Os caminhos da reforma - Jornal de Leiria
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O S E M A N Á R I O D A R E G I Ã O E D O D I S T R I T O<br />
Semanário Regional | Director Arnaldo Sapinho | Directores - Adjuntos Anabela Frazão e João Nazário<br />
Ano XVI | Edição 1125| 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | Preço 1 Euro IVA incluído | JORLIS-Edições e Publicações, L<strong>da</strong>.<br />
Rua Coman<strong>da</strong>nte João Belo, nº 31 Apt.1098 2401-801 <strong>Leiria</strong> | Tel 244800400 | Fax 244800401 | geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt | www.jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />
Câmara e proprietários próximos do entendimento<br />
Ferro-velho vai sair<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
A maior e mais antiga sucata <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, situa<strong>da</strong> na Rua Paulo VI, será <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong> para uma <strong>da</strong>s zonas industriais<br />
do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Fonte <strong>da</strong> Câmara Municipal confirma que as negociações com o proprietário<br />
<strong>de</strong>correm há vários meses e que já lhe foi apresentado um local <strong>de</strong>finitivo para a mu<strong>da</strong>nça, estando o executivo<br />
à espera <strong>de</strong> um acordo para avançar. PÁGINA 7<br />
<strong>Os</strong> <strong>caminhos</strong> <strong>da</strong> <strong>reforma</strong><br />
João Goulão, presi<strong>de</strong>nte do IDT<br />
Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
que procuram aju<strong>da</strong><br />
têm aumentado<br />
bastante<br />
PÁGINAS 14 E 15<br />
Ourém<br />
Água tem níveis<br />
<strong>de</strong> radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
acima do normal<br />
RICARDO GRAÇA<br />
PÁGINAS 4 E 5<br />
Promotores acusam autarquia <strong>de</strong> criar falsas expectativas<br />
Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> quer centro comercial<br />
entre mercado municipal e estádio<br />
PÁGINA 19<br />
PÁGINA 9<br />
Mozart<br />
O amado dos <strong>de</strong>uses<br />
Coelho e Castro em ruptura<br />
Vereador <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
do PS ameaça<br />
<strong>de</strong>mitir-se<br />
PÁGINA 13<br />
SUPLEMENTO VIVER
2 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />
EDITORIAL<br />
| C a r t o o n |<br />
Reformados<br />
activos<br />
Devido à ameaça <strong>de</strong> falência<br />
<strong>da</strong> Segurança Social, a <strong>reforma</strong><br />
chega agora mais tar<strong>de</strong>.<br />
Muita gente se levantou indigna<strong>da</strong><br />
contra o prolongamento<br />
<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> activa, alguns com<br />
razão.<br />
A <strong>reforma</strong> tantas vezes <strong>de</strong>seja<strong>da</strong><br />
quando o cansaço ou os<br />
problemas aparecem no trabalho<br />
acaba por ser a causa<br />
<strong>de</strong> muitas <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s no<br />
Outono <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Aos primeiros<br />
meses <strong>de</strong> euforia em que<br />
se faz aquilo que durante anos<br />
se <strong>de</strong>sejou, como viajar, dormir<br />
até mais tar<strong>de</strong>, almoçar<br />
sem o tempo contado ou dormir<br />
uma sesta a meio <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>,<br />
seguem-se, para muitos,<br />
anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> vazia, sem <strong>de</strong>safios,<br />
sem emoções, sem responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Passa a ser<br />
uma vi<strong>da</strong> sem objectivos e sem<br />
alma. Sem baixos que valorizem<br />
os altos. Começa a <strong>da</strong>rse<br />
importância a coisas pequenas,<br />
a valorizar problemas<br />
mínimos, a ter tempo <strong>de</strong> mais<br />
e temas <strong>de</strong> menos para pensar.<br />
Muitas vezes surgem<br />
<strong>de</strong>pressões ou nota-se um aceleramento<br />
no envelhecimento.<br />
Está provado que a activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
intelectual e física são<br />
fun<strong>da</strong>mentais para a manutenção<br />
<strong>da</strong> vitali<strong>da</strong><strong>de</strong> do corpo<br />
e <strong>da</strong> mente.<br />
Quem se <strong>de</strong>ixa cair neste tipo<br />
<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> torna-se muitas vezes<br />
num problema para as pessoas<br />
mais próximas e para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
em geral. As doenças aparecem<br />
mais facilmente aumentando<br />
a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> acompanhamento.<br />
Há, no entanto, quem encare<br />
essa fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma forma<br />
mais positiva, recusando-<br />
-se a <strong>de</strong>ixar simplesmente que<br />
os dias passem. Voluntariado<br />
em associações, retorno aos<br />
bancos <strong>da</strong>s escolas para apren<strong>de</strong>r<br />
o que não foi possível noutras<br />
fases <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, nova activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
profissional, ou mesmo<br />
o adiar <strong>da</strong> <strong>reforma</strong>, continuando<br />
a exercer a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sempre,<br />
são formas <strong>de</strong> continuar<br />
com uma vi<strong>da</strong> activa e preenchi<strong>da</strong>,<br />
por vezes mais saudável<br />
do que a que se tinha antes.<br />
Numa altura em que tanto se<br />
fala do peso <strong>da</strong>s <strong>reforma</strong>s para<br />
as contas do Estado e <strong>da</strong> diminuição<br />
<strong>de</strong> trabalhadores activos<br />
por <strong>reforma</strong>do, quem se<br />
encontra nessa situação po<strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>r um contributo importante<br />
para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, rejeitando<br />
o sofá ou os bancos dos<br />
jardins. O mais beneficiado<br />
será, no entanto, o próprio<br />
indivíduo, que <strong>de</strong>ssa forma<br />
<strong>da</strong>rá vi<strong>da</strong> aos anos, vivendo<br />
<strong>de</strong> forma mais entusiasmante<br />
o tempo que po<strong>de</strong>rá ain<strong>da</strong><br />
viver.■<br />
Tome-se uma folha avulsa. Não importa a origem ou quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do papel. Tão pouco o estado. Para o efeito a que se <strong>de</strong>stina,<br />
qualquer uma serve. Exige-se, apenas, que nela esteja transcrita<br />
uma história. De vi<strong>da</strong>. Ou <strong>de</strong> sobrevivência. Tanto faz.<br />
Indispensável, apenas, que tenha ain<strong>da</strong> um pouco <strong>de</strong> espaço<br />
em branco. Não muito. O bastante para escrever algumas apreciações<br />
mais. Talvez mesmo uns esquissos, um ou outro rabisco<br />
involuntário <strong>de</strong> mão <strong>de</strong>satenta.<br />
É fun<strong>da</strong>mental que se não perca a noção <strong>de</strong> que o todo é diferente<br />
<strong>da</strong> soma <strong>da</strong>s partes, pelo que os acréscimos distraídos <strong>de</strong><br />
última hora não <strong>de</strong>verão nunca ser tomados como levian<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
quem se serve <strong>da</strong> folha por uma última vez. Antes se <strong>de</strong>ve atentar<br />
pormenoriza<strong>da</strong>mente a eles, que o espaço em branco<br />
lhes estava reservado, que os <strong>de</strong>senhos e palavras a tinta<br />
apostos surgiram porque a folha ali estava disponível para<br />
a função, que irromperam porque o antes existia e o <strong>de</strong>pois<br />
é sua consequência in<strong>de</strong>lével.<br />
Assim se cumpre o <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong> uma folha <strong>de</strong> papel. De<br />
branco nasci<strong>da</strong> para que nela se escreva a memória <strong>da</strong>s<br />
coisas. E porque ca<strong>da</strong> folha é única cui<strong>da</strong>-se para que nela<br />
se reproduza apenas o essencial. O que mais tar<strong>de</strong><br />
terá mérito e cabimento para ser recor<strong>da</strong>do. E<br />
o escrito <strong>de</strong> outrora mais o anotado do presente<br />
| I m p r e s s õ e s |<br />
Amarrotado <strong>de</strong> papel<br />
João Lázaro*<br />
S U M Á R I O<br />
Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
A construção <strong>de</strong> uma se<strong>de</strong>,<br />
com um espaço <strong>de</strong>stinado a<br />
Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres,<br />
é um dos projectos que a<br />
Associação Social, Recreativa<br />
e Cultural Cigana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
(Ciglei) preten<strong>de</strong> concretizar<br />
nos próximos anos. Tirar<br />
crianças ciganas <strong>da</strong>s feiras é<br />
um dos objectivos. página 7<br />
A mais antiga sucata <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>, situa<strong>da</strong> na Rua Paulo<br />
VI, será <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong> para<br />
uma <strong>da</strong>s zonas industriais<br />
do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
Fonte <strong>da</strong> Câmara Municipal<br />
confirma que as negociações<br />
com o proprietário<br />
<strong>de</strong>correm há vários meses e<br />
que já lhe foi apresentado<br />
um local <strong>de</strong>finitivo para a<br />
mu<strong>da</strong>nça, estando o<br />
executivo à espera <strong>de</strong> um<br />
acordo para avançar.<br />
página 7<br />
O serviço <strong>de</strong> Pediatria do<br />
Hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está<br />
dotado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> terça-feira, <strong>de</strong><br />
um sistema <strong>de</strong> protecção<br />
electrónico <strong>de</strong> crianças e<br />
posicionamento local,<br />
<strong>de</strong>nominado Baby Match, que<br />
aju<strong>da</strong>rá a prevenir eventuais<br />
raptos. página 11<br />
Política<br />
Américo Coelho <strong>de</strong>verá<br />
abandonar as funções <strong>de</strong><br />
vereador do PS <strong>da</strong> Câmara<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> por alega<strong>da</strong>mente<br />
ter entrado em rota <strong>de</strong><br />
colisão com o colega <strong>de</strong><br />
banca<strong>da</strong>, Raul Castro. "Já<br />
falei com o PS. A <strong>de</strong>silusão é<br />
total. Não resolveram na<strong>da</strong>,<br />
se fun<strong>de</strong>m em coisa única na expectativa <strong>de</strong> existir mais além.<br />
Que mesmo a mais humil<strong>de</strong> e banal folha <strong>de</strong> papel se po<strong>de</strong> transfigurar,<br />
pelo fim <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, em dobragem feita avião lançado ao<br />
acaso ou mesmo em barquito <strong>de</strong> navegar sarjetas.<br />
Por vezes a vi<strong>da</strong> (ou a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a termos vivido conforme<br />
o <strong>de</strong>sejado) leva-nos a crer na quimera <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rmos reescrever<br />
a nossa história, tantas vezes quantas as necessárias para<br />
que saia perfeita. Contudo, no esforço <strong>de</strong> a querermos redigir irrepreensivelmente<br />
acabamos, por vezes, por gastar o tempo todo <strong>da</strong><br />
própria vi<strong>da</strong> numa tarefa sem fim. E <strong>de</strong>ixamos a vi<strong>da</strong> passar por<br />
nós. E servimo-nos <strong>da</strong>s folhas uma após outra, como se, pelo que<br />
nelas escrevemos, fosse possível encontrar a razão que buscamos<br />
por <strong>de</strong>ntro.<br />
Há folhas que se abandonam por falta <strong>de</strong> préstimo.<br />
Outras porque sabemos <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais que por aí abun<strong>da</strong>m.<br />
Há folhas, também, que amarrotamos <strong>de</strong> modo precipitado.<br />
Sem o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> reparar que nelas escrevemos partes<br />
importantes <strong>de</strong> uma história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Sem aten<strong>de</strong>rmos<br />
ao valor <strong>da</strong> própria folha. Amarrotado <strong>de</strong> papel que lançamos<br />
ao lixo. Irreparável. Que uma folha amarrota<strong>da</strong><br />
mantém gravado o que nela foi escrito, mas jamais<br />
voltará a ter o toque macio <strong>de</strong> uma superfície. ■<br />
* Psicólogo Clínico<br />
chutaram para canto",<br />
confessa o eleito socialista<br />
ao JORNAL DE LEIRIA.<br />
página 13<br />
Economia<br />
Eram 27 operários, mas só<br />
15 aguentaram até ao<br />
último dia <strong>da</strong> fábrica<br />
Porcelania, em Évora <strong>de</strong><br />
Alcobaça. A uni<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />
Grupo Fapor fechou as<br />
portas na terça-feira. Nos<br />
olhos <strong>de</strong> Elvira Mendonça<br />
Santos adivinhava-se a<br />
tristeza <strong>de</strong> abandonar a<br />
fábrica 11 anos <strong>de</strong>pois do<br />
primeiro dia <strong>de</strong> trabalho.<br />
página 20<br />
Desporto<br />
O <strong>de</strong>fesa central Hugo Costa<br />
e o extremo esquerdo<br />
Hadson foram os últimos<br />
reforços do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
para esta tempora<strong>da</strong>. O<br />
médio-<strong>de</strong>fensivo Néné foi<br />
emprestado ao Desportivo<br />
<strong>da</strong>s Aves até ao final <strong>da</strong><br />
época. página 24<br />
Viver<br />
Wagner disse: "O maior dos<br />
génios [Deus] louvou Mozart<br />
acima <strong>de</strong> todos os maestros, <strong>de</strong><br />
todos os tempos e <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as<br />
artes". Charles Gounod<br />
confessou: "Perante Mozart,<br />
to<strong>da</strong> a minha ambição se<br />
transforma em pesa<strong>de</strong>lo".<br />
Arthur Miller consi<strong>de</strong>rava-o: "A<br />
felici<strong>da</strong><strong>de</strong> antes <strong>de</strong> ter sido<br />
conheci<strong>da</strong>" e Einstein referiu-se<br />
a ele como "O maior <strong>de</strong> todos os<br />
compositores". Wolfgang<br />
Ama<strong>de</strong>us Mozart nasceu há<br />
250 anos... páginas 2 e 3
Forum<br />
j o r n a l d e l e i r i a<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 3<br />
Facto <strong>da</strong> semana<br />
Câmara lança concurso internacional<br />
para shopping em <strong>Leiria</strong><br />
A Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> lançou, contra to<strong>da</strong>s<br />
as expectativas, um concurso internacional para a<br />
construção do centro comercial regional na zona<br />
entre o mercado municipal e o estádio. Esta <strong>de</strong>cisão,<br />
<strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> por Herculano Cachinho no "Estudo <strong>de</strong><br />
avaliação dos Impactos dos centros comerciais na<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>", na qual o Liz Shopping era indicado<br />
como a melhor <strong>da</strong>s três soluções, é justifica<strong>da</strong><br />
com a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> instalar o empreendimento<br />
num local que não penalize o comércio do centro.<br />
Como comenta a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> autarquia?<br />
RICARDO GRAÇA<br />
Depoimentos<br />
Pedro Faria<br />
presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
Nerlei<br />
Aquilo que interessa em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do distrito<br />
é que haja um centro comercial <strong>de</strong> dimensão razoável em <strong>Leiria</strong><br />
como indicam os estudos feitos. Ficar mais à esquer<strong>da</strong> ou mais<br />
à direita não é importante do ponto <strong>de</strong> vista do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
económico <strong>da</strong> região. Já o mesmo não se po<strong>de</strong> dizer em relação<br />
às consequências <strong>da</strong> sua localização, que po<strong>de</strong>m ser funestas<br />
para os comerciantes do centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> zona histórica. Sendo<br />
assim, a Câmara tomou uma boa <strong>de</strong>cisão, porque quanto mais<br />
estiver no centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> menos prejudica o comércio e até po<strong>de</strong><br />
haver sinergias entre uma coisa e outra. A escolha <strong>da</strong>quele local<br />
tem todo o nosso apoio.<br />
António<br />
Soares<br />
empresário<br />
Segundo Herculano Cachinho, o local i<strong>de</strong>al seria o Jardim Luís <strong>de</strong><br />
Camões. Nós <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos a Rodoviária <strong>de</strong>vido à sua centrali<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois<br />
criaria alguma sinergia à volta do próprio centro. Também não sabemos<br />
se o centro comercial será <strong>de</strong> média dimensão ou se será um megacentro,<br />
tipo Alma<strong>da</strong> ou Coimbra. Se for <strong>de</strong> média dimensão, tipo Aveiro<br />
ou Viseu, po<strong>de</strong>rá ser um bom complemento ao comércio tradicional.<br />
Mas se a dimensão for excessiva funcionará como aspirador ao próprio<br />
centro, o que é negativo, mesmo naquele local. Defen<strong>de</strong>mos um<br />
projecto <strong>de</strong> média dimensão e equilibrado, se possível na Rodoviária,<br />
ao nível <strong>de</strong> um "Dolce Vita" <strong>de</strong> Coimbra ou <strong>da</strong>s Antas. Vejo com bons<br />
olhos essa aproximação ao centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou então o mais longe<br />
possível.<br />
Concordo perfeitamente. Quanto mais perto estiver do centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
mais vai reforçar a centrali<strong>da</strong><strong>de</strong> que a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> tem. As lojas continuarão<br />
a competir umas com as outras, vai haver nova concorrência<br />
e mais clientela aumentando as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio, criando-se<br />
sinergias com esta complementari<strong>da</strong><strong>de</strong>. Quanto ao local não estou a<br />
ver mais nenhum com aquela dimensão. Vamos ter uma infra-estrutura<br />
transforma<strong>da</strong>, a médio prazo, num ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro centro comercial<br />
regional. Já temos um na periferia. Porquê localizar dois na periferia?<br />
Quem quer ganhar o projecto, naturalmente vai ter em consi<strong>de</strong>ração<br />
algumas características arquitectónicas do ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong><br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> paisagística. Não tenho dúvi<strong>da</strong>s que vai ser do agrado <strong>da</strong><br />
maioria dos consumidores <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e <strong>da</strong> região<br />
Pontos <strong>de</strong> vista<br />
Estou satisfeito<br />
porque a<br />
Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
pôs <strong>de</strong> parte<br />
os projectos<br />
inicialmente<br />
previstos.<br />
Quanto ao local<br />
projectado, não concordo,<br />
embora as contraparti<strong>da</strong>s sejam<br />
boas. Há constrangimentos ao<br />
nível do trânsito, não vai beneficiar<br />
o comércio <strong>da</strong> parte velha<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, antes pelo contrário.<br />
Defendo o <strong>de</strong>senvolvimento harmónico<br />
do comércio <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e que as periferias se possam<br />
<strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong> forma equilibra<strong>da</strong>.<br />
Na minha opinião seria<br />
mais no centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, se possível<br />
junto <strong>da</strong> Rodoviária. E <strong>da</strong>qui<br />
a mais uns tempos, após a reabilitação<br />
<strong>da</strong> parte velha <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
então po<strong>de</strong>r-se-ia pensar num<br />
gran<strong>de</strong> centro comercial na periferia,<br />
e forma a criar-se outra<br />
centrali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
António Fernan<strong>de</strong>s<br />
comerciante em <strong>Leiria</strong><br />
A i<strong>de</strong>ia do<br />
centro comercial<br />
é positiva.<br />
A centrali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
é uma questão<br />
menos prejudicial<br />
para o centro<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
A nova proposta, entre o estádio<br />
municipal e o rio, faz cair <strong>de</strong><br />
vez a questão do estádio. Continuamos,<br />
contudo, à espera <strong>de</strong><br />
ver ali uma zona <strong>de</strong>sportiva. As<br />
questões fulcrais, agora, serão<br />
as acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e as contraparti<strong>da</strong>s<br />
para a zona urbaniza<strong>da</strong><br />
envolvente e para o centro<br />
histórico.<br />
Acácio <strong>de</strong> Sousa<br />
presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Adlei<br />
Herculano<br />
Cachinho<br />
Coor<strong>de</strong>nador<br />
do estudo sobre o<br />
impacte dos<br />
centros<br />
comerciais em<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Essa <strong>de</strong>liberação<br />
correspon<strong>de</strong><br />
a alguns<br />
enunciados <strong>de</strong><br />
Herculano<br />
Cachinho no<br />
seu estudo. Ao<br />
tomar esta<br />
posição, a autarquia está a acautelar<br />
uma visão estratégica para<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
José Vitorino Guerra<br />
Associação <strong>de</strong> Defesa<br />
do Centro Histórico, <strong>Leiria</strong><br />
Quanto mais perto ficar do centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> melhor é. A nossa<br />
opinião foi sempre ou bem <strong>de</strong>ntro ou bem fora. O meio termo<br />
seria mais complexo. Mas quem somos nós para <strong>da</strong>r opiniões? <strong>Os</strong><br />
políticos é que sabem. Esta solução pareceu-me o mal menor.<br />
Lamento que nunca tivéssemos sido chamados a <strong>da</strong>r sugestões<br />
sobre a localização do centro comercial e que as <strong>de</strong>cisões tivessem<br />
<strong>de</strong>morado tanto tempo a serem toma<strong>da</strong>s.<br />
Não concordo.<br />
Nesse local<br />
não há espaço<br />
para instalar um<br />
centro comercial.<br />
Depois <strong>de</strong><br />
se ter feito tantas<br />
asneiras no<br />
estádio não tem que se compensar<br />
uma coisa com a outra. Penso<br />
que a parte Norte <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, à<br />
beira <strong>da</strong> EN1, seria a melhor localização<br />
para um centro comercial,<br />
já que o promotor do projecto, o<br />
senhor Artur Meneses, apresentava<br />
contraparti<strong>da</strong>s para o centro<br />
histórico <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isso seria benéfico.<br />
Agora, entre o estádio e o<br />
mercado, nunca. Não tem sentido.<br />
É uma coisa <strong>de</strong>scabi<strong>da</strong>.<br />
António Rodrigues<br />
comerciante em <strong>Leiria</strong><br />
Carlos Caiado<br />
presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Acilis<br />
Todo e qualquer<br />
investimento<br />
feito em<br />
<strong>Leiria</strong> é benéfico<br />
para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>rá trazer<br />
emprego e<br />
mais <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Sou a favor. Até porque<br />
to<strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> média dimensão<br />
têm uma infra-estrutura do género,<br />
menos nós. No entanto, a construção<br />
do centro comercial não<br />
po<strong>de</strong> colocar em causa o funcionamento<br />
<strong>da</strong> zona histórica e as<br />
respectivas envolventes. Aproveitar<br />
a zona entre o estádio e o mercado<br />
po<strong>de</strong> ser uma solução interessante.<br />
Porque se for bem feito,<br />
até po<strong>de</strong>rá constituir uma ponte<br />
para o centro histórico. Tem é que<br />
ser bem feito e perto do centro <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Verónica Romão<br />
comerciante em <strong>Leiria</strong>
4 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006<br />
■ Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>■<br />
A VIDA DEPOIS DA REFORMA<br />
Encara<strong>da</strong> por uns como um período <strong>de</strong> angústia, a <strong>reforma</strong> po<strong>de</strong> também ser a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para<br />
a concretização <strong>de</strong> projectos que foram sendo adiados <strong>de</strong>vido ao emprego. Há quem se <strong>de</strong>dique a<br />
estu<strong>da</strong>r, outros a projectos <strong>de</strong> voluntariado ou a activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer. Existe também quem se<br />
recuse a parar e continue a exercer a profissão. É o caso <strong>de</strong> Correia Alexandre que, aos 85 anos,<br />
ain<strong>da</strong> dá consultas no centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Caranguejeira.<br />
Nem sempre a <strong>reforma</strong> é sinónimo<br />
<strong>de</strong> libertação em relação<br />
aos horários, compromissos e<br />
objectivos. Especialmente para<br />
as pessoas mais activas, <strong>de</strong>ixar<br />
<strong>de</strong> ter uma ocupação profissional<br />
po<strong>de</strong> traduzir-se em estados<br />
<strong>de</strong> irritação, angústia ou até<br />
<strong>de</strong>pressão.<br />
António Cabeço, psiquiatra,<br />
explica que habitualmente as pessoas<br />
quando se <strong>reforma</strong>m passam<br />
por uma fase em que se sentem<br />
satisfeitas por não terem<br />
horários e obrigações profissionais.<br />
Contudo, a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />
encontrar hobbies po<strong>de</strong> torná-las<br />
ansiosas, irritáveis ou gerar instabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
na família e entre os<br />
amigos. A reacção à falta <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong> conduzir mesmo ao<br />
isolamento e à <strong>de</strong>pressão.<br />
O psiquiatra esclarece, contudo,<br />
que apenas uma minoria <strong>da</strong>s<br />
pessoas que o procura encara a<br />
<strong>reforma</strong> com um sentimento <strong>de</strong><br />
inutili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou como se estivesse<br />
próximo do fim. Além <strong>de</strong> recomen<strong>da</strong>r<br />
que se mantenham activas,<br />
diz que há situações em que<br />
se torna inevitável recorrer a<br />
alguma medicação.<br />
“Em alguns casos, <strong>de</strong>mora o<br />
seu tempo. Tem que haver alguma<br />
paciência dos familiares e<br />
amigos , que muitas vezes querem<br />
soluções rápi<strong>da</strong>s. Muitas<br />
<strong>de</strong>ssas pessoas sofrem as consequências<br />
<strong>da</strong>s situações <strong>de</strong> stress,<br />
excesso <strong>de</strong> trabalho e preocupações<br />
que <strong>de</strong>ixam marcas a<br />
nível cerebral”, afirma António<br />
Cabeço.<br />
Segundo o psiquiatra, há ain<strong>da</strong><br />
um segundo grupo <strong>de</strong> pessoas<br />
que é obrigado a <strong>reforma</strong>r-se por<br />
invali<strong>de</strong>z, o que facilita o processo<br />
<strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação ao período<br />
<strong>de</strong> <strong>reforma</strong>, pois têm consciência<br />
que não conseguem recuperar<br />
as suas funções profissionais.<br />
Quer num caso quer noutro, António<br />
Cabeço <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o ditado<br />
“parar é morrer” é uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
VOLTAR À ESCOLA<br />
Apesar <strong>de</strong> ser ter <strong>reforma</strong>do<br />
há quase <strong>de</strong>z anos, O<strong>de</strong>te Faria,<br />
72 anos, continua a levantarse<br />
todos os dias às sete horas<br />
para “organizar” a sua vi<strong>da</strong>,<br />
antes <strong>de</strong> ir para as aulas na Aca<strong>de</strong>mia<br />
<strong>da</strong> Cultura. Para chegar<br />
a horas, sai <strong>de</strong> casa meia hora<br />
antes, já que se <strong>de</strong>sloca sempre<br />
a pé.<br />
Mas antes disso, O<strong>de</strong>te Faria<br />
tem pela frente uma manhã <strong>de</strong><br />
RICARDO GRAÇA<br />
Voluntariado e lazer são algumas <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s procura<strong>da</strong>s pelos <strong>reforma</strong>dos<br />
trabalho, pois faz questão <strong>de</strong> não<br />
<strong>de</strong>ixar na<strong>da</strong> para trás, para fazer<br />
uma <strong>da</strong>s coisas que lhe dá mais<br />
prazer. Depois <strong>da</strong>s orações, toma<br />
o pequeno almoço com o marido,<br />
arruma o quarto e sai para<br />
tomar café. Quando regressa a<br />
casa, almoça, arruma a cozinha<br />
e inicia a sua caminha<strong>da</strong> até ao<br />
Lar Nossa Senhora <strong>da</strong> Encarnação,<br />
on<strong>de</strong> funciona a Aca<strong>de</strong>mia<br />
<strong>da</strong> Cultura.<br />
Cabeleireira durante mais <strong>de</strong><br />
30 anos, O<strong>de</strong>te Faria não teve<br />
possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> prosseguir estudos<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> concluir a antiga<br />
quarta classe. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> alargar<br />
os seus conhecimentos <strong>de</strong>ixou-a<br />
entusiasma<strong>da</strong>. Mas confessa<br />
que antes <strong>de</strong> se inscrever,<br />
pon<strong>de</strong>rou bastante. “Tinha vergonha<br />
<strong>de</strong> não ter cultura, por<br />
não ter estudos. Foi um acto <strong>de</strong><br />
coragem.” Hoje, não dispensa a<br />
Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Cultura, on<strong>de</strong> se<br />
revela uma aluna interessa<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
“Além <strong>da</strong> minha família e<br />
dos meus amigos, é do que mais<br />
gosto.”<br />
O<strong>de</strong>te Faria encara a <strong>reforma</strong><br />
como uma “libertação” <strong>de</strong><br />
uma vi<strong>da</strong> muito cansativa. “Senti-me<br />
alivia<strong>da</strong>”, confessa. Mas<br />
o seu ritmo nem por isso abrandou.<br />
Faz caminha<strong>da</strong>s diárias e<br />
vai à ginástica duas vezes por<br />
semana. Apesar <strong>de</strong> frequentar<br />
as aulas, gosta <strong>de</strong> estar bem<br />
informa<strong>da</strong>. Porém, só liga a televisão<br />
<strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s 21:30 horas,<br />
porque diz que os noticiários a<br />
enfastiam. Esse período é aproveitado<br />
para ler. “Não sou pessoa<br />
<strong>de</strong> estar quieta.”<br />
O DRAMA DA<br />
INACTIVIDADE<br />
Antiga chefe <strong>da</strong> divisão financeira<br />
<strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Maria<br />
Simões, 77 anos, viveu o seu primeiro<br />
ano <strong>de</strong> <strong>reforma</strong> com muita<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>. A passagem à inactivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
coincidiu também com<br />
o ingresso na universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
neto mais velho, presença diária<br />
em casa e com quem mantinha<br />
um relacionamento bastante próximo.<br />
“<strong>Os</strong> primeiros meses foram<br />
dramáticos”, recor<strong>da</strong>.<br />
Depois <strong>da</strong> fase inicial em que<br />
se fechou em casa, Maria não<br />
baixou os braços e envolveu-se<br />
em várias projectos. De tal forma<br />
que hoje se queixa <strong>de</strong> falta<br />
<strong>de</strong> tempo. Frequenta a Aca<strong>de</strong>mia<br />
<strong>de</strong> Cultura, ouve música, lê “mais<br />
do que a visão permite” e é tesoureira<br />
do Centro <strong>de</strong> convívio <strong>da</strong><br />
terceira i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> freguesia. Um<br />
espaço on<strong>de</strong> diariamente se reúnem<br />
cerca <strong>de</strong> 30 <strong>reforma</strong>dos.<br />
Jogam às cartas, <strong>da</strong>nçam, fazem<br />
croché, conversam e combatem<br />
a solidão.<br />
Conceição Lopes, <strong>de</strong> 72 anos,<br />
é uma <strong>da</strong>s utentes do centro.<br />
Depois <strong>de</strong> déca<strong>da</strong>s a trabalhar<br />
como costureira, an<strong>da</strong>ndo <strong>de</strong> casa<br />
em casa, reformou-se aos 64 anos.<br />
Mas fez questão <strong>de</strong> não parar.<br />
Ain<strong>da</strong> hoje faz a sua roupa, com<br />
excepção dos casacos, passa horas<br />
<strong>de</strong> volta do croché e executa to<strong>da</strong>s<br />
tarefas domésticas na habitação.<br />
Apesar <strong>de</strong> estar habitua<strong>da</strong> a<br />
viver sozinha, a antiga costureira<br />
sentiu a falta do convívio que<br />
lhe era proporcionado pela profissão.<br />
E foi em busca <strong>de</strong> companhia<br />
que ingressou no centro.<br />
“Aqui sempre tenho com quem<br />
conversar, enquanto faço a minha<br />
ren<strong>da</strong>”, explica Conceição Lopes,<br />
que não entra nos bailes diários,<br />
organizados pelos utentes <strong>da</strong> instituição.<br />
“Todos os dias há <strong>da</strong>nça.<br />
Em tempos, <strong>de</strong>vido ao excesso<br />
<strong>de</strong> barulho, os bailaricos<br />
estiveram proibidos e quase que<br />
houve uma ‘revolução’. <strong>Os</strong> utentes<br />
fizeram um abaixo-assinado<br />
<strong>de</strong> protesto e a música voltou,<br />
mas em tom mais mo<strong>de</strong>rado”,<br />
conta Maria Simões.<br />
DAR CONSULTAS<br />
AOS 85 ANOS<br />
Até há poucos meses, António<br />
Correia Alexandre, 85 anos,<br />
era dos primeiros a chegar ao<br />
centro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Caranguejeira.<br />
Por volta <strong>da</strong>s seis <strong>da</strong> madruga<strong>da</strong>,<br />
o médico abria a porta aos<br />
pacientes mais madrugadores.
