ETAR) <strong>de</strong> Fátima e Pedreiras. Por<br />

outro lado, várias empreita<strong>da</strong>s foram<br />

inicia<strong>da</strong>s, como é o caso <strong>da</strong> ETAR<br />

Norte, no concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, e <strong>da</strong>s<br />

condutas e estações elevatórias do<br />

Sistema Norte. No total, a empresa<br />

<strong>de</strong> Saneamento Integrado dos<br />

Municípios do Lis tratou seis milhões<br />

<strong>de</strong> metros cúbicos <strong>de</strong> efluentes.<br />

Este ano, os responsáveis <strong>da</strong><br />

Simlis querem concluir diversas<br />

empreita<strong>da</strong>s, nomea<strong>da</strong>mente a do<br />

interceptor geral (concelhos <strong>da</strong><br />

Marinha e <strong>Leiria</strong>) e <strong>da</strong> Olhalvas<br />

Norte e Sul (Ourém, Batalha e <strong>Leiria</strong>).<br />

Prevêem ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>r início ao<br />

processo <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> um<br />

sistema <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarial,<br />

tendo em vista a certificação<br />

<strong>da</strong> empresa segundo várias<br />

normas no âmbito <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

ambiente, higiene e segurança e<br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social. ■<br />

mesmos terrenos passarão a ser<br />

consi<strong>de</strong>rados zona <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>, não<br />

Projecto para região <strong>da</strong> Alta Estremadura<br />

Centros <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong><br />

resíduos florestais em estudo<br />

Analisar a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> criação<br />

<strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> recolha<br />

<strong>de</strong> biomassa florestal na região<br />

<strong>da</strong> Alta Estremadura é o objectivo<br />

final <strong>de</strong> um estudo que está a ser<br />

feito pelo Centro <strong>de</strong> Biomassa para<br />

a Energia. A avaliação será efectua<strong>da</strong><br />

nos próximos 12 meses, sendo<br />

financia<strong>da</strong> em cerca <strong>de</strong> 32 mil<br />

euros pela Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação<br />

e Desenvolvimento Regional<br />

do Centro. <strong>Os</strong> municípios <strong>da</strong><br />

Área Metropolitana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (Alvaiázere,<br />

Ansião, Batalha, <strong>Leiria</strong>, Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>, Ourém e Porto <strong>de</strong> Mós)<br />

entrarão com os restantes 30 mil<br />

euros, em proporção com a sua<br />

po<strong>de</strong>ndo por isso ser objecto <strong>de</strong><br />

construção.<br />

Num cenário <strong>de</strong> acordo caberá<br />

ao proprietário a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocar as duas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

famílias <strong>de</strong> etnia cigana que se<br />

encontram a ocupar parte dos terrenos<br />

do actual ferro-velho.<br />

Ain<strong>da</strong> não são conheci<strong>da</strong>s <strong>da</strong>tas<br />

prováveis para a mu<strong>da</strong>nça, uma<br />

vez que as negociações ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>correm.<br />

O JORNAL DE LEIRIA sabe<br />

que a proposta <strong>da</strong> edili<strong>da</strong><strong>de</strong> foi bem<br />

recebi<strong>da</strong> faltando só o sim para a<br />

conclusão do processo.<br />

Contacta<strong>da</strong> pelo JORNAL DE<br />

LEIRIA para eventuais esclarecimentos,<br />

a Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> , pela voz <strong>da</strong> vereadora Neusa<br />

Magalhães, diz só se pronunciar<br />

sobre este assunto quando<br />

achar conveniente. ■<br />

Ricardo Rosenheim Rodrigues<br />

se<strong>de</strong> terá uma sala <strong>de</strong> ATL, com<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para 15 crianças, e<br />

uma zona <strong>de</strong> berçário, que po<strong>de</strong>rá<br />

acolher até cinco bebés. Dinis<br />

Seabra adianta que, para já, está<br />

excluí<strong>da</strong> a componente <strong>de</strong> infantário.<br />

“Se a a<strong>de</strong>são o justificar e<br />

se nos sentirmos com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

avançaremos para essa área”,<br />

acrescenta.<br />

Com os arquitectos a trabalhar<br />

nas especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a Direcção<br />

<strong>da</strong> Ciglei tenciona agora<br />

apresentar o projecto às juntas<br />

<strong>da</strong> área urbana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, “na<br />

esperança <strong>de</strong> encontrar um terreno”<br />

para a construção <strong>da</strong> se<strong>de</strong>.<br />

Além <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> instalações,<br />

a Ciglei preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

esforços no sentido <strong>de</strong><br />

dinamizar os bairros on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong><br />

a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> cigana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

nomea<strong>da</strong>mente, junto ao ferro<br />

velho <strong>da</strong> “Calça<strong>da</strong> do Bravo”<br />

e na Cova <strong>da</strong>s Faias. Neste<br />

momento, a associação está, juntamente<br />

com o núcleo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

<strong>da</strong> Amnistia Internacional e o<br />

Secretariado Diocesano <strong>da</strong> Pastoral<br />

dos Ciganos, a recolher verbas,<br />

<strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a melhorar as<br />

condições <strong>de</strong> habitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

três barracas no bairro <strong>da</strong> “Calça<strong>da</strong><br />

do Bravo”. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

área geográfica.<br />

O estudo começará por analisar<br />

as disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> biomassa<br />

florestal (restos <strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong><br />

pinhais ou do abate <strong>de</strong> árvores, por<br />

exemplo), passando <strong>de</strong>pois a avaliar<br />

os resíduos originados na indústria<br />

transformadora <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

“Estabelecimento <strong>de</strong> premissas básicas<br />

para a implementação <strong>de</strong> uma<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> recolha e eventual<br />

processamento <strong>de</strong> resíduos florestais”<br />

é outro dos pontos do estudo.<br />

Na última reunião <strong>de</strong> executivo,<br />

a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>liberou participar<br />

no projecto com cerca <strong>de</strong><br />

6.500 euros. ■<br />

BREVES<br />

■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Re<strong>de</strong> Natura<br />

em discussão<br />

No concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a área<br />

<strong>da</strong> Re<strong>de</strong> Natura 2000 contempla<br />

136 hectares no sítio<br />

do Azabucho, freguesia dos<br />

Pousos, um dos únicos locais<br />

no País on<strong>de</strong> se encontra a<br />

espécie Leuzea longifolia. Para<br />

assegurar a bio-diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> ,<br />

através <strong>da</strong> conservação dos<br />

habitats naturais e <strong>de</strong> fauna<br />

e flora selvagens no território<br />

dos estados membros esta<br />

re<strong>de</strong> ecológica <strong>da</strong> União Europeia<br />

abre a discussão pública<br />

do Plano sectorial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

<strong>Os</strong> interessados po<strong>de</strong>rão consultar<br />

todo o processo na se<strong>de</strong><br />

do Instituto <strong>da</strong> Conservação<br />

<strong>da</strong> Natureza, em Lisboa ou na<br />

divisão <strong>de</strong> Ambiente e Serviços<br />

Urbanos <strong>da</strong> Câmara Municipal<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Animação<br />

missionária<br />

Sensibilizar as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

cristãs para a urgência <strong>da</strong> evangelização<br />

missionária, promover<br />

a intercomunhão eclesial,<br />

fomentar o respeito por outras<br />

formas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> cultural, sem<br />

diminuir a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do anúncio<br />

do Evangelho, ou incentivar<br />

a criação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong><br />

animação missionária paroquial,<br />

são os objectivos <strong>da</strong><br />

semana <strong>da</strong> Animação Missionária<br />

em <strong>Leiria</strong>. A acção <strong>de</strong>correrá<br />

entre 11 e 19 <strong>de</strong> Fevereiro<br />

nas paróquias <strong>da</strong> vigararia<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (Azoia, Barosa, Cruz<br />

<strong>da</strong> Areia, <strong>Leiria</strong>, Marrazes e<br />

Parceiros). Durante a realização<br />

<strong>de</strong>sta semana estará monta<strong>da</strong><br />

na Praça Rodrigues Lobo<br />

uma “Ten<strong>da</strong> Missionária”, que<br />

preten<strong>de</strong> ser um espaço <strong>de</strong><br />

encontro e diálogo com os missionários.<br />

Workshop<br />

<strong>de</strong> realização<br />

pessoal<br />

A auto-estima é a base do sucesso.<br />

A partir <strong>de</strong>sta frase foi criado<br />

o workshop <strong>de</strong> valorização<br />

pessoal, para que ca<strong>da</strong> um possa<br />

apren<strong>de</strong>r a valorizar a sua<br />

imagem. O núcleo regional <strong>da</strong><br />

APPC – Associação Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Paralisia Cerebral vai realizar<br />

este Workshop nos dias<br />

4,11,18 e 25 <strong>de</strong> Fevereiro, no<br />

Centro <strong>de</strong> Reabilitação do<br />

Núcleo Regional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. O<br />

evento <strong>de</strong>corre <strong>da</strong>s 9 e as 13<br />

horas e <strong>da</strong>s 15 às 19 horas. ■


8 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Pombal<br />

Nova Junta<br />

abre portas<br />

O novo edifício <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong><br />

Freguesia <strong>de</strong> Pombal abriu oficialmente<br />

as portas ao público,<br />

na segun<strong>da</strong>-feira. Inaugura<strong>da</strong><br />

em Outubro do ano<br />

passado, a nova se<strong>de</strong>, situa<strong>da</strong><br />

na praça Faria <strong>da</strong> Gama, antiga<br />

“praça <strong>da</strong>s galinhas”, mantém-se<br />

na zona histórica <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Recentemente, a autarquia<br />

viu serem-lhe recusados<br />

fundos <strong>de</strong> uma candi<strong>da</strong>tura ao<br />

Programa <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rnização<br />

Administrativa para a compra<br />

<strong>de</strong> mobiliário e instalação <strong>de</strong><br />

um elevador.<br />

Espaço<br />

internet<br />

mu<strong>da</strong>-se<br />

Alto dos Crespos contra padre <strong>de</strong> Pombal<br />

Questão imobiliária<br />

incen<strong>de</strong>ia paróquia<br />

JACINTO SILVA DURO<br />

Padre Diamantino Cruz<br />

A população <strong>de</strong> Alto dos Crespos, Pombal,<br />

está sem serviço religioso e catequese <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

semana passa<strong>da</strong> <strong>de</strong>vido a um diferendo que<br />

opõe o pároco <strong>de</strong> Pombal, Diamantino Cruz, e<br />

a Associação SRCD do Alto dos Crespos<br />

(ASRCDAC) e que está está a dividir os habitantes.<br />

O conflito surgiu quando a associação iniciou<br />

a construção <strong>de</strong> uma casa mortuária num<br />

terreno adjacente à capela <strong>de</strong> Alto dos Crespos.<br />

O espaço on<strong>de</strong> foi edificado o templo foi oferecido<br />

pela ASRCDAC à Fábrica <strong>da</strong> Igreja, há<br />

cerca <strong>de</strong> 30 anos, mas a escritura para a transferência<br />

<strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> nunca foi feita.<br />

Segundo a associação, o padre preten<strong>de</strong>rá<br />

que a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> casa mortuária, à semelhança<br />

<strong>da</strong> capela, passe para a Fábrica <strong>da</strong> Igreja.<br />

Diamantino Cruz rejeita estas afirmações. A<br />

Direcção <strong>da</strong> associação cerra fileiras e argumenta<br />

que a casa mortuária foi construí<strong>da</strong> com<br />

o seu dinheiro e <strong>da</strong> autarquia.<br />

Quando um topógrafo, foi, há duas semanas,<br />

a mando do padre, fazer um levantamento<br />

do imóvel, viu o acesso negado pelo presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> ASCRDAC. No dia seguinte, Diamantino<br />

Cruz foi à capela e retirou o sacrário. E em vez<br />

<strong>de</strong> celebrar a missa dominical, o pároco tentou<br />

ler um comunicado à população mas <strong>de</strong>sistiu<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido apeli<strong>da</strong>do <strong>de</strong> “mentiroso”.<br />

Numa carta aberta, o padre explicou o seu <strong>de</strong>sacordo<br />

com a associação e anunciou que até à<br />

resolução do problema não haverá catequese<br />

ou missa em Alto dos Crespos. Diamantino Cruz<br />

pretendia ain<strong>da</strong> que a Associação entregasse<br />

as chaves <strong>da</strong> capela. A Direcção <strong>da</strong> colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

adiantou-se e entregou-as ao bispo <strong>de</strong><br />

Coimbra, D. Albino Cleto.<br />

A ASCRDC está disposta a ce<strong>de</strong>r a parcela<br />

do terreno on<strong>de</strong> foi construí<strong>da</strong> a capela, mas<br />

quer manter a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do restante terreno<br />

e <strong>da</strong> casa mortuária. Em comunicado, a Direcção<br />

<strong>da</strong> associação acusa o padre <strong>de</strong> “não hesitar<br />

em usar o altar para influenciar e dividir os<br />

católicos” e <strong>de</strong> “mentir, numa clara atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

falta <strong>de</strong> respeito, moral e ética”. “Depois <strong>de</strong> uma<br />

reunião, com a população na sexta-feira, Diamantino<br />

Cruz continua a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a sua posição”,<br />

explica Olivério Gonçalves, tesoureiro <strong>da</strong><br />

Associação.<br />

“Estou <strong>de</strong>sligado do processo. Neste momento,<br />

pretendo apenas que o povo <strong>de</strong>ci<strong>da</strong> o que<br />

fazer”, afirmou ao JORNAL DE LEIRIA o pároco<br />

<strong>de</strong> Pombal.<br />

O vigário-geral <strong>da</strong> diocese <strong>de</strong> Coimbra, Manuel<br />

Pedrosa, admite que a Cúria “não vai tomar<br />

nenhuma atitu<strong>de</strong>”, não obstante não ser a primeira<br />

vez que Diamantino Cruz entra em conflito<br />

com a população. Há um ano, o sacerdote<br />

foi notícia <strong>de</strong>vido a um caso semelhante.<br />

A reacção do vigário-geral não agra<strong>da</strong> à<br />

associação que preferia outro interlocutor. “A<br />

Igreja parece estar interessa<strong>da</strong> em ter ca<strong>da</strong> vez<br />

mais património e prefere <strong>de</strong>ixar o padre agir<br />

à vonta<strong>de</strong>”, refere o tesoureiro <strong>da</strong> associação.■<br />

Jacinto Silva Duro<br />

O espaço internet <strong>de</strong> Pombal<br />

vai mu<strong>da</strong>r-se para a Biblioteca<br />

Municipal. As novas instalações<br />

serão inaugura<strong>da</strong>s no<br />

próximo sábado, pelas 16 horas.<br />

Com esta medi<strong>da</strong>, o Espaço<br />

Internet que anteriormente se<br />

localizava no Centro Cultural<br />

<strong>de</strong> Pombal vai passar a dispor<br />

<strong>de</strong> mais computadores e <strong>de</strong><br />

uma “wi-fi zone” <strong>de</strong> acesso<br />

gratuito à internet. Segundo<br />

a autarquia, enti<strong>da</strong><strong>de</strong> que gere<br />

as instalações, a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong><br />

localização e aumento do<br />

número <strong>de</strong> equipamentos foi<br />

motiva<strong>da</strong> pela ca<strong>da</strong> vez maior<br />

procura que o Espaço Internet<br />

tem vindo a registar.<br />

IDT prevê abertura <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> duas semanas<br />

Abertura do CAT <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong> atrasa<strong>da</strong><br />

O atraso nos arranjos exteriores<br />

numa <strong>da</strong>s alas do edifício<br />

do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>, que vai receber o<br />

Centro <strong>de</strong> Atendimento a Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

(CAT), e estavam<br />

a cargo <strong>da</strong> Câmara Municipal,<br />

foi um dos factores que contribuiu<br />

para que o serviço não<br />

tenha aberto no final <strong>de</strong> Janeiro,<br />

conforme estava previsto.<br />

Carlos Ramalheira, director do<br />

Instituto <strong>da</strong> Droga e <strong>da</strong> Toxico<strong>de</strong>pendência<br />

do Centro, explicou<br />

ao JORNAL DE LEIRIA a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do local ter um equipamento<br />

e aspecto “dignos”. “Não<br />

queremos substituir um gueto por<br />

outro igual. A autarquia tinha-se<br />

comprometido a aju<strong>da</strong>r nos arranjos<br />

exteriores, mas só agora começou<br />

a trabalhar”, justificou.<br />

O responsável adiantou ain<strong>da</strong><br />

que equipar o CAT também <strong>de</strong>morou<br />

algum tempo. “Para abrir as<br />

portas é preciso ter tudo funcional<br />

e tivemos <strong>de</strong> ligar a água, luz e estabelecer<br />

comunicações, além <strong>de</strong> montar<br />

todo o sistema informático.”<br />

A abertura do CAT <strong>da</strong> Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> dificilmente abrirá<br />

portas antes <strong>de</strong> meados <strong>de</strong> Fevereiro.<br />

O centro irá aju<strong>da</strong>r a “aliviar”<br />

o CAT <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e preten<strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>r resposta aos toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>,<br />

habituais “clientes” <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e<br />

captar novos utentes que não<br />

estão em tratamento.<br />

Além <strong>da</strong> distribuição <strong>de</strong> metadona,<br />

o CAT servirá ain<strong>da</strong> como<br />

um centro <strong>de</strong> dia, on<strong>de</strong> os utentes<br />

po<strong>de</strong>rão lavar-se. ■<br />

EC<br />

“Estudimedia”<br />

aju<strong>da</strong> no<br />

estudo e lazer<br />

A Biblioteca Municipal <strong>de</strong> Pombal<br />

vai colocar à disposição<br />

dos estu<strong>da</strong>ntes um espaço <strong>de</strong>nominado<br />

“Estudimedia”, a partir<br />

<strong>de</strong> sábado. Com estas novas<br />

instalações, a biblioteca fica<br />

dota<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma sala <strong>de</strong>dica<strong>da</strong><br />

ao estudo e ao lazer, aliando<br />

os livros à música e ao cinema.<br />

Para os momentos <strong>de</strong> pausa<br />

do estudo, o “Estudimedia”<br />

oferece a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir<br />

música ou ver um filme. O<br />

novo espaço funcionará com<br />

horário alargado até às 22<br />

horas. ■<br />

Certame na Marinha Gran<strong>de</strong> inserido na Re<strong>de</strong> Europeia realiza-se em Abril<br />

Feira Social divulga instituições<br />

As várias instituições <strong>da</strong> Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> vão <strong>da</strong>r-se a conhecer<br />

à população na Feira Social,<br />

que <strong>de</strong>correrá no início <strong>de</strong> Abril,<br />

no Parque <strong>de</strong> Exposições <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

A iniciativa é articula<strong>da</strong> entre<br />

a Câmara Municipal e a Re<strong>de</strong><br />

Europeia Anti Pobreza Nacional<br />

(REAPN).<br />

O Conselho Local <strong>da</strong> Acção<br />

Social, presidido por João Paulo<br />

Pedrosa, vereador do PS, preten<strong>de</strong><br />

que a feira sirva <strong>de</strong> mostra<br />

<strong>da</strong>s diferentes instituições<br />

que se <strong>de</strong>dicam às varia<strong>da</strong>s áreas<br />

sociais com crianças ou idosos.<br />

“Será uma feira idêntica à <strong>da</strong>s<br />

Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Económicas, on<strong>de</strong><br />

as instituições vão po<strong>de</strong>r mostrar<br />

aquilo que po<strong>de</strong>m oferecer<br />

à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>”, adiantou João<br />

Paulo Pedrosa.<br />

<strong>Os</strong> visitantes po<strong>de</strong>rão contar<br />

com um conjunto <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

diversifica<strong>da</strong>s. Serão realizados<br />

colóquios <strong>de</strong> diferentes<br />

áreas sociais e no local estarão<br />

carrinhas do Instituto do Sangue,<br />

troca <strong>de</strong> seringas e outros<br />

equipamentos que possam ser<br />

úteis aos idosos, que terão a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> medir tensão arterial<br />

e o nível <strong>de</strong> colestrol e glicémia.<br />

“Vou ter uma reunião com<br />

algumas colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> para participarem<br />

nos <strong>de</strong>bates e estimulá-los, aqueles<br />

que ain<strong>da</strong> não possuem, a<br />

terem uma intervenção na área<br />

social”, afirmou João Paulo Pedrosa.<br />

O vereador acrescenta que a<br />

feira será também uma forma<br />

<strong>de</strong> motivar as instituições a direccionar<br />

a sua intervenção nas<br />

áreas sociais. “As famílias ficam<br />

a conhecer a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços<br />

que existe e on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m<br />

recorrer em caso <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>.”<br />

Entretanto, João Paulo Pedrosa<br />

adiantou ao JORNAL DE LEI-<br />

RIA já ter apresentado uma proposta<br />

ao executivo sobre um<br />

fundo <strong>de</strong> emergência social, que<br />

ain<strong>da</strong> aguar<strong>da</strong> aprovação. A i<strong>de</strong>ia<br />

é que i<strong>de</strong>ntificados os problemas<br />

mais urgentes dos idosos,<br />

<strong>de</strong>pois possam ser encaminhados<br />

para as instituições com<br />

competências na área. ■<br />

Elisabete Cruz


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 9<br />

Câmara e Autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> garantem “não haver risco” para os consumidores<br />

Água <strong>de</strong> Ourém com níveis <strong>de</strong><br />

radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong> acima do normal<br />

MARIA ANABELA SILVA<br />

Valores mais elevados <strong>de</strong>tectados nas freguesias <strong>de</strong> Espite e Matas<br />

Em Ourém foram <strong>de</strong>tectados<br />

níveis <strong>de</strong> radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na água<br />

<strong>da</strong> re<strong>de</strong> pública no limite e acima<br />

do normal. Uma situação que a<br />

Câmara Municipal e a Autori<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do concelho garantem<br />

não acarretar qualquer perigo para<br />

os consumidores, alegando que<br />

segundo <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Organização<br />

Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, os valores encontrados<br />

em Ourém po<strong>de</strong>m “ser ultrapassados<br />

até cinco vezes”.<br />

As análises, feitas à água <strong>da</strong> re<strong>de</strong><br />

nas zonas <strong>de</strong> Caxarias, Olival, Vala<strong>da</strong>,<br />

Cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, Rio <strong>de</strong> Couros e Freixian<strong>da</strong>,<br />

<strong>de</strong>tectaram indicadores <strong>de</strong><br />

radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os 0.12 e 0.15,<br />

quando o limite é <strong>de</strong> 0.10. Nas freguesias<br />

<strong>de</strong> Matas e Espite, os valores<br />

chegaram aos 0.29. José Martins,<br />

autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, frisa que<br />

a OMS já fixou 0.5 como limite,<br />

mas que essa orientação ain<strong>da</strong> não<br />

foi transposta para a legislação<br />

europeia e portuguesa.<br />

“Trata-se <strong>de</strong> radiação natural,<br />

com origem na composição do solo,<br />

que sempre existiu e sem reflexos<br />

na saú<strong>de</strong>”, afirmou José Martins,<br />

durante uma conferência <strong>de</strong> imprensa<br />

realiza<strong>da</strong> sexta-feira passa<strong>da</strong>. O<br />

médico explica que a exposição à<br />

radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, quando em níveis<br />

“muito elevados”, po<strong>de</strong>rá provocar<br />

cancro. Mas sublinha que, em<br />

Ourém, a taxa <strong>de</strong> incidência <strong>de</strong><br />

mortes por aquela doença está “<strong>de</strong>ntro<br />

<strong>da</strong> média nacional e regional”.<br />

Depois dos resultados <strong>da</strong>s análises,<br />

conhecidos em Dezembro,<br />

foram feitas no passado dia 20<br />

novas colheitas nas captações. As<br />

amostras estão a ser analisa<strong>da</strong>s<br />

num laboratório <strong>da</strong> República Checa,<br />

“por não existir nenhum em<br />

Portugal creditado para fazer esse<br />

tipo <strong>de</strong> estudo”, explica José Santos,<br />

director <strong>da</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> Ourém<br />

<strong>da</strong> Compagnie General d’ Eaux, a<br />

empresa concessionária do sistema,<br />

adiantando que as conclusões<br />

<strong>de</strong>verão ser conheci<strong>da</strong>s até Março.<br />

David Catarino, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

Câmara, garante que os munícipes<br />

“po<strong>de</strong>m confiar na água que corre<br />

nas torneiras”, porque “há um<br />

efectivo controlo <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>”. O<br />

autarca frisa que, a análise à radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

só a partir <strong>de</strong>ste ano passa<br />

a ser obrigatória e explica que<br />

as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s envolvi<strong>da</strong>s resolveram<br />

divulgar os <strong>da</strong>dos, para evitar<br />

que a informação “chegasse à opinião<br />

pública distorci<strong>da</strong>”.<br />

Segundo David Catarino, até à<br />

conferência <strong>de</strong> imprensa, a Câmara<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, concelho que tem algumas<br />

locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s abasteci<strong>da</strong>s pelo<br />

sistema <strong>de</strong> Espite, não tinha ain<strong>da</strong><br />

sido informa<strong>da</strong> dos resultados <strong>da</strong>s<br />

análises. Fonte do gabinete <strong>de</strong> apoio<br />

à presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> autarquia <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

os <strong>da</strong>dos chegaram no início<br />

<strong>de</strong>sta semana, “sem qualquer motivo<br />

<strong>de</strong> preocupação, por terem sido<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong>s garantias <strong>de</strong> não haver problemas<br />

para os consumidores”. ■<br />

Autarquia alega que o contrato <strong>de</strong> exploração lesava os interesses do município<br />

Piscinas <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós<br />

passam a ser geri<strong>da</strong>s pela Câmara<br />

A Câmara <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós cessou<br />

o contrato com a empresa que<br />

explorava as piscinas municipais,<br />

alegando que o acordo lesava os<br />

interesses <strong>da</strong> autarquia. O espaço<br />

passa a ser gerido pela edili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

enquanto a firma Active Wave ficará<br />

apenas com a direcção técnica<br />

<strong>da</strong> infra-estrutura.<br />

Em 2003, quando era vereador<br />

do Desporto eleito pelo PSD, João<br />

Salgueiro, actual presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

Câmara, refutava as críticas <strong>de</strong> que<br />

o contrato tinha sido “preparado<br />

para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os interesses <strong>da</strong> firma”.<br />

Na ocasião, em <strong>de</strong>clarações<br />

ao JORNAL DE LEIRIA, Salgueiro<br />

afirmava que o acordo acautelava<br />

os direitos do município, pois<br />

garantia “o bom funcionamento<br />

do espaço”.<br />

Hoje, o presi<strong>de</strong>nte, eleito nas<br />

listas do PS, diz que o contrato foi<br />

“um mau negócio” para a Câmara.<br />

“To<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>spesas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a limpeza,<br />

ao aquecimento <strong>da</strong> água, até<br />

à cobrança <strong>da</strong>s entra<strong>da</strong>s, eram <strong>da</strong><br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do município,<br />

que recebia uma parcela muito<br />

pequena <strong>de</strong> receitas”, argumenta.<br />

MAS<br />

Confrontado com a mu<strong>da</strong>nça<br />

<strong>de</strong> opinião, João Salgueiro diz que,<br />

embora fosse vereador do Desporto<br />

quando o contrato foi assinado, o<br />

acordo não é <strong>da</strong> sua responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

“Não fui eu que o negociei,<br />

mas o presi<strong>de</strong>nte. E o executivo,<br />

do qual fazia parte, aprovou-o”,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>-se.<br />

Irene Pereira, vereadora do PSD,<br />

lamenta que o contrato, renovado<br />

em Outubro passado, tenha sido<br />

<strong>de</strong>nunciado a meio do ano lectivo.<br />

Contudo, e “porque foi garantido<br />

que a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> não será afecta<strong>da</strong>”,<br />

os autarcas social-<strong>de</strong>mocratas<br />

aprovaram o novo mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> gestão <strong>da</strong>s piscinas. “O mais<br />

importante é manter a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do serviço prestado que é reconhecido<br />

pelos utentes”, diz a vereadora.<br />

Carlos Neves, sócio-gerente <strong>da</strong><br />

Active Wave, explica que a empresa<br />

aceitou renegociar o contrato<br />

para <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong><strong>de</strong> ao projecto<br />

<strong>de</strong> “quali<strong>da</strong><strong>de</strong>” que tem sido<br />

<strong>de</strong>senvolvido nas piscinas. ■<br />

Maria Anabela Silva<br />

Priori<strong>da</strong><strong>de</strong> à educação patrimonial<br />

Joaquim Ruivo eleito novo presi<strong>de</strong>nte do CEPAE<br />

Joaquim Ruivo foi eleito na<br />

segun<strong>da</strong>-feira presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

direcção do Centro <strong>de</strong> Património<br />

<strong>da</strong> Alta Estremadura<br />

(CEPAE) para o biénio<br />

2005/2006.<br />

O professor <strong>de</strong> história aponta<br />

a educação patrimonial como<br />

priori<strong>da</strong><strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental para o<br />

seu man<strong>da</strong>to, que explica passar<br />

sobretudo pelo “<strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> acções educativas”.<br />

Joaquim Ruivo adianta que<br />

a curto prazo os objectivos do<br />

CEPAE passam pelo reforço do<br />

papel do Conselho Consultivo,<br />

“promovendo a realização <strong>de</strong>,<br />

pelo menos, três encontros<br />

anuais, pelo reforço <strong>da</strong> ligação<br />

com as associações locais <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fesa do património e pela<br />

promoção <strong>de</strong> uma ligação mais<br />

estreita com as escolas e instituições<br />

<strong>de</strong> ensino”.<br />

O relançamento do esforço<br />

<strong>de</strong> captação <strong>de</strong> novos associados,<br />

nomea<strong>da</strong>mente entre as<br />

juntas <strong>de</strong> freguesia e a i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong> instituições, organismos<br />

e empresas, que possam<br />

apoiar e patrocinar algumas<br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do CEPAE, são políticas<br />

a seguir. ■<br />

BREVES<br />

■<br />

Ourém<br />

Criança<br />

e escola<br />

em <strong>de</strong>bate<br />

“A criança, a escola e a vi<strong>da</strong> activa”<br />

é o tema <strong>de</strong> um <strong>de</strong>bate, a realizar<br />

amanhã às 20:30 horas, na<br />

se<strong>de</strong> <strong>da</strong> Associação Recreativa e<br />

Cultural <strong>de</strong> Atouguia, Ourém. A<br />

conferência contará com a presença<br />

<strong>de</strong> António Frazão, psicólogo<br />

e professor no ISLA <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

e <strong>de</strong> Carlos Neto, docente <strong>da</strong><br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Motrici<strong>da</strong><strong>de</strong> Humana<br />

<strong>de</strong> Lisboa. A iniciativa insere-se<br />

na semana social e cultura<br />

organiza<strong>da</strong> pelo Centro Social<br />

e Paroquial <strong>de</strong> Atouguia (CSPA),<br />

que, para hoje, prevê um colóquio<br />

sobre as doenças <strong>de</strong> Alzeimer<br />

e Parkinson, no centro <strong>de</strong><br />

dia do CSPA. Entre as 10 e as 17<br />

horas <strong>de</strong> amanhã, haverá um rastreio<br />

auditivo aberto à população<br />

na se<strong>de</strong> <strong>da</strong> centro social.<br />

Porto <strong>de</strong> Mós<br />

Pais em<br />

formação<br />

A Psicativa (Cooperativa Nacional<br />

<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e Desenvolvimento<br />

Humano e Comunitário) <strong>de</strong><br />

Porto <strong>de</strong> Mós está a promover<br />

sessões <strong>de</strong> esclarecimento em<br />

Mira <strong>de</strong> Aire, subordina<strong>da</strong>s ao<br />

tema “Criança como ci<strong>da</strong>dã do<br />

mundo”. <strong>Os</strong> encontros estão marcados<br />

para os próximos dias 7,<br />

13 e 21 na Escola Secundária e<br />

<strong>de</strong>correm entre as 18:30 e as 20<br />

horas. Durante esse período, haverá<br />

ATL’s para as crianças, cujos<br />

pais estejam em formação. Alimentação<br />

saudável, apren<strong>de</strong>r a<br />

brincar com crianças, a relação<br />

família, criança e escola e a análise<br />

entre o “normal e o patológico”<br />

são alguns dos temas em<br />

<strong>de</strong>bate nas sessões, que serão<br />

coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s por técnicos formados<br />

em serviço social, terapia<br />

familiar, psicologia e psicope<strong>da</strong>gogia.<br />

Fatima<br />

Novo mercado<br />

inaugurado<br />

O novo mercado <strong>de</strong> Fátima foi<br />

inaugurado sexta-feira passa<strong>da</strong>,<br />

tendo já funcionado no sábado.<br />

Constituído por 60 bancas<br />

e 16 lojas, a maioria <strong>da</strong>s quais<br />

do ramo alimentar, o mercado<br />

custou cerca <strong>de</strong> 800 mil euros.<br />

Natálio Reis, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta<br />

<strong>de</strong> Fátima, frisa que a obra<br />

permitiu “dignificar um espaço<br />

que funcionava sem as condições<br />

mínimas”. A intervenção<br />

incluiu ain<strong>da</strong> a requalificação<br />

do parque <strong>de</strong> estacionamento<br />

junto ao mercado. ■


10 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Alcobaça<br />

Mosteiros<br />

unidos<br />

O vice-presi<strong>de</strong>nte do Instituto<br />

Português do Património<br />

Arquitectónico (Ippar), Henrique<br />

<strong>de</strong> Matos Parente, vai<br />

estar presente no auditório <strong>da</strong><br />

Biblioteca <strong>de</strong> Alcobaça, às 21<br />

horas <strong>de</strong> sexta-feira, na conferência<br />

organiza<strong>da</strong> pelo jornal<br />

digital “Tinta Fresca”. ‘Três<br />

monumentos Património Mundial:<br />

Alcobaça, Batalha e Tomar’<br />

preten<strong>de</strong> unir os monumentos<br />

e colocá-los a funcionar<br />

em re<strong>de</strong>. A conferência contará<br />

também com a presença<br />

dos directores do Mosteiro <strong>de</strong><br />

Alcobaça, Rui Rasquilho, do<br />

Mosteiro <strong>da</strong> Batalha, Júlio<br />

Órfão, e do Convento <strong>de</strong> Cristo,<br />

Jorge Custódio. É também<br />

aguar<strong>da</strong><strong>da</strong> a participação dos<br />

autarcas dos concelhos envolvidos.<br />

Nazaré<br />

Inag inicia obra<br />

junto ao Farol<br />

O Instituto <strong>da</strong> Água iniciou,<br />

esta segun<strong>da</strong>-feira, a obra <strong>de</strong><br />

consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> zona envolvente<br />

ao Forte <strong>de</strong> São Miguel<br />

Arcanjo, na Nazaré. A primeira<br />

fase <strong>da</strong> obra consiste na consoli<strong>da</strong>ção<br />

<strong>da</strong> envolvente ao<br />

Forte, edifício do século XVI<br />

on<strong>de</strong> está instalado há várias<br />

déca<strong>da</strong>s o farol <strong>da</strong> vila. Numa<br />

fase posterior, avançam as<br />

obras <strong>de</strong> reparação <strong>da</strong>s próprias<br />

estruturas do edifício,<br />

cuja aquisição está a ser negocia<strong>da</strong><br />

há vários anos pela Câmara<br />

Municipal com o Ministério<br />

<strong>da</strong> Defesa e a Marinha.<br />

Pombal<br />

Angariação<br />

<strong>de</strong> fundos<br />

para quartel<br />

O restaurante Nossa Senhora<br />

<strong>da</strong> Guia “Casa dos Leitões”, na<br />

Guia, Pombal, acolhe, no próximo<br />

domingo, pelas 12:30<br />

horas, uma almoço <strong>de</strong>stinado<br />

à angariação <strong>de</strong> fundos para<br />

a construção do quartel <strong>da</strong> secção<br />

Oeste dos Bombeiros Voluntários<br />

<strong>de</strong> Pombal. Mais <strong>de</strong> 100<br />

aspirantes, naturais <strong>da</strong>s freguesias<br />

<strong>da</strong> Guia, Ilha e Mata<br />

Mourisca, encontram-se a receber<br />

formação para constituírem<br />

um novo corpo <strong>de</strong> bombeiros<br />

naquela área do<br />

concelho.<br />

Além <strong>da</strong> queixa no Ministério Público, clínico envolvido noutro episódio<br />

Médico <strong>de</strong> Alcobaça acusado<br />

<strong>de</strong> consultar sob efeito do álcool<br />

O médico do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Alcobaça que está a ser<br />

investigado pelo Ministério Público,<br />

no caso <strong>da</strong> morte <strong>de</strong> um utente,<br />

foi alvo, na passa<strong>da</strong> semana,<br />

<strong>de</strong> outra queixa, <strong>de</strong>sta vez no<br />

Livro Amarelo. <strong>Os</strong> episódios estão<br />

a preocupar a Administração<br />

Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ARS) do Centro.<br />

O clínico é acusado <strong>de</strong> embriaguês<br />

no local <strong>de</strong> trabalho e à hora<br />

do expediente.<br />

No primeiro caso, que ocorreu<br />

há quatro meses, a viúva <strong>de</strong> um<br />

utente acusa o médico <strong>de</strong> ter examinado<br />

o seu marido sob o efeito<br />

do álcool. O utente faleceu a caminho<br />

do serviço <strong>de</strong> Cardiologia do<br />

Hospital <strong>de</strong> Santo André, em <strong>Leiria</strong>,<br />

para on<strong>de</strong> foi encaminhado por<br />

<strong>de</strong>cisão do médico <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

A situação mais recente, que<br />

teve lugar na passa<strong>da</strong> semana, um<br />

utente entrou com o filho no gabinete<br />

do médico, on<strong>de</strong> - segundo<br />

fonte <strong>da</strong> ARS do Centro - se encontrava<br />

um rádio “que estaria a interferir<br />

na consulta”. O utente terá<br />

pedido ao médico que baixasse o<br />

Rui Rocha foi eleito como novo<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong> Associação<br />