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 5<br />
Uma crise cardíaca, que o <strong>de</strong>ixou<br />
“às portas <strong>da</strong> morte”, obrigou-o<br />
a abran<strong>da</strong>r o ritmo. Hoje,<br />
levanta-se às sete e inicia as consultas<br />
às 9 horas. Aten<strong>de</strong> em<br />
média 15 utentes e às 14 horas<br />
já está a entrar no carro que o<br />
levará a percorrer várias empresas<br />
on<strong>de</strong> presta serviços <strong>de</strong> medicina<br />
e higiene no trabalho.<br />
“Antes <strong>da</strong> doença era eu que<br />
conduzia, mas agora disponibilizaram-me<br />
um motorista”, conta<br />
o clínico, que por volta <strong>da</strong>s 17<br />
horas, se senta à mesa do seu<br />
consultório para elaborar os relatórios<br />
referentes à medicina nas<br />
empresas. “A i<strong>da</strong><strong>de</strong> afastou os<br />
pacientes privados”, reconhece,<br />
assegurando, no entanto, que se<br />
sente na “plena posse” <strong>da</strong>s suas<br />
facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para exercer a activi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Caso contrário, diz, já se<br />
teria afastado, embora tema o<br />
dia em que isso aconteça. “Vai<br />
ser muito complicado encarar o<br />
dia em que tiver <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r à<br />
perguntar: o que vou fazer agora?”,<br />
admite, afirmando que o<br />
trabalho lhe tem <strong>da</strong>do saú<strong>de</strong>.<br />
FUGIR AOS BANCOS<br />
DE JARDIM<br />
Foi “sem dramas” que A<strong>de</strong>lino<br />
Simões <strong>de</strong>ixou, há quatro anos,<br />
a gerência <strong>de</strong> um balcão bancário,<br />
para se <strong>reforma</strong>r. Tinha 63<br />
anos e trabalhava em média 12<br />
horas por dia. Para evitar o “choque”,<br />
planeou ao pormenor o seu<br />
afastamento. Marcou uma viagem<br />
e visitas a amigos e familiares.<br />
De regresso a casa, passou a<br />
<strong>de</strong>dicar-se à bricolage, aprofundou<br />
os conhecimentos informáticas<br />
e tornou-se um utilizador<br />
regular <strong>de</strong> Internet. Descobriu<br />
ain<strong>da</strong> o prazer <strong>da</strong> escrita, iniciando<br />
a re<strong>da</strong>cção <strong>da</strong> biografia<br />
do seu pai, uma missão que lhe<br />
tem ocupado muitas horas, com<br />
a recolha <strong>de</strong> informação. “Passo<br />
horas a ouvi-lo”, conta ex-bancário,<br />
que, em 2003, esteve na<br />
fun<strong>da</strong>ção do Banco Alimentar <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>-Fátima, instituição a que<br />
actualmente presi<strong>de</strong>.<br />
“A vi<strong>da</strong> tem-me corrido relativamente<br />
bem e sinto-me realizado<br />
por <strong>da</strong>r algo <strong>de</strong> mim a<br />
outros menos bafejados pela sorte”,<br />
explica A<strong>de</strong>lino Simões, que,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>reforma</strong>do, impôs a si<br />
próprio levantar-se <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>s<br />
8:30 <strong>da</strong> manhã, hora a que normalmente<br />
entrava ao serviço no<br />
banco, para se convencer que<br />
“na<strong>da</strong> tinha a ver com a activi<strong>da</strong><strong>de</strong>”.<br />
Tem um lista <strong>de</strong> tarefas<br />
para <strong>de</strong>sempenhar ao longo do<br />
dia, estabelecendo priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />
<strong>de</strong> forma a não se sentir obrigado<br />
a cumpri-las na íntegra, e não<br />
dispensa as caminha<strong>da</strong>s diárias<br />
com a mulher.<br />
A <strong>reforma</strong> tem servido também<br />
para A<strong>de</strong>lino Simões pôr fim<br />
a “alguns <strong>de</strong>scuidos” com a saú<strong>de</strong>,<br />
resolvendo situações que foi<br />
adiando, por alega<strong>da</strong> falta <strong>de</strong><br />
tempo. “Procuro ocupar-me o<br />
máximo possível, com coisas que<br />
me dão prazer, e fujo dos bancos<br />
<strong>de</strong> jardim”, remata. ■<br />
Alexandra Barata<br />
Maria Anabela Silva<br />
Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Cultura<br />
Reformados ensinam <strong>reforma</strong>dos<br />
Concor<strong>da</strong> com o alargamento<br />
<strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>reforma</strong> para os 65<br />
anos?<br />
Em certa medi<strong>da</strong>, sim. Felizmente,<br />
o aumento <strong>da</strong> esperança<br />
média <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> é uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. As<br />
mesmas condições (avanço <strong>da</strong> medicina<br />
e saú<strong>de</strong>, «o habitat» natural,<br />
ambiente, etc.) que criaram esse<br />
aumento proporcionaram condições<br />
para que a gran<strong>de</strong> maioria <strong>da</strong>s<br />
pessoas, com essa i<strong>da</strong><strong>de</strong>, esteja<br />
capaz <strong>de</strong> continuar a vi<strong>da</strong> activa.<br />
Numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> prepara<strong>da</strong> para o<br />
lazer e o gozo salutar do ócio, po<strong>de</strong>rse-ia<br />
dizer que, então, era chegado<br />
o momento <strong>de</strong> gozar a vi<strong>da</strong> sem<br />
as obrigações <strong>de</strong> trabalho. Porém,<br />
no nosso país, ou até em países<br />
como o nosso, sem riqueza para<br />
esse luxo, com um sistema <strong>de</strong> segurança<br />
social ameaçado financeiramente,<br />
e com uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> não<br />
organiza<strong>da</strong> para essas vivências, a<br />
súbita paragem <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> até<br />
po<strong>de</strong> ser contraproducente e contribuir<br />
para a precipita<strong>da</strong> «invali<strong>de</strong>z»<br />
social, moral e humana <strong>da</strong>s<br />
pessoas. O aumento <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
RICARDO GRAÇA<br />
Cria<strong>da</strong> em 1999, a Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Cultura conta hoje com cerca <strong>de</strong> 100 alunos<br />
<strong>reforma</strong>, parecendo injusto pelas<br />
expectativas <strong>da</strong>s pessoas e do pecúlio<br />
«obrigatório» que foram <strong>de</strong>scontando<br />
para usufruírem <strong>de</strong> uma<br />
<strong>de</strong>scansa<strong>da</strong> <strong>reforma</strong>, até po<strong>de</strong> ser<br />
um bem.<br />
Tendo em conta que as pessoas<br />
se aposentam ca<strong>da</strong> vez mais<br />
tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong> que maneira é que isso<br />
influencia a forma como encaram<br />
a <strong>reforma</strong>?<br />
Não basta modificar a lei. Será<br />
A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> criar a Aca<strong>de</strong>mia<br />
<strong>da</strong> Cultura, que completa em Março<br />
sete anos <strong>de</strong> existência, começou<br />
a formar-se antes <strong>de</strong> se ter<br />
<strong>reforma</strong>do, aos 70 anos. Helena<br />
Carvalhão, professora <strong>de</strong> Filosofia<br />
na Escola Secundária Francisco<br />
Rodrigues Lobo, em <strong>Leiria</strong>,<br />
conta que as amigas manifestavam<br />
“quase pavor” em relação à<br />
<strong>reforma</strong>. Embora não partilhasse<br />
<strong>de</strong>sse sentimento, sentia que<br />
em <strong>Leiria</strong> não existia nenhum<br />
projecto vocacionado para as<br />
pessoas que tinham <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong><br />
ter uma vi<strong>da</strong> activa.<br />
Já com a Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Cultura<br />
em mente, <strong>de</strong>cidiu bater à porta<br />
<strong>de</strong> alguns colegas, alguns dos<br />
quais também <strong>reforma</strong>dos, para<br />
lhes pedir para colaborar no projecto<br />
em regime <strong>de</strong> voluntariado.<br />
O apoio recebido <strong>de</strong>u-lhe força<br />
para prosseguir com o projecto,<br />
que arrancou em 1999 com 25<br />
alunos.<br />
Quase sete anos <strong>de</strong>pois, o sucesso<br />
<strong>da</strong> iniciativa é comprovado<br />
pelo número crescente <strong>de</strong> alunos,<br />
que atinge actualmente cerca<br />
<strong>de</strong> 100, e pelo alargamento<br />
<strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. À Filosofia, História,<br />
Animação <strong>de</strong> textos, Arte<br />
musical e Literatura portuguesa<br />
juntou-se o Inglês, as Artes plásticas,<br />
a Geografia, as Teorias religiosas<br />
e a Dança. “Há uma preocupação<br />
<strong>de</strong> haver outras activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
além <strong>da</strong>s curriculares”,<br />
justifica.<br />
Aliás, mesmo as aulas têm<br />
pouco <strong>de</strong> convencional, já que<br />
são encara<strong>da</strong>s como um espaço<br />
<strong>de</strong> transmissão e troca <strong>de</strong> conhecimentos.<br />
Com alunos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
Marinha Gran<strong>de</strong> e Pombal, Helena<br />
Carvalhão garante que este<br />
projecto contribuiu não só para<br />
ocupar pessoas <strong>reforma</strong><strong>da</strong>s como<br />
os próprios professores que se<br />
encontravam na mesma situação.<br />
Além <strong>da</strong>s aulas, promovem<br />
convívios e visitas <strong>de</strong> estudo.<br />
Paquete <strong>de</strong> Oliveira, sociólogo<br />
A <strong>reforma</strong> não significa proclamar-se<br />
«inválido» antes do tempo<br />
necessário criar uma outra mentali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
convencer as pessoas que<br />
<strong>reforma</strong> não significa proclamarse<br />
«inválido» antes do tempo. Num<br />
país tão necessitado <strong>de</strong> aumentar<br />
produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, aqueles que têm<br />
mais <strong>de</strong> 65 anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não<br />
atrasem a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> outros na vi<strong>da</strong><br />
activa, po<strong>de</strong>riam concorrer muito<br />
para aju<strong>da</strong>r o país a sair <strong>de</strong>sta cepa<br />
torta.<br />
O período <strong>de</strong> <strong>reforma</strong> é vivido<br />
como uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concretizar novos projectos ou<br />
como a angústia <strong>de</strong> quem está<br />
próximo do fim?<br />
Para gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong>s pessoas,<br />
face às condições <strong>de</strong> <strong>reforma</strong> ou<br />
pela sua mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou grau <strong>de</strong><br />
cultura, essa situação po<strong>de</strong> representar<br />
a «angústia <strong>de</strong> um fim próximo».<br />
É um estado mental que<br />
importa contrariar. A nova condição<br />
do prolongamento dos anos<br />
<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>veria constituir uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
para novos projectos. Mas<br />
por falta <strong>de</strong> meios ou <strong>de</strong> formação<br />
cultural serão poucos aqueles que<br />
O facto <strong>de</strong>, no primeiro ano <strong>de</strong><br />
activi<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma <strong>da</strong>s alunas ter<br />
dito que acabou com os tranquilizantes,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que começou<br />
a ir às aulas, é um sinal evi<strong>de</strong>nte<br />
para Helena Carvalhão <strong>de</strong> que<br />
valeu a pena. ■<br />
Concor<strong>da</strong> com alargamento <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>reforma</strong> para os 65 anos e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que, num país tão<br />
necessitado <strong>de</strong> aumentar produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, aqueles que têm mais <strong>de</strong> 65 anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não<br />
atrasem a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> outros na vi<strong>da</strong> activa, po<strong>de</strong>riam “concorrer muito para aju<strong>da</strong>r o país a<br />
sair <strong>de</strong>sta cepa torta”.<br />
AB<br />
fazem <strong>da</strong> «terceira i<strong>da</strong><strong>de</strong>» uma «quarta<br />
i<strong>da</strong><strong>de</strong>».<br />
Mulheres e homens vivem a<br />
<strong>reforma</strong> <strong>de</strong> foram diferente?<br />
Provavelmente. Depen<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
experiência <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> que tiveram,<br />
<strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou ofício que <strong>de</strong>sempenharam,<br />
do ambiente familiar<br />
ou social <strong>de</strong> que usufruíram. Mas<br />
preparar as pessoas para a «quarta<br />
i<strong>da</strong><strong>de</strong>» é uma tarefa que <strong>de</strong>veria<br />
fazer parte <strong>de</strong> um planeamento<br />
<strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> saudável.<br />
Ser <strong>reforma</strong>do em Portugal é<br />
diferente <strong>de</strong> ser <strong>reforma</strong>do noutros<br />
países <strong>da</strong> Europa?<br />
Mentalmente, quando faltam as<br />
condições materiais, culturais, sociais,<br />
é capaz <strong>de</strong> ser igual. O que acontece,<br />
é que em países ricos e com<br />
<strong>reforma</strong>s que dão para começar<br />
uma «outra i<strong>da</strong><strong>de</strong>» é mais fácil. Mas<br />
também nisto, não é o dinheiro o<br />
único elixir <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Saber confrontar-se<br />
com o envelhecimento<br />
é uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> boa saú<strong>de</strong> mental<br />
e <strong>de</strong> bom clima social. ■ MAS
6 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />
Largo Salgueiro<br />
Maia (Maringá)<br />
Câmara garante lugares grátis junto ao estádio, mesmo com centro comercial<br />
<strong>Leiria</strong> tem o estacionamento<br />
mais caro <strong>da</strong> região Centro<br />
Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 402 lugares<br />
Exploração: priva<strong>da</strong> (empresa<br />
Emparque)<br />
Tarifa período diurno*: 0.90€<br />
(1ª hora ou fracção) / 1€ (2ª<br />
hora ou fracção)<br />
Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> período<br />
diurno*: 62.50€<br />
Largo Infantaria 7<br />
(Stº Agostinho)<br />
Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 216 lugares<br />
Exploração: priva<strong>da</strong> (empresa<br />
Lusitano Parques)<br />
Tarifa período diurno*: 0.80€<br />
(1ª hora ou fracção) / 0.40€ (fracções<br />
seguintes <strong>de</strong> 30 minutos)<br />
Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> período<br />
diurno*: 78€<br />
Fonte Luminosa<br />
Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 308 lugares<br />
Exploração: priva<strong>da</strong> (empresa<br />
LizEstacionamento)<br />
Tarifa período diurno*: 1.05€<br />
(1 hora)<br />
Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> período<br />
diurno*: 95€<br />
RICARDO GRAÇA<br />
Preços variam entre 0,80 e 1,05 euros<br />
<strong>Leiria</strong> é a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> região Centro<br />
on<strong>de</strong> o estacionamento é mais<br />
caro, quer nos lugares à superfície<br />
quer nos subterrâneos. Mesmo em<br />
Lisboa há zonas com preços mais<br />
baixos, como a Rua Gomes Freire,<br />
a Aveni<strong>da</strong> dos Combatentes ou<br />
a Estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Luz, com tarifas <strong>de</strong><br />
60 e 65 cêntimos.<br />
“<strong>Os</strong> preços praticados em <strong>Leiria</strong><br />
são um abuso”, diz Luísa Teixeira.<br />
Cansa<strong>da</strong> <strong>de</strong> an<strong>da</strong>r às voltas<br />
pela ci<strong>da</strong><strong>de</strong> à procura <strong>de</strong> um lugar,<br />
esta comerciante na zona histórica<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> optou por pagar 45<br />
euros por mês para <strong>de</strong>ixar um dos<br />
carros <strong>da</strong> família no parque <strong>da</strong> Sé.<br />
O outro estaciona-o on<strong>de</strong> encontrar<br />
“um buraco”.<br />
Empresária nos Marrazes, Emília<br />
Lopes só recorre aos parques<br />
pagos “em último recurso”. Normalmente,<br />
pára o automóvel na<br />
zona <strong>de</strong>sportiva e <strong>de</strong>sloca-se a pé<br />
para o centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. O preço<br />
é também o motivo que leva Andrea<br />
Carvalho a ‘fugir’ <strong>da</strong>s zonas com<br />
parquímetros. “Pagar todos os dias<br />
é impensável e as mensali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
são muito caras”, diz aquela costureira,<br />
que normalmente ‘encosta’<br />
o carro junto ao local <strong>de</strong> trabalho.<br />
“Se houver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
rapi<strong>da</strong>mente o vou retirar”, sustenta.<br />
Fernando Carvalho, vereador<br />
do Trânsito, frisa que os parques<br />
pagos “são para períodos curtos<br />
<strong>de</strong> utilização”. E <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que quem<br />
preten<strong>da</strong> estacionar o dia todo terá<br />
<strong>de</strong> “criar o hábito <strong>de</strong> an<strong>da</strong>r a pé”<br />
e usar as alternativas “credíveis<br />
existentes”, nomea<strong>da</strong>mente, na<br />
zona <strong>de</strong>sportiva. O autarca garante<br />
que, mesmo que esse espaço seja<br />
ocupado com um centro comercial,<br />
será garanti<strong>da</strong> no local “uma<br />
oferta significativa” <strong>de</strong> estacionamento<br />
subterrâneo grátis.<br />
Quanto aos preços, Fernando<br />
Carvalho sublinha que as concessões<br />
resultam <strong>de</strong> concursos públicos<br />
e que os parques subterrâneos<br />
implicam investimentos extremamente<br />
elevados. Apesar disso, a<br />
Câmara tem “sensibilizado” as<br />
empresas para “as vantagem <strong>de</strong><br />
aplicarem tarifas mais baixas, para<br />
conseguirem maior ocupação”.<br />
Consi<strong>de</strong>rando que o espaço disponível<br />
na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> “não respon<strong>de</strong><br />
às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s” <strong>de</strong> estacionamento,<br />
Diamantino Jordão, coman<strong>da</strong>nte<br />
distrital <strong>da</strong> PSD, diz que a polícia<br />
tem revelado “uma certa tolerância”<br />
na fiscalização, “punindo situações<br />
mais graves e con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ndo<br />
nas menos graves”. O responsável<br />
apela à utilização <strong>da</strong> zona <strong>de</strong>sportiva<br />
e do parque <strong>de</strong> Porto Moniz,<br />
que dispõem <strong>de</strong> um número “significativo”<br />
<strong>de</strong> lugares e que fica a<br />
“<strong>de</strong>z ou 20 minutos a pé do centro<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”. ■<br />
Maria Anabela Silva<br />
SUPERFÍCIE<br />
| I n q u é r i t o |<br />
COMPARAÇÃO DE PREÇOS<br />
SUBTERRÂNEO<br />
Tarifa diária Tarifa diária Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Cal<strong>da</strong>s 0,30€ / 60 min. 0,50€ / 60 min.* -<br />
Ourém 0,30€ / 60 min. - -<br />
Coimbra 0,50€ / 60 min. 0,35 ou 0,50€ / 60 min. 14,86€<br />
Pombal 0,50€ / 60 min. - -<br />
Viseu 0,50€ / 60 min. - -<br />
Aveiro 0,60€ / 60 min. - -<br />
Lisboa 0,55 a 1,25€ / 60 min. - -<br />
<strong>Leiria</strong> 0,80€ / 60 min. De 0,80 a 1.05€ / 60 min. De 42 a 95 euros<br />
* primeiros 30 minutos grátis Fonte: Câmaras municipais<br />
O que vai mu<strong>da</strong>r<br />
✓ Redução <strong>de</strong> 12.5% nos<br />
tarifas dos parques à superfície<br />
( <strong>de</strong> 80 para 70 cêntimos/hora)<br />
✓ Instalação <strong>de</strong> parquímetros<br />
em to<strong>da</strong> a Aveni<strong>da</strong> Marquês<br />
<strong>de</strong> Pombal<br />
✓ Parque do Mercado <strong>de</strong><br />
Sant’Ana passa a ser pago<br />
(80 cêntimos/hora e com<br />
avenças para moradores no<br />
centro histórico a 35<br />
euros/mês)<br />
✓ Parque <strong>da</strong> Fonte Quente<br />
abre <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> semanas e<br />
será grátis até ao final do<br />
Verão; <strong>de</strong>pois a tarifa será<br />
<strong>de</strong> 50 cêntimos/hora<br />
✓ Estacionamento <strong>da</strong> zona<br />
histórica reservado a moradores<br />
Fonte Quente<br />
1 - Habitualmente estaciona nos parques pagos ou em zonas não tarifa<strong>da</strong>s?<br />
2 - Como comenta os preços praticados em <strong>Leiria</strong>?<br />
Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 243 lugares<br />
Exploração: municipal<br />
Tarifa período diurno**:<br />
0.30€(1 hora)<br />
Mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> período<br />
diurno**: 45€<br />
* Valores referentes aos contratos <strong>de</strong><br />
concessão e exploração<br />
** Valores propostos, ain<strong>da</strong> não aprovados<br />
em reunião <strong>de</strong> Câmara<br />
1 - Sempre<br />
que posso fujo<br />
aos parques pagos.<br />
Normalmente<br />
estaciono<br />
junto ao<br />
estádio e venho<br />
a pé para o centro<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Só quando trago<br />
os meus filhos é que venho <strong>de</strong><br />
carro até ao centro.<br />
2 - <strong>Os</strong> preços são muito caros.<br />
Nos Açores, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> sou natural,<br />
pagamos meta<strong>de</strong> do preço.<br />
Em <strong>Leiria</strong>, ain<strong>da</strong> nunca usei os<br />
parques subterrâneos, por falta<br />
<strong>de</strong> hábito. Mas, os valores <strong>da</strong>s<br />
tarifas não são na<strong>da</strong> atractivos.<br />
Patrícia Men<strong>de</strong>s,<br />
funcionária pública,<br />
Monte Real<br />
1- Normalmente<br />
estaciono<br />
em parques<br />
pagos. Prefiro<br />
ir directo ao<br />
local, do que<br />
an<strong>da</strong>r às voltas<br />
à procura <strong>de</strong><br />
lugar.<br />
2 - <strong>Os</strong> preços são exagerados,<br />
comparando com ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s como<br />
Lisboa ou Coimbra. Há zonas <strong>da</strong><br />
capital mais baratas do que em<br />
<strong>Leiria</strong>. Terão <strong>de</strong> ser tenta<strong>da</strong>s políticas<br />
<strong>de</strong> preços diferentes para<br />
aumentar as taxas <strong>de</strong> ocupação<br />
dos parques subterrâneos que,<br />
na maioria dos casos, estão quase<br />
vazios.<br />
Pedro Gomes, gerente<br />
comercial, <strong>Leiria</strong><br />
1 - Nos parques<br />
pagos, que<br />
remédio! Não<br />
há alternativas.<br />
E, para evitar<br />
pagar multas,<br />
prefiro pagar<br />
uma mensali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
(83 euros).<br />
2 - Desconheço os valores praticados<br />
noutras ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s. <strong>Os</strong> parques<br />
pagos fizeram-se para estacionamento<br />
temporário. Mas<br />
faltam parques não pagos para<br />
quem trabalha na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Aten<strong>de</strong>ndo<br />
a média dos salários, uma<br />
gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong>s pessoas não<br />
tem condições para pagar estacionamento<br />
durante o dia todo.<br />
Jorge dos Santos,<br />
comerciante, <strong>Leiria</strong><br />
1 - Como o<br />
estacionamento<br />
não pago é<br />
quase nulo, só<br />
tenho mesmo<br />
<strong>de</strong> recorrer ao<br />
pago. Também<br />
para não ficar<br />
sujeita a multas por estacionamento<br />
in<strong>de</strong>vido e porque não<br />
tenho <strong>de</strong> estacionar em <strong>Leiria</strong><br />
diariamente.<br />
2 - <strong>Os</strong> preços são bem mais<br />
caros do que em Coimbra, on<strong>de</strong><br />
trabalho e on<strong>de</strong> há mensali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
a custos acessíveis, ao contrário<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
Sónia Santos,<br />
psicóloga, Pombal
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 7<br />
Novo parque ficará fora <strong>da</strong> zona urbana<br />
Câmara propõe solução<br />
para tirar ferro-velho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
A maior e mais antiga sucata<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, situa<strong>da</strong> na Rua Paulo VI,<br />
será <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong> para uma <strong>da</strong>s zonas<br />
industriais do concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
Estes espaços prevêem a colocação<br />
<strong>de</strong> parques <strong>de</strong> sucata em freguesias<br />
exteriores à zona urbana.<br />
Fonte <strong>da</strong> Câmara Municipal <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> confirma que as negociações<br />
com o proprietário <strong>de</strong>correm há<br />
vários meses e que já lhe foi apresentado<br />
um local <strong>de</strong>finitivo para a<br />
mu<strong>da</strong>nça, estando o executivo à<br />
espera <strong>de</strong> um acordo para avançar.<br />
A proposta apresenta<strong>da</strong> pela<br />
autarquia prevê que o proprietário<br />
adquira a parcela <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> à<br />
nova sucata. Em troca, os terrenos<br />
<strong>da</strong> actual <strong>da</strong> Rua Paulo VI seriam<br />
consi<strong>de</strong>rados (no plano <strong>de</strong> urbanização<br />
que está a ser preparado para<br />
a zona) área <strong>de</strong> construção, elevando<br />
o seu valor e permitindo<br />
mais-valias ao proprietário.<br />
Associação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> quer construir se<strong>de</strong> para dinamizar activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
ATL quer tirar crianças ciganas <strong>da</strong>s feiras<br />
Empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> quer certificar-se<br />
Simlis investiu 20.3 milhões<br />
em 2005<br />
RICARDO GRAÇA<br />
Famílias ciganas terão que se mu<strong>da</strong>r<br />
O JORNAL DE LEIRIA sabe que<br />
caso a proposta não seja aceite os<br />
A construção <strong>de</strong> uma se<strong>de</strong>,<br />
com um espaço <strong>de</strong>stinado a Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Tempos Livres, é um<br />
dos projectos que a Associação<br />
Social, Recreativa e Cultural<br />
Cigana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (Ciglei) preten<strong>de</strong><br />
concretizar nos próximos<br />
anos. O projecto <strong>de</strong> arquitectura<br />
<strong>da</strong> obra já existe, faltando<br />
agora encontrar um terreno on<strong>de</strong><br />
possa ser edifica<strong>da</strong>. Dentro <strong>de</strong><br />
dias, a associação iniciará as<br />
aulas <strong>de</strong> <strong>da</strong>nça flamenga, que<br />
funcionará na Escola Secundária<br />
Domingos Sequeira.<br />
“Temos passado os três anos<br />
<strong>de</strong> existência a tratar <strong>de</strong> burocracias.<br />
Queremos que os projectos<br />
comecem a concretizar-<br />
-se”, afirma Dinis Seabra, presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong> Ciglei. O<br />
responsável frisa a importância<br />
<strong>da</strong> se<strong>de</strong>, cujo projecto foi oferecido<br />
pelos arquitectos João Ro<strong>da</strong><br />
e Joana Lavado, e para on<strong>de</strong> está<br />
prevista a criação <strong>de</strong> um ATL,<br />
para que os pais possam <strong>de</strong>ixar<br />
as crianças em dias <strong>de</strong> feira.<br />
“Quando há mercado, os miúdos<br />
tem <strong>de</strong> se levantar <strong>de</strong> madruga<strong>da</strong><br />
para acompanharem os<br />
pais, sujeitando-se ao frio e à<br />
chuva”, diz, sublinhando que o<br />
espaço está aberto “também a<br />
crianças não ciganas”.<br />
De acordo com o projecto, a<br />
A Simlis investiu o ano passado<br />
um total <strong>de</strong> 20.3 milhões <strong>de</strong><br />
euros. Foram concluídos os emissários<br />
<strong>de</strong> Fátima, bem como o novo<br />
sistema elevatório <strong>da</strong> Ponte <strong>da</strong>s<br />
Mestras, em <strong>Leiria</strong>. Foram ain<strong>da</strong><br />
reabilitados emissários nos concelhos<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Batalha. O ano foi<br />
igualmente marcado pela entra<strong>da</strong><br />
em funcionamento <strong>da</strong>s Estações<br />
<strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Águas Residuais<br />
(ETAR) <strong>de</strong> Fátima e Pedreiras. Por<br />
outro lado, várias empreita<strong>da</strong>s foram<br />
inicia<strong>da</strong>s, como é o caso <strong>da</strong> ETAR<br />
Norte, no concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, e <strong>da</strong>s<br />
condutas e estações elevatórias do<br />
Sistema Norte. No total, a empresa<br />
<strong>de</strong> Saneamento Integrado dos<br />
Municípios do Lis tratou seis milhões<br />
<strong>de</strong> metros cúbicos <strong>de</strong> efluentes.<br />
Este ano, os responsáveis <strong>da</strong><br />
Simlis querem concluir diversas<br />
empreita<strong>da</strong>s, nomea<strong>da</strong>mente a do<br />
interceptor geral (concelhos <strong>da</strong><br />
Marinha e <strong>Leiria</strong>) e <strong>da</strong> Olhalvas<br />
Norte e Sul (Ourém, Batalha e <strong>Leiria</strong>).<br />
Prevêem ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>r início ao<br />
processo <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> um<br />
sistema <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarial,<br />
tendo em vista a certificação<br />
<strong>da</strong> empresa segundo várias<br />
normas no âmbito <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
ambiente, higiene e segurança e<br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social. ■<br />
mesmos terrenos passarão a ser<br />
consi<strong>de</strong>rados zona <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>, não<br />
Projecto para região <strong>da</strong> Alta Estremadura<br />
Centros <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong><br />
resíduos florestais em estudo<br />
Analisar a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> criação<br />
<strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> recolha<br />
<strong>de</strong> biomassa florestal na região<br />
<strong>da</strong> Alta Estremadura é o objectivo<br />
final <strong>de</strong> um estudo que está a ser<br />
feito pelo Centro <strong>de</strong> Biomassa para<br />
a Energia. A avaliação será efectua<strong>da</strong><br />
nos próximos 12 meses, sendo<br />
financia<strong>da</strong> em cerca <strong>de</strong> 32 mil<br />
euros pela Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação<br />
e Desenvolvimento Regional<br />
do Centro. <strong>Os</strong> municípios <strong>da</strong><br />
Área Metropolitana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (Alvaiázere,<br />
Ansião, Batalha, <strong>Leiria</strong>, Marinha<br />
Gran<strong>de</strong>, Ourém e Porto <strong>de</strong> Mós)<br />
entrarão com os restantes 30 mil<br />
euros, em proporção com a sua<br />
po<strong>de</strong>ndo por isso ser objecto <strong>de</strong><br />
construção.<br />
Num cenário <strong>de</strong> acordo caberá<br />
ao proprietário a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocar as duas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />
famílias <strong>de</strong> etnia cigana que se<br />
encontram a ocupar parte dos terrenos<br />
do actual ferro-velho.<br />
Ain<strong>da</strong> não são conheci<strong>da</strong>s <strong>da</strong>tas<br />
prováveis para a mu<strong>da</strong>nça, uma<br />
vez que as negociações ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>correm.<br />
O JORNAL DE LEIRIA sabe<br />
que a proposta <strong>da</strong> edili<strong>da</strong><strong>de</strong> foi bem<br />
recebi<strong>da</strong> faltando só o sim para a<br />
conclusão do processo.<br />
Contacta<strong>da</strong> pelo JORNAL DE<br />
LEIRIA para eventuais esclarecimentos,<br />
a Câmara Municipal <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> , pela voz <strong>da</strong> vereadora Neusa<br />
Magalhães, diz só se pronunciar<br />
sobre este assunto quando<br />
achar conveniente. ■<br />
Ricardo Rosenheim Rodrigues<br />
se<strong>de</strong> terá uma sala <strong>de</strong> ATL, com<br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para 15 crianças, e<br />
uma zona <strong>de</strong> berçário, que po<strong>de</strong>rá<br />
acolher até cinco bebés. Dinis<br />
Seabra adianta que, para já, está<br />
excluí<strong>da</strong> a componente <strong>de</strong> infantário.<br />
“Se a a<strong>de</strong>são o justificar e<br />
se nos sentirmos com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
avançaremos para essa área”,<br />
acrescenta.<br />
Com os arquitectos a trabalhar<br />
nas especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a Direcção<br />
<strong>da</strong> Ciglei tenciona agora<br />
apresentar o projecto às juntas<br />
<strong>da</strong> área urbana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, “na<br />
esperança <strong>de</strong> encontrar um terreno”<br />
para a construção <strong>da</strong> se<strong>de</strong>.<br />
Além <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> instalações,<br />
a Ciglei preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />
esforços no sentido <strong>de</strong><br />
dinamizar os bairros on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong><br />
a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> cigana <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
nomea<strong>da</strong>mente, junto ao ferro<br />
velho <strong>da</strong> “Calça<strong>da</strong> do Bravo”<br />
e na Cova <strong>da</strong>s Faias. Neste<br />
momento, a associação está, juntamente<br />
com o núcleo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
<strong>da</strong> Amnistia Internacional e o<br />
Secretariado Diocesano <strong>da</strong> Pastoral<br />
dos Ciganos, a recolher verbas,<br />
<strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a melhorar as<br />
condições <strong>de</strong> habitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
três barracas no bairro <strong>da</strong> “Calça<strong>da</strong><br />
do Bravo”. ■<br />
Maria Anabela Silva<br />
área geográfica.<br />
O estudo começará por analisar<br />
as disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> biomassa<br />
florestal (restos <strong>de</strong> limpeza <strong>de</strong><br />
pinhais ou do abate <strong>de</strong> árvores, por<br />
exemplo), passando <strong>de</strong>pois a avaliar<br />
os resíduos originados na indústria<br />
transformadora <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />
“Estabelecimento <strong>de</strong> premissas básicas<br />
para a implementação <strong>de</strong> uma<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> recolha e eventual<br />
processamento <strong>de</strong> resíduos florestais”<br />
é outro dos pontos do estudo.<br />
Na última reunião <strong>de</strong> executivo,<br />
a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>liberou participar<br />
no projecto com cerca <strong>de</strong><br />
6.500 euros. ■<br />
BREVES<br />
■<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Re<strong>de</strong> Natura<br />
em discussão<br />
No concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a área<br />
<strong>da</strong> Re<strong>de</strong> Natura 2000 contempla<br />
136 hectares no sítio<br />
do Azabucho, freguesia dos<br />
Pousos, um dos únicos locais<br />
no País on<strong>de</strong> se encontra a<br />
espécie Leuzea longifolia. Para<br />
assegurar a bio-diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> ,<br />
através <strong>da</strong> conservação dos<br />
habitats naturais e <strong>de</strong> fauna<br />
e flora selvagens no território<br />
dos estados membros esta<br />
re<strong>de</strong> ecológica <strong>da</strong> União Europeia<br />
abre a discussão pública<br />
do Plano sectorial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
<strong>Os</strong> interessados po<strong>de</strong>rão consultar<br />
todo o processo na se<strong>de</strong><br />
do Instituto <strong>da</strong> Conservação<br />
<strong>da</strong> Natureza, em Lisboa ou na<br />
divisão <strong>de</strong> Ambiente e Serviços<br />
Urbanos <strong>da</strong> Câmara Municipal<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
Animação<br />
missionária<br />
Sensibilizar as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
cristãs para a urgência <strong>da</strong> evangelização<br />
missionária, promover<br />
a intercomunhão eclesial,<br />
fomentar o respeito por outras<br />
formas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> cultural, sem<br />
diminuir a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do anúncio<br />
do Evangelho, ou incentivar<br />
a criação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong><br />
animação missionária paroquial,<br />
são os objectivos <strong>da</strong><br />
semana <strong>da</strong> Animação Missionária<br />
em <strong>Leiria</strong>. A acção <strong>de</strong>correrá<br />
entre 11 e 19 <strong>de</strong> Fevereiro<br />
nas paróquias <strong>da</strong> vigararia<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (Azoia, Barosa, Cruz<br />
<strong>da</strong> Areia, <strong>Leiria</strong>, Marrazes e<br />
Parceiros). Durante a realização<br />
<strong>de</strong>sta semana estará monta<strong>da</strong><br />
na Praça Rodrigues Lobo<br />
uma “Ten<strong>da</strong> Missionária”, que<br />
preten<strong>de</strong> ser um espaço <strong>de</strong><br />
encontro e diálogo com os missionários.<br />
Workshop<br />
<strong>de</strong> realização<br />
pessoal<br />
A auto-estima é a base do sucesso.<br />
A partir <strong>de</strong>sta frase foi criado<br />
o workshop <strong>de</strong> valorização<br />
pessoal, para que ca<strong>da</strong> um possa<br />
apren<strong>de</strong>r a valorizar a sua<br />
imagem. O núcleo regional <strong>da</strong><br />
APPC – Associação Portuguesa<br />
<strong>de</strong> Paralisia Cerebral vai realizar<br />
este Workshop nos dias<br />
4,11,18 e 25 <strong>de</strong> Fevereiro, no<br />
Centro <strong>de</strong> Reabilitação do<br />
Núcleo Regional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. O<br />
evento <strong>de</strong>corre <strong>da</strong>s 9 e as 13<br />
horas e <strong>da</strong>s 15 às 19 horas. ■
8 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
Pombal<br />
Nova Junta<br />
abre portas<br />
O novo edifício <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong><br />
Freguesia <strong>de</strong> Pombal abriu oficialmente<br />
as portas ao público,<br />
na segun<strong>da</strong>-feira. Inaugura<strong>da</strong><br />
em Outubro do ano<br />
passado, a nova se<strong>de</strong>, situa<strong>da</strong><br />
na praça Faria <strong>da</strong> Gama, antiga<br />
“praça <strong>da</strong>s galinhas”, mantém-se<br />
na zona histórica <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Recentemente, a autarquia<br />
viu serem-lhe recusados<br />
fundos <strong>de</strong> uma candi<strong>da</strong>tura ao<br />
Programa <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rnização<br />
Administrativa para a compra<br />
<strong>de</strong> mobiliário e instalação <strong>de</strong><br />
um elevador.<br />
Espaço<br />
internet<br />
mu<strong>da</strong>-se<br />
Alto dos Crespos contra padre <strong>de</strong> Pombal<br />
Questão imobiliária<br />
incen<strong>de</strong>ia paróquia<br />
JACINTO SILVA DURO<br />
Padre Diamantino Cruz<br />
A população <strong>de</strong> Alto dos Crespos, Pombal,<br />
está sem serviço religioso e catequese <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
semana passa<strong>da</strong> <strong>de</strong>vido a um diferendo que<br />
opõe o pároco <strong>de</strong> Pombal, Diamantino Cruz, e<br />
a Associação SRCD do Alto dos Crespos<br />
(ASRCDAC) e que está está a dividir os habitantes.<br />
O conflito surgiu quando a associação iniciou<br />
a construção <strong>de</strong> uma casa mortuária num<br />
terreno adjacente à capela <strong>de</strong> Alto dos Crespos.<br />
O espaço on<strong>de</strong> foi edificado o templo foi oferecido<br />
pela ASRCDAC à Fábrica <strong>da</strong> Igreja, há<br />
cerca <strong>de</strong> 30 anos, mas a escritura para a transferência<br />
<strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> nunca foi feita.<br />
Segundo a associação, o padre preten<strong>de</strong>rá<br />
que a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> casa mortuária, à semelhança<br />
<strong>da</strong> capela, passe para a Fábrica <strong>da</strong> Igreja.<br />
Diamantino Cruz rejeita estas afirmações. A<br />
Direcção <strong>da</strong> associação cerra fileiras e argumenta<br />
que a casa mortuária foi construí<strong>da</strong> com<br />
o seu dinheiro e <strong>da</strong> autarquia.<br />
Quando um topógrafo, foi, há duas semanas,<br />
a mando do padre, fazer um levantamento<br />
do imóvel, viu o acesso negado pelo presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> ASCRDAC. No dia seguinte, Diamantino<br />
Cruz foi à capela e retirou o sacrário. E em vez<br />
<strong>de</strong> celebrar a missa dominical, o pároco tentou<br />
ler um comunicado à população mas <strong>de</strong>sistiu<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido apeli<strong>da</strong>do <strong>de</strong> “mentiroso”.<br />
Numa carta aberta, o padre explicou o seu <strong>de</strong>sacordo<br />
com a associação e anunciou que até à<br />
resolução do problema não haverá catequese<br />
ou missa em Alto dos Crespos. Diamantino Cruz<br />
pretendia ain<strong>da</strong> que a Associação entregasse<br />
as chaves <strong>da</strong> capela. A Direcção <strong>da</strong> colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
adiantou-se e entregou-as ao bispo <strong>de</strong><br />
Coimbra, D. Albino Cleto.<br />
A ASCRDC está disposta a ce<strong>de</strong>r a parcela<br />
do terreno on<strong>de</strong> foi construí<strong>da</strong> a capela, mas<br />
quer manter a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do restante terreno<br />
e <strong>da</strong> casa mortuária. Em comunicado, a Direcção<br />
<strong>da</strong> associação acusa o padre <strong>de</strong> “não hesitar<br />
em usar o altar para influenciar e dividir os<br />
católicos” e <strong>de</strong> “mentir, numa clara atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
falta <strong>de</strong> respeito, moral e ética”. “Depois <strong>de</strong> uma<br />
reunião, com a população na sexta-feira, Diamantino<br />
Cruz continua a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a sua posição”,<br />
explica Olivério Gonçalves, tesoureiro <strong>da</strong><br />
Associação.<br />
“Estou <strong>de</strong>sligado do processo. Neste momento,<br />
pretendo apenas que o povo <strong>de</strong>ci<strong>da</strong> o que<br />
fazer”, afirmou ao JORNAL DE LEIRIA o pároco<br />
<strong>de</strong> Pombal.<br />
O vigário-geral <strong>da</strong> diocese <strong>de</strong> Coimbra, Manuel<br />
Pedrosa, admite que a Cúria “não vai tomar<br />
nenhuma atitu<strong>de</strong>”, não obstante não ser a primeira<br />
vez que Diamantino Cruz entra em conflito<br />
com a população. Há um ano, o sacerdote<br />
foi notícia <strong>de</strong>vido a um caso semelhante.<br />
A reacção do vigário-geral não agra<strong>da</strong> à<br />
associação que preferia outro interlocutor. “A<br />
Igreja parece estar interessa<strong>da</strong> em ter ca<strong>da</strong> vez<br />
mais património e prefere <strong>de</strong>ixar o padre agir<br />
à vonta<strong>de</strong>”, refere o tesoureiro <strong>da</strong> associação.■<br />
Jacinto Silva Duro<br />
O espaço internet <strong>de</strong> Pombal<br />
vai mu<strong>da</strong>r-se para a Biblioteca<br />
Municipal. As novas instalações<br />
serão inaugura<strong>da</strong>s no<br />
próximo sábado, pelas 16 horas.<br />
Com esta medi<strong>da</strong>, o Espaço<br />
Internet que anteriormente se<br />
localizava no Centro Cultural<br />
<strong>de</strong> Pombal vai passar a dispor<br />
<strong>de</strong> mais computadores e <strong>de</strong><br />
uma “wi-fi zone” <strong>de</strong> acesso<br />
gratuito à internet. Segundo<br />
a autarquia, enti<strong>da</strong><strong>de</strong> que gere<br />
as instalações, a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong><br />
localização e aumento do<br />
número <strong>de</strong> equipamentos foi<br />
motiva<strong>da</strong> pela ca<strong>da</strong> vez maior<br />
procura que o Espaço Internet<br />
tem vindo a registar.<br />
IDT prevê abertura <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> duas semanas<br />
Abertura do CAT <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong> atrasa<strong>da</strong><br />
O atraso nos arranjos exteriores<br />
numa <strong>da</strong>s alas do edifício<br />
do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Marinha<br />
Gran<strong>de</strong>, que vai receber o<br />
Centro <strong>de</strong> Atendimento a Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
(CAT), e estavam<br />
a cargo <strong>da</strong> Câmara Municipal,<br />
foi um dos factores que contribuiu<br />
para que o serviço não<br />
tenha aberto no final <strong>de</strong> Janeiro,<br />
conforme estava previsto.<br />
Carlos Ramalheira, director do<br />
Instituto <strong>da</strong> Droga e <strong>da</strong> Toxico<strong>de</strong>pendência<br />
do Centro, explicou<br />
ao JORNAL DE LEIRIA a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do local ter um equipamento<br />
e aspecto “dignos”. “Não<br />
queremos substituir um gueto por<br />
outro igual. A autarquia tinha-se<br />
comprometido a aju<strong>da</strong>r nos arranjos<br />
exteriores, mas só agora começou<br />
a trabalhar”, justificou.<br />
O responsável adiantou ain<strong>da</strong><br />
que equipar o CAT também <strong>de</strong>morou<br />
algum tempo. “Para abrir as<br />
portas é preciso ter tudo funcional<br />
e tivemos <strong>de</strong> ligar a água, luz e estabelecer<br />
comunicações, além <strong>de</strong> montar<br />
todo o sistema informático.”<br />
A abertura do CAT <strong>da</strong> Marinha<br />
Gran<strong>de</strong> dificilmente abrirá<br />
portas antes <strong>de</strong> meados <strong>de</strong> Fevereiro.<br />
O centro irá aju<strong>da</strong>r a “aliviar”<br />
o CAT <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e preten<strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>r resposta aos toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong>,<br />
habituais “clientes” <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e<br />
captar novos utentes que não<br />
estão em tratamento.<br />
Além <strong>da</strong> distribuição <strong>de</strong> metadona,<br />
o CAT servirá ain<strong>da</strong> como<br />
um centro <strong>de</strong> dia, on<strong>de</strong> os utentes<br />
po<strong>de</strong>rão lavar-se. ■<br />
EC<br />
“Estudimedia”<br />
aju<strong>da</strong> no<br />
estudo e lazer<br />
A Biblioteca Municipal <strong>de</strong> Pombal<br />
vai colocar à disposição<br />
dos estu<strong>da</strong>ntes um espaço <strong>de</strong>nominado<br />
“Estudimedia”, a partir<br />
<strong>de</strong> sábado. Com estas novas<br />
instalações, a biblioteca fica<br />
dota<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma sala <strong>de</strong>dica<strong>da</strong><br />
ao estudo e ao lazer, aliando<br />
os livros à música e ao cinema.<br />
Para os momentos <strong>de</strong> pausa<br />
do estudo, o “Estudimedia”<br />
oferece a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir<br />
música ou ver um filme. O<br />
novo espaço funcionará com<br />
horário alargado até às 22<br />
horas. ■<br />
Certame na Marinha Gran<strong>de</strong> inserido na Re<strong>de</strong> Europeia realiza-se em Abril<br />
Feira Social divulga instituições<br />
As várias instituições <strong>da</strong> Marinha<br />
Gran<strong>de</strong> vão <strong>da</strong>r-se a conhecer<br />
à população na Feira Social,<br />
que <strong>de</strong>correrá no início <strong>de</strong> Abril,<br />
no Parque <strong>de</strong> Exposições <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
A iniciativa é articula<strong>da</strong> entre<br />
a Câmara Municipal e a Re<strong>de</strong><br />
Europeia Anti Pobreza Nacional<br />
(REAPN).<br />
O Conselho Local <strong>da</strong> Acção<br />
Social, presidido por João Paulo<br />
Pedrosa, vereador do PS, preten<strong>de</strong><br />
que a feira sirva <strong>de</strong> mostra<br />
<strong>da</strong>s diferentes instituições<br />
que se <strong>de</strong>dicam às varia<strong>da</strong>s áreas<br />
sociais com crianças ou idosos.<br />
“Será uma feira idêntica à <strong>da</strong>s<br />
Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Económicas, on<strong>de</strong><br />
as instituições vão po<strong>de</strong>r mostrar<br />
aquilo que po<strong>de</strong>m oferecer<br />
à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>”, adiantou João<br />
Paulo Pedrosa.<br />
<strong>Os</strong> visitantes po<strong>de</strong>rão contar<br />
com um conjunto <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
diversifica<strong>da</strong>s. Serão realizados<br />
colóquios <strong>de</strong> diferentes<br />
áreas sociais e no local estarão<br />
carrinhas do Instituto do Sangue,<br />
troca <strong>de</strong> seringas e outros<br />
equipamentos que possam ser<br />
úteis aos idosos, que terão a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> medir tensão arterial<br />
e o nível <strong>de</strong> colestrol e glicémia.<br />
“Vou ter uma reunião com<br />
algumas colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Marinha<br />
Gran<strong>de</strong> para participarem<br />
nos <strong>de</strong>bates e estimulá-los, aqueles<br />
que ain<strong>da</strong> não possuem, a<br />
terem uma intervenção na área<br />
social”, afirmou João Paulo Pedrosa.<br />
O vereador acrescenta que a<br />
feira será também uma forma<br />
<strong>de</strong> motivar as instituições a direccionar<br />
a sua intervenção nas<br />
áreas sociais. “As famílias ficam<br />
a conhecer a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços<br />
que existe e on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m<br />
recorrer em caso <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>.”<br />
Entretanto, João Paulo Pedrosa<br />
adiantou ao JORNAL DE LEI-<br />
RIA já ter apresentado uma proposta<br />
ao executivo sobre um<br />
fundo <strong>de</strong> emergência social, que<br />
ain<strong>da</strong> aguar<strong>da</strong> aprovação. A i<strong>de</strong>ia<br />
é que i<strong>de</strong>ntificados os problemas<br />
mais urgentes dos idosos,<br />
<strong>de</strong>pois possam ser encaminhados<br />
para as instituições com<br />
competências na área. ■<br />
Elisabete Cruz
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 9<br />
Câmara e Autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> garantem “não haver risco” para os consumidores<br />
Água <strong>de</strong> Ourém com níveis <strong>de</strong><br />
radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong> acima do normal<br />
MARIA ANABELA SILVA<br />
Valores mais elevados <strong>de</strong>tectados nas freguesias <strong>de</strong> Espite e Matas<br />
Em Ourém foram <strong>de</strong>tectados<br />
níveis <strong>de</strong> radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na água<br />
<strong>da</strong> re<strong>de</strong> pública no limite e acima<br />
do normal. Uma situação que a<br />
Câmara Municipal e a Autori<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do concelho garantem<br />
não acarretar qualquer perigo para<br />
os consumidores, alegando que<br />
segundo <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Organização<br />
Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, os valores encontrados<br />
em Ourém po<strong>de</strong>m “ser ultrapassados<br />
até cinco vezes”.<br />
As análises, feitas à água <strong>da</strong> re<strong>de</strong><br />
nas zonas <strong>de</strong> Caxarias, Olival, Vala<strong>da</strong>,<br />
Cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, Rio <strong>de</strong> Couros e Freixian<strong>da</strong>,<br />
<strong>de</strong>tectaram indicadores <strong>de</strong><br />
radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os 0.12 e 0.15,<br />
quando o limite é <strong>de</strong> 0.10. Nas freguesias<br />
<strong>de</strong> Matas e Espite, os valores<br />
chegaram aos 0.29. José Martins,<br />
autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, frisa que<br />
a OMS já fixou 0.5 como limite,<br />
mas que essa orientação ain<strong>da</strong> não<br />
foi transposta para a legislação<br />
europeia e portuguesa.<br />
“Trata-se <strong>de</strong> radiação natural,<br />
com origem na composição do solo,<br />
que sempre existiu e sem reflexos<br />
na saú<strong>de</strong>”, afirmou José Martins,<br />
durante uma conferência <strong>de</strong> imprensa<br />
realiza<strong>da</strong> sexta-feira passa<strong>da</strong>. O<br />
médico explica que a exposição à<br />
radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, quando em níveis<br />
“muito elevados”, po<strong>de</strong>rá provocar<br />
cancro. Mas sublinha que, em<br />
Ourém, a taxa <strong>de</strong> incidência <strong>de</strong><br />
mortes por aquela doença está “<strong>de</strong>ntro<br />
<strong>da</strong> média nacional e regional”.<br />
Depois dos resultados <strong>da</strong>s análises,<br />
conhecidos em Dezembro,<br />
foram feitas no passado dia 20<br />
novas colheitas nas captações. As<br />
amostras estão a ser analisa<strong>da</strong>s<br />
num laboratório <strong>da</strong> República Checa,<br />
“por não existir nenhum em<br />
Portugal creditado para fazer esse<br />
tipo <strong>de</strong> estudo”, explica José Santos,<br />
director <strong>da</strong> <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> Ourém<br />
<strong>da</strong> Compagnie General d’ Eaux, a<br />
empresa concessionária do sistema,<br />
adiantando que as conclusões<br />
<strong>de</strong>verão ser conheci<strong>da</strong>s até Março.<br />
David Catarino, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
Câmara, garante que os munícipes<br />
“po<strong>de</strong>m confiar na água que corre<br />
nas torneiras”, porque “há um<br />
efectivo controlo <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>”. O<br />
autarca frisa que, a análise à radioactivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
só a partir <strong>de</strong>ste ano passa<br />
a ser obrigatória e explica que<br />
as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s envolvi<strong>da</strong>s resolveram<br />
divulgar os <strong>da</strong>dos, para evitar<br />
que a informação “chegasse à opinião<br />
pública distorci<strong>da</strong>”.<br />
Segundo David Catarino, até à<br />
conferência <strong>de</strong> imprensa, a Câmara<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, concelho que tem algumas<br />
locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s abasteci<strong>da</strong>s pelo<br />
sistema <strong>de</strong> Espite, não tinha ain<strong>da</strong><br />
sido informa<strong>da</strong> dos resultados <strong>da</strong>s<br />
análises. Fonte do gabinete <strong>de</strong> apoio<br />
à presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> autarquia <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
os <strong>da</strong>dos chegaram no início<br />
<strong>de</strong>sta semana, “sem qualquer motivo<br />
<strong>de</strong> preocupação, por terem sido<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong>s garantias <strong>de</strong> não haver problemas<br />
para os consumidores”. ■<br />
Autarquia alega que o contrato <strong>de</strong> exploração lesava os interesses do município<br />
Piscinas <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós<br />
passam a ser geri<strong>da</strong>s pela Câmara<br />
A Câmara <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós cessou<br />
o contrato com a empresa que<br />
explorava as piscinas municipais,<br />
alegando que o acordo lesava os<br />
interesses <strong>da</strong> autarquia. O espaço<br />
passa a ser gerido pela edili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
enquanto a firma Active Wave ficará<br />
apenas com a direcção técnica<br />
<strong>da</strong> infra-estrutura.<br />
Em 2003, quando era vereador<br />
do Desporto eleito pelo PSD, João<br />
Salgueiro, actual presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />
Câmara, refutava as críticas <strong>de</strong> que<br />
o contrato tinha sido “preparado<br />
para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os interesses <strong>da</strong> firma”.<br />
Na ocasião, em <strong>de</strong>clarações<br />
ao JORNAL DE LEIRIA, Salgueiro<br />
afirmava que o acordo acautelava<br />
os direitos do município, pois<br />
garantia “o bom funcionamento<br />
do espaço”.<br />
Hoje, o presi<strong>de</strong>nte, eleito nas<br />
listas do PS, diz que o contrato foi<br />
“um mau negócio” para a Câmara.<br />
“To<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>spesas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a limpeza,<br />
ao aquecimento <strong>da</strong> água, até<br />
à cobrança <strong>da</strong>s entra<strong>da</strong>s, eram <strong>da</strong><br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do município,<br />
que recebia uma parcela muito<br />
pequena <strong>de</strong> receitas”, argumenta.<br />
MAS<br />
Confrontado com a mu<strong>da</strong>nça<br />
<strong>de</strong> opinião, João Salgueiro diz que,<br />
embora fosse vereador do Desporto<br />
quando o contrato foi assinado, o<br />
acordo não é <strong>da</strong> sua responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
“Não fui eu que o negociei,<br />
mas o presi<strong>de</strong>nte. E o executivo,<br />
do qual fazia parte, aprovou-o”,<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>-se.<br />
Irene Pereira, vereadora do PSD,<br />
lamenta que o contrato, renovado<br />
em Outubro passado, tenha sido<br />
<strong>de</strong>nunciado a meio do ano lectivo.<br />
Contudo, e “porque foi garantido<br />
que a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> não será afecta<strong>da</strong>”,<br />
os autarcas social-<strong>de</strong>mocratas<br />
aprovaram o novo mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> gestão <strong>da</strong>s piscinas. “O mais<br />
importante é manter a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do serviço prestado que é reconhecido<br />
pelos utentes”, diz a vereadora.<br />
Carlos Neves, sócio-gerente <strong>da</strong><br />
Active Wave, explica que a empresa<br />
aceitou renegociar o contrato<br />
para <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong><strong>de</strong> ao projecto<br />
<strong>de</strong> “quali<strong>da</strong><strong>de</strong>” que tem sido<br />
<strong>de</strong>senvolvido nas piscinas. ■<br />
Maria Anabela Silva<br />
Priori<strong>da</strong><strong>de</strong> à educação patrimonial<br />
Joaquim Ruivo eleito novo presi<strong>de</strong>nte do CEPAE<br />
Joaquim Ruivo foi eleito na<br />
segun<strong>da</strong>-feira presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
direcção do Centro <strong>de</strong> Património<br />
<strong>da</strong> Alta Estremadura<br />
(CEPAE) para o biénio<br />
2005/2006.<br />
O professor <strong>de</strong> história aponta<br />
a educação patrimonial como<br />
priori<strong>da</strong><strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental para o<br />
seu man<strong>da</strong>to, que explica passar<br />
sobretudo pelo “<strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> acções educativas”.<br />
Joaquim Ruivo adianta que<br />
a curto prazo os objectivos do<br />
CEPAE passam pelo reforço do<br />
papel do Conselho Consultivo,<br />
“promovendo a realização <strong>de</strong>,<br />
pelo menos, três encontros<br />
anuais, pelo reforço <strong>da</strong> ligação<br />
com as associações locais <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>fesa do património e pela<br />
promoção <strong>de</strong> uma ligação mais<br />
estreita com as escolas e instituições<br />
<strong>de</strong> ensino”.<br />
O relançamento do esforço<br />
<strong>de</strong> captação <strong>de</strong> novos associados,<br />
nomea<strong>da</strong>mente entre as<br />
juntas <strong>de</strong> freguesia e a i<strong>de</strong>ntificação<br />
<strong>de</strong> instituições, organismos<br />
e empresas, que possam<br />
apoiar e patrocinar algumas<br />
activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do CEPAE, são políticas<br />
a seguir. ■<br />
BREVES<br />
■<br />
Ourém<br />
Criança<br />
e escola<br />
em <strong>de</strong>bate<br />
“A criança, a escola e a vi<strong>da</strong> activa”<br />
é o tema <strong>de</strong> um <strong>de</strong>bate, a realizar<br />
amanhã às 20:30 horas, na<br />
se<strong>de</strong> <strong>da</strong> Associação Recreativa e<br />
Cultural <strong>de</strong> Atouguia, Ourém. A<br />
conferência contará com a presença<br />
<strong>de</strong> António Frazão, psicólogo<br />
e professor no ISLA <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
e <strong>de</strong> Carlos Neto, docente <strong>da</strong><br />
Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Motrici<strong>da</strong><strong>de</strong> Humana<br />
<strong>de</strong> Lisboa. A iniciativa insere-se<br />
na semana social e cultura<br />
organiza<strong>da</strong> pelo Centro Social<br />
e Paroquial <strong>de</strong> Atouguia (CSPA),<br />
que, para hoje, prevê um colóquio<br />
sobre as doenças <strong>de</strong> Alzeimer<br />
e Parkinson, no centro <strong>de</strong><br />
dia do CSPA. Entre as 10 e as 17<br />
horas <strong>de</strong> amanhã, haverá um rastreio<br />
auditivo aberto à população<br />
na se<strong>de</strong> <strong>da</strong> centro social.<br />
Porto <strong>de</strong> Mós<br />
Pais em<br />
formação<br />
A Psicativa (Cooperativa Nacional<br />
<strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e Desenvolvimento<br />
Humano e Comunitário) <strong>de</strong><br />
Porto <strong>de</strong> Mós está a promover<br />
sessões <strong>de</strong> esclarecimento em<br />
Mira <strong>de</strong> Aire, subordina<strong>da</strong>s ao<br />
tema “Criança como ci<strong>da</strong>dã do<br />
mundo”. <strong>Os</strong> encontros estão marcados<br />
para os próximos dias 7,<br />
13 e 21 na Escola Secundária e<br />
<strong>de</strong>correm entre as 18:30 e as 20<br />
horas. Durante esse período, haverá<br />
ATL’s para as crianças, cujos<br />
pais estejam em formação. Alimentação<br />
saudável, apren<strong>de</strong>r a<br />
brincar com crianças, a relação<br />
família, criança e escola e a análise<br />
entre o “normal e o patológico”<br />
são alguns dos temas em<br />
<strong>de</strong>bate nas sessões, que serão<br />
coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s por técnicos formados<br />
em serviço social, terapia<br />
familiar, psicologia e psicope<strong>da</strong>gogia.<br />
Fatima<br />
Novo mercado<br />
inaugurado<br />
O novo mercado <strong>de</strong> Fátima foi<br />
inaugurado sexta-feira passa<strong>da</strong>,<br />
tendo já funcionado no sábado.<br />
Constituído por 60 bancas<br />
e 16 lojas, a maioria <strong>da</strong>s quais<br />
do ramo alimentar, o mercado<br />
custou cerca <strong>de</strong> 800 mil euros.<br />
Natálio Reis, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta<br />
<strong>de</strong> Fátima, frisa que a obra<br />
permitiu “dignificar um espaço<br />
que funcionava sem as condições<br />
mínimas”. A intervenção<br />
incluiu ain<strong>da</strong> a requalificação<br />
do parque <strong>de</strong> estacionamento<br />
junto ao mercado. ■
10 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
Alcobaça<br />
Mosteiros<br />
unidos<br />
O vice-presi<strong>de</strong>nte do Instituto<br />
Português do Património<br />
Arquitectónico (Ippar), Henrique<br />
<strong>de</strong> Matos Parente, vai<br />
estar presente no auditório <strong>da</strong><br />
Biblioteca <strong>de</strong> Alcobaça, às 21<br />
horas <strong>de</strong> sexta-feira, na conferência<br />
organiza<strong>da</strong> pelo jornal<br />
digital “Tinta Fresca”. ‘Três<br />
monumentos Património Mundial:<br />
Alcobaça, Batalha e Tomar’<br />
preten<strong>de</strong> unir os monumentos<br />
e colocá-los a funcionar<br />
em re<strong>de</strong>. A conferência contará<br />
também com a presença<br />
dos directores do Mosteiro <strong>de</strong><br />
Alcobaça, Rui Rasquilho, do<br />
Mosteiro <strong>da</strong> Batalha, Júlio<br />
Órfão, e do Convento <strong>de</strong> Cristo,<br />
Jorge Custódio. É também<br />
aguar<strong>da</strong><strong>da</strong> a participação dos<br />
autarcas dos concelhos envolvidos.<br />
Nazaré<br />
Inag inicia obra<br />
junto ao Farol<br />
O Instituto <strong>da</strong> Água iniciou,<br />
esta segun<strong>da</strong>-feira, a obra <strong>de</strong><br />
consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> zona envolvente<br />
ao Forte <strong>de</strong> São Miguel<br />
Arcanjo, na Nazaré. A primeira<br />
fase <strong>da</strong> obra consiste na consoli<strong>da</strong>ção<br />
<strong>da</strong> envolvente ao<br />
Forte, edifício do século XVI<br />
on<strong>de</strong> está instalado há várias<br />
déca<strong>da</strong>s o farol <strong>da</strong> vila. Numa<br />
fase posterior, avançam as<br />
obras <strong>de</strong> reparação <strong>da</strong>s próprias<br />
estruturas do edifício,<br />
cuja aquisição está a ser negocia<strong>da</strong><br />
há vários anos pela Câmara<br />
Municipal com o Ministério<br />
<strong>da</strong> Defesa e a Marinha.<br />
Pombal<br />
Angariação<br />
<strong>de</strong> fundos<br />
para quartel<br />
O restaurante Nossa Senhora<br />
<strong>da</strong> Guia “Casa dos Leitões”, na<br />
Guia, Pombal, acolhe, no próximo<br />
domingo, pelas 12:30<br />
horas, uma almoço <strong>de</strong>stinado<br />
à angariação <strong>de</strong> fundos para<br />
a construção do quartel <strong>da</strong> secção<br />
Oeste dos Bombeiros Voluntários<br />
<strong>de</strong> Pombal. Mais <strong>de</strong> 100<br />
aspirantes, naturais <strong>da</strong>s freguesias<br />
<strong>da</strong> Guia, Ilha e Mata<br />
Mourisca, encontram-se a receber<br />
formação para constituírem<br />
um novo corpo <strong>de</strong> bombeiros<br />
naquela área do<br />
concelho.<br />
Além <strong>da</strong> queixa no Ministério Público, clínico envolvido noutro episódio<br />
Médico <strong>de</strong> Alcobaça acusado<br />
<strong>de</strong> consultar sob efeito do álcool<br />
O médico do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Alcobaça que está a ser<br />
investigado pelo Ministério Público,<br />
no caso <strong>da</strong> morte <strong>de</strong> um utente,<br />
foi alvo, na passa<strong>da</strong> semana,<br />
<strong>de</strong> outra queixa, <strong>de</strong>sta vez no<br />
Livro Amarelo. <strong>Os</strong> episódios estão<br />
a preocupar a Administração<br />
Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ARS) do Centro.<br />
O clínico é acusado <strong>de</strong> embriaguês<br />
no local <strong>de</strong> trabalho e à hora<br />
do expediente.<br />
No primeiro caso, que ocorreu<br />
há quatro meses, a viúva <strong>de</strong> um<br />
utente acusa o médico <strong>de</strong> ter examinado<br />
o seu marido sob o efeito<br />
do álcool. O utente faleceu a caminho<br />
do serviço <strong>de</strong> Cardiologia do<br />
Hospital <strong>de</strong> Santo André, em <strong>Leiria</strong>,<br />
para on<strong>de</strong> foi encaminhado por<br />
<strong>de</strong>cisão do médico <strong>de</strong> Alcobaça.<br />
A situação mais recente, que<br />
teve lugar na passa<strong>da</strong> semana, um<br />
utente entrou com o filho no gabinete<br />
do médico, on<strong>de</strong> - segundo<br />
fonte <strong>da</strong> ARS do Centro - se encontrava<br />
um rádio “que estaria a interferir<br />
na consulta”. O utente terá<br />
pedido ao médico que baixasse o<br />
Rui Rocha foi eleito como novo<br />
presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong> Associação<br />
Humanitária dos Bombeiros<br />
Voluntários <strong>de</strong> Ansião, com<br />
134 <strong>de</strong> 153 votos possíveis.<br />
O vereador e vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
Câmara Municipal preten<strong>de</strong> que<br />
se abra um novo capítulo nas relações<br />
entre a Direcção <strong>da</strong> Associação<br />
e o corpo activo <strong>de</strong> bombeiros.<br />
Nos últimos meses, a<br />
convivência tem sido difícil com<br />
ANA FERRAZ PEREIRA<br />
ARS do Centro preocupa<strong>da</strong> com o caso<br />
som e, após uma troca <strong>de</strong> palavras<br />
mais intensa, o rádio alega<strong>da</strong>mente<br />
<strong>de</strong>sapareceu.<br />
“O médico acusou o utente <strong>de</strong><br />
ter roubado o rádio”, explica a mesma<br />
fonte. O doente optou por chamar<br />
a PSP, para que verificasse que<br />
o rádio não se encontrava na sua<br />
posse. “O utente achou a situação<br />
O julgamento <strong>de</strong> uma burla superior<br />
a cinco milhões <strong>de</strong> euros, envolvendo<br />
uma empresa <strong>da</strong> Benedita,<br />
38 empresários e off-shores numa<br />
ilha do Pacífico, voltou a ser adiado<br />
na segun<strong>da</strong>-feira pelo Tribunal<br />
<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha, <strong>da</strong><strong>da</strong> a ausência<br />
<strong>de</strong> um dos arguidos, Carlos<br />
Machado, presumivelmente a residir<br />
no Brasil.<br />
Depois <strong>de</strong> ter sido adia<strong>da</strong> a primeira<br />
audiência, marca<strong>da</strong> para<br />
Novembro do ano passado, o colectivo<br />
<strong>de</strong> juízes presidido por Paulo<br />
Coelho, optou por voltar a adiar as<br />
sessões marca<strong>da</strong>s para todos os dias<br />
<strong>de</strong>sta semana, uma vez que à repetição<br />
do caso julgado em Alcobaça<br />
foram entretanto apensos nove<br />
processos, que o colectivo enten<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>verem ser julgados em conjunto.<br />
O facto <strong>de</strong> Carlos Machado, que<br />
no processo principal seria julgado<br />
na sua ausência, não ter sido<br />
notificado para o julgamento <strong>de</strong><br />
alguns dos apensos, levou o tribunal<br />
a <strong>de</strong>cidir que o julgamento só<br />
po<strong>de</strong>rá ocorrer após a sua notificação,<br />
ficando as novas sessões<br />
marca<strong>da</strong>s para 3, 4 e 5 <strong>de</strong> Maio.<br />
Nessas <strong>da</strong>tas serão ouvidos os<br />
arguidos Fernando Cardoso e a<br />
mulher, Maria <strong>de</strong> Jesus, e Carlos<br />
tão caricata que terá dito que parecia<br />
que o médico estava embriagado”,<br />
disse fonte <strong>da</strong> ARS.<br />
A mesma fonte explica que “em<br />
relação a estas situações que têm<br />
implicado este médico, tem havido,<br />
por parte <strong>da</strong> ARS do Centro,<br />
um certo cui<strong>da</strong>do”.<br />
O primeiro caso verificou-se no<br />
Machado, que alega<strong>da</strong>mente terão<br />
constituído a Consulting and Investiments,<br />
uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> com se<strong>de</strong><br />
na Polinésia e escritório na Benedita<br />
(Alcobaça), através do qual<br />
atraíam clientes, prometendo financiamento<br />
a empresas e particulares<br />
a precisar <strong>de</strong> capital para iniciar<br />
ou relançar negócios.<br />
Em troca, era-lhes exigido um<br />
adiantamento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z por<br />
cento do capital e que os investidores<br />
constituíssem um off-shore<br />
num paraíso fiscal, a que se referiam<br />
como o Domínio <strong>de</strong> Melchize<strong>de</strong>k<br />
(DOM), que não passa <strong>de</strong> um<br />
pequeno atol na Polinésia, que<br />
troca <strong>de</strong> críticas e acusações entre<br />
a anterior Direcção li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> por<br />
Júlio Marques e os homens coman<strong>da</strong>dos<br />
por Carlos Faveiro.<br />
O conflito tornou-se visível<br />
durante as comemorações do 48º<br />
aniversário <strong>da</strong>quela corporação,<br />
com as palavras proferi<strong>da</strong>s pelo<br />
então presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Assembleia<br />
Geral <strong>da</strong> Associação Humanitária,<br />
Fernando Silva, que criticou Carlos<br />
Faveiro e seus homens. Na reunião<br />
<strong>da</strong> Assembleia Geral, a 9 <strong>de</strong><br />
Janeiro, os membros <strong>da</strong> corporação<br />
atacaram o trabalho <strong>da</strong> Direcção<br />
li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> por Júlio Marques e<br />
chumbaram a proposta <strong>de</strong> orçamento<br />
para 2006.<br />
Uma entrevista concedi<strong>da</strong> pelo<br />
presi<strong>de</strong>nte cessante ao jornal local<br />
“Horizonte” contribuiu para aumentar<br />
a tensão, com o responsável a<br />
acusar o corpo <strong>de</strong> bombeiros <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>svio <strong>de</strong> fundos e sonegação <strong>de</strong><br />
hospital <strong>de</strong> Alcobaça, o que, numa<br />
primeira análise, fez com que o clínico<br />
fosse i<strong>de</strong>ntificado com aquela<br />
uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Mas o médico<br />
em questão é do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
e, naquela noite, efectuava serviço<br />
no Serviço <strong>de</strong> Atendimento Permanente,<br />
nas instalações <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que são usa<strong>da</strong>s para<br />
o efeito.<br />
António Ventura, presi<strong>de</strong>nte do<br />
Conselho <strong>de</strong> Administração, confirma<br />
que <strong>de</strong>correm averiguações<br />
internas e que foi contactado pelo<br />
Ministério Público, que lhe pediu<br />
informações sobre a noite em que<br />
o utente falecido foi atendido pelo<br />
médico em questão.“Já há uns anos,<br />
na anterior Administração, houve<br />
um escân<strong>da</strong>lo pelo mesmo assunto”,<br />
recor<strong>da</strong> António Ventura.<br />
Estranho é que Dina Ruivaco,<br />
directora do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, não<br />
tenha conhecimento oficial do primeiro<br />
caso. Quando soube do segundo,<br />
a responsável alterou o turno<br />
do médico em causa, <strong>da</strong>s noites<br />
para as manhãs. ■<br />
Ana Ferraz Pereira<br />
Tribunal <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha notifica arguido supostamente a residir no Brasil<br />
Julgamento <strong>de</strong> off-shore volta a ser adiado<br />
durante a maré-cheia fica submerso.<br />
O julgamento seguirá com a<br />
audição <strong>de</strong> dois agentes <strong>da</strong> Judiciária,<br />
as principais testemunhas<br />
do caso, em que foram extorquidos<br />
a 38 empresários cerca <strong>de</strong> 650<br />
mil euros, no âmbito <strong>de</strong> uma frau<strong>de</strong><br />
que envolveu ain<strong>da</strong> a falsa abertura<br />
<strong>de</strong> um banco – American Bank<br />
Group (ABC) e, no caso <strong>de</strong> um<br />
empresário nortenho, a aplicação<br />
<strong>de</strong> outro esquema que passava por<br />
investimentos num alegado projecto<br />
humanitário <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>da</strong> Guiné Equatorial, orçado<br />
em dois milhões <strong>de</strong> dólares.■<br />
Dina Aleixo<br />
Ânimos acalmam nos Voluntários <strong>de</strong> Ansião<br />
Bombeiros processam presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Direcção cessante<br />
proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> corporação.<br />
Face a estas afirmações, o<br />
coman<strong>da</strong>nte, Carlos Faveiro, fez<br />
saber, em comunicado, que as<br />
“acusações divulga<strong>da</strong>s, que visaram<br />
o coman<strong>da</strong>nte e também as<br />
mulheres e homens do corpo <strong>de</strong><br />
Bombeiros, serão objecto <strong>de</strong> processo<br />
judicial, por calúnia e difamação.”<br />
■<br />
Jacinto Silva Duro
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | SEGURANÇA |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 11<br />
Sistema Baby Match em funcionamento<br />
Hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> protege<br />
crianças <strong>de</strong> rapto<br />
ELISABETE CRUZ<br />
Crianças interna<strong>da</strong>s já usam pulseira<br />
O serviço <strong>de</strong> Pediatria do Hospital<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está dotado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
terça-feira, <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> protecção<br />
electrónico <strong>de</strong> crianças e<br />
posicionamento local, <strong>de</strong>nominado<br />
Baby Match, que aju<strong>da</strong>rá a prevenir<br />
eventuais raptos.<br />
Bilhota Xavier, director do serviço<br />
<strong>de</strong> Pediatria, explicou que a<br />
pulseira será utiliza<strong>da</strong> por to<strong>da</strong>s as<br />
crianças, dos recém-nascidos aos<br />
6 anos. “A partir <strong>de</strong>ssa i<strong>da</strong><strong>de</strong> as<br />
crianças já terão mais <strong>de</strong>fesas. <strong>Os</strong><br />
bebés são os mais preocupantes. A<br />
excepção serão as crianças, <strong>de</strong> qualquer<br />
i<strong>da</strong><strong>de</strong>, que estão à guar<strong>da</strong> do<br />
serviço”, adiantou. “O sistema fica<br />
caro, porque apenas os TAGs (etiquetas<br />
electrónicas) são recuperáveis.<br />
Tudo o resto é <strong>de</strong>scartável. <strong>Os</strong><br />
custos <strong>de</strong> manutenção são elevados,<br />
por isso protegemos os mais<br />
frágeis”, justificou.<br />
“Esta é uma mais-valia para as<br />
crianças <strong>da</strong> região, que ficam mais<br />
seguras e os próprios pais mais confiantes”,<br />
sublinhou Bilhota Xavier,<br />
congratulando-se pelo Hospital <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> não ter registo <strong>de</strong> raptos.<br />
“Temos <strong>de</strong> ter uma atitu<strong>de</strong> pró-activa<br />
para prevenir aci<strong>de</strong>ntes, tendo<br />
em conta os relatos ocorridos noutros<br />
hospitais. No nosso serviço<br />
tivemos apenas um caso, há cerca<br />
<strong>de</strong> três anos, <strong>de</strong> uns pais que raptaram<br />
o filho, numa situação em<br />
que a criança tinha sido retira<strong>da</strong><br />
aos pais”, revela.<br />
“O Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
está a negociar com duas empresas<br />
para que o sistema possa funcionar<br />
rapi<strong>da</strong>mente nos recém-nascidos”,<br />
adianta Bilhota Xavier,<br />
revelando que, neste momento, o<br />
serviço possui 40 pulseiras. A uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> internamento tem uma<br />
lotação <strong>de</strong> 26 camas no serviço <strong>de</strong><br />
pediatria e mais 16 na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Cui<strong>da</strong>dos Especiais <strong>de</strong> Pré-natais.<br />
Todos os pequenos pacientes<br />
que forem internados no hospital<br />
receberão uma pulseira, que funciona<br />
com uma etiqueta electrónica<br />
integra<strong>da</strong> e que está liga<strong>da</strong> à<br />
segurança do hospital.<br />
Se uma criança se aproximar<br />
<strong>de</strong> uma porta automática, esta bloqueia<br />
<strong>de</strong> imediato. Se conseguir<br />
Neve obrigou a corte <strong>de</strong> estra<strong>da</strong>s<br />
Turistas “evacuados” em Porto <strong>de</strong> Mós<br />
passar, porque alguém do lado contrário<br />
ia a entrar, o alarme é accionado<br />
no momento e a criança localiza<strong>da</strong>.<br />
O sistema serve também para<br />
impedir a entra<strong>da</strong> na sala dos medicamentos.<br />
“As i<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre 3 e os<br />
4 anos é que são mais curiosos por<br />
estas coisas”, admite.<br />
Neste momento, o hospital <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> é o segundo a avançar com<br />
o Baby Match, que foi possível com<br />
a aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> Missão Sorriso, a iniciativa<br />
do hipermercado Continente,<br />
que com a ven<strong>da</strong> dos CDs<br />
<strong>da</strong> Leopoldina oferece material a<br />
vários hospitais do País. Esta entrega<br />
refere-se à acção <strong>de</strong> 2004.<br />
A Missão Sorriso vai voltar ao<br />
hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em breve, <strong>de</strong>sta<br />
vez para entregar um sistema “pioneiro<br />
em Portugal”, que impedirá<br />
a troca <strong>de</strong> medicamentos. Ca<strong>da</strong><br />
doente terá um código <strong>de</strong> barras,<br />
que será colocado também no fármaco<br />
que sempre que for administrado,<br />
passará no código do<br />
doente, confirmando que está correcto.■<br />
Elisabete Cruz<br />
Responsável pelo Agrupamento relativiza o sucedido<br />
Mãe agri<strong>de</strong> funcionária em escola <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Motivos do “foro íntimo” terão<br />
estado na origem <strong>da</strong> agressão<br />
<strong>de</strong> uma encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> educação<br />
a uma funcionária <strong>de</strong> uma<br />
empresa que serve refeições aos<br />
alunos <strong>de</strong> uma extensão <strong>da</strong> Escola<br />
Amarela <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que funciona<br />
nas instalações <strong>da</strong> Centro<br />
Educativo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (CEL), há<br />
cerca <strong>de</strong> uma semana.<br />
A mãe <strong>de</strong> um aluno, que frequenta<br />
o referido estabelecimento<br />
<strong>de</strong> ensino, terá entrado no refeitório<br />
“visivelmente perturba<strong>da</strong>” e<br />
“sequestrou” a funcionária agredindo-a<br />
alega<strong>da</strong>mente com violência.<br />
“Preocupámo-nos pontualmente.<br />
Não dou mais relevância ao sucedido.<br />
Foi <strong>de</strong>sagradável, assustador<br />
no momento, mas a segurança funcionou<br />
e rapi<strong>da</strong>mente chegaram<br />
as forças policiais”, adiantou Graça<br />
Sampaio, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Comissão<br />
Executiva do Agrupamento <strong>de</strong><br />
Escolas D. Dinis.<br />
O sucedido alarmou alguns pais,<br />
que questionaram a segurança <strong>da</strong><br />
escola. Uma mãe avançou ao JOR-<br />
NAL DE LEIRIA que “qualquer pessoa<br />
po<strong>de</strong> entrar” no recinto. “O meu<br />
marido, que raramente vai levar o<br />
meu filho e ninguém o conhece,<br />
entrou sem problemas”, reforçou.<br />
A encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> educação conta<br />
que os pais sempre questionaram<br />
o facto <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> <strong>da</strong>s crianças<br />
se fazer pela parte <strong>de</strong> trás do<br />
edifício. “À frente funciona o CEL.<br />
Daí que os alunos entrem pelo outro<br />
lado. No dia 2 <strong>de</strong> Janeiro, disseram-nos<br />
que as crianças iriam continuar<br />
a utilizar esse acesso por<br />
motivos <strong>de</strong> segurança”, revela, esperando<br />
que a agressão sirva para<br />
reforçar a segurança. “Foi pedido<br />
à DREC [Direcção Regional <strong>de</strong> Educação<br />
do Centro], veremos o que<br />
irá acontecer.”<br />
Graça Sampaio contrapõe e<br />
afirma que a escola possui a “segurança<br />
que têm to<strong>da</strong>s as outras”.<br />
A responsável acrescenta ser “quase<br />
impossível prever e evitar situações<br />
como esta”, garantindo que<br />
o estabelecimento tem a presença<br />
permanente <strong>de</strong> uma funcionária<br />
à porta.<br />
Reforçando a preocupação dos<br />
pais, a encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> educação<br />
frisa que não existem garantias <strong>de</strong><br />
que possam entrar na escola “pessoas<br />
não i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, com as piores<br />
<strong>da</strong>s intenções, o que po<strong>de</strong> resultar<br />
numa tragédia”.<br />
“Este caso foi com uma mãe e<br />
qualquer encarregado <strong>de</strong> educação<br />
tem acesso à escola. A funcionária<br />
controla as restantes entra<strong>da</strong>s”,<br />
remata Graça Sampaio.<br />
O JORNAL DE LEIRIA contactou<br />
a DREC, que remeteu qualquer<br />
esclarecimento para a Comissão<br />
Executiva do Agrupamento <strong>de</strong> Escolas<br />
D. Dinis. ■<br />
EC<br />
BREVES<br />
■<br />
Nazaré<br />
Homicídio<br />
em julgamento<br />
O julgamento dos três jovens que<br />
espancaram até à morte um pescador<br />
<strong>da</strong> Nazaré, em Abril do ano<br />
passado, começou na segun<strong>da</strong>feira<br />
no tribunal <strong>da</strong> vila. A sessão<br />
ficou marca<strong>da</strong> pela contradição<br />