Humanitária dos Bombeiros<br />

Voluntários <strong>de</strong> Ansião, com<br />

134 <strong>de</strong> 153 votos possíveis.<br />

O vereador e vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

Câmara Municipal preten<strong>de</strong> que<br />

se abra um novo capítulo nas relações<br />

entre a Direcção <strong>da</strong> Associação<br />

e o corpo activo <strong>de</strong> bombeiros.<br />

Nos últimos meses, a<br />

convivência tem sido difícil com<br />

ANA FERRAZ PEREIRA<br />

ARS do Centro preocupa<strong>da</strong> com o caso<br />

som e, após uma troca <strong>de</strong> palavras<br />

mais intensa, o rádio alega<strong>da</strong>mente<br />

<strong>de</strong>sapareceu.<br />

“O médico acusou o utente <strong>de</strong><br />

ter roubado o rádio”, explica a mesma<br />

fonte. O doente optou por chamar<br />

a PSP, para que verificasse que<br />

o rádio não se encontrava na sua<br />

posse. “O utente achou a situação<br />

O julgamento <strong>de</strong> uma burla superior<br />

a cinco milhões <strong>de</strong> euros, envolvendo<br />

uma empresa <strong>da</strong> Benedita,<br />

38 empresários e off-shores numa<br />

ilha do Pacífico, voltou a ser adiado<br />

na segun<strong>da</strong>-feira pelo Tribunal<br />

<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha, <strong>da</strong><strong>da</strong> a ausência<br />

<strong>de</strong> um dos arguidos, Carlos<br />

Machado, presumivelmente a residir<br />

no Brasil.<br />

Depois <strong>de</strong> ter sido adia<strong>da</strong> a primeira<br />

audiência, marca<strong>da</strong> para<br />

Novembro do ano passado, o colectivo<br />

<strong>de</strong> juízes presidido por Paulo<br />

Coelho, optou por voltar a adiar as<br />

sessões marca<strong>da</strong>s para todos os dias<br />

<strong>de</strong>sta semana, uma vez que à repetição<br />

do caso julgado em Alcobaça<br />

foram entretanto apensos nove<br />

processos, que o colectivo enten<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>verem ser julgados em conjunto.<br />

O facto <strong>de</strong> Carlos Machado, que<br />

no processo principal seria julgado<br />

na sua ausência, não ter sido<br />

notificado para o julgamento <strong>de</strong><br />

alguns dos apensos, levou o tribunal<br />

a <strong>de</strong>cidir que o julgamento só<br />

po<strong>de</strong>rá ocorrer após a sua notificação,<br />

ficando as novas sessões<br />

marca<strong>da</strong>s para 3, 4 e 5 <strong>de</strong> Maio.<br />

Nessas <strong>da</strong>tas serão ouvidos os<br />

arguidos Fernando Cardoso e a<br />

mulher, Maria <strong>de</strong> Jesus, e Carlos<br />

tão caricata que terá dito que parecia<br />

que o médico estava embriagado”,<br />

disse fonte <strong>da</strong> ARS.<br />

A mesma fonte explica que “em<br />

relação a estas situações que têm<br />

implicado este médico, tem havido,<br />

por parte <strong>da</strong> ARS do Centro,<br />

um certo cui<strong>da</strong>do”.<br />

O primeiro caso verificou-se no<br />

Machado, que alega<strong>da</strong>mente terão<br />

constituído a Consulting and Investiments,<br />

uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> com se<strong>de</strong><br />

na Polinésia e escritório na Benedita<br />

(Alcobaça), através do qual<br />

atraíam clientes, prometendo financiamento<br />

a empresas e particulares<br />

a precisar <strong>de</strong> capital para iniciar<br />

ou relançar negócios.<br />

Em troca, era-lhes exigido um<br />

adiantamento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z por<br />

cento do capital e que os investidores<br />

constituíssem um off-shore<br />

num paraíso fiscal, a que se referiam<br />

como o Domínio <strong>de</strong> Melchize<strong>de</strong>k<br />

(DOM), que não passa <strong>de</strong> um<br />

pequeno atol na Polinésia, que<br />

troca <strong>de</strong> críticas e acusações entre<br />

a anterior Direcção li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> por<br />

Júlio Marques e os homens coman<strong>da</strong>dos<br />

por Carlos Faveiro.<br />

O conflito tornou-se visível<br />

durante as comemorações do 48º<br />

aniversário <strong>da</strong>quela corporação,<br />

com as palavras proferi<strong>da</strong>s pelo<br />

então presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Assembleia<br />

Geral <strong>da</strong> Associação Humanitária,<br />

Fernando Silva, que criticou Carlos<br />

Faveiro e seus homens. Na reunião<br />

<strong>da</strong> Assembleia Geral, a 9 <strong>de</strong><br />

Janeiro, os membros <strong>da</strong> corporação<br />

atacaram o trabalho <strong>da</strong> Direcção<br />

li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> por Júlio Marques e<br />

chumbaram a proposta <strong>de</strong> orçamento<br />

para 2006.<br />

Uma entrevista concedi<strong>da</strong> pelo<br />

presi<strong>de</strong>nte cessante ao jornal local<br />

“Horizonte” contribuiu para aumentar<br />

a tensão, com o responsável a<br />

acusar o corpo <strong>de</strong> bombeiros <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>svio <strong>de</strong> fundos e sonegação <strong>de</strong><br />

hospital <strong>de</strong> Alcobaça, o que, numa<br />

primeira análise, fez com que o clínico<br />

fosse i<strong>de</strong>ntificado com aquela<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Mas o médico<br />

em questão é do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

e, naquela noite, efectuava serviço<br />

no Serviço <strong>de</strong> Atendimento Permanente,<br />

nas instalações <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que são usa<strong>da</strong>s para<br />

o efeito.<br />

António Ventura, presi<strong>de</strong>nte do<br />

Conselho <strong>de</strong> Administração, confirma<br />

que <strong>de</strong>correm averiguações<br />

internas e que foi contactado pelo<br />

Ministério Público, que lhe pediu<br />

informações sobre a noite em que<br />

o utente falecido foi atendido pelo<br />

médico em questão.“Já há uns anos,<br />

na anterior Administração, houve<br />

um escân<strong>da</strong>lo pelo mesmo assunto”,<br />

recor<strong>da</strong> António Ventura.<br />

Estranho é que Dina Ruivaco,<br />

directora do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, não<br />

tenha conhecimento oficial do primeiro<br />

caso. Quando soube do segundo,<br />

a responsável alterou o turno<br />

do médico em causa, <strong>da</strong>s noites<br />

para as manhãs. ■<br />

Ana Ferraz Pereira<br />

Tribunal <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha notifica arguido supostamente a residir no Brasil<br />

Julgamento <strong>de</strong> off-shore volta a ser adiado<br />

durante a maré-cheia fica submerso.<br />

O julgamento seguirá com a<br />

audição <strong>de</strong> dois agentes <strong>da</strong> Judiciária,<br />

as principais testemunhas<br />

do caso, em que foram extorquidos<br />

a 38 empresários cerca <strong>de</strong> 650<br />

mil euros, no âmbito <strong>de</strong> uma frau<strong>de</strong><br />

que envolveu ain<strong>da</strong> a falsa abertura<br />

<strong>de</strong> um banco – American Bank<br />

Group (ABC) e, no caso <strong>de</strong> um<br />

empresário nortenho, a aplicação<br />

<strong>de</strong> outro esquema que passava por<br />

investimentos num alegado projecto<br />

humanitário <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>da</strong> Guiné Equatorial, orçado<br />

em dois milhões <strong>de</strong> dólares.■<br />

Dina Aleixo<br />

Ânimos acalmam nos Voluntários <strong>de</strong> Ansião<br />

Bombeiros processam presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Direcção cessante<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> corporação.<br />

Face a estas afirmações, o<br />

coman<strong>da</strong>nte, Carlos Faveiro, fez<br />

saber, em comunicado, que as<br />

“acusações divulga<strong>da</strong>s, que visaram<br />

o coman<strong>da</strong>nte e também as<br />

mulheres e homens do corpo <strong>de</strong><br />

Bombeiros, serão objecto <strong>de</strong> processo<br />

judicial, por calúnia e difamação.”<br />

■<br />

Jacinto Silva Duro


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | SEGURANÇA |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 11<br />

Sistema Baby Match em funcionamento<br />

Hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> protege<br />

crianças <strong>de</strong> rapto<br />

ELISABETE CRUZ<br />

Crianças interna<strong>da</strong>s já usam pulseira<br />

O serviço <strong>de</strong> Pediatria do Hospital<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está dotado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

terça-feira, <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> protecção<br />

electrónico <strong>de</strong> crianças e<br />

posicionamento local, <strong>de</strong>nominado<br />

Baby Match, que aju<strong>da</strong>rá a prevenir<br />

eventuais raptos.<br />

Bilhota Xavier, director do serviço<br />

<strong>de</strong> Pediatria, explicou que a<br />

pulseira será utiliza<strong>da</strong> por to<strong>da</strong>s as<br />

crianças, dos recém-nascidos aos<br />

6 anos. “A partir <strong>de</strong>ssa i<strong>da</strong><strong>de</strong> as<br />

crianças já terão mais <strong>de</strong>fesas. <strong>Os</strong><br />

bebés são os mais preocupantes. A<br />

excepção serão as crianças, <strong>de</strong> qualquer<br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>, que estão à guar<strong>da</strong> do<br />

serviço”, adiantou. “O sistema fica<br />

caro, porque apenas os TAGs (etiquetas<br />

electrónicas) são recuperáveis.<br />

Tudo o resto é <strong>de</strong>scartável. <strong>Os</strong><br />

custos <strong>de</strong> manutenção são elevados,<br />

por isso protegemos os mais<br />

frágeis”, justificou.<br />

“Esta é uma mais-valia para as<br />

crianças <strong>da</strong> região, que ficam mais<br />

seguras e os próprios pais mais confiantes”,<br />

sublinhou Bilhota Xavier,<br />

congratulando-se pelo Hospital <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> não ter registo <strong>de</strong> raptos.<br />

“Temos <strong>de</strong> ter uma atitu<strong>de</strong> pró-activa<br />

para prevenir aci<strong>de</strong>ntes, tendo<br />

em conta os relatos ocorridos noutros<br />

hospitais. No nosso serviço<br />

tivemos apenas um caso, há cerca<br />

<strong>de</strong> três anos, <strong>de</strong> uns pais que raptaram<br />

o filho, numa situação em<br />

que a criança tinha sido retira<strong>da</strong><br />

aos pais”, revela.<br />

“O Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

está a negociar com duas empresas<br />

para que o sistema possa funcionar<br />

rapi<strong>da</strong>mente nos recém-nascidos”,<br />

adianta Bilhota Xavier,<br />

revelando que, neste momento, o<br />

serviço possui 40 pulseiras. A uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> internamento tem uma<br />

lotação <strong>de</strong> 26 camas no serviço <strong>de</strong><br />

pediatria e mais 16 na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Cui<strong>da</strong>dos Especiais <strong>de</strong> Pré-natais.<br />

Todos os pequenos pacientes<br />

que forem internados no hospital<br />

receberão uma pulseira, que funciona<br />

com uma etiqueta electrónica<br />

integra<strong>da</strong> e que está liga<strong>da</strong> à<br />

segurança do hospital.<br />

Se uma criança se aproximar<br />

<strong>de</strong> uma porta automática, esta bloqueia<br />

<strong>de</strong> imediato. Se conseguir<br />

Neve obrigou a corte <strong>de</strong> estra<strong>da</strong>s<br />

Turistas “evacuados” em Porto <strong>de</strong> Mós<br />

passar, porque alguém do lado contrário<br />

ia a entrar, o alarme é accionado<br />

no momento e a criança localiza<strong>da</strong>.<br />

O sistema serve também para<br />

impedir a entra<strong>da</strong> na sala dos medicamentos.<br />

“As i<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre 3 e os<br />

4 anos é que são mais curiosos por<br />

estas coisas”, admite.<br />

Neste momento, o hospital <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> é o segundo a avançar com<br />

o Baby Match, que foi possível com<br />

a aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> Missão Sorriso, a iniciativa<br />

do hipermercado Continente,<br />

que com a ven<strong>da</strong> dos CDs<br />

<strong>da</strong> Leopoldina oferece material a<br />

vários hospitais do País. Esta entrega<br />

refere-se à acção <strong>de</strong> 2004.<br />

A Missão Sorriso vai voltar ao<br />

hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em breve, <strong>de</strong>sta<br />

vez para entregar um sistema “pioneiro<br />

em Portugal”, que impedirá<br />

a troca <strong>de</strong> medicamentos. Ca<strong>da</strong><br />

doente terá um código <strong>de</strong> barras,<br />

que será colocado também no fármaco<br />

que sempre que for administrado,<br />

passará no código do<br />

doente, confirmando que está correcto.■<br />

Elisabete Cruz<br />

Responsável pelo Agrupamento relativiza o sucedido<br />

Mãe agri<strong>de</strong> funcionária em escola <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Motivos do “foro íntimo” terão<br />

estado na origem <strong>da</strong> agressão<br />

<strong>de</strong> uma encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> educação<br />

a uma funcionária <strong>de</strong> uma<br />

empresa que serve refeições aos<br />

alunos <strong>de</strong> uma extensão <strong>da</strong> Escola<br />

Amarela <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que funciona<br />

nas instalações <strong>da</strong> Centro<br />

Educativo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (CEL), há<br />

cerca <strong>de</strong> uma semana.<br />

A mãe <strong>de</strong> um aluno, que frequenta<br />

o referido estabelecimento<br />

<strong>de</strong> ensino, terá entrado no refeitório<br />

“visivelmente perturba<strong>da</strong>” e<br />

“sequestrou” a funcionária agredindo-a<br />

alega<strong>da</strong>mente com violência.<br />

“Preocupámo-nos pontualmente.<br />

Não dou mais relevância ao sucedido.<br />

Foi <strong>de</strong>sagradável, assustador<br />

no momento, mas a segurança funcionou<br />

e rapi<strong>da</strong>mente chegaram<br />

as forças policiais”, adiantou Graça<br />

Sampaio, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Comissão<br />

Executiva do Agrupamento <strong>de</strong><br />

Escolas D. Dinis.<br />

O sucedido alarmou alguns pais,<br />

que questionaram a segurança <strong>da</strong><br />

escola. Uma mãe avançou ao JOR-<br />

NAL DE LEIRIA que “qualquer pessoa<br />

po<strong>de</strong> entrar” no recinto. “O meu<br />

marido, que raramente vai levar o<br />

meu filho e ninguém o conhece,<br />

entrou sem problemas”, reforçou.<br />

A encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> educação conta<br />

que os pais sempre questionaram<br />

o facto <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> <strong>da</strong>s crianças<br />

se fazer pela parte <strong>de</strong> trás do<br />

edifício. “À frente funciona o CEL.<br />

Daí que os alunos entrem pelo outro<br />

lado. No dia 2 <strong>de</strong> Janeiro, disseram-nos<br />

que as crianças iriam continuar<br />

a utilizar esse acesso por<br />

motivos <strong>de</strong> segurança”, revela, esperando<br />

que a agressão sirva para<br />

reforçar a segurança. “Foi pedido<br />

à DREC [Direcção Regional <strong>de</strong> Educação<br />

do Centro], veremos o que<br />

irá acontecer.”<br />

Graça Sampaio contrapõe e<br />

afirma que a escola possui a “segurança<br />

que têm to<strong>da</strong>s as outras”.<br />

A responsável acrescenta ser “quase<br />

impossível prever e evitar situações<br />

como esta”, garantindo que<br />

o estabelecimento tem a presença<br />

permanente <strong>de</strong> uma funcionária<br />

à porta.<br />

Reforçando a preocupação dos<br />

pais, a encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> educação<br />

frisa que não existem garantias <strong>de</strong><br />

que possam entrar na escola “pessoas<br />

não i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, com as piores<br />

<strong>da</strong>s intenções, o que po<strong>de</strong> resultar<br />

numa tragédia”.<br />

“Este caso foi com uma mãe e<br />

qualquer encarregado <strong>de</strong> educação<br />

tem acesso à escola. A funcionária<br />

controla as restantes entra<strong>da</strong>s”,<br />

remata Graça Sampaio.<br />

O JORNAL DE LEIRIA contactou<br />

a DREC, que remeteu qualquer<br />

esclarecimento para a Comissão<br />

Executiva do Agrupamento <strong>de</strong> Escolas<br />

D. Dinis. ■<br />

EC<br />

BREVES<br />

■<br />

Nazaré<br />

Homicídio<br />

em julgamento<br />

O julgamento dos três jovens que<br />

espancaram até à morte um pescador<br />

<strong>da</strong> Nazaré, em Abril do ano<br />

passado, começou na segun<strong>da</strong>feira<br />

no tribunal <strong>da</strong> vila. A sessão<br />

ficou marca<strong>da</strong> pela contradição<br />

entre dois dos três arguidos.<br />

Marco Correia, Sérgio Monteiro<br />

e Roberto Catarino são acusados<br />

dos crimes <strong>de</strong> homicídio qualificado<br />

e <strong>de</strong> profanação do cadáver<br />

<strong>de</strong> Hél<strong>de</strong>r Israel. Na sessão,<br />

Marco Correia responsabilizou<br />

Roberto Catarino pelo crime,<br />

enquanto este garantiu que o primeiro<br />

é que <strong>de</strong>u indicação para<br />

agredir a vítima. O início do julgamento<br />

juntou familiares e amigos<br />

do pescador, que ameaçaram<br />

os réus, o que levou a reforços<br />

policiais. O crime terá ocorrido<br />

por vingança pessoal <strong>de</strong> um dos<br />

réus, na casa <strong>de</strong> um dos presumíveis<br />

homici<strong>da</strong>s. <strong>Os</strong> três arguidos<br />

passeavam <strong>de</strong> carro na marginal<br />

<strong>da</strong> Nazaré quando terão<br />

encontrado a vítima e o convi<strong>da</strong>ram<br />

para tomar um copo. Depois<br />

do crime, terão colocado o corpo<br />

<strong>da</strong> vítima no interior <strong>de</strong> dois<br />

sacos pretos, tendo-o transportado<br />

na bagagem do carro até<br />

Peniche, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>sfizeram <strong>de</strong>le<br />

junto ao Cabo Carvoeiro.<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Homem morre<br />

carbonizado<br />

Um homem, <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente<br />

60 anos, morreu num<br />

incêndio, domingo à tar<strong>de</strong>,<br />

numa casa “tipo barraca”, na<br />

locali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Carreira, <strong>Leiria</strong>.<br />

Segundo o Centro Distrital <strong>de</strong><br />

Operações <strong>de</strong> Socorro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

a vítima encontrava-se<br />

sozinha, quando, por causas<br />

<strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>flagrou o<br />

fogo que lhe provocou a morte<br />

por carbonização. Quando<br />

os Bombeiros Municipais <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> e Voluntários <strong>de</strong> Ortigosa<br />

chegaram ao local, o<br />

homem já havia morrido.<br />

Pombal<br />

Aci<strong>de</strong>nte<br />

vitima jovem<br />

Alguns turistas que visitavam o<br />

concelho <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós foram<br />

surpreendidos pela que<strong>da</strong> <strong>de</strong> neve<br />

que caiu em quase todos os distritos<br />

do País, no domingo. <strong>Os</strong> visitantes<br />

<strong>de</strong>slocavam-se em autocarros<br />

para restaurantes na zona <strong>da</strong><br />

Serra <strong>de</strong> Aire e ficaram bloqueados.<br />

As pessoas foram obriga<strong>da</strong>s a<br />

recorrer à aju<strong>da</strong> dos carros <strong>da</strong> Câmara<br />

e dos Bombeiros locais para chegarem<br />

ao seu <strong>de</strong>stino.<br />

Na segun<strong>da</strong>-feira, em São Bento,<br />

Covas Altas, dois autocarros que<br />

transportavam crianças para a escola<br />

também ficaram bloqueados. O<br />

problema voltou a ser resolvido<br />

pelos mesmos meios.<br />

A neve e gelo que caíram no<br />

domingo obrigaram também a Briga<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> Trânsito (BT) <strong>da</strong> GNR a<br />

medi<strong>da</strong>s redobra<strong>da</strong>s. A A1 esteve<br />

corta<strong>da</strong> cerca <strong>de</strong> sete horas entre o<br />

Nó <strong>de</strong> Santarém e Pombal.<br />

O piso escorregadio provocou<br />

vários <strong>de</strong>spistes <strong>de</strong> carros, que <strong>de</strong>pois<br />

não conseguiram sair <strong>da</strong>s valetas<br />

cheias <strong>de</strong> neve. No distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

os bombeiros foram chamados<br />

para retirar carros atolados na neve<br />

em Mira d’Aire e Chainça.<br />

A A8, entre Loures e <strong>Leiria</strong>, e a<br />

A15, que liga Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha a<br />

Santarém, também estiveram com<br />

o trânsito cortado. O primeiro corte<br />

ocorreu no sentido Sul/Norte,<br />

junto às portagens <strong>da</strong> Malveira,<br />

<strong>de</strong>vido a um choque em ca<strong>de</strong>ia com<br />

cinco viaturas ligeiras. O aci<strong>de</strong>nte<br />

provocou dois feridos graves e quatro<br />

ligeiros. A estra<strong>da</strong> foi também<br />

impedi<strong>da</strong> entre os nós <strong>de</strong> Bombarral<br />

e Torres Vedras Sul, apenas <strong>de</strong>vido<br />

à neve que se acumulou no piso.<br />

Na EN 236 junto a Castanheira <strong>de</strong><br />

Pera, no Norte do distrito, a circulação<br />

rodoviária também esteve<br />

impedi<strong>da</strong>. ■<br />

Um jovem <strong>de</strong> 28 anos morreu,<br />

na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sábado, quando o<br />

veículo que conduzia se <strong>de</strong>spistou<br />

e embateu contra um muro,<br />

na estra<strong>da</strong> municipal 589, em<br />

Soure. O jovem, resi<strong>de</strong>nte em<br />

Poios, Redinha (Pombal), era o<br />

único ocupante do veículo. <strong>Os</strong><br />

bombeiros tiveram <strong>de</strong> utilizar<br />

material <strong>de</strong> <strong>de</strong>sencarceramento<br />

para retirar a vítima. ■


12 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | EDUCAÇÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Educação<br />

especial<br />

Reflectir sobre as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> resposta à diversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e clarificar modos <strong>de</strong> participação<br />

dos diferentes agentes<br />

educativos na (<strong>de</strong>s)construção<br />

<strong>da</strong> educação especial é o objectivo<br />

<strong>da</strong> jorna<strong>da</strong> “Reflexões<br />

sobre educação especial”, que<br />

<strong>de</strong>correrá a partir <strong>da</strong>s 9 horas<br />

do dia 9, no auditório 1 <strong>da</strong><br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Organizado pelas<br />

Equipas <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação dos<br />

Apoios Educativos, o encontro<br />

<strong>de</strong>stina-se a todos os docentes.<br />

A sessão <strong>de</strong> encerramento,<br />

presidi<strong>da</strong> pelo director<br />

regional <strong>de</strong> Educação do Centro,<br />

José Manuel Silva, está<br />

prevista para as 16:15 horas<br />

Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />

Sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong> na<br />

adolescência<br />

Projecto <strong>de</strong>senvolvido na Correia Mateus, em <strong>Leiria</strong><br />

Oficina do comportamento<br />

apoia alunos indisciplinados<br />

<strong>Os</strong> alunos <strong>da</strong> Escola Básica do<br />

2º e 3º Ciclos Dr. Correia Mateus<br />

com comportamentos <strong>de</strong>sajustados,<br />

<strong>de</strong> indisciplina e <strong>de</strong> violência<br />

passaram a ser encaminhados para<br />

a Oficina do Comportamento, on<strong>de</strong><br />

duas professoras do estabelecimento<br />

<strong>de</strong> ensino tentam apurar as<br />

causas <strong>da</strong>s suas atitu<strong>de</strong>s e apoiá-<br />

-los na procura <strong>de</strong> soluções.<br />

Amélia do Vale, professora <strong>de</strong><br />

Matemática/Ciências, explica que<br />

enquanto assessora pe<strong>da</strong>gógica do<br />

Conselho Executivo assistia com<br />

frequência a casos <strong>de</strong> alunos que<br />

eram man<strong>da</strong>dos para casa por problemas<br />

<strong>de</strong> indisciplina. Quando<br />

regressavam, an<strong>da</strong>vam bem durante<br />

15 dias, mas <strong>de</strong>pois voltavam a<br />

“pisar o risco”.<br />

“<strong>Os</strong> miúdos quando se portam<br />

mal, não o fazem por serem mal<br />

educados. Querem mostrar que<br />

alguma coisa não está bem. O mau<br />

comportamento é um sintoma”,<br />

afirma a professora. Nesse sentido,<br />

enten<strong>de</strong> que penas disciplinares,<br />

como man<strong>da</strong>r os alunos para<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Amélia do Vale age como tutora dos alunos<br />

casa, são eficazes apenas no casos<br />

dos estu<strong>da</strong>ntes com uma “cultura<br />

próxima <strong>da</strong> escola”, em que essa<br />

forma <strong>de</strong> repreensão os <strong>de</strong>ixa envergonhados.<br />

No caso dos alunos com<br />

problemas frequentes <strong>de</strong> indisciplina,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> ser imprescindível<br />

i<strong>de</strong>ntificar as causas para encontrar<br />

soluções mais ajusta<strong>da</strong>s.<br />

A docente assegura que os alunos<br />

se sentem bem na Oficina do<br />

Comportamento, on<strong>de</strong> conversam<br />

sobre os seus problemas e são convi<strong>da</strong>dos<br />

a reflectir sobre a sua conduta,<br />

embora não <strong>de</strong> uma forma<br />

moralista. Amélia do Vale e Isabel<br />

Lopes, também professora <strong>de</strong> Matemática/Ciências,<br />

utilizam para o<br />

efeito pequenas histórias que retratam<br />

situações do dia-a-dia, que os<br />

fazem reflectir sobre os seus valores<br />

e projecto <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, através <strong>da</strong><br />

toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />

“Saem todos com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>r. Não quer dizer que o façam,<br />

mas saem <strong>da</strong>qui com força”, garante<br />

Amélia do Vale. <strong>Os</strong> casos mais<br />

complicados são encaminhados<br />

para especialistas. Des<strong>de</strong> o início<br />

do projecto, já foram apoiados 30<br />

alunos, muitos dos quais continuam<br />

a frequentar a Oficina do<br />

Comportamento.<br />

A intenção <strong>da</strong>s duas professoras<br />

é contribuir para que os alunos<br />

construam a sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

personali<strong>da</strong><strong>de</strong> e auto-estima; facilitar<br />

a sua integração na escola,<br />

grupos e família; levá-los a executar<br />

tarefas socialmente reconheci<strong>da</strong>s<br />

e a mu<strong>da</strong>r comportamentos,<br />

através <strong>da</strong> aprendizagem<br />

<strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

e avaliação <strong>de</strong> consequências.■<br />

Alexandra Barata<br />

<strong>Os</strong> responsáveis pela Associação<br />

<strong>de</strong> Promoção e Educação<br />

para a Saú<strong>de</strong> – Sentidos e Sensações<br />

e Cristina Pecante, <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

Rainha são os oradores <strong>da</strong>s<br />

“Conversas Católica” sobre<br />

sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong> na adolescência,<br />

que terá lugar no dia 15, pelas<br />

16 horas, no auditório <strong>da</strong> Escola<br />

Superior <strong>de</strong> Biotecnologia<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica. Com<br />

periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> mensal, a iniciativa<br />

é promovi<strong>da</strong> pelo serviço<br />

<strong>de</strong> documentação e informação<br />

<strong>da</strong> escola. As sessões<br />

estão abertas ao público em<br />

geral.<br />

Professores<br />

homenageados<br />

Doze professoras do 1º ciclo<br />

vão ser homenagea<strong>da</strong>s amanhã,<br />

a partir <strong>da</strong>s 18:30 horas,<br />

pela Câmara <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha,<br />

na Biblioteca Municipal.<br />

À semelhança dos anos anteriores,<br />

a autarquia <strong>de</strong>dica a<br />

cerimónia a todos os professores<br />

do 1º ciclo e educadores<br />

<strong>de</strong> infância que exercem ou<br />

exerceram a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong> no<br />

concelho, com <strong>de</strong>staque para<br />

aqueles que se aposentaram<br />

no último ano. ■<br />

Pacto regional para o ensino quer contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> região<br />

Politécnico realiza estudo<br />

sobre formação e investigação<br />

Realizar um estudo prospectivo<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

regional, nos domínios do ensino,<br />

formação e investigação é<br />

uma <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s previstas no<br />

programa <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s para<br />

2006 do Pacto regional para o<br />

ensino, formação e investigação.<br />

Aprovado por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

na terça-feira pelos subscritores<br />

<strong>da</strong> iniciativa, promovi<strong>da</strong><br />

pelo Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

(IPL), o estudo será concretizado<br />

este ano.<br />

“O inglês é uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>. Há escolas que têm<br />

<strong>de</strong> escolher quem são as crianças<br />

que vão ter acesso às aulas.<br />

As restantes ficam excluí<strong>da</strong>s.”<br />

Este foi um dos avisos lançados<br />

à assessora <strong>da</strong> ministra <strong>da</strong> Educação,<br />

que compareceu em substituição<br />

<strong>de</strong> Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Rodrigues,<br />

no encontro <strong>da</strong> Confe<strong>de</strong>ração<br />

Nacional <strong>da</strong>s Instituições <strong>de</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(CNIS), em Fátima, na<br />

sexta-feira e sábado.<br />

“Este estudo <strong>de</strong>ixa transparecer<br />

os benefícios para a região,<br />

tais como: o crescimento no sector<br />

económico e público, o crescimento<br />

nas novas e nas já instala<strong>da</strong>s<br />

indústrias e ain<strong>da</strong> um<br />

investimento no capital humano<br />

e na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em geral”,<br />

explica um comunicado do IPL.<br />

O encontro teve ain<strong>da</strong> como<br />

objectivo constituir um grupo <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>de</strong> gestão do protocolo,<br />

do qual fazem parte Nuno<br />

Mangas, vice-presi<strong>de</strong>nte do IPL,<br />

A representante <strong>da</strong> ministra foi<br />

bombar<strong>de</strong>a<strong>da</strong> com dúvi<strong>da</strong>s quanto<br />

ao futuro mo<strong>de</strong>lo <strong>da</strong>s IPSS liga<strong>da</strong>s<br />

à infância. Segundo A<strong>de</strong>lino<br />

Moutinho, membro <strong>da</strong> Direcção<br />

<strong>da</strong> CNIS, as instituições estão a<br />

viver um momento muito “quente<br />

e preocupante” e são necessárias<br />

certezas.<br />

O ensino <strong>de</strong>sigual <strong>da</strong> língua<br />

inglesa no 1º Ciclo, e os horários<br />

alargados <strong>de</strong> funcionamento dos<br />

ATL, <strong>da</strong>s 7 às 20 horas, levaram os<br />

Joaquim Barbosa, <strong>da</strong> Direcção<br />

Regional <strong>da</strong> Educação <strong>de</strong> Lisboa,<br />

Ana Elisa Santos, do Centro <strong>de</strong><br />

Formação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Vítor Lourenço,<br />

<strong>da</strong> Escola Profissional <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> e um membro <strong>da</strong> Nerlei -<br />

Associação Empresarial <strong>da</strong> Região<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a <strong>de</strong>signar. O projecto<br />

passou a contar com a APE-<br />

PO - Associação para o Ensino<br />

Profissional do Oeste e o GABI-<br />

NAE - Gabinete <strong>de</strong> Apoio ao<br />

Empresário como novos membros.<br />

representantes a questionar a representante<br />

<strong>da</strong> ministra sobre o tipo<br />

<strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho a aplicar<br />

aos trabalhadores. “Funcionário<br />

públicos ou privados, em part-time<br />

ou full time?” A assessora <strong>da</strong> ministra<br />

<strong>de</strong>ixou as dúvi<strong>da</strong>s sem resposta,<br />

mas assegurou que o Ministério<br />

tem presente que as escolas não<br />

po<strong>de</strong>m substituir as IPSS.<br />

Entre os temas abor<strong>da</strong>dos, foram<br />

ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>batidos os <strong>de</strong>safios e as<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que se colocam às<br />

“O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um<br />

país e <strong>de</strong> uma região, a sua competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

numa economia que<br />

é global, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>da</strong> qualificação<br />

dos recursos humanos e<br />

<strong>da</strong> investigação. É, por isso, fun<strong>da</strong>mental<br />

que a região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

e Oeste respon<strong>da</strong> colectivamente<br />

ao <strong>de</strong>safio do conhecimento,<br />

como condição essencial para o<br />

seu <strong>de</strong>senvolvimento”, disse Luciano<br />

<strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>, presi<strong>de</strong>nte do IPL,<br />

no dia em que o projecto foi subscrito<br />

por 30 enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s. ■<br />

Instituições Priva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> reuniram-se em Fátima<br />

“O inglês é uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>”<br />

IPSS e o papel dos ATL na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

como elementos formadores<br />

e <strong>de</strong> integração social e comunitária.<br />

Para os representantes presentes<br />

no encontro, o ATL não<br />

<strong>de</strong>veria abranger apenas o 1º Ciclo<br />

do ensino básico, mas teria <strong>de</strong> ser<br />

implementado dos 6 aos 16 anos,<br />

<strong>de</strong>vido às <strong>de</strong>ficiências que a escola<br />

<strong>de</strong>monstra como espaço eficaz<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, formação e<br />

integração social e comunitária. ■<br />

Jacinto Silva Duro


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | POLÍTICA |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 13<br />

Vereador do PS na Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Américo Coelho po<strong>de</strong>rá bater<br />

com a porta<br />

Américo Coelho <strong>de</strong>verá abandonar as<br />

funções <strong>de</strong> vereador do PS <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> por alega<strong>da</strong>mente ter entrado em rota<br />

<strong>de</strong> colisão com o colega <strong>de</strong> partido, Raul<br />

Castro. “Já falei com o PS. A <strong>de</strong>silusão é<br />

total. Não resolveram na<strong>da</strong>, chutaram para<br />

canto”, confessa o eleito socialista ao JOR-<br />

NAL DE LEIRIA, escusando-se, no entanto,<br />

a apontar nomes e a explicar o motivo que<br />

o levou a pon<strong>de</strong>rar essa <strong>de</strong>cisão. “De facto,<br />

tem havido algum <strong>de</strong>scontentamento. Já<br />

manifestei isso aos meus colegas vereadores<br />

e a José Manuel Silva, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Concelhia”,<br />

adianta. Américo Coelho afirma ain<strong>da</strong><br />

ter consultado alguns amigos no passado<br />

fim <strong>de</strong> semana para tomar uma resolução.<br />

“É algo que vou ter que <strong>de</strong>cidir”, diz, sem,<br />

no entanto, apontar uma <strong>da</strong>ta.<br />

Segundo uma fonte do PS, Américo Coelho<br />

cedo terá levantado dúvi<strong>da</strong>s com a escolha<br />

<strong>de</strong> Raul Castro para candi<strong>da</strong>to do PS à<br />

Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Divergências que terão<br />

aumentado com a forma como Raul Castro<br />

conduziu a campanha e com as exigências<br />

feitas ao partido.<br />

De acordo com a mesma fonte, Américo<br />

Coelho ter-se-á queixado <strong>de</strong> que as reuniões<br />

entre os vereadores socialistas são mal<br />

prepara<strong>da</strong>s e que existe pouca comunicação<br />

entre o grupo. Mais: que Raul Castro<br />

ARQUIVO/JL<br />

Américo Coelho quer <strong>de</strong>ixar a vereação<br />

terá faltado a algumas reuniões e que <strong>de</strong>dica<br />

pouco tempo à sua preparação.<br />

Aquando <strong>da</strong> discussão, em reunião <strong>de</strong><br />

Câmara, sobre a instalação <strong>de</strong> um megacentro<br />

comercial em <strong>Leiria</strong>, o facto <strong>de</strong> Raul<br />

Castro ter alega<strong>da</strong>mente pedido aos restantes<br />

vereadores do PS que não fizessem qualquer<br />

intervenção para além <strong>da</strong> <strong>de</strong>claração<br />

<strong>de</strong> voto, será outro dos motivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentamento<br />

manifestado por Américo Coelho.<br />

Este vereador, acrescenta a fonte do partido,<br />

também <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a aceitação <strong>de</strong> pelouros,<br />

ao contrário <strong>de</strong> Raul Castro, e terá mesmo<br />

abor<strong>da</strong>do o assunto com a presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Isabel Damasceno.<br />

Tudo isto terá sido discutido numa reunião,<br />

no passado dia 26 <strong>de</strong> Janeiro, com os<br />

membros do secretariado do partido, a pedido<br />

do queixoso, encontro que terá servido<br />

para anunciar a sua vonta<strong>de</strong> em abandonar<br />

a vereação. Altura em que terá adiado a sua<br />

<strong>de</strong>cisão para Março, mês em que <strong>de</strong>verão<br />

realizar-se eleições para a Concelhia.<br />

No entanto, Américo Coelho terá ficado<br />

<strong>de</strong>scontente com “a abor<strong>da</strong>gem pouco contun<strong>de</strong>nte”<br />

como o lí<strong>de</strong>r <strong>da</strong> Concelhia, José<br />

Manuel Silva, conduziu a reunião.<br />

Quem estranha esta toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> posição<br />