entre dois dos três arguidos.<br />
Marco Correia, Sérgio Monteiro<br />
e Roberto Catarino são acusados<br />
dos crimes <strong>de</strong> homicídio qualificado<br />
e <strong>de</strong> profanação do cadáver<br />
<strong>de</strong> Hél<strong>de</strong>r Israel. Na sessão,<br />
Marco Correia responsabilizou<br />
Roberto Catarino pelo crime,<br />
enquanto este garantiu que o primeiro<br />
é que <strong>de</strong>u indicação para<br />
agredir a vítima. O início do julgamento<br />
juntou familiares e amigos<br />
do pescador, que ameaçaram<br />
os réus, o que levou a reforços<br />
policiais. O crime terá ocorrido<br />
por vingança pessoal <strong>de</strong> um dos<br />
réus, na casa <strong>de</strong> um dos presumíveis<br />
homici<strong>da</strong>s. <strong>Os</strong> três arguidos<br />
passeavam <strong>de</strong> carro na marginal<br />
<strong>da</strong> Nazaré quando terão<br />
encontrado a vítima e o convi<strong>da</strong>ram<br />
para tomar um copo. Depois<br />
do crime, terão colocado o corpo<br />
<strong>da</strong> vítima no interior <strong>de</strong> dois<br />
sacos pretos, tendo-o transportado<br />
na bagagem do carro até<br />
Peniche, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>sfizeram <strong>de</strong>le<br />
junto ao Cabo Carvoeiro.<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Homem morre<br />
carbonizado<br />
Um homem, <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente<br />
60 anos, morreu num<br />
incêndio, domingo à tar<strong>de</strong>,<br />
numa casa “tipo barraca”, na<br />
locali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Carreira, <strong>Leiria</strong>.<br />
Segundo o Centro Distrital <strong>de</strong><br />
Operações <strong>de</strong> Socorro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
a vítima encontrava-se<br />
sozinha, quando, por causas<br />
<strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>flagrou o<br />
fogo que lhe provocou a morte<br />
por carbonização. Quando<br />
os Bombeiros Municipais <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> e Voluntários <strong>de</strong> Ortigosa<br />
chegaram ao local, o<br />
homem já havia morrido.<br />
Pombal<br />
Aci<strong>de</strong>nte<br />
vitima jovem<br />
Alguns turistas que visitavam o<br />
concelho <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós foram<br />
surpreendidos pela que<strong>da</strong> <strong>de</strong> neve<br />
que caiu em quase todos os distritos<br />
do País, no domingo. <strong>Os</strong> visitantes<br />
<strong>de</strong>slocavam-se em autocarros<br />
para restaurantes na zona <strong>da</strong><br />
Serra <strong>de</strong> Aire e ficaram bloqueados.<br />
As pessoas foram obriga<strong>da</strong>s a<br />
recorrer à aju<strong>da</strong> dos carros <strong>da</strong> Câmara<br />
e dos Bombeiros locais para chegarem<br />
ao seu <strong>de</strong>stino.<br />
Na segun<strong>da</strong>-feira, em São Bento,<br />
Covas Altas, dois autocarros que<br />
transportavam crianças para a escola<br />
também ficaram bloqueados. O<br />
problema voltou a ser resolvido<br />
pelos mesmos meios.<br />
A neve e gelo que caíram no<br />
domingo obrigaram também a Briga<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> Trânsito (BT) <strong>da</strong> GNR a<br />
medi<strong>da</strong>s redobra<strong>da</strong>s. A A1 esteve<br />
corta<strong>da</strong> cerca <strong>de</strong> sete horas entre o<br />
Nó <strong>de</strong> Santarém e Pombal.<br />
O piso escorregadio provocou<br />
vários <strong>de</strong>spistes <strong>de</strong> carros, que <strong>de</strong>pois<br />
não conseguiram sair <strong>da</strong>s valetas<br />
cheias <strong>de</strong> neve. No distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
os bombeiros foram chamados<br />
para retirar carros atolados na neve<br />
em Mira d’Aire e Chainça.<br />
A A8, entre Loures e <strong>Leiria</strong>, e a<br />
A15, que liga Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha a<br />
Santarém, também estiveram com<br />
o trânsito cortado. O primeiro corte<br />
ocorreu no sentido Sul/Norte,<br />
junto às portagens <strong>da</strong> Malveira,<br />
<strong>de</strong>vido a um choque em ca<strong>de</strong>ia com<br />
cinco viaturas ligeiras. O aci<strong>de</strong>nte<br />
provocou dois feridos graves e quatro<br />
ligeiros. A estra<strong>da</strong> foi também<br />
impedi<strong>da</strong> entre os nós <strong>de</strong> Bombarral<br />
e Torres Vedras Sul, apenas <strong>de</strong>vido<br />
à neve que se acumulou no piso.<br />
Na EN 236 junto a Castanheira <strong>de</strong><br />
Pera, no Norte do distrito, a circulação<br />
rodoviária também esteve<br />
impedi<strong>da</strong>. ■<br />
Um jovem <strong>de</strong> 28 anos morreu,<br />
na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sábado, quando o<br />
veículo que conduzia se <strong>de</strong>spistou<br />
e embateu contra um muro,<br />
na estra<strong>da</strong> municipal 589, em<br />
Soure. O jovem, resi<strong>de</strong>nte em<br />
Poios, Redinha (Pombal), era o<br />
único ocupante do veículo. <strong>Os</strong><br />
bombeiros tiveram <strong>de</strong> utilizar<br />
material <strong>de</strong> <strong>de</strong>sencarceramento<br />
para retirar a vítima. ■
12 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | EDUCAÇÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Educação<br />
especial<br />
Reflectir sobre as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> resposta à diversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e clarificar modos <strong>de</strong> participação<br />
dos diferentes agentes<br />
educativos na (<strong>de</strong>s)construção<br />
<strong>da</strong> educação especial é o objectivo<br />
<strong>da</strong> jorna<strong>da</strong> “Reflexões<br />
sobre educação especial”, que<br />
<strong>de</strong>correrá a partir <strong>da</strong>s 9 horas<br />
do dia 9, no auditório 1 <strong>da</strong><br />
Escola Superior <strong>de</strong> Educação<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Organizado pelas<br />
Equipas <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação dos<br />
Apoios Educativos, o encontro<br />
<strong>de</strong>stina-se a todos os docentes.<br />
A sessão <strong>de</strong> encerramento,<br />
presidi<strong>da</strong> pelo director<br />
regional <strong>de</strong> Educação do Centro,<br />
José Manuel Silva, está<br />
prevista para as 16:15 horas<br />
Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />
Sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong> na<br />
adolescência<br />
Projecto <strong>de</strong>senvolvido na Correia Mateus, em <strong>Leiria</strong><br />
Oficina do comportamento<br />
apoia alunos indisciplinados<br />
<strong>Os</strong> alunos <strong>da</strong> Escola Básica do<br />
2º e 3º Ciclos Dr. Correia Mateus<br />
com comportamentos <strong>de</strong>sajustados,<br />
<strong>de</strong> indisciplina e <strong>de</strong> violência<br />
passaram a ser encaminhados para<br />
a Oficina do Comportamento, on<strong>de</strong><br />
duas professoras do estabelecimento<br />
<strong>de</strong> ensino tentam apurar as<br />
causas <strong>da</strong>s suas atitu<strong>de</strong>s e apoiá-<br />
-los na procura <strong>de</strong> soluções.<br />
Amélia do Vale, professora <strong>de</strong><br />
Matemática/Ciências, explica que<br />
enquanto assessora pe<strong>da</strong>gógica do<br />
Conselho Executivo assistia com<br />
frequência a casos <strong>de</strong> alunos que<br />
eram man<strong>da</strong>dos para casa por problemas<br />
<strong>de</strong> indisciplina. Quando<br />
regressavam, an<strong>da</strong>vam bem durante<br />
15 dias, mas <strong>de</strong>pois voltavam a<br />
“pisar o risco”.<br />
“<strong>Os</strong> miúdos quando se portam<br />
mal, não o fazem por serem mal<br />
educados. Querem mostrar que<br />
alguma coisa não está bem. O mau<br />
comportamento é um sintoma”,<br />
afirma a professora. Nesse sentido,<br />
enten<strong>de</strong> que penas disciplinares,<br />
como man<strong>da</strong>r os alunos para<br />
RICARDO GRAÇA<br />
Amélia do Vale age como tutora dos alunos<br />
casa, são eficazes apenas no casos<br />
dos estu<strong>da</strong>ntes com uma “cultura<br />
próxima <strong>da</strong> escola”, em que essa<br />
forma <strong>de</strong> repreensão os <strong>de</strong>ixa envergonhados.<br />
No caso dos alunos com<br />
problemas frequentes <strong>de</strong> indisciplina,<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> ser imprescindível<br />
i<strong>de</strong>ntificar as causas para encontrar<br />
soluções mais ajusta<strong>da</strong>s.<br />
A docente assegura que os alunos<br />
se sentem bem na Oficina do<br />
Comportamento, on<strong>de</strong> conversam<br />
sobre os seus problemas e são convi<strong>da</strong>dos<br />
a reflectir sobre a sua conduta,<br />
embora não <strong>de</strong> uma forma<br />
moralista. Amélia do Vale e Isabel<br />
Lopes, também professora <strong>de</strong> Matemática/Ciências,<br />
utilizam para o<br />
efeito pequenas histórias que retratam<br />
situações do dia-a-dia, que os<br />
fazem reflectir sobre os seus valores<br />
e projecto <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, através <strong>da</strong><br />
toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />
“Saem todos com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
mu<strong>da</strong>r. Não quer dizer que o façam,<br />
mas saem <strong>da</strong>qui com força”, garante<br />
Amélia do Vale. <strong>Os</strong> casos mais<br />
complicados são encaminhados<br />
para especialistas. Des<strong>de</strong> o início<br />
do projecto, já foram apoiados 30<br />
alunos, muitos dos quais continuam<br />
a frequentar a Oficina do<br />
Comportamento.<br />
A intenção <strong>da</strong>s duas professoras<br />
é contribuir para que os alunos<br />
construam a sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
personali<strong>da</strong><strong>de</strong> e auto-estima; facilitar<br />
a sua integração na escola,<br />
grupos e família; levá-los a executar<br />
tarefas socialmente reconheci<strong>da</strong>s<br />
e a mu<strong>da</strong>r comportamentos,<br />
através <strong>da</strong> aprendizagem<br />
<strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />
e avaliação <strong>de</strong> consequências.■<br />
Alexandra Barata<br />
<strong>Os</strong> responsáveis pela Associação<br />
<strong>de</strong> Promoção e Educação<br />
para a Saú<strong>de</strong> – Sentidos e Sensações<br />
e Cristina Pecante, <strong>da</strong><br />
Saú<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
Rainha são os oradores <strong>da</strong>s<br />
“Conversas Católica” sobre<br />
sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong> na adolescência,<br />
que terá lugar no dia 15, pelas<br />
16 horas, no auditório <strong>da</strong> Escola<br />
Superior <strong>de</strong> Biotecnologia<br />
<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica. Com<br />
periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> mensal, a iniciativa<br />
é promovi<strong>da</strong> pelo serviço<br />
<strong>de</strong> documentação e informação<br />
<strong>da</strong> escola. As sessões<br />
estão abertas ao público em<br />
geral.<br />
Professores<br />
homenageados<br />
Doze professoras do 1º ciclo<br />
vão ser homenagea<strong>da</strong>s amanhã,<br />
a partir <strong>da</strong>s 18:30 horas,<br />
pela Câmara <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha,<br />
na Biblioteca Municipal.<br />
À semelhança dos anos anteriores,<br />
a autarquia <strong>de</strong>dica a<br />
cerimónia a todos os professores<br />
do 1º ciclo e educadores<br />
<strong>de</strong> infância que exercem ou<br />
exerceram a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong> no<br />
concelho, com <strong>de</strong>staque para<br />
aqueles que se aposentaram<br />
no último ano. ■<br />
Pacto regional para o ensino quer contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> região<br />
Politécnico realiza estudo<br />
sobre formação e investigação<br />
Realizar um estudo prospectivo<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
regional, nos domínios do ensino,<br />
formação e investigação é<br />
uma <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s previstas no<br />
programa <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s para<br />
2006 do Pacto regional para o<br />
ensino, formação e investigação.<br />
Aprovado por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
na terça-feira pelos subscritores<br />
<strong>da</strong> iniciativa, promovi<strong>da</strong><br />
pelo Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
(IPL), o estudo será concretizado<br />
este ano.<br />
“O inglês é uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>. Há escolas que têm<br />
<strong>de</strong> escolher quem são as crianças<br />
que vão ter acesso às aulas.<br />
As restantes ficam excluí<strong>da</strong>s.”<br />
Este foi um dos avisos lançados<br />
à assessora <strong>da</strong> ministra <strong>da</strong> Educação,<br />
que compareceu em substituição<br />
<strong>de</strong> Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Rodrigues,<br />
no encontro <strong>da</strong> Confe<strong>de</strong>ração<br />
Nacional <strong>da</strong>s Instituições <strong>de</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
(CNIS), em Fátima, na<br />
sexta-feira e sábado.<br />
“Este estudo <strong>de</strong>ixa transparecer<br />
os benefícios para a região,<br />
tais como: o crescimento no sector<br />
económico e público, o crescimento<br />
nas novas e nas já instala<strong>da</strong>s<br />
indústrias e ain<strong>da</strong> um<br />
investimento no capital humano<br />
e na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em geral”,<br />
explica um comunicado do IPL.<br />
O encontro teve ain<strong>da</strong> como<br />
objectivo constituir um grupo <strong>de</strong><br />
trabalho <strong>de</strong> gestão do protocolo,<br />
do qual fazem parte Nuno<br />
Mangas, vice-presi<strong>de</strong>nte do IPL,<br />
A representante <strong>da</strong> ministra foi<br />
bombar<strong>de</strong>a<strong>da</strong> com dúvi<strong>da</strong>s quanto<br />
ao futuro mo<strong>de</strong>lo <strong>da</strong>s IPSS liga<strong>da</strong>s<br />
à infância. Segundo A<strong>de</strong>lino<br />
Moutinho, membro <strong>da</strong> Direcção<br />
<strong>da</strong> CNIS, as instituições estão a<br />
viver um momento muito “quente<br />
e preocupante” e são necessárias<br />
certezas.<br />
O ensino <strong>de</strong>sigual <strong>da</strong> língua<br />
inglesa no 1º Ciclo, e os horários<br />
alargados <strong>de</strong> funcionamento dos<br />
ATL, <strong>da</strong>s 7 às 20 horas, levaram os<br />
Joaquim Barbosa, <strong>da</strong> Direcção<br />
Regional <strong>da</strong> Educação <strong>de</strong> Lisboa,<br />
Ana Elisa Santos, do Centro <strong>de</strong><br />
Formação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Vítor Lourenço,<br />
<strong>da</strong> Escola Profissional <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> e um membro <strong>da</strong> Nerlei -<br />
Associação Empresarial <strong>da</strong> Região<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a <strong>de</strong>signar. O projecto<br />
passou a contar com a APE-<br />
PO - Associação para o Ensino<br />
Profissional do Oeste e o GABI-<br />
NAE - Gabinete <strong>de</strong> Apoio ao<br />
Empresário como novos membros.<br />
representantes a questionar a representante<br />
<strong>da</strong> ministra sobre o tipo<br />
<strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho a aplicar<br />
aos trabalhadores. “Funcionário<br />
públicos ou privados, em part-time<br />
ou full time?” A assessora <strong>da</strong> ministra<br />
<strong>de</strong>ixou as dúvi<strong>da</strong>s sem resposta,<br />
mas assegurou que o Ministério<br />
tem presente que as escolas não<br />
po<strong>de</strong>m substituir as IPSS.<br />
Entre os temas abor<strong>da</strong>dos, foram<br />
ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>batidos os <strong>de</strong>safios e as<br />
oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que se colocam às<br />
“O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um<br />
país e <strong>de</strong> uma região, a sua competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
numa economia que<br />
é global, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>da</strong> qualificação<br />
dos recursos humanos e<br />
<strong>da</strong> investigação. É, por isso, fun<strong>da</strong>mental<br />
que a região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
e Oeste respon<strong>da</strong> colectivamente<br />
ao <strong>de</strong>safio do conhecimento,<br />
como condição essencial para o<br />
seu <strong>de</strong>senvolvimento”, disse Luciano<br />
<strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>, presi<strong>de</strong>nte do IPL,<br />
no dia em que o projecto foi subscrito<br />
por 30 enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s. ■<br />
Instituições Priva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> reuniram-se em Fátima<br />
“O inglês é uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>”<br />
IPSS e o papel dos ATL na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
como elementos formadores<br />
e <strong>de</strong> integração social e comunitária.<br />
Para os representantes presentes<br />
no encontro, o ATL não<br />
<strong>de</strong>veria abranger apenas o 1º Ciclo<br />
do ensino básico, mas teria <strong>de</strong> ser<br />
implementado dos 6 aos 16 anos,<br />
<strong>de</strong>vido às <strong>de</strong>ficiências que a escola<br />
<strong>de</strong>monstra como espaço eficaz<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, formação e<br />
integração social e comunitária. ■<br />
Jacinto Silva Duro
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | POLÍTICA |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 13<br />
Vereador do PS na Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Américo Coelho po<strong>de</strong>rá bater<br />
com a porta<br />
Américo Coelho <strong>de</strong>verá abandonar as<br />
funções <strong>de</strong> vereador do PS <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> por alega<strong>da</strong>mente ter entrado em rota<br />
<strong>de</strong> colisão com o colega <strong>de</strong> partido, Raul<br />
Castro. “Já falei com o PS. A <strong>de</strong>silusão é<br />
total. Não resolveram na<strong>da</strong>, chutaram para<br />
canto”, confessa o eleito socialista ao JOR-<br />
NAL DE LEIRIA, escusando-se, no entanto,<br />
a apontar nomes e a explicar o motivo que<br />
o levou a pon<strong>de</strong>rar essa <strong>de</strong>cisão. “De facto,<br />
tem havido algum <strong>de</strong>scontentamento. Já<br />
manifestei isso aos meus colegas vereadores<br />
e a José Manuel Silva, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Concelhia”,<br />
adianta. Américo Coelho afirma ain<strong>da</strong><br />
ter consultado alguns amigos no passado<br />
fim <strong>de</strong> semana para tomar uma resolução.<br />
“É algo que vou ter que <strong>de</strong>cidir”, diz, sem,<br />
no entanto, apontar uma <strong>da</strong>ta.<br />
Segundo uma fonte do PS, Américo Coelho<br />
cedo terá levantado dúvi<strong>da</strong>s com a escolha<br />
<strong>de</strong> Raul Castro para candi<strong>da</strong>to do PS à<br />
Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Divergências que terão<br />
aumentado com a forma como Raul Castro<br />
conduziu a campanha e com as exigências<br />
feitas ao partido.<br />
De acordo com a mesma fonte, Américo<br />
Coelho ter-se-á queixado <strong>de</strong> que as reuniões<br />
entre os vereadores socialistas são mal<br />
prepara<strong>da</strong>s e que existe pouca comunicação<br />
entre o grupo. Mais: que Raul Castro<br />
ARQUIVO/JL<br />
Américo Coelho quer <strong>de</strong>ixar a vereação<br />
terá faltado a algumas reuniões e que <strong>de</strong>dica<br />
pouco tempo à sua preparação.<br />
Aquando <strong>da</strong> discussão, em reunião <strong>de</strong><br />
Câmara, sobre a instalação <strong>de</strong> um megacentro<br />
comercial em <strong>Leiria</strong>, o facto <strong>de</strong> Raul<br />
Castro ter alega<strong>da</strong>mente pedido aos restantes<br />
vereadores do PS que não fizessem qualquer<br />
intervenção para além <strong>da</strong> <strong>de</strong>claração<br />
<strong>de</strong> voto, será outro dos motivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentamento<br />
manifestado por Américo Coelho.<br />
Este vereador, acrescenta a fonte do partido,<br />
também <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a aceitação <strong>de</strong> pelouros,<br />
ao contrário <strong>de</strong> Raul Castro, e terá mesmo<br />
abor<strong>da</strong>do o assunto com a presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Isabel Damasceno.<br />
Tudo isto terá sido discutido numa reunião,<br />
no passado dia 26 <strong>de</strong> Janeiro, com os<br />
membros do secretariado do partido, a pedido<br />
do queixoso, encontro que terá servido<br />
para anunciar a sua vonta<strong>de</strong> em abandonar<br />
a vereação. Altura em que terá adiado a sua<br />
<strong>de</strong>cisão para Março, mês em que <strong>de</strong>verão<br />
realizar-se eleições para a Concelhia.<br />
No entanto, Américo Coelho terá ficado<br />
<strong>de</strong>scontente com “a abor<strong>da</strong>gem pouco contun<strong>de</strong>nte”<br />
como o lí<strong>de</strong>r <strong>da</strong> Concelhia, José<br />
Manuel Silva, conduziu a reunião.<br />
Quem estranha esta toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> posição<br />
é Raul Castro, lí<strong>de</strong>r dos vereadores do PS,<br />
presente na dita reunião. “Foram aflora<strong>da</strong>s<br />
algumas i<strong>de</strong>ias na reunião, mas correu tudo<br />
bem. Acho esquisito. Como po<strong>de</strong> dizer que<br />
falou connosco? Sem comentários”, regista<br />
Raul Castro. Instado por este jornal a<br />
comentar a hipótese <strong>de</strong> Américo Coelho<br />
abandonar a Câmara, José Manuel Silva<br />
optou pelo silêncio.<br />
O lugar vago <strong>de</strong>ixado por Américo Coelho<br />
<strong>de</strong>verá ser preenchido pelo número cinco<br />
<strong>da</strong> lista do PS, António Ferreira. ■<br />
Concelhia do PS <strong>da</strong> Nazaré<br />
Isabel Vigia<br />
recusa lista<br />
conjunta nas eleições<br />
A Concelhia <strong>da</strong> Nazaré do PS continua envolta<br />
num autêntico turbilhão e as próximas<br />
eleições para a Comissão Política Concelhia<br />
(CPC) prometem ser apenas mais um episódio<br />
do conflito entre os apoiantes <strong>da</strong> presi<strong>de</strong>nte<br />
do órgão, Isabel Vigia, e a facção que<br />
li<strong>de</strong>rou a candi<strong>da</strong>tura do partido nas últimas<br />
eleições autárquicas. Nas últimas semanas,<br />
existiram contactos formais entre Isabel<br />
Vigia e representantes <strong>da</strong> facção <strong>de</strong> apoio<br />
ao vereador João Benavente, com o propósito<br />
<strong>de</strong> estabelecer uma lista <strong>de</strong> consenso<br />
para a Concelhia, mas o acordo foi inviabilizado.<br />
Isabel Vigia vai, <strong>de</strong>ste modo, apresentar<br />
uma lista própria às eleições para a<br />
Comissão Política Concelhia e a formalização<br />
<strong>de</strong>ssa intenção <strong>de</strong>ve acontecer no <strong>de</strong>correr<br />
<strong>da</strong> próxima semana, até porque as eleições<br />
<strong>de</strong>vem ser marca<strong>da</strong>s para o mês <strong>de</strong><br />
Março.<br />
Do lado dos apoiantes <strong>de</strong> João Benavente<br />
ain<strong>da</strong> não existe uma estratégia <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>,<br />
mas é praticamente certo que surgirá uma<br />
lista opositora à actual presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> CPC.<br />
Resta saber se João Simãozinho, candi<strong>da</strong>to<br />
<strong>de</strong>rrotado em Janeiro <strong>de</strong> 2004, estará disponível<br />
para mais um embate. Para já, o<br />
dirigente socialista não quer tecer comentários<br />
sobre o assunto. Em Outubro passado,<br />
o PS obteve o pior resultado <strong>de</strong> sempre<br />
em eleições autárquicas na Nazaré, per<strong>de</strong>ndo<br />
um vereador e a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />
Valado dos Fra<strong>de</strong>s. ■<br />
Rui Alexandre é o nome apontado para encabeçar lista<br />
Daniel Adrião <strong>de</strong>ixa<br />
li<strong>de</strong>rança do PS<br />
<strong>de</strong> Alcobaça<br />
ARQUIVO/JL<br />
Daniel Adrião<br />
Daniel Adrião não será<br />
candi<strong>da</strong>to às eleições para<br />
a Comissão Política Concelhia<br />
<strong>de</strong> Alcobaça do Partido<br />
Socialista, que <strong>de</strong>verão<br />
ter lugar em Março ou<br />
Abril. Rui Alexandre é o<br />
nome avançado para encabeçar<br />
uma lista.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Comissão<br />
Política Concelhia do PS há<br />
dois man<strong>da</strong>tos, Daniel Adrião<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a renovação e diz<br />
que “há muita gente capaz”<br />
no partido. “<strong>Os</strong> socialistas<br />
que têm estado afastados<br />
<strong>de</strong>vem agora <strong>da</strong>r um passo<br />
em frente.”<br />
Defensor <strong>de</strong> um novo<br />
ciclo no PS <strong>de</strong> Alcobaça,<br />
Daniel Adrião mostra-se<br />
“sempre disponível para<br />
apoiar e aju<strong>da</strong>r”. <strong>Os</strong> resultados<br />
<strong>da</strong>s últimas autárquicas<br />
também influenciaram<br />
a sua <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> não<br />
se voltar a candi<strong>da</strong>tar. “Ficaram<br />
aquém do que estava<br />
à espera.”<br />
Nomeado assessor do<br />
Governo no início <strong>de</strong> Janeiro,<br />
Daniel Adrião vai manter-se<br />
como vereador e assegura<br />
que trabalhará com<br />
“qualquer Comissão Política<br />
que venha a ser eleita”,<br />
numa clara alusão às relações<br />
turbulentas entre a<br />
Comissão Política a que presi<strong>de</strong><br />
e António José Henriques,<br />
vereador no anterior<br />
man<strong>da</strong>to autárquico.<br />
“No passado fui vítima<br />
<strong>de</strong> situações <strong>da</strong>s quais não<br />
gostei. Por isso, o meu comportamento<br />
será diferente”,<br />
argumenta Daniel Adrião.<br />
O socialista <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> também<br />
que “é importante colocar<br />
os interesses do concelho<br />
à frente dos pessoais”.<br />
LISTA NA CALHA<br />
Rui Alexandre é o nome<br />
apontado pelo advogado<br />
Arnaldo Homem Rebelo<br />
para encabeçar a lista <strong>de</strong><br />
que o próprio causídico fará<br />
parte. “É preciso renovar e<br />
não po<strong>de</strong> ser só no paleio”,<br />
justificou. “O objectivo <strong>da</strong><br />
candi<strong>da</strong>tura é pôr o PS a<br />
funcionar no concelho. Pelo<br />
que se viu nestas eleições<br />
[autárquicas], não estava.”<br />
Rui Alexandre não confirma<br />
o convite, afirmando<br />
apenas que “é muito<br />
cedo”. Já Rui Rasquilho,<br />
nome que tinha sido apontado<br />
para uma eventual<br />
candi<strong>da</strong>tura, <strong>de</strong>smente qualquer<br />
intenção <strong>de</strong> se candi<strong>da</strong>tar<br />
à Concelhia. “E mesmo<br />
que me convi<strong>da</strong>ssem,<br />
não aceitava”, garantiu. ■<br />
Ana Ferraz Pereira
14 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | SOCIEDADE | ENTREVISTA | JORNAL DE LEIRIA |<br />
RICARDO GRAÇA<br />
João Goulão, presi<strong>de</strong>nte do Instituto <strong>da</strong> Droga e Toxico<strong>de</strong>pendência<br />
A toxico<strong>de</strong>pendência<br />
cura-se<br />
Profundo conhecedor do fenómeno <strong>da</strong>s toxico<strong>de</strong>pendências, João<br />
Goulão diz que não há recursos financeiros nem humanos que<br />
permitam alargar mais a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Atendimento a<br />
Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. E, por isso, as respostas têm que ser “flexíveis”.<br />
Defensor <strong>da</strong>s salas <strong>de</strong> chuto e <strong>da</strong> <strong>de</strong>scriminilização do consumo <strong>de</strong><br />
drogas, acredita que os números oficiais só representam meta<strong>de</strong> do<br />
número <strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes existentes. Homem <strong>de</strong> esquer<strong>da</strong><br />
assumido, admite que é muito difícil combater as listas <strong>de</strong> espera<br />
nos CATs. Em jovem experimentou haxixe.<br />
Não queremos seguir uma política<br />
<strong>de</strong> betão, mas apostar em respostas<br />
<strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>”. O que<br />
quis dizer com isto?<br />
Houve um período (última meta<strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90) em que a nossa<br />
priori<strong>da</strong><strong>de</strong> foi dotar todos os distritos<br />
do continente com, pelo menos,<br />
um Centro <strong>de</strong> Atendimento a Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
(CAT), criar uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sabituação e complementar<br />
este dispositivo com uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s terapêuticas, sendo<br />
que, neste último caso, a iniciativa<br />
foi sobretudo cometi<strong>da</strong> às enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
dos sectores social e privado.<br />
Esta re<strong>de</strong> teve um enorme<br />
incremento nesse período. No entanto,<br />
ain<strong>da</strong> hoje existem áreas lacunares.<br />
Não há recursos financeiros<br />
e menos ain<strong>da</strong> recursos humanos<br />
que o permitam. Além do mais, a<br />
variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do fenómeno impõe<br />
que acompanhemos os fluxos<br />
“migratórios” <strong>da</strong> população que<br />
preten<strong>de</strong>mos servir. Daí que as respostas<br />
para as áreas on<strong>de</strong> temos<br />
lacunas tenham <strong>de</strong> ser mais flexíveis<br />
e facilmente mobilizáveis. Dou-<br />
-lhe um exemplo, uma vez que este<br />
jornal é <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>: estamos prestes<br />
a abrir uma extensão do CAT <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> na Marinha Gran<strong>de</strong>. E esta<br />
nova uni<strong>da</strong><strong>de</strong> correspon<strong>de</strong> a uma<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>.<br />
E nas zonas que não dispõem<br />
<strong>de</strong> resposta?<br />
Noutras zonas problemáticas,<br />
será possível acorrer às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
através, por exemplo, <strong>de</strong> equipas<br />
móveis, utilizando carrinhas.<br />
A i<strong>de</strong>ia é encontrar respostas ágeis,<br />
eficazes e pouco dispendiosas. Não<br />
é possível pensar em instalar CATs<br />
em todos os concelhos do país.<br />
E para quando este tipo <strong>de</strong><br />
apoios no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>?<br />
A instalação ou alargamento<br />
<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> respostas passa por<br />
um diagnóstico <strong>de</strong> base territorial,<br />
tão rigoroso quanto possível, a realizar<br />
pelos nossos serviços em estreita<br />
colaboração com os municípios,<br />
outros parceiros <strong>da</strong> administração<br />
pública e os dos sectores social e<br />
privado que intervêm na área. Com<br />
base nesses diagnósticos serão <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s<br />
áreas <strong>de</strong> intervenção, elenca<strong>da</strong>s<br />
as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais e anuncia<strong>da</strong>s<br />
as regras para os diversos<br />
tipos <strong>de</strong> intervenção. Este é um processo<br />
que preten<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>senvolver<br />
no primeiro semestre <strong>de</strong>ste ano.<br />
Tem i<strong>de</strong>ia do número <strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
i<strong>de</strong>ntificados no<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>?<br />
Apenas posso <strong>da</strong>r-lhe uma i<strong>de</strong>ia<br />
dos toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes em acompanhamento<br />
nos CAT do Distrito.<br />
Sei que o número tem vindo a<br />
aumentar significativamente. Em<br />
2004 tínhamos 635 utentes acompanhados<br />
no CAT <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
Referiu que as estatísticas existentes<br />
sobre o número <strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
não são reais, pois<br />
“há uma população toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
que não está diagnostica<strong>da</strong>”.<br />
O que fazer para chegar até<br />
eles?<br />
Apesar do alargamento <strong>da</strong> re<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos, há um número significativo<br />
<strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que<br />
não nos procura. Em muitos casos,<br />
são pessoas <strong>de</strong> tal forma <strong>de</strong>sorganiza<strong>da</strong>s<br />
pessoal e socialmente que<br />
só através <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> proactiva,<br />
indo ao seu encontro nos meios<br />
on<strong>de</strong> se movimentam, será possível<br />
aproximá-los do sistema <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> e, em alguns casos, mobilizá-los<br />
para tratamento. Isto faz-se,<br />
por exemplo, com a intervenção<br />
<strong>de</strong> equipas <strong>de</strong> rua, centros <strong>de</strong> acolhimento<br />
e outras respostas no<br />
âmbito <strong>da</strong> redução <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos.<br />
Qual é a percentagem <strong>de</strong>stes<br />
casos ?<br />
Varia nas diversas zonas<br />
do País. Em geral, encontramos<br />
mais situações <strong>de</strong>stas<br />
nas gran<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />
on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>senraizamento<br />
social é maior (Lisboa e Porto),<br />
mas também acontece<br />
noutras regiões. Penso que<br />
a percentagem conheci<strong>da</strong> é igual<br />
à percentagem <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>.<br />
Existem quatro Centros <strong>de</strong><br />
Atendimento a Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
para <strong>de</strong>zasseis concelhos<br />
no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Não lhe<br />
parece insuficiente?<br />
Como disse, não po<strong>de</strong>mos ter a<br />
velei<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> instalar um CAT em<br />
ca<strong>da</strong> concelho; a partir dos existentes,<br />
procuramos encontrar respostas<br />
<strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
De que forma estão a combater<br />
as listas <strong>de</strong> espera nos CATs e<br />
nos programas <strong>de</strong> substituição?<br />
Infelizmente, temos neste momento<br />
gran<strong>de</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s (na prática,<br />
quase total impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>) <strong>de</strong><br />
reforçar as nossas equipas, por questões<br />
que têm a ver com a necessária<br />
aprovação do quadro <strong>de</strong> pessoal<br />
do IDT, no que diz respeito aos<br />
contratos individuais <strong>de</strong> trabalho.<br />
Por isso, temos <strong>de</strong> fazer mais com<br />
os recursos humanos <strong>de</strong> que dispomos,<br />
reorganizando as equipas<br />
e mobilizando alguns técnicos entre<br />
equipas. No entanto, em alguns<br />
CATs nem mesmo assim conseguimos<br />
<strong>da</strong>r to<strong>da</strong>s as respostas que<br />
preten<strong>de</strong>mos. É um esforço que<br />
vamos continuar, a par <strong>de</strong> uma<br />
maior articulação e colaboração<br />
com as estruturas <strong>da</strong> redução <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>nos.<br />
O que pensa <strong>da</strong> reestruturação<br />
que está a ser feita na área <strong>da</strong><br />
saú<strong>de</strong>?<br />
Sou favorável à melhoria <strong>da</strong><br />
articulação entre as diversas respostas<br />
e ao reforço do papel dos<br />
cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> primários. No<br />
IDT temos feito um gran<strong>de</strong> esforço<br />
<strong>de</strong> aproximação ao restante sistema<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, no sentido <strong>de</strong> agilizar<br />
as respostas aos nossos utentes,<br />
sendo certo que não queremos ser<br />
um Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para<br />
toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e que servimos<br />
uma população ca<strong>da</strong> vez mais doente,<br />
dos pontos <strong>de</strong> vista físico, mental<br />
e social.<br />
Consi<strong>de</strong>ra que as penas a cumprir<br />
por crimes ligados à toxico<strong>de</strong>pendência<br />
são exagera<strong>da</strong>s?<br />
Há muitas pessoas que estão<br />
presas, não pelos consumos, mas<br />
por crimes aquisitivos relacionados<br />
com os consumos. Penso que<br />
há dispositivos legais, como o envio<br />
para estruturas <strong>de</strong> tratamento em<br />
alternativa ao cumprimento <strong>de</strong> pena<br />
<strong>de</strong> prisão, que não estão a ser <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />
explorados.<br />
Mesmo sabendo que a gran<strong>de</strong><br />
maioria dos reclusos é toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte,<br />
não <strong>de</strong>veria existir um<br />
estabelecimento <strong>de</strong> reclusão só<br />
para estes casos?<br />
Dado o volume <strong>da</strong> população<br />
prisional relaciona<strong>da</strong> com a droga,<br />
essa não me parece uma solução<br />
viável. Deveríamos era po<strong>de</strong>r<br />
garantir que a população reclusa<br />
“...não queremos<br />
ser um Serviço<br />
Nacional <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> para<br />
toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes”
| JORNAL DE LEIRIA | SOCIEDADE | ENTREVISTA |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 15<br />
tivesse acesso a todos os recursos<br />
<strong>de</strong> prevenção, tratamento, redução<br />
<strong>de</strong> <strong>da</strong>nos e reinserção disponíveis<br />
em meio livre.<br />
As salas <strong>de</strong> chuto foram muito<br />
critica<strong>da</strong>s por alguns políticos<br />
em Portugal, mas <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong>s por<br />
si.<br />
As salas <strong>de</strong> consumo assistido<br />
são instalações que só fazem sentido<br />
se integra<strong>da</strong>s numa re<strong>de</strong> mais<br />
ampla <strong>de</strong> respostas no âmbito <strong>da</strong><br />
redução <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos. São locais on<strong>de</strong><br />
os utilizadores dispõem do material<br />
necessário aos consumos em<br />
condições <strong>de</strong> higiene, evitando as<br />
condições <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ntes em que esses<br />
consumos muitas vezes ocorrem.<br />
Além <strong>de</strong> reduzirem a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> infecção (quer o contágio<br />
VIH, hepatites, etc., quer <strong>da</strong> ocorrência<br />
<strong>de</strong> abcessos), as experiências<br />
<strong>de</strong> outros países revelam ganhos<br />
importantes no número <strong>de</strong> mortes<br />
por overdose. A principal mais-<br />
-valia <strong>de</strong>ste dispositivo é a aproximação<br />
do seu público-alvo, em<br />
geral os toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes mais<br />
<strong>de</strong>gra<strong>da</strong>dos física, mental e socialmente,<br />
aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
permitindo alterar práticas<br />
<strong>de</strong> consumo e motivando para<br />
o acompanhamento nas estruturas<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
A toxico<strong>de</strong>pendência cura-se?<br />
Sim. A toxico<strong>de</strong>pendência é uma<br />
doença <strong>de</strong> evolução arrasta<strong>da</strong>, multifactorial,<br />
em cuja evolução há<br />
muitas vezes <strong>de</strong>scompensações,<br />
normalmente <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>s como<br />
recaí<strong>da</strong>s, o que me parece injusto<br />
por comparação com outras doenças;<br />
ninguém fala <strong>de</strong> recaí<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
um diabético. Penso que há muitas<br />
pessoas que se libertam <strong>de</strong>finitivamente<br />
<strong>da</strong> <strong>de</strong>pendência, po<strong>de</strong>ndo<br />
consi<strong>de</strong>rar um <strong>de</strong>terminado<br />
período <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> como encerrado.<br />
Têm é <strong>de</strong> interiorizar que<br />
qualquer contacto com as substâncias<br />
<strong>de</strong> que foram <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
lhe está ve<strong>da</strong>do.<br />
Existe uma taxa <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong><br />
recuperação dos toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
em Portugal?<br />
É muito variável. Existe uma<br />
panóplia bastante ampla <strong>de</strong> recursos<br />
terapêuticos, utilizáveis <strong>de</strong> acordo<br />
com as características individuais.<br />
Mesmo a comparação, por<br />
exemplo, entre os diversos mo<strong>de</strong>los<br />
<strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s terapêuticas<br />
envolve gran<strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>, porque<br />
o ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser<br />
muito diferente. Há comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
que acolhem toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
sem abrigo ou muito <strong>de</strong>sorganizados,<br />
e outras que só admitem<br />
toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes com elevado<br />
grau <strong>de</strong> motivação. <strong>Os</strong> resultados<br />
são muito variáveis. No entanto,<br />
arriscaria uma taxa <strong>de</strong> recuperação<br />
global para todos os programas<br />
em torno dos 30 por cento<br />
passados cinco anos.<br />
Ao fim <strong>de</strong> quantos anos se po<strong>de</strong><br />
consi<strong>de</strong>rar “curado” um ex-consumidor<br />
<strong>de</strong> drogas duras?<br />
Habitualmente toma-se como<br />
referência um período <strong>de</strong> cinco<br />
anos, embora possam ocorrer problemas<br />
mais tar<strong>de</strong>.<br />
O que po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve um pai fazer<br />
para dissuadir um filho do consumo<br />
<strong>de</strong> drogas?<br />
A educação é sobretudo exemplo,<br />
atenção e disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Será<br />
difícil aos pais terem <strong>de</strong>terminado<br />
discurso se abusam <strong>de</strong> álcool, medicamentos<br />
ou substâncias ilícitas. É<br />
importante que haja informação<br />
correcta sobre as diversas substâncias,<br />
mas também atenção aos<br />
percursos dos filhos: ao rendimento<br />
escolar, à sua integração social, aos<br />
seus níveis <strong>de</strong> auto-estima. É muito<br />
importante conhecer os amigos,<br />
estar atento ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>da</strong> sua sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong> e apoiar as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
que lhe dão gozo. No processo<br />
<strong>de</strong> autonomização há que<br />
jogar o “jogo <strong>da</strong> cor<strong>da</strong>”, tendo o<br />
cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> não puxar <strong>de</strong>mais nem<br />
largar <strong>de</strong> repente.<br />
Qual a atitu<strong>de</strong> que os pais <strong>de</strong>vem<br />
ter quando <strong>de</strong>sconfiam que o filho<br />
po<strong>de</strong>rá estar envolvido em drogas?<br />
Não há receitas infalíveis, mas<br />
mais uma vez a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
para discutir com ele os seus problemas<br />
é fun<strong>da</strong>mental. Esse po<strong>de</strong><br />
ser um passo importante para evitar<br />
que uma continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso<br />
possa conduzir à <strong>de</strong>pendência. Em<br />
alguns casos, po<strong>de</strong>rá haver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> recurso a aju<strong>da</strong> especializa<strong>da</strong>.<br />
Um pai babado<br />
As novas drogas são uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
O seu consumo em discotecas<br />
e locais nocturnos po<strong>de</strong> ser<br />
um factor <strong>de</strong>terminante para o<br />
aumento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência?<br />
Essa é uma <strong>da</strong>s nossas preocupações,<br />
pelo que a intervenção <strong>de</strong><br />
carácter preventivo e <strong>de</strong> redução<br />
<strong>de</strong> riscos constituem uma <strong>da</strong>s nossas<br />
priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Essas intervenções<br />
serão tanto mais eficazes quanto<br />
mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s entre pares,<br />
com o necessário enquadramento<br />
técnico.<br />
Apoiou Jerónimo <strong>de</strong> Sousa nas<br />
Presi<strong>de</strong>nciais. Que comentários<br />
lhe merecem os resultados <strong>de</strong>stas<br />
eleições?<br />
A sua candi<strong>da</strong>tura era a que<br />
melhor po<strong>de</strong>ria influenciar a evolução<br />
<strong>da</strong> nossa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> para que<br />
o fenómeno <strong>da</strong> toxico<strong>de</strong>pendência<br />
fosse enfrentado nas suas causas<br />
mais profun<strong>da</strong>s e não apenas<br />
nos efeitos mais visíveis. Além disso,<br />
apenas posso formular o <strong>de</strong>sejo<br />
<strong>de</strong> que o novo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
República <strong>de</strong>dique tanta atenção e<br />
sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> a este tema como o<br />
Dr. Jorge Sampaio.<br />
Foi coor<strong>de</strong>nador <strong>da</strong> Casa Pia<br />
para a área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Como tem<br />
acompanhado o processo judicial?<br />
Acredita que se fará justiça?<br />
Acredito que serão encontrados<br />
e punidos os culpados, porque as<br />
vítimas existem. Tive oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> conhecer os <strong>da</strong>nos físicos e<br />
psíquicos que sofreram as vítimas<br />
<strong>da</strong> Casa Pia<br />
Sendo que os indicadores para<br />
este ano são a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
crise. Quais as suas perspectivas?<br />
Será mais um ano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s individuais e sociais.<br />
E também para as instituições. No<br />
que diz respeito ao IDT, os meios<br />
ficarão aquém do <strong>de</strong>sejável, pelo<br />
que teremos que fazer melhor com<br />
os meios disponíveis.<br />
É a favor <strong>da</strong> legalização <strong>da</strong>s<br />
drogas?<br />
Sou a favor do enquadramento<br />
legal actual, que é <strong>de</strong> <strong>de</strong>scriminalização<br />
do consumo <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as<br />
drogas, mantendo a penalização,<br />
que serve para continuar a <strong>da</strong>r um<br />
sinal <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalor social. Daqui a<br />
alguns anos, essa questão será remeti<strong>da</strong><br />
muito mais para a esfera <strong>da</strong><br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
individual.<br />
Alguma vez experimentou drogas?<br />
Como alguém disse, “fui um<br />
jovem do meu tempo”. Apenas<br />
experimentei haxixe, mas nunca<br />
tive consumos regulares. ■<br />
Elisabete Cruz<br />
Ricardo Rosenheim Rodrigues<br />
A serie<strong>da</strong><strong>de</strong>, o cui<strong>da</strong>do nas respostas e a forma como domina os assuntos ligados à sua área impressiona.<br />
João Goulão mostra um profundo conhecimento e uma sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> fora do comum para esta problemática.<br />
No final <strong>da</strong> entrevista, um pouco mais solto, conta que foi pai recentemente. Um brilho<br />
aparece nos olhos quando conta que agora só tem tempo para o mais novo elemento <strong>da</strong> família. O trabalho<br />
que <strong>de</strong>senvolve é uma paixão que o “absorve quase por completo”. Licenciado em Medicina pela<br />
Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Lisboa, começou a trabalhar na área <strong>da</strong> toxico<strong>de</strong>pendência em 1987. Esteve<br />
à frente do Serviço <strong>de</strong> Prevenção e Tratamento <strong>da</strong> Toxico<strong>de</strong>pendência e exerceu, entretanto, as funções<br />
<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nador para a área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Casa Pia <strong>de</strong> Lisboa. Sem medo relata-nos o “horror”<br />
que sentiu , na examinação <strong>de</strong> algumas <strong>da</strong>s vítimas do processo Casa Pia. Arrepiante! Uma experiência<br />
apesar <strong>de</strong> tudo “gratificante”, conta.<br />
Comunista assumido, a sua vi<strong>da</strong> “é e foi feita <strong>de</strong> lutas”.<br />
Fernando Negrão, o homem que substituiu ao leme do IDT (já <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> sua criação e resultado <strong>da</strong><br />
fusão do IDDT e do SPTT) foi seu opositor político nas legislativas <strong>de</strong> 2002 no Algarve. Conta que<br />
após a <strong>de</strong>rrota ligou a Negrão a felicitá-lo. Na altura o vencedor respon<strong>de</strong>u-lhe: “A vi<strong>da</strong> dá muitas voltas.<br />
É possível que tenhamos oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar juntos” Meses <strong>de</strong>pois, tendo Fernando Negrão<br />
sido nomeado, acabou <strong>de</strong> facto por convidá-lo para seu acessor. ■<br />
Perguntas<br />
dos outros<br />
Marino Tralhão<br />
director do Cat <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Para quando a existência <strong>de</strong><br />
direcções clínicas nas direcções<br />
regionais?<br />
Está em curso a nomeação <strong>de</strong><br />
“Interlocutores Regionais” para<br />
as diversas áreas (prevenção,<br />
tratamento, redução <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos<br />
e reinserção) que funcionarão<br />
junto <strong>da</strong>s Delegações Regionais<br />
garantindo a articulação<br />
entre as respectivas Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
Especializa<strong>da</strong>s e os <strong>de</strong>partamentos<br />
dos Serviços Centrais<br />
do IDT.<br />
Pascal Timóteo, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
associação <strong>de</strong> Pais <strong>da</strong> Escola<br />
EB2 3 Correia Mateus e polícia<br />
<strong>de</strong> profissão<br />
Quando são <strong>de</strong>tidos toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
por posse <strong>de</strong><br />
estupefacientes para consumo,<br />
são conduzidos para a<br />
Comissão <strong>de</strong> Dissuasão para<br />
a Toxico<strong>de</strong>pendência. O que<br />
é que lhes é oferecido nesta<br />
instância e qual o grau <strong>de</strong><br />
eficácia?<br />
Quando são presentes é feita<br />
uma avaliação <strong>da</strong> sua condição<br />
<strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes ou<br />
consumidores ocasionais. O<br />
objectivo <strong>da</strong> actuação <strong>de</strong>stas<br />
comissões é encaminhá-los<br />
para tratamento. No caso dos<br />
utilizadores ocasionais o que<br />
se preten<strong>de</strong> não é penalizá-<br />
-los, mas oferecer-lhes outro<br />
tipo <strong>de</strong> respostas que não passam<br />
pelos CATs, mas que po<strong>de</strong>rão<br />
ajudá-los na discussão dos<br />
seus reais problemas e evitarem<br />
a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um percurso<br />
que possa conduzir à<br />
<strong>de</strong>pendência.<br />
Ana Patrícia Nobre, presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Associação Novo<br />
Olhar<br />
Quais são as medi<strong>da</strong>s a nível<br />
nacional que o IDT preten<strong>de</strong><br />
promover relativamente<br />
à prevenção do consumo <strong>de</strong><br />
drogas <strong>de</strong> “<strong>de</strong>sign”?<br />
As estratégias para enfrentar<br />
este tipo <strong>de</strong> consumos passam<br />
sobretudo por respostas<br />
<strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> âmbito preventivo<br />
e <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> riscos,<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s nos meios<br />
on<strong>de</strong> estes consumos ocorrem,<br />
que estão muito ligados<br />
aos ambientes <strong>de</strong> diversão<br />
nocturna, festivais, raves, etc.<br />
Preten<strong>de</strong>mos criar novas equipas<br />
capazes <strong>de</strong> intervir nesses<br />
contextos e actuando não<br />
apenas ao nível do consumo<br />
<strong>da</strong>s drogas ilícitas, mas também<br />
do consumo do álcool.<br />
Que sejam capazes <strong>de</strong> influenciar<br />
a redução <strong>de</strong> riscos nos<br />
comportamentos sexuais e <strong>de</strong><br />
intervir ao nível <strong>da</strong> prevenção<br />
<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes. Estas equipas<br />
<strong>de</strong>verão tanto quanto<br />
possível, ser constituí<strong>da</strong>s<br />
pelos próprios jovens com o<br />
necessário enquadramento<br />
técnico. ■
16 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />
| O p i n i ã o |<br />
Procrastinação<br />
Uma palavra nova que juntei, esta<br />
semana, ao meu léxico. Significa<br />
adiamento. Uma patologia<br />
grave generaliza<strong>da</strong> que ataca a<br />
maioria dos Portugueses. Disse<br />
a Professora Doutora Rita Campos<br />
e Cunha num artigo notável sobre esta moléstia.<br />
Adiamos <strong>de</strong>cisões, pagamentos, poupanças,<br />
tudo para o último dia e se possível no último<br />
minuto. Tem sido assim há déca<strong>da</strong>s e não se<br />
verifica uma mu<strong>da</strong>nça severa <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> ou <strong>de</strong><br />
comportamento. Mesmo os mais jovens já sofrem<br />
<strong>de</strong>ste mal. Pe<strong>de</strong>m para adiar os testes, adiar o<br />
prazo <strong>de</strong> entrega dos trabalhos, adiar uma <strong>de</strong>fesa<br />
<strong>de</strong> uma tese, adiar os exame , adiar, adiar.<br />
Parece que empurrando os problemas para outro<br />
dia, eles se resolverão por si. Pura ilusão. Não<br />
só não se resolvem como se agravam. Agravaram-se<br />
na justiça, agravaram-se na educação e<br />
na administração pública.<br />
Porém, este governo parece <strong>de</strong>terminado a<br />
colocar alguma correcção nestes sectores, mas<br />
ou pe<strong>de</strong> adiamento ou atira para <strong>da</strong>qui a três<br />
anos a resolução final dos problemas <strong>de</strong>tectados.<br />
Des<strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Janeiro, este governo ficou sem<br />
qualquer obstáculo para a optimização dos recursos<br />
do país. Tem uma maioria estável no Parlamento,<br />
um Presi<strong>de</strong>nte eleito sensível aos problemas<br />
<strong>da</strong> governação e pouco vulnerável às<br />
tricas e pressões partidárias. Não há eleições nos<br />
próximo três anos. Portanto tem to<strong>da</strong>s as condições<br />
políticas para avançar, sem hesitações,<br />
Adiamos <strong>de</strong>cisões,<br />
pagamentos,<br />
poupanças, tudo<br />
para o último dia e<br />
se possível no<br />
último minuto. Tem<br />
sido assim há<br />
déca<strong>da</strong>s e não se<br />
verifica uma<br />
mu<strong>da</strong>nça severa <strong>de</strong><br />
atitu<strong>de</strong> ou <strong>de</strong><br />
comportamento<br />
ANA NARCISO<br />
Professora do Ensino Básico<br />
para as <strong>reforma</strong>s anuncia<strong>da</strong>s e absolutamente<br />
necessárias à mo<strong>de</strong>rnização do País.<br />
Mas não vale tudo.<br />
Há medi<strong>da</strong>s anuncia<strong>da</strong>s para a educação<br />
que sofreram do mal <strong>da</strong> procrastinação e são<br />
agora apresenta<strong>da</strong>s com pompa e circunstância<br />
como se fosse novas. Haja a <strong>de</strong>cência e a<br />
honesti<strong>da</strong><strong>de</strong> intelectual e política <strong>de</strong> dizerem<br />
que apenas as recauchutaram. Mais na<strong>da</strong>. A<br />
concretização do plano para combate ao abandono<br />
escolar já vem do tempo do Dr. David<br />
Justino. Chamava-se "Eu não <strong>de</strong>sisto". Mas<br />
este governo <strong>de</strong>sistiu <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ia nos primeiros<br />
tempos para agora a retomar mu<strong>da</strong>ndo-lhe o<br />
nome. E nestas trocas e baldrocas, quem está<br />
nas escolas com os problemas por e para resolver,<br />
fica confus . Porque se até aqui só se podia<br />
avançar com percursos diferentes <strong>de</strong>pois dos<br />
14 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> para um número mínimo <strong>de</strong><br />
15 alunos por turma, agora permite-se formar<br />
turmas com 10 alunos até aos 15 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
No espaço <strong>de</strong> um ano mudou completamente<br />
a perspectiva. Entretanto per<strong>de</strong>mos alunos,<br />
vonta<strong>de</strong>s, dinheiro e recursos. E sobretudo<br />
per<strong>de</strong>mos ci<strong>da</strong>dãos que mais tar<strong>de</strong> enchem as<br />
listas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados e aumentam os custos<br />
sociais.<br />
Jamais esquecerei uma empresária, que um<br />
dia disse: eu prefiro receber jovens em parceria<br />
com as escolas do que pagar mais tar<strong>de</strong> o<br />
subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego. È este o <strong>de</strong>safio.<br />
E todos não somos <strong>de</strong>mais. Sem mais adiamentos!!<br />
■<br />
| O p i n i ã o |<br />
Rescaldo presi<strong>de</strong>ncial<br />
Eu bem sei que já foi a 22 do mês passado<br />
que os portugueses <strong>de</strong>cidiram,<br />
à primeira volta, eleger o Prof. Cavaco<br />
Silva para o mais alto cargo <strong>da</strong><br />
República, o <strong>de</strong> seu Presi<strong>de</strong>nte. Mas<br />
esse é um facto político que continua<br />
actual e pertinente. Vejamos:<br />
Esta eleição concluiu o ciclo eleitoral que, em<br />
pouco mais <strong>de</strong> ano e meio, chamou o povo às assembleias<br />
<strong>de</strong> voto em quatro ocasiões sucessivas: eleições<br />
europeias em Junho <strong>de</strong> 2004, legislativas antecipa<strong>da</strong>s<br />
em Fevereiro <strong>de</strong> 2005, autárquicas em<br />
Outubro <strong>de</strong>sse ano e, agora, as presi<strong>de</strong>nciais. Foi<br />
um nunca mais acabar <strong>de</strong> campanhas e promessas<br />
eleitorais, <strong>de</strong> algazarra, instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e confusão<br />
próprias <strong>de</strong>sses actos, na<strong>da</strong> condizentes com a<br />
governação serena e criteriosa que um país e uma<br />
economia em crise mais exigem.<br />
Em princípio, se o PS sobreviver à agonia do clã<br />
Soares e conseguir controlar a ânsia <strong>de</strong> protagonismo<br />
<strong>de</strong> Alegre, iremos estar até Junho <strong>de</strong> 2009,<br />
ou seja, mais <strong>de</strong> três anos, imunes às convulsões<br />
que os actos eleitorais sempre causam, traduzindo<br />
pois, um espaço <strong>de</strong> tranquili<strong>da</strong><strong>de</strong> política, a<strong>de</strong>quado<br />
a permitir ao Governo a toma<strong>da</strong> <strong>da</strong>s <strong>de</strong>cisões -<br />
e a sua correcta e efectiva implementação - capazes<br />
<strong>de</strong> fazer sair o país <strong>da</strong> letargia que o tolhe.<br />
E se muitos dos problemas <strong>de</strong>correm <strong>da</strong> questão<br />
económica, quem melhor do que Cavaco Silva<br />
para, em Belém, conferir a Sócrates o apoio presi<strong>de</strong>ncial<br />
indispensável à realização <strong>da</strong>s <strong>reforma</strong>s<br />
estruturais profun<strong>da</strong>s que, tanto no sector público<br />
Se o PS sobreviver<br />
à agonia do clã<br />
Soares e conseguir<br />
controlar a ânsia<br />
<strong>de</strong> protagonismo <strong>de</strong><br />
Alegre, iremos estar<br />
até Junho <strong>de</strong> 2009,<br />
ou seja, mais <strong>de</strong><br />
três anos, imunes às<br />
convulsões que os<br />
actos eleitorais<br />
sempre causam<br />
FERNANDO ENCARNAÇÃO<br />
Advogado<br />
como no mercado <strong>de</strong> trabalho, na justiça, na segurança<br />
social, na fiscali<strong>da</strong><strong>de</strong>, etc., se impõem como<br />
evidências. Cavaco Silva, até pelo facto <strong>de</strong> ser ex-<br />
-primeiro ministro e um economista reputado e<br />
competente, bem sabe que só a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> governativa<br />
po<strong>de</strong> garantir o clima político indispensável<br />
a essas mu<strong>da</strong>nças estruturais que, aparentemente,<br />
todos exigem.<br />
São duas personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s distintas, mas com traços<br />
<strong>de</strong> similitu<strong>de</strong> e que a História con<strong>de</strong>nou a enten<strong>de</strong>rem-se.<br />
E ambos bem o sabem. Aliás, bem lá no fundo,<br />
Sócrates não <strong>de</strong>sconhece que terá em Cavaco um<br />
aliado institucional, capaz <strong>de</strong> oferecer o apoio<br />
necessário para algumas <strong>da</strong>s <strong>reforma</strong>s que o Governo<br />
tem vindo a prometer (muito) e a fazer (pouco).<br />
E Cavaco, convicto do valor <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
política e querendo ser eleito para um segundo<br />
man<strong>da</strong>to, sabe que não po<strong>de</strong> hostilizar o Governo.<br />
Acresce que a maioria presi<strong>de</strong>ncial que o elegeu<br />
extravasou muito para além dos partidos que<br />
o apoiaram, o que retirou essa "vantagem" à oposição<br />
que PSD e CDS-PP po<strong>de</strong>riam querer fazer ao<br />
PS e ao Governo. E, com Cavaco em Belém, escusam<br />
<strong>de</strong> contar com ele para fomentar climas <strong>de</strong><br />
instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> política e <strong>de</strong> guerrilha institucional,<br />
pensando com isso apear o PS <strong>da</strong> governação.<br />
Mas atenção, não é Cavaco que tem <strong>de</strong> governar.<br />
Essa é uma tarefa que cabe a Sócrates. Sei é<br />
que o Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República não será nenhuma<br />
força <strong>de</strong> bloqueio a que se faça o que tem <strong>de</strong> ser<br />
feito. ■
| JORNAL DE LEIRIA | OPINIÃO |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 17<br />
| O p i n i ã o |<br />
Erro fatal<br />
Merece que <strong>de</strong>le<br />
falemos porque,<br />
tratando-<br />
-se <strong>de</strong> alguém,<br />
como Mário<br />
Soares, que tão<br />
importante papel <strong>de</strong>sempenhou na<br />
história recente <strong>de</strong> Portugal, a pergunta<br />
que, inevitável, surge é que<br />
se terá passado, que é que terá corrido<br />
mal, para tão severa reprimen<strong>da</strong><br />
ter recebido nas urnas. Resposta?<br />
Ela aqui vai: um <strong>de</strong>sencontro<br />
essencial com o tempo. Soares, ao<br />
inventar uma versão póstuma <strong>de</strong><br />
si mesmo, foi como morto que se<br />
apresentou - e ninguém está a votar<br />
em mortos. Mas vejamos.<br />
Há, em todo este triste episódio,<br />
uma sucessão gradua<strong>da</strong> <strong>de</strong> erros.<br />
Comecemos pelos menores. Des<strong>de</strong><br />
logo, a forma ávi<strong>da</strong>, pressurosa<br />
e extemporânea como se chegou<br />
à frente, numa lógica <strong>de</strong> pura<br />
avi<strong>de</strong>z e visando marcar uma presença<br />
que, ingenuamente, acreditou<br />
fosse suficiente para intimi<strong>da</strong>r<br />
o candi<strong>da</strong>to apontado como favorito.<br />
E bem sabemos como a pressa<br />
e a avi<strong>de</strong>z são péssimas companhias.<br />
Depois, o tom quase<br />
retaliativo, <strong>de</strong> ressonância narcísica,<br />
que <strong>de</strong>u à sua <strong>de</strong>cisão: " sou<br />
o único capaz <strong>de</strong> evitar o passeio<br />
triunfal do Professor Cavaco". E se<br />
passeio não foi propriamente a<br />
vitória <strong>de</strong> Cavaco Silva, não foi a<br />
Mário Soares que tal se <strong>de</strong>veu, mas<br />
a um outro que, contra o erro crasso<br />
<strong>de</strong> um regresso em falso se apresentou,<br />
enterrando, nesta disputa<br />
obscena e <strong>de</strong>snecessária, uma amiza<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> déca<strong>da</strong>s.<br />
Em política parece ser perigoso<br />
e arriscado regressar aon<strong>de</strong> se<br />
teve sucesso. Como no futebol -<br />
por isso é que José Mourinho não<br />
vai regressar ao FCPorto. Este um<br />
erro que a mera observação estatística<br />
teria aju<strong>da</strong>do a prevenir.<br />
Um outro erro, ditado pela inadvertência<br />
e pela <strong>de</strong>ficiente interpretação<br />
<strong>da</strong> alma agasta<strong>da</strong> dos portugueses,<br />
foi o <strong>de</strong> não ter previsto<br />
a reacção que a tentativa <strong>de</strong> regresso<br />
ao bem-bom <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ira presi<strong>de</strong>ncial<br />
<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aria - a <strong>de</strong> inveja.<br />
E a inveja é impiedosa, como<br />
se sabe. Aliás, Mário Soares, insistindo<br />
neste erro <strong>de</strong> análise, passou<br />
o tempo todo a sublinhar a "inactivi<strong>da</strong><strong>de</strong>"<br />
e a "impotência" do Presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> República. Este facto só<br />
veio realçar a imagem <strong>de</strong> alguém<br />
que se pela por altos cargos, numa<br />
lógica <strong>de</strong> puro <strong>de</strong>leite pessoal e<br />
volúpia. Mais: insistir na falta <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r do Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República,<br />
foi, uma vez mais, ir contra os sinais<br />
do tempo: os portugueses o que<br />
querem mesmo é um Presi<strong>de</strong>nte<br />
que man<strong>de</strong>. Querem obras e acção<br />
- chega <strong>de</strong> conversa.<br />
A imagem diletante <strong>de</strong> um viciado<br />
na política encaixa mal no clima<br />
<strong>de</strong> emergência que reclama,<br />
antes, a atitu<strong>de</strong> ascética, quase sofri<strong>da</strong>,<br />
do <strong>de</strong>ver, do serviço, atitu<strong>de</strong><br />
E Mário Soares, não<br />
tendo ain<strong>da</strong> morrido<br />
<strong>de</strong> facto, era como se<br />
à morte tivesse<br />
superado já e se<br />
houvesse acolhido no<br />
Olimpo <strong>da</strong> nossa<br />
colectiva veneração.<br />
JOSÉ ANTUNES DE SOUSA<br />
Professor Universitário<br />
que o candi<strong>da</strong>to vencedor encarnou<br />
na perfeição.<br />
Mário Soares cometeu ain<strong>da</strong> o<br />
importante erro <strong>de</strong> sobrevalorizar<br />
o fascínio, que julgou irresistível,<br />
<strong>da</strong> sua figura histórica, insinuando-se<br />
como instância <strong>de</strong> apelo <strong>da</strong><br />
própria Pátria. Mas aí exactamente<br />
o seu engano: ou Portugal está<br />
bem e, não precisando propriamente<br />
<strong>de</strong> um salvador, qualquer<br />
um po<strong>de</strong> ser Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República,<br />
sem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um novo<br />
"sacrifício" <strong>de</strong> Mário Soares, ou está<br />
aflito, como é o caso, e precisa mesmo<br />
<strong>de</strong> um salvador - exactamente<br />
aquilo que não se acredita que<br />
ele possa ser.<br />
E alguns erros mais po<strong>de</strong>ríamos<br />
recor<strong>da</strong>r aqui, entre os quais esse,<br />
palmar, <strong>de</strong> querer combater uma<br />
candi<strong>da</strong>tura, a <strong>de</strong> Cavaco, alicerça<strong>da</strong><br />
na aura pessoal, bem para<br />
lá do apoio oficial <strong>de</strong> partidos,<br />
aparecendo tão marca<strong>da</strong> e ostensivamente<br />
i<strong>de</strong>ntificado com o partido<br />
socialista, e <strong>de</strong>le claramente<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Ou aquele outro, o<br />
<strong>de</strong> diabolizar sistematicamente o<br />
candi<strong>da</strong>to que se sabia incarnar<br />
boa parte <strong>da</strong>s esperanças dos portugueses.<br />
Tudo, porém, erros <strong>de</strong><br />
cálculo e, por isso, menores, quando<br />
comparados com esse erro<br />
essencial - o <strong>da</strong> reincarnação. Explico-me.<br />
Para nós, Mário Soares era assunto<br />
arrumado e bem arrumado, por<br />
sinal, no sossego do nosso coração.<br />
Ele estava já arrendon<strong>da</strong>do em<br />
mito no remanso <strong>da</strong> nossa memória.<br />
E bem sabemos como a morte<br />
é o aliado privilegiado do mito - é<br />
através <strong>de</strong>la que este se fixa.<br />
E Mário Soares, não tendo ain<strong>da</strong><br />
morrido <strong>de</strong> facto, era como se<br />
à morte tivesse superado já e se<br />
houvesse acolhido no Olimpo <strong>da</strong><br />
nossa colectiva veneração. Ele estava<br />
já <strong>de</strong>sincarnado <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
nesse cimo pairante don<strong>de</strong><br />
nos comtemplava em paz com a<br />
história, quando, imprevistamente<br />
e em sobressalto, <strong>de</strong>cidiu reicarnar<br />
e regressar ao trépido enxovalhante<br />
<strong>da</strong> nossa quotidiani<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
misturando-se com os fantasmas<br />
<strong>de</strong> que ele, a seu tempo e <strong>de</strong> forma<br />
privilegia<strong>da</strong>, se libertara já. Decidindo<br />
reeditar postumamente um<br />
capítulo <strong>de</strong> uma vi<strong>da</strong> que já nos<br />
anais dourados <strong>da</strong> história se fixara,<br />
ele arrancou-se ao aconchego<br />
beatífico dos vencedores e precipitou-se<br />
no tumulto <strong>de</strong> um tempo<br />
que já o não reconhece. É um equívoco<br />
trágico, um erro fatal. Porque<br />
os vivos não apreciam o regresso<br />
dos mortos - e pela razão simples<br />
<strong>de</strong> que sabem que é só o fantasma<br />
<strong>de</strong>les o que regressa.<br />
<strong>Os</strong> portugueses, contrariamente<br />
ao que se diz, não vivem<br />
na ânsia <strong>de</strong> um regresso sebástico<br />
- <strong>de</strong>sejam e veneram D.<br />
Sebastião só e na exacta medi<strong>da</strong><br />
em que sabem que ele não<br />
regressará nunca. ■<br />
Esta semana pensei<br />
em escrever<br />
sobre a cultura em<br />
<strong>Leiria</strong>. Até aqui<br />
tudo bem. De<br />
repente penso,<br />
escrever sobre cultura…mas o<br />
quê, em <strong>Leiria</strong>? E <strong>da</strong>qui parti para<br />
uma breve e <strong>de</strong>feituosa investigação<br />
sobre associações culturais<br />
em <strong>Leiria</strong>. Numa primeira<br />
pesquisa pelo Google, encontrei<br />
alguns registos, sobretudo ligados<br />
a associações <strong>de</strong>sportivas<br />
que, estatutariamente, incluem<br />
a cultura na sua <strong>de</strong>signação;<br />
encontrei também alguns blogs;<br />
mas pouco mais… Bem sei que<br />
nem todos estamos nessa gran<strong>de</strong><br />
al<strong>de</strong>ia global que é a Internet.<br />
Então segui para as Páginas<br />
Amarelas (perdoem-me a publici<strong>da</strong><strong>de</strong>)<br />
e fiz nova pesquisa: na<strong>da</strong>.<br />
Existem associações <strong>de</strong> pais, associações<br />
espíritas, associações <strong>de</strong>sportivas<br />
diversas, etc, mas na<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> associações culturais. Repetindo<br />
a pesquisa com Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
Rainha, Marinha Gran<strong>de</strong> ou Alcobaça,<br />
o cenário mu<strong>da</strong>. Em <strong>Leiria</strong><br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, acontece ain<strong>da</strong> outro<br />
fenómeno interessante: 2 ou 3<br />
associações têm o mesmo en<strong>de</strong>reço<br />
e o mesmo contacto telefónico.<br />
Imagino que aqui resi<strong>da</strong><br />
alguma tentativa <strong>de</strong> lobbie associativo,<br />
não sei se mais ou menos<br />
bem sucedi<strong>da</strong>, mas real. Este<br />
assunto <strong>da</strong>ria sem dúvi<strong>da</strong> um<br />
novo artigo… Fica para uma próxima.<br />
Voltando à questão que me<br />
proponho analisar. PORQUE TEM<br />
LEIRIA (CIDADE) TÃO GRANDE<br />
DÉFICE DE EVENTOS CULTU-<br />
RAIS? De uma forma mais<br />
comum, sem gran<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>rações<br />
sociológicas, parece-me<br />
po<strong>de</strong>r atribuir parte <strong>de</strong>sse défice<br />
<strong>de</strong> eventos culturais ao po<strong>de</strong>r<br />
político. Sem dúvi<strong>da</strong>, a dinamização<br />
<strong>da</strong> cultura parte dos órgãos<br />
<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Mas não me parece que<br />
a resposta fique por aí. Ou será<br />
o po<strong>de</strong>r político tão mais dinâmico<br />
nas Cal<strong>da</strong>s, na Marinha ou<br />
em Alcobaça? Mais uma vez, não<br />
me parece. Parece-me sim que a<br />
diferença está nas pessoas e nessas<br />
pessoas estamos todos incluídos.<br />
Note-se que entendo aqui<br />
eventos culturais no seu senti-<br />
| O p i n i ã o |<br />
Parece que estamos todos fechados no armário…<br />
Dizemos muito mal,<br />
claro está, mas não<br />
nos levantamos.<br />
Estamos<br />
continuamente à<br />
espera que alguém<br />
o faça por nós ou<br />
faça mal para<br />
po<strong>de</strong>rmos criticar a<br />
seguir.<br />
PATRÍCIA ERVILHA<br />
patricia@saberser.com<br />
do mais lato, não me refiro apenas<br />
a acontecimentos mais ou<br />
menos intelectuais para minorias.<br />
Refiro-me a to<strong>da</strong>s aquelas<br />
manifestações que "o homem<br />
acrescenta ao meio", como nos<br />
ensinam nos livros.<br />
Por razões que não consigo<br />
<strong>de</strong> forma alguma explicar, na<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, perdoem-me as<br />
poucas associações que existem<br />
e que reconheço, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
cívica está aquém do esperado.<br />
E com isto, refiro-me à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> iniciativa dos ci<strong>da</strong>dãos,<br />
<strong>de</strong> todos, dos mais novos, dos <strong>de</strong><br />
média i<strong>da</strong><strong>de</strong> e dos mais velhos,<br />
ninguém escapa a esta espécie<br />
<strong>de</strong> inércia cultural que se instalou.<br />
Parece-me que sofremos<br />
todos do síndroma do armário,<br />
estamos todos lá fechados a<br />
olhar para o nosso umbigo e<br />
para os dos que nos ro<strong>de</strong>iam.<br />
Dizemos muito mal, claro está,<br />
mas não nos levantamos. Estamos<br />
continuamente à espera<br />
que alguém o faça por nós ou<br />
faça mal para po<strong>de</strong>rmos criticar<br />
a seguir. Não me parece ser<br />
esta a atitu<strong>de</strong> interessante para<br />
uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong> capital <strong>de</strong> distrito.<br />
A cultura <strong>de</strong>ve ser dinâmica,<br />
activa, plural, heterogénea,<br />
umas vezes para pequenas minorias,<br />
outras para gran<strong>de</strong>s maiorias.<br />
A cultura <strong>de</strong>ve ser um<br />
fenómeno que nos envolva a<br />
todos. E, i<strong>de</strong>almente, ca<strong>da</strong> vez<br />
que temos uma i<strong>de</strong>ia, no café,<br />
em casa, no trabalho, mais ou<br />
menos brilhante, <strong>de</strong>vemos fazer<br />
um esforço para a por na prática.<br />
Então, se não conseguirmos,<br />
po<strong>de</strong>mos falar nas barreiras,<br />
na burocracia, na falta<br />
<strong>de</strong> apoios… ao contrário, se<br />
nem sequer tentarmos, restanos<br />
o silêncio. É aqui que começa<br />
o espírito <strong>de</strong> iniciativa <strong>de</strong><br />
que tanto se fala, é na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
para nos organizarmos e<br />
construirmos coisas, diversas,<br />
que abanem a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, que mostrem<br />
que estamos vivos e atentos<br />
e que queremos mais e po<strong>de</strong>mos<br />
exigir porque ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong><br />
nós dá o exemplo. Esta seria<br />
sem dúvi<strong>da</strong> uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong> mais<br />
rica, naquilo que temos <strong>de</strong><br />
melhor: as pessoas. ■
18 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | OPINIÃO | JORNAL DE LEIRIA |<br />
JORLIS, LDA.<br />
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O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está aberto à participação <strong>de</strong> todos os<br />
ci<strong>da</strong>dãos <strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do Estatuto Editorial<br />
<strong>Leiria</strong> avessa às artes<br />
e à cultura<br />
| D o s l e i t o r e s |<br />
O JORNAL DE LEIRIA reserva-se o direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantes <strong>da</strong>s cartas ao Director <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, publica<strong>da</strong>s nesta secção<br />
ADRIANO<br />
PIMPÃO, actual<br />
reitor e presi<strong>de</strong>nte<br />
do Conselho <strong>de</strong><br />
Reitores <strong>da</strong>s Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
Públicas,<br />
vai abandonar<br />
o cargo <strong>de</strong> reitor <strong>da</strong><br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Algarve. A<br />
Assembleia <strong>da</strong>quela instituição<br />
<strong>de</strong> ensino superior, com 25 anos<br />
<strong>de</strong> existência e constituí<strong>da</strong> por<br />
192 membros (incluindo docentes,<br />
funcionários não docentes<br />
e alunos) vai a votos para eleger<br />
o sucessor <strong>da</strong>quele Professor<br />
<strong>da</strong> Nazaré, no próximo<br />
dia 6. <strong>Os</strong> dois candi<strong>da</strong>tos são<br />
Saul Neves <strong>de</strong> Jesus, <strong>da</strong> área <strong>da</strong><br />
Psicologia, e João Guerreiro, <strong>da</strong>s<br />
Ciências Económicas.<br />
SERAFIM BRAVO QUA-<br />
DRADO faleceu na semana passa<strong>da</strong>.<br />
Antigo professor primário<br />
e director <strong>da</strong> “Voz <strong>da</strong> Nazaré”,<br />
ficou célebre a sua rúbrica “O<br />
mar é um cão”, na qual relatava<br />
os naufrágios dos pescadores<br />
nazarenos. Mesmo <strong>de</strong>pois <strong>da</strong><br />
<strong>reforma</strong>, Serafim Quadrado continuou<br />
a intervir na vi<strong>da</strong> social<br />
<strong>da</strong> Nazaré, sendo uma figura<br />
muito respeita<strong>da</strong> na vila.<br />
ANTÓNIO JOAQUIM PIÇAR-<br />
RA é o novo presi<strong>de</strong>nte do Tribunal<br />
<strong>da</strong> Relação <strong>de</strong> Coimbra,<br />
suce<strong>de</strong>ndo a Carlos Leitão. Eleito<br />
a 14 <strong>de</strong> Dezembro, num sufrágio<br />
também disputado por João<br />
Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>, aquele juiz <strong>de</strong>sembargador<br />
tomou posse na passa<strong>da</strong><br />
semana.<br />
RICARDO ROSENHEIM RODRIGUES<br />
Aproveito este espaço para<br />
um manifesto sobre uma “assimetria<br />
cultural” que, provavelmente,<br />
estará a afectar a ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e capital <strong>de</strong> distrito que é<br />
<strong>Leiria</strong>.<br />
É algo que me irrita e espero<br />
que não seja o primeiro nem<br />
o último a reparar que <strong>Leiria</strong> tem<br />
permanecido adormeci<strong>da</strong> relativamente<br />
a activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s culturais,<br />
nomea<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> expressão<br />
artística.<br />
Em relação ao cinema vemos<br />
excelentes filmes (por vezes alternativos)<br />
que só chegam às nossas<br />
salas um ou dois meses <strong>de</strong>pois<br />
<strong>da</strong> estreia... Mais: a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> tinha<br />
envergadura para levar a cabo<br />
activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s como ciclos <strong>de</strong> cinema,<br />
concursos para novos realizadores,<br />
mostras ou festivais,<br />
mas na<strong>da</strong> feito.<br />
Falando do teatro ele é quase<br />
inexistente! Temos duas companhias<br />
em <strong>Leiria</strong>, O Nariz e o<br />
Te-Ato, mas, provavelmente por<br />
falta <strong>de</strong> apoios (coitados) e <strong>de</strong><br />
público (leirienses com a mania<br />
do elitismo) exibem espectáculos<br />
que não estão em cena mais<br />
<strong>de</strong> um ou dois dias! Mas ain<strong>da</strong><br />
OLEGÁRIO BENQUERENÇA<br />
é um dos dois árbitros internacionais<br />
portugueses<br />
nomeados<br />
para a primeira<br />
mão dos<br />
16 avos-<strong>de</strong>-final<br />
<strong>da</strong> Taça UEFA,<br />
agen<strong>da</strong><strong>da</strong> para<br />
15 e 16 <strong>de</strong> Fevereiro, anunciou<br />
a Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong> Futebol.<br />
O árbitro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> dirigirá<br />
o encontro entre os ingleses do<br />
Bolton e os franceses do Marselha,<br />
enquanto o juiz <strong>de</strong> Setúbal,<br />
Lucílio Baptista, vai à Noruega<br />
apitar o encontro entre o<br />
Rosenborg e os russos do FC<br />
Zenit.<br />
JACINTO<br />
MECA, presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Associação<br />
<strong>de</strong> Defesa<br />
<strong>da</strong> Nazaré,<br />
mantêm-se à<br />
frente <strong>da</strong> Mesa<br />
<strong>da</strong> Assembleia Geral <strong>da</strong> Direcção<br />
<strong>da</strong> Associação dos Bombeiros<br />
Voluntários <strong>da</strong>quela vila. Nas<br />
eleições, que <strong>de</strong>correram dia 20<br />
<strong>de</strong> Janeiro, foi também eleito<br />
Ângelo Godinho, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
Direcção, e Fernando Mafra, presi<strong>de</strong>nte<br />
do Conselho Fiscal.<br />
RUI CLARO, piloto <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s<br />
<strong>da</strong> Rainha, recebeu o prémio<br />
relativo ao Troféu Semog,<br />
atribuído pela Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa<br />
<strong>de</strong> Automobilismo e Karting.<br />
A entrega do prémio <strong>de</strong>correu<br />
durante a Gala dos Campeões<br />
2005, numa cerimónia que teve<br />
lugar no dia 14 <strong>de</strong> Janeiro no<br />
Casino Estoril.<br />
MÁRIO OLIVEIRA foi distinguido<br />
pelo Núcleo Regional<br />
não é bem isto que me <strong>de</strong>ixa<br />
aborrecido... mas sim gran<strong>de</strong>s<br />
companhias (teatro nacional<br />
inclusive) com gran<strong>de</strong>s performers<br />
a por na sua tournée ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
do interior que nem sequer<br />
são capitais <strong>de</strong> distrito e <strong>Leiria</strong><br />
nunca aparece! Relativamente<br />
| P a s s a g e n s |<br />
do Ribatejo e<br />
Estremadura <strong>da</strong><br />
Quercus, sediado<br />
em Ourém e<br />
presidido por<br />
Domingos Patacho.<br />
O presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Oikos - Associação <strong>de</strong> Defesa<br />
do Ambiente e Património <strong>da</strong><br />
Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, recebeu a distinção<br />
durante a cerimónia <strong>de</strong><br />
comemoração dos 16 anos <strong>de</strong><br />
existência do núcleo <strong>da</strong>quela<br />
associação ambiental.<br />
MANUEL VÍTOR DA PINA<br />
PEDRO foi o padre nomeado,<br />
no passado dia 17, para assistente<br />
do Secretariado <strong>da</strong> Pastoral<br />
dos Ciganos. D. Serafim Ferreira<br />
e Silva, Bispo <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>-Fátima, nomeou também<br />
os padres Vítor Coutinho e Vítor<br />
Joaquim, respectivamente para<br />
assistente do Movimento <strong>de</strong> Educadores<br />
Católicos e para notário-actuário<br />
do Tribunal Eclesiástico.<br />
à <strong>da</strong>nça, o panorama é menos<br />
mau, mas po<strong>de</strong>ria ser bem melhor.<br />
A música é outro <strong>de</strong>sastre: nunca<br />
temos concertos <strong>de</strong> artistas<br />
consagrados, vá se lá saber porquê?!<br />