é Raul Castro, lí<strong>de</strong>r dos vereadores do PS,<br />

presente na dita reunião. “Foram aflora<strong>da</strong>s<br />

algumas i<strong>de</strong>ias na reunião, mas correu tudo<br />

bem. Acho esquisito. Como po<strong>de</strong> dizer que<br />

falou connosco? Sem comentários”, regista<br />

Raul Castro. Instado por este jornal a<br />

comentar a hipótese <strong>de</strong> Américo Coelho<br />

abandonar a Câmara, José Manuel Silva<br />

optou pelo silêncio.<br />

O lugar vago <strong>de</strong>ixado por Américo Coelho<br />

<strong>de</strong>verá ser preenchido pelo número cinco<br />

<strong>da</strong> lista do PS, António Ferreira. ■<br />

Concelhia do PS <strong>da</strong> Nazaré<br />

Isabel Vigia<br />

recusa lista<br />

conjunta nas eleições<br />

A Concelhia <strong>da</strong> Nazaré do PS continua envolta<br />

num autêntico turbilhão e as próximas<br />

eleições para a Comissão Política Concelhia<br />

(CPC) prometem ser apenas mais um episódio<br />

do conflito entre os apoiantes <strong>da</strong> presi<strong>de</strong>nte<br />

do órgão, Isabel Vigia, e a facção que<br />

li<strong>de</strong>rou a candi<strong>da</strong>tura do partido nas últimas<br />

eleições autárquicas. Nas últimas semanas,<br />

existiram contactos formais entre Isabel<br />

Vigia e representantes <strong>da</strong> facção <strong>de</strong> apoio<br />

ao vereador João Benavente, com o propósito<br />

<strong>de</strong> estabelecer uma lista <strong>de</strong> consenso<br />

para a Concelhia, mas o acordo foi inviabilizado.<br />

Isabel Vigia vai, <strong>de</strong>ste modo, apresentar<br />

uma lista própria às eleições para a<br />

Comissão Política Concelhia e a formalização<br />

<strong>de</strong>ssa intenção <strong>de</strong>ve acontecer no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>da</strong> próxima semana, até porque as eleições<br />

<strong>de</strong>vem ser marca<strong>da</strong>s para o mês <strong>de</strong><br />

Março.<br />

Do lado dos apoiantes <strong>de</strong> João Benavente<br />

ain<strong>da</strong> não existe uma estratégia <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>,<br />

mas é praticamente certo que surgirá uma<br />

lista opositora à actual presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> CPC.<br />

Resta saber se João Simãozinho, candi<strong>da</strong>to<br />

<strong>de</strong>rrotado em Janeiro <strong>de</strong> 2004, estará disponível<br />

para mais um embate. Para já, o<br />

dirigente socialista não quer tecer comentários<br />

sobre o assunto. Em Outubro passado,<br />

o PS obteve o pior resultado <strong>de</strong> sempre<br />

em eleições autárquicas na Nazaré, per<strong>de</strong>ndo<br />

um vereador e a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />

Valado dos Fra<strong>de</strong>s. ■<br />

Rui Alexandre é o nome apontado para encabeçar lista<br />

Daniel Adrião <strong>de</strong>ixa<br />

li<strong>de</strong>rança do PS<br />

<strong>de</strong> Alcobaça<br />

ARQUIVO/JL<br />

Daniel Adrião<br />

Daniel Adrião não será<br />

candi<strong>da</strong>to às eleições para<br />

a Comissão Política Concelhia<br />

<strong>de</strong> Alcobaça do Partido<br />

Socialista, que <strong>de</strong>verão<br />

ter lugar em Março ou<br />

Abril. Rui Alexandre é o<br />

nome avançado para encabeçar<br />

uma lista.<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Comissão<br />

Política Concelhia do PS há<br />

dois man<strong>da</strong>tos, Daniel Adrião<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a renovação e diz<br />

que “há muita gente capaz”<br />

no partido. “<strong>Os</strong> socialistas<br />

que têm estado afastados<br />

<strong>de</strong>vem agora <strong>da</strong>r um passo<br />

em frente.”<br />

Defensor <strong>de</strong> um novo<br />

ciclo no PS <strong>de</strong> Alcobaça,<br />

Daniel Adrião mostra-se<br />

“sempre disponível para<br />

apoiar e aju<strong>da</strong>r”. <strong>Os</strong> resultados<br />

<strong>da</strong>s últimas autárquicas<br />

também influenciaram<br />

a sua <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> não<br />

se voltar a candi<strong>da</strong>tar. “Ficaram<br />

aquém do que estava<br />

à espera.”<br />

Nomeado assessor do<br />

Governo no início <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Daniel Adrião vai manter-se<br />

como vereador e assegura<br />

que trabalhará com<br />

“qualquer Comissão Política<br />

que venha a ser eleita”,<br />

numa clara alusão às relações<br />

turbulentas entre a<br />

Comissão Política a que presi<strong>de</strong><br />

e António José Henriques,<br />

vereador no anterior<br />

man<strong>da</strong>to autárquico.<br />

“No passado fui vítima<br />

<strong>de</strong> situações <strong>da</strong>s quais não<br />

gostei. Por isso, o meu comportamento<br />

será diferente”,<br />

argumenta Daniel Adrião.<br />

O socialista <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> também<br />

que “é importante colocar<br />

os interesses do concelho<br />

à frente dos pessoais”.<br />

LISTA NA CALHA<br />

Rui Alexandre é o nome<br />

apontado pelo advogado<br />

Arnaldo Homem Rebelo<br />

para encabeçar a lista <strong>de</strong><br />

que o próprio causídico fará<br />

parte. “É preciso renovar e<br />

não po<strong>de</strong> ser só no paleio”,<br />

justificou. “O objectivo <strong>da</strong><br />

candi<strong>da</strong>tura é pôr o PS a<br />

funcionar no concelho. Pelo<br />

que se viu nestas eleições<br />

[autárquicas], não estava.”<br />

Rui Alexandre não confirma<br />

o convite, afirmando<br />

apenas que “é muito<br />

cedo”. Já Rui Rasquilho,<br />

nome que tinha sido apontado<br />

para uma eventual<br />

candi<strong>da</strong>tura, <strong>de</strong>smente qualquer<br />

intenção <strong>de</strong> se candi<strong>da</strong>tar<br />

à Concelhia. “E mesmo<br />

que me convi<strong>da</strong>ssem,<br />

não aceitava”, garantiu. ■<br />

Ana Ferraz Pereira


14 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | ENTREVISTA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

RICARDO GRAÇA<br />

João Goulão, presi<strong>de</strong>nte do Instituto <strong>da</strong> Droga e Toxico<strong>de</strong>pendência<br />

A toxico<strong>de</strong>pendência<br />

cura-se<br />

Profundo conhecedor do fenómeno <strong>da</strong>s toxico<strong>de</strong>pendências, João<br />

Goulão diz que não há recursos financeiros nem humanos que<br />

permitam alargar mais a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Atendimento a<br />

Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. E, por isso, as respostas têm que ser “flexíveis”.<br />

Defensor <strong>da</strong>s salas <strong>de</strong> chuto e <strong>da</strong> <strong>de</strong>scriminilização do consumo <strong>de</strong><br />

drogas, acredita que os números oficiais só representam meta<strong>de</strong> do<br />

número <strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes existentes. Homem <strong>de</strong> esquer<strong>da</strong><br />

assumido, admite que é muito difícil combater as listas <strong>de</strong> espera<br />

nos CATs. Em jovem experimentou haxixe.<br />

Não queremos seguir uma política<br />

<strong>de</strong> betão, mas apostar em respostas<br />

<strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>”. O que<br />

quis dizer com isto?<br />

Houve um período (última meta<strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90) em que a nossa<br />

priori<strong>da</strong><strong>de</strong> foi dotar todos os distritos<br />

do continente com, pelo menos,<br />

um Centro <strong>de</strong> Atendimento a Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

(CAT), criar uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sabituação e complementar<br />

este dispositivo com uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s terapêuticas, sendo<br />

que, neste último caso, a iniciativa<br />

foi sobretudo cometi<strong>da</strong> às enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

dos sectores social e privado.<br />

Esta re<strong>de</strong> teve um enorme<br />

incremento nesse período. No entanto,<br />

ain<strong>da</strong> hoje existem áreas lacunares.<br />

Não há recursos financeiros<br />

e menos ain<strong>da</strong> recursos humanos<br />

que o permitam. Além do mais, a<br />

variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do fenómeno impõe<br />

que acompanhemos os fluxos<br />

“migratórios” <strong>da</strong> população que<br />

preten<strong>de</strong>mos servir. Daí que as respostas<br />

para as áreas on<strong>de</strong> temos<br />

lacunas tenham <strong>de</strong> ser mais flexíveis<br />

e facilmente mobilizáveis. Dou-<br />

-lhe um exemplo, uma vez que este<br />

jornal é <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>: estamos prestes<br />

a abrir uma extensão do CAT <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> na Marinha Gran<strong>de</strong>. E esta<br />

nova uni<strong>da</strong><strong>de</strong> correspon<strong>de</strong> a uma<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>.<br />

E nas zonas que não dispõem<br />

<strong>de</strong> resposta?<br />

Noutras zonas problemáticas,<br />

será possível acorrer às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

através, por exemplo, <strong>de</strong> equipas<br />

móveis, utilizando carrinhas.<br />

A i<strong>de</strong>ia é encontrar respostas ágeis,<br />

eficazes e pouco dispendiosas. Não<br />

é possível pensar em instalar CATs<br />

em todos os concelhos do país.<br />

E para quando este tipo <strong>de</strong><br />

apoios no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>?<br />

A instalação ou alargamento<br />

<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> respostas passa por<br />

um diagnóstico <strong>de</strong> base territorial,<br />

tão rigoroso quanto possível, a realizar<br />

pelos nossos serviços em estreita<br />

colaboração com os municípios,<br />

outros parceiros <strong>da</strong> administração<br />

pública e os dos sectores social e<br />

privado que intervêm na área. Com<br />

base nesses diagnósticos serão <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s<br />

áreas <strong>de</strong> intervenção, elenca<strong>da</strong>s<br />

as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais e anuncia<strong>da</strong>s<br />

as regras para os diversos<br />

tipos <strong>de</strong> intervenção. Este é um processo<br />

que preten<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>senvolver<br />

no primeiro semestre <strong>de</strong>ste ano.<br />

Tem i<strong>de</strong>ia do número <strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

i<strong>de</strong>ntificados no<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>?<br />

Apenas posso <strong>da</strong>r-lhe uma i<strong>de</strong>ia<br />

dos toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes em acompanhamento<br />

nos CAT do Distrito.<br />

Sei que o número tem vindo a<br />

aumentar significativamente. Em<br />

2004 tínhamos 635 utentes acompanhados<br />

no CAT <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Referiu que as estatísticas existentes<br />

sobre o número <strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

não são reais, pois<br />

“há uma população toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

que não está diagnostica<strong>da</strong>”.<br />

O que fazer para chegar até<br />

eles?<br />

Apesar do alargamento <strong>da</strong> re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos, há um número significativo<br />

<strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que<br />

não nos procura. Em muitos casos,<br />

são pessoas <strong>de</strong> tal forma <strong>de</strong>sorganiza<strong>da</strong>s<br />

pessoal e socialmente que<br />

só através <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> proactiva,<br />

indo ao seu encontro nos meios<br />

on<strong>de</strong> se movimentam, será possível<br />

aproximá-los do sistema <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e, em alguns casos, mobilizá-los<br />

para tratamento. Isto faz-se,<br />

por exemplo, com a intervenção<br />

<strong>de</strong> equipas <strong>de</strong> rua, centros <strong>de</strong> acolhimento<br />

e outras respostas no<br />

âmbito <strong>da</strong> redução <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos.<br />

Qual é a percentagem <strong>de</strong>stes<br />

casos ?<br />

Varia nas diversas zonas<br />

do País. Em geral, encontramos<br />

mais situações <strong>de</strong>stas<br />

nas gran<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>senraizamento<br />

social é maior (Lisboa e Porto),<br />

mas também acontece<br />

noutras regiões. Penso que<br />

a percentagem conheci<strong>da</strong> é igual<br />

à percentagem <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>.<br />

Existem quatro Centros <strong>de</strong><br />

Atendimento a Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

para <strong>de</strong>zasseis concelhos<br />

no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Não lhe<br />

parece insuficiente?<br />

Como disse, não po<strong>de</strong>mos ter a<br />

velei<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> instalar um CAT em<br />

ca<strong>da</strong> concelho; a partir dos existentes,<br />

procuramos encontrar respostas<br />

<strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

De que forma estão a combater<br />

as listas <strong>de</strong> espera nos CATs e<br />

nos programas <strong>de</strong> substituição?<br />

Infelizmente, temos neste momento<br />

gran<strong>de</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s (na prática,<br />

quase total impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>) <strong>de</strong><br />

reforçar as nossas equipas, por questões<br />

que têm a ver com a necessária<br />

aprovação do quadro <strong>de</strong> pessoal<br />

do IDT, no que diz respeito aos<br />

contratos individuais <strong>de</strong> trabalho.<br />

Por isso, temos <strong>de</strong> fazer mais com<br />

os recursos humanos <strong>de</strong> que dispomos,<br />

reorganizando as equipas<br />

e mobilizando alguns técnicos entre<br />

equipas. No entanto, em alguns<br />

CATs nem mesmo assim conseguimos<br />

<strong>da</strong>r to<strong>da</strong>s as respostas que<br />

preten<strong>de</strong>mos. É um esforço que<br />

vamos continuar, a par <strong>de</strong> uma<br />

maior articulação e colaboração<br />

com as estruturas <strong>da</strong> redução <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>nos.<br />

O que pensa <strong>da</strong> reestruturação<br />

que está a ser feita na área <strong>da</strong><br />

saú<strong>de</strong>?<br />

Sou favorável à melhoria <strong>da</strong><br />

articulação entre as diversas respostas<br />

e ao reforço do papel dos<br />

cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários. No<br />

IDT temos feito um gran<strong>de</strong> esforço<br />

<strong>de</strong> aproximação ao restante sistema<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, no sentido <strong>de</strong> agilizar<br />

as respostas aos nossos utentes,<br />

sendo certo que não queremos ser<br />

um Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para<br />

toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e que servimos<br />

uma população ca<strong>da</strong> vez mais doente,<br />

dos pontos <strong>de</strong> vista físico, mental<br />

e social.<br />

Consi<strong>de</strong>ra que as penas a cumprir<br />

por crimes ligados à toxico<strong>de</strong>pendência<br />

são exagera<strong>da</strong>s?<br />

Há muitas pessoas que estão<br />

presas, não pelos consumos, mas<br />

por crimes aquisitivos relacionados<br />

com os consumos. Penso que<br />

há dispositivos legais, como o envio<br />

para estruturas <strong>de</strong> tratamento em<br />

alternativa ao cumprimento <strong>de</strong> pena<br />

<strong>de</strong> prisão, que não estão a ser <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />

explorados.<br />

Mesmo sabendo que a gran<strong>de</strong><br />

maioria dos reclusos é toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte,<br />

não <strong>de</strong>veria existir um<br />

estabelecimento <strong>de</strong> reclusão só<br />

para estes casos?<br />

Dado o volume <strong>da</strong> população<br />

prisional relaciona<strong>da</strong> com a droga,<br />

essa não me parece uma solução<br />

viável. Deveríamos era po<strong>de</strong>r<br />

garantir que a população reclusa<br />

“...não queremos<br />

ser um Serviço<br />

Nacional <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> para<br />

toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes”


| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | ENTREVISTA |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 15<br />

tivesse acesso a todos os recursos<br />

<strong>de</strong> prevenção, tratamento, redução<br />

<strong>de</strong> <strong>da</strong>nos e reinserção disponíveis<br />

em meio livre.<br />

As salas <strong>de</strong> chuto foram muito<br />

critica<strong>da</strong>s por alguns políticos<br />

em Portugal, mas <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong>s por<br />

si.<br />

As salas <strong>de</strong> consumo assistido<br />

são instalações que só fazem sentido<br />

se integra<strong>da</strong>s numa re<strong>de</strong> mais<br />

ampla <strong>de</strong> respostas no âmbito <strong>da</strong><br />

redução <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos. São locais on<strong>de</strong><br />

os utilizadores dispõem do material<br />

necessário aos consumos em<br />

condições <strong>de</strong> higiene, evitando as<br />

condições <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ntes em que esses<br />

consumos muitas vezes ocorrem.<br />

Além <strong>de</strong> reduzirem a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> infecção (quer o contágio<br />

VIH, hepatites, etc., quer <strong>da</strong> ocorrência<br />

<strong>de</strong> abcessos), as experiências<br />

<strong>de</strong> outros países revelam ganhos<br />

importantes no número <strong>de</strong> mortes<br />

por overdose. A principal mais-<br />

-valia <strong>de</strong>ste dispositivo é a aproximação<br />

do seu público-alvo, em<br />

geral os toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes mais<br />

<strong>de</strong>gra<strong>da</strong>dos física, mental e socialmente,<br />

aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

permitindo alterar práticas<br />

<strong>de</strong> consumo e motivando para<br />

o acompanhamento nas estruturas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

A toxico<strong>de</strong>pendência cura-se?<br />

Sim. A toxico<strong>de</strong>pendência é uma<br />

doença <strong>de</strong> evolução arrasta<strong>da</strong>, multifactorial,<br />

em cuja evolução há<br />

muitas vezes <strong>de</strong>scompensações,<br />

normalmente <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>s como<br />

recaí<strong>da</strong>s, o que me parece injusto<br />

por comparação com outras doenças;<br />

ninguém fala <strong>de</strong> recaí<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

um diabético. Penso que há muitas<br />

pessoas que se libertam <strong>de</strong>finitivamente<br />

<strong>da</strong> <strong>de</strong>pendência, po<strong>de</strong>ndo<br />

consi<strong>de</strong>rar um <strong>de</strong>terminado<br />

período <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> como encerrado.<br />

Têm é <strong>de</strong> interiorizar que<br />

qualquer contacto com as substâncias<br />

<strong>de</strong> que foram <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

lhe está ve<strong>da</strong>do.<br />

Existe uma taxa <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong><br />

recuperação dos toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

em Portugal?<br />

É muito variável. Existe uma<br />

panóplia bastante ampla <strong>de</strong> recursos<br />

terapêuticos, utilizáveis <strong>de</strong> acordo<br />

com as características individuais.<br />

Mesmo a comparação, por<br />

exemplo, entre os diversos mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s terapêuticas<br />

envolve gran<strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>, porque<br />

o ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser<br />

muito diferente. Há comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

que acolhem toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

sem abrigo ou muito <strong>de</strong>sorganizados,<br />

e outras que só admitem<br />

toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes com elevado<br />

grau <strong>de</strong> motivação. <strong>Os</strong> resultados<br />

são muito variáveis. No entanto,<br />

arriscaria uma taxa <strong>de</strong> recuperação<br />

global para todos os programas<br />

em torno dos 30 por cento<br />

passados cinco anos.<br />

Ao fim <strong>de</strong> quantos anos se po<strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>rar “curado” um ex-consumidor<br />

<strong>de</strong> drogas duras?<br />

Habitualmente toma-se como<br />

referência um período <strong>de</strong> cinco<br />

anos, embora possam ocorrer problemas<br />

mais tar<strong>de</strong>.<br />

O que po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve um pai fazer<br />

para dissuadir um filho do consumo<br />

<strong>de</strong> drogas?<br />

A educação é sobretudo exemplo,<br />

atenção e disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Será<br />

difícil aos pais terem <strong>de</strong>terminado<br />

discurso se abusam <strong>de</strong> álcool, medicamentos<br />

ou substâncias ilícitas. É<br />

importante que haja informação<br />

correcta sobre as diversas substâncias,<br />

mas também atenção aos<br />

percursos dos filhos: ao rendimento<br />

escolar, à sua integração social, aos<br />

seus níveis <strong>de</strong> auto-estima. É muito<br />

importante conhecer os amigos,<br />

estar atento ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>da</strong> sua sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong> e apoiar as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

que lhe dão gozo. No processo<br />

<strong>de</strong> autonomização há que<br />

jogar o “jogo <strong>da</strong> cor<strong>da</strong>”, tendo o<br />

cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> não puxar <strong>de</strong>mais nem<br />

largar <strong>de</strong> repente.<br />

Qual a atitu<strong>de</strong> que os pais <strong>de</strong>vem<br />

ter quando <strong>de</strong>sconfiam que o filho<br />

po<strong>de</strong>rá estar envolvido em drogas?<br />

Não há receitas infalíveis, mas<br />

mais uma vez a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

para discutir com ele os seus problemas<br />

é fun<strong>da</strong>mental. Esse po<strong>de</strong><br />

ser um passo importante para evitar<br />

que uma continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso<br />

possa conduzir à <strong>de</strong>pendência. Em<br />

alguns casos, po<strong>de</strong>rá haver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> recurso a aju<strong>da</strong> especializa<strong>da</strong>.<br />

Um pai babado<br />

As novas drogas são uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

O seu consumo em discotecas<br />

e locais nocturnos po<strong>de</strong> ser<br />

um factor <strong>de</strong>terminante para o<br />

aumento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência?<br />

Essa é uma <strong>da</strong>s nossas preocupações,<br />

pelo que a intervenção <strong>de</strong><br />

carácter preventivo e <strong>de</strong> redução<br />

<strong>de</strong> riscos constituem uma <strong>da</strong>s nossas<br />

priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Essas intervenções<br />

serão tanto mais eficazes quanto<br />

mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s entre pares,<br />

com o necessário enquadramento<br />

técnico.<br />

Apoiou Jerónimo <strong>de</strong> Sousa nas<br />

Presi<strong>de</strong>nciais. Que comentários<br />

lhe merecem os resultados <strong>de</strong>stas<br />

eleições?<br />

A sua candi<strong>da</strong>tura era a que<br />

melhor po<strong>de</strong>ria influenciar a evolução<br />

<strong>da</strong> nossa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> para que<br />

o fenómeno <strong>da</strong> toxico<strong>de</strong>pendência<br />

fosse enfrentado nas suas causas<br />

mais profun<strong>da</strong>s e não apenas<br />

nos efeitos mais visíveis. Além disso,<br />

apenas posso formular o <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> que o novo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

República <strong>de</strong>dique tanta atenção e<br />

sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> a este tema como o<br />

Dr. Jorge Sampaio.<br />

Foi coor<strong>de</strong>nador <strong>da</strong> Casa Pia<br />

para a área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Como tem<br />

acompanhado o processo judicial?<br />

Acredita que se fará justiça?<br />

Acredito que serão encontrados<br />

e punidos os culpados, porque as<br />

vítimas existem. Tive oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conhecer os <strong>da</strong>nos físicos e<br />

psíquicos que sofreram as vítimas<br />

<strong>da</strong> Casa Pia<br />

Sendo que os indicadores para<br />

este ano são a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

crise. Quais as suas perspectivas?<br />

Será mais um ano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s individuais e sociais.<br />

E também para as instituições. No<br />

que diz respeito ao IDT, os meios<br />

ficarão aquém do <strong>de</strong>sejável, pelo<br />

que teremos que fazer melhor com<br />

os meios disponíveis.<br />

É a favor <strong>da</strong> legalização <strong>da</strong>s<br />

drogas?<br />

Sou a favor do enquadramento<br />

legal actual, que é <strong>de</strong> <strong>de</strong>scriminalização<br />

do consumo <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as<br />

drogas, mantendo a penalização,<br />

que serve para continuar a <strong>da</strong>r um<br />

sinal <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalor social. Daqui a<br />

alguns anos, essa questão será remeti<strong>da</strong><br />

muito mais para a esfera <strong>da</strong><br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

individual.<br />

Alguma vez experimentou drogas?<br />

Como alguém disse, “fui um<br />

jovem do meu tempo”. Apenas<br />

experimentei haxixe, mas nunca<br />

tive consumos regulares. ■<br />

Elisabete Cruz<br />

Ricardo Rosenheim Rodrigues<br />

A serie<strong>da</strong><strong>de</strong>, o cui<strong>da</strong>do nas respostas e a forma como domina os assuntos ligados à sua área impressiona.<br />

João Goulão mostra um profundo conhecimento e uma sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> fora do comum para esta problemática.<br />

No final <strong>da</strong> entrevista, um pouco mais solto, conta que foi pai recentemente. Um brilho<br />

aparece nos olhos quando conta que agora só tem tempo para o mais novo elemento <strong>da</strong> família. O trabalho<br />

que <strong>de</strong>senvolve é uma paixão que o “absorve quase por completo”. Licenciado em Medicina pela<br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Lisboa, começou a trabalhar na área <strong>da</strong> toxico<strong>de</strong>pendência em 1987. Esteve<br />

à frente do Serviço <strong>de</strong> Prevenção e Tratamento <strong>da</strong> Toxico<strong>de</strong>pendência e exerceu, entretanto, as funções<br />

<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nador para a área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Casa Pia <strong>de</strong> Lisboa. Sem medo relata-nos o “horror”<br />

que sentiu , na examinação <strong>de</strong> algumas <strong>da</strong>s vítimas do processo Casa Pia. Arrepiante! Uma experiência<br />

apesar <strong>de</strong> tudo “gratificante”, conta.<br />

Comunista assumido, a sua vi<strong>da</strong> “é e foi feita <strong>de</strong> lutas”.<br />

Fernando Negrão, o homem que substituiu ao leme do IDT (já <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> sua criação e resultado <strong>da</strong><br />

fusão do IDDT e do SPTT) foi seu opositor político nas legislativas <strong>de</strong> 2002 no Algarve. Conta que<br />

após a <strong>de</strong>rrota ligou a Negrão a felicitá-lo. Na altura o vencedor respon<strong>de</strong>u-lhe: “A vi<strong>da</strong> dá muitas voltas.<br />

É possível que tenhamos oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar juntos” Meses <strong>de</strong>pois, tendo Fernando Negrão<br />

sido nomeado, acabou <strong>de</strong> facto por convidá-lo para seu acessor. ■<br />

Perguntas<br />

dos outros<br />

Marino Tralhão<br />

director do Cat <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Para quando a existência <strong>de</strong><br />

direcções clínicas nas direcções<br />

regionais?<br />

Está em curso a nomeação <strong>de</strong><br />

“Interlocutores Regionais” para<br />

as diversas áreas (prevenção,<br />

tratamento, redução <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos<br />

e reinserção) que funcionarão<br />

junto <strong>da</strong>s Delegações Regionais<br />

garantindo a articulação<br />

entre as respectivas Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Especializa<strong>da</strong>s e os <strong>de</strong>partamentos<br />

dos Serviços Centrais<br />

do IDT.<br />

Pascal Timóteo, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

associação <strong>de</strong> Pais <strong>da</strong> Escola<br />

EB2 3 Correia Mateus e polícia<br />

<strong>de</strong> profissão<br />

Quando são <strong>de</strong>tidos toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

por posse <strong>de</strong><br />

estupefacientes para consumo,<br />

são conduzidos para a<br />

Comissão <strong>de</strong> Dissuasão para<br />

a Toxico<strong>de</strong>pendência. O que<br />

é que lhes é oferecido nesta<br />

instância e qual o grau <strong>de</strong><br />

eficácia?<br />

Quando são presentes é feita<br />

uma avaliação <strong>da</strong> sua condição<br />

<strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes ou<br />

consumidores ocasionais. O<br />

objectivo <strong>da</strong> actuação <strong>de</strong>stas<br />

comissões é encaminhá-los<br />

para tratamento. No caso dos<br />

utilizadores ocasionais o que<br />

se preten<strong>de</strong> não é penalizá-<br />

-los, mas oferecer-lhes outro<br />

tipo <strong>de</strong> respostas que não passam<br />

pelos CATs, mas que po<strong>de</strong>rão<br />

ajudá-los na discussão dos<br />

seus reais problemas e evitarem<br />

a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um percurso<br />

que possa conduzir à<br />

<strong>de</strong>pendência.<br />

Ana Patrícia Nobre, presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Associação Novo<br />

Olhar<br />

Quais são as medi<strong>da</strong>s a nível<br />

nacional que o IDT preten<strong>de</strong><br />

promover relativamente<br />

à prevenção do consumo <strong>de</strong><br />

drogas <strong>de</strong> “<strong>de</strong>sign”?<br />

As estratégias para enfrentar<br />

este tipo <strong>de</strong> consumos passam<br />

sobretudo por respostas<br />

<strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> âmbito preventivo<br />

e <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> riscos,<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s nos meios<br />

on<strong>de</strong> estes consumos ocorrem,<br />

que estão muito ligados<br />

aos ambientes <strong>de</strong> diversão<br />

nocturna, festivais, raves, etc.<br />

Preten<strong>de</strong>mos criar novas equipas<br />

capazes <strong>de</strong> intervir nesses<br />

contextos e actuando não<br />

apenas ao nível do consumo<br />

<strong>da</strong>s drogas ilícitas, mas também<br />

do consumo do álcool.<br />

Que sejam capazes <strong>de</strong> influenciar<br />

a redução <strong>de</strong> riscos nos<br />

comportamentos sexuais e <strong>de</strong><br />

intervir ao nível <strong>da</strong> prevenção<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes. Estas equipas<br />

<strong>de</strong>verão tanto quanto<br />

possível, ser constituí<strong>da</strong>s<br />

pelos próprios jovens com o<br />

necessário enquadramento<br />

técnico. ■


16 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

| O p i n i ã o |<br />

Procrastinação<br />

Uma palavra nova que juntei, esta<br />

semana, ao meu léxico. Significa<br />

adiamento. Uma patologia<br />

grave generaliza<strong>da</strong> que ataca a<br />

maioria dos Portugueses. Disse<br />

a Professora Doutora Rita Campos<br />

e Cunha num artigo notável sobre esta moléstia.<br />

Adiamos <strong>de</strong>cisões, pagamentos, poupanças,<br />

tudo para o último dia e se possível no último<br />

minuto. Tem sido assim há déca<strong>da</strong>s e não se<br />

verifica uma mu<strong>da</strong>nça severa <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> ou <strong>de</strong><br />

comportamento. Mesmo os mais jovens já sofrem<br />

<strong>de</strong>ste mal. Pe<strong>de</strong>m para adiar os testes, adiar o<br />

prazo <strong>de</strong> entrega dos trabalhos, adiar uma <strong>de</strong>fesa<br />

<strong>de</strong> uma tese, adiar os exame , adiar, adiar.<br />

Parece que empurrando os problemas para outro<br />

dia, eles se resolverão por si. Pura ilusão. Não<br />

só não se resolvem como se agravam. Agravaram-se<br />

na justiça, agravaram-se na educação e<br />

na administração pública.<br />

Porém, este governo parece <strong>de</strong>terminado a<br />

colocar alguma correcção nestes sectores, mas<br />

ou pe<strong>de</strong> adiamento ou atira para <strong>da</strong>qui a três<br />

anos a resolução final dos problemas <strong>de</strong>tectados.<br />

Des<strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Janeiro, este governo ficou sem<br />

qualquer obstáculo para a optimização dos recursos<br />

do país. Tem uma maioria estável no Parlamento,<br />

um Presi<strong>de</strong>nte eleito sensível aos problemas<br />

<strong>da</strong> governação e pouco vulnerável às<br />

tricas e pressões partidárias. Não há eleições nos<br />

próximo três anos. Portanto tem to<strong>da</strong>s as condições<br />

políticas para avançar, sem hesitações,<br />

Adiamos <strong>de</strong>cisões,<br />

pagamentos,<br />

poupanças, tudo<br />

para o último dia e<br />

se possível no<br />

último minuto. Tem<br />

sido assim há<br />

déca<strong>da</strong>s e não se<br />

verifica uma<br />

mu<strong>da</strong>nça severa <strong>de</strong><br />

atitu<strong>de</strong> ou <strong>de</strong><br />

comportamento<br />

ANA NARCISO<br />

Professora do Ensino Básico<br />

para as <strong>reforma</strong>s anuncia<strong>da</strong>s e absolutamente<br />

necessárias à mo<strong>de</strong>rnização do País.<br />

Mas não vale tudo.<br />

Há medi<strong>da</strong>s anuncia<strong>da</strong>s para a educação<br />

que sofreram do mal <strong>da</strong> procrastinação e são<br />

agora apresenta<strong>da</strong>s com pompa e circunstância<br />

como se fosse novas. Haja a <strong>de</strong>cência e a<br />

honesti<strong>da</strong><strong>de</strong> intelectual e política <strong>de</strong> dizerem<br />

que apenas as recauchutaram. Mais na<strong>da</strong>. A<br />

concretização do plano para combate ao abandono<br />

escolar já vem do tempo do Dr. David<br />

Justino. Chamava-se "Eu não <strong>de</strong>sisto". Mas<br />

este governo <strong>de</strong>sistiu <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ia nos primeiros<br />

tempos para agora a retomar mu<strong>da</strong>ndo-lhe o<br />

nome. E nestas trocas e baldrocas, quem está<br />

nas escolas com os problemas por e para resolver,<br />

fica confus . Porque se até aqui só se podia<br />

avançar com percursos diferentes <strong>de</strong>pois dos<br />

14 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> para um número mínimo <strong>de</strong><br />

15 alunos por turma, agora permite-se formar<br />

turmas com 10 alunos até aos 15 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

No espaço <strong>de</strong> um ano mudou completamente<br />

a perspectiva. Entretanto per<strong>de</strong>mos alunos,<br />

vonta<strong>de</strong>s, dinheiro e recursos. E sobretudo<br />

per<strong>de</strong>mos ci<strong>da</strong>dãos que mais tar<strong>de</strong> enchem as<br />

listas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados e aumentam os custos<br />

sociais.<br />

Jamais esquecerei uma empresária, que um<br />

dia disse: eu prefiro receber jovens em parceria<br />

com as escolas do que pagar mais tar<strong>de</strong> o<br />

subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego. È este o <strong>de</strong>safio.<br />

E todos não somos <strong>de</strong>mais. Sem mais adiamentos!!<br />

■<br />

| O p i n i ã o |<br />

Rescaldo presi<strong>de</strong>ncial<br />

Eu bem sei que já foi a 22 do mês passado<br />

que os portugueses <strong>de</strong>cidiram,<br />

à primeira volta, eleger o Prof. Cavaco<br />

Silva para o mais alto cargo <strong>da</strong><br />

República, o <strong>de</strong> seu Presi<strong>de</strong>nte. Mas<br />

esse é um facto político que continua<br />

actual e pertinente. Vejamos:<br />

Esta eleição concluiu o ciclo eleitoral que, em<br />

pouco mais <strong>de</strong> ano e meio, chamou o povo às assembleias<br />

<strong>de</strong> voto em quatro ocasiões sucessivas: eleições<br />

europeias em Junho <strong>de</strong> 2004, legislativas antecipa<strong>da</strong>s<br />

em Fevereiro <strong>de</strong> 2005, autárquicas em<br />

Outubro <strong>de</strong>sse ano e, agora, as presi<strong>de</strong>nciais. Foi<br />

um nunca mais acabar <strong>de</strong> campanhas e promessas<br />

eleitorais, <strong>de</strong> algazarra, instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e confusão<br />

próprias <strong>de</strong>sses actos, na<strong>da</strong> condizentes com a<br />

governação serena e criteriosa que um país e uma<br />

economia em crise mais exigem.<br />

Em princípio, se o PS sobreviver à agonia do clã<br />

Soares e conseguir controlar a ânsia <strong>de</strong> protagonismo<br />

<strong>de</strong> Alegre, iremos estar até Junho <strong>de</strong> 2009,<br />

ou seja, mais <strong>de</strong> três anos, imunes às convulsões<br />

que os actos eleitorais sempre causam, traduzindo<br />

pois, um espaço <strong>de</strong> tranquili<strong>da</strong><strong>de</strong> política, a<strong>de</strong>quado<br />

a permitir ao Governo a toma<strong>da</strong> <strong>da</strong>s <strong>de</strong>cisões -<br />

e a sua correcta e efectiva implementação - capazes<br />

<strong>de</strong> fazer sair o país <strong>da</strong> letargia que o tolhe.<br />

E se muitos dos problemas <strong>de</strong>correm <strong>da</strong> questão<br />

económica, quem melhor do que Cavaco Silva<br />

para, em Belém, conferir a Sócrates o apoio presi<strong>de</strong>ncial<br />

indispensável à realização <strong>da</strong>s <strong>reforma</strong>s<br />

estruturais profun<strong>da</strong>s que, tanto no sector público<br />

Se o PS sobreviver<br />

à agonia do clã<br />

Soares e conseguir<br />

controlar a ânsia<br />

<strong>de</strong> protagonismo <strong>de</strong><br />

Alegre, iremos estar<br />

até Junho <strong>de</strong> 2009,<br />

ou seja, mais <strong>de</strong><br />

três anos, imunes às<br />

convulsões que os<br />

actos eleitorais<br />

sempre causam<br />

FERNANDO ENCARNAÇÃO<br />

Advogado<br />

como no mercado <strong>de</strong> trabalho, na justiça, na segurança<br />

social, na fiscali<strong>da</strong><strong>de</strong>, etc., se impõem como<br />

evidências. Cavaco Silva, até pelo facto <strong>de</strong> ser ex-<br />

-primeiro ministro e um economista reputado e<br />

competente, bem sabe que só a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> governativa<br />

po<strong>de</strong> garantir o clima político indispensável<br />

a essas mu<strong>da</strong>nças estruturais que, aparentemente,<br />

todos exigem.<br />

São duas personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s distintas, mas com traços<br />

<strong>de</strong> similitu<strong>de</strong> e que a História con<strong>de</strong>nou a enten<strong>de</strong>rem-se.<br />

E ambos bem o sabem. Aliás, bem lá no fundo,<br />

Sócrates não <strong>de</strong>sconhece que terá em Cavaco um<br />

aliado institucional, capaz <strong>de</strong> oferecer o apoio<br />

necessário para algumas <strong>da</strong>s <strong>reforma</strong>s que o Governo<br />

tem vindo a prometer (muito) e a fazer (pouco).<br />

E Cavaco, convicto do valor <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

política e querendo ser eleito para um segundo<br />

man<strong>da</strong>to, sabe que não po<strong>de</strong> hostilizar o Governo.<br />

Acresce que a maioria presi<strong>de</strong>ncial que o elegeu<br />

extravasou muito para além dos partidos que<br />

o apoiaram, o que retirou essa "vantagem" à oposição<br />

que PSD e CDS-PP po<strong>de</strong>riam querer fazer ao<br />

PS e ao Governo. E, com Cavaco em Belém, escusam<br />

<strong>de</strong> contar com ele para fomentar climas <strong>de</strong><br />

instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> política e <strong>de</strong> guerrilha institucional,<br />

pensando com isso apear o PS <strong>da</strong> governação.<br />

Mas atenção, não é Cavaco que tem <strong>de</strong> governar.<br />

Essa é uma tarefa que cabe a Sócrates. Sei é<br />

que o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República não será nenhuma<br />

força <strong>de</strong> bloqueio a que se faça o que tem <strong>de</strong> ser<br />

feito. ■


| JORNAL DE LEIRIA | OPINIÃO |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 17<br />

| O p i n i ã o |<br />

Erro fatal<br />

Merece que <strong>de</strong>le<br />

falemos porque,<br />

tratando-<br />

-se <strong>de</strong> alguém,<br />

como Mário<br />

Soares, que tão<br />

importante papel <strong>de</strong>sempenhou na<br />

história recente <strong>de</strong> Portugal, a pergunta<br />

que, inevitável, surge é que<br />

se terá passado, que é que terá corrido<br />

mal, para tão severa reprimen<strong>da</strong><br />

ter recebido nas urnas. Resposta?<br />

Ela aqui vai: um <strong>de</strong>sencontro<br />

essencial com o tempo. Soares, ao<br />

inventar uma versão póstuma <strong>de</strong><br />

si mesmo, foi como morto que se<br />

apresentou - e ninguém está a votar<br />

em mortos. Mas vejamos.<br />

Há, em todo este triste episódio,<br />

uma sucessão gradua<strong>da</strong> <strong>de</strong> erros.<br />

Comecemos pelos menores. Des<strong>de</strong><br />

logo, a forma ávi<strong>da</strong>, pressurosa<br />

e extemporânea como se chegou<br />

à frente, numa lógica <strong>de</strong> pura<br />

avi<strong>de</strong>z e visando marcar uma presença<br />

que, ingenuamente, acreditou<br />

fosse suficiente para intimi<strong>da</strong>r<br />

o candi<strong>da</strong>to apontado como favorito.<br />

E bem sabemos como a pressa<br />

e a avi<strong>de</strong>z são péssimas companhias.<br />

Depois, o tom quase<br />

retaliativo, <strong>de</strong> ressonância narcísica,<br />

que <strong>de</strong>u à sua <strong>de</strong>cisão: " sou<br />

o único capaz <strong>de</strong> evitar o passeio<br />

triunfal do Professor Cavaco". E se<br />

passeio não foi propriamente a<br />

vitória <strong>de</strong> Cavaco Silva, não foi a<br />

Mário Soares que tal se <strong>de</strong>veu, mas<br />

a um outro que, contra o erro crasso<br />

<strong>de</strong> um regresso em falso se apresentou,<br />

enterrando, nesta disputa<br />

obscena e <strong>de</strong>snecessária, uma amiza<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> déca<strong>da</strong>s.<br />

Em política parece ser perigoso<br />

e arriscado regressar aon<strong>de</strong> se<br />

teve sucesso. Como no futebol -<br />

por isso é que José Mourinho não<br />

vai regressar ao FCPorto. Este um<br />

erro que a mera observação estatística<br />

teria aju<strong>da</strong>do a prevenir.<br />

Um outro erro, ditado pela inadvertência<br />

e pela <strong>de</strong>ficiente interpretação<br />

<strong>da</strong> alma agasta<strong>da</strong> dos portugueses,<br />

foi o <strong>de</strong> não ter previsto<br />

a reacção que a tentativa <strong>de</strong> regresso<br />

ao bem-bom <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ira presi<strong>de</strong>ncial<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aria - a <strong>de</strong> inveja.<br />

E a inveja é impiedosa, como<br />

se sabe. Aliás, Mário Soares, insistindo<br />

neste erro <strong>de</strong> análise, passou<br />

o tempo todo a sublinhar a "inactivi<strong>da</strong><strong>de</strong>"<br />

e a "impotência" do Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> República. Este facto só<br />

veio realçar a imagem <strong>de</strong> alguém<br />

que se pela por altos cargos, numa<br />

lógica <strong>de</strong> puro <strong>de</strong>leite pessoal e<br />

volúpia. Mais: insistir na falta <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r do Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República,<br />

foi, uma vez mais, ir contra os sinais<br />

do tempo: os portugueses o que<br />

querem mesmo é um Presi<strong>de</strong>nte<br />

que man<strong>de</strong>. Querem obras e acção<br />

- chega <strong>de</strong> conversa.<br />

A imagem diletante <strong>de</strong> um viciado<br />

na política encaixa mal no clima<br />

<strong>de</strong> emergência que reclama,<br />

antes, a atitu<strong>de</strong> ascética, quase sofri<strong>da</strong>,<br />

do <strong>de</strong>ver, do serviço, atitu<strong>de</strong><br />

E Mário Soares, não<br />

tendo ain<strong>da</strong> morrido<br />

<strong>de</strong> facto, era como se<br />

à morte tivesse<br />

superado já e se<br />

houvesse acolhido no<br />

Olimpo <strong>da</strong> nossa<br />

colectiva veneração.<br />

JOSÉ ANTUNES DE SOUSA<br />

Professor Universitário<br />

que o candi<strong>da</strong>to vencedor encarnou<br />

na perfeição.<br />

Mário Soares cometeu ain<strong>da</strong> o<br />

importante erro <strong>de</strong> sobrevalorizar<br />

o fascínio, que julgou irresistível,<br />

<strong>da</strong> sua figura histórica, insinuando-se<br />

como instância <strong>de</strong> apelo <strong>da</strong><br />

própria Pátria. Mas aí exactamente<br />

o seu engano: ou Portugal está<br />

bem e, não precisando propriamente<br />

<strong>de</strong> um salvador, qualquer<br />

um po<strong>de</strong> ser Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República,<br />

sem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um novo<br />

"sacrifício" <strong>de</strong> Mário Soares, ou está<br />

aflito, como é o caso, e precisa mesmo<br />

<strong>de</strong> um salvador - exactamente<br />

aquilo que não se acredita que<br />

ele possa ser.<br />

E alguns erros mais po<strong>de</strong>ríamos<br />

recor<strong>da</strong>r aqui, entre os quais esse,<br />

palmar, <strong>de</strong> querer combater uma<br />

candi<strong>da</strong>tura, a <strong>de</strong> Cavaco, alicerça<strong>da</strong><br />

na aura pessoal, bem para<br />

lá do apoio oficial <strong>de</strong> partidos,<br />

aparecendo tão marca<strong>da</strong> e ostensivamente<br />

i<strong>de</strong>ntificado com o partido<br />

socialista, e <strong>de</strong>le claramente<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Ou aquele outro, o<br />

<strong>de</strong> diabolizar sistematicamente o<br />

candi<strong>da</strong>to que se sabia incarnar<br />

boa parte <strong>da</strong>s esperanças dos portugueses.<br />

Tudo, porém, erros <strong>de</strong><br />

cálculo e, por isso, menores, quando<br />

comparados com esse erro<br />

essencial - o <strong>da</strong> reincarnação. Explico-me.<br />

Para nós, Mário Soares era assunto<br />

arrumado e bem arrumado, por<br />

sinal, no sossego do nosso coração.<br />

Ele estava já arrendon<strong>da</strong>do em<br />

mito no remanso <strong>da</strong> nossa memória.<br />

E bem sabemos como a morte<br />

é o aliado privilegiado do mito - é<br />

através <strong>de</strong>la que este se fixa.<br />

E Mário Soares, não tendo ain<strong>da</strong><br />

morrido <strong>de</strong> facto, era como se<br />

à morte tivesse superado já e se<br />

houvesse acolhido no Olimpo <strong>da</strong><br />

nossa colectiva veneração. Ele estava<br />

já <strong>de</strong>sincarnado <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

nesse cimo pairante don<strong>de</strong><br />

nos comtemplava em paz com a<br />

história, quando, imprevistamente<br />

e em sobressalto, <strong>de</strong>cidiu reicarnar<br />

e regressar ao trépido enxovalhante<br />

<strong>da</strong> nossa quotidiani<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

misturando-se com os fantasmas<br />

<strong>de</strong> que ele, a seu tempo e <strong>de</strong> forma<br />

privilegia<strong>da</strong>, se libertara já. Decidindo<br />

reeditar postumamente um<br />

capítulo <strong>de</strong> uma vi<strong>da</strong> que já nos<br />

anais dourados <strong>da</strong> história se fixara,<br />

ele arrancou-se ao aconchego<br />

beatífico dos vencedores e precipitou-se<br />

no tumulto <strong>de</strong> um tempo<br />

que já o não reconhece. É um equívoco<br />

trágico, um erro fatal. Porque<br />

os vivos não apreciam o regresso<br />

dos mortos - e pela razão simples<br />

<strong>de</strong> que sabem que é só o fantasma<br />

<strong>de</strong>les o que regressa.<br />

<strong>Os</strong> portugueses, contrariamente<br />

ao que se diz, não vivem<br />

na ânsia <strong>de</strong> um regresso sebástico<br />

- <strong>de</strong>sejam e veneram D.<br />

Sebastião só e na exacta medi<strong>da</strong><br />

em que sabem que ele não<br />

regressará nunca. ■<br />

Esta semana pensei<br />

em escrever<br />

sobre a cultura em<br />

<strong>Leiria</strong>. Até aqui<br />

tudo bem. De<br />

repente penso,<br />

escrever sobre cultura…mas o<br />

quê, em <strong>Leiria</strong>? E <strong>da</strong>qui parti para<br />

uma breve e <strong>de</strong>feituosa investigação<br />

sobre associações culturais<br />

em <strong>Leiria</strong>. Numa primeira<br />

pesquisa pelo Google, encontrei<br />

alguns registos, sobretudo ligados<br />

a associações <strong>de</strong>sportivas<br />

que, estatutariamente, incluem<br />

a cultura na sua <strong>de</strong>signação;<br />

encontrei também alguns blogs;<br />

mas pouco mais… Bem sei que<br />

nem todos estamos nessa gran<strong>de</strong><br />

al<strong>de</strong>ia global que é a Internet.<br />

Então segui para as Páginas<br />

Amarelas (perdoem-me a publici<strong>da</strong><strong>de</strong>)<br />

e fiz nova pesquisa: na<strong>da</strong>.<br />

Existem associações <strong>de</strong> pais, associações<br />

espíritas, associações <strong>de</strong>sportivas<br />

diversas, etc, mas na<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> associações culturais. Repetindo<br />

a pesquisa com Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

Rainha, Marinha Gran<strong>de</strong> ou Alcobaça,<br />

o cenário mu<strong>da</strong>. Em <strong>Leiria</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, acontece ain<strong>da</strong> outro<br />

fenómeno interessante: 2 ou 3<br />

associações têm o mesmo en<strong>de</strong>reço<br />

e o mesmo contacto telefónico.<br />

Imagino que aqui resi<strong>da</strong><br />

alguma tentativa <strong>de</strong> lobbie associativo,<br />

não sei se mais ou menos<br />

bem sucedi<strong>da</strong>, mas real. Este<br />

assunto <strong>da</strong>ria sem dúvi<strong>da</strong> um<br />

novo artigo… Fica para uma próxima.<br />

Voltando à questão que me<br />

proponho analisar. PORQUE TEM<br />

LEIRIA (CIDADE) TÃO GRANDE<br />

DÉFICE DE EVENTOS CULTU-<br />

RAIS? De uma forma mais<br />

comum, sem gran<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>rações<br />

sociológicas, parece-me<br />

po<strong>de</strong>r atribuir parte <strong>de</strong>sse défice<br />

<strong>de</strong> eventos culturais ao po<strong>de</strong>r<br />

político. Sem dúvi<strong>da</strong>, a dinamização<br />

<strong>da</strong> cultura parte dos órgãos<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Mas não me parece que<br />

a resposta fique por aí. Ou será<br />

o po<strong>de</strong>r político tão mais dinâmico<br />

nas Cal<strong>da</strong>s, na Marinha ou<br />

em Alcobaça? Mais uma vez, não<br />

me parece. Parece-me sim que a<br />

diferença está nas pessoas e nessas<br />

pessoas estamos todos incluídos.<br />

Note-se que entendo aqui<br />

eventos culturais no seu senti-<br />

| O p i n i ã o |<br />

Parece que estamos todos fechados no armário…<br />

Dizemos muito mal,<br />

claro está, mas não<br />

nos levantamos.<br />

Estamos<br />

continuamente à<br />

espera que alguém<br />

o faça por nós ou<br />

faça mal para<br />

po<strong>de</strong>rmos criticar a<br />

seguir.<br />

PATRÍCIA ERVILHA<br />

patricia@saberser.com<br />

do mais lato, não me refiro apenas<br />

a acontecimentos mais ou<br />

menos intelectuais para minorias.<br />

Refiro-me a to<strong>da</strong>s aquelas<br />

manifestações que "o homem<br />

acrescenta ao meio", como nos<br />

ensinam nos livros.<br />

Por razões que não consigo<br />

<strong>de</strong> forma alguma explicar, na<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, perdoem-me as<br />

poucas associações que existem<br />

e que reconheço, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

cívica está aquém do esperado.<br />

E com isto, refiro-me à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> iniciativa dos ci<strong>da</strong>dãos,<br />

<strong>de</strong> todos, dos mais novos, dos <strong>de</strong><br />

média i<strong>da</strong><strong>de</strong> e dos mais velhos,<br />

ninguém escapa a esta espécie<br />

<strong>de</strong> inércia cultural que se instalou.<br />

Parece-me que sofremos<br />

todos do síndroma do armário,<br />

estamos todos lá fechados a<br />

olhar para o nosso umbigo e<br />

para os dos que nos ro<strong>de</strong>iam.<br />

Dizemos muito mal, claro está,<br />

mas não nos levantamos. Estamos<br />

continuamente à espera<br />

que alguém o faça por nós ou<br />

faça mal para po<strong>de</strong>rmos criticar<br />

a seguir. Não me parece ser<br />

esta a atitu<strong>de</strong> interessante para<br />

uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong> capital <strong>de</strong> distrito.<br />

A cultura <strong>de</strong>ve ser dinâmica,<br />

activa, plural, heterogénea,<br />

umas vezes para pequenas minorias,<br />

outras para gran<strong>de</strong>s maiorias.<br />

A cultura <strong>de</strong>ve ser um<br />

fenómeno que nos envolva a<br />

todos. E, i<strong>de</strong>almente, ca<strong>da</strong> vez<br />

que temos uma i<strong>de</strong>ia, no café,<br />

em casa, no trabalho, mais ou<br />

menos brilhante, <strong>de</strong>vemos fazer<br />

um esforço para a por na prática.<br />

Então, se não conseguirmos,<br />

po<strong>de</strong>mos falar nas barreiras,<br />

na burocracia, na falta<br />

<strong>de</strong> apoios… ao contrário, se<br />

nem sequer tentarmos, restanos<br />

o silêncio. É aqui que começa<br />

o espírito <strong>de</strong> iniciativa <strong>de</strong><br />

que tanto se fala, é na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

para nos organizarmos e<br />

construirmos coisas, diversas,<br />

que abanem a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, que mostrem<br />

que estamos vivos e atentos<br />

e que queremos mais e po<strong>de</strong>mos<br />

exigir porque ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong><br />

nós dá o exemplo. Esta seria<br />

sem dúvi<strong>da</strong> uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong> mais<br />

rica, naquilo que temos <strong>de</strong><br />

melhor: as pessoas. ■


18 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

JORLIS, LDA.<br />

Conselho <strong>de</strong> Gestão:<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Arnaldo Sapinho<br />

Catarina Vieira<br />

Directora Executiva:<br />

Anabela Frazão<br />

Direcção Editorial:<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Orlando Cardoso<br />

Maria Alexandra Vieira<br />

Secretária <strong>da</strong> Direcção:<br />

Paula Carvalho<br />

Director:<br />

Arnaldo Sapinho<br />

direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Directores Adjuntos:<br />

Anabela Frazão e João Nazário<br />

geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

re<strong>da</strong>ccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

re<strong>da</strong>ccao.economia@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

re<strong>da</strong>ccao.<strong>de</strong>sporto@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

re<strong>da</strong>ccao.viver@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Coor<strong>de</strong>nadora <strong>da</strong> re<strong>da</strong>cção<br />

Alexandra Barata<br />

(alexandrabarata@gmail.com)<br />

Re<strong>da</strong>cção<br />

Alexandra Barata (alexandrabarata@gmail.com),<br />

Damião Leonel (dleonel@mail.pt),<br />

Elisabete Cruz (eliscruz@hotmail.com),<br />

Graça Menitra (gmenitra@mail.pt)<br />

Jacinto Silva Duro (jjduro@iol.pt)<br />

Maria Anabela Silva (masilva@mail.pt)<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

(raquelsousasilva@hotmail.com)<br />

Ricardo Rosenheim Rodrigues<br />

(ricardocarvalhorodrigues@gmail.com)<br />

Colaboradores permanentes<br />

Ana Ferraz Pereira, Carlos Matos, Dina Aleixo,<br />

Joaquim Paulo, Luci Pais, Lucilina Barreiro, Lur<strong>de</strong>s<br />

Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>, Orlando Cardoso, Ricardo Graça<br />

Colaboradores<br />

Ana Narciso, Fernando Encarnação, Francisco<br />

Mafra, Helena Carvalhão, João Lázaro, José<br />

Alberto Vasco, José Amado <strong>da</strong> Silva, José Antunes<br />

<strong>de</strong> Sousa, José Augusto Esteves, José Manuel<br />

Pereira <strong>da</strong> Silva, José Marques <strong>da</strong> Cruz, José<br />

Nunes André, Licínio Moreira, Luciano <strong>de</strong><br />

Almei<strong>da</strong>, Márcio Lopes, O<strong>de</strong>te João, <strong>Os</strong>valdo<br />

Castro, Pedro Biscaia, Pedro Aleixo Pais, Tomás<br />

Oliveira Dias<br />

Direcção Gráfica<br />

Gabinete Técnico Jorlis<br />

Composição, Paginação e Montagem<br />

isil<strong>da</strong>.trin<strong>da</strong><strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Coor<strong>de</strong>nação Isil<strong>da</strong> Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>, Rita Carlos<br />

Cartoonista Rui Pedro Lourenço<br />

Serviços Administrativos<br />

Recepção - Patrícia Carvalho<br />

Tesouraria - Cília Ribeiro<br />

Assinantes - Patrícia Carvalho<br />

Serviços Comerciais<br />

publici<strong>da</strong><strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

Coor<strong>de</strong>nação - Rui Pereira<br />

Élia Ramalho, Sofia Caçador<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Jorlis - Edições e Publicações, L<strong>da</strong>.<br />

Capital Social: € 399.038,32<br />

Contribuinte Nº 502010401<br />

Sócios com mais <strong>de</strong> 10%:<br />

Movicortes, Serviços e Gestão, L<strong>da</strong>,<br />

José Ribeiro Vieira<br />

Mora<strong>da</strong><br />

Rua Coman<strong>da</strong>nte João Belo, nº 31<br />

Apart. 1098 2401-801 <strong>Leiria</strong><br />

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Geral 244 800 400<br />

Re<strong>da</strong>cção 244 800 405<br />

Comercial 244 800 404<br />

Fax 244 800 401<br />

Impressão: Miran<strong>de</strong>la, Artes Gráficas, SA<br />

Rua Rodrigues Faria, 103<br />

1300 - 501 Lisboa<br />

Distribuição: VASP<br />

Dia <strong>de</strong> publicação: Quinta-feira<br />

Preço avulso: 1euro<br />

Assinatura anual: 25€ (Portugal), 27€ (restantes<br />

países <strong>da</strong> Europa), 30€ (outros países do Mundo)<br />

Tiragem média por edição<br />

Mês <strong>de</strong> Janeiro 15.000 exemplares<br />

Nº <strong>de</strong> registo: 109980<br />

Depósito legal nº 5628/84<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está aberto à participação <strong>de</strong> todos os<br />

ci<strong>da</strong>dãos <strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do Estatuto Editorial<br />

<strong>Leiria</strong> avessa às artes<br />

e à cultura<br />

| D o s l e i t o r e s |<br />

O JORNAL DE LEIRIA reserva-se o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantes <strong>da</strong>s cartas ao Director <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, publica<strong>da</strong>s nesta secção<br />

ADRIANO<br />

PIMPÃO, actual<br />

reitor e presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong><br />

Reitores <strong>da</strong>s Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Públicas,<br />

vai abandonar<br />

o cargo <strong>de</strong> reitor <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Algarve. A<br />

Assembleia <strong>da</strong>quela instituição<br />

<strong>de</strong> ensino superior, com 25 anos<br />

<strong>de</strong> existência e constituí<strong>da</strong> por<br />

192 membros (incluindo docentes,<br />

funcionários não docentes<br />

e alunos) vai a votos para eleger<br />

o sucessor <strong>da</strong>quele Professor<br />

<strong>da</strong> Nazaré, no próximo<br />

dia 6. <strong>Os</strong> dois candi<strong>da</strong>tos são<br />

Saul Neves <strong>de</strong> Jesus, <strong>da</strong> área <strong>da</strong><br />

Psicologia, e João Guerreiro, <strong>da</strong>s<br />

Ciências Económicas.<br />

SERAFIM BRAVO QUA-<br />

DRADO faleceu na semana passa<strong>da</strong>.<br />

Antigo professor primário<br />

e director <strong>da</strong> “Voz <strong>da</strong> Nazaré”,<br />

ficou célebre a sua rúbrica “O<br />

mar é um cão”, na qual relatava<br />

os naufrágios dos pescadores<br />

nazarenos. Mesmo <strong>de</strong>pois <strong>da</strong><br />

<strong>reforma</strong>, Serafim Quadrado continuou<br />

a intervir na vi<strong>da</strong> social<br />

<strong>da</strong> Nazaré, sendo uma figura<br />

muito respeita<strong>da</strong> na vila.<br />

ANTÓNIO JOAQUIM PIÇAR-<br />

RA é o novo presi<strong>de</strong>nte do Tribunal<br />

<strong>da</strong> Relação <strong>de</strong> Coimbra,<br />

suce<strong>de</strong>ndo a Carlos Leitão. Eleito<br />

a 14 <strong>de</strong> Dezembro, num sufrágio<br />

também disputado por João<br />

Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>, aquele juiz <strong>de</strong>sembargador<br />

tomou posse na passa<strong>da</strong><br />

semana.<br />

RICARDO ROSENHEIM RODRIGUES<br />

Aproveito este espaço para<br />

um manifesto sobre uma “assimetria<br />

cultural” que, provavelmente,<br />

estará a afectar a ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e capital <strong>de</strong> distrito que é<br />

<strong>Leiria</strong>.<br />

É algo que me irrita e espero<br />

que não seja o primeiro nem<br />

o último a reparar que <strong>Leiria</strong> tem<br />

permanecido adormeci<strong>da</strong> relativamente<br />

a activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s culturais,<br />

nomea<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> expressão<br />

artística.<br />

Em relação ao cinema vemos<br />

excelentes filmes (por vezes alternativos)<br />

que só chegam às nossas<br />

salas um ou dois meses <strong>de</strong>pois<br />

<strong>da</strong> estreia... Mais: a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> tinha<br />

envergadura para levar a cabo<br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s como ciclos <strong>de</strong> cinema,<br />

concursos para novos realizadores,<br />

mostras ou festivais,<br />

mas na<strong>da</strong> feito.<br />

Falando do teatro ele é quase<br />

inexistente! Temos duas companhias<br />

em <strong>Leiria</strong>, O Nariz e o<br />

Te-Ato, mas, provavelmente por<br />

falta <strong>de</strong> apoios (coitados) e <strong>de</strong><br />

público (leirienses com a mania<br />

do elitismo) exibem espectáculos<br />

que não estão em cena mais<br />

<strong>de</strong> um ou dois dias! Mas ain<strong>da</strong><br />

OLEGÁRIO BENQUERENÇA<br />

é um dos dois árbitros internacionais<br />

portugueses<br />

nomeados<br />

para a primeira<br />

mão dos<br />

16 avos-<strong>de</strong>-final<br />

<strong>da</strong> Taça UEFA,<br />

agen<strong>da</strong><strong>da</strong> para<br />

15 e 16 <strong>de</strong> Fevereiro, anunciou<br />

a Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong> Futebol.<br />

O árbitro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> dirigirá<br />

o encontro entre os ingleses do<br />

Bolton e os franceses do Marselha,<br />

enquanto o juiz <strong>de</strong> Setúbal,<br />

Lucílio Baptista, vai à Noruega<br />

apitar o encontro entre o<br />

Rosenborg e os russos do FC<br />

Zenit.<br />

JACINTO<br />

MECA, presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Associação<br />

<strong>de</strong> Defesa<br />

<strong>da</strong> Nazaré,<br />

mantêm-se à<br />

frente <strong>da</strong> Mesa<br />

<strong>da</strong> Assembleia Geral <strong>da</strong> Direcção<br />

<strong>da</strong> Associação dos Bombeiros<br />

Voluntários <strong>da</strong>quela vila. Nas<br />

eleições, que <strong>de</strong>correram dia 20<br />

<strong>de</strong> Janeiro, foi também eleito<br />

Ângelo Godinho, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

Direcção, e Fernando Mafra, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho Fiscal.<br />

RUI CLARO, piloto <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s<br />

<strong>da</strong> Rainha, recebeu o prémio<br />

relativo ao Troféu Semog,<br />

atribuído pela Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Automobilismo e Karting.<br />

A entrega do prémio <strong>de</strong>correu<br />

durante a Gala dos Campeões<br />

2005, numa cerimónia que teve<br />

lugar no dia 14 <strong>de</strong> Janeiro no<br />

Casino Estoril.<br />

MÁRIO OLIVEIRA foi distinguido<br />

pelo Núcleo Regional<br />

não é bem isto que me <strong>de</strong>ixa<br />

aborrecido... mas sim gran<strong>de</strong>s<br />

companhias (teatro nacional<br />

inclusive) com gran<strong>de</strong>s performers<br />

a por na sua tournée ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

do interior que nem sequer<br />

são capitais <strong>de</strong> distrito e <strong>Leiria</strong><br />

nunca aparece! Relativamente<br />

| P a s s a g e n s |<br />

do Ribatejo e<br />

Estremadura <strong>da</strong><br />

Quercus, sediado<br />

em Ourém e<br />

presidido por<br />

Domingos Patacho.<br />

O presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Oikos - Associação <strong>de</strong> Defesa<br />

do Ambiente e Património <strong>da</strong><br />

Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, recebeu a distinção<br />

durante a cerimónia <strong>de</strong><br />

comemoração dos 16 anos <strong>de</strong><br />

existência do núcleo <strong>da</strong>quela<br />

associação ambiental.<br />

MANUEL VÍTOR DA PINA<br />

PEDRO foi o padre nomeado,<br />

no passado dia 17, para assistente<br />

do Secretariado <strong>da</strong> Pastoral<br />

dos Ciganos. D. Serafim Ferreira<br />

e Silva, Bispo <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>-Fátima, nomeou também<br />

os padres Vítor Coutinho e Vítor<br />

Joaquim, respectivamente para<br />

assistente do Movimento <strong>de</strong> Educadores<br />

Católicos e para notário-actuário<br />

do Tribunal Eclesiástico.<br />

à <strong>da</strong>nça, o panorama é menos<br />

mau, mas po<strong>de</strong>ria ser bem melhor.<br />

A música é outro <strong>de</strong>sastre: nunca<br />

temos concertos <strong>de</strong> artistas<br />

consagrados, vá se lá saber porquê?!<br />

Entre isto há muito mais. E no<br />

entanto, relembro que <strong>Leiria</strong> é uma<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> que goza <strong>de</strong> localização<br />

central relativamente às Áreas<br />

Metropolitanas <strong>de</strong> Lisboa e Porto<br />

e está localiza<strong>da</strong> no Litoral.<br />

Estou farto <strong>de</strong> ter <strong>de</strong> me <strong>de</strong>slocar<br />

para mais longe para ver<br />

um bom espectáculo <strong>de</strong> música,<br />

teatro ou <strong>da</strong>nça e, também,<br />

estou enjoado <strong>de</strong> olhar para aquele<br />

estádio às moscas que encheu<br />

<strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s e problemas, a autarquia<br />

e as empresas liga<strong>da</strong>s, e que<br />

po<strong>de</strong>ria ser aproveitado para tanto<br />

fim, que traria lucros às organizações<br />

e à autarquia.<br />

Já agora, que <strong>Leiria</strong> olhe para<br />

Alcobaça e Figueira <strong>da</strong> Foz... que<br />

lhes fazem ver pelo seu dinamismo<br />

artístico e cultural. ■<br />

Diogo Gaspar, por email<br />

JOÃO PAULO<br />

FELICIANO é o<br />

autor <strong>da</strong> instilação<br />

intitula<strong>da</strong><br />

“Fogo!”, que projecta<br />

nas cortinas<br />

<strong>da</strong>s janelas do primeiro<br />

piso <strong>da</strong> Assembleia <strong>da</strong> República,<br />

Lisboa, as imagens dos incêndios<br />

que <strong>de</strong>vastaram quase 300<br />

mil hectares <strong>de</strong> floresta portuguesa,<br />

no ano passado. O artista,<br />

natural <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha, integra<br />

a exposição “O Po<strong>de</strong>r <strong>da</strong> Arte”<br />

no Parlamento, promovi<strong>da</strong> pela<br />

Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Serralves. As “chamas”<br />

serão projecta<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as<br />

noites até 16 <strong>de</strong> Abril. Da mostra<br />

fazem igualmente parte obras<br />

<strong>de</strong> vários artistas, como Júlio<br />

Pomar, Paula Rêgo, Rui Chafes,<br />

Juan Muñoz ou Claes Ol<strong>de</strong>mburg.<br />

FRANCISCO MOREIRA DA<br />

SILVA, 60 anos, faleceu no Hospital<br />

Santo André, <strong>Leiria</strong>, vítima<br />

<strong>de</strong> um enfisema pulmonar.<br />

O seu funeral realizou-se na passa<strong>da</strong><br />

segun<strong>da</strong>-feira, para o cemitério<br />

do Vimeiro, Alcobaça, <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> era natural. Francisco Silva<br />

foi dirigente <strong>da</strong> União Distrital<br />

dos Sindicatos durante<br />

vários anos e fun<strong>da</strong>dor do Sindicato<br />

dos Rodoviários <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> on<strong>de</strong> residia.<br />

JOÃO DOS SANTOS COSTA,<br />

53 anos, faleceu no início <strong>de</strong>sta<br />

semana, tendo sido sepultado no<br />

cemitério <strong>de</strong> Marrazes. Foi engraxador,<br />

durante muitos anos, junto<br />

à Rodoviária <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e morava<br />

no Bairro <strong>de</strong> Sá Carneiro.<br />

D I O G O<br />

MATOS, empresário<br />

<strong>de</strong> Ourém,<br />

integra a direcção<br />

<strong>da</strong> Associação<br />

Nacional <strong>de</strong><br />

Jovens Empresários<br />

(ANJE), li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> por Armindo<br />

Monteiro. Reeleito na passa<strong>da</strong><br />

sexta-feira, o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

ANJE <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003 fará assim um<br />

segundo man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> três anos,<br />

até 2008. A lista vencedora arrecadou<br />

70 por cento dos votos<br />

expressos, <strong>de</strong>stronando a candi<strong>da</strong>tura<br />

<strong>de</strong> Pedro Neves, que na<br />

sua lista reunia empresários <strong>da</strong><br />

região, entre eles o Patrícia Leirião,<br />

responsável pela <strong>de</strong>legação<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>da</strong> ANJE. ■


■Economia■<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 19<br />

Câmara abre concurso para instalar empreendimento junto ao estádio<br />

Promotores <strong>de</strong> centros comerciais<br />

investiram milhões em <strong>Leiria</strong><br />

À excepção <strong>da</strong> empresa António<br />

José Cristo, promotora do<br />

empreendimento Liz Shopping, os<br />

interessados em instalar o Fórum<br />

<strong>Leiria</strong> e o W Shopping na ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

investiram vários milhões <strong>de</strong> euros<br />

em terrenos, na expectativa <strong>de</strong> os<br />

seus projectos virem a ser aprovados.<br />

A autarquia optou, contudo,<br />

por abrir um concurso público internacional<br />

para construir um centro<br />

comercial regional na área compreendi<strong>da</strong><br />

entre o mercado municipal<br />

e a zona on<strong>de</strong> se integra o<br />

estádio e o complexo <strong>da</strong>s piscinas<br />

em <strong>Leiria</strong>.<br />

“Comprei 23 hectares <strong>de</strong> terreno<br />

na expectativa do W Shopping<br />

ser aprovado. Não ia comprar os<br />

terrenos sem ter tido contactos com<br />

a Câmara. Não compraria aqueles<br />

canaviais, em zona <strong>de</strong> REN [Reserva<br />

Ecológica Nacional], para colocar<br />

cabras e carneiros a pastar. Para<br />

isso, tenho muitos”, afirma Artur<br />

Meneses, do Grupo Meneses, promotor<br />

do empreendimento.<br />

Embora esclareça que a autarquia<br />

nunca lhe disse que iria aprovar<br />

o projecto, Artur Meneses diz<br />

que “o projecto foi <strong>de</strong>senvolvido<br />

com a Câmara nesse sentido”. Comprou<br />

terrenos para on<strong>de</strong> havia um<br />

projecto <strong>de</strong> loteamento <strong>de</strong> habitação<br />

social aprovado, porque consi<strong>de</strong>rava<br />

que não se enquadrava<br />

“junto à estátua <strong>de</strong> D. Dinis”, à entra<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> pretendia construir<br />

o empreendimento. Do outro<br />

lado do IC2, a sua intenção era criar<br />

um parque urbano, com espaços<br />

ajardinados e um auditório ao ar<br />

livre.<br />

O investimento efectuado em<br />

terrenos localizados dos dois lados<br />

do IC2, junto à rotun<strong>da</strong> <strong>de</strong> Porto<br />

Moniz, terá sido superior a <strong>de</strong>z<br />

milhões <strong>de</strong> euros. O empresário <strong>de</strong><br />

Porto <strong>de</strong> Mós mostra-se, por isso,<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Autarquia vai abrir concurso para nova localização do centro comercial<br />

<strong>de</strong>scontente por a autarquia ter<br />

encomen<strong>da</strong>do o estudo só <strong>de</strong>pois<br />

<strong>da</strong>s três propostas terem sido apresenta<strong>da</strong>s.<br />

“Se soubesse que ia haver<br />

um estudo não comprava logo os<br />

terrenos.”<br />

Com 23 hectares <strong>de</strong> terrenos nas<br />

mãos, Artur Meneses confessa que<br />

ain<strong>da</strong> não pensou que <strong>de</strong>stino lhes<br />

irá <strong>da</strong>r. “Ao preço que se ven<strong>de</strong>m<br />

apartamentos em <strong>Leiria</strong> e tendo em<br />

conta a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apartamentos<br />

que estão <strong>de</strong>socupados, não é<br />

preciso construir nenhuma habitação<br />

nos próximos <strong>de</strong>z a 20 anos.”<br />

Confrontado com a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> participar no concurso público,<br />

o empresário diz ain<strong>da</strong> não ter <strong>de</strong>cidido.<br />

“Ain<strong>da</strong> estou a digerir uma,<br />

já me vou meter noutra?”, questiona.<br />

António Cristo, arquitecto responsável<br />

pela António José Cristo,<br />

promotora do Liz Shopping, garante<br />

que Isabel Damasceno, presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> autarquia, sempre disse que o<br />

local on<strong>de</strong> gostaria <strong>de</strong> ver o novo<br />

centro comercial era a zona on<strong>de</strong><br />

se encontram localiza<strong>da</strong>s a Cerâmica<br />

do Lis e a Plásticos <strong>de</strong> Santo<br />

António, razão pela qual apresentou<br />

o seu projecto com aquela proposta<br />

<strong>de</strong> localização.<br />

“Custa-me participar no concurso<br />

e <strong>de</strong>ixar tudo no escuro, <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> ter feito um esforço para colaborar<br />

ao máximo com a Câmara<br />

nas contraparti<strong>da</strong>s e do dinheiro<br />

que investi para encontrar essa solução.<br />

É passar <strong>de</strong> uma posição em<br />

que estava a ganhar para uma em<br />

que para ganhar tenho que participar<br />

. A Câmara <strong>de</strong>via ter falado<br />

connosco, em vez <strong>de</strong> passar uma<br />

esponja sobre tudo”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o arquitecto.<br />

Apesar <strong>da</strong> AM Development<br />

optar por não se pronunciar sobre<br />

a abertura <strong>de</strong> um concurso público,<br />

o JORNAL DE LEIRIA sabe que<br />

investiu mais <strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong><br />

euros nos terrenos <strong>da</strong> antiga Proalimentar,<br />

para instalar o Forum <strong>Leiria</strong>.<br />

Num ‘suplemento especial’ distribuído<br />

em Julho, em <strong>Leiria</strong>, Penno<br />

Van Veggel, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> AM<br />

Development do Sul <strong>da</strong> Europa,<br />

garante que escolheu o terreno porque<br />

foi uma <strong>da</strong>s localizações sugeri<strong>da</strong>s<br />

pela Câmara.<br />

“Obtivemos uma convicção <strong>de</strong><br />

tal forma forte <strong>de</strong> que aquele terreno<br />

era o mais indicado e que a<br />

proposta, nesse local, tinha to<strong>da</strong>s<br />

as condições para ser aprova<strong>da</strong>, que<br />

adquirimos o terreno, o que suce<strong>de</strong>u<br />

pela primeira vez na história<br />

<strong>da</strong>s nossas intervenções em Portugal”,<br />

afirmou o responsável.<br />

Segundo fonte <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, Isabel Damasceno sempre<br />

disse que haveria espaço para um<br />

centro comercial regional na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

mas nunca disse qual a sua localização.<br />

Foi por isso que encomendou<br />

um estudo através do qual<br />

pretendia sustentar a escolha final.<br />

NOVA LOCALIZAÇÃO<br />

APONTADA NO ESTUDO<br />

A posição toma<strong>da</strong> pela autarquia<br />

(<strong>de</strong> abrir um concurso público)<br />

tem por base um estudo encomen<strong>da</strong>do<br />

ao docente universitário<br />

Herculano Cachinho, do CEGIC<br />

- Centro <strong>de</strong> Estudos Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e Comércio<br />

<strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, que conclui<br />

que nenhum dos projectos<br />

apresentados pelos grupos Vougainvest<br />

(Liz Shopping), Meneses<br />

(W Shopping) e AM Development<br />

(Forum <strong>Leiria</strong>) “é i<strong>de</strong>al para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

porque a distância impe<strong>de</strong> que<br />

funcionem como âncoras <strong>da</strong> área<br />

central e, por conseguinte, favoreçam<br />

a sua revitalização, com<br />

especial <strong>de</strong>staque para o centro<br />

histórico”.<br />

Aliás, no dia <strong>da</strong> apresentação<br />

pública do “Estudo <strong>de</strong> avaliação<br />

dos impactes dos centros comerciais<br />

na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”, Herculano<br />

Cachinho apontou precisamente<br />

a área entre o rio Lis, o<br />

Estádio Municipal Magalhães Pessoa<br />

e o centro histórico como a<br />

mais apropria<strong>da</strong> para a localização<br />

<strong>de</strong> um centro comercial <strong>de</strong><br />

dimensão regional, tendo em conta<br />

que se pretendia que o empreendimento<br />

servisse <strong>de</strong> “locomotiva<br />

à revitalização económica do centro<br />

histórico”.<br />

Ao estabelecer que a área escolhi<strong>da</strong><br />

para a localização do centro<br />

comercial abrange “parcelas <strong>de</strong> terreno<br />

e bens na área compreendi<strong>da</strong><br />

pelo mercado municipal e a zona<br />

on<strong>de</strong> se integra actualmente o estádio<br />

e o complexo <strong>de</strong> piscinas” a<br />

Câmara <strong>de</strong>ixa em aberto a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> intervir no topo norte,<br />

no mercado municipal e até nas<br />

piscinas. Pelo que o JORNAL DE<br />

LEIRIA conseguiu apurar, a intenção<br />

será escolher o projecto mais<br />

completo e que contribua para a<br />

revitalização do espaço. ■<br />

Alexandra Barata<br />

DR<br />

Projecto <strong>de</strong> jovens empreen<strong>de</strong>dores <strong>da</strong> região<br />

‘Apetites <strong>de</strong> Portugal’ divulga<br />

melhores restaurantes do País<br />

Promover e divulgar os melhores<br />

restaurantes do País é o objectivo<br />

do clube ‘Apetites <strong>de</strong> Portugal’,<br />

um projecto <strong>de</strong> Rodolfo Fetal<br />

e Maria Clemente, dois jovens<br />

empreen<strong>de</strong>dores <strong>da</strong> região (<strong>Leiria</strong><br />

e Fátima). Por sensivelmente<br />

50 euros (valor ain<strong>da</strong> em análise)<br />

vai ser possível adquirir um<br />

kit que dá direito a refeições grátis<br />

e a <strong>de</strong>scontos em vários restaurantes<br />

do País.<br />

“A i<strong>de</strong>ia é ter como a<strong>de</strong>rentes<br />

estabelecimentos <strong>da</strong>s principais<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s do País, locais on<strong>de</strong> haja<br />

também pontos <strong>de</strong> interesse e<br />

atracção turística”, explica Rodolfo<br />

Fetal. O kit ‘Apetites <strong>de</strong> Portugal<br />

<strong>de</strong>verá estar à ven<strong>da</strong> no<br />

final do Verão (Restaurante Casa<br />

<strong>da</strong> Nora, nas Cortes, <strong>Leiria</strong>, ou<br />

919703731) e terá um prazo <strong>de</strong><br />

vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> dois anos.<br />

Este projecto surge na<br />

sequência <strong>de</strong> um outro concretizado<br />

pelos mesmos promotores,<br />

o ‘Apetites <strong>de</strong> Lisboa’,<br />

que “está a ser um sucesso”,<br />

garante o jovem empreen<strong>de</strong>dor.<br />

Com a compra do kit, que<br />

custa 50 euros, o cliente recebe<br />

uma brochura dos restaurantes<br />

a<strong>de</strong>rentes, um cartão <strong>de</strong><br />

membro e uma ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong><br />

senhas <strong>de</strong> oferta. As senhas<br />

proporcionam uma refeição<br />

grátis em ca<strong>da</strong> restaurante, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que o seu titular leve um<br />

acompanhante. Nas visitas<br />

seguintes a esse restaurante,<br />

basta apresentar o cartão <strong>de</strong><br />

membro e o cliente tem um <strong>de</strong>sconto<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>z por cento. Quem<br />

comprou o ‘Apetites <strong>de</strong> Lisboa’<br />

terá <strong>de</strong>sconto na aquisição do<br />

‘Apetites <strong>de</strong> Portugal’. ■<br />

‘Apetites <strong>de</strong> Lisboa’: a<strong>de</strong>rentes<br />

A Commen<strong>da</strong>; A Travessa; Afreudite; Água e Sal; Banthai; Barra Ibérica;<br />

Café no Chiado; Casa <strong>da</strong> Comi<strong>da</strong>; Casa do Chá; Casa 21;<br />

Catedral/C.I.G.; Chafariz do Vinho; Comi<strong>da</strong> <strong>de</strong> Santo; Doca 6; El Gordo<br />

I e II; Jardim do Marquês; Kashmir; La Paparrucha; Marquês <strong>da</strong> Sé;<br />

Memories <strong>da</strong>s Tias; Mercearia Vencedora; Natural Terra; Novo Altair;<br />

Olivier; Pala<strong>da</strong>r; Par e Paço; Sol & Tapas (Malhoa e Telheiras); Rock’n<br />

Sushi; Viagem <strong>de</strong> Sabores; VírGula; Casa <strong>da</strong> Nora (<strong>Leiria</strong>). ■


20 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Oeste<br />

Pêra rocha<br />

com imagem<br />

única<br />

“Rocha do<br />

Oeste” –<br />

Sabor <strong>de</strong><br />

Portugal é<br />

o slogan<br />

que, a partir<br />

do fim<strong>de</strong>-semana<br />

do Dia dos<br />

Namorados, vai acompanhar<br />

a nova imagem colectiva <strong>da</strong><br />

pêra rocha do Oeste, apresenta<strong>da</strong><br />

em caixas, sacos e barquetes<br />

num conceito inovador<br />

que garante ao consumidor<br />

“um produto distinto, mais apelativo<br />

e a confiança no reconhecimento<br />

<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>” certifica<strong>da</strong><br />

pela Codimaco. Com<br />

um <strong>de</strong>sign mo<strong>de</strong>rno e uma<br />

estratégia <strong>de</strong> marketing basea<strong>da</strong><br />

na informação <strong>de</strong>talha<strong>da</strong><br />

ao consumidor (por exemplo<br />

os sacos contêm textos sobre<br />

a história <strong>da</strong> pêra, receitas ou<br />

informações nutricionais), a<br />

nova imagem foi apresenta<strong>da</strong><br />

a semana passa<strong>da</strong> pela Associação<br />

Nacional <strong>da</strong> Pêra Rocha<br />

(ANP), num evento que reuniu<br />

em Óbidos as oito primeiras<br />

empresas a<strong>de</strong>rentes, entre<br />

elas cinco do distrito: Cooperfrutas<br />

(Alcobaça), Ecofrutas e<br />

Melro.com (ambas do Bombarral),<br />

Granfer (Óbidos) e Lusofruta<br />

(Porto <strong>de</strong> Mós). Responsáveis<br />

por mais <strong>de</strong> três mil dos<br />

11mil hectares <strong>de</strong> pomares <strong>de</strong><br />

pêra rocha existentes em Portugal,<br />

as oito empresas são as<br />

pioneiras do projecto que a<br />

ANP divulgou junto <strong>de</strong> 16 gran<strong>de</strong>s<br />

grupos <strong>de</strong> distribuição nacional,<br />

tendo garanti<strong>da</strong> a a<strong>de</strong>são<br />

<strong>de</strong> seis gran<strong>de</strong>s superfícies.<br />

Empresa <strong>de</strong> cerâmica do concelho <strong>de</strong> Alcobaça<br />

Porcelania encerra e <strong>de</strong>ixa<br />

operários no <strong>de</strong>semprego<br />

ANA FERRAZ PEREIRA<br />

Trabalhadores encaram futuro com pessimismo<br />

Eram 27 operários, mas só 15<br />

aguentaram até ao último dia <strong>da</strong><br />

fábrica Porcelania, em Évora <strong>de</strong><br />

Alcobaça. A uni<strong>da</strong><strong>de</strong> do Grupo<br />

Fapor fechou as portas na terçafeira.<br />

Nos olhos <strong>de</strong> Elvira Mendonça<br />

Santos adivinhava-se a tristeza<br />

<strong>de</strong> abandonar a fábrica 11 anos<br />

<strong>de</strong>pois do primeiro dia <strong>de</strong> trabalho.<br />

Não é difícil enten<strong>de</strong>r as lágrimas<br />

<strong>da</strong> trabalhadora. Tem dois<br />

filhos, sente que a fábrica lhe roubou<br />

saú<strong>de</strong> e tem consciência do<br />

que significa ter 44 anos quando<br />

se precisa encontrar trabalho.<br />

Como os restantes colegas, também<br />

Elvira Mendonça sai com quatro<br />

meses <strong>de</strong> salários em atraso,<br />

incluindo subsídios <strong>de</strong> férias e <strong>de</strong><br />

Natal. “Disseram-nos que até Maio<br />

liqui<strong>da</strong>vam tudo”, diz José Soares.<br />

Além <strong>da</strong> vertente económica, a per<strong>da</strong><br />

do emprego custa pela ligação<br />

afectiva. “Acreditei que era possível”,<br />

confi<strong>de</strong>ncia Elvira Mendonça,<br />

lembrando-se quando a notícia<br />

do fecho chegou, em Junho <strong>de</strong><br />

2005. “Antes do Natal trabalhámos<br />

até às quatro <strong>da</strong> manhã para carregar<br />

contentores, a ver se conseguíamos<br />

recuperar isto”, recor<strong>da</strong>.<br />

José Soares explica porque é<br />

que o esforço foi em vão: transferiram<br />

as encomen<strong>da</strong>s para a Fapor.<br />

“Levaram-nos o trabalho todo <strong>de</strong><br />

um cliente que trabalha com a nossa<br />

fábrica há muitos anos”. O operário<br />

acredita que os clientes vão<br />

ficar <strong>de</strong>siludidos com o produto<br />

que a Fapor vai entregar, produzido<br />

na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Batalha. “Não<br />

tem a mesma quali<strong>da</strong><strong>de</strong>”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

Serviço disponível em dois locais em <strong>Leiria</strong><br />

‘Empresa na hora’ cria seis socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

A TTO-Tratamentos Térmicos<br />

do Oeste foi a primeira socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

a ser cria<strong>da</strong> no serviço ‘Empresa<br />

na hora’. Sexta-feira passa<strong>da</strong>,<br />

os sócios (Hugo Ferreira, Carla<br />

Ferreira e Luís Barros) <strong>de</strong>slocaram-se<br />

ao Centro <strong>de</strong> Formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (CFE),<br />

um dos locais on<strong>de</strong> o serviço está<br />

disponível <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>da</strong> semana<br />

passa<strong>da</strong>, e em pouco mais <strong>de</strong><br />

uma hora tudo ficou resolvido.<br />

A empresa, com se<strong>de</strong> na Maceira,<br />

<strong>Leiria</strong>, vai actuar na área dos<br />

tratamentos térmicos para a indústria<br />

<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s e foi cria<strong>da</strong> com<br />

um capital social <strong>de</strong> cinco mil<br />

euros (socie<strong>da</strong><strong>de</strong> por quotas). “Já<br />

tínhamos o certificado <strong>de</strong> admissibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do nome e queríamos<br />

tratar do processo com a maior<br />

rapi<strong>de</strong>z possível, pelo que nos<br />

<strong>de</strong>slocámos até aqui”, explicou<br />

na ocasião Hugo Ferreira.<br />

Até terça-feira, foram cria<strong>da</strong>s,<br />

além <strong>da</strong> TTO, mais cinco<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s na ‘Empresa na hora’<br />

do CFE. O serviço está igualmente<br />

disponível na primeira<br />

Conservatória do Registo Predial<br />

e Comercial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong><br />

até anteontem apenas foi cria<strong>da</strong><br />

uma empresa. “Mas recebemos<br />

vários pedidos <strong>de</strong> informação”,<br />

explica a conservadora<br />

Ana Sousa.<br />

Esta responsável aproveita<br />

para esclarecer que, apesar dos<br />

constrangimentos causados<br />

José Soares.<br />

“É a terceira empresa on<strong>de</strong> trabalho<br />

que fecha”, enfatiza Maria<br />

<strong>da</strong> Luz, que não consegue conter<br />

o choro quando diz que <strong>da</strong>s outras<br />

vezes conseguiu arranjar emprego.<br />

“Mas agora... com esta i<strong>da</strong><strong>de</strong>....”<br />

Em casa as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s vão aumentando,<br />

com o marido doente e<br />

<strong>de</strong>sempregado.<br />

Albino Neves, sócio-gerente <strong>da</strong><br />

Fapor, explica que a produção <strong>da</strong><br />

Porcelania foi <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong> para a<br />

Batalha por dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> escoamento<br />

do produto. “Foi <strong>da</strong><strong>da</strong> aos<br />

trabalhadores a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

irem para aquela uni<strong>da</strong><strong>de</strong>”, afiança.<br />

Mas só três operários concor<strong>da</strong>ram.<br />

“Não fomos porque não<br />

nos <strong>de</strong>ram garantias <strong>de</strong> pagamento”,<br />

justifica Maria <strong>da</strong> Luz.<br />

A Porcelania foi adquiri<strong>da</strong><br />

enquanto Fapo<strong>de</strong>l pelo grupo Fapor<br />

há cerca <strong>de</strong> seis anos e começou<br />

por ter 100 trabalhadores. ■<br />

Ana Ferraz Pereira<br />

pelas obras para a instalação<br />

do serviço ‘Empresa na hora’,<br />

todo o sistema <strong>da</strong>quela conservatória<br />

voltou a estar operacional<br />

pelas 11:30 horas do<br />

passado dia 23. Ana Sousa<br />

esclarece ain<strong>da</strong> que, ao contrário<br />

do que foi referidopor<br />

João Raimundo por lapso na<br />

edição passa<strong>da</strong>, efectuar escrituras<br />

não é <strong>da</strong> competência <strong>da</strong>s<br />

Conservatórias, mas sim dos<br />

Cartórios Notariais. ■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Nobel quer<br />

abrir livraria<br />

| F r e n t e a F r e n t e |<br />

<strong>Leiria</strong> está na mira <strong>da</strong> Nobel,<br />

re<strong>de</strong> brasileira que preten<strong>de</strong><br />

abrir nos próximos anos um<br />

total <strong>de</strong> 70 livrarias. Santarém<br />

e São João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong>verão acolher espaços já a<br />

partir <strong>de</strong> meados <strong>de</strong>ste ano,<br />

revelou à Lusa Carlos Duarte,<br />

responsável em Portugal,<br />

on<strong>de</strong> a marca já tem cinco<br />

lojas. Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1943 em<br />

São Paulo, a Nobel tem diversos<br />

formatos <strong>de</strong> loja: expresso<br />

(mais pequena e compacta,<br />

género quiosque),<br />

tradicional (superfície <strong>de</strong><br />

média dimensão que inclui<br />

livraria e papelaria) e ‘megastore’<br />

(200 ou mais metros<br />

quadrados <strong>de</strong> área). ■<br />

Fiquei agra<strong>da</strong>velmente<br />

surpreendi<strong>da</strong>.<br />

Todos falam na<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sburocratizar,<br />

mas <strong>da</strong>í<br />

à existência <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s<br />

concretas às vezes<br />

ia uma gran<strong>de</strong> distância.<br />

É bom que as<br />

<strong>de</strong>cisões tenham sido<br />

toma<strong>da</strong>s e agora<br />

compete a todos nós<br />

zelarmos para que<br />

as medi<strong>da</strong>s sejam<br />

efectivamente cumpri<strong>da</strong>s.<br />

A <strong>de</strong>sburocratização é o único caminho para<br />

levar os investidores a avançarem na criação <strong>de</strong><br />

empresas. As medi<strong>da</strong>s anuncia<strong>da</strong>s são muito bem<br />

vin<strong>da</strong>s.<br />

Ana Maria Pacheco, presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Associação Industrial <strong>da</strong> Região Oeste<br />

José Sócrates anunciou a<br />

semana passa<strong>da</strong> um<br />

pacote <strong>de</strong> <strong>de</strong>z medi<strong>da</strong>s<br />

contra a burocracia,<br />

algumas <strong>da</strong>s quais já a<br />

funcionar, como a<br />

‘Empresa na hora’ e o<br />

documento único<br />

automóvel. Quais as suas<br />

expectativas em relação<br />

ao que foi anunciado?<br />

As medi<strong>da</strong>s são<br />

extremamente positivas.<br />

São um bom<br />

passo, ou pelo<br />

menos um primeiro<br />

passo, para a <strong>de</strong>sburocratização.<br />

Vêm mexer com<br />

interesses instalados<br />

e <strong>de</strong>monstram<br />

coragem política. É<br />

um começo. <strong>Os</strong><br />

empresários são<br />

quase sempre pessimistas<br />

porque<br />

muitas vezes anunciam-se coisas que não avançam,<br />

mas espero que as medi<strong>da</strong>s anuncia<strong>da</strong>s passem<br />

realmente do papel para a prática.<br />

Mário Abreu,<br />

empresário, Ourém


| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 21<br />

Equipamentos retirados <strong>da</strong> empresa <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>da</strong> Vieira<br />

Operários <strong>da</strong> Rotalitec<br />

resci<strong>de</strong>m contratos<br />

“O que dói mais é que, durante<br />

anos, trabalhámos noite e dia,<br />

quando nos pediam, para agora<br />

fazerem isto”. O lamento é <strong>de</strong> José<br />

Soares, um dos trabalhadores <strong>da</strong><br />

Rotalitec que ficou sem trabalho<br />

na sequência <strong>de</strong> um alegado negócio<br />

que passaria a empresa para<br />

as mãos <strong>da</strong> Fruitful Investments<br />

Ltd. <strong>Os</strong> novos donos não apareceram,<br />

os antigos estão incontactáveis<br />

e a empresa foi ‘esventra<strong>da</strong>’:<br />

no lugar <strong>da</strong>s máquinas<br />

ficaram enormes buracos.<br />

Com o subsídio <strong>de</strong> Natal e o<br />

salário <strong>de</strong> Janeiro em atraso, os<br />

operários vão agora rescindir os<br />

contratos por justa causa, na tentativa<br />

<strong>de</strong> terem pelo menos acesso<br />

ao subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego.<br />

Estão também, a par com um<br />

advogado, a equacionar outras<br />

medi<strong>da</strong>s a tomar e esperam uma<br />

posição <strong>da</strong> Inspecção do Trabalho,<br />

que foi ao local sexta-feira<br />

passa<strong>da</strong>. De acordo com os trabalhadores,<br />

os antigos sócios (Fernando<br />

Pedrosa e Nuno Vieira)<br />

<strong>de</strong>ixaram dívi<strong>da</strong>s que ascen<strong>de</strong>m<br />

a 1.8 milhões <strong>de</strong> euros, sobretudo<br />

à Segurança Social e ao Fisco.<br />

RAQUEL DE SOUSA SILVA<br />

Trabalhadores “enganados” até “aju<strong>da</strong>ram a carregar as máquinas”<br />

Segundo os operários, em meados<br />

<strong>de</strong> Dezembro a gerência informou<br />

que iria ven<strong>de</strong>r a empresa,<br />

situa<strong>da</strong> na zona industrial <strong>de</strong> Vieira<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>vido a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

financeiras, e aconselhou os<br />

trabalhadores a tirarem as férias<br />

a que ain<strong>da</strong> tivessem direito. No<br />

início <strong>de</strong> Janeiro, “foi-nos mesmo<br />

apresentado o novo administrador”,<br />

conta Sérgio Morganiça,<br />

na Rotalitec há <strong>de</strong>z anos.<br />

Depois, com o argumento <strong>de</strong><br />

que era preciso alterar o lay-out<br />

<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva e colocar<br />

novas máquinas, os responsáveis<br />

pela empresa começaram a tirar<br />

os equipamentos que, segundo<br />

os trabalhadores, <strong>de</strong>sapareceram<br />

passados poucos dias. <strong>Os</strong> operários<br />

dizem estar numa “situação<br />

complica<strong>da</strong>” e sentem-se “revoltados<br />

e enganados”. De acordo<br />

com um <strong>de</strong>les, “foi tudo tão bem<br />

engendrado” que eles “até aju<strong>da</strong>ram<br />

a carregar as máquinas”.<br />

“Nunca houve quebras <strong>de</strong> trabalho<br />

e as encomen<strong>da</strong>s previstas<br />

ron<strong>da</strong>vam um milhão <strong>de</strong> euros”,<br />

diz um operário. “Em Dezembro,<br />

até <strong>de</strong> noite trabalhámos para<br />

entregar todo o trabalho que estava<br />

em curso”, adianta um outro.<br />

A facturação anual ron<strong>da</strong>va os<br />

dois milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1996, a Rotalitec<br />

mudou-se para Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

há cerca <strong>de</strong> seis anos, mas as instalações<br />

ain<strong>da</strong> não estarão totalmente<br />

pagas, suspeitam os operários.<br />

Entretanto, no Tribunal <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> entraram dois processos <strong>de</strong><br />

execução contra a empresa e contra<br />

um dos sócios. Por outro lado,<br />

revela um dos operários, “as contas<br />

<strong>da</strong> empresa foram congela<strong>da</strong>s”.<br />

O JORNAL DE LEIRIA apurou<br />

que os antigos proprietários estão<br />

fora do País, incontactáveis. “A<br />

sensação que temos é que foram<br />

para Moçambique”, diz o trabalhador<br />

Daniel Casaleiro. ■<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

Empresa cerâmica <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />

Secla reduz horários por falta <strong>de</strong> encomen<strong>da</strong>s<br />

O momento actual no sector<br />

<strong>da</strong> cerâmica é <strong>de</strong> “extrema dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>”<br />

e a Secla, <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

Rainha, não escapa à crise. A<br />

redução <strong>da</strong>s encomen<strong>da</strong>s obrigou<br />

os responsáveis <strong>da</strong> empresa<br />

a equacionar várias medi<strong>da</strong>s para<br />

enfrentar a situação, uma <strong>da</strong>s<br />

quais passará pela redução do<br />

horário <strong>de</strong> trabalho, eventualmente<br />

com uma diminuição dos<br />

turnos trabalhados, explica Galvão<br />

Lucas.<br />

O parque industrial <strong>da</strong> Guia,<br />

Pombal, espera, há sete anos, pela<br />

conclusão do licenciamento. O processo<br />

<strong>de</strong> autorização <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

o plano <strong>de</strong> pormenor <strong>da</strong> área têm<br />

saltitado <strong>de</strong> instituição em instituição,<br />

fazendo com que eventuais<br />

interessados em ali instalar-se <strong>de</strong>sistam<br />

dos seus intentos.<br />

Porém, a autarquia assegura que,<br />

em finais <strong>de</strong> Março, as infra-estruturas<br />

básicas <strong>de</strong>vem estar concluí<strong>da</strong>s<br />

e, caso o licenciamento seja<br />

terminado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois meses,<br />

como espera, as primeiras empresas<br />

po<strong>de</strong>rão começar a instalar-se<br />

em Abril.<br />

“Se a situação estivesse resolvi<strong>da</strong>,<br />

o espaço já estaria 100 por<br />

cento ocupado”, acredita o presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia. Manuel<br />

António Rodrigues dos Santos<br />

adianta que está constantemente<br />

a ser contactado por pessoas interessa<strong>da</strong>s<br />

em <strong>de</strong>slocalizar para ali<br />

os seus negócios.<br />

O autarca explica que uma <strong>da</strong>s<br />

razões que está a <strong>de</strong>morar o processo<br />

é a aprovação do Plano <strong>de</strong><br />

Urbanização <strong>da</strong> Guia, que teve início<br />

em 1998. “É tempo <strong>de</strong> mais<br />

para aprovar o que quer que seja.<br />

Não há empresário que resista a<br />

tanto tempo <strong>de</strong> espera”, <strong>de</strong>sabafa<br />

o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta.<br />

O atraso no licenciamento foi<br />

alvo <strong>de</strong> várias cartas entregues à<br />

Assembleia <strong>da</strong> República, Ministério<br />

do Ambiente, Comissão <strong>de</strong><br />

O administrador garante que<br />

os mercados atravessam uma<br />

“recessão muito gran<strong>de</strong>” e que as<br />

empresas “têm que se a<strong>da</strong>ptar”.<br />

Por isso, na Secla, há dois anos<br />

que foram inicia<strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s para<br />

reestruturar a empresa, por forma<br />

a ajustá-la às condições do<br />

mercado. “É preciso tornar a empresa<br />

viável, a<strong>da</strong>ptando a produção<br />

à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção do mercado”.<br />

Face à crise, o empresário<br />

revela que é preciso “alterar completamente<br />

a estratégia” <strong>da</strong> empresa,<br />

visto que “não é pelo baixo<br />

custo que po<strong>de</strong>remos competir”.<br />

Por isso, embora tenha visto diminuir<br />

as encomen<strong>da</strong>s entre 25 a 30<br />

por cento nos últimos anos, foi<br />

procurando nichos <strong>de</strong> mercado<br />

para produtos com maior valor<br />

acrescentado.<br />

Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1947, a Secla<br />

assume-se como “um dos maiores<br />

produtores mundiais <strong>de</strong> louça<br />

utilitária e <strong>de</strong>corativa em faiança”.<br />

De acordo com informações<br />

disponíveis no seu site, tem capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

para produzir mais <strong>de</strong> 16<br />

milhões <strong>de</strong> peças por ano, incluindo<br />

gran<strong>de</strong>s séries pinta<strong>da</strong>s à mão.<br />

Conta com 415 trabalhadores,<br />

mas Galvão Lucas reconhece que<br />

“terá que haver lugar a reduções”<br />

no quadro <strong>de</strong> pessoal. Garante,<br />

contudo, que as situações serão<br />

analisa<strong>da</strong>s caso a caso e que tudo<br />

será feito “<strong>de</strong> forma pacífica”.■<br />

RSS<br />

Licenciamento <strong>de</strong> parque industrial em Pombal arrasta-se há sete anos<br />

Guia começa a receber empresas em Abril<br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> Região Centro e<br />

Associação dos Municípios <strong>da</strong> Alta<br />

Estremadura, com o objecto <strong>de</strong><br />

pressionar o <strong>de</strong>sbloqueio <strong>da</strong> situação.<br />

“Quero ver se alguém <strong>de</strong> bom<br />

senso inverte esta situação”, afirma<br />

o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara. Narciso<br />

Mota explica que já foram<br />

investidos milhares <strong>de</strong> euros na<br />

aquisição e preparação do terreno<br />

e, <strong>de</strong>vido aos atrasos e retrocessos<br />

constantes, o retorno tem sido nulo.■<br />

JSD<br />

BREVES<br />

■<br />

Óbidos<br />

Bom Sucesso<br />

com interesse<br />

nacional<br />

O empreendimento turístico Bom<br />

Sucesso, no concelho <strong>de</strong> Óbidos,<br />

foi reconhecido como Projecto<br />

<strong>de</strong> Potencial Interesse Nacional<br />

(PIN) pela Agência Portuguesa<br />

para o Investimento. A inovação<br />

e internacionalização do empreendimento<br />

foram factores que contribuíram<br />

para esta classificação.<br />

“<strong>Os</strong> critérios <strong>da</strong> qualificação <strong>de</strong>finem<br />

a especial valia do projecto<br />

nos planos económico, social,<br />

tecnológico e <strong>de</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ambiental”, esclarecem os promotores.<br />

O empreendimento, promovido<br />

pela Acordo SGPS, prevê<br />

um investimento inicial na or<strong>de</strong>m<br />

dos 250 milhões <strong>de</strong> euros e conta<br />

com a assinatura <strong>de</strong> 14 arquitectos<br />

portugueses <strong>de</strong> renome.<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Sistema4<br />

trabalha<br />

Manuel<br />

Cargaleiro<br />

A Sistema4, agência <strong>de</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, ganhou o concurso<br />

para trabalhar a imagem<br />

do Museu Manuel Cargaleiro-<br />

Pólo <strong>de</strong> Castelo, o primeiro <strong>de</strong><br />

uma série <strong>de</strong> núcleos museológicos<br />

criados a partir <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção<br />

Manuel Cargaleiro, em colaboração<br />

directa com as autarquias<br />

do País. O logotipo criado pela<br />

Sistema4 foi <strong>de</strong>senvolvido a partir<br />

<strong>de</strong> um grafismo utilizado pelo<br />

pintor numa <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> fase<br />

<strong>da</strong> sua carreira e com o qual se<br />

i<strong>de</strong>ntifica, que assenta em formas<br />

simples e sóbrias, “facilmente<br />

a<strong>da</strong>ptáveis aos futuros pólos do<br />

museu”. Nesta fase inicial, foi apenas<br />

cria<strong>da</strong> a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> corporativa<br />

base, anúncios, outdoors e<br />

algum material promocional.<br />

Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />

Finanças<br />

recuperam<br />

13 milhões<br />

As Finanças <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />

cobraram o ano passado 13<br />

milhões <strong>de</strong> euros em execuções,<br />

valor que <strong>de</strong>ixou “surpreendido”<br />

o chefe <strong>da</strong> repartição. “A malha<br />

aperta ca<strong>da</strong> vez mais aos que<br />

estão em falta”, disse o responsável<br />

à ‘Gazeta <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s’. O<br />

profissional adiantou que em<br />

2005 foi possível obter mais receita<br />

do que no ano prece<strong>de</strong>nte,<br />

quer por via ‘normal’ quer através<br />

<strong>de</strong> execuções fiscais, e adiantou<br />

que o Fisco está ca<strong>da</strong> vez<br />

mais empenhado em combater<br />

a fuga e a evasão. ■


22 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

<strong>Leiria</strong><br />

Lena concorre<br />

a auto-estra<strong>da</strong><br />

na Argélia<br />

A Lena Engenharia e Construções,<br />

empresa do Grupo Lena,<br />

integra um consórcio li<strong>de</strong>rado<br />

pela Mota-Engil que concorreu<br />

à construção <strong>de</strong> dois troços <strong>de</strong><br />

auto-estra<strong>da</strong> na Argélia, cujo<br />

valor ron<strong>da</strong> os quatro mil milhões<br />

<strong>de</strong> euros. Carlos Cachorreiro, <strong>da</strong><br />

Mota-Engil, citado pelo Diário<br />

<strong>de</strong> Notícias, disse que os responsáveis<br />

do consórcio pensam<br />

“ter possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> arreca<strong>da</strong>r<br />

um lote” entre os dois a que concorreram.<br />

Macolis<br />

apresenta<br />

soluções<br />

integra<strong>da</strong>s<br />

A Macolis vai estar na Sinerclima,<br />

que <strong>de</strong>corre entre 16 e 19<br />

<strong>de</strong>ste mês na Exposalão, Batalha,<br />

com o objectivo <strong>de</strong> divulgar<br />

as suas soluções técnicas e, ao<br />

mesmo tempo, “vincar a imagem<br />

<strong>de</strong> empresa com oferta <strong>de</strong> soluções<br />

completas, sistemas integrados<br />

e globais”. <strong>Os</strong> responsáveis<br />

<strong>da</strong> empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> enten<strong>de</strong>m<br />

tratar-se <strong>de</strong> um certame vocacionado<br />

para o seu público-alvo,<br />

pelo que têm como apostas “fi<strong>de</strong>lizar<br />

ca<strong>da</strong> vez mais os clientes,<br />

<strong>da</strong>ndo-lhe as mais diversas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> negócio” e, por outro<br />

lado, mostrar-se a potenciais compradores.<br />

“A gran<strong>de</strong> novi<strong>da</strong><strong>de</strong>”<br />

vai ser a exposição dos produtos<br />

Macotecnisoluções, <strong>de</strong>senvolvidos<br />

pela empresa, que compreen<strong>de</strong>m,<br />

entre outras, a gama<br />

Solarmaco (kit’s solares) e Telemaco<br />

(transmissor <strong>de</strong> sinais por<br />

fio, rádio e GSM).<br />

‘O Índio’ abre<br />

na Paulo VI<br />

Projectos no âmbito do Inov-Jovem em <strong>Leiria</strong><br />

Nerlei e CEC promovem inserção<br />

<strong>de</strong> quadros qualificados nas empresas<br />

Jovens <strong>de</strong>sempregados ou à<br />

procura do primeiro emprego,<br />

com i<strong>da</strong><strong>de</strong> até 35 anos e qualificação<br />

<strong>de</strong> nível superior são os<br />

<strong>de</strong>stinatários do Inov <strong>Leiria</strong>, um<br />

projecto promovido pela Nerlei<br />

no âmbito do Inov-Jovem (Jovens<br />

Qualificados para a Inovação nas<br />

PME), que apoia a inserção <strong>da</strong>quele<br />

grupo populacional em áreas<br />

potenciadoras <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>nça e <strong>de</strong>senvolvimento organizacional<br />

nas pequenas e médias<br />

empresas, dinamizando estratégias<br />

<strong>de</strong> inovação e o reforço <strong>da</strong><br />

competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

O Inov <strong>Leiria</strong> contempla a realização<br />

<strong>de</strong> quatro cursos, <strong>de</strong>sfasados<br />

entre si, ca<strong>da</strong> um com um<br />

período <strong>de</strong> 12 meses: primeiro<br />

com formação especializa<strong>da</strong> em<br />

sala (dois meses) e <strong>de</strong>pois com<br />

estágio profissional na empresa,<br />

com acompanhamento individualizado.<br />

O primeiro curso (gestão<br />

comercial e marketing) terá<br />

início a 20 <strong>de</strong> Março. Segue-se<br />

Economia Digital (Junho), Design<br />

e Gestão <strong>da</strong> Produção e Inovação<br />

(ambos em Outubro). Ca<strong>da</strong> curso<br />

po<strong>de</strong>rá acolher 15 formandos.<strong>Os</strong><br />

jovens quadros beneficiarão <strong>de</strong><br />

bolsa <strong>de</strong> formação no valor <strong>de</strong><br />

dois salários mínimos nacionais,<br />

subsídio <strong>de</strong> alimentação e seguro<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho.<br />

Também a CEC/Câmara <strong>de</strong><br />

Comércio e Indústria do Centro<br />

promove um projecto semelhante.<br />

O InovCentro é direccionado para<br />

os domínios <strong>da</strong> gestão comercial/marketing<br />

e internacionalização<br />

e <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> produção,<br />

DR<br />

inovação tecnológica e investigação<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento (I&D),<br />

será implementado nos distritos<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Aveiro, Castelo Branco,<br />

Coimbra, Guar<strong>da</strong> e Viseu.<br />

São beneficiárias as PME com<br />

se<strong>de</strong> ou instalações na Região<br />

Centro, dos sectores <strong>da</strong> indústria,<br />

comércio, serviços, construção e<br />

turismo, cujas CAE e critérios se<br />

enquadrem no projecto InovCentro<br />

e que preten<strong>da</strong>m implementar ou<br />

Em Fátima, no âmbito <strong>da</strong> Aca<strong>de</strong>mia Aberta<br />

Turismo religioso<br />

em discussão<br />

Jovens qualificados com menos <strong>de</strong> 35 anos são o público alvo<br />

<strong>de</strong>senvolver estratégias naquelas<br />

áreas e estejam disponíveis para<br />

acolher jovens estagiários e potenciar<br />

a sua integração profissional,<br />

ao mesmo tempo que incrementam<br />

o nível <strong>de</strong> qualificação<br />

<strong>da</strong>s empresas.<br />

Após um período formativo<br />

<strong>de</strong> dois meses nos domínios eleitos<br />

e <strong>de</strong> formação à medi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

<strong>da</strong>s PME inscritas, o projecto contempla<br />

nove meses <strong>de</strong> estágio<br />

nas empresas, com o acompanhamento<br />

<strong>de</strong> tutores seniores<br />

externos, visando o apoio ao formando<br />

e ao orientador interno<br />

<strong>da</strong> organização.<br />

O InovCentro é dirigido a um<br />

universo <strong>de</strong> 144 licenciados ou<br />

bacharéis, com i<strong>da</strong><strong>de</strong> não superior<br />

a 35 anos e em situação <strong>de</strong><br />

primeiro emprego ou à procura<br />

<strong>de</strong> novo emprego, oriundos <strong>de</strong><br />

distintas áreas <strong>de</strong> formação. ■<br />

Investimento <strong>de</strong> 150 mil euros<br />

‘Alimentarium’ quer<br />

abrir mais duas lojas<br />

em <strong>Leiria</strong><br />

<strong>Os</strong> grelhados são a base <strong>da</strong> oferta<br />

do restaurante ‘O Índio’, que<br />

abriu recentemente na rua Paulo<br />

VI, em <strong>Leiria</strong>. Ao almoço está<br />

disponível um buffet <strong>de</strong> várias<br />

carnes, por sete euros. À noite, o<br />

serviço é à lista. Há ain<strong>da</strong> take-<br />

-away e uma churrasqueira chama<strong>da</strong><br />

‘Piu-Piu’. “Queríamos investir<br />

num negócio próprio e<br />

apostámos nesta área”, revela<br />

Lina Pereira (o outro sócio é José<br />

Manuel). O estabelecimento está<br />

aberto entre as 12 e as 15 horas<br />

e, ao jantar, a partir <strong>da</strong>s 18 horas.■<br />

O primeiro evento <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> edição<br />