Entre isto há muito mais. E no<br />
entanto, relembro que <strong>Leiria</strong> é uma<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong> que goza <strong>de</strong> localização<br />
central relativamente às Áreas<br />
Metropolitanas <strong>de</strong> Lisboa e Porto<br />
e está localiza<strong>da</strong> no Litoral.<br />
Estou farto <strong>de</strong> ter <strong>de</strong> me <strong>de</strong>slocar<br />
para mais longe para ver<br />
um bom espectáculo <strong>de</strong> música,<br />
teatro ou <strong>da</strong>nça e, também,<br />
estou enjoado <strong>de</strong> olhar para aquele<br />
estádio às moscas que encheu<br />
<strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s e problemas, a autarquia<br />
e as empresas liga<strong>da</strong>s, e que<br />
po<strong>de</strong>ria ser aproveitado para tanto<br />
fim, que traria lucros às organizações<br />
e à autarquia.<br />
Já agora, que <strong>Leiria</strong> olhe para<br />
Alcobaça e Figueira <strong>da</strong> Foz... que<br />
lhes fazem ver pelo seu dinamismo<br />
artístico e cultural. ■<br />
Diogo Gaspar, por email<br />
JOÃO PAULO<br />
FELICIANO é o<br />
autor <strong>da</strong> instilação<br />
intitula<strong>da</strong><br />
“Fogo!”, que projecta<br />
nas cortinas<br />
<strong>da</strong>s janelas do primeiro<br />
piso <strong>da</strong> Assembleia <strong>da</strong> República,<br />
Lisboa, as imagens dos incêndios<br />
que <strong>de</strong>vastaram quase 300<br />
mil hectares <strong>de</strong> floresta portuguesa,<br />
no ano passado. O artista,<br />
natural <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha, integra<br />
a exposição “O Po<strong>de</strong>r <strong>da</strong> Arte”<br />
no Parlamento, promovi<strong>da</strong> pela<br />
Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Serralves. As “chamas”<br />
serão projecta<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as<br />
noites até 16 <strong>de</strong> Abril. Da mostra<br />
fazem igualmente parte obras<br />
<strong>de</strong> vários artistas, como Júlio<br />
Pomar, Paula Rêgo, Rui Chafes,<br />
Juan Muñoz ou Claes Ol<strong>de</strong>mburg.<br />
FRANCISCO MOREIRA DA<br />
SILVA, 60 anos, faleceu no Hospital<br />
Santo André, <strong>Leiria</strong>, vítima<br />
<strong>de</strong> um enfisema pulmonar.<br />
O seu funeral realizou-se na passa<strong>da</strong><br />
segun<strong>da</strong>-feira, para o cemitério<br />
do Vimeiro, Alcobaça, <strong>de</strong><br />
on<strong>de</strong> era natural. Francisco Silva<br />
foi dirigente <strong>da</strong> União Distrital<br />
dos Sindicatos durante<br />
vários anos e fun<strong>da</strong>dor do Sindicato<br />
dos Rodoviários <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong> on<strong>de</strong> residia.<br />
JOÃO DOS SANTOS COSTA,<br />
53 anos, faleceu no início <strong>de</strong>sta<br />
semana, tendo sido sepultado no<br />
cemitério <strong>de</strong> Marrazes. Foi engraxador,<br />
durante muitos anos, junto<br />
à Rodoviária <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e morava<br />
no Bairro <strong>de</strong> Sá Carneiro.<br />
D I O G O<br />
MATOS, empresário<br />
<strong>de</strong> Ourém,<br />
integra a direcção<br />
<strong>da</strong> Associação<br />
Nacional <strong>de</strong><br />
Jovens Empresários<br />
(ANJE), li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> por Armindo<br />
Monteiro. Reeleito na passa<strong>da</strong><br />
sexta-feira, o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
ANJE <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003 fará assim um<br />
segundo man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> três anos,<br />
até 2008. A lista vencedora arrecadou<br />
70 por cento dos votos<br />
expressos, <strong>de</strong>stronando a candi<strong>da</strong>tura<br />
<strong>de</strong> Pedro Neves, que na<br />
sua lista reunia empresários <strong>da</strong><br />
região, entre eles o Patrícia Leirião,<br />
responsável pela <strong>de</strong>legação<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>da</strong> ANJE. ■
■Economia■<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 19<br />
Câmara abre concurso para instalar empreendimento junto ao estádio<br />
Promotores <strong>de</strong> centros comerciais<br />
investiram milhões em <strong>Leiria</strong><br />
À excepção <strong>da</strong> empresa António<br />
José Cristo, promotora do<br />
empreendimento Liz Shopping, os<br />
interessados em instalar o Fórum<br />
<strong>Leiria</strong> e o W Shopping na ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
investiram vários milhões <strong>de</strong> euros<br />
em terrenos, na expectativa <strong>de</strong> os<br />
seus projectos virem a ser aprovados.<br />
A autarquia optou, contudo,<br />
por abrir um concurso público internacional<br />
para construir um centro<br />
comercial regional na área compreendi<strong>da</strong><br />
entre o mercado municipal<br />
e a zona on<strong>de</strong> se integra o<br />
estádio e o complexo <strong>da</strong>s piscinas<br />
em <strong>Leiria</strong>.<br />
“Comprei 23 hectares <strong>de</strong> terreno<br />
na expectativa do W Shopping<br />
ser aprovado. Não ia comprar os<br />
terrenos sem ter tido contactos com<br />
a Câmara. Não compraria aqueles<br />
canaviais, em zona <strong>de</strong> REN [Reserva<br />
Ecológica Nacional], para colocar<br />
cabras e carneiros a pastar. Para<br />
isso, tenho muitos”, afirma Artur<br />
Meneses, do Grupo Meneses, promotor<br />
do empreendimento.<br />
Embora esclareça que a autarquia<br />
nunca lhe disse que iria aprovar<br />
o projecto, Artur Meneses diz<br />
que “o projecto foi <strong>de</strong>senvolvido<br />
com a Câmara nesse sentido”. Comprou<br />
terrenos para on<strong>de</strong> havia um<br />
projecto <strong>de</strong> loteamento <strong>de</strong> habitação<br />
social aprovado, porque consi<strong>de</strong>rava<br />
que não se enquadrava<br />
“junto à estátua <strong>de</strong> D. Dinis”, à entra<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> pretendia construir<br />
o empreendimento. Do outro<br />
lado do IC2, a sua intenção era criar<br />
um parque urbano, com espaços<br />
ajardinados e um auditório ao ar<br />
livre.<br />
O investimento efectuado em<br />
terrenos localizados dos dois lados<br />
do IC2, junto à rotun<strong>da</strong> <strong>de</strong> Porto<br />
Moniz, terá sido superior a <strong>de</strong>z<br />
milhões <strong>de</strong> euros. O empresário <strong>de</strong><br />
Porto <strong>de</strong> Mós mostra-se, por isso,<br />
RICARDO GRAÇA<br />
Autarquia vai abrir concurso para nova localização do centro comercial<br />
<strong>de</strong>scontente por a autarquia ter<br />
encomen<strong>da</strong>do o estudo só <strong>de</strong>pois<br />
<strong>da</strong>s três propostas terem sido apresenta<strong>da</strong>s.<br />
“Se soubesse que ia haver<br />
um estudo não comprava logo os<br />
terrenos.”<br />
Com 23 hectares <strong>de</strong> terrenos nas<br />
mãos, Artur Meneses confessa que<br />
ain<strong>da</strong> não pensou que <strong>de</strong>stino lhes<br />
irá <strong>da</strong>r. “Ao preço que se ven<strong>de</strong>m<br />
apartamentos em <strong>Leiria</strong> e tendo em<br />
conta a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apartamentos<br />
que estão <strong>de</strong>socupados, não é<br />
preciso construir nenhuma habitação<br />
nos próximos <strong>de</strong>z a 20 anos.”<br />
Confrontado com a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> participar no concurso público,<br />
o empresário diz ain<strong>da</strong> não ter <strong>de</strong>cidido.<br />
“Ain<strong>da</strong> estou a digerir uma,<br />
já me vou meter noutra?”, questiona.<br />
António Cristo, arquitecto responsável<br />
pela António José Cristo,<br />
promotora do Liz Shopping, garante<br />
que Isabel Damasceno, presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> autarquia, sempre disse que o<br />
local on<strong>de</strong> gostaria <strong>de</strong> ver o novo<br />
centro comercial era a zona on<strong>de</strong><br />
se encontram localiza<strong>da</strong>s a Cerâmica<br />
do Lis e a Plásticos <strong>de</strong> Santo<br />
António, razão pela qual apresentou<br />
o seu projecto com aquela proposta<br />
<strong>de</strong> localização.<br />
“Custa-me participar no concurso<br />
e <strong>de</strong>ixar tudo no escuro, <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> ter feito um esforço para colaborar<br />
ao máximo com a Câmara<br />
nas contraparti<strong>da</strong>s e do dinheiro<br />
que investi para encontrar essa solução.<br />
É passar <strong>de</strong> uma posição em<br />
que estava a ganhar para uma em<br />
que para ganhar tenho que participar<br />
. A Câmara <strong>de</strong>via ter falado<br />
connosco, em vez <strong>de</strong> passar uma<br />
esponja sobre tudo”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o arquitecto.<br />
Apesar <strong>da</strong> AM Development<br />
optar por não se pronunciar sobre<br />
a abertura <strong>de</strong> um concurso público,<br />
o JORNAL DE LEIRIA sabe que<br />
investiu mais <strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong><br />
euros nos terrenos <strong>da</strong> antiga Proalimentar,<br />
para instalar o Forum <strong>Leiria</strong>.<br />
Num ‘suplemento especial’ distribuído<br />
em Julho, em <strong>Leiria</strong>, Penno<br />
Van Veggel, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> AM<br />
Development do Sul <strong>da</strong> Europa,<br />
garante que escolheu o terreno porque<br />
foi uma <strong>da</strong>s localizações sugeri<strong>da</strong>s<br />
pela Câmara.<br />
“Obtivemos uma convicção <strong>de</strong><br />
tal forma forte <strong>de</strong> que aquele terreno<br />
era o mais indicado e que a<br />
proposta, nesse local, tinha to<strong>da</strong>s<br />
as condições para ser aprova<strong>da</strong>, que<br />
adquirimos o terreno, o que suce<strong>de</strong>u<br />
pela primeira vez na história<br />
<strong>da</strong>s nossas intervenções em Portugal”,<br />
afirmou o responsável.<br />
Segundo fonte <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>, Isabel Damasceno sempre<br />
disse que haveria espaço para um<br />
centro comercial regional na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
mas nunca disse qual a sua localização.<br />
Foi por isso que encomendou<br />
um estudo através do qual<br />
pretendia sustentar a escolha final.<br />
NOVA LOCALIZAÇÃO<br />
APONTADA NO ESTUDO<br />
A posição toma<strong>da</strong> pela autarquia<br />
(<strong>de</strong> abrir um concurso público)<br />
tem por base um estudo encomen<strong>da</strong>do<br />
ao docente universitário<br />
Herculano Cachinho, do CEGIC<br />
- Centro <strong>de</strong> Estudos Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e Comércio<br />
<strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras <strong>da</strong><br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, que conclui<br />
que nenhum dos projectos<br />
apresentados pelos grupos Vougainvest<br />
(Liz Shopping), Meneses<br />
(W Shopping) e AM Development<br />
(Forum <strong>Leiria</strong>) “é i<strong>de</strong>al para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
porque a distância impe<strong>de</strong> que<br />
funcionem como âncoras <strong>da</strong> área<br />
central e, por conseguinte, favoreçam<br />
a sua revitalização, com<br />
especial <strong>de</strong>staque para o centro<br />
histórico”.<br />
Aliás, no dia <strong>da</strong> apresentação<br />
pública do “Estudo <strong>de</strong> avaliação<br />
dos impactes dos centros comerciais<br />
na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”, Herculano<br />
Cachinho apontou precisamente<br />
a área entre o rio Lis, o<br />
Estádio Municipal Magalhães Pessoa<br />
e o centro histórico como a<br />
mais apropria<strong>da</strong> para a localização<br />
<strong>de</strong> um centro comercial <strong>de</strong><br />
dimensão regional, tendo em conta<br />
que se pretendia que o empreendimento<br />
servisse <strong>de</strong> “locomotiva<br />
à revitalização económica do centro<br />
histórico”.<br />
Ao estabelecer que a área escolhi<strong>da</strong><br />
para a localização do centro<br />
comercial abrange “parcelas <strong>de</strong> terreno<br />
e bens na área compreendi<strong>da</strong><br />
pelo mercado municipal e a zona<br />
on<strong>de</strong> se integra actualmente o estádio<br />
e o complexo <strong>de</strong> piscinas” a<br />
Câmara <strong>de</strong>ixa em aberto a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> intervir no topo norte,<br />
no mercado municipal e até nas<br />
piscinas. Pelo que o JORNAL DE<br />
LEIRIA conseguiu apurar, a intenção<br />
será escolher o projecto mais<br />
completo e que contribua para a<br />
revitalização do espaço. ■<br />
Alexandra Barata<br />
DR<br />
Projecto <strong>de</strong> jovens empreen<strong>de</strong>dores <strong>da</strong> região<br />
‘Apetites <strong>de</strong> Portugal’ divulga<br />
melhores restaurantes do País<br />
Promover e divulgar os melhores<br />
restaurantes do País é o objectivo<br />
do clube ‘Apetites <strong>de</strong> Portugal’,<br />
um projecto <strong>de</strong> Rodolfo Fetal<br />
e Maria Clemente, dois jovens<br />
empreen<strong>de</strong>dores <strong>da</strong> região (<strong>Leiria</strong><br />
e Fátima). Por sensivelmente<br />
50 euros (valor ain<strong>da</strong> em análise)<br />
vai ser possível adquirir um<br />
kit que dá direito a refeições grátis<br />
e a <strong>de</strong>scontos em vários restaurantes<br />
do País.<br />
“A i<strong>de</strong>ia é ter como a<strong>de</strong>rentes<br />
estabelecimentos <strong>da</strong>s principais<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s do País, locais on<strong>de</strong> haja<br />
também pontos <strong>de</strong> interesse e<br />
atracção turística”, explica Rodolfo<br />
Fetal. O kit ‘Apetites <strong>de</strong> Portugal<br />
<strong>de</strong>verá estar à ven<strong>da</strong> no<br />
final do Verão (Restaurante Casa<br />
<strong>da</strong> Nora, nas Cortes, <strong>Leiria</strong>, ou<br />
919703731) e terá um prazo <strong>de</strong><br />
vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> dois anos.<br />
Este projecto surge na<br />
sequência <strong>de</strong> um outro concretizado<br />
pelos mesmos promotores,<br />
o ‘Apetites <strong>de</strong> Lisboa’,<br />
que “está a ser um sucesso”,<br />
garante o jovem empreen<strong>de</strong>dor.<br />
Com a compra do kit, que<br />
custa 50 euros, o cliente recebe<br />
uma brochura dos restaurantes<br />
a<strong>de</strong>rentes, um cartão <strong>de</strong><br />
membro e uma ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong><br />
senhas <strong>de</strong> oferta. As senhas<br />
proporcionam uma refeição<br />
grátis em ca<strong>da</strong> restaurante, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que o seu titular leve um<br />
acompanhante. Nas visitas<br />
seguintes a esse restaurante,<br />
basta apresentar o cartão <strong>de</strong><br />
membro e o cliente tem um <strong>de</strong>sconto<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>z por cento. Quem<br />
comprou o ‘Apetites <strong>de</strong> Lisboa’<br />
terá <strong>de</strong>sconto na aquisição do<br />
‘Apetites <strong>de</strong> Portugal’. ■<br />
‘Apetites <strong>de</strong> Lisboa’: a<strong>de</strong>rentes<br />
A Commen<strong>da</strong>; A Travessa; Afreudite; Água e Sal; Banthai; Barra Ibérica;<br />
Café no Chiado; Casa <strong>da</strong> Comi<strong>da</strong>; Casa do Chá; Casa 21;<br />
Catedral/C.I.G.; Chafariz do Vinho; Comi<strong>da</strong> <strong>de</strong> Santo; Doca 6; El Gordo<br />
I e II; Jardim do Marquês; Kashmir; La Paparrucha; Marquês <strong>da</strong> Sé;<br />
Memories <strong>da</strong>s Tias; Mercearia Vencedora; Natural Terra; Novo Altair;<br />
Olivier; Pala<strong>da</strong>r; Par e Paço; Sol & Tapas (Malhoa e Telheiras); Rock’n<br />
Sushi; Viagem <strong>de</strong> Sabores; VírGula; Casa <strong>da</strong> Nora (<strong>Leiria</strong>). ■
20 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
Oeste<br />
Pêra rocha<br />
com imagem<br />
única<br />
“Rocha do<br />
Oeste” –<br />
Sabor <strong>de</strong><br />
Portugal é<br />
o slogan<br />
que, a partir<br />
do fim<strong>de</strong>-semana<br />
do Dia dos<br />
Namorados, vai acompanhar<br />
a nova imagem colectiva <strong>da</strong><br />
pêra rocha do Oeste, apresenta<strong>da</strong><br />
em caixas, sacos e barquetes<br />
num conceito inovador<br />
que garante ao consumidor<br />
“um produto distinto, mais apelativo<br />
e a confiança no reconhecimento<br />
<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>” certifica<strong>da</strong><br />
pela Codimaco. Com<br />
um <strong>de</strong>sign mo<strong>de</strong>rno e uma<br />
estratégia <strong>de</strong> marketing basea<strong>da</strong><br />
na informação <strong>de</strong>talha<strong>da</strong><br />
ao consumidor (por exemplo<br />
os sacos contêm textos sobre<br />
a história <strong>da</strong> pêra, receitas ou<br />
informações nutricionais), a<br />
nova imagem foi apresenta<strong>da</strong><br />
a semana passa<strong>da</strong> pela Associação<br />
Nacional <strong>da</strong> Pêra Rocha<br />
(ANP), num evento que reuniu<br />
em Óbidos as oito primeiras<br />
empresas a<strong>de</strong>rentes, entre<br />
elas cinco do distrito: Cooperfrutas<br />
(Alcobaça), Ecofrutas e<br />
Melro.com (ambas do Bombarral),<br />
Granfer (Óbidos) e Lusofruta<br />
(Porto <strong>de</strong> Mós). Responsáveis<br />
por mais <strong>de</strong> três mil dos<br />
11mil hectares <strong>de</strong> pomares <strong>de</strong><br />
pêra rocha existentes em Portugal,<br />
as oito empresas são as<br />
pioneiras do projecto que a<br />
ANP divulgou junto <strong>de</strong> 16 gran<strong>de</strong>s<br />
grupos <strong>de</strong> distribuição nacional,<br />
tendo garanti<strong>da</strong> a a<strong>de</strong>são<br />
<strong>de</strong> seis gran<strong>de</strong>s superfícies.<br />
Empresa <strong>de</strong> cerâmica do concelho <strong>de</strong> Alcobaça<br />
Porcelania encerra e <strong>de</strong>ixa<br />
operários no <strong>de</strong>semprego<br />
ANA FERRAZ PEREIRA<br />
Trabalhadores encaram futuro com pessimismo<br />
Eram 27 operários, mas só 15<br />
aguentaram até ao último dia <strong>da</strong><br />
fábrica Porcelania, em Évora <strong>de</strong><br />
Alcobaça. A uni<strong>da</strong><strong>de</strong> do Grupo<br />
Fapor fechou as portas na terçafeira.<br />
Nos olhos <strong>de</strong> Elvira Mendonça<br />
Santos adivinhava-se a tristeza<br />
<strong>de</strong> abandonar a fábrica 11 anos<br />
<strong>de</strong>pois do primeiro dia <strong>de</strong> trabalho.<br />
Não é difícil enten<strong>de</strong>r as lágrimas<br />
<strong>da</strong> trabalhadora. Tem dois<br />
filhos, sente que a fábrica lhe roubou<br />
saú<strong>de</strong> e tem consciência do<br />
que significa ter 44 anos quando<br />
se precisa encontrar trabalho.<br />
Como os restantes colegas, também<br />
Elvira Mendonça sai com quatro<br />
meses <strong>de</strong> salários em atraso,<br />
incluindo subsídios <strong>de</strong> férias e <strong>de</strong><br />
Natal. “Disseram-nos que até Maio<br />
liqui<strong>da</strong>vam tudo”, diz José Soares.<br />
Além <strong>da</strong> vertente económica, a per<strong>da</strong><br />
do emprego custa pela ligação<br />
afectiva. “Acreditei que era possível”,<br />
confi<strong>de</strong>ncia Elvira Mendonça,<br />
lembrando-se quando a notícia<br />
do fecho chegou, em Junho <strong>de</strong><br />
2005. “Antes do Natal trabalhámos<br />
até às quatro <strong>da</strong> manhã para carregar<br />
contentores, a ver se conseguíamos<br />
recuperar isto”, recor<strong>da</strong>.<br />
José Soares explica porque é<br />
que o esforço foi em vão: transferiram<br />
as encomen<strong>da</strong>s para a Fapor.<br />
“Levaram-nos o trabalho todo <strong>de</strong><br />
um cliente que trabalha com a nossa<br />
fábrica há muitos anos”. O operário<br />
acredita que os clientes vão<br />
ficar <strong>de</strong>siludidos com o produto<br />
que a Fapor vai entregar, produzido<br />
na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Batalha. “Não<br />
tem a mesma quali<strong>da</strong><strong>de</strong>”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />
Serviço disponível em dois locais em <strong>Leiria</strong><br />
‘Empresa na hora’ cria seis socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
A TTO-Tratamentos Térmicos<br />
do Oeste foi a primeira socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
a ser cria<strong>da</strong> no serviço ‘Empresa<br />
na hora’. Sexta-feira passa<strong>da</strong>,<br />
os sócios (Hugo Ferreira, Carla<br />
Ferreira e Luís Barros) <strong>de</strong>slocaram-se<br />
ao Centro <strong>de</strong> Formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (CFE),<br />
um dos locais on<strong>de</strong> o serviço está<br />
disponível <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>da</strong> semana<br />
passa<strong>da</strong>, e em pouco mais <strong>de</strong><br />
uma hora tudo ficou resolvido.<br />
A empresa, com se<strong>de</strong> na Maceira,<br />
<strong>Leiria</strong>, vai actuar na área dos<br />
tratamentos térmicos para a indústria<br />
<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s e foi cria<strong>da</strong> com<br />
um capital social <strong>de</strong> cinco mil<br />
euros (socie<strong>da</strong><strong>de</strong> por quotas). “Já<br />
tínhamos o certificado <strong>de</strong> admissibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do nome e queríamos<br />
tratar do processo com a maior<br />
rapi<strong>de</strong>z possível, pelo que nos<br />
<strong>de</strong>slocámos até aqui”, explicou<br />
na ocasião Hugo Ferreira.<br />
Até terça-feira, foram cria<strong>da</strong>s,<br />
além <strong>da</strong> TTO, mais cinco<br />
socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s na ‘Empresa na hora’<br />
do CFE. O serviço está igualmente<br />
disponível na primeira<br />
Conservatória do Registo Predial<br />
e Comercial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong><br />
até anteontem apenas foi cria<strong>da</strong><br />
uma empresa. “Mas recebemos<br />
vários pedidos <strong>de</strong> informação”,<br />
explica a conservadora<br />
Ana Sousa.<br />
Esta responsável aproveita<br />
para esclarecer que, apesar dos<br />
constrangimentos causados<br />
José Soares.<br />
“É a terceira empresa on<strong>de</strong> trabalho<br />
que fecha”, enfatiza Maria<br />
<strong>da</strong> Luz, que não consegue conter<br />
o choro quando diz que <strong>da</strong>s outras<br />
vezes conseguiu arranjar emprego.<br />
“Mas agora... com esta i<strong>da</strong><strong>de</strong>....”<br />
Em casa as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s vão aumentando,<br />
com o marido doente e<br />
<strong>de</strong>sempregado.<br />
Albino Neves, sócio-gerente <strong>da</strong><br />
Fapor, explica que a produção <strong>da</strong><br />
Porcelania foi <strong>de</strong>sloca<strong>da</strong> para a<br />
Batalha por dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> escoamento<br />
do produto. “Foi <strong>da</strong><strong>da</strong> aos<br />
trabalhadores a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
irem para aquela uni<strong>da</strong><strong>de</strong>”, afiança.<br />
Mas só três operários concor<strong>da</strong>ram.<br />
“Não fomos porque não<br />
nos <strong>de</strong>ram garantias <strong>de</strong> pagamento”,<br />
justifica Maria <strong>da</strong> Luz.<br />
A Porcelania foi adquiri<strong>da</strong><br />
enquanto Fapo<strong>de</strong>l pelo grupo Fapor<br />
há cerca <strong>de</strong> seis anos e começou<br />
por ter 100 trabalhadores. ■<br />
Ana Ferraz Pereira<br />
pelas obras para a instalação<br />
do serviço ‘Empresa na hora’,<br />
todo o sistema <strong>da</strong>quela conservatória<br />
voltou a estar operacional<br />
pelas 11:30 horas do<br />
passado dia 23. Ana Sousa<br />
esclarece ain<strong>da</strong> que, ao contrário<br />
do que foi referidopor<br />
João Raimundo por lapso na<br />
edição passa<strong>da</strong>, efectuar escrituras<br />
não é <strong>da</strong> competência <strong>da</strong>s<br />
Conservatórias, mas sim dos<br />
Cartórios Notariais. ■<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Nobel quer<br />
abrir livraria<br />
| F r e n t e a F r e n t e |<br />
<strong>Leiria</strong> está na mira <strong>da</strong> Nobel,<br />
re<strong>de</strong> brasileira que preten<strong>de</strong><br />
abrir nos próximos anos um<br />
total <strong>de</strong> 70 livrarias. Santarém<br />
e São João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
<strong>de</strong>verão acolher espaços já a<br />
partir <strong>de</strong> meados <strong>de</strong>ste ano,<br />
revelou à Lusa Carlos Duarte,<br />
responsável em Portugal,<br />
on<strong>de</strong> a marca já tem cinco<br />
lojas. Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1943 em<br />
São Paulo, a Nobel tem diversos<br />
formatos <strong>de</strong> loja: expresso<br />
(mais pequena e compacta,<br />
género quiosque),<br />
tradicional (superfície <strong>de</strong><br />
média dimensão que inclui<br />
livraria e papelaria) e ‘megastore’<br />
(200 ou mais metros<br />
quadrados <strong>de</strong> área). ■<br />
Fiquei agra<strong>da</strong>velmente<br />
surpreendi<strong>da</strong>.<br />
Todos falam na<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sburocratizar,<br />
mas <strong>da</strong>í<br />
à existência <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s<br />
concretas às vezes<br />
ia uma gran<strong>de</strong> distância.<br />
É bom que as<br />
<strong>de</strong>cisões tenham sido<br />
toma<strong>da</strong>s e agora<br />
compete a todos nós<br />
zelarmos para que<br />
as medi<strong>da</strong>s sejam<br />
efectivamente cumpri<strong>da</strong>s.<br />
A <strong>de</strong>sburocratização é o único caminho para<br />
levar os investidores a avançarem na criação <strong>de</strong><br />
empresas. As medi<strong>da</strong>s anuncia<strong>da</strong>s são muito bem<br />
vin<strong>da</strong>s.<br />
Ana Maria Pacheco, presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Associação Industrial <strong>da</strong> Região Oeste<br />
José Sócrates anunciou a<br />
semana passa<strong>da</strong> um<br />
pacote <strong>de</strong> <strong>de</strong>z medi<strong>da</strong>s<br />
contra a burocracia,<br />
algumas <strong>da</strong>s quais já a<br />
funcionar, como a<br />
‘Empresa na hora’ e o<br />
documento único<br />
automóvel. Quais as suas<br />
expectativas em relação<br />
ao que foi anunciado?<br />
As medi<strong>da</strong>s são<br />
extremamente positivas.<br />
São um bom<br />
passo, ou pelo<br />
menos um primeiro<br />
passo, para a <strong>de</strong>sburocratização.<br />
Vêm mexer com<br />
interesses instalados<br />
e <strong>de</strong>monstram<br />
coragem política. É<br />
um começo. <strong>Os</strong><br />
empresários são<br />
quase sempre pessimistas<br />
porque<br />
muitas vezes anunciam-se coisas que não avançam,<br />
mas espero que as medi<strong>da</strong>s anuncia<strong>da</strong>s passem<br />
realmente do papel para a prática.<br />
Mário Abreu,<br />
empresário, Ourém
| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 21<br />
Equipamentos retirados <strong>da</strong> empresa <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>da</strong> Vieira<br />
Operários <strong>da</strong> Rotalitec<br />
resci<strong>de</strong>m contratos<br />
“O que dói mais é que, durante<br />
anos, trabalhámos noite e dia,<br />
quando nos pediam, para agora<br />
fazerem isto”. O lamento é <strong>de</strong> José<br />
Soares, um dos trabalhadores <strong>da</strong><br />
Rotalitec que ficou sem trabalho<br />
na sequência <strong>de</strong> um alegado negócio<br />
que passaria a empresa para<br />
as mãos <strong>da</strong> Fruitful Investments<br />
Ltd. <strong>Os</strong> novos donos não apareceram,<br />
os antigos estão incontactáveis<br />
e a empresa foi ‘esventra<strong>da</strong>’:<br />
no lugar <strong>da</strong>s máquinas<br />
ficaram enormes buracos.<br />
Com o subsídio <strong>de</strong> Natal e o<br />
salário <strong>de</strong> Janeiro em atraso, os<br />
operários vão agora rescindir os<br />
contratos por justa causa, na tentativa<br />
<strong>de</strong> terem pelo menos acesso<br />
ao subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego.<br />
Estão também, a par com um<br />
advogado, a equacionar outras<br />
medi<strong>da</strong>s a tomar e esperam uma<br />
posição <strong>da</strong> Inspecção do Trabalho,<br />
que foi ao local sexta-feira<br />
passa<strong>da</strong>. De acordo com os trabalhadores,<br />
os antigos sócios (Fernando<br />
Pedrosa e Nuno Vieira)<br />
<strong>de</strong>ixaram dívi<strong>da</strong>s que ascen<strong>de</strong>m<br />
a 1.8 milhões <strong>de</strong> euros, sobretudo<br />
à Segurança Social e ao Fisco.<br />
RAQUEL DE SOUSA SILVA<br />
Trabalhadores “enganados” até “aju<strong>da</strong>ram a carregar as máquinas”<br />
Segundo os operários, em meados<br />
<strong>de</strong> Dezembro a gerência informou<br />
que iria ven<strong>de</strong>r a empresa,<br />
situa<strong>da</strong> na zona industrial <strong>de</strong> Vieira<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>vido a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
financeiras, e aconselhou os<br />
trabalhadores a tirarem as férias<br />
a que ain<strong>da</strong> tivessem direito. No<br />
início <strong>de</strong> Janeiro, “foi-nos mesmo<br />
apresentado o novo administrador”,<br />
conta Sérgio Morganiça,<br />
na Rotalitec há <strong>de</strong>z anos.<br />
Depois, com o argumento <strong>de</strong><br />
que era preciso alterar o lay-out<br />
<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva e colocar<br />
novas máquinas, os responsáveis<br />
pela empresa começaram a tirar<br />
os equipamentos que, segundo<br />
os trabalhadores, <strong>de</strong>sapareceram<br />
passados poucos dias. <strong>Os</strong> operários<br />
dizem estar numa “situação<br />
complica<strong>da</strong>” e sentem-se “revoltados<br />
e enganados”. De acordo<br />
com um <strong>de</strong>les, “foi tudo tão bem<br />
engendrado” que eles “até aju<strong>da</strong>ram<br />
a carregar as máquinas”.<br />
“Nunca houve quebras <strong>de</strong> trabalho<br />
e as encomen<strong>da</strong>s previstas<br />
ron<strong>da</strong>vam um milhão <strong>de</strong> euros”,<br />
diz um operário. “Em Dezembro,<br />
até <strong>de</strong> noite trabalhámos para<br />
entregar todo o trabalho que estava<br />
em curso”, adianta um outro.<br />
A facturação anual ron<strong>da</strong>va os<br />
dois milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1996, a Rotalitec<br />
mudou-se para Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
há cerca <strong>de</strong> seis anos, mas as instalações<br />
ain<strong>da</strong> não estarão totalmente<br />
pagas, suspeitam os operários.<br />
Entretanto, no Tribunal <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> entraram dois processos <strong>de</strong><br />
execução contra a empresa e contra<br />
um dos sócios. Por outro lado,<br />
revela um dos operários, “as contas<br />
<strong>da</strong> empresa foram congela<strong>da</strong>s”.<br />
O JORNAL DE LEIRIA apurou<br />
que os antigos proprietários estão<br />
fora do País, incontactáveis. “A<br />
sensação que temos é que foram<br />
para Moçambique”, diz o trabalhador<br />
Daniel Casaleiro. ■<br />
Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />
Empresa cerâmica <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />
Secla reduz horários por falta <strong>de</strong> encomen<strong>da</strong>s<br />
O momento actual no sector<br />
<strong>da</strong> cerâmica é <strong>de</strong> “extrema dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>”<br />
e a Secla, <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
Rainha, não escapa à crise. A<br />
redução <strong>da</strong>s encomen<strong>da</strong>s obrigou<br />
os responsáveis <strong>da</strong> empresa<br />
a equacionar várias medi<strong>da</strong>s para<br />
enfrentar a situação, uma <strong>da</strong>s<br />
quais passará pela redução do<br />
horário <strong>de</strong> trabalho, eventualmente<br />
com uma diminuição dos<br />
turnos trabalhados, explica Galvão<br />
Lucas.<br />
O parque industrial <strong>da</strong> Guia,<br />
Pombal, espera, há sete anos, pela<br />
conclusão do licenciamento. O processo<br />
<strong>de</strong> autorização <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />
o plano <strong>de</strong> pormenor <strong>da</strong> área têm<br />
saltitado <strong>de</strong> instituição em instituição,<br />
fazendo com que eventuais<br />
interessados em ali instalar-se <strong>de</strong>sistam<br />
dos seus intentos.<br />
Porém, a autarquia assegura que,<br />
em finais <strong>de</strong> Março, as infra-estruturas<br />
básicas <strong>de</strong>vem estar concluí<strong>da</strong>s<br />
e, caso o licenciamento seja<br />
terminado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois meses,<br />
como espera, as primeiras empresas<br />
po<strong>de</strong>rão começar a instalar-se<br />
em Abril.<br />
“Se a situação estivesse resolvi<strong>da</strong>,<br />
o espaço já estaria 100 por<br />
cento ocupado”, acredita o presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia. Manuel<br />
António Rodrigues dos Santos<br />
adianta que está constantemente<br />
a ser contactado por pessoas interessa<strong>da</strong>s<br />
em <strong>de</strong>slocalizar para ali<br />
os seus negócios.<br />
O autarca explica que uma <strong>da</strong>s<br />
razões que está a <strong>de</strong>morar o processo<br />
é a aprovação do Plano <strong>de</strong><br />
Urbanização <strong>da</strong> Guia, que teve início<br />
em 1998. “É tempo <strong>de</strong> mais<br />
para aprovar o que quer que seja.<br />
Não há empresário que resista a<br />
tanto tempo <strong>de</strong> espera”, <strong>de</strong>sabafa<br />
o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta.<br />
O atraso no licenciamento foi<br />
alvo <strong>de</strong> várias cartas entregues à<br />
Assembleia <strong>da</strong> República, Ministério<br />
do Ambiente, Comissão <strong>de</strong><br />
O administrador garante que<br />
os mercados atravessam uma<br />
“recessão muito gran<strong>de</strong>” e que as<br />
empresas “têm que se a<strong>da</strong>ptar”.<br />
Por isso, na Secla, há dois anos<br />
que foram inicia<strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s para<br />
reestruturar a empresa, por forma<br />
a ajustá-la às condições do<br />
mercado. “É preciso tornar a empresa<br />
viável, a<strong>da</strong>ptando a produção<br />
à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção do mercado”.<br />
Face à crise, o empresário<br />
revela que é preciso “alterar completamente<br />
a estratégia” <strong>da</strong> empresa,<br />
visto que “não é pelo baixo<br />
custo que po<strong>de</strong>remos competir”.<br />
Por isso, embora tenha visto diminuir<br />
as encomen<strong>da</strong>s entre 25 a 30<br />
por cento nos últimos anos, foi<br />
procurando nichos <strong>de</strong> mercado<br />
para produtos com maior valor<br />
acrescentado.<br />
Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1947, a Secla<br />
assume-se como “um dos maiores<br />
produtores mundiais <strong>de</strong> louça<br />
utilitária e <strong>de</strong>corativa em faiança”.<br />
De acordo com informações<br />
disponíveis no seu site, tem capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
para produzir mais <strong>de</strong> 16<br />
milhões <strong>de</strong> peças por ano, incluindo<br />
gran<strong>de</strong>s séries pinta<strong>da</strong>s à mão.<br />
Conta com 415 trabalhadores,<br />
mas Galvão Lucas reconhece que<br />
“terá que haver lugar a reduções”<br />
no quadro <strong>de</strong> pessoal. Garante,<br />
contudo, que as situações serão<br />
analisa<strong>da</strong>s caso a caso e que tudo<br />
será feito “<strong>de</strong> forma pacífica”.■<br />
RSS<br />
Licenciamento <strong>de</strong> parque industrial em Pombal arrasta-se há sete anos<br />
Guia começa a receber empresas em Abril<br />
Coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> Região Centro e<br />
Associação dos Municípios <strong>da</strong> Alta<br />
Estremadura, com o objecto <strong>de</strong><br />
pressionar o <strong>de</strong>sbloqueio <strong>da</strong> situação.<br />
“Quero ver se alguém <strong>de</strong> bom<br />
senso inverte esta situação”, afirma<br />
o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara. Narciso<br />
Mota explica que já foram<br />
investidos milhares <strong>de</strong> euros na<br />
aquisição e preparação do terreno<br />
e, <strong>de</strong>vido aos atrasos e retrocessos<br />
constantes, o retorno tem sido nulo.■<br />
JSD<br />
BREVES<br />
■<br />
Óbidos<br />
Bom Sucesso<br />
com interesse<br />
nacional<br />
O empreendimento turístico Bom<br />
Sucesso, no concelho <strong>de</strong> Óbidos,<br />
foi reconhecido como Projecto<br />
<strong>de</strong> Potencial Interesse Nacional<br />
(PIN) pela Agência Portuguesa<br />
para o Investimento. A inovação<br />
e internacionalização do empreendimento<br />
foram factores que contribuíram<br />
para esta classificação.<br />
“<strong>Os</strong> critérios <strong>da</strong> qualificação <strong>de</strong>finem<br />
a especial valia do projecto<br />
nos planos económico, social,<br />
tecnológico e <strong>de</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
ambiental”, esclarecem os promotores.<br />
O empreendimento, promovido<br />
pela Acordo SGPS, prevê<br />
um investimento inicial na or<strong>de</strong>m<br />
dos 250 milhões <strong>de</strong> euros e conta<br />
com a assinatura <strong>de</strong> 14 arquitectos<br />
portugueses <strong>de</strong> renome.<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Sistema4<br />
trabalha<br />
Manuel<br />
Cargaleiro<br />
A Sistema4, agência <strong>de</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, ganhou o concurso<br />
para trabalhar a imagem<br />
do Museu Manuel Cargaleiro-<br />
Pólo <strong>de</strong> Castelo, o primeiro <strong>de</strong><br />
uma série <strong>de</strong> núcleos museológicos<br />
criados a partir <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção<br />
Manuel Cargaleiro, em colaboração<br />
directa com as autarquias<br />
do País. O logotipo criado pela<br />
Sistema4 foi <strong>de</strong>senvolvido a partir<br />
<strong>de</strong> um grafismo utilizado pelo<br />
pintor numa <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> fase<br />
<strong>da</strong> sua carreira e com o qual se<br />
i<strong>de</strong>ntifica, que assenta em formas<br />
simples e sóbrias, “facilmente<br />
a<strong>da</strong>ptáveis aos futuros pólos do<br />
museu”. Nesta fase inicial, foi apenas<br />
cria<strong>da</strong> a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> corporativa<br />
base, anúncios, outdoors e<br />
algum material promocional.<br />
Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />
Finanças<br />
recuperam<br />
13 milhões<br />
As Finanças <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />
cobraram o ano passado 13<br />
milhões <strong>de</strong> euros em execuções,<br />
valor que <strong>de</strong>ixou “surpreendido”<br />
o chefe <strong>da</strong> repartição. “A malha<br />
aperta ca<strong>da</strong> vez mais aos que<br />
estão em falta”, disse o responsável<br />
à ‘Gazeta <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s’. O<br />
profissional adiantou que em<br />
2005 foi possível obter mais receita<br />
do que no ano prece<strong>de</strong>nte,<br />
quer por via ‘normal’ quer através<br />
<strong>de</strong> execuções fiscais, e adiantou<br />
que o Fisco está ca<strong>da</strong> vez<br />
mais empenhado em combater<br />
a fuga e a evasão. ■
22 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | ECONOMIA | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Lena concorre<br />
a auto-estra<strong>da</strong><br />
na Argélia<br />
A Lena Engenharia e Construções,<br />
empresa do Grupo Lena,<br />
integra um consórcio li<strong>de</strong>rado<br />
pela Mota-Engil que concorreu<br />
à construção <strong>de</strong> dois troços <strong>de</strong><br />
auto-estra<strong>da</strong> na Argélia, cujo<br />
valor ron<strong>da</strong> os quatro mil milhões<br />
<strong>de</strong> euros. Carlos Cachorreiro, <strong>da</strong><br />
Mota-Engil, citado pelo Diário<br />
<strong>de</strong> Notícias, disse que os responsáveis<br />
do consórcio pensam<br />
“ter possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> arreca<strong>da</strong>r<br />
um lote” entre os dois a que concorreram.<br />
Macolis<br />
apresenta<br />
soluções<br />
integra<strong>da</strong>s<br />
A Macolis vai estar na Sinerclima,<br />
que <strong>de</strong>corre entre 16 e 19<br />
<strong>de</strong>ste mês na Exposalão, Batalha,<br />
com o objectivo <strong>de</strong> divulgar<br />
as suas soluções técnicas e, ao<br />
mesmo tempo, “vincar a imagem<br />
<strong>de</strong> empresa com oferta <strong>de</strong> soluções<br />
completas, sistemas integrados<br />
e globais”. <strong>Os</strong> responsáveis<br />
<strong>da</strong> empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> enten<strong>de</strong>m<br />
tratar-se <strong>de</strong> um certame vocacionado<br />
para o seu público-alvo,<br />
pelo que têm como apostas “fi<strong>de</strong>lizar<br />
ca<strong>da</strong> vez mais os clientes,<br />
<strong>da</strong>ndo-lhe as mais diversas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> negócio” e, por outro<br />
lado, mostrar-se a potenciais compradores.<br />
“A gran<strong>de</strong> novi<strong>da</strong><strong>de</strong>”<br />
vai ser a exposição dos produtos<br />
Macotecnisoluções, <strong>de</strong>senvolvidos<br />
pela empresa, que compreen<strong>de</strong>m,<br />
entre outras, a gama<br />
Solarmaco (kit’s solares) e Telemaco<br />
(transmissor <strong>de</strong> sinais por<br />
fio, rádio e GSM).<br />
‘O Índio’ abre<br />
na Paulo VI<br />
Projectos no âmbito do Inov-Jovem em <strong>Leiria</strong><br />
Nerlei e CEC promovem inserção<br />
<strong>de</strong> quadros qualificados nas empresas<br />
Jovens <strong>de</strong>sempregados ou à<br />
procura do primeiro emprego,<br />
com i<strong>da</strong><strong>de</strong> até 35 anos e qualificação<br />