<strong>da</strong> Aca<strong>de</strong>mia Aberta do Turismo<br />

(AAT) terá lugar no próximo sábado<br />

em Fátima. Em discussão estará o<br />

turismo religioso, esperando-se a presença<br />

<strong>de</strong> autarcas, empresários e agentes<br />

<strong>de</strong> turismo. Durante o dia, a região<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>/Fátima será analisa<strong>da</strong> e <strong>de</strong>bati<strong>da</strong>,<br />

fazendo parte do programa uma<br />

visita às principais âncoras turísticas<br />

<strong>da</strong> região.<br />

A AAT é uma iniciativa cria<strong>da</strong> pelo<br />

Instituto <strong>de</strong> Planeamento e Desenvolvimento<br />

do Turismo (IPDT), com<br />

o apoio <strong>da</strong> Associação Nacional <strong>da</strong>s<br />

Regiões <strong>de</strong> Turismo (ANRET). Destina-se<br />

à melhoria do conhecimento<br />

do sector do turismo, aplicado localmente<br />

a ca<strong>da</strong> região. A principal meta<br />

é aprofun<strong>da</strong>r o estudo do turismo em<br />

Portugal (suportado em gran<strong>de</strong> parte<br />

por exemplos <strong>de</strong> sucesso internacionais)<br />

nas áreas <strong>de</strong> estratégia, marketing<br />

<strong>de</strong> produtos turísticos, oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> investimento, impactos<br />

ambientais, turismo sustentável, envolvimento<br />

<strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais e<br />

fomento <strong>de</strong> parcerias público-priva<strong>da</strong>s.<br />

Integra<strong>da</strong> no Master in Business<br />

Administration (MBA) em Destinos<br />

Turísticos - curso <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do IPDT e cuja segun<strong>da</strong> edição<br />

arrancou no Porto em Novembro passado<br />

- a AAT percorreu durante a edição<br />

2004/2005 as regiões dos Templários,<br />

Algarve, Alto Minho, Évora<br />

e Centro. Nesta segun<strong>da</strong> edição, e para<br />

além <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>/Fátima, serão alvo <strong>de</strong><br />

análise as regiões <strong>da</strong> Costa Azul (Março),<br />

do Alto Tâmega e Barroso (Maio)<br />

e <strong>da</strong> Rota <strong>da</strong> Luz (Julho). ■<br />

Comi<strong>da</strong> tradicional portuguesa é a aposta dos responsáveis<br />

<strong>da</strong> ‘Alimentarium’, um espaço que abriu<br />

recentemente na Nova <strong>Leiria</strong>. Além <strong>de</strong> servir refeições<br />

no local, os promotores do negócio, que investiram<br />

150 mil euros, entregam também ao domicílio<br />

e têm ain<strong>da</strong> serviço <strong>de</strong> take-away.<br />

“Fizemos uma pesquisa e percebemos que quem<br />

preten<strong>de</strong>sse levar comi<strong>da</strong> para casa só tinha churrasco<br />

ou pizza”, justifica Mónica Sá, que avançou em<br />

parceria com Nuno Leite, criando 15 postos <strong>de</strong> trabalho.<br />

“<strong>Os</strong> nossos preços são bastante acessíveis”,<br />

garante a responsável, exemplificando que um quilo<br />

<strong>de</strong> carne ou peixe custa 12.50 euros.<br />

<strong>Os</strong> promotores não querem ficar por aqui e tencionam<br />

abrir mais lojas em <strong>Leiria</strong>. “A pesquisa que<br />

fizemos revela que a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> comporta mais dois espaços.”<br />

Assim, o objectivo dos empreen<strong>de</strong>dores é abrir<br />

essas lojas no ano que vem.<br />

Depois, vão passar para a fase <strong>de</strong> franquear o negócio.<br />

“O conceito é inovador e não existe na região”,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Mónica Sá. ■


| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA | AUTOMÓVEL |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 23<br />

JACINTO SILVA DURO<br />

Expomoto’2006, na Batalha<br />

Motos chinesas querem mercado<br />

em Portugal<br />

Ele é pequenino, redondinho,<br />

prático e não passa <strong>de</strong>spercebido.<br />

O novo Peugeot 107 foi o “Carro<br />

dos outros” escolhido para esta<br />

semana. Aos seus comandos, sentámos<br />

Ana Oliveira, navegadora<br />

do piloto <strong>de</strong> todo-o-terreno Carlos<br />

Oliveira.<br />

“Já o tinha visto, mas ain<strong>da</strong> não<br />

tinha olhado bem para ele. É bonitinho”,<br />

dizia a convi<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong>sta<br />

DR<br />

<strong>Os</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>da</strong> Jincheng já estão presentes no nosso País<br />

A Expomoto’2006 – 14º Salão<br />

<strong>de</strong> Motos e Acessórios está a ser<br />

utiliza<strong>da</strong> como trampolim para a<br />

entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> motos <strong>de</strong> fabrico chinês<br />

na Europa. No certame que se<br />

realiza até domingo, na ExpoSalão,<br />

Batalha, os visitantes po<strong>de</strong>rão<br />

apreciar marcas como a Avila, Dilixi,<br />

Xinling, Jincheng e Yiying.<br />

<strong>Os</strong> representantes <strong>de</strong>stes fabricantes<br />

vêem a aposta na produção<br />

chinesa como uma vantagem a<br />

todos os níveis. Pedro Alexandre,<br />

director <strong>da</strong> Instrutagus, representante<br />

<strong>da</strong> marca Avila, enten<strong>de</strong> que<br />

além <strong>da</strong> “diferenciação ao nível do<br />

<strong>de</strong>sign”, estes produtos cruzam “as<br />

vantagens <strong>de</strong> produção na China<br />

com as especificações europeias”.<br />

O importador <strong>da</strong> marca Xiling,<br />

Jorge Pereira, enten<strong>de</strong> que a <strong>de</strong>scentralização<br />

<strong>da</strong> produção para a<br />

China traduz uma vantagem no<br />

mercado, <strong>de</strong>vido aos menores custos<br />

<strong>de</strong> produção, reforçando a inteligência<br />

<strong>da</strong>s empresas que procuram<br />

enquadrar-se em locais em<br />

que a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> é superior.<br />

<strong>Os</strong> representantes e importadores<br />

explicam que a entra<strong>da</strong> no mercado<br />

português se <strong>de</strong>ve às condições<br />

e às oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> economia<br />

<strong>da</strong> China. “Não é apenas o<br />

facto <strong>de</strong> a mão-<strong>de</strong>-obra ser mais<br />

barata que os empresários optam<br />

por se instalar na China ou por<br />

importar marcas chinesas, até porque<br />

Portugal tem a mão-<strong>de</strong>-obra<br />

mais barata <strong>da</strong> União Europeia”,<br />

<strong>de</strong>clara o director <strong>da</strong> Instrutagus,<br />

Pedro Alexandre.<br />

Alargar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> concessionários<br />

e consoli<strong>da</strong>r o volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s,<br />

são os objectivos do importador<br />

Motoimpax, que consi<strong>de</strong>ra que<br />

a Expomoto’2006 é o local i<strong>de</strong>al<br />

para lançar e divulgar estas marcas.<br />

Já a Instrutagus assume que<br />

não ambiciona alcançar uma eleva<strong>da</strong><br />

cota <strong>de</strong> mercado mas apenas<br />

apresentar produtos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

A Expomoto <strong>de</strong>ste ano, abriu<br />

as portas no passado fim <strong>de</strong><br />

semana e espera 80 mil visitantes.<br />

Menos 20 mil que no ano<br />

| O carro dos outros|<br />

Ana Oliveira, navegadora <strong>de</strong> todo-o-terreno, <strong>Leiria</strong><br />

“Uma boa escolha para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”<br />

semana <strong>da</strong> rubrica, enquanto procurava<br />

o ajuste <strong>de</strong> altura <strong>de</strong>baixo<br />

do banco. Minutos <strong>de</strong>pois, Ana Oliveira<br />

já manobrava o pequeno citadino<br />

pelo meio <strong>de</strong> uma confusão<br />

<strong>de</strong> carros estacionados. “Parece-<br />

-me ser uma boa escolha para a<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”, admitia.<br />

A navegadora está habitua<strong>da</strong> a<br />

conduzir carros um pouco maiores,<br />

mas as vantagens do tamanho<br />

do pequeno Peugeot pareceram-<br />

-me evi<strong>de</strong>ntes instantaneamente.<br />

“A relação espaço/quali<strong>da</strong><strong>de</strong> é a<br />

principal característica digna <strong>de</strong><br />

nota.” Outra quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que impressionou<br />

Ana Oliveira foi o espaço<br />

interno do veículo, aliado ao <strong>de</strong>sign.<br />

Encarta<strong>da</strong> há poucos anos, diz<br />

que até hoje teve muito poucas<br />

aventuras ao volante. À excepção<br />

<strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>. “Conduzo <strong>de</strong>pressa<br />

passado, <strong>de</strong>vido à retracção do<br />

mercado nacional, motiva<strong>da</strong> pela<br />

crise económica.<br />

Estão presentes 70 expositores<br />

numa área <strong>de</strong> 16 mil metros quadrados.<br />

O pavilhão 1 expõe as mais<br />

recentes motos, enquanto o pavilhão<br />

2 está <strong>de</strong>stinado aos equipamentos<br />

e acessórios. O pavilhão 3<br />

acolhe o “Challenge Motojornal”.<br />

Confronto “indoor” entre vários<br />

pilotos <strong>de</strong> motociclismo, <strong>da</strong>s mais<br />

varia<strong>da</strong>s categorias, ao comando<br />

<strong>de</strong> mini-motos e karts, que será<br />

realizado no sábado e domingo.<br />

O FENÓMENO<br />

“SCOOTER”<br />

“Scooter – um fenómeno sem<br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>” é o título <strong>de</strong> uma exposição<br />

que <strong>de</strong>corre na ExpoSalão, no<br />

âmbito do certame <strong>da</strong>s duas ro<strong>da</strong>s,<br />

e que retrata a evolução do popular<br />

veículo ao longo dos anos. A<br />

organização <strong>de</strong>sta mostra está a<br />

cargo <strong>da</strong> ExpoSalão e do Clube <strong>de</strong><br />

Vespas <strong>de</strong> Abrantes. Em <strong>de</strong>monstração,<br />

estarão cerca <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena<br />

e meia <strong>de</strong> “scooters”, com especial<br />

<strong>de</strong>staque para os mo<strong>de</strong>los Vespa,<br />

VN1T, VBA 1T, VBB 2T e 50s. ■<br />

<strong>de</strong> mais. Mas hoje estou a ter cui<strong>da</strong>do.<br />

Ain<strong>da</strong> não conheço o carro”,<br />

explicava com um gran<strong>de</strong> sorriso.<br />

Depois <strong>de</strong> ter conduzido o automóvel<br />

em piso mau, bom e assimassim,<br />

acelerado a fundo o motor<br />

tricilíndrico e ter-se recusado a fazer<br />

acrobacias com o pequeno Peugeot,<br />

“incluindo piões”, a navegadora<br />

<strong>de</strong> Carlos Oliveira <strong>de</strong>u por<br />

concluído o “test-drive”: “É uma<br />

boa escolha para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.”<br />

O JORNAL DE LEIRIA agra<strong>de</strong>ce<br />

à LPM, representante Peugeot<br />

na região, a cedência do veículo<br />

ensaiado por Ana Oliveira. ■<br />

Peugeot<br />

107 Trendy<br />

Combustível: gasolina<br />

Potência: 68 cv<br />

Cilindra<strong>da</strong>: 980 cc<br />

Tamanho: 3.43 metros <strong>de</strong><br />

comprimento por 1.63<br />

metros <strong>de</strong> largura<br />

Consumos:<br />

Estra<strong>da</strong>: 4.1l<br />

Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 5.5l<br />

Combinado: 4.6l<br />

Preço: 10.700 euros<br />

BREVES<br />

■<br />

Fábrica <strong>de</strong> Palmela<br />

Autoeuropa<br />

quer novos<br />

mo<strong>de</strong>los<br />

A fábrica <strong>de</strong> Palmela, Autoeuropa,<br />

será uma <strong>da</strong>s candi<strong>da</strong>tas a<br />

produzir as novas gerações dos<br />

monovolumes Sharan e do Alhambra.<br />

A <strong>de</strong>cisão final só será conheci<strong>da</strong><br />

em 2009. “Se fizermos as<br />

coisas bem feitas, o futuro está<br />

assegurado”, afirmou à Agência<br />

Lusa Emílio Sáenz, director–geral<br />

<strong>da</strong> empresa, à margem <strong>da</strong> cerimónia<br />

<strong>de</strong> con<strong>de</strong>coração com a<br />

me<strong>da</strong>lha <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Mérito<br />

Industrial, atribuí<strong>da</strong>, na segun<strong>da</strong>-feira,<br />

pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República.<br />

Esta po<strong>de</strong>rá ser uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> negócio para a<br />

indústria <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>da</strong> região,<br />

caso os novos mo<strong>de</strong>los sejam atribuídos<br />

a Portugal.<br />

Chrysler<br />

Novo 300C<br />

CRD estreia<br />

em Portugal<br />

A Chrysler, marca americana que<br />

será representa<strong>da</strong>, em <strong>Leiria</strong>, a<br />

partir <strong>de</strong> Março, pela Vimoter<br />

lançou no mercado nacional a<br />

versão diesel do 300 C. Designado<br />

300 C CRD, o mo<strong>de</strong>lo vem<br />

equipado com o mesmo motor<br />

V6 que anima o Merce<strong>de</strong>s E320<br />

CDI, o suficiente para propulsionar<br />

os seus cinco metros <strong>de</strong> carroçaria.<br />

Esta uni<strong>da</strong><strong>de</strong> vem equipa<strong>da</strong><br />

com um turbo <strong>de</strong> geometria<br />

variável, “common rail” <strong>da</strong> terceira<br />

geração e filtro <strong>de</strong> partículas.<br />

O valor máximo do binário<br />

é <strong>de</strong> 510 Nm, às 1600 rotações,<br />

para 218 cv. O consumo combinado<br />

não foge dos <strong>de</strong>z litros. A<br />

estética é muito marca<strong>da</strong> pela<br />

imponência <strong>da</strong> grelha frontal e<br />

pela linha <strong>de</strong> cintura eleva<strong>da</strong>. O<br />

espaço interior é abun<strong>da</strong>nte para<br />

todos os ocupantes, ficando apenas<br />

o terceiro passageiro traseiro<br />

limitado pela presença do túnel<br />

<strong>da</strong> transmissão.<br />

Volvo<br />

S80 chegará<br />

com o Verão<br />

A Volvo prepara-se para substituir<br />

o mo<strong>de</strong>lo S80 por um novo...<br />

S80, no Verão. <strong>Os</strong> veículos serão<br />

equipados com dois novos motores.<br />

Para uma versão com tracção<br />

integral será usado um V8<br />

com 315 cv, além <strong>de</strong> V6 <strong>de</strong> 3.2<br />

litros e 235 cv. Mantém-se os já<br />

existentes 2.5 litros turbo, com<br />

200 cv, e o diesel D5 <strong>de</strong> 185 cv.<br />

Entre os mecanismos <strong>de</strong> segurança<br />

adoptados no novo S80<br />

contam-se o “cruise control” a<strong>da</strong>ptativo<br />

e o sistema <strong>de</strong> aviso <strong>de</strong><br />

colisão. ■


24 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006<br />

■Desporto ■<br />

Clube <strong>de</strong> Badminton <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> nasceu há sete meses<br />

Escolas vão receber <strong>de</strong>monstrações<br />

para cativar alunos<br />

Fun<strong>da</strong>do em 23 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, o Clube <strong>de</strong> Badminton <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> tem cerca <strong>de</strong> 40 atletas, entre<br />

os quais 15 fe<strong>de</strong>rados. Com o objectivo <strong>de</strong> resgatar mais jogadores para a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, a direcção<br />

do clube vai correr as escolas do concelho no início <strong>da</strong> próxima época, com o intuito <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>monstrar aos mais novos o que é o badminton.<br />

DR<br />

Com apenas sete meses<br />

<strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, o Clube <strong>de</strong> Badminton<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (CBL)<br />

foi criado com o objectivo<br />

<strong>de</strong> <strong>da</strong>r maior visibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

à mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e massificar<br />

o <strong>de</strong>sporto.<br />

Antes pertenciam<br />

a<br />

uma associação<br />

leiriense,<br />

mas o<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

partirem para<br />

um projecto mais<br />

ambicioso foi uma<br />

<strong>da</strong>s principais razões<br />

que levaram os cinco<br />

sócios fun<strong>da</strong>dores<br />

à criação <strong>de</strong> um<br />

clube <strong>de</strong>dicado<br />

exclusivamente ao<br />

badminton.<br />

Com cerca <strong>de</strong><br />

15 atletas fe<strong>de</strong>rados,<br />

que participam<br />

nos vários torneios<br />

que compõem os<br />

campeonatos nacionais<br />

nas diversas<br />

categorias e escalões<br />

organizados pela<br />

Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Badminton, o<br />

CBL conta já com o décimo melhor jogador<br />

nacional.<br />

Ângelo Santos participa nas competições<br />

<strong>de</strong> Elite e categoria B e está, até ao momento,<br />

posicionado no décimo lugar do ranking<br />

<strong>de</strong>sta época. Outro atleta que compete na<br />

principal categoria do badminton nacional<br />

é David Sousa, que ocupa o 21º lugar.<br />

No início do próximo ano lectivo “queremos<br />

chegar junto <strong>da</strong>s escolas para cativar<br />

mais miúdos”, afirma João Jorge, sócio fun<strong>da</strong>dor<br />

do clube. “Vamos fazer <strong>de</strong>monstrações<br />

junto <strong>da</strong>s escolas para massificar ao<br />

máximo o <strong>de</strong>sporto.”<br />

HOMENAGEM<br />

A MIGUEL ALVES<br />

O torneio “Miguel Alves”, que <strong>de</strong>correu<br />

no passado fim-<strong>de</strong>-semana, no pavilhão<br />

municipal Dr. Correia Mateus, em <strong>Leiria</strong>, foi<br />

a última organização do CBL <strong>de</strong>sta época e<br />

serviu para homenagear o atleta que faleceu<br />

no ano passado, vítima <strong>de</strong> um atropelamento<br />

mortal. “Pedimos à Fe<strong>de</strong>ração autorização<br />

para <strong>da</strong>r o nome do atleta à prova<br />

e o pedido foi aceite”, diz João Jorge. Na<br />

entrega dos prémios do torneio, <strong>de</strong>stinado<br />

às categorias juniores, juvenis e veteranos,<br />

estiveram presentes a mãe <strong>de</strong> Miguel Alves,<br />

a vereadora do <strong>de</strong>sporto Isabel Gonçalves,<br />

e Montalverne, que trouxe o badminton para<br />

<strong>Leiria</strong> há trinta anos.<br />

O CBL candi<strong>da</strong>tou-se à organização <strong>de</strong><br />

torneios, tendo-lhe sido atribuí<strong>da</strong>s, pela Fe<strong>de</strong>ração<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Badminton, cinco competições.<br />

<strong>Os</strong> primeiros torneios realizaramse<br />

em Novembro, nos dias 5 e 6, nas categorias<br />

Elite, B, infantis, iniciados e benjamins. Nos<br />

dias 7 e 8 <strong>de</strong> Janeiro, foi a vez <strong>da</strong>s categorias<br />

C e D entrarem em campo.<br />

Para João Jorge, a organização <strong>de</strong> cinco<br />

torneios no primeiro semestre <strong>de</strong> existência<br />

do clube foi “positiva”.<br />

O QUE É O BADMINTON<br />

O badminton é um <strong>de</strong>sporto idêntico ao<br />

ténis, mas com regras diferentes. É disputado<br />

num campo rectangular, com 13.40 metros<br />

<strong>de</strong> comprimento e 6.10 metros <strong>de</strong> largura,<br />

dividido por uma re<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong> ser disputado<br />

individualmente ou em pares e é jogado com<br />

uma raquete e um volante, que po<strong>de</strong>rá ser<br />

feito <strong>de</strong> materiais naturais ou sintéticos. O<br />

volante pesa entre 4.74 e 5.5 gramas.<br />

Quanto à pontuação, os opositores jogam<br />

à melhor <strong>de</strong> três jogos e só o lado servidor<br />

po<strong>de</strong> somar um ponto ao seu resultado, ou<br />

seja, só ganha pontos o jogador que está a<br />

servir. O atleta que está a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ve,<br />

em primeiro lugar, quebrar o serviço do<br />

DR<br />

adversário e só <strong>de</strong>pois servir para o ponto.<br />

Em masculinos, ganha o jogo quem chegar<br />

aos 15 pontos. Em caso <strong>de</strong> igual<strong>da</strong><strong>de</strong> a<br />

14, o atleta que atingir primeiro essa marca<br />

tem o direito <strong>de</strong> pedir “pontos” ou “não<br />

pontos”. Caso peça pontos, ganha o jogo<br />

quem chegar aos 17. Se a escolha for a<br />

RANKINGS NACIONAIS<br />

outra opção, a parti<strong>da</strong> termina aos 15.<br />

Em femininos, as regras são as mesmas,<br />

mas o jogo termina aos 11 pontos. Caso o<br />

encontro atinja uma igual<strong>da</strong><strong>de</strong> a <strong>de</strong>z pontos,<br />

po<strong>de</strong> pedir-se “pontos”, terminando o<br />

jogo aos 13. ■<br />

Pedro Fonseca<br />

Categoria Atleta Posição<br />

Elites e B – singulares masculinos Ângelo Santos 10º<br />

David Sousa 21º<br />

Elites e B – pares masculinos Ângelo Santos (CBL) / Luís Silva 5º<br />

David Sousa (CBL) / João Graça 18º<br />

David Sousa (CBL) / Pedro Martins 30º<br />

Categoria D – singulares masculinos João Jorge 1º<br />

Paulo Gonçalves 10º<br />

Paulo Sousa 29º<br />

Anthony Carter 34º<br />

Categoria D – pares masculinos João Jorge/ Paulo Gonçalves 13º<br />

Paulo Sousa (CBL) / Ricardo Men<strong>de</strong>s 19º<br />

Anthony Carter (CBL) / Paulo Sousa 22º<br />

Apolinário Meira/ Paulo Sousa (CBL) 24º<br />

Juniores – singulares masculinos João Lopes 10º<br />

Juniores – pares mistos João Lopes (CBL) / Joana Carvalho 6º<br />

Juvenis – singulares masculinos David Sousa 2º<br />

Pedro Jorge 11º<br />

Juvenis – Pares masculinos David Gonçalves/ David Sousa (CBL) 1º<br />

Pedro Jorge (CBL) / Tomas Nero 6º<br />

Derrota antes <strong>da</strong> recepção ao Benfica<br />

(Des)União golea<strong>da</strong> nos Barreiros<br />

O União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> per<strong>de</strong>u com<br />

o Marítimo, por 3-0, e sofreu o<br />

resultado mais pesado na era Jorge<br />

Jesus. Des<strong>de</strong> a <strong>de</strong>rrota no estádio<br />

<strong>da</strong> Luz por 4-0, na quarta jorna<strong>da</strong>,<br />

que o União não per<strong>de</strong>ra por<br />

mais <strong>de</strong> dois golos <strong>de</strong> diferença. Só<br />

o FC Porto conseguira marcar por<br />

três vezes, em Dezembro, num jogo<br />

a contar para a 14ª jorna<strong>da</strong>, mas a<br />

encontro terminou em 3-1 para os<br />

dragões. Com esta <strong>de</strong>rrota, a equipa<br />

<strong>de</strong>sceu para o nono lugar, com<br />

25 pontos, e foi ultrapassado pela<br />

equipa maritimista.<br />

O União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe o Benfica<br />

no sábado, às 21:15 horas, no<br />

estádio Magalhães Pessoa, num<br />

jogo a contar para a 21ª jorna<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> Liga. As duas equipas encontram-se<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um fim-<strong>de</strong>-semana<br />

amargo, on<strong>de</strong> o Benfica per<strong>de</strong>u<br />

em casa com o rival Sporting, por<br />

3-1, e o União encaixou três golos<br />

nos Barreiros.<br />

HUGO COSTA E HADSON<br />

REFORÇAM PLANTEL<br />

O <strong>de</strong>fesa-central Hugo Costa,<br />

contratado até final <strong>da</strong> época, começou<br />

a treinar com o plantel <strong>de</strong> Jorge<br />

Jesus, na terça-feira. O <strong>de</strong>fesa<br />

estava sem clube <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>da</strong><br />

última tempora<strong>da</strong> e treinava com<br />

a equipa B do Vitória <strong>de</strong> Setúbal.<br />

O Rot-Weib Oberhauser, <strong>da</strong> II liga<br />

alemã, foi o último clube que representou.<br />

O extremo-esquerdo Hadson,<br />

irmão do médio leiriense Harison,<br />

é a última contratação do União<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na reabertura do mercado<br />

<strong>de</strong> Inverno, cujas inscrições terminaram<br />

na terça-feira. O brasileiro<br />

foi <strong>da</strong>do como certo na<br />

Académica <strong>de</strong> Coimbra, mas à última<br />

hora assinou pelo clube do Lis.<br />

O médio <strong>de</strong>fensivo Néné, contratado<br />

ao Braga no início <strong>da</strong> época,<br />

foi emprestado ao Aves.■


| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 25<br />

Campeonatos nacionais <strong>de</strong> futebol<br />

Sporting <strong>de</strong> Pombal não<br />

vence há dois meses<br />

O Sporting <strong>de</strong> Pombal per<strong>de</strong>u<br />

em Oliveira <strong>de</strong> Azeméis, por<br />

1-0, e somou a quarta <strong>de</strong>rrota<br />

consecutiva e o sexto jogo sem<br />

ganhar. A última vitória <strong>da</strong> equipa<br />

<strong>de</strong> João Pereira aconteceu há<br />

dois meses, na recepção ao Benfica<br />

<strong>de</strong> Castelo Branco, num jogo<br />

a contar para a décima jorna<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> série C do campeonato nacional<br />

<strong>da</strong> II divisão. <strong>Os</strong> maus resultados<br />

colocaram a equipa apenas<br />

a dois pontos <strong>da</strong> linha <strong>de</strong><br />

água.<br />

O Portomosense empatou com<br />

o Pampilhosa, a zero, e vai no<br />

quarto jogo a somar pontos. O<br />

conjunto <strong>de</strong> Nuno Presume ocupa<br />

o 11º lugar, com 13 pontos.<br />

O Fátima folgou mas manteve<br />

o quarto lugar, com 23 pontos.<br />

Na próxima jorna<strong>da</strong>, o Pombal<br />

recebe o Oliveira do Bairro<br />

e o Portomosense <strong>de</strong>sloca-<br />

-se a Nelas. O Fátima volta a<br />

folgar.<br />

FERNANDO JOSÉ<br />

Beneditense e Alcobaça lutam pela manutenção no domingo<br />

CALDAS PERDE<br />

OPORTUNIDADE DE<br />

ASSUMIR LIDERANÇA<br />

O Cal<strong>da</strong>s foi <strong>de</strong>rrotado no terreno<br />

do Amiense, último classificado<br />

<strong>da</strong> série D <strong>da</strong> III divisão, por<br />

2-0, e per<strong>de</strong>u oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> subir<br />

ao primeiro lugar. Num jogo realizado<br />

na terça-feira, a equipa <strong>de</strong><br />

Rui Rodrigues podia alcançar o<br />

Eléctrico e o Sourense no topo <strong>da</strong><br />

classificação. Com esta <strong>de</strong>rrota, o<br />

conjunto <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha ficou<br />

no sexto lugar, com 26 pontos.<br />

Campeonatos nacionais <strong>de</strong> hóquei em patins<br />

Turquel apurado para a fase final<br />

O Peniche foi goleado em Soure,<br />

por 4-1, e <strong>de</strong>sceu para a quinta<br />

posição, com 27 pontos. O Caranguejeira<br />

per<strong>de</strong>u em casa com o<br />

Vigor e Moci<strong>da</strong><strong>de</strong>, por 2-1, e <strong>de</strong>sceu<br />

para o oitavo lugar, com 24<br />

pontos. O Marinhense empatou em<br />

casa com o Alcobaça, a um golo,<br />

e <strong>de</strong>sceu para o décimo posto, também<br />

com 24 pontos. O Alcobaça<br />

somou o 21º ponto e subiu para a<br />

12ª posição.<br />

O Bidoeirense ganhou em casa<br />

ao Miran<strong>de</strong>nse e somou a terceira<br />

vitória nos últimos cinco encontros.<br />

No entanto, continua na zona <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sci<strong>da</strong>, com 14 pontos. O jogo<br />

Beneditense-Eléctrico foi adiado<br />

para 26 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong>vido à que<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

neve regista<strong>da</strong> no fim-<strong>de</strong>-semana.<br />

A próxima jorna<strong>da</strong> disputa-se<br />

domingo com os seguintes jogos:<br />

Peniche-Amiense, Cal<strong>da</strong>s-Bidoeirense,<br />

Eléctrico-Caranguejeira, Riachense-Marinhense<br />

e Alcobaça-<br />

Beneditense. ■<br />

BREVES<br />

■<br />

Juventu<strong>de</strong> Ouriense<br />

Autocarro gera<br />

polémica<br />

A não autorização <strong>da</strong> autarquia<br />

<strong>de</strong> Ourém para a cedência<br />

do autocarro à equipa <strong>da</strong><br />

Juventu<strong>de</strong> Ouriense gerou<br />

alguma consternação junto<br />

do clube <strong>de</strong> hóquei em patins.<br />

No sábado, a Direcção foi<br />

obriga<strong>da</strong> a procurar uma alternativa<br />

para a viagem a Espinho,<br />

on<strong>de</strong> o clube <strong>de</strong>frontou<br />

a equipa local, para o campeonato<br />

<strong>da</strong> II divisão, uma<br />

vez que o pedido feito à autarquia<br />

foi recusado, “em virtu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> já ter havido cedência<br />

no corrente ano”, segundo<br />

<strong>de</strong>spacho do presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

autarquia. A Direcção do clube<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> em comunicado,<br />

que face à não existência <strong>de</strong><br />

outros pedidos (a viatura ficou<br />

estaciona<strong>da</strong> no parque camarário),<br />

a autarquia <strong>de</strong>veria<br />

autorizar “outras utilizações<br />

no mesmo ano civil”.<br />

Ténis<br />

Torneio<br />

na Batalha<br />

REGIÃO DE CISTER<br />

O Turquel empatou em Alverca,<br />

a dois golos, e garantiu um dos<br />

cinco primeiros lugares que dão<br />

acesso à fase final do campeonato<br />

nacional <strong>da</strong> II divisão <strong>de</strong> hóquei<br />

em patins.<br />

Biblioteca a um ponto <strong>da</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

Campeonatos nacionais <strong>de</strong> futsal<br />

Arnal imparável<br />

O Arnal voltou a vencer e continua<br />

na li<strong>de</strong>rança com três pontos<br />

<strong>de</strong> vantagem sobre o Forte <strong>da</strong><br />

casa. No sábado, a equipa <strong>da</strong> Maceira<br />

venceu o Marinhais, por 7-2, e<br />

somou o 42º ponto na série C do<br />

campeonato nacional <strong>da</strong> III divisão<br />

<strong>de</strong> futsal.<br />

O Amarense <strong>de</strong>rrotou o Novos<br />

Talentos, por 4-1, e subiu ao terceiro<br />

lugar, com 34 pontos. O Na<strong>da</strong>douro<br />

bateu o Odivelas, por 6-3, e<br />

continua na sétima posição, com<br />

27 pontos. O Núcleo Sportinguista<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (NSL) per<strong>de</strong>u com o<br />

Forte <strong>da</strong> Casa, por 3-8, e manteve<br />

o décimo posto, com 15 pontos. O<br />

Pe<strong>de</strong>rneirense venceu o Onze Unidos,<br />

por 8-4, mas continua no<br />

penúltimo lugar com <strong>de</strong>z pontos.<br />

Na série B, o Lagoa Para<strong>da</strong><br />

ganhou por 4-1 ao Viseu Futsal<br />

2001, e subiu à oitava posição, com<br />

18 pontos.<br />

Com o apuramento garantido,<br />

a Juventu<strong>de</strong> Ouriense e o Marinhense<br />

foram goleados, por 1-7 e<br />

1-8, frente ao Espinho e a A.A.Coimbra,<br />

respectivamente. O conjunto<br />

<strong>de</strong> Ourém ocupa a terceira posição,<br />

com 32 pontos, enquanto o<br />

Marinhense está em quarto lugar,<br />

com 30 pontos. Na próxima jorna<strong>da</strong>,<br />

a equipa <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong><br />

recebe o Feira e o Ouriense joga<br />

em casa com a Sanjoanense.<br />

A próxima jorna<strong>da</strong> disputa-se<br />

a 11 <strong>de</strong> Fevereiro, com os seguintes<br />

jogos: Forte <strong>da</strong> Casa-Arnal,<br />

Al<strong>de</strong>ia Velha-Amarense, Na<strong>da</strong>douro-Pe<strong>de</strong>rneirense,<br />

Novos Talentos-NSL<br />

e Tocha Lagoa Para<strong>da</strong>.<br />

Na I divisão, o Sporting <strong>de</strong><br />

Pombal foi <strong>de</strong>rrotado em casa pelo<br />

Belenenses, por 6-5, e ocupa o<br />

sétimo lugar do campeonato nacional,<br />

com 21 pontos. Dia 11 <strong>de</strong><br />

Fevereiro, a equipa pombalense<br />

BIBLIOTECA<br />

VENCE LÍDER<br />

O Biblioteca <strong>de</strong> Instrução e Recreio<br />

(BIR) terminou <strong>da</strong> melhor maneira<br />

a primeira volta <strong>da</strong> zona Centro<br />

do campeonato nacional <strong>da</strong> III<br />

divisão, ao bater o lí<strong>de</strong>r Ourique,<br />

por 7-4. Com este triunfo, a equipa<br />

<strong>de</strong> Valado dos Fra<strong>de</strong>s ficou a<br />

apenas um ponto do primeiro lugar.<br />

Stella Maris e Bombarrelense<br />

empataram a três golos e mantêm-<br />

-se no meio <strong>da</strong> tabela classificativa.<br />

A primeira no sexto lugar, com<br />

18 pontos, e a segun<strong>da</strong> no nono<br />

posto, com 16.<br />

O <strong>Leiria</strong> e Marrazes empatou no<br />

recinto do Araze<strong>de</strong>, a quatro golos,<br />

e ocupa o sétimo lugar, com 17<br />

pontos. O Cal<strong>da</strong>s foi goleado em<br />

casa pelo Entroncamento, por 1-<br />

7, e continua na última posição,<br />

com apenas três pontos.<br />

A próxima jorna<strong>da</strong> disputa-se<br />

sábado com os seguintes encontros:<br />

BIR-Tigres, Santa Cita-Stella<br />

Maris, Bombarrelense-Entroncamento<br />

e Cal<strong>da</strong>s-Vialonga. O Marrazes<br />

folga. ■<br />

<strong>de</strong>sloca-se ao Pavilhão Paz e Amiza<strong>de</strong><br />

para <strong>de</strong>frontar o lí<strong>de</strong>r Sporting.<br />

TAÇA DE PORTUGAL<br />

O Sporting <strong>de</strong> Pombal joga<br />

sábado no recinto do Forte <strong>da</strong><br />

Casa para a terceira eliminatória<br />

<strong>da</strong> Taça <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong> futsal. Mais<br />

difícil será a tarefa do Amarense<br />

que <strong>de</strong>fronta a Fun<strong>da</strong>ção Jorge<br />

Antunes (I divisão). ■<br />

O campo <strong>de</strong> ténis <strong>da</strong> Batalha<br />

recebe este fim-<strong>de</strong>-semana o<br />

torneio “O Con<strong>de</strong>stável – Nuno<br />

Álvares Pereira”, <strong>de</strong>stinado<br />

ao escalão sénior nas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

singulares masculinos<br />

e femininos. A prova é<br />

organiza<strong>da</strong> pela secção <strong>de</strong><br />

ténis do Grupo Desportivo <strong>da</strong><br />

Batalha e os interessados<br />

po<strong>de</strong>rão inscrever-se até às<br />

22 horas <strong>de</strong> hoje. De segui<strong>da</strong><br />

será realizado o sorteio<br />

<strong>da</strong>s equipas participantes.<br />

Basquetebol<br />

CBL/São Óptica<br />

vence<br />

O CBL/ São Óptica <strong>de</strong>rrotou<br />

o Conimbricense por 60-52,<br />

num jogo a contar para a 12ª<br />

jorna<strong>da</strong> <strong>da</strong> zona Centro do<br />

campeonato nacional <strong>da</strong> I<br />

divisão. Entretanto, o CBL/<br />

Remax <strong>Leiria</strong> sagrou-se campeão<br />

distrital <strong>de</strong> juniores A<br />

e vai representar o distrito<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na taça nacional. A<br />

competição tem início a 12<br />

<strong>de</strong> Fevereiro frente ao Seixal.<br />


26 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | DESPORTO | JORNAL DE LEIRIA |<br />