<strong>de</strong> nível superior são os<br />
<strong>de</strong>stinatários do Inov <strong>Leiria</strong>, um<br />
projecto promovido pela Nerlei<br />
no âmbito do Inov-Jovem (Jovens<br />
Qualificados para a Inovação nas<br />
PME), que apoia a inserção <strong>da</strong>quele<br />
grupo populacional em áreas<br />
potenciadoras <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />
mu<strong>da</strong>nça e <strong>de</strong>senvolvimento organizacional<br />
nas pequenas e médias<br />
empresas, dinamizando estratégias<br />
<strong>de</strong> inovação e o reforço <strong>da</strong><br />
competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
O Inov <strong>Leiria</strong> contempla a realização<br />
<strong>de</strong> quatro cursos, <strong>de</strong>sfasados<br />
entre si, ca<strong>da</strong> um com um<br />
período <strong>de</strong> 12 meses: primeiro<br />
com formação especializa<strong>da</strong> em<br />
sala (dois meses) e <strong>de</strong>pois com<br />
estágio profissional na empresa,<br />
com acompanhamento individualizado.<br />
O primeiro curso (gestão<br />
comercial e marketing) terá<br />
início a 20 <strong>de</strong> Março. Segue-se<br />
Economia Digital (Junho), Design<br />
e Gestão <strong>da</strong> Produção e Inovação<br />
(ambos em Outubro). Ca<strong>da</strong> curso<br />
po<strong>de</strong>rá acolher 15 formandos.<strong>Os</strong><br />
jovens quadros beneficiarão <strong>de</strong><br />
bolsa <strong>de</strong> formação no valor <strong>de</strong><br />
dois salários mínimos nacionais,<br />
subsídio <strong>de</strong> alimentação e seguro<br />
<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho.<br />
Também a CEC/Câmara <strong>de</strong><br />
Comércio e Indústria do Centro<br />
promove um projecto semelhante.<br />
O InovCentro é direccionado para<br />
os domínios <strong>da</strong> gestão comercial/marketing<br />
e internacionalização<br />
e <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> produção,<br />
DR<br />
inovação tecnológica e investigação<br />
e <strong>de</strong>senvolvimento (I&D),<br />
será implementado nos distritos<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Aveiro, Castelo Branco,<br />
Coimbra, Guar<strong>da</strong> e Viseu.<br />
São beneficiárias as PME com<br />
se<strong>de</strong> ou instalações na Região<br />
Centro, dos sectores <strong>da</strong> indústria,<br />
comércio, serviços, construção e<br />
turismo, cujas CAE e critérios se<br />
enquadrem no projecto InovCentro<br />
e que preten<strong>da</strong>m implementar ou<br />
Em Fátima, no âmbito <strong>da</strong> Aca<strong>de</strong>mia Aberta<br />
Turismo religioso<br />
em discussão<br />
Jovens qualificados com menos <strong>de</strong> 35 anos são o público alvo<br />
<strong>de</strong>senvolver estratégias naquelas<br />
áreas e estejam disponíveis para<br />
acolher jovens estagiários e potenciar<br />
a sua integração profissional,<br />
ao mesmo tempo que incrementam<br />
o nível <strong>de</strong> qualificação<br />
<strong>da</strong>s empresas.<br />
Após um período formativo<br />
<strong>de</strong> dois meses nos domínios eleitos<br />
e <strong>de</strong> formação à medi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
<strong>da</strong>s PME inscritas, o projecto contempla<br />
nove meses <strong>de</strong> estágio<br />
nas empresas, com o acompanhamento<br />
<strong>de</strong> tutores seniores<br />
externos, visando o apoio ao formando<br />
e ao orientador interno<br />
<strong>da</strong> organização.<br />
O InovCentro é dirigido a um<br />
universo <strong>de</strong> 144 licenciados ou<br />
bacharéis, com i<strong>da</strong><strong>de</strong> não superior<br />
a 35 anos e em situação <strong>de</strong><br />
primeiro emprego ou à procura<br />
<strong>de</strong> novo emprego, oriundos <strong>de</strong><br />
distintas áreas <strong>de</strong> formação. ■<br />
Investimento <strong>de</strong> 150 mil euros<br />
‘Alimentarium’ quer<br />
abrir mais duas lojas<br />
em <strong>Leiria</strong><br />
<strong>Os</strong> grelhados são a base <strong>da</strong> oferta<br />
do restaurante ‘O Índio’, que<br />
abriu recentemente na rua Paulo<br />
VI, em <strong>Leiria</strong>. Ao almoço está<br />
disponível um buffet <strong>de</strong> várias<br />
carnes, por sete euros. À noite, o<br />
serviço é à lista. Há ain<strong>da</strong> take-<br />
-away e uma churrasqueira chama<strong>da</strong><br />
‘Piu-Piu’. “Queríamos investir<br />
num negócio próprio e<br />
apostámos nesta área”, revela<br />
Lina Pereira (o outro sócio é José<br />
Manuel). O estabelecimento está<br />
aberto entre as 12 e as 15 horas<br />
e, ao jantar, a partir <strong>da</strong>s 18 horas.■<br />
O primeiro evento <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> edição<br />
<strong>da</strong> Aca<strong>de</strong>mia Aberta do Turismo<br />
(AAT) terá lugar no próximo sábado<br />
em Fátima. Em discussão estará o<br />
turismo religioso, esperando-se a presença<br />
<strong>de</strong> autarcas, empresários e agentes<br />
<strong>de</strong> turismo. Durante o dia, a região<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>/Fátima será analisa<strong>da</strong> e <strong>de</strong>bati<strong>da</strong>,<br />
fazendo parte do programa uma<br />
visita às principais âncoras turísticas<br />
<strong>da</strong> região.<br />
A AAT é uma iniciativa cria<strong>da</strong> pelo<br />
Instituto <strong>de</strong> Planeamento e Desenvolvimento<br />
do Turismo (IPDT), com<br />
o apoio <strong>da</strong> Associação Nacional <strong>da</strong>s<br />
Regiões <strong>de</strong> Turismo (ANRET). Destina-se<br />
à melhoria do conhecimento<br />
do sector do turismo, aplicado localmente<br />
a ca<strong>da</strong> região. A principal meta<br />
é aprofun<strong>da</strong>r o estudo do turismo em<br />
Portugal (suportado em gran<strong>de</strong> parte<br />
por exemplos <strong>de</strong> sucesso internacionais)<br />
nas áreas <strong>de</strong> estratégia, marketing<br />
<strong>de</strong> produtos turísticos, oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> investimento, impactos<br />
ambientais, turismo sustentável, envolvimento<br />
<strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais e<br />
fomento <strong>de</strong> parcerias público-priva<strong>da</strong>s.<br />
Integra<strong>da</strong> no Master in Business<br />
Administration (MBA) em Destinos<br />
Turísticos - curso <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do IPDT e cuja segun<strong>da</strong> edição<br />
arrancou no Porto em Novembro passado<br />
- a AAT percorreu durante a edição<br />
2004/2005 as regiões dos Templários,<br />
Algarve, Alto Minho, Évora<br />
e Centro. Nesta segun<strong>da</strong> edição, e para<br />
além <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>/Fátima, serão alvo <strong>de</strong><br />
análise as regiões <strong>da</strong> Costa Azul (Março),<br />
do Alto Tâmega e Barroso (Maio)<br />
e <strong>da</strong> Rota <strong>da</strong> Luz (Julho). ■<br />
Comi<strong>da</strong> tradicional portuguesa é a aposta dos responsáveis<br />
<strong>da</strong> ‘Alimentarium’, um espaço que abriu<br />
recentemente na Nova <strong>Leiria</strong>. Além <strong>de</strong> servir refeições<br />
no local, os promotores do negócio, que investiram<br />
150 mil euros, entregam também ao domicílio<br />
e têm ain<strong>da</strong> serviço <strong>de</strong> take-away.<br />
“Fizemos uma pesquisa e percebemos que quem<br />
preten<strong>de</strong>sse levar comi<strong>da</strong> para casa só tinha churrasco<br />
ou pizza”, justifica Mónica Sá, que avançou em<br />
parceria com Nuno Leite, criando 15 postos <strong>de</strong> trabalho.<br />
“<strong>Os</strong> nossos preços são bastante acessíveis”,<br />
garante a responsável, exemplificando que um quilo<br />
<strong>de</strong> carne ou peixe custa 12.50 euros.<br />
<strong>Os</strong> promotores não querem ficar por aqui e tencionam<br />
abrir mais lojas em <strong>Leiria</strong>. “A pesquisa que<br />
fizemos revela que a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> comporta mais dois espaços.”<br />
Assim, o objectivo dos empreen<strong>de</strong>dores é abrir<br />
essas lojas no ano que vem.<br />
Depois, vão passar para a fase <strong>de</strong> franquear o negócio.<br />
“O conceito é inovador e não existe na região”,<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Mónica Sá. ■
| JORNAL DE LEIRIA | ECONOMIA | AUTOMÓVEL |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 23<br />
JACINTO SILVA DURO<br />
Expomoto’2006, na Batalha<br />
Motos chinesas querem mercado<br />
em Portugal<br />
Ele é pequenino, redondinho,<br />
prático e não passa <strong>de</strong>spercebido.<br />
O novo Peugeot 107 foi o “Carro<br />
dos outros” escolhido para esta<br />
semana. Aos seus comandos, sentámos<br />
Ana Oliveira, navegadora<br />
do piloto <strong>de</strong> todo-o-terreno Carlos<br />
Oliveira.<br />
“Já o tinha visto, mas ain<strong>da</strong> não<br />
tinha olhado bem para ele. É bonitinho”,<br />
dizia a convi<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong>sta<br />
DR<br />
<strong>Os</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>da</strong> Jincheng já estão presentes no nosso País<br />
A Expomoto’2006 – 14º Salão<br />
<strong>de</strong> Motos e Acessórios está a ser<br />
utiliza<strong>da</strong> como trampolim para a<br />
entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> motos <strong>de</strong> fabrico chinês<br />
na Europa. No certame que se<br />
realiza até domingo, na ExpoSalão,<br />
Batalha, os visitantes po<strong>de</strong>rão<br />
apreciar marcas como a Avila, Dilixi,<br />
Xinling, Jincheng e Yiying.<br />
<strong>Os</strong> representantes <strong>de</strong>stes fabricantes<br />
vêem a aposta na produção<br />
chinesa como uma vantagem a<br />
todos os níveis. Pedro Alexandre,<br />
director <strong>da</strong> Instrutagus, representante<br />
<strong>da</strong> marca Avila, enten<strong>de</strong> que<br />
além <strong>da</strong> “diferenciação ao nível do<br />
<strong>de</strong>sign”, estes produtos cruzam “as<br />
vantagens <strong>de</strong> produção na China<br />
com as especificações europeias”.<br />
O importador <strong>da</strong> marca Xiling,<br />
Jorge Pereira, enten<strong>de</strong> que a <strong>de</strong>scentralização<br />
<strong>da</strong> produção para a<br />
China traduz uma vantagem no<br />
mercado, <strong>de</strong>vido aos menores custos<br />
<strong>de</strong> produção, reforçando a inteligência<br />
<strong>da</strong>s empresas que procuram<br />
enquadrar-se em locais em<br />
que a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> é superior.<br />
<strong>Os</strong> representantes e importadores<br />
explicam que a entra<strong>da</strong> no mercado<br />
português se <strong>de</strong>ve às condições<br />
e às oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> economia<br />
<strong>da</strong> China. “Não é apenas o<br />
facto <strong>de</strong> a mão-<strong>de</strong>-obra ser mais<br />
barata que os empresários optam<br />
por se instalar na China ou por<br />
importar marcas chinesas, até porque<br />
Portugal tem a mão-<strong>de</strong>-obra<br />
mais barata <strong>da</strong> União Europeia”,<br />
<strong>de</strong>clara o director <strong>da</strong> Instrutagus,<br />
Pedro Alexandre.<br />
Alargar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> concessionários<br />
e consoli<strong>da</strong>r o volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s,<br />
são os objectivos do importador<br />
Motoimpax, que consi<strong>de</strong>ra que<br />
a Expomoto’2006 é o local i<strong>de</strong>al<br />
para lançar e divulgar estas marcas.<br />
Já a Instrutagus assume que<br />
não ambiciona alcançar uma eleva<strong>da</strong><br />
cota <strong>de</strong> mercado mas apenas<br />
apresentar produtos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
A Expomoto <strong>de</strong>ste ano, abriu<br />
as portas no passado fim <strong>de</strong><br />
semana e espera 80 mil visitantes.<br />
Menos 20 mil que no ano<br />
| O carro dos outros|<br />
Ana Oliveira, navegadora <strong>de</strong> todo-o-terreno, <strong>Leiria</strong><br />
“Uma boa escolha para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”<br />
semana <strong>da</strong> rubrica, enquanto procurava<br />
o ajuste <strong>de</strong> altura <strong>de</strong>baixo<br />
do banco. Minutos <strong>de</strong>pois, Ana Oliveira<br />
já manobrava o pequeno citadino<br />
pelo meio <strong>de</strong> uma confusão<br />
<strong>de</strong> carros estacionados. “Parece-<br />
-me ser uma boa escolha para a<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong>”, admitia.<br />
A navegadora está habitua<strong>da</strong> a<br />
conduzir carros um pouco maiores,<br />
mas as vantagens do tamanho<br />
do pequeno Peugeot pareceram-<br />
-me evi<strong>de</strong>ntes instantaneamente.<br />
“A relação espaço/quali<strong>da</strong><strong>de</strong> é a<br />
principal característica digna <strong>de</strong><br />
nota.” Outra quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que impressionou<br />
Ana Oliveira foi o espaço<br />
interno do veículo, aliado ao <strong>de</strong>sign.<br />
Encarta<strong>da</strong> há poucos anos, diz<br />
que até hoje teve muito poucas<br />
aventuras ao volante. À excepção<br />
<strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>. “Conduzo <strong>de</strong>pressa<br />
passado, <strong>de</strong>vido à retracção do<br />
mercado nacional, motiva<strong>da</strong> pela<br />
crise económica.<br />
Estão presentes 70 expositores<br />
numa área <strong>de</strong> 16 mil metros quadrados.<br />
O pavilhão 1 expõe as mais<br />
recentes motos, enquanto o pavilhão<br />
2 está <strong>de</strong>stinado aos equipamentos<br />
e acessórios. O pavilhão 3<br />
acolhe o “Challenge Motojornal”.<br />
Confronto “indoor” entre vários<br />
pilotos <strong>de</strong> motociclismo, <strong>da</strong>s mais<br />
varia<strong>da</strong>s categorias, ao comando<br />
<strong>de</strong> mini-motos e karts, que será<br />
realizado no sábado e domingo.<br />
O FENÓMENO<br />
“SCOOTER”<br />
“Scooter – um fenómeno sem<br />
i<strong>da</strong><strong>de</strong>” é o título <strong>de</strong> uma exposição<br />
que <strong>de</strong>corre na ExpoSalão, no<br />
âmbito do certame <strong>da</strong>s duas ro<strong>da</strong>s,<br />
e que retrata a evolução do popular<br />
veículo ao longo dos anos. A<br />
organização <strong>de</strong>sta mostra está a<br />
cargo <strong>da</strong> ExpoSalão e do Clube <strong>de</strong><br />
Vespas <strong>de</strong> Abrantes. Em <strong>de</strong>monstração,<br />
estarão cerca <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena<br />
e meia <strong>de</strong> “scooters”, com especial<br />
<strong>de</strong>staque para os mo<strong>de</strong>los Vespa,<br />
VN1T, VBA 1T, VBB 2T e 50s. ■<br />
<strong>de</strong> mais. Mas hoje estou a ter cui<strong>da</strong>do.<br />
Ain<strong>da</strong> não conheço o carro”,<br />
explicava com um gran<strong>de</strong> sorriso.<br />
Depois <strong>de</strong> ter conduzido o automóvel<br />
em piso mau, bom e assimassim,<br />
acelerado a fundo o motor<br />
tricilíndrico e ter-se recusado a fazer<br />
acrobacias com o pequeno Peugeot,<br />
“incluindo piões”, a navegadora<br />
<strong>de</strong> Carlos Oliveira <strong>de</strong>u por<br />
concluído o “test-drive”: “É uma<br />
boa escolha para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.”<br />
O JORNAL DE LEIRIA agra<strong>de</strong>ce<br />
à LPM, representante Peugeot<br />
na região, a cedência do veículo<br />
ensaiado por Ana Oliveira. ■<br />
Peugeot<br />
107 Trendy<br />
Combustível: gasolina<br />
Potência: 68 cv<br />
Cilindra<strong>da</strong>: 980 cc<br />
Tamanho: 3.43 metros <strong>de</strong><br />
comprimento por 1.63<br />
metros <strong>de</strong> largura<br />
Consumos:<br />
Estra<strong>da</strong>: 4.1l<br />
Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>: 5.5l<br />
Combinado: 4.6l<br />
Preço: 10.700 euros<br />
BREVES<br />
■<br />
Fábrica <strong>de</strong> Palmela<br />
Autoeuropa<br />
quer novos<br />
mo<strong>de</strong>los<br />
A fábrica <strong>de</strong> Palmela, Autoeuropa,<br />
será uma <strong>da</strong>s candi<strong>da</strong>tas a<br />
produzir as novas gerações dos<br />
monovolumes Sharan e do Alhambra.<br />
A <strong>de</strong>cisão final só será conheci<strong>da</strong><br />
em 2009. “Se fizermos as<br />
coisas bem feitas, o futuro está<br />
assegurado”, afirmou à Agência<br />
Lusa Emílio Sáenz, director–geral<br />
<strong>da</strong> empresa, à margem <strong>da</strong> cerimónia<br />
<strong>de</strong> con<strong>de</strong>coração com a<br />
me<strong>da</strong>lha <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Mérito<br />
Industrial, atribuí<strong>da</strong>, na segun<strong>da</strong>-feira,<br />
pelo Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República.<br />
Esta po<strong>de</strong>rá ser uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> negócio para a<br />
indústria <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s <strong>da</strong> região,<br />
caso os novos mo<strong>de</strong>los sejam atribuídos<br />
a Portugal.<br />
Chrysler<br />
Novo 300C<br />
CRD estreia<br />
em Portugal<br />
A Chrysler, marca americana que<br />
será representa<strong>da</strong>, em <strong>Leiria</strong>, a<br />
partir <strong>de</strong> Março, pela Vimoter<br />
lançou no mercado nacional a<br />
versão diesel do 300 C. Designado<br />
300 C CRD, o mo<strong>de</strong>lo vem<br />
equipado com o mesmo motor<br />
V6 que anima o Merce<strong>de</strong>s E320<br />
CDI, o suficiente para propulsionar<br />
os seus cinco metros <strong>de</strong> carroçaria.<br />
Esta uni<strong>da</strong><strong>de</strong> vem equipa<strong>da</strong><br />
com um turbo <strong>de</strong> geometria<br />
variável, “common rail” <strong>da</strong> terceira<br />
geração e filtro <strong>de</strong> partículas.<br />
O valor máximo do binário<br />
é <strong>de</strong> 510 Nm, às 1600 rotações,<br />
para 218 cv. O consumo combinado<br />
não foge dos <strong>de</strong>z litros. A<br />
estética é muito marca<strong>da</strong> pela<br />
imponência <strong>da</strong> grelha frontal e<br />
pela linha <strong>de</strong> cintura eleva<strong>da</strong>. O<br />
espaço interior é abun<strong>da</strong>nte para<br />
todos os ocupantes, ficando apenas<br />
o terceiro passageiro traseiro<br />
limitado pela presença do túnel<br />
<strong>da</strong> transmissão.<br />
Volvo<br />
S80 chegará<br />
com o Verão<br />
A Volvo prepara-se para substituir<br />
o mo<strong>de</strong>lo S80 por um novo...<br />
S80, no Verão. <strong>Os</strong> veículos serão<br />
equipados com dois novos motores.<br />
Para uma versão com tracção<br />
integral será usado um V8<br />
com 315 cv, além <strong>de</strong> V6 <strong>de</strong> 3.2<br />
litros e 235 cv. Mantém-se os já<br />
existentes 2.5 litros turbo, com<br />
200 cv, e o diesel D5 <strong>de</strong> 185 cv.<br />
Entre os mecanismos <strong>de</strong> segurança<br />
adoptados no novo S80<br />
contam-se o “cruise control” a<strong>da</strong>ptativo<br />
e o sistema <strong>de</strong> aviso <strong>de</strong><br />
colisão. ■
24 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006<br />
■Desporto ■<br />
Clube <strong>de</strong> Badminton <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> nasceu há sete meses<br />
Escolas vão receber <strong>de</strong>monstrações<br />
para cativar alunos<br />
Fun<strong>da</strong>do em 23 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, o Clube <strong>de</strong> Badminton <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> tem cerca <strong>de</strong> 40 atletas, entre<br />
os quais 15 fe<strong>de</strong>rados. Com o objectivo <strong>de</strong> resgatar mais jogadores para a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, a direcção<br />
do clube vai correr as escolas do concelho no início <strong>da</strong> próxima época, com o intuito <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>monstrar aos mais novos o que é o badminton.<br />
DR<br />
Com apenas sete meses<br />
<strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, o Clube <strong>de</strong> Badminton<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (CBL)<br />
foi criado com o objectivo<br />
<strong>de</strong> <strong>da</strong>r maior visibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
à mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e massificar<br />
o <strong>de</strong>sporto.<br />
Antes pertenciam<br />
a<br />
uma associação<br />
leiriense,<br />
mas o<br />
<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />
partirem para<br />
um projecto mais<br />
ambicioso foi uma<br />
<strong>da</strong>s principais razões<br />
que levaram os cinco<br />
sócios fun<strong>da</strong>dores<br />
à criação <strong>de</strong> um<br />
clube <strong>de</strong>dicado<br />
exclusivamente ao<br />
badminton.<br />
Com cerca <strong>de</strong><br />
15 atletas fe<strong>de</strong>rados,<br />
que participam<br />
nos vários torneios<br />
que compõem os<br />
campeonatos nacionais<br />
nas diversas<br />
categorias e escalões<br />
organizados pela<br />
Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa<br />
<strong>de</strong> Badminton, o<br />
CBL conta já com o décimo melhor jogador<br />
nacional.<br />
Ângelo Santos participa nas competições<br />
<strong>de</strong> Elite e categoria B e está, até ao momento,<br />
posicionado no décimo lugar do ranking<br />
<strong>de</strong>sta época. Outro atleta que compete na<br />
principal categoria do badminton nacional<br />
é David Sousa, que ocupa o 21º lugar.<br />
No início do próximo ano lectivo “queremos<br />
chegar junto <strong>da</strong>s escolas para cativar<br />
mais miúdos”, afirma João Jorge, sócio fun<strong>da</strong>dor<br />
do clube. “Vamos fazer <strong>de</strong>monstrações<br />
junto <strong>da</strong>s escolas para massificar ao<br />
máximo o <strong>de</strong>sporto.”<br />
HOMENAGEM<br />
A MIGUEL ALVES<br />
O torneio “Miguel Alves”, que <strong>de</strong>correu<br />
no passado fim-<strong>de</strong>-semana, no pavilhão<br />
municipal Dr. Correia Mateus, em <strong>Leiria</strong>, foi<br />
a última organização do CBL <strong>de</strong>sta época e<br />
serviu para homenagear o atleta que faleceu<br />
no ano passado, vítima <strong>de</strong> um atropelamento<br />
mortal. “Pedimos à Fe<strong>de</strong>ração autorização<br />
para <strong>da</strong>r o nome do atleta à prova<br />
e o pedido foi aceite”, diz João Jorge. Na<br />
entrega dos prémios do torneio, <strong>de</strong>stinado<br />
às categorias juniores, juvenis e veteranos,<br />
estiveram presentes a mãe <strong>de</strong> Miguel Alves,<br />
a vereadora do <strong>de</strong>sporto Isabel Gonçalves,<br />
e Montalverne, que trouxe o badminton para<br />
<strong>Leiria</strong> há trinta anos.<br />
O CBL candi<strong>da</strong>tou-se à organização <strong>de</strong><br />
torneios, tendo-lhe sido atribuí<strong>da</strong>s, pela Fe<strong>de</strong>ração<br />
Portuguesa <strong>de</strong> Badminton, cinco competições.<br />
<strong>Os</strong> primeiros torneios realizaramse<br />
em Novembro, nos dias 5 e 6, nas categorias<br />
Elite, B, infantis, iniciados e benjamins. Nos<br />
dias 7 e 8 <strong>de</strong> Janeiro, foi a vez <strong>da</strong>s categorias<br />
C e D entrarem em campo.<br />
Para João Jorge, a organização <strong>de</strong> cinco<br />
torneios no primeiro semestre <strong>de</strong> existência<br />
do clube foi “positiva”.<br />
O QUE É O BADMINTON<br />
O badminton é um <strong>de</strong>sporto idêntico ao<br />
ténis, mas com regras diferentes. É disputado<br />
num campo rectangular, com 13.40 metros<br />
<strong>de</strong> comprimento e 6.10 metros <strong>de</strong> largura,<br />
dividido por uma re<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong> ser disputado<br />
individualmente ou em pares e é jogado com<br />
uma raquete e um volante, que po<strong>de</strong>rá ser<br />
feito <strong>de</strong> materiais naturais ou sintéticos. O<br />
volante pesa entre 4.74 e 5.5 gramas.<br />
Quanto à pontuação, os opositores jogam<br />
à melhor <strong>de</strong> três jogos e só o lado servidor<br />
po<strong>de</strong> somar um ponto ao seu resultado, ou<br />
seja, só ganha pontos o jogador que está a<br />
servir. O atleta que está a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ve,<br />
em primeiro lugar, quebrar o serviço do<br />
DR<br />
adversário e só <strong>de</strong>pois servir para o ponto.<br />
Em masculinos, ganha o jogo quem chegar<br />
aos 15 pontos. Em caso <strong>de</strong> igual<strong>da</strong><strong>de</strong> a<br />
14, o atleta que atingir primeiro essa marca<br />
tem o direito <strong>de</strong> pedir “pontos” ou “não<br />
pontos”. Caso peça pontos, ganha o jogo<br />
quem chegar aos 17. Se a escolha for a<br />
RANKINGS NACIONAIS<br />
outra opção, a parti<strong>da</strong> termina aos 15.<br />
Em femininos, as regras são as mesmas,<br />
mas o jogo termina aos 11 pontos. Caso o<br />
encontro atinja uma igual<strong>da</strong><strong>de</strong> a <strong>de</strong>z pontos,<br />
po<strong>de</strong> pedir-se “pontos”, terminando o<br />
jogo aos 13. ■<br />
Pedro Fonseca<br />
Categoria Atleta Posição<br />
Elites e B – singulares masculinos Ângelo Santos 10º<br />
David Sousa 21º<br />
Elites e B – pares masculinos Ângelo Santos (CBL) / Luís Silva 5º<br />
David Sousa (CBL) / João Graça 18º<br />
David Sousa (CBL) / Pedro Martins 30º<br />
Categoria D – singulares masculinos João Jorge 1º<br />
Paulo Gonçalves 10º<br />
Paulo Sousa 29º<br />
Anthony Carter 34º<br />
Categoria D – pares masculinos João Jorge/ Paulo Gonçalves 13º<br />
Paulo Sousa (CBL) / Ricardo Men<strong>de</strong>s 19º<br />
Anthony Carter (CBL) / Paulo Sousa 22º<br />
Apolinário Meira/ Paulo Sousa (CBL) 24º<br />
Juniores – singulares masculinos João Lopes 10º<br />
Juniores – pares mistos João Lopes (CBL) / Joana Carvalho 6º<br />
Juvenis – singulares masculinos David Sousa 2º<br />
Pedro Jorge 11º<br />
Juvenis – Pares masculinos David Gonçalves/ David Sousa (CBL) 1º<br />
Pedro Jorge (CBL) / Tomas Nero 6º<br />
Derrota antes <strong>da</strong> recepção ao Benfica<br />
(Des)União golea<strong>da</strong> nos Barreiros<br />
O União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> per<strong>de</strong>u com<br />
o Marítimo, por 3-0, e sofreu o<br />
resultado mais pesado na era Jorge<br />
Jesus. Des<strong>de</strong> a <strong>de</strong>rrota no estádio<br />
<strong>da</strong> Luz por 4-0, na quarta jorna<strong>da</strong>,<br />
que o União não per<strong>de</strong>ra por<br />
mais <strong>de</strong> dois golos <strong>de</strong> diferença. Só<br />
o FC Porto conseguira marcar por<br />
três vezes, em Dezembro, num jogo<br />
a contar para a 14ª jorna<strong>da</strong>, mas a<br />
encontro terminou em 3-1 para os<br />
dragões. Com esta <strong>de</strong>rrota, a equipa<br />
<strong>de</strong>sceu para o nono lugar, com<br />
25 pontos, e foi ultrapassado pela<br />
equipa maritimista.<br />
O União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe o Benfica<br />
no sábado, às 21:15 horas, no<br />
estádio Magalhães Pessoa, num<br />
jogo a contar para a 21ª jorna<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong> Liga. As duas equipas encontram-se<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um fim-<strong>de</strong>-semana<br />
amargo, on<strong>de</strong> o Benfica per<strong>de</strong>u<br />
em casa com o rival Sporting, por<br />
3-1, e o União encaixou três golos<br />
nos Barreiros.<br />
HUGO COSTA E HADSON<br />
REFORÇAM PLANTEL<br />
O <strong>de</strong>fesa-central Hugo Costa,<br />
contratado até final <strong>da</strong> época, começou<br />
a treinar com o plantel <strong>de</strong> Jorge<br />
Jesus, na terça-feira. O <strong>de</strong>fesa<br />
estava sem clube <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>da</strong><br />
última tempora<strong>da</strong> e treinava com<br />
a equipa B do Vitória <strong>de</strong> Setúbal.<br />
O Rot-Weib Oberhauser, <strong>da</strong> II liga<br />
alemã, foi o último clube que representou.<br />
O extremo-esquerdo Hadson,<br />
irmão do médio leiriense Harison,<br />
é a última contratação do União<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na reabertura do mercado<br />
<strong>de</strong> Inverno, cujas inscrições terminaram<br />
na terça-feira. O brasileiro<br />
foi <strong>da</strong>do como certo na<br />
Académica <strong>de</strong> Coimbra, mas à última<br />
hora assinou pelo clube do Lis.<br />
O médio <strong>de</strong>fensivo Néné, contratado<br />
ao Braga no início <strong>da</strong> época,<br />
foi emprestado ao Aves.■
| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 25<br />
Campeonatos nacionais <strong>de</strong> futebol<br />
Sporting <strong>de</strong> Pombal não<br />
vence há dois meses<br />
O Sporting <strong>de</strong> Pombal per<strong>de</strong>u<br />
em Oliveira <strong>de</strong> Azeméis, por<br />
1-0, e somou a quarta <strong>de</strong>rrota<br />
consecutiva e o sexto jogo sem<br />
ganhar. A última vitória <strong>da</strong> equipa<br />
<strong>de</strong> João Pereira aconteceu há<br />
dois meses, na recepção ao Benfica<br />
<strong>de</strong> Castelo Branco, num jogo<br />
a contar para a décima jorna<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong> série C do campeonato nacional<br />
<strong>da</strong> II divisão. <strong>Os</strong> maus resultados<br />
colocaram a equipa apenas<br />
a dois pontos <strong>da</strong> linha <strong>de</strong><br />
água.<br />
O Portomosense empatou com<br />
o Pampilhosa, a zero, e vai no<br />
quarto jogo a somar pontos. O<br />
conjunto <strong>de</strong> Nuno Presume ocupa<br />
o 11º lugar, com 13 pontos.<br />
O Fátima folgou mas manteve<br />
o quarto lugar, com 23 pontos.<br />
Na próxima jorna<strong>da</strong>, o Pombal<br />
recebe o Oliveira do Bairro<br />
e o Portomosense <strong>de</strong>sloca-<br />
-se a Nelas. O Fátima volta a<br />
folgar.<br />
FERNANDO JOSÉ<br />
Beneditense e Alcobaça lutam pela manutenção no domingo<br />
CALDAS PERDE<br />
OPORTUNIDADE DE<br />
ASSUMIR LIDERANÇA<br />
O Cal<strong>da</strong>s foi <strong>de</strong>rrotado no terreno<br />
do Amiense, último classificado<br />
<strong>da</strong> série D <strong>da</strong> III divisão, por<br />
2-0, e per<strong>de</strong>u oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> subir<br />
ao primeiro lugar. Num jogo realizado<br />
na terça-feira, a equipa <strong>de</strong><br />
Rui Rodrigues podia alcançar o<br />
Eléctrico e o Sourense no topo <strong>da</strong><br />
classificação. Com esta <strong>de</strong>rrota, o<br />
conjunto <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha ficou<br />
no sexto lugar, com 26 pontos.<br />
Campeonatos nacionais <strong>de</strong> hóquei em patins<br />
Turquel apurado para a fase final<br />
O Peniche foi goleado em Soure,<br />
por 4-1, e <strong>de</strong>sceu para a quinta<br />
posição, com 27 pontos. O Caranguejeira<br />
per<strong>de</strong>u em casa com o<br />
Vigor e Moci<strong>da</strong><strong>de</strong>, por 2-1, e <strong>de</strong>sceu<br />
para o oitavo lugar, com 24<br />
pontos. O Marinhense empatou em<br />
casa com o Alcobaça, a um golo,<br />
e <strong>de</strong>sceu para o décimo posto, também<br />
com 24 pontos. O Alcobaça<br />
somou o 21º ponto e subiu para a<br />
12ª posição.<br />
O Bidoeirense ganhou em casa<br />
ao Miran<strong>de</strong>nse e somou a terceira<br />
vitória nos últimos cinco encontros.<br />
No entanto, continua na zona <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sci<strong>da</strong>, com 14 pontos. O jogo<br />
Beneditense-Eléctrico foi adiado<br />
para 26 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong>vido à que<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
neve regista<strong>da</strong> no fim-<strong>de</strong>-semana.<br />
A próxima jorna<strong>da</strong> disputa-se<br />
domingo com os seguintes jogos:<br />
Peniche-Amiense, Cal<strong>da</strong>s-Bidoeirense,<br />
Eléctrico-Caranguejeira, Riachense-Marinhense<br />
e Alcobaça-<br />
Beneditense. ■<br />
BREVES<br />
■<br />
Juventu<strong>de</strong> Ouriense<br />
Autocarro gera<br />
polémica<br />
A não autorização <strong>da</strong> autarquia<br />
<strong>de</strong> Ourém para a cedência<br />
do autocarro à equipa <strong>da</strong><br />
Juventu<strong>de</strong> Ouriense gerou<br />
alguma consternação junto<br />
do clube <strong>de</strong> hóquei em patins.<br />
No sábado, a Direcção foi<br />
obriga<strong>da</strong> a procurar uma alternativa<br />
para a viagem a Espinho,<br />
on<strong>de</strong> o clube <strong>de</strong>frontou<br />
a equipa local, para o campeonato<br />
<strong>da</strong> II divisão, uma<br />
vez que o pedido feito à autarquia<br />
foi recusado, “em virtu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> já ter havido cedência<br />
no corrente ano”, segundo<br />
<strong>de</strong>spacho do presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
autarquia. A Direcção do clube<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> em comunicado,<br />
que face à não existência <strong>de</strong><br />
outros pedidos (a viatura ficou<br />
estaciona<strong>da</strong> no parque camarário),<br />
a autarquia <strong>de</strong>veria<br />
autorizar “outras utilizações<br />
no mesmo ano civil”.<br />
Ténis<br />
Torneio<br />
na Batalha<br />
REGIÃO DE CISTER<br />
O Turquel empatou em Alverca,<br />
a dois golos, e garantiu um dos<br />
cinco primeiros lugares que dão<br />
acesso à fase final do campeonato<br />
nacional <strong>da</strong> II divisão <strong>de</strong> hóquei<br />
em patins.<br />
Biblioteca a um ponto <strong>da</strong> li<strong>de</strong>rança<br />
Campeonatos nacionais <strong>de</strong> futsal<br />
Arnal imparável<br />
O Arnal voltou a vencer e continua<br />
na li<strong>de</strong>rança com três pontos<br />
<strong>de</strong> vantagem sobre o Forte <strong>da</strong><br />
casa. No sábado, a equipa <strong>da</strong> Maceira<br />
venceu o Marinhais, por 7-2, e<br />
somou o 42º ponto na série C do<br />
campeonato nacional <strong>da</strong> III divisão<br />
<strong>de</strong> futsal.<br />
O Amarense <strong>de</strong>rrotou o Novos<br />
Talentos, por 4-1, e subiu ao terceiro<br />
lugar, com 34 pontos. O Na<strong>da</strong>douro<br />
bateu o Odivelas, por 6-3, e<br />
continua na sétima posição, com<br />
27 pontos. O Núcleo Sportinguista<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (NSL) per<strong>de</strong>u com o<br />
Forte <strong>da</strong> Casa, por 3-8, e manteve<br />
o décimo posto, com 15 pontos. O<br />
Pe<strong>de</strong>rneirense venceu o Onze Unidos,<br />
por 8-4, mas continua no<br />
penúltimo lugar com <strong>de</strong>z pontos.<br />
Na série B, o Lagoa Para<strong>da</strong><br />
ganhou por 4-1 ao Viseu Futsal<br />
2001, e subiu à oitava posição, com<br />
18 pontos.<br />
Com o apuramento garantido,<br />
a Juventu<strong>de</strong> Ouriense e o Marinhense<br />
foram goleados, por 1-7 e<br />
1-8, frente ao Espinho e a A.A.Coimbra,<br />
respectivamente. O conjunto<br />
<strong>de</strong> Ourém ocupa a terceira posição,<br />
com 32 pontos, enquanto o<br />
Marinhense está em quarto lugar,<br />
com 30 pontos. Na próxima jorna<strong>da</strong>,<br />
a equipa <strong>da</strong> Marinha Gran<strong>de</strong><br />
recebe o Feira e o Ouriense joga<br />
em casa com a Sanjoanense.<br />
A próxima jorna<strong>da</strong> disputa-se<br />
a 11 <strong>de</strong> Fevereiro, com os seguintes<br />
jogos: Forte <strong>da</strong> Casa-Arnal,<br />
Al<strong>de</strong>ia Velha-Amarense, Na<strong>da</strong>douro-Pe<strong>de</strong>rneirense,<br />
Novos Talentos-NSL<br />
e Tocha Lagoa Para<strong>da</strong>.<br />
Na I divisão, o Sporting <strong>de</strong><br />
Pombal foi <strong>de</strong>rrotado em casa pelo<br />
Belenenses, por 6-5, e ocupa o<br />
sétimo lugar do campeonato nacional,<br />
com 21 pontos. Dia 11 <strong>de</strong><br />
Fevereiro, a equipa pombalense<br />
BIBLIOTECA<br />
VENCE LÍDER<br />
O Biblioteca <strong>de</strong> Instrução e Recreio<br />
(BIR) terminou <strong>da</strong> melhor maneira<br />
a primeira volta <strong>da</strong> zona Centro<br />
do campeonato nacional <strong>da</strong> III<br />
divisão, ao bater o lí<strong>de</strong>r Ourique,<br />
por 7-4. Com este triunfo, a equipa<br />
<strong>de</strong> Valado dos Fra<strong>de</strong>s ficou a<br />
apenas um ponto do primeiro lugar.<br />
Stella Maris e Bombarrelense<br />
empataram a três golos e mantêm-<br />
-se no meio <strong>da</strong> tabela classificativa.<br />
A primeira no sexto lugar, com<br />
18 pontos, e a segun<strong>da</strong> no nono<br />
posto, com 16.<br />
O <strong>Leiria</strong> e Marrazes empatou no<br />
recinto do Araze<strong>de</strong>, a quatro golos,<br />
e ocupa o sétimo lugar, com 17<br />
pontos. O Cal<strong>da</strong>s foi goleado em<br />
casa pelo Entroncamento, por 1-<br />
7, e continua na última posição,<br />
com apenas três pontos.<br />
A próxima jorna<strong>da</strong> disputa-se<br />
sábado com os seguintes encontros:<br />
BIR-Tigres, Santa Cita-Stella<br />
Maris, Bombarrelense-Entroncamento<br />
e Cal<strong>da</strong>s-Vialonga. O Marrazes<br />
folga. ■<br />
<strong>de</strong>sloca-se ao Pavilhão Paz e Amiza<strong>de</strong><br />
para <strong>de</strong>frontar o lí<strong>de</strong>r Sporting.<br />
TAÇA DE PORTUGAL<br />
O Sporting <strong>de</strong> Pombal joga<br />
sábado no recinto do Forte <strong>da</strong><br />
Casa para a terceira eliminatória<br />
<strong>da</strong> Taça <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong> futsal. Mais<br />
difícil será a tarefa do Amarense<br />
que <strong>de</strong>fronta a Fun<strong>da</strong>ção Jorge<br />
Antunes (I divisão). ■<br />
O campo <strong>de</strong> ténis <strong>da</strong> Batalha<br />
recebe este fim-<strong>de</strong>-semana o<br />
torneio “O Con<strong>de</strong>stável – Nuno<br />
Álvares Pereira”, <strong>de</strong>stinado<br />
ao escalão sénior nas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
singulares masculinos<br />
e femininos. A prova é<br />
organiza<strong>da</strong> pela secção <strong>de</strong><br />
ténis do Grupo Desportivo <strong>da</strong><br />
Batalha e os interessados<br />
po<strong>de</strong>rão inscrever-se até às<br />
22 horas <strong>de</strong> hoje. De segui<strong>da</strong><br />
será realizado o sorteio<br />
<strong>da</strong>s equipas participantes.<br />
Basquetebol<br />
CBL/São Óptica<br />
vence<br />
O CBL/ São Óptica <strong>de</strong>rrotou<br />
o Conimbricense por 60-52,<br />
num jogo a contar para a 12ª<br />
jorna<strong>da</strong> <strong>da</strong> zona Centro do<br />
campeonato nacional <strong>da</strong> I<br />
divisão. Entretanto, o CBL/<br />
Remax <strong>Leiria</strong> sagrou-se campeão<br />
distrital <strong>de</strong> juniores A<br />
e vai representar o distrito<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na taça nacional. A<br />
competição tem início a 12<br />
<strong>de</strong> Fevereiro frente ao Seixal.<br />
■
26 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | DESPORTO | JORNAL DE LEIRIA |<br />
BREVES<br />
■<br />
Natação<br />
Pie<strong>de</strong>nse<br />
vence<br />
em <strong>Leiria</strong><br />
O União Pie<strong>de</strong>nse, <strong>da</strong> I divisão<br />
nacional, foi o gran<strong>de</strong> vencedor<br />
<strong>da</strong> “Taça ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”<br />
em natação, com 112 pontos,<br />
que se disputou no fim-<strong>de</strong>-semana,<br />
na piscina municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
O Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ficou<br />
na segun<strong>da</strong> posição, a 14 pontos<br />
do primeiro classificado. Com<br />
a participação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 700<br />
atletas, entre 45 clubes, o Bairro<br />
dos Anjos alcançou o sexto<br />
lugar, com 36 pontos. O Clube<br />
<strong>de</strong> Natação <strong>de</strong> Alcobaça ficou<br />
na décima posição, com 19 pontos,<br />
o Desportivo Náutico <strong>da</strong><br />
Marinha Gran<strong>de</strong> em 12º, com<br />
11, e o Clube Naval <strong>da</strong> Nazaré,<br />
em 17, com um ponto.<br />
| Entrevista |<br />
Bruno Jorge, guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s do Estoril<br />
“Na II Liga prometem-se<br />
or<strong>de</strong>nados impossíveis <strong>de</strong> pagar”<br />
José Mourinho foi quem o chamou aos séniores <strong>da</strong> União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> quando tinha 18 anos. Hoje, como<br />
terceiro guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s do Estoril Praia é mais um profissional <strong>de</strong> futebol a sofrer as consequências <strong>da</strong> crise<br />
financeira por que passam muitos clubes. Natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, no seu clube só há 13 jogadores, o que o<br />
obrigou a actuar como ponta <strong>de</strong> lança. Experiência que não quer voltar a repetir.<br />
Ciclismo<br />
Nevão<br />
condiciona<br />
bênção<br />
RICARDO GRAÇA<br />
O forte nevão que se abateu<br />
sobre a região centro no domingo<br />
condicionou a presença <strong>de</strong><br />
ciclistas e o programa previsto<br />
para a IV bênção nacional<br />
que se realizou em Fátima.<br />
Milhares <strong>de</strong> ciclistas que se<br />
dirigiam para o Santuário ficaram<br />
retidos nas estra<strong>da</strong>s, impossibilitando<br />
a sua presença na<br />
missa e bênção presidi<strong>da</strong> pelo<br />
bispo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima, D.Serafim<br />
Ferreira e Silva. Mesmo<br />
assim, cerca <strong>de</strong> dois mil amantes<br />
<strong>da</strong> bicicleta compareceram.<br />
A concentração prevista junto<br />
às rotun<strong>da</strong>s Norte e Sul,<br />
pelas 11:15 horas, e a parti<strong>da</strong><br />
para o parque número dois,<br />
on<strong>de</strong> a Reitoria do Santuário<br />
tinha construído um mega palco<br />
para a realização do evento,<br />
foi também condiciona<strong>da</strong>.<br />
Como não havia condições no<br />
parque para a realização <strong>da</strong><br />
missa e <strong>da</strong> bênção, já que não<br />
parava <strong>de</strong> nevar, a Reitoria do<br />
Santuário autorizou as celebrações<br />
na Capelinha <strong>da</strong>s Aparições.<br />
A V bênção está prevista<br />