BREVES<br />

■<br />

Natação<br />

Pie<strong>de</strong>nse<br />

vence<br />

em <strong>Leiria</strong><br />

O União Pie<strong>de</strong>nse, <strong>da</strong> I divisão<br />

nacional, foi o gran<strong>de</strong> vencedor<br />

<strong>da</strong> “Taça ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”<br />

em natação, com 112 pontos,<br />

que se disputou no fim-<strong>de</strong>-semana,<br />

na piscina municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

O Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ficou<br />

na segun<strong>da</strong> posição, a 14 pontos<br />

do primeiro classificado. Com<br />

a participação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 700<br />

atletas, entre 45 clubes, o Bairro<br />

dos Anjos alcançou o sexto<br />

lugar, com 36 pontos. O Clube<br />

<strong>de</strong> Natação <strong>de</strong> Alcobaça ficou<br />

na décima posição, com 19 pontos,<br />

o Desportivo Náutico <strong>da</strong><br />

Marinha Gran<strong>de</strong> em 12º, com<br />

11, e o Clube Naval <strong>da</strong> Nazaré,<br />

em 17, com um ponto.<br />

| Entrevista |<br />

Bruno Jorge, guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s do Estoril<br />

“Na II Liga prometem-se<br />

or<strong>de</strong>nados impossíveis <strong>de</strong> pagar”<br />

José Mourinho foi quem o chamou aos séniores <strong>da</strong> União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> quando tinha 18 anos. Hoje, como<br />

terceiro guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s do Estoril Praia é mais um profissional <strong>de</strong> futebol a sofrer as consequências <strong>da</strong> crise<br />

financeira por que passam muitos clubes. Natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, no seu clube só há 13 jogadores, o que o<br />

obrigou a actuar como ponta <strong>de</strong> lança. Experiência que não quer voltar a repetir.<br />

Ciclismo<br />

Nevão<br />

condiciona<br />

bênção<br />

RICARDO GRAÇA<br />

O forte nevão que se abateu<br />

sobre a região centro no domingo<br />

condicionou a presença <strong>de</strong><br />

ciclistas e o programa previsto<br />

para a IV bênção nacional<br />

que se realizou em Fátima.<br />

Milhares <strong>de</strong> ciclistas que se<br />

dirigiam para o Santuário ficaram<br />

retidos nas estra<strong>da</strong>s, impossibilitando<br />

a sua presença na<br />

missa e bênção presidi<strong>da</strong> pelo<br />

bispo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima, D.Serafim<br />

Ferreira e Silva. Mesmo<br />

assim, cerca <strong>de</strong> dois mil amantes<br />

<strong>da</strong> bicicleta compareceram.<br />

A concentração prevista junto<br />

às rotun<strong>da</strong>s Norte e Sul,<br />

pelas 11:15 horas, e a parti<strong>da</strong><br />

para o parque número dois,<br />

on<strong>de</strong> a Reitoria do Santuário<br />

tinha construído um mega palco<br />

para a realização do evento,<br />

foi também condiciona<strong>da</strong>.<br />

Como não havia condições no<br />

parque para a realização <strong>da</strong><br />

missa e <strong>da</strong> bênção, já que não<br />

parava <strong>de</strong> nevar, a Reitoria do<br />

Santuário autorizou as celebrações<br />

na Capelinha <strong>da</strong>s Aparições.<br />

A V bênção está prevista<br />

para 28 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />

2007. ■<br />

Faz parte <strong>de</strong> um pequeno grupo<br />

<strong>de</strong> guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s que já actuou<br />

como ponta <strong>de</strong> lança e marcou<br />

um golo. Gostava <strong>de</strong> repetir a<br />

experiência?<br />

Todos os guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s têm a<br />

curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar, mas<br />

é algo que não quero voltar a repetir.<br />

Isso significaria que a equipa já<br />

estaria reforça<strong>da</strong> e não seria preciso<br />

an<strong>da</strong>r ali a <strong>de</strong>senrascar. Preferia<br />

voltar à minha posição. É lá<br />

que me sinto bem. Quando era escolinha,<br />

cheguei a jogar na posição<br />

<strong>de</strong> central, mas é na baliza que me<br />

sinto bem.<br />

Depois <strong>de</strong> 13 rescisões o Estoril<br />

continua com or<strong>de</strong>nados em<br />

atraso?<br />

Já estão a liqui<strong>da</strong>r os or<strong>de</strong>nados.<br />

Não po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que<br />

ain<strong>da</strong> existam or<strong>de</strong>nados em atraso,<br />

como noutras equipas. Está um<br />

mês por pagar. Não é por aí que as<br />

coisas vão mal. Pior é ain<strong>da</strong> não<br />

terem chegado a acordo com uma<br />

equipa técnica, nem com jogadores<br />

novos. A LagosSport foi quem<br />

resolveu o nosso problema. Agora<br />

estão à espera que José Veiga lhes<br />

passe as acções, para assumirem o<br />

comando do clube. É uma pena.<br />

No princípio <strong>da</strong> época éramos candi<strong>da</strong>tos<br />

ao título. Agora já vamos<br />

com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z pontos <strong>de</strong> atraso.<br />

Alguma vez pensou rescindir<br />

contrato?<br />

Na altura em que o clube anunciou<br />

falência, todos os jogadores o<br />

fizeram. E eu não fugi à regra. Acabei<br />

por voltar atrás porque falaram-nos<br />

<strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> as coisas<br />

mu<strong>da</strong>rem. Aqueles que tinham<br />

clube arrancaram. Nenhum <strong>de</strong>les<br />

ficou <strong>de</strong>sempregado. Também tinha<br />

para on<strong>de</strong> ir, mas <strong>de</strong>cidi arriscar.<br />

O que se po<strong>de</strong>ria fazer em<br />

Portugal para acabar <strong>de</strong> vez com<br />

or<strong>de</strong>nados em atraso em clubes<br />

profissionais?<br />

Não entrar em loucuras. Ca<strong>da</strong><br />

vez oiço mais os meus colegas<br />

dizerem que mais vale pouco e<br />

certo, do que muito e nunca o<br />

receber. Pagam-se salários <strong>de</strong>masiado<br />

elevados para a dimensão<br />

e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos clubes. Não sei<br />

se é o caso do Estoril. Na II Liga<br />

prometem-se or<strong>de</strong>nados impossíveis<br />

<strong>de</strong> pagar. A vin<strong>da</strong> <strong>de</strong> espectadores<br />

ao estádio po<strong>de</strong>ria trazer<br />

mais dinheiro, mas o estado <strong>da</strong><br />

nossa economia não permite a<br />

compra <strong>de</strong> bilhetes. Ir ao futebol<br />

é um luxo. Não sei como, mas<br />

acredito que as coisas possam<br />

mu<strong>da</strong>r.<br />

Foi José Mourinho que o chamou<br />

ao plantel sénior <strong>da</strong> União<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Que recor<strong>da</strong>ções tem<br />

<strong>de</strong>sse momento e <strong>da</strong>quele que é<br />

consi<strong>de</strong>rado, actualmente, o<br />

melhor treinador do mundo?<br />

Ele precisava <strong>de</strong> quatro guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s<br />

para um treino. Era júnior<br />

<strong>de</strong> primeiro ano e chamou-me.<br />

O treino correu-me bastante bem<br />

e voltou a chamar-me mais vezes.<br />

No ano seguinte, acabei por assinar<br />

um contrato profissional. Dele<br />

tenho tudo <strong>de</strong> bom a dizer. Dentro<br />

do campo é uma pessoa bastante<br />

exigente e cá fora é bastante<br />

amigo dos jogadores e sabe<br />

como cativá-los. Não ia treinar<br />

todos os dias, mas aquilo que<br />

conheço <strong>de</strong>le chega para o consi<strong>de</strong>rar<br />

um fora <strong>de</strong> série. A arrogância<br />

que transparece cá para<br />

fora não condiz com o que se<br />

passa no balneário. Mourinho<br />

paga com amiza<strong>de</strong> o nosso esforço<br />

<strong>de</strong>ntro do campo.<br />

Gostaria <strong>de</strong> voltar à União <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>?<br />

Gostava e não diria que não.<br />

O União é um gran<strong>de</strong> clube e, este<br />

ano, tem tudo para alcançar os<br />

objectivos a que se propõe. Depois<br />

<strong>da</strong> entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Jorge Jesus, tem<br />

feito uma época excelente. Lutar<br />

pela Europa é mais difícil. São<br />

muitas as equipas com quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

no nosso campeonato.<br />

Se fosse seleccionador que<br />

guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s escolhia para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

as re<strong>de</strong>s <strong>da</strong> equipa nacional?<br />

Vítor Baía! Não sei se é por<br />

birra que Scolari não o convoca<br />

ou se gosta mais do Ricardo<br />

a título pessoal. É muito<br />

estranho que não exista uma<br />

explicação do seleccionador<br />

para a não convocação <strong>de</strong> Baía.<br />

Mas estar no lugar <strong>de</strong>le não<br />

<strong>de</strong>ve ser fácil. Ca<strong>da</strong> um tem as<br />

suas opções e há que as aceitar.<br />

Neste ponto, o guardião do<br />

Porto tem-se portado muito<br />

bem. Não comenta nem vai para<br />

os jornais pôr em causa a <strong>de</strong>cisão<br />

do técnico.<br />

Como comenta a fraca assitência<br />

aos jogos <strong>da</strong> União <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>?<br />

Quando fizeram o estádio pensei<br />

que as pessoas iriam a<strong>de</strong>rir<br />

ca<strong>da</strong> vez mais ao futebol. Enganei-me.<br />

Não percebo. É triste, ain<strong>da</strong><br />

por cima sabendo que este ano<br />

o <strong>Leiria</strong> está a fazer uma boa época<br />

e os bilhetes até são acessíveis.<br />

Deve ser muito triste para<br />

um jogador verificar que em casa<br />

estão quase sempre mais a<strong>de</strong>ptos<br />

<strong>da</strong> equipa adversária. ■<br />

Ricardo Rosenheim Rodrigues


| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 27<br />

Taça Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República em an<strong>de</strong>bol<br />

Académico disputa ‘final-four’<br />

O Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>fronta<br />

o Benfica nas meias-finais <strong>da</strong><br />

Taça Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República,<br />

num jogo que se disputa sábado,<br />

às 18:30 horas, no pavilhão<br />

municipal <strong>de</strong> Portalegre. Duas<br />

horas antes, o Sporting <strong>da</strong> Horta<br />

<strong>de</strong>fronta o Albicastrense.<br />

Domingo, às 17 horas, os vencedores<br />

dos encontros <strong>de</strong> sábado<br />

disputam a final, no mesmo<br />

pavilhão.<br />

No campeonato nacional <strong>da</strong><br />

II divisão, o Portomosense está<br />

apenas a uma vitória do apuramento<br />

para a fase final, quando<br />

faltam quatro jogos para terminar<br />

a primeira fase. Em caso <strong>de</strong><br />

vitória, no sábado, frente ao Benavente,<br />

o conjunto <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong><br />

Mós garante a presença no grupo<br />

<strong>de</strong> oito equipas (primeiro e<br />

segundo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> zona mais os<br />

dois melhores terceiros classificados)<br />

que discutirão o título e<br />

a subi<strong>da</strong>.<br />

Este fim-<strong>de</strong>-semana, o Portomosense<br />

per<strong>de</strong>u no recinto dos<br />

Empregados do Comércio, por<br />

23-31, num jogo a contar para<br />

a 14ª jorna<strong>da</strong> <strong>da</strong> zona Centro, e<br />

<strong>de</strong>sceu para a segun<strong>da</strong> posição,<br />

com 37 pontos. O Cister subiu ao<br />

terceiro lugar após a vitória na<br />

Lousã, por 28-26, somando 31<br />

pontos, os mesmos que o Torres<br />

Novas. O SIR 1ºMaio, <strong>de</strong> Picassinos,<br />

empatou em Ílhavo, a 25<br />

golos, e manteve o sexto lugar,<br />

com 27 pontos.<br />

Este fim-<strong>de</strong>-semana disputa-<br />

-se a 15ª jorna<strong>da</strong> com os seguintes<br />

jogos: Portomosense-Benavente<br />

e SIR 1ºMaio-Cister.<br />

JUVE CONQUISTA<br />

QUINTA VITÓRIA<br />

CONSECUTIVA<br />

A Juventu<strong>de</strong> Desportiva do<br />

Lis <strong>de</strong>rrotou o 1º Dezembro,<br />

por 25-24, e alcançou o quinto<br />

triunfo consecutivo na zona<br />

Sul do campeonato nacional<br />

<strong>da</strong> I divisão <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol. Com<br />

esta vitória, a Juve manteve o<br />

quarto lugar, com 30 pontos.<br />

Na próxima jorna<strong>da</strong>, agen<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

para sábado, a equipa leiriense<br />

<strong>de</strong>sloca-se ao recinto<br />

do Boa-Hora. ■<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Académico-Benfica na meia-final<br />

Torneio quadrangular em atletismo<br />

Selecção <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na terceira posição<br />

A selecção <strong>de</strong> juvenis <strong>da</strong> Associação<br />

Distrital <strong>de</strong> Atletismo <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> (ADAL), masculinos e femininos,<br />

disputou no passado sábado<br />

um Torneio quadrangular em<br />

pista coberta, organizado pela<br />

Associação <strong>de</strong> Atletismo <strong>de</strong> Santarém,<br />

em Alpiarça. A ADAL, que<br />

foi pela primeira vez convi<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

a participar, alcançou a segun<strong>da</strong><br />

posição em ambos os sexos.<br />

Na classificação geral, obteve o<br />

terceiro lugar, com 26 pontos, a<br />

apenas um <strong>da</strong>s selecções <strong>de</strong> Setúbal<br />

e <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira.<br />

Individualmente <strong>de</strong>stacaram-<br />

-se as vitórias dos jovens <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

no lançamento do peso. A prova<br />

feminina foi ganha por Ana Patrícia<br />

Inácio com 11.61 metros e a<br />

masculina por Diogo Santos com<br />

13.37 metros. Luís Marques e Catarina<br />

Rosa alcançaram as quarta e<br />

quinta posições, respectivamente.<br />

<strong>Os</strong> saltadores do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

alcançaram várias subi<strong>da</strong>s ao<br />

pódio. João Alexandre foi segundo<br />

classificado no salto em altura<br />

e Nuno Viana conquistou a terceira<br />

posição. Na vara, Nanci Duarte<br />

subiu ao terceiro lugar, enquanto<br />

Mariana Morgado foi a terceira<br />

melhor no salto em comprimento.<br />

Esta atleta também alcançou a<br />

me<strong>da</strong>lha <strong>de</strong> prata nos 60 metros<br />

barreiras, com 9.59 segundos, marca<br />

que passa a constituir novo<br />

recor<strong>de</strong> distrital. No triplo salto,<br />

Edi Fernan<strong>de</strong>s ficou em segundo<br />

lugar. ■


28 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | JORNAL DE LEIRIA |<br />

■ Emprego ■<br />

Várias acções em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />

Cencal aposta na<br />

formação contínua<br />

Aperfeiçoamento em<br />

vidrados cerâmicos é uma<br />

<strong>da</strong>s acções <strong>de</strong> formação<br />

contínua inscritas no plano<br />

do Centro <strong>de</strong> Formação<br />

Profissional para a Indústria<br />

<strong>da</strong> Cerâmica (Cencal),<br />

se<strong>de</strong>ado em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Esta acção, com um<br />

total <strong>de</strong> 40 horas, <strong>de</strong>verá<br />

iniciar-se este mês e <strong>de</strong>stina-se<br />

a chefias e operadores<br />

<strong>de</strong> produção, ceramistas,<br />

artesãos e <strong>de</strong>signers.<br />

Ain<strong>da</strong> em Fevereiro, está<br />

previsto o arranque dos cursos<br />

Gestão <strong>de</strong> armazéns e<br />

Regime comercial <strong>de</strong> importação<br />

e exportação. O primeiro<br />

tem a duração <strong>de</strong> 30<br />

horas e <strong>de</strong>stina-se a administrativos,<br />

financeiros e<br />

comerciais, enquanto o<br />

segundo, <strong>de</strong> 40 horas, está<br />

vocacionado para gestores<br />

e comerciais. Ambos <strong>de</strong>correm<br />

em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Auditorias <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

dirigido a responsáveis<br />

<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, chefias e técnicos,<br />

é outra <strong>da</strong>s acções<br />

inscritas no plano do Cencal<br />

com início previsto para<br />

o próximo mês.<br />

Em Fevereiro <strong>de</strong>verão<br />

ain<strong>da</strong> realizar-se, entre<br />

outros, cursos <strong>de</strong> Segurança<br />

contra incêndios, Socorrismo,<br />

Iniciação ao Inglês<br />

e ao Espanhol. Todos se<br />

<strong>de</strong>stinam a profissionais<br />

no activo. Mas o Cencal<br />

também está atento aos<br />

<strong>de</strong>sempregados e, entre<br />

várias outras acções, tem<br />

agen<strong>da</strong>do para o próximo<br />

mês um curso <strong>de</strong> Iniciação<br />

ao Inglês (40 horas). ■<br />

Cursos em Ourém<br />

Aciso ensina informática<br />

e técnicas <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />

A Associação Empresarial<br />

Ourém/Fátima (Aciso) tem previstas<br />

para este ano cerca <strong>de</strong> 20 acções <strong>de</strong><br />

formação <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a profissionais<br />

no activo (excepto função pública),<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham entre 18 e 65 anos.<br />

Recentemente teve início uma acção<br />

<strong>de</strong> Iniciação à internet. Um outro<br />

igual <strong>de</strong>verá realizar-se entre Maio<br />

e Junho. Estão ain<strong>da</strong> previstos cursos<br />

<strong>de</strong> Informática para Setembro.<br />

Na área <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s, o plano <strong>de</strong><br />

formação para este ano contempla<br />

cursos <strong>de</strong> Técnicas <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, Técnicas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>coração e vitrinismo e Marketing<br />

empresarial. Estão ain<strong>da</strong> agen<strong>da</strong>dos<br />

cursos <strong>de</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

Secretariado, Web<strong>de</strong>sign e multimédia,<br />

Fiscali<strong>da</strong><strong>de</strong> e Primeiros socorros.<br />

A Aciso preten<strong>de</strong> igualmente <strong>da</strong>r<br />

formação a formadores, tendo agen<strong>da</strong>dos<br />

dois cursos para arrancar em<br />

Fevereiro. Um <strong>de</strong>les – Formação inicial<br />

<strong>de</strong> formadores – <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>correr<br />

entre amanhã, dia 3 <strong>de</strong> Fevereiro,<br />

e 31 <strong>de</strong> Março, num total <strong>de</strong> 96<br />

horas, mas não é financiado. Destina-se<br />

a pessoas que exerçam ou preten<strong>da</strong>m<br />

vir a exercer a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

formador. ■<br />

Na ESTG, <strong>Leiria</strong><br />

Preparação para<br />

exame <strong>de</strong> TOC<br />

Terá início na Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e<br />

Gestão (ESTG) <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a partir do dia 9 <strong>de</strong>ste mês,<br />

uma formação <strong>de</strong> preparação para o exame <strong>de</strong> inscrição<br />

como Técnico Oficial <strong>de</strong> Contas (TOC). A acção<br />

tem como <strong>de</strong>stinatários bacharéis ou licenciados que<br />

preten<strong>da</strong>m inscrever-se como Técnicos Oficiais <strong>de</strong><br />

Contas. A formação, com uma duração total <strong>de</strong> 60<br />

horas, <strong>de</strong>corre até dia 4 <strong>de</strong> Março, às quintas e sextas-feiras,<br />

<strong>da</strong>s 18h00 às 23h00, e aos sábados <strong>da</strong>s<br />

9h00 às 14h00. ■<br />

Cooperativa Agrícola <strong>de</strong> Alcobaça, Crl<br />

Descrição <strong>da</strong> Empresa<br />

Empresa comercial do sector agrícola com a sua se<strong>de</strong> em<br />

Alcobaça com projectos inovadores no associativismo e <strong>de</strong><br />

eleva<strong>da</strong> relevância para o sector e região.<br />

Perfil do candi<strong>da</strong>to<br />

Licenciado\Bacharel em Gestão <strong>de</strong> Empresas ou similar<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s à função.<br />

Inscrito na Câmara dos Técnicos Oficiais <strong>de</strong> Contas<br />

I<strong>da</strong><strong>de</strong> até 35 anos<br />

Experiência profissional na área <strong>de</strong> Gestão e preferencialmente<br />

no controlo contabilistico, <strong>de</strong> pelo menos 3 anos.<br />

Com conhecimentos <strong>de</strong> software Primavera e Ofice nas diversas<br />

aplicações.<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s pessoais<br />

Li<strong>de</strong>rança, Planeamento e Organização<br />

Relacionamento interpessoal e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunicação<br />

Trabalho em equipa<br />

Elevado sentido <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Autonomia <strong>de</strong> trabalho<br />

Conhecimentos <strong>de</strong> inglês e espanhol (preferencial)<br />

Disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> imediata<br />

Oferta<br />

Vencimento e outras condições <strong>de</strong> trabalho compatíveis com a<br />

experiência profissional.<br />

As candi<strong>da</strong>turas <strong>de</strong>vem ser envia<strong>da</strong>s para a mora<strong>da</strong> indica<strong>da</strong> no<br />

prazo <strong>de</strong> 10 dias úteis acompanha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> curriculum e <strong>de</strong><br />

fotografia.<br />

Cooperativa Agrícola <strong>de</strong> Alcobaça - Rua <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Apartado<br />

n.º62 - 2460-059 Alcobaça<br />

e-mail: coopagralcobaca@mail.telepac.pt<br />

Somos uma empresa <strong>de</strong> referência e lí<strong>de</strong>r no<br />

mercado nacional <strong>de</strong> Estanhos.<br />

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Reportando directamente à Direcção do Comercial,<br />

ficará responsável pela comercialização <strong>da</strong> nossa linha<br />

<strong>de</strong> produtos na Zona Centro.<br />

Perfil Pretendido:<br />

- Boa Apresentação;<br />

- Experiência comercial;<br />

- Disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para <strong>de</strong>slocações.<br />

Condições:<br />

- Integração em Grupo Empresarial forte;<br />

- Formação interna e acompanhamento inicial;<br />

- Remuneração compatível com a experiência,<br />

excelentes condições.<br />

As respostas a este anúncio, acompanha<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

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30 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | JORNAL DE LEIRIA |<br />

■ Imobiliário ■<br />

Evento <strong>de</strong>corre em Pombal<br />

Constrop mostra máquinas<br />

e materiais para construção<br />

DR<br />

A segun<strong>da</strong> edição <strong>da</strong><br />

Constrop, exposição <strong>de</strong><br />

máquinas e materiais <strong>de</strong><br />

construção civil, obras<br />

públicas e urbanismo,<br />

<strong>de</strong>corre entre 10 e 12 <strong>de</strong>ste<br />

mês na Expocentro, em<br />

Pombal.<br />

Sob o lema ‘Sector <strong>da</strong><br />

construção, um negócio<br />

<strong>da</strong> região’, o evento é<br />

organizado pela empresa<br />

municipal Pombal Viva,<br />

contando com a cooperação<br />

<strong>de</strong> associações como<br />

a ARICOP e a AECOPS,<br />

bem como do IMOPPI (Instituto<br />

dos Mercados <strong>de</strong><br />

Obras Públicas e Particulares<br />

e do Imobiliário).<br />

Assegurar a promoção<br />

e o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

sector <strong>da</strong> construção na<br />

Região Centro do País é<br />

um dos principais objectivos<br />

do certame, que ocupará<br />

cerca <strong>de</strong> seis mil<br />

metros quadrados. Contará<br />

com 68 expositores<br />

no interior <strong>da</strong> Expocentro<br />

e com cinco no exterior.<br />

“As melhores e mais<br />

comerciais empresas e<br />

marcas do sector <strong>da</strong> construção”<br />

marcarão presença<br />

no evento, asseguram os<br />

responsáveis <strong>da</strong> Pombal<br />

Viva.<br />

Além <strong>da</strong> exposição,<br />

<strong>de</strong>correm activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s paralelas,<br />

como workshops.<br />

No dia 10, pelas 15 horas,<br />

está agen<strong>da</strong>do um sobre<br />

as regras <strong>de</strong> ingresso e<br />

permanência na activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> construção, que<br />

abor<strong>da</strong>rá igualmente as<br />

condições para a revali<strong>da</strong>ção<br />

<strong>de</strong> alvarás e títulos<br />

<strong>de</strong> registo, numa parceria<br />

entre a AECOPS e o<br />

IMOPPI. No mesmo dia,<br />

mas às 10 horas, realiza-<br />

-se no auditório do Teatro<br />

Cine <strong>de</strong> Pombal um<br />

seminário sobre Segurança<br />

e Higiene no Trabalho.<br />

■<br />

Quinto exame <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional<br />

Aprovados 526 profissionais <strong>de</strong> mediação<br />

e angariação imobiliária<br />

O IMOPPI – Instituto dos Mercados<br />

<strong>de</strong> Obras Públicas e Particulares<br />

e do Imobiliário promoveu<br />

no início <strong>de</strong>ste ano o quinto<br />

exame <strong>de</strong> aferição <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

profissional <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>tos ao<br />

exercício <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mediação<br />

e angariação imobiliária, <strong>de</strong><br />

acordo com o estipulado na nova<br />

lei que regula estas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Apresentaram-se 473 candi<strong>da</strong>tos<br />

para a prova <strong>de</strong> mediação<br />

e 824 para o exame <strong>de</strong> angariação.<br />

Foram aprovados, em ambas<br />

as provas, um total <strong>de</strong> 526 candi<strong>da</strong>tos<br />

(218 para mediação e 308<br />

para angariação), o que correspon<strong>de</strong><br />

a uma percentagem <strong>de</strong><br />

40.6 por cento, enquanto as reprovações<br />

atingiram os 59.4 por cento.<br />

Não foi possível apurar junto<br />

do IMOPPI quantos <strong>de</strong>stes<br />

novos profissionais são do distrito.<br />

“Não tratamos os <strong>da</strong>dos a<br />

nível regional, porque isso para<br />

nós não é relevante”, explica Jorge<br />

Dias, responsável pelo <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> comunicação.<br />

A nova legislação obriga os<br />

profissionais <strong>de</strong> mediação e <strong>de</strong><br />

angariação imobiliária a prestar<br />

provas <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional<br />

para o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s suas funções.<br />

Neste contexto, o IMOPPI<br />

efectuou já um total <strong>de</strong> quatro exames<br />

<strong>de</strong> âmbito nacional, dos quais<br />

resultaram cerca <strong>de</strong> 3.500 candi<strong>da</strong>tos<br />

a angariadores e a mediadores<br />

imobiliários aprovados <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Dezembro <strong>de</strong> 2004. ■<br />

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■ Saú<strong>de</strong> ■<br />

| JORNAL DE LEIRIA |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006| 31<br />

Estudo <strong>da</strong> Materni<strong>da</strong><strong>de</strong> Bissaya-Barreto, Coimbra<br />

Tratamento <strong>de</strong> infertili<strong>da</strong><strong>de</strong> aumenta<br />

gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> risco<br />

As gravi<strong>de</strong>zes múltiplas, a que<br />

estão associa<strong>da</strong>s complicações<br />

como ameaça do parto pré-termo,<br />

têm vindo a aumentar em<br />

Portugal, em parte <strong>de</strong>vido aos<br />

tratamentos contra a infertili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

revela um estudo clínico, a<br />

que a Lusa teve acesso.<br />

Realizado por uma equipa dos<br />

Serviços <strong>de</strong> Obstetrícia e <strong>de</strong> Neonatalogia<br />

<strong>da</strong> Materni<strong>da</strong><strong>de</strong> Bissaya-Barreto,<br />

Coimbra, o estudo sobre<br />

a “Epi<strong>de</strong>miologia <strong>da</strong> Gestação Múltipla”<br />

foi publicado na Acta Médica<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Março/Abril <strong>de</strong><br />

2005 e avaliou todos os partos <strong>de</strong><br />

gravi<strong>de</strong>z múltipla (609) ocorridos<br />

na instituição, entre 1987 e 2001.<br />

Nesta materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, realizaram-se<br />

1243 nascimentos <strong>de</strong> gémeos, relativos<br />

a 609 gestações múltiplas,<br />

entre Janeiro <strong>de</strong> 1987 e Dezembro<br />

<strong>de</strong> 2001.<br />

<strong>Os</strong> investigadores concluíram<br />

que a taxa <strong>de</strong> gestação múltipla<br />

tem vindo a aumentar, “provavelmente<br />

<strong>de</strong>vido ao contributo <strong>da</strong>s<br />

técnicas <strong>de</strong> Procriação Medicamente<br />

Assisti<strong>da</strong> (PMA), do aumento<br />

do número <strong>de</strong> gestações tri e<br />

tetragemelares e do aumento <strong>da</strong><br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong> média materna”.<br />

As técnicas <strong>de</strong> PMA são aplica<strong>da</strong>s<br />

quando existe um cenário<br />

<strong>de</strong> infertili<strong>da</strong><strong>de</strong> e, muitas vezes, utilizam<br />

a implantação <strong>de</strong> vários<br />

embriões para potenciar a gravi<strong>de</strong>z,<br />

o que po<strong>de</strong> resultar numa gravi<strong>de</strong>z<br />

múltipla.<br />

Nos casos avaliados neste estudo,<br />

a Fertilização In Vitro (FIV) e<br />

a Microinjecção Intra-citoplasmática<br />

(ICSI) foram as técnicas que<br />

mais contribuíram para aumentar<br />

a incidência <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>zes múltiplas.<br />

Neste tipo <strong>de</strong> gestação, as<br />

complicações materno-fetais são<br />

mais frequentes do que na gestação<br />

<strong>de</strong> um feto, nomea<strong>da</strong>mente a<br />

hipertensão arterial, pré-eclampsia<br />

(ataque convulsivo), anemia e<br />

hemorragia pós-parto.<br />

<strong>Os</strong> investigadores <strong>de</strong>tectaram<br />

também um aumento progressivo<br />

do número total e <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> gestação<br />

múltipla, nos últimos 15 anos,<br />

tendo a percentagem crescido<br />

<strong>de</strong> 1,2 por cento, no triénio <strong>de</strong><br />

1987-89, para 1,6 por cento nos<br />

dois últimos triénios. Foi igualmente<br />

<strong>de</strong>tectado um aumento <strong>da</strong>s<br />

gestações trigemelares (três fetos),<br />

particularmente nos dois últimos<br />

triénios.<br />

A i<strong>da</strong><strong>de</strong> média materna tem<br />

aumentado significativamente ao<br />

longo dos anos avaliados o que,<br />

por sua vez, também po<strong>de</strong> “justificar<br />

o aumento <strong>da</strong> incidência <strong>de</strong><br />

gestação múltipla”, <strong>de</strong> acordo com<br />

os autores. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> média materna<br />

“sofreu um aumento estatisticamente<br />

importante” (<strong>de</strong> 26,7 anos<br />

no primeiro triénio, para 29,5 anos<br />

no último).<br />

Em relação às complicações obstétricas,<br />

os investigadores salientam,<br />

pela sua maior frequência, a<br />

ameaça <strong>de</strong> parto antes do termo,<br />

as alterações hipertensivas <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z<br />

e a restrição <strong>de</strong> crescimento<br />

intra-uterino.<br />

O peso médio do bébé, ao nascimento,<br />

também tem vindo a diminuir<br />

significativamente, entre<br />

o triénio <strong>de</strong> 1990-92 e o <strong>de</strong><br />

1999-2001. Esta situação po<strong>de</strong>rá<br />

ser consequente <strong>da</strong> diminuição <strong>da</strong><br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional média do parto,<br />

o que foi estatisticamente importante,<br />

entre o triénio <strong>de</strong> 1993-95 e<br />

o <strong>de</strong> 1996-98.<br />

<strong>Os</strong> autores i<strong>de</strong>ntificaram como<br />

principais situações clínicas responsáveis<br />

pela morbili<strong>da</strong><strong>de</strong> neonatal,<br />

a doença <strong>da</strong>s membranas<br />

hialinas (4,7 por cento), a hemorragia<br />

intraventricular (0,9 por cento)<br />

e a síndroma <strong>de</strong> transfusão fetofetal<br />

(14 por cento <strong>da</strong>s monocoriónicas).<br />

Ao longo do período estu<strong>da</strong>do,<br />

registou-se, por outro lado, uma<br />

diminuição <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> neonatal,<br />

para o que contribuiu a evolução,<br />

ao longo <strong>de</strong>stes 15 anos, <strong>da</strong>s<br />

técnicas usa<strong>da</strong>s no âmbito <strong>da</strong> perinatalogia<br />

que permitem a sobrevivência<br />

<strong>de</strong> recém-nascidos, com<br />

ca<strong>da</strong> vez mais baixo peso e menor<br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional. ■<br />

Concebidos para tratar eczemas<br />

Cremes potencialmente cancerígenos no mercado<br />

<strong>Os</strong> dois cremes potencialmente<br />

cancerígenos, à ven<strong>da</strong> em Portugal,<br />

estão a ser avaliados pela<br />

Agência Europeia do Medicamento<br />

(EMEA). Esta é que irá<br />

<strong>de</strong>cidir sobre a introdução <strong>de</strong> avisos<br />

sobre os riscos <strong>de</strong> cancro,<br />

<strong>de</strong>fendidos pela organização congénere<br />

norte-americana. <strong>Os</strong> cremes<br />

Eli<strong>de</strong>l (pimecrolímus) e Protopic<br />

(tacrolímus), dois imunossupressores<br />

<strong>de</strong> aplicação tópica,<br />

indicados no tratamento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>rmatite atópica (eczema), encontram-se<br />

à ven<strong>da</strong> em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2002.<br />

A autori<strong>da</strong><strong>de</strong> norte-americana<br />

do medicamento (FDA) exige que<br />

as embalagens <strong>de</strong>stes cremes passem<br />

a conter um novo rótulo que<br />

avise sobre potenciais riscos <strong>de</strong> cancro.<br />

Esta <strong>de</strong>cisão segue-se a recomen<strong>da</strong>ções<br />

feitas pelo seu comité<br />

consultivo pediátrico.<br />

O novo rótulo <strong>de</strong>verá também<br />

recomen<strong>da</strong>r que os dois cremes<br />

sejam receitados só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tentados<br />

todos os outros tratamentos<br />

disponíveis. O novo aviso, chamado<br />

“caixa negra” (black box),<br />

é o mais severo que a FDA impõe<br />

aos laboratórios farmacêuticos<br />

para informar o público e os médicos<br />

sobre potenciais riscos graves<br />

<strong>de</strong> medicamentos. ■<br />

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CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1125 - 02.02.2006<br />

AVISO N.º 3/2006<br />

Nos termos do n.º 2 do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 555/99 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Dezembro,<br />

com a re<strong>da</strong>cção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo Decreto-Lei n.º 177/01 <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> Junho, torna-se público que<br />

a Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> emitiu em 11/01/2006 O ALVARÁ DE LOTEAMENTO<br />

N.º 1/2006, em nome <strong>de</strong> Construções J.J.R. & Filhos, S.A., na sequência <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações<br />

camarárias <strong>de</strong> 28/02/2005, 18/07/2005 e 17/11/2005, através do qual foi licenciado<br />

o loteamento, dos prédios sitos em Magueigia - Canteira - Magagia, na freguesia<br />

<strong>de</strong> Santa Catarina <strong>da</strong> Serra, <strong>de</strong>scritos na Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, sob<br />

os n.º (s) 4111/19990525, 4901/20020523 e 4903/20020523 e inscritos na matriz rústica/urbana<br />

sob os artigos 2002, 2022 e 831 <strong>da</strong> respectiva freguesia.<br />

Área abrangi<strong>da</strong> pelo Plano Director Municipal.<br />

Operação <strong>de</strong> loteamento com as seguintes características:<br />

Área do prédio a lotear =17.066 ,00 m².<br />

Área <strong>de</strong> Implantação = 4.650 m².<br />

Área Total <strong>de</strong> Construção = 10.350 m².<br />

Número <strong>de</strong> lotes = 6 com as áreas <strong>de</strong> 1.297 m² a 3.490 m².<br />

Número Máximo <strong>de</strong> Pisos = Cave + 2.<br />

Número <strong>de</strong> fogos total = 6.<br />

Número <strong>de</strong> lotes para habitação = 6.<br />

Área <strong>de</strong> cedência para o domínio público municipal = 2.328,00 m².<br />

Finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> cedência = passeios, arruamentos, estacionamentos, PT, nicho para<br />

contentores do lixo, equipamento e zona ver<strong>de</strong>.<br />

PRAZO PARA A CONCLUSÃO DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO = 12 meses.<br />

<strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2006<br />

POR DELEGAÇÃO DA PRESIDENTE DA CÂMARA<br />

A VEREADORA<br />

ISABEL MARIA DE SOUSA GONÇALVES DOS SANTOS<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA BATALHA<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1125 - 02.02.2006<br />

EDITAL<br />

FRANCISCO MANUEL GRAÇA FREITAS, Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Assembleia Municipal<br />

<strong>da</strong> Batalha:<br />

FAZ PÚBLICO, <strong>de</strong> acordo com as disposições aplicáveis, que no próximo dia<br />

17 <strong>de</strong> Fevereiro (Sexta-feira) do ano <strong>de</strong> 2006, pelas 21.30 horas, se realizará<br />

no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Município <strong>da</strong> Batalha, a Sessão Ordinária<br />

<strong>de</strong>sta Assembleia, que versará a seguinte Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Trabalhos:<br />

◆ Ponto 1 - "Apreciação <strong>da</strong> Informação Escrita do Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara acerca<br />

<strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Município e <strong>da</strong> Situação Financeira do mesmo (ao<br />

abrigo <strong>da</strong>s alíneas d) e e) ai Art.º 53º <strong>da</strong> Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong><br />

Setembro)"<br />

◆ Ponto 2 - Autorização para que a Autarquia se torne sócia - a<strong>de</strong>rente <strong>da</strong> Liga<br />

Portuguesa Contra o Cancro<br />

◆ Ponto 3 - "Plano Municipal <strong>de</strong> Emergência do Concelho <strong>da</strong> Batalha" (Aprovação)<br />

Paços do Município <strong>da</strong> Batalha, 26 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2006<br />

O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL,<br />

(FRANCISCO MANUEL GRAÇA FREITAS)<br />

CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1125 - 02.02.2006<br />

EDITAL<br />

N.º 18/2006<br />

ISABEL DAMASCENO CAMPOS, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNI-<br />

CIPAL DE LEIRIA<br />

Torna público que, <strong>de</strong> acordo com a <strong>de</strong>liberação toma<strong>da</strong> por esta Câmara<br />

Municipal em sua reunião realiza<strong>da</strong> no dia 15 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2005, foi mantido<br />

em vigor o Capítulo VIII do Regulamento Municipal <strong>da</strong>s Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Diversas em<br />

tudo o que não contrarie o Decreto - Lei n.º 156/2004, <strong>de</strong> 30/06, <strong>de</strong>vendo ser<br />

observa<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as regras para o uso <strong>de</strong> fogo previstas naquele Decreto - Lei,<br />

nomea<strong>da</strong>mente nos seus artigos 20.º e 21.º.<br />

- Para constar se lavrou o presente EDITAL que vai ser publicado na imprensa<br />

regional e afixado nos lugares públicos do costume.<br />

<strong>Leiria</strong>, 20 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2006.<br />

A PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,<br />

ISABEL DAMASCENO


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CABELEIREIRO (M/F),<br />

em <strong>Leiria</strong>. Ref.ª 587 393<br />

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em <strong>Leiria</strong>. Ref.ª 587 393<br />

223. Contactar o Centro<br />

<strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

PASTELEIRO (M/F), c/<br />

expª, em <strong>Leiria</strong>. Ref.ª<br />

587 392 781.Contactar<br />

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(M/F), c/ expª/automação,<br />

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587 395 677. Contactar<br />

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<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

FRESADOR (M/F), c/<br />

expª CNC, em <strong>Leiria</strong>.<br />

Ref.ª 587 393 845. Contactar<br />

o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

SUB GERENTE DE<br />

LOJA (M/F), c/ expª<br />

Hotelaria, em <strong>Leiria</strong>.<br />

Ref.ª 587 395 622. Contactar<br />

o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

TÉC. DE FRIO (M/F),<br />

c/ expª., em <strong>Leiria</strong>. Ref.ª<br />

587 392 152. Contactar<br />

o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

SERÍGRAFO (M/F), em<br />

<strong>Leiria</strong>. Ref.ª 587 392<br />

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CHEFE DE TURNO<br />

(M/F), c/ expª ind. cerâmica,<br />

em Meirinhas. Ref.ª<br />

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ENGº CIVIL (M/F), c/<br />

expª, em Batalha. Ref.ª<br />

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ELECTROMECÂNICO<br />

(M/F), c/ expª., em <strong>Leiria</strong>.<br />

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SER. CIVIL (M/F), c/<br />

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OLEIRO ENCHEDOR<br />

(M/F), c/ expª, em Barreira.<br />

Ref.ª 587 389 522.<br />

Contactar o Centro <strong>de</strong><br />

Emprego <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Ref.ª 587 345 200 -<br />

TORNEIRO MECÂNI-<br />

CO (M/F), com experiência,<br />

em Alfeizerão.<br />

Contactar o Centro <strong>de</strong><br />

Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 380 420 -<br />

FORMISTA (M/F), com<br />

experiência, em Valado<br />

dos Fra<strong>de</strong>s. Contactar o<br />

Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong><br />

Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 388 598 -<br />

ENVERNIZADOR DE<br />

MÓVEIS (M/F), com<br />

experiência, em Pataias.<br />

Contactar o Centro <strong>de</strong><br />

Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 389 443 - PIN-<br />

TOR AUTO (M/F), com<br />

experiência, em Benedita.<br />

Contactar o Centro<br />

<strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 389 823 -<br />

PEDREIRO (M/F), com<br />

experiência, em Pataias.<br />

Contactar o Centro <strong>de</strong><br />

Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 390 436 - OP.<br />

MÁQ. CNC (M/F), com<br />

experiência, em Alfeizerão.<br />

Contactar o Centro<br />

<strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 392 017 -<br />

MEDIDOR ORÇA-<br />

MENTISTA (M/F), com<br />

experiência, em Nazaré.<br />

Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 392 036 -<br />

MOTORISTA P/ INTER-<br />

NACIONAL (M/F), com<br />

experiência, em Évora<br />

<strong>de</strong> Alcobaça. Centro <strong>de</strong><br />

Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 393 369 - OP.<br />

MÁQ. CORTE MADEI-<br />

RA (M/F), com experiência,<br />

em Pataias. Contactar<br />

o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 393 467 -<br />

SERRALHEIRO CIVIL<br />

(M/F), com experiência,<br />

em Benedita. Centro <strong>de</strong><br />

Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 393 991 -<br />

PROSPECTOR DE<br />

VENDAS (M/F), com<br />

experiência, em S. Martinho<br />

do Porto. Contactar<br />

o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Alcobaça.<br />

Ref.ª 587 394 299 - OP.<br />

PRENSA (M/F), com<br />

experiência, em Pataias.<br />

Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong><br />

Alcobaça.<br />

Ref.ª 587374673 - FRE-<br />

SADOR MECÂNICO<br />

(M/F), em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

ContactarCentro <strong>de</strong><br />

Emprego <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

Rainha.<br />

Ref.ª 587387829 -<br />

OUTROS TRAB. NÃO<br />

QUALIFICADOS (M/F),<br />

em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong><br />

Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Ref.ª 587380851 -<br />

TRAB. NÃO QUALIFI-<br />

CADO (M/F), em Bombarral.<br />

Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Ref.ª 587383729 - EMP.<br />

DE BALCÃO (M/F), em<br />

Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha. Contactar<br />

o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Ref.ª 587387144 - EMP.<br />

DE MESA (M/F), em<br />

Sobral do Parelhão c/<br />

conhecimentos <strong>da</strong> língua<br />

inglesa. Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Ref.ª 587387141 - AJU-<br />

DANTE DE COZINHA<br />

(M/F), em Sobral do<br />

Parelhão. Centro <strong>de</strong><br />

Emprego <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

Rainha.<br />

Ref.ª 587380864 -<br />

EMPREGADO DE<br />

MESA (M/F), em Óbidos.<br />

Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Ref.ª 587382239 - SER-<br />

VENTE - CONST. CIVIL<br />

E OBRAS PÚBLICAS<br />

(M/F), em Santa Catarina.<br />

Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Ref.ª 587367951 -<br />

CABELEIREIRO (M/F),<br />

em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong><br />

Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

Ref.ª 587355011 -<br />

CABELEIREIRO (M/F),<br />

em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha,<br />

com carteira profissional<br />

ou exp.ª mínima <strong>de</strong><br />

5 anos. Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />

NOME<br />

MORADA<br />

CÓDIGO POSTAL<br />

TEL.<br />

COMO PREENCHER<br />

LOCALIDADE<br />

N.º CONTRIBUINTE (preenchimento obrigatório)<br />

TEXTO A ANUNCIAR<br />

1. ESCREVER O ANÚNCIO PRETENDIDO NA QUADRÍCULA. CADA<br />

LETRA DEVE SER ESCRITA NUM DOS QUADRADOS, DEIXANDO UM<br />

QUADRADO LIVRE ENTRE CADA PALAVRA.<br />

2. O PAGAMENTO DEVERÁ SER ENVIADO JUNTAMENTE COM O<br />

CUPÃO. OS PREÇOS INDICADOS INCLUEM IVA 21%.<br />

3. O ANUNCIANTE DEVERÁ LEVANTAR AS RESPOSTAS NA SEDE DO<br />

JORNAL DE LEIRIA.<br />

4. O ANÚNCIO A PUBLICAR DEVERÁ SER ENTREGUE ATÉ AO FINAL<br />

DE CADA SEXTA-FEIRA ANTERIOR À SAÍDA DO JORNAL DE LEIRIA.<br />

OUTRAS DIMENSÕES CONSULTE A NOSSA TABELA.<br />

A NOSSA MORADA<br />

Rua Coman<strong>da</strong>nte João Belo, n.º 31<br />

Apartado 1098 . 2401-801 <strong>Leiria</strong><br />

Tel. 244 800 400 . Fax 244 800 401<br />

E-mail: geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

MÓDULOS<br />

Módulos A (8 x 4 cm) 54 €<br />

Módulos B (8 x 8 cm) 100 €<br />

Módulos C (8 x 12,2 cm) 144 €<br />

25 quad.<br />

50 quad.<br />

75 quad.<br />

100 quad.<br />

125 quad.<br />

À LINHA<br />

2 publicações 4 publicações<br />

75 quadrados obrigatórios 16 € 26 €<br />

100 quadrados 21 € 32 €<br />

125 quadrados 26 € 42 €<br />

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DIVERSOS Mensagem Explicações Geral


| JORNAL DE LEIRIA | UTILIDADES |<br />

2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 35<br />

FARMÁCIAS<br />

QUINTA, 02<br />

SEXTA, 03<br />

SÁBADO, 04<br />

DOMINGO, 05<br />

SEGUNDA, 06<br />

TERÇA, 07<br />

QUARTA, 08<br />

ALB. DOS DOZE<br />

Alberga. 236939605<br />

Alberga. 236939605<br />

Alberga. 236939605<br />

Alberga. 236939605<br />

Sta. Mª. 236931280<br />

Sta. Mª. 236931280<br />

Sta. Mª. 236931280<br />

ALCOBAÇA<br />

B.Marques 262582115<br />

Epifánio 262582124<br />

Magalhães 262582455<br />

Campeão 262582156<br />

B.Marques 262582115<br />

Epifánio 262582124<br />

Magalhães 262582455<br />

BATALHA<br />

Ferraz 244765124<br />

Ferraz 244765124<br />

Ferraz 244765124<br />

Ferraz 244765124<br />

M. Padrão 244765449<br />

M. Padrão 244765449<br />

M. Padrão 244765449<br />

C. DA RAINHA<br />

Freitas 262831487<br />

Cal<strong>de</strong>nse 262832256<br />

Maldonado 262844847<br />

Rosa 262831996<br />

Perdigão 262880681<br />

B. Lisboa 262832324<br />

Freitas 262831487<br />

FÁTIMA<br />

Iriense 249531234<br />

Fátima 249531114<br />

Fátima 249531114<br />

Fátima 249531114<br />

Iriense 249531234<br />

Fátima 249531114<br />

Iriense 249531234<br />

LEIRIA<br />

Aveni<strong>da</strong> 244833168<br />

Oliveira 244822757<br />

Baptista 244832320<br />

Sanches 244892500<br />

Godinho 244832432<br />

Central 244817980<br />

Lino 244832465<br />

QUINTA, 02<br />

SEXTA, 03<br />

SÁBADO, 04<br />

DOMINGO, 05<br />

SEGUNDA, 06<br />

TERÇA, 07<br />

QUARTA, 08<br />

MACEIRA/ ARNAL<br />

Caixa P. 244771540<br />

Caixa P. 244771540<br />

Caixa P. 244771540<br />

Caixa P. 244771540<br />

B. Godinho 244777284<br />

B. Godinho 244777284<br />

B. Godinho 244777284<br />

MARINHA GRANDE<br />

Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />

Duarte 244503024<br />

Guardiano 244502678<br />

Central 244502208<br />

Roldão 244502641<br />

Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />

Duarte 244503024<br />

PORTO DE MÓS<br />

Central 244440237<br />

Central 244440237<br />

Mirense 244440213<br />

Mirense 244440213<br />

Mirense 244440213<br />

Mirense 244440213<br />

Mirense 244440213<br />

NAZARÉ<br />

Sousa 262561221<br />

Silvério 262552394<br />

Silvério 262552394<br />

Silvério 262552394<br />

Ascenso 262551106<br />

Ascenso 262551106<br />

Ascenso 262551106<br />

FIGUEIRÓ<br />

Vidigal 236552441<br />

Vidigal 236552441<br />

Vidigal 236552441<br />

Vidigal 236552441<br />

Serra 236552339<br />

Serra 236552339<br />

Serra 236552339<br />

POMBAL<br />

Barros 236212037<br />

Barros 236212037<br />

Barros 236212037<br />

Barros 236212037<br />

T. Correia 236212487<br />

T. Correia 236212487<br />

T. Correia 236212487<br />

PASSATEMPOS<br />

SERVIÇOS<br />

PALAVRAS CRUZADAS (com 21 casas pretas)<br />

HORIZONTAIS: 1-Vaidosa, satisfeita <strong>de</strong> si mesmo. Fazer eco. 2-Tem conhecimento.<br />

Décimo primei-ro. 3-Lavra, sulca. Repetição. A eles. 4-Untam com iodo. Próprio<br />

do rei. 5-Limpa<strong>de</strong>la. 6-Orla. Época fixa que serve <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> para a<br />

contagem dos anos. 7-Dormir (Inf.). Emito opinião. Quarto. 8-Exorbita, exce<strong>de</strong>-se.<br />

Que dispõe <strong>de</strong> asas. 9-499 (Rom.). Chefe etíope. Bário (s.q.). 10-0 m. q. [core.<br />

Ensea<strong>da</strong>, porto abrigado. 11-Imperador romano. Coberta <strong>de</strong> ouro.<br />

VERTICAIS: 1-Empregai. Antiga possessão portuguesa na India. Imposto <strong>de</strong> Circulação<br />

(abrev.). 2-Lanterna <strong>de</strong> veículos. Embaraço, impedimento. 3-Mosteiro<br />

dirigido por aba<strong>de</strong> ou aba<strong>de</strong>ssa. O m. q. graúdos. 4-Nor<strong>de</strong>ste (abrev.). Um e outro.<br />

Regimento <strong>de</strong> Artilharia (abrev.). 5-Reduzira a papas. 6-Escândio (s.q.). Antes-<strong>de</strong>-<br />

Cristo (abrev.). 7-Man<strong>da</strong>s. 8-Cobalto (s.q.). Moe<strong>da</strong> europeia (pl.). Ruténio (s.q.). 9-<br />

Planta enoterácea. Levantar as abas <strong>de</strong>. 10-Vila <strong>de</strong> Portugal. Anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. 11-<br />

Espécie <strong>de</strong> macaco, comum na ndia. Bagatela. Vogais iguais.<br />

CRUZADEX<br />

Coloque no diagrama as palavras seguintes:<br />

11 Letras<br />

BANCOCRACI<br />

A<br />

FANFARRARI<br />

A<br />

8 Letras<br />

CABECEAR<br />

NACIONAL<br />

TACANHEZ<br />

7 Letras<br />

APISOAR<br />

CACATUA<br />

CAETANO<br />

LAICADO<br />

LEONORA<br />

UTERINO<br />

6 Letras<br />

ARDUME<br />

BABADO<br />

DADIVA<br />

IANQUE<br />

OFFSET<br />

RABADA<br />

RABADO<br />

RABANO<br />

RASPAI<br />

REDADA<br />

VORACE<br />

VORMIO<br />

5 Letras<br />

ABUSA<br />

ALCES<br />

DANÇA<br />

DOERA<br />

OBESA<br />

RACHA<br />

UNIAM<br />

VISTA<br />

4 Letras<br />

ABAR<br />

BROA<br />

VACA<br />

3 Letras<br />

BOA<br />

CID<br />

LUA<br />

ORE<br />

RIA<br />

ALCOBAÇA<br />

Bombeiros Voluntários 262505300<br />

Cenel 262597300<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262598189<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aljubarrota 262508112<br />

Clínica <strong>de</strong> Stª. Mª <strong>de</strong> Alcobaça 262596105<br />

Clínica do Atlântico 262581515<br />

GNR 262582319<br />

Hospital 262590400<br />

PSP 262595400<br />

Rodoviária do Tejo 262582221<br />

Serv. Municipalizados 262598174<br />

BATALHA<br />

Bombeiros Voluntários 244765411<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 244765246<br />

CENEL 244765165<br />

GNR 244765134<br />

BOMBARRAL<br />

Bombeiros 262601601<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262605394<br />

Hospital 262605218<br />

CALDAS DA RAINHA<br />

Bombeiros Voluntários 262840550<br />

Cenel 262830600<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262832618<br />

Centro Hospitalar <strong>da</strong>s C. <strong>da</strong> Rainha 262830300<br />

Centro Reg. <strong>de</strong> S. Social do Centro 262834289<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salir <strong>de</strong> Matos 262877488<br />

CP 262823693<br />

GNR 262831924<br />

Hospital 262832133<br />

PSP 262832022<br />

Rodoviária do Tejo 262831067<br />

Serv. Municipalizados 262851003<br />

LEIRIA<br />

Ambulâncias Leirienses 244861615<br />

Bombeiros Municipais 244832122<br />

Bombeiros Voluntários (geral) 244882015<br />

(emergência) 244881120<br />

Bombeiros Vol. Maceira 244777100<br />

Bombeiros Vol. Ortigosa 244613700<br />

Briga<strong>da</strong> <strong>de</strong> Trânsito 244832473<br />

Cenel 244810200<br />

Centro Saú<strong>de</strong> Dr. Arnaldo Sampaio 244817820<br />

Centro Saú<strong>de</strong> Dr. Gorjão Henriques 244816400<br />

Centro Hospitalar S. Francisco 244811077<br />

Centro Médico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 244822314<br />

Centro Ass. Médica Mo<strong>de</strong>rna do Liz 244825758<br />

Coração <strong>da</strong> Noite 244824700<br />

CP 244882027<br />

Cruz Vermelha 244823725<br />

GNR 244824300<br />

Hospital St.º André 244817000<br />

LeiriVi<strong>da</strong> 244827000<br />

Linha Viva 244811999<br />

Polícia Judiciária (piquete 24H) 244845200<br />

Polidiagnóstico 244833116<br />

PSP 244859859<br />

Rádio Táxis 244815900<br />

Rádio-taxi Alerta 244881147<br />

Rodoviária do Tejo 244811507<br />

Serv. Municipalizados 244817300<br />

Serv. Subregional <strong>de</strong> Seg. Social 244811061<br />

Táxis 244801860<br />

MARINHA GRANDE<br />

Bombeiros 244575112<br />

Bombeiros <strong>de</strong> V. <strong>Leiria</strong> 244699080<br />

Cenel 244568777<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 244568550<br />

Centro Médico 244504511<br />

Centro Reg. <strong>de</strong> S. Social do Centro 244567005<br />

CP 244568550<br />

GNR 244502647<br />

LeiriVi<strong>da</strong> 244503333<br />

PSP 244502232<br />

Polidiagnóstico 244504341<br />

Rodoviária do Tejo 244502420<br />

Serv. Municipalizados 244568630<br />

NAZARÉ<br />

Bombeiros Voluntários 262561300<br />

Cenel 262551538<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262551471<br />

GNR (Valado <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s) 262577147<br />

Hospital 262561116/130/140<br />

PSP 262551268<br />

Rodoviária do Tejo 262551172<br />

Serv. Municipalizados 262561153<br />

OURÉM<br />

Bombeiros Voluntários 249540500<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 249540630<br />

Centro Regional <strong>de</strong> Seg. Social 249541674<br />

249591554<br />

249542288<br />

EDP 249542752<br />

GNR 249540310<br />

PSP 249540440<br />

Rodoviária do tejo 249542132<br />

SAP (serviço <strong>de</strong> urgências) 249544233<br />

Serv. Municipalizados 249540900<br />

POMBAL<br />

Bombeiros 236212122<br />

Briga<strong>da</strong> <strong>de</strong> Trânsito 236212063<br />

Cenel 236212002<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 236212136<br />

Centro Soc. S. Francisco <strong>de</strong> Pombal 236213785<br />

CP 236212075<br />

GNR 236212011<br />

Hospital 236212130<br />

PSP 236213122<br />

Rodoviária <strong>da</strong> Beira Litoral 236212058<br />

Serv. Municipalizados 236212001<br />

PORTO DE MÓS<br />

A. <strong>de</strong> Ser. e Socorro Vol. S. Jorge 244481115<br />

Bombeiros 244490115<br />

Cenel 244403518/ 244491453<br />

Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 244499200<br />

GNR 244491195<br />

Serv. Municipalizados 244491202<br />

Praça taxis 244491351<br />

SERVIÇO DE ATENDIMENTO PERMANENTE<br />

LEIRIA<br />

Rua Norton <strong>de</strong> Matos 244811390<br />

MARINHA GRANDE<br />

Av. Eng.º Arala Pinto 244568550<br />

NAZARÉ<br />

Hospital <strong>da</strong> Confraria Nª Sra. <strong>da</strong> Nazaré<br />

Sítio <strong>da</strong> Nazaré 262561116<br />

PORTO DE MÓS<br />

Rua Conceição Abreu 244491131<br />

SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA<br />

Abraço 800225115<br />

Intoxicações 217950143<br />

Narcóticos Anónimos 800202013<br />

Protecção Civil 244833330<br />

Serviço Nacional <strong>de</strong> Socorro (SOS) 112<br />

SOS - Crianças 217931617<br />

SOS - Grávi<strong>da</strong> 213952153<br />

SOS - Mulher 239832073<br />

SOS - Palavra Amiga 232424282<br />

SOS - Si<strong>da</strong> 800201040<br />

SERVIÇOS TELEFÓNICOS ESPECIAIS<br />

Assistência a Clientes 123<br />

Avarias 16208<br />

Despertar 12161<br />

Regulamento <strong>de</strong> Inst. Telefónicas<br />

<strong>de</strong> Assinantes (RITA) 808244156<br />

Serviço Informativo 118<br />

SOLUÇÕES DA EDIÇÃO PASSADA<br />

PALAVRAS CRUZADAS:<br />

Horizontais: 1 - UFANA. ECOAR. 2 -<br />

SABE. S. ONZE. 3 - ARA. ECO. AOS. 4<br />

- IODAM. REGIO. 5 - LIMPADURA. 6 -<br />

G. ABA. ERA. A. 7 - OO. OPINO. IV. 8 -<br />

ABUSA. ASADO. 9 - ID. RAS. BA. 10 -<br />

ICOR. C. RADA. 11 - CESAR. AUREA.<br />

Verticais: 1 - USAI. GOA. IC. 2 -<br />

FAROL. OBICE. 3 - ABADIA. UDOS. 4 -<br />

NE. AMBOS. RA. 5 - A. EMPAPAR. R. 6<br />

- SC. A. I. AC. 7 - E. ORDENAS. A. 8 -<br />

CO. EUROS. RU. 9 - ONAGRA. ABAR.<br />

10 - AZOIA. IDADE. 11 - RESO. AVO.<br />

AA.<br />

CRUZADEX<br />

Nome |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| Data <strong>de</strong> nascimento |__|__| —|__|__|—|__|__|__|__|<br />

Mora<strong>da</strong> |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

Código Postal |__|__|__|__| -|__|__|__| Locali<strong>da</strong><strong>de</strong> |_|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

País |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| Telefone |_|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

Número contribuinte |__|__|__|__|__|__|__|__|__| Profissão |_|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

N.º elementos agregado familiar |__|__| Habilitações Literárias |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />

Junto envio cheque/vale postal nº |__|__|__|__|__|__|__|__|__| no valor <strong>de</strong> €25 (Portugal), €27 (outros países <strong>da</strong><br />

Europa), €30 (outros países do Mundo)<br />

emitido à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jorlis, L<strong>da</strong>., para pagamento <strong>da</strong> minha assinatura anual do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (renovável<br />

anualmente, salvo indicações em contrário).<br />

Assinatura __________________________________________________________________________________


O TEMPO<br />

Sexta-feira Sábado Domingo<br />

12 C<br />

7 C<br />

7 C<br />

chuva<br />

3 C<br />

encoberto<br />

1 C<br />

encoberto<br />

3 C<br />

""O mundo avança na medi<strong>da</strong> em que se pergunta"" Agostinho <strong>da</strong> Silva<br />

Campanha <strong>da</strong> Valorlis a favor <strong>da</strong> Liga dos Amigos do Hospital<br />

Embalagens “transforma<strong>da</strong>s”<br />

em equipamento hospitalar<br />

Recolher pelo menos mil tonela<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong> embalagens é a meta traça<strong>da</strong> pela<br />

Valorlis para a campanha “On<strong>de</strong> está o<br />

plástico? E as latas” é o nome <strong>da</strong> campanha<br />

lança<strong>da</strong> ontem pela Valorlis, que<br />

preten<strong>de</strong> recolher, pelo menos, aquela<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> embalagens, até Novembro<br />

<strong>de</strong>ste ano. <strong>Os</strong> valores angariados<br />

com a reciclagem do material serão<br />

convertidos em equipamentos médicos,<br />

para oferecer à Liga dos Amigos<br />

do Hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (LAHL).<br />

Um dos momentos altos <strong>da</strong> campanha<br />

<strong>de</strong>correrá em Maio e Junho, com<br />

a realização <strong>de</strong> uma “para<strong>da</strong> do plástico”.<br />

Durante os dois meses, animadores<br />

percorrerão as principais ruas dos<br />

concelhos que integram a Valorlis (Batalha,<br />

<strong>Leiria</strong>, Marinha Gran<strong>de</strong>, Ourém,<br />

Pombal e Porto <strong>de</strong> Mós), batendo às<br />

portas <strong>da</strong>s habitações para pedir embalagens<br />

às pessoas.<br />

Segundo Paula Silveira, coor<strong>de</strong>nadora<br />

<strong>da</strong> campanha, está também previsto<br />

o lançamento <strong>de</strong> um jogo na página<br />

<strong>da</strong> internet <strong>da</strong> Valorlis, <strong>de</strong>stinado<br />

aos mais novos. “Quem mais jogar e<br />

mais acertar, habilita a sua escola a<br />

receber material didáctico”, explica a<br />

responsável.<br />

Miguel Aran<strong>da</strong> <strong>da</strong> Silva, administrador<br />

<strong>de</strong>legado <strong>da</strong> Valorlis, esclarece<br />

que a campanha visa também aumentar,<br />

em cerca <strong>de</strong> 30 por cento, a recolha<br />

<strong>de</strong> embalagens, um tipo <strong>de</strong> resíduos<br />

on<strong>de</strong> os resultados <strong>da</strong> empresa estão 15<br />

por cento abaixo <strong>da</strong>s metas <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s<br />

pelo Governo e pela União Europeia.<br />

A lista <strong>de</strong> equipamentos médicos a<br />

adquirir está a ser elabora<strong>da</strong> pela LAHL,<br />

em colaboração com a administração<br />

do hospital, adianta Lur<strong>de</strong>s Zuquete,<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong> Liga. Segundo<br />

a responsável, as ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>s,<br />

an<strong>da</strong>rilhos, camas articula<strong>da</strong>s e canadianas<br />

são as principais solicitações feitas<br />

pelos doentes à instituição. ■<br />

Processo Apito Dourado está concluído<br />

Damasceno saberá esta semana se é ou não acusa<strong>da</strong><br />

Em vigor a partir <strong>de</strong> quinta-feira em <strong>Leiria</strong><br />

Pagar para estacionar na Rua Machado dos Santos<br />

É já a partir <strong>de</strong> quinta-feira que o<br />

estacionamento na Rua Machado dos<br />

Santos, em <strong>Leiria</strong> passará a ser pago<br />

(80 cêntimos/hora).<br />

A Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

explica em comunicado, que as obras<br />

<strong>de</strong> requalificação <strong>da</strong> Aveni<strong>da</strong> dos<br />

Ministro <strong>da</strong> República nos Açores<br />

Laborinho <strong>de</strong>ixa o cargo<br />

Laborinho Lúcio, ministro <strong>da</strong> República para os Açores,<br />

anunciou que não exercerá um segundo man<strong>da</strong>to,<br />

mesmo que seja convi<strong>da</strong>do por Cavaco Silva, <strong>de</strong><br />

cujo governo foi ministro <strong>da</strong> Justiça. Natural <strong>da</strong> Nazaré,<br />

Laborinho Lúcio manifestou publicamente a sua<br />

indisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para se manter no cargo após as<br />

alterações verifica<strong>da</strong>s na revisão constitucional <strong>de</strong> 2004,<br />

nomea<strong>da</strong>mente com a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> estatuto, passando<br />

a <strong>de</strong>signar-se por representante <strong>da</strong> República, com<br />

po<strong>de</strong>res mais limitados. Há quem sustente que a <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> Laborinho Lúcio tenha a ver com a hipótese <strong>de</strong><br />

vir a ser nomeado procurador-geral <strong>da</strong> República. ■<br />

RICARDO GRAÇA<br />

Mil tonela<strong>da</strong>s é o objectivo<br />

Isabel Damasceno <strong>de</strong>verá ser notifica<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão do Ministério Público<br />

nos próximos dias, no âmbito do processo<br />

“Apito Dourado”. A presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi constituí<strong>da</strong> argui<strong>da</strong><br />

por um crime <strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> influências<br />

e saberá esta semana se o seu processo<br />

será arquivado ou se segue para<br />

tribunal.<br />

O Ministério Público <strong>de</strong> Gondomar,<br />

que já concluiu a investigação sobre as<br />

alega<strong>da</strong>s práticas <strong>de</strong> corrupção e tráfico<br />

<strong>de</strong> influências no futebol português,<br />

enviou para a comarca <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> os autos<br />

<strong>de</strong>ste processo, <strong>da</strong><strong>da</strong> a sua incompetência<br />

territorial para <strong>de</strong>duzir à acusação.<br />

As provas contra Isabel Damasceno<br />

po<strong>de</strong>rão não ser relevantes ou<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s para efeitos do processo,<br />

cenário em que não haverá julgamento.<br />

Caso o Ministério Público consi<strong>de</strong>re<br />

que as provas recolhi<strong>da</strong>s são fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>s,<br />

a autarca terá <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />

perante o juiz do processo.<br />

Na base <strong>da</strong>s investigações <strong>da</strong> Polícia<br />

Judiciária esteve uma alega<strong>da</strong><br />

escuta telefónica comprometedora<br />

entre Isabel Damasceno e Pinto <strong>de</strong><br />

Sousa, presi<strong>de</strong>nte suspenso do Conselho<br />

<strong>de</strong> Arbitragem <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Futebol, sócio <strong>de</strong> uma<br />

empresa do ramo automóvel em <strong>Leiria</strong><br />

e um dos principais arguidos no<br />

processo “Apito Dourado”. ■<br />

RRR<br />

Combatentes <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Guerra obrigaram<br />

a suprimir vários lugares <strong>de</strong><br />

estacionamento. A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cumprir o contrato entre a Câmara<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e a SPEL – Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Parques <strong>de</strong> Estacionamento, S.A., que<br />

prevê 140 lugares pagos à superfície<br />

no âmbito <strong>da</strong> construção do parque<br />

subterrâneo <strong>da</strong> Fonte Luminosa<br />

é a justificação avança<strong>da</strong> pela autarquia.<br />

<strong>Os</strong> resi<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> Rua Machado dos<br />

Santos terão direito a cartão <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte.<br />

■<br />

Pedi<strong>da</strong> anulação <strong>da</strong> constituição do UDL-SAD<br />

Julgamento <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 15 dias<br />

O início do julgamento <strong>da</strong> acção que Artur Meneses, antigo<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Assembleia Geral do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, interpôs pedindo<br />

a anulação <strong>da</strong> constituição <strong>da</strong> SAD do UDL, está marcado para<br />

o próximo dia 15. O processo será julgado no terceiro juízo cível<br />

do tribunal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Entretanto, <strong>de</strong>corre um outro processo no 2º<br />

juízo <strong>da</strong>quele tribunal. A primeira sessão estava agen<strong>da</strong><strong>da</strong> para o<br />

passado dia 23, mas foi adia<strong>da</strong> para Janeiro <strong>de</strong> 2007. Nesta acção,<br />

Artur Meneses reclama o pagamento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 700 mil euros<br />

que terá emprestado ao clube. Paralelamente, o ex-dirigente pediu<br />

o arresto dos passes <strong>de</strong> jogadores <strong>da</strong> União, como forma <strong>de</strong> obter<br />

uma garantia para sal<strong>da</strong>r a dívi<strong>da</strong>. No entanto, esses atletas já saíram<br />

do clube, sem que Meneses tenha recebido qualquer verba.■<br />

O P I N I Ã O<br />

| Cem anos |<br />

Foi no dia 13 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1906<br />

que nasceu Agostinho <strong>da</strong> Silva, tendo<br />

vivido os primeiros anos <strong>da</strong> sua<br />

vi<strong>da</strong> em Barca d'Alva, no interior norte<br />

<strong>de</strong> Portugal, junto à fronteira com<br />

Espanha. Estudou <strong>de</strong>pois no Porto,<br />

on<strong>de</strong> fez os estudos liceais, doutorando-se<br />

muito cedo com distinção<br />

na Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras, on<strong>de</strong> tinha<br />

cursado Filologia Clássica com vista a ser o professor<br />

que sempre foi. Entra na filosofia por influência também<br />

<strong>de</strong> um dos mais insígnes filósofos e pe<strong>da</strong>gogos<br />

portugueses do século XX, que foi Leonardo <strong>de</strong> Coimbra,<br />

seu mestre na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Desgostoso por ter sido<br />

extinta a Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras on<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>u e aguilhotinado<br />

por outras limitações que o regime <strong>de</strong> então<br />

impunha, <strong>de</strong>ixou o país e partiu para o Brasil on<strong>de</strong> ficou<br />

durante déca<strong>da</strong>s, apesar <strong>da</strong>s muitas "surti<strong>da</strong>s" que fez<br />

durante esse período a outros continentes e países,<br />

incluindo África e Timor. Regressou a Portugal já <strong>de</strong>pois<br />

do 25 <strong>de</strong> Abril, morrendo no domingo <strong>de</strong> Páscoa <strong>de</strong><br />

1994.<br />

No Brasil ajudou a fun<strong>da</strong>r universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e criou centros<br />

<strong>de</strong> estudos para divulgação <strong>de</strong> África, <strong>da</strong> cultura e<br />

<strong>da</strong> língua portuguesa, na perspectiva <strong>de</strong> cruzar Portugal<br />

com África e Brasil, sonho que sempre o inspirou.<br />

Por influência disso, o Presi<strong>de</strong>nte do Senegal, Léopold<br />

Senghor, <strong>de</strong>cretou a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong>, em 1960, <strong>de</strong> se<br />

apren<strong>de</strong>r português nos liceus do país. Talvez por isso,<br />

também ain<strong>da</strong> hoje lá estu<strong>da</strong>m a língua <strong>de</strong> Camões cerca<br />

<strong>de</strong> 8.000 alunos. Agostinho <strong>da</strong> Silva falava com<br />

fluência 15 línguas e idiomas, sabia Matemática, Física<br />

e Biologia, gostava <strong>da</strong> escrita, <strong>de</strong> poesia e <strong>da</strong> Filosofia.<br />

Amava principalmente a vi<strong>da</strong>. Admirava Camões e<br />

o Padre António Vieira, e seguia <strong>de</strong> perto o melhor que<br />

Fernando Pessoa fazia, especialmente quando sobre<br />

Portugal escrevia. Empolgava-o o sonho do 5º Império<br />

e o culto do Espírito Santo.<br />

Conheci-o quando muitos outros portugueses pu<strong>de</strong>ram<br />

ouvir-lhe as “Conversas Vadias", um conjunto <strong>de</strong><br />

entrevistas que conce<strong>de</strong>u a diferentes jornalistas na televisão<br />

no final dos anos 80. Prendiam-me a sua interpretação<br />

do sentido <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e o entusiasmo e optimismo<br />

com que olhava para Portugal e para o mundo. <strong>Os</strong><br />

seus livros foram minhas afectuosas companhias <strong>de</strong><br />

muitas viagens.<br />

Conheci-o tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais, numa altura em que já não<br />

me podia livrar <strong>de</strong> muitas “prisões" que antes, por vonta<strong>de</strong><br />

ou <strong>de</strong>stino, tinha empreendido. Mas, como noutras<br />

circunstâncias, antes tar<strong>de</strong> que nunca. Agostinho<br />

<strong>da</strong> Silva, quando questionado sobre o medo <strong>de</strong> morrer,<br />

dizia que nem sequer sabia se morria, apenas acreditava<br />

que o seu corpo um dia <strong>de</strong>sapareceria. De facto,<br />

Agostinho <strong>da</strong> Silva, sábio, utópico, visionário, generoso,<br />

sol<strong>da</strong>do e poeta, sonhador e empreen<strong>de</strong>dor, continua<br />

vivo. Se assim não fosse, não haveria tanto entusiasmo<br />

e sau<strong>da</strong><strong>de</strong> na comemoração do 100º aniversário<br />

do seu nascimento. Como acontece com outros raros<br />

homens, a sua dimensão afectiva e espiritual estará ca<strong>da</strong><br />

vez mais viva entre nós. E ele também.<br />

Obrigado meu amigo. À minha volta todos continuam<br />

a gostar <strong>de</strong> si. O seu exemplo estimula-nos e faz-<br />

-nos perceber que há muito mais vi<strong>da</strong> para além <strong>da</strong>quilo,<br />

que mais facilmente se tem, ou se vê.<br />

SUGESTÕES DE LEITURA QUE PODE ENCONTRAR<br />

NA LIVRARIA ARQUIVO<br />

● "A Transformação <strong>da</strong> Política" <strong>de</strong> Daniel Innerarity<br />

● " O Império acabou. E agora?" <strong>de</strong> Agostinho <strong>da</strong> Silva<br />

● "<strong>Os</strong> 50 gurus <strong>da</strong> gestão para o século XXI" <strong>de</strong> Jorge Nascimento<br />

Rodrigues, Jaime Fi<strong>da</strong>lgo, Catarina Nunes e Ruben Eiras<br />

José Ribeiro Vieira<br />

jose.r.vieira@movicortes.pt

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