para 28 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong><br />
2007. ■<br />
Faz parte <strong>de</strong> um pequeno grupo<br />
<strong>de</strong> guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s que já actuou<br />
como ponta <strong>de</strong> lança e marcou<br />
um golo. Gostava <strong>de</strong> repetir a<br />
experiência?<br />
Todos os guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s têm a<br />
curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar, mas<br />
é algo que não quero voltar a repetir.<br />
Isso significaria que a equipa já<br />
estaria reforça<strong>da</strong> e não seria preciso<br />
an<strong>da</strong>r ali a <strong>de</strong>senrascar. Preferia<br />
voltar à minha posição. É lá<br />
que me sinto bem. Quando era escolinha,<br />
cheguei a jogar na posição<br />
<strong>de</strong> central, mas é na baliza que me<br />
sinto bem.<br />
Depois <strong>de</strong> 13 rescisões o Estoril<br />
continua com or<strong>de</strong>nados em<br />
atraso?<br />
Já estão a liqui<strong>da</strong>r os or<strong>de</strong>nados.<br />
Não po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que<br />
ain<strong>da</strong> existam or<strong>de</strong>nados em atraso,<br />
como noutras equipas. Está um<br />
mês por pagar. Não é por aí que as<br />
coisas vão mal. Pior é ain<strong>da</strong> não<br />
terem chegado a acordo com uma<br />
equipa técnica, nem com jogadores<br />
novos. A LagosSport foi quem<br />
resolveu o nosso problema. Agora<br />
estão à espera que José Veiga lhes<br />
passe as acções, para assumirem o<br />
comando do clube. É uma pena.<br />
No princípio <strong>da</strong> época éramos candi<strong>da</strong>tos<br />
ao título. Agora já vamos<br />
com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z pontos <strong>de</strong> atraso.<br />
Alguma vez pensou rescindir<br />
contrato?<br />
Na altura em que o clube anunciou<br />
falência, todos os jogadores o<br />
fizeram. E eu não fugi à regra. Acabei<br />
por voltar atrás porque falaram-nos<br />
<strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> as coisas<br />
mu<strong>da</strong>rem. Aqueles que tinham<br />
clube arrancaram. Nenhum <strong>de</strong>les<br />
ficou <strong>de</strong>sempregado. Também tinha<br />
para on<strong>de</strong> ir, mas <strong>de</strong>cidi arriscar.<br />
O que se po<strong>de</strong>ria fazer em<br />
Portugal para acabar <strong>de</strong> vez com<br />
or<strong>de</strong>nados em atraso em clubes<br />
profissionais?<br />
Não entrar em loucuras. Ca<strong>da</strong><br />
vez oiço mais os meus colegas<br />
dizerem que mais vale pouco e<br />
certo, do que muito e nunca o<br />
receber. Pagam-se salários <strong>de</strong>masiado<br />
elevados para a dimensão<br />
e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos clubes. Não sei<br />
se é o caso do Estoril. Na II Liga<br />
prometem-se or<strong>de</strong>nados impossíveis<br />
<strong>de</strong> pagar. A vin<strong>da</strong> <strong>de</strong> espectadores<br />
ao estádio po<strong>de</strong>ria trazer<br />
mais dinheiro, mas o estado <strong>da</strong><br />
nossa economia não permite a<br />
compra <strong>de</strong> bilhetes. Ir ao futebol<br />
é um luxo. Não sei como, mas<br />
acredito que as coisas possam<br />
mu<strong>da</strong>r.<br />
Foi José Mourinho que o chamou<br />
ao plantel sénior <strong>da</strong> União<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Que recor<strong>da</strong>ções tem<br />
<strong>de</strong>sse momento e <strong>da</strong>quele que é<br />
consi<strong>de</strong>rado, actualmente, o<br />
melhor treinador do mundo?<br />
Ele precisava <strong>de</strong> quatro guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s<br />
para um treino. Era júnior<br />
<strong>de</strong> primeiro ano e chamou-me.<br />
O treino correu-me bastante bem<br />
e voltou a chamar-me mais vezes.<br />
No ano seguinte, acabei por assinar<br />
um contrato profissional. Dele<br />
tenho tudo <strong>de</strong> bom a dizer. Dentro<br />
do campo é uma pessoa bastante<br />
exigente e cá fora é bastante<br />
amigo dos jogadores e sabe<br />
como cativá-los. Não ia treinar<br />
todos os dias, mas aquilo que<br />
conheço <strong>de</strong>le chega para o consi<strong>de</strong>rar<br />
um fora <strong>de</strong> série. A arrogância<br />
que transparece cá para<br />
fora não condiz com o que se<br />
passa no balneário. Mourinho<br />
paga com amiza<strong>de</strong> o nosso esforço<br />
<strong>de</strong>ntro do campo.<br />
Gostaria <strong>de</strong> voltar à União <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>?<br />
Gostava e não diria que não.<br />
O União é um gran<strong>de</strong> clube e, este<br />
ano, tem tudo para alcançar os<br />
objectivos a que se propõe. Depois<br />
<strong>da</strong> entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Jorge Jesus, tem<br />
feito uma época excelente. Lutar<br />
pela Europa é mais difícil. São<br />
muitas as equipas com quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
no nosso campeonato.<br />
Se fosse seleccionador que<br />
guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s escolhia para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />
as re<strong>de</strong>s <strong>da</strong> equipa nacional?<br />
Vítor Baía! Não sei se é por<br />
birra que Scolari não o convoca<br />
ou se gosta mais do Ricardo<br />
a título pessoal. É muito<br />
estranho que não exista uma<br />
explicação do seleccionador<br />
para a não convocação <strong>de</strong> Baía.<br />
Mas estar no lugar <strong>de</strong>le não<br />
<strong>de</strong>ve ser fácil. Ca<strong>da</strong> um tem as<br />
suas opções e há que as aceitar.<br />
Neste ponto, o guardião do<br />
Porto tem-se portado muito<br />
bem. Não comenta nem vai para<br />
os jornais pôr em causa a <strong>de</strong>cisão<br />
do técnico.<br />
Como comenta a fraca assitência<br />
aos jogos <strong>da</strong> União <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>?<br />
Quando fizeram o estádio pensei<br />
que as pessoas iriam a<strong>de</strong>rir<br />
ca<strong>da</strong> vez mais ao futebol. Enganei-me.<br />
Não percebo. É triste, ain<strong>da</strong><br />
por cima sabendo que este ano<br />
o <strong>Leiria</strong> está a fazer uma boa época<br />
e os bilhetes até são acessíveis.<br />
Deve ser muito triste para<br />
um jogador verificar que em casa<br />
estão quase sempre mais a<strong>de</strong>ptos<br />
<strong>da</strong> equipa adversária. ■<br />
Ricardo Rosenheim Rodrigues
| JORNAL DE LEIRIA | DESPORTO |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 27<br />
Taça Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República em an<strong>de</strong>bol<br />
Académico disputa ‘final-four’<br />
O Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>fronta<br />
o Benfica nas meias-finais <strong>da</strong><br />
Taça Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República,<br />
num jogo que se disputa sábado,<br />
às 18:30 horas, no pavilhão<br />
municipal <strong>de</strong> Portalegre. Duas<br />
horas antes, o Sporting <strong>da</strong> Horta<br />
<strong>de</strong>fronta o Albicastrense.<br />
Domingo, às 17 horas, os vencedores<br />
dos encontros <strong>de</strong> sábado<br />
disputam a final, no mesmo<br />
pavilhão.<br />
No campeonato nacional <strong>da</strong><br />
II divisão, o Portomosense está<br />
apenas a uma vitória do apuramento<br />
para a fase final, quando<br />
faltam quatro jogos para terminar<br />
a primeira fase. Em caso <strong>de</strong><br />
vitória, no sábado, frente ao Benavente,<br />
o conjunto <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong><br />
Mós garante a presença no grupo<br />
<strong>de</strong> oito equipas (primeiro e<br />
segundo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> zona mais os<br />
dois melhores terceiros classificados)<br />
que discutirão o título e<br />
a subi<strong>da</strong>.<br />
Este fim-<strong>de</strong>-semana, o Portomosense<br />
per<strong>de</strong>u no recinto dos<br />
Empregados do Comércio, por<br />
23-31, num jogo a contar para<br />
a 14ª jorna<strong>da</strong> <strong>da</strong> zona Centro, e<br />
<strong>de</strong>sceu para a segun<strong>da</strong> posição,<br />
com 37 pontos. O Cister subiu ao<br />
terceiro lugar após a vitória na<br />
Lousã, por 28-26, somando 31<br />
pontos, os mesmos que o Torres<br />
Novas. O SIR 1ºMaio, <strong>de</strong> Picassinos,<br />
empatou em Ílhavo, a 25<br />
golos, e manteve o sexto lugar,<br />
com 27 pontos.<br />
Este fim-<strong>de</strong>-semana disputa-<br />
-se a 15ª jorna<strong>da</strong> com os seguintes<br />
jogos: Portomosense-Benavente<br />
e SIR 1ºMaio-Cister.<br />
JUVE CONQUISTA<br />
QUINTA VITÓRIA<br />
CONSECUTIVA<br />
A Juventu<strong>de</strong> Desportiva do<br />
Lis <strong>de</strong>rrotou o 1º Dezembro,<br />
por 25-24, e alcançou o quinto<br />
triunfo consecutivo na zona<br />
Sul do campeonato nacional<br />
<strong>da</strong> I divisão <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol. Com<br />
esta vitória, a Juve manteve o<br />
quarto lugar, com 30 pontos.<br />
Na próxima jorna<strong>da</strong>, agen<strong>da</strong><strong>da</strong><br />
para sábado, a equipa leiriense<br />
<strong>de</strong>sloca-se ao recinto<br />
do Boa-Hora. ■<br />
RICARDO GRAÇA<br />
Académico-Benfica na meia-final<br />
Torneio quadrangular em atletismo<br />
Selecção <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na terceira posição<br />
A selecção <strong>de</strong> juvenis <strong>da</strong> Associação<br />
Distrital <strong>de</strong> Atletismo <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> (ADAL), masculinos e femininos,<br />
disputou no passado sábado<br />
um Torneio quadrangular em<br />
pista coberta, organizado pela<br />
Associação <strong>de</strong> Atletismo <strong>de</strong> Santarém,<br />
em Alpiarça. A ADAL, que<br />
foi pela primeira vez convi<strong>da</strong><strong>da</strong><br />
a participar, alcançou a segun<strong>da</strong><br />
posição em ambos os sexos.<br />
Na classificação geral, obteve o<br />
terceiro lugar, com 26 pontos, a<br />
apenas um <strong>da</strong>s selecções <strong>de</strong> Setúbal<br />
e <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira.<br />
Individualmente <strong>de</strong>stacaram-<br />
-se as vitórias dos jovens <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
no lançamento do peso. A prova<br />
feminina foi ganha por Ana Patrícia<br />
Inácio com 11.61 metros e a<br />
masculina por Diogo Santos com<br />
13.37 metros. Luís Marques e Catarina<br />
Rosa alcançaram as quarta e<br />
quinta posições, respectivamente.<br />
<strong>Os</strong> saltadores do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
alcançaram várias subi<strong>da</strong>s ao<br />
pódio. João Alexandre foi segundo<br />
classificado no salto em altura<br />
e Nuno Viana conquistou a terceira<br />
posição. Na vara, Nanci Duarte<br />
subiu ao terceiro lugar, enquanto<br />
Mariana Morgado foi a terceira<br />
melhor no salto em comprimento.<br />
Esta atleta também alcançou a<br />
me<strong>da</strong>lha <strong>de</strong> prata nos 60 metros<br />
barreiras, com 9.59 segundos, marca<br />
que passa a constituir novo<br />
recor<strong>de</strong> distrital. No triplo salto,<br />
Edi Fernan<strong>de</strong>s ficou em segundo<br />
lugar. ■
28 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | JORNAL DE LEIRIA |<br />
■ Emprego ■<br />
Várias acções em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha<br />
Cencal aposta na<br />
formação contínua<br />
Aperfeiçoamento em<br />
vidrados cerâmicos é uma<br />
<strong>da</strong>s acções <strong>de</strong> formação<br />
contínua inscritas no plano<br />
do Centro <strong>de</strong> Formação<br />
Profissional para a Indústria<br />
<strong>da</strong> Cerâmica (Cencal),<br />
se<strong>de</strong>ado em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Esta acção, com um<br />
total <strong>de</strong> 40 horas, <strong>de</strong>verá<br />
iniciar-se este mês e <strong>de</strong>stina-se<br />
a chefias e operadores<br />
<strong>de</strong> produção, ceramistas,<br />
artesãos e <strong>de</strong>signers.<br />
Ain<strong>da</strong> em Fevereiro, está<br />
previsto o arranque dos cursos<br />
Gestão <strong>de</strong> armazéns e<br />
Regime comercial <strong>de</strong> importação<br />
e exportação. O primeiro<br />
tem a duração <strong>de</strong> 30<br />
horas e <strong>de</strong>stina-se a administrativos,<br />
financeiros e<br />
comerciais, enquanto o<br />
segundo, <strong>de</strong> 40 horas, está<br />
vocacionado para gestores<br />
e comerciais. Ambos <strong>de</strong>correm<br />
em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Auditorias <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
dirigido a responsáveis<br />
<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, chefias e técnicos,<br />
é outra <strong>da</strong>s acções<br />
inscritas no plano do Cencal<br />
com início previsto para<br />
o próximo mês.<br />
Em Fevereiro <strong>de</strong>verão<br />
ain<strong>da</strong> realizar-se, entre<br />
outros, cursos <strong>de</strong> Segurança<br />
contra incêndios, Socorrismo,<br />
Iniciação ao Inglês<br />
e ao Espanhol. Todos se<br />
<strong>de</strong>stinam a profissionais<br />
no activo. Mas o Cencal<br />
também está atento aos<br />
<strong>de</strong>sempregados e, entre<br />
várias outras acções, tem<br />
agen<strong>da</strong>do para o próximo<br />
mês um curso <strong>de</strong> Iniciação<br />
ao Inglês (40 horas). ■<br />
Cursos em Ourém<br />
Aciso ensina informática<br />
e técnicas <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />
A Associação Empresarial<br />
Ourém/Fátima (Aciso) tem previstas<br />
para este ano cerca <strong>de</strong> 20 acções <strong>de</strong><br />
formação <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a profissionais<br />
no activo (excepto função pública),<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham entre 18 e 65 anos.<br />
Recentemente teve início uma acção<br />
<strong>de</strong> Iniciação à internet. Um outro<br />
igual <strong>de</strong>verá realizar-se entre Maio<br />
e Junho. Estão ain<strong>da</strong> previstos cursos<br />
<strong>de</strong> Informática para Setembro.<br />
Na área <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s, o plano <strong>de</strong><br />
formação para este ano contempla<br />
cursos <strong>de</strong> Técnicas <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, Técnicas<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>coração e vitrinismo e Marketing<br />
empresarial. Estão ain<strong>da</strong> agen<strong>da</strong>dos<br />
cursos <strong>de</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
Secretariado, Web<strong>de</strong>sign e multimédia,<br />
Fiscali<strong>da</strong><strong>de</strong> e Primeiros socorros.<br />
A Aciso preten<strong>de</strong> igualmente <strong>da</strong>r<br />
formação a formadores, tendo agen<strong>da</strong>dos<br />
dois cursos para arrancar em<br />
Fevereiro. Um <strong>de</strong>les – Formação inicial<br />
<strong>de</strong> formadores – <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>correr<br />
entre amanhã, dia 3 <strong>de</strong> Fevereiro,<br />
e 31 <strong>de</strong> Março, num total <strong>de</strong> 96<br />
horas, mas não é financiado. Destina-se<br />
a pessoas que exerçam ou preten<strong>da</strong>m<br />
vir a exercer a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
formador. ■<br />
Na ESTG, <strong>Leiria</strong><br />
Preparação para<br />
exame <strong>de</strong> TOC<br />
Terá início na Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e<br />
Gestão (ESTG) <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a partir do dia 9 <strong>de</strong>ste mês,<br />
uma formação <strong>de</strong> preparação para o exame <strong>de</strong> inscrição<br />
como Técnico Oficial <strong>de</strong> Contas (TOC). A acção<br />
tem como <strong>de</strong>stinatários bacharéis ou licenciados que<br />
preten<strong>da</strong>m inscrever-se como Técnicos Oficiais <strong>de</strong><br />
Contas. A formação, com uma duração total <strong>de</strong> 60<br />
horas, <strong>de</strong>corre até dia 4 <strong>de</strong> Março, às quintas e sextas-feiras,<br />
<strong>da</strong>s 18h00 às 23h00, e aos sábados <strong>da</strong>s<br />
9h00 às 14h00. ■<br />
Cooperativa Agrícola <strong>de</strong> Alcobaça, Crl<br />
Descrição <strong>da</strong> Empresa<br />
Empresa comercial do sector agrícola com a sua se<strong>de</strong> em<br />
Alcobaça com projectos inovadores no associativismo e <strong>de</strong><br />
eleva<strong>da</strong> relevância para o sector e região.<br />
Perfil do candi<strong>da</strong>to<br />
Licenciado\Bacharel em Gestão <strong>de</strong> Empresas ou similar<br />
a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s à função.<br />
Inscrito na Câmara dos Técnicos Oficiais <strong>de</strong> Contas<br />
I<strong>da</strong><strong>de</strong> até 35 anos<br />
Experiência profissional na área <strong>de</strong> Gestão e preferencialmente<br />
no controlo contabilistico, <strong>de</strong> pelo menos 3 anos.<br />
Com conhecimentos <strong>de</strong> software Primavera e Ofice nas diversas<br />
aplicações.<br />
Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s pessoais<br />
Li<strong>de</strong>rança, Planeamento e Organização<br />
Relacionamento interpessoal e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
comunicação<br />
Trabalho em equipa<br />
Elevado sentido <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Autonomia <strong>de</strong> trabalho<br />
Conhecimentos <strong>de</strong> inglês e espanhol (preferencial)<br />
Disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> imediata<br />
Oferta<br />
Vencimento e outras condições <strong>de</strong> trabalho compatíveis com a<br />
experiência profissional.<br />
As candi<strong>da</strong>turas <strong>de</strong>vem ser envia<strong>da</strong>s para a mora<strong>da</strong> indica<strong>da</strong> no<br />
prazo <strong>de</strong> 10 dias úteis acompanha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> curriculum e <strong>de</strong><br />
fotografia.<br />
Cooperativa Agrícola <strong>de</strong> Alcobaça - Rua <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Apartado<br />
n.º62 - 2460-059 Alcobaça<br />
e-mail: coopagralcobaca@mail.telepac.pt<br />
Somos uma empresa <strong>de</strong> referência e lí<strong>de</strong>r no<br />
mercado nacional <strong>de</strong> Estanhos.<br />
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30 | 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | JORNAL DE LEIRIA |<br />
■ Imobiliário ■<br />
Evento <strong>de</strong>corre em Pombal<br />
Constrop mostra máquinas<br />
e materiais para construção<br />
DR<br />
A segun<strong>da</strong> edição <strong>da</strong><br />
Constrop, exposição <strong>de</strong><br />
máquinas e materiais <strong>de</strong><br />
construção civil, obras<br />
públicas e urbanismo,<br />
<strong>de</strong>corre entre 10 e 12 <strong>de</strong>ste<br />
mês na Expocentro, em<br />
Pombal.<br />
Sob o lema ‘Sector <strong>da</strong><br />
construção, um negócio<br />
<strong>da</strong> região’, o evento é<br />
organizado pela empresa<br />
municipal Pombal Viva,<br />
contando com a cooperação<br />
<strong>de</strong> associações como<br />
a ARICOP e a AECOPS,<br />
bem como do IMOPPI (Instituto<br />
dos Mercados <strong>de</strong><br />
Obras Públicas e Particulares<br />
e do Imobiliário).<br />
Assegurar a promoção<br />
e o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
sector <strong>da</strong> construção na<br />
Região Centro do País é<br />
um dos principais objectivos<br />
do certame, que ocupará<br />
cerca <strong>de</strong> seis mil<br />
metros quadrados. Contará<br />
com 68 expositores<br />
no interior <strong>da</strong> Expocentro<br />
e com cinco no exterior.<br />
“As melhores e mais<br />
comerciais empresas e<br />
marcas do sector <strong>da</strong> construção”<br />
marcarão presença<br />
no evento, asseguram os<br />
responsáveis <strong>da</strong> Pombal<br />
Viva.<br />
Além <strong>da</strong> exposição,<br />
<strong>de</strong>correm activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s paralelas,<br />
como workshops.<br />
No dia 10, pelas 15 horas,<br />
está agen<strong>da</strong>do um sobre<br />
as regras <strong>de</strong> ingresso e<br />
permanência na activi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> construção, que<br />
abor<strong>da</strong>rá igualmente as<br />
condições para a revali<strong>da</strong>ção<br />
<strong>de</strong> alvarás e títulos<br />
<strong>de</strong> registo, numa parceria<br />
entre a AECOPS e o<br />
IMOPPI. No mesmo dia,<br />
mas às 10 horas, realiza-<br />
-se no auditório do Teatro<br />
Cine <strong>de</strong> Pombal um<br />
seminário sobre Segurança<br />
e Higiene no Trabalho.<br />
■<br />
Quinto exame <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional<br />
Aprovados 526 profissionais <strong>de</strong> mediação<br />
e angariação imobiliária<br />
O IMOPPI – Instituto dos Mercados<br />
<strong>de</strong> Obras Públicas e Particulares<br />
e do Imobiliário promoveu<br />
no início <strong>de</strong>ste ano o quinto<br />
exame <strong>de</strong> aferição <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
profissional <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>tos ao<br />
exercício <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mediação<br />
e angariação imobiliária, <strong>de</strong><br />
acordo com o estipulado na nova<br />
lei que regula estas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Apresentaram-se 473 candi<strong>da</strong>tos<br />
para a prova <strong>de</strong> mediação<br />
e 824 para o exame <strong>de</strong> angariação.<br />
Foram aprovados, em ambas<br />
as provas, um total <strong>de</strong> 526 candi<strong>da</strong>tos<br />
(218 para mediação e 308<br />
para angariação), o que correspon<strong>de</strong><br />
a uma percentagem <strong>de</strong><br />
40.6 por cento, enquanto as reprovações<br />
atingiram os 59.4 por cento.<br />
Não foi possível apurar junto<br />
do IMOPPI quantos <strong>de</strong>stes<br />
novos profissionais são do distrito.<br />
“Não tratamos os <strong>da</strong>dos a<br />
nível regional, porque isso para<br />
nós não é relevante”, explica Jorge<br />
Dias, responsável pelo <strong>de</strong>partamento<br />
<strong>de</strong> comunicação.<br />
A nova legislação obriga os<br />
profissionais <strong>de</strong> mediação e <strong>de</strong><br />
angariação imobiliária a prestar<br />
provas <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional<br />
para o <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s suas funções.<br />
Neste contexto, o IMOPPI<br />
efectuou já um total <strong>de</strong> quatro exames<br />
<strong>de</strong> âmbito nacional, dos quais<br />
resultaram cerca <strong>de</strong> 3.500 candi<strong>da</strong>tos<br />
a angariadores e a mediadores<br />
imobiliários aprovados <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
Dezembro <strong>de</strong> 2004. ■<br />
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| JORNAL DE LEIRIA |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006| 31<br />
Estudo <strong>da</strong> Materni<strong>da</strong><strong>de</strong> Bissaya-Barreto, Coimbra<br />
Tratamento <strong>de</strong> infertili<strong>da</strong><strong>de</strong> aumenta<br />
gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> risco<br />
As gravi<strong>de</strong>zes múltiplas, a que<br />
estão associa<strong>da</strong>s complicações<br />
como ameaça do parto pré-termo,<br />
têm vindo a aumentar em<br />
Portugal, em parte <strong>de</strong>vido aos<br />
tratamentos contra a infertili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
revela um estudo clínico, a<br />
que a Lusa teve acesso.<br />
Realizado por uma equipa dos<br />
Serviços <strong>de</strong> Obstetrícia e <strong>de</strong> Neonatalogia<br />
<strong>da</strong> Materni<strong>da</strong><strong>de</strong> Bissaya-Barreto,<br />
Coimbra, o estudo sobre<br />
a “Epi<strong>de</strong>miologia <strong>da</strong> Gestação Múltipla”<br />
foi publicado na Acta Médica<br />
Portuguesa <strong>de</strong> Março/Abril <strong>de</strong><br />
2005 e avaliou todos os partos <strong>de</strong><br />
gravi<strong>de</strong>z múltipla (609) ocorridos<br />
na instituição, entre 1987 e 2001.<br />
Nesta materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, realizaram-se<br />
1243 nascimentos <strong>de</strong> gémeos, relativos<br />
a 609 gestações múltiplas,<br />
entre Janeiro <strong>de</strong> 1987 e Dezembro<br />
<strong>de</strong> 2001.<br />
<strong>Os</strong> investigadores concluíram<br />
que a taxa <strong>de</strong> gestação múltipla<br />
tem vindo a aumentar, “provavelmente<br />
<strong>de</strong>vido ao contributo <strong>da</strong>s<br />
técnicas <strong>de</strong> Procriação Medicamente<br />
Assisti<strong>da</strong> (PMA), do aumento<br />
do número <strong>de</strong> gestações tri e<br />
tetragemelares e do aumento <strong>da</strong><br />
i<strong>da</strong><strong>de</strong> média materna”.<br />
As técnicas <strong>de</strong> PMA são aplica<strong>da</strong>s<br />
quando existe um cenário<br />
<strong>de</strong> infertili<strong>da</strong><strong>de</strong> e, muitas vezes, utilizam<br />
a implantação <strong>de</strong> vários<br />
embriões para potenciar a gravi<strong>de</strong>z,<br />
o que po<strong>de</strong> resultar numa gravi<strong>de</strong>z<br />
múltipla.<br />
Nos casos avaliados neste estudo,<br />
a Fertilização In Vitro (FIV) e<br />
a Microinjecção Intra-citoplasmática<br />
(ICSI) foram as técnicas que<br />
mais contribuíram para aumentar<br />
a incidência <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>zes múltiplas.<br />
Neste tipo <strong>de</strong> gestação, as<br />
complicações materno-fetais são<br />
mais frequentes do que na gestação<br />
<strong>de</strong> um feto, nomea<strong>da</strong>mente a<br />
hipertensão arterial, pré-eclampsia<br />
(ataque convulsivo), anemia e<br />
hemorragia pós-parto.<br />
<strong>Os</strong> investigadores <strong>de</strong>tectaram<br />
também um aumento progressivo<br />
do número total e <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> gestação<br />
múltipla, nos últimos 15 anos,<br />
tendo a percentagem crescido<br />
<strong>de</strong> 1,2 por cento, no triénio <strong>de</strong><br />
1987-89, para 1,6 por cento nos<br />
dois últimos triénios. Foi igualmente<br />
<strong>de</strong>tectado um aumento <strong>da</strong>s<br />
gestações trigemelares (três fetos),<br />
particularmente nos dois últimos<br />
triénios.<br />
A i<strong>da</strong><strong>de</strong> média materna tem<br />
aumentado significativamente ao<br />
longo dos anos avaliados o que,<br />
por sua vez, também po<strong>de</strong> “justificar<br />
o aumento <strong>da</strong> incidência <strong>de</strong><br />
gestação múltipla”, <strong>de</strong> acordo com<br />
os autores. A i<strong>da</strong><strong>de</strong> média materna<br />
“sofreu um aumento estatisticamente<br />
importante” (<strong>de</strong> 26,7 anos<br />
no primeiro triénio, para 29,5 anos<br />
no último).<br />
Em relação às complicações obstétricas,<br />
os investigadores salientam,<br />
pela sua maior frequência, a<br />
ameaça <strong>de</strong> parto antes do termo,<br />
as alterações hipertensivas <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z<br />
e a restrição <strong>de</strong> crescimento<br />
intra-uterino.<br />
O peso médio do bébé, ao nascimento,<br />
também tem vindo a diminuir<br />
significativamente, entre<br />
o triénio <strong>de</strong> 1990-92 e o <strong>de</strong><br />
1999-2001. Esta situação po<strong>de</strong>rá<br />
ser consequente <strong>da</strong> diminuição <strong>da</strong><br />
i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional média do parto,<br />
o que foi estatisticamente importante,<br />
entre o triénio <strong>de</strong> 1993-95 e<br />
o <strong>de</strong> 1996-98.<br />
<strong>Os</strong> autores i<strong>de</strong>ntificaram como<br />
principais situações clínicas responsáveis<br />
pela morbili<strong>da</strong><strong>de</strong> neonatal,<br />
a doença <strong>da</strong>s membranas<br />
hialinas (4,7 por cento), a hemorragia<br />
intraventricular (0,9 por cento)<br />
e a síndroma <strong>de</strong> transfusão fetofetal<br />
(14 por cento <strong>da</strong>s monocoriónicas).<br />
Ao longo do período estu<strong>da</strong>do,<br />
registou-se, por outro lado, uma<br />
diminuição <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> neonatal,<br />
para o que contribuiu a evolução,<br />
ao longo <strong>de</strong>stes 15 anos, <strong>da</strong>s<br />
técnicas usa<strong>da</strong>s no âmbito <strong>da</strong> perinatalogia<br />
que permitem a sobrevivência<br />
<strong>de</strong> recém-nascidos, com<br />
ca<strong>da</strong> vez mais baixo peso e menor<br />
i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional. ■<br />
Concebidos para tratar eczemas<br />
Cremes potencialmente cancerígenos no mercado<br />
<strong>Os</strong> dois cremes potencialmente<br />
cancerígenos, à ven<strong>da</strong> em Portugal,<br />
estão a ser avaliados pela<br />
Agência Europeia do Medicamento<br />
(EMEA). Esta é que irá<br />
<strong>de</strong>cidir sobre a introdução <strong>de</strong> avisos<br />
sobre os riscos <strong>de</strong> cancro,<br />
<strong>de</strong>fendidos pela organização congénere<br />
norte-americana. <strong>Os</strong> cremes<br />
Eli<strong>de</strong>l (pimecrolímus) e Protopic<br />
(tacrolímus), dois imunossupressores<br />
<strong>de</strong> aplicação tópica,<br />
indicados no tratamento <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>rmatite atópica (eczema), encontram-se<br />
à ven<strong>da</strong> em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2002.<br />
A autori<strong>da</strong><strong>de</strong> norte-americana<br />
do medicamento (FDA) exige que<br />
as embalagens <strong>de</strong>stes cremes passem<br />
a conter um novo rótulo que<br />
avise sobre potenciais riscos <strong>de</strong> cancro.<br />
Esta <strong>de</strong>cisão segue-se a recomen<strong>da</strong>ções<br />
feitas pelo seu comité<br />
consultivo pediátrico.<br />
O novo rótulo <strong>de</strong>verá também<br />
recomen<strong>da</strong>r que os dois cremes<br />
sejam receitados só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tentados<br />
todos os outros tratamentos<br />
disponíveis. O novo aviso, chamado<br />
“caixa negra” (black box),<br />
é o mais severo que a FDA impõe<br />
aos laboratórios farmacêuticos<br />
para informar o público e os médicos<br />
sobre potenciais riscos graves<br />
<strong>de</strong> medicamentos. ■<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1125 - 02.02.2006<br />
AVISO N.º 3/2006<br />
Nos termos do n.º 2 do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 555/99 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Dezembro,<br />
com a re<strong>da</strong>cção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo Decreto-Lei n.º 177/01 <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> Junho, torna-se público que<br />
a Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> emitiu em 11/01/2006 O ALVARÁ DE LOTEAMENTO<br />
N.º 1/2006, em nome <strong>de</strong> Construções J.J.R. & Filhos, S.A., na sequência <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações<br />
camarárias <strong>de</strong> 28/02/2005, 18/07/2005 e 17/11/2005, através do qual foi licenciado<br />
o loteamento, dos prédios sitos em Magueigia - Canteira - Magagia, na freguesia<br />
<strong>de</strong> Santa Catarina <strong>da</strong> Serra, <strong>de</strong>scritos na Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, sob<br />
os n.º (s) 4111/19990525, 4901/20020523 e 4903/20020523 e inscritos na matriz rústica/urbana<br />
sob os artigos 2002, 2022 e 831 <strong>da</strong> respectiva freguesia.<br />
Área abrangi<strong>da</strong> pelo Plano Director Municipal.<br />
Operação <strong>de</strong> loteamento com as seguintes características:<br />
Área do prédio a lotear =17.066 ,00 m².<br />
Área <strong>de</strong> Implantação = 4.650 m².<br />
Área Total <strong>de</strong> Construção = 10.350 m².<br />
Número <strong>de</strong> lotes = 6 com as áreas <strong>de</strong> 1.297 m² a 3.490 m².<br />
Número Máximo <strong>de</strong> Pisos = Cave + 2.<br />
Número <strong>de</strong> fogos total = 6.<br />
Número <strong>de</strong> lotes para habitação = 6.<br />
Área <strong>de</strong> cedência para o domínio público municipal = 2.328,00 m².<br />
Finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> cedência = passeios, arruamentos, estacionamentos, PT, nicho para<br />
contentores do lixo, equipamento e zona ver<strong>de</strong>.<br />
PRAZO PARA A CONCLUSÃO DAS OBRAS DE URBANIZAÇÃO = 12 meses.<br />
<strong>Leiria</strong>, 11 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2006<br />
POR DELEGAÇÃO DA PRESIDENTE DA CÂMARA<br />
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA BATALHA<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1125 - 02.02.2006<br />
EDITAL<br />
FRANCISCO MANUEL GRAÇA FREITAS, Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Assembleia Municipal<br />
<strong>da</strong> Batalha:<br />
FAZ PÚBLICO, <strong>de</strong> acordo com as disposições aplicáveis, que no próximo dia<br />
17 <strong>de</strong> Fevereiro (Sexta-feira) do ano <strong>de</strong> 2006, pelas 21.30 horas, se realizará<br />
no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Município <strong>da</strong> Batalha, a Sessão Ordinária<br />
<strong>de</strong>sta Assembleia, que versará a seguinte Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Trabalhos:<br />
◆ Ponto 1 - "Apreciação <strong>da</strong> Informação Escrita do Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara acerca<br />
<strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Município e <strong>da</strong> Situação Financeira do mesmo (ao<br />
abrigo <strong>da</strong>s alíneas d) e e) ai Art.º 53º <strong>da</strong> Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong><br />
Setembro)"<br />
◆ Ponto 2 - Autorização para que a Autarquia se torne sócia - a<strong>de</strong>rente <strong>da</strong> Liga<br />
Portuguesa Contra o Cancro<br />
◆ Ponto 3 - "Plano Municipal <strong>de</strong> Emergência do Concelho <strong>da</strong> Batalha" (Aprovação)<br />
Paços do Município <strong>da</strong> Batalha, 26 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2006<br />
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL,<br />
(FRANCISCO MANUEL GRAÇA FREITAS)<br />
CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1125 - 02.02.2006<br />
EDITAL<br />
N.º 18/2006<br />
ISABEL DAMASCENO CAMPOS, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNI-<br />
CIPAL DE LEIRIA<br />
Torna público que, <strong>de</strong> acordo com a <strong>de</strong>liberação toma<strong>da</strong> por esta Câmara<br />
Municipal em sua reunião realiza<strong>da</strong> no dia 15 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2005, foi mantido<br />
em vigor o Capítulo VIII do Regulamento Municipal <strong>da</strong>s Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Diversas em<br />
tudo o que não contrarie o Decreto - Lei n.º 156/2004, <strong>de</strong> 30/06, <strong>de</strong>vendo ser<br />
observa<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as regras para o uso <strong>de</strong> fogo previstas naquele Decreto - Lei,<br />
nomea<strong>da</strong>mente nos seus artigos 20.º e 21.º.<br />
- Para constar se lavrou o presente EDITAL que vai ser publicado na imprensa<br />
regional e afixado nos lugares públicos do costume.<br />
<strong>Leiria</strong>, 20 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2006.<br />
A PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,<br />
ISABEL DAMASCENO
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Emprego <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
Ref.ª 587 345 200 -<br />
TORNEIRO MECÂNI-<br />
CO (M/F), com experiência,<br />
em Alfeizerão.<br />
Contactar o Centro <strong>de</strong><br />
Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 380 420 -<br />
FORMISTA (M/F), com<br />
experiência, em Valado<br />
dos Fra<strong>de</strong>s. Contactar o<br />
Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong><br />
Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 388 598 -<br />
ENVERNIZADOR DE<br />
MÓVEIS (M/F), com<br />
experiência, em Pataias.<br />
Contactar o Centro <strong>de</strong><br />
Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 389 443 - PIN-<br />
TOR AUTO (M/F), com<br />
experiência, em Benedita.<br />
Contactar o Centro<br />
<strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 389 823 -<br />
PEDREIRO (M/F), com<br />
experiência, em Pataias.<br />
Contactar o Centro <strong>de</strong><br />
Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 390 436 - OP.<br />
MÁQ. CNC (M/F), com<br />
experiência, em Alfeizerão.<br />
Contactar o Centro<br />
<strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 392 017 -<br />
MEDIDOR ORÇA-<br />
MENTISTA (M/F), com<br />
experiência, em Nazaré.<br />
Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 392 036 -<br />
MOTORISTA P/ INTER-<br />
NACIONAL (M/F), com<br />
experiência, em Évora<br />
<strong>de</strong> Alcobaça. Centro <strong>de</strong><br />
Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 393 369 - OP.<br />
MÁQ. CORTE MADEI-<br />
RA (M/F), com experiência,<br />
em Pataias. Contactar<br />
o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 393 467 -<br />
SERRALHEIRO CIVIL<br />
(M/F), com experiência,<br />
em Benedita. Centro <strong>de</strong><br />
Emprego <strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 393 991 -<br />
PROSPECTOR DE<br />
VENDAS (M/F), com<br />
experiência, em S. Martinho<br />
do Porto. Contactar<br />
o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Alcobaça.<br />
Ref.ª 587 394 299 - OP.<br />
PRENSA (M/F), com<br />
experiência, em Pataias.<br />
Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong><br />
Alcobaça.<br />
Ref.ª 587374673 - FRE-<br />
SADOR MECÂNICO<br />
(M/F), em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
ContactarCentro <strong>de</strong><br />
Emprego <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
Rainha.<br />
Ref.ª 587387829 -<br />
OUTROS TRAB. NÃO<br />
QUALIFICADOS (M/F),<br />
em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong><br />
Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Ref.ª 587380851 -<br />
TRAB. NÃO QUALIFI-<br />
CADO (M/F), em Bombarral.<br />
Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Ref.ª 587383729 - EMP.<br />
DE BALCÃO (M/F), em<br />
Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha. Contactar<br />
o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Ref.ª 587387144 - EMP.<br />
DE MESA (M/F), em<br />
Sobral do Parelhão c/<br />
conhecimentos <strong>da</strong> língua<br />
inglesa. Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Ref.ª 587387141 - AJU-<br />
DANTE DE COZINHA<br />
(M/F), em Sobral do<br />
Parelhão. Centro <strong>de</strong><br />
Emprego <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
Rainha.<br />
Ref.ª 587380864 -<br />
EMPREGADO DE<br />
MESA (M/F), em Óbidos.<br />
Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Ref.ª 587382239 - SER-<br />
VENTE - CONST. CIVIL<br />
E OBRAS PÚBLICAS<br />
(M/F), em Santa Catarina.<br />
Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Ref.ª 587367951 -<br />
CABELEIREIRO (M/F),<br />
em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Centro <strong>de</strong> Emprego <strong>de</strong><br />
Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
Ref.ª 587355011 -<br />
CABELEIREIRO (M/F),<br />
em Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha,<br />
com carteira profissional<br />
ou exp.ª mínima <strong>de</strong><br />
5 anos. Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rainha.<br />
NOME<br />
MORADA<br />
CÓDIGO POSTAL<br />
TEL.<br />
COMO PREENCHER<br />
LOCALIDADE<br />
N.º CONTRIBUINTE (preenchimento obrigatório)<br />
TEXTO A ANUNCIAR<br />
1. ESCREVER O ANÚNCIO PRETENDIDO NA QUADRÍCULA. CADA<br />
LETRA DEVE SER ESCRITA NUM DOS QUADRADOS, DEIXANDO UM<br />
QUADRADO LIVRE ENTRE CADA PALAVRA.<br />
2. O PAGAMENTO DEVERÁ SER ENVIADO JUNTAMENTE COM O<br />
CUPÃO. OS PREÇOS INDICADOS INCLUEM IVA 21%.<br />
3. O ANUNCIANTE DEVERÁ LEVANTAR AS RESPOSTAS NA SEDE DO<br />
JORNAL DE LEIRIA.<br />
4. O ANÚNCIO A PUBLICAR DEVERÁ SER ENTREGUE ATÉ AO FINAL<br />
DE CADA SEXTA-FEIRA ANTERIOR À SAÍDA DO JORNAL DE LEIRIA.<br />
OUTRAS DIMENSÕES CONSULTE A NOSSA TABELA.<br />
A NOSSA MORADA<br />
Rua Coman<strong>da</strong>nte João Belo, n.º 31<br />
Apartado 1098 . 2401-801 <strong>Leiria</strong><br />
Tel. 244 800 400 . Fax 244 800 401<br />
E-mail: geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />
MÓDULOS<br />
Módulos A (8 x 4 cm) 54 €<br />
Módulos B (8 x 8 cm) 100 €<br />
Módulos C (8 x 12,2 cm) 144 €<br />
25 quad.<br />
50 quad.<br />
75 quad.<br />
100 quad.<br />
125 quad.<br />
À LINHA<br />
2 publicações 4 publicações<br />
75 quadrados obrigatórios 16 € 26 €<br />
100 quadrados 21 € 32 €<br />
125 quadrados 26 € 42 €<br />
Indique a secção on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> ver publicado o seu anúncio<br />
IMOBILIÁRIO Arren<strong>da</strong>r Ven<strong>da</strong> Trespasse Compra<br />
EMPREGO Precisa-se Oferece-se<br />
MOTOR Ven<strong>da</strong> Compra<br />
DIVERSOS Mensagem Explicações Geral
| JORNAL DE LEIRIA | UTILIDADES |<br />
2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2006 | 35<br />
FARMÁCIAS<br />
QUINTA, 02<br />
SEXTA, 03<br />
SÁBADO, 04<br />
DOMINGO, 05<br />
SEGUNDA, 06<br />
TERÇA, 07<br />
QUARTA, 08<br />
ALB. DOS DOZE<br />
Alberga. 236939605<br />
Alberga. 236939605<br />
Alberga. 236939605<br />
Alberga. 236939605<br />
Sta. Mª. 236931280<br />
Sta. Mª. 236931280<br />
Sta. Mª. 236931280<br />
ALCOBAÇA<br />
B.Marques 262582115<br />
Epifánio 262582124<br />
Magalhães 262582455<br />
Campeão 262582156<br />
B.Marques 262582115<br />
Epifánio 262582124<br />
Magalhães 262582455<br />
BATALHA<br />
Ferraz 244765124<br />
Ferraz 244765124<br />
Ferraz 244765124<br />
Ferraz 244765124<br />
M. Padrão 244765449<br />
M. Padrão 244765449<br />
M. Padrão 244765449<br />
C. DA RAINHA<br />
Freitas 262831487<br />
Cal<strong>de</strong>nse 262832256<br />
Maldonado 262844847<br />
Rosa 262831996<br />
Perdigão 262880681<br />
B. Lisboa 262832324<br />
Freitas 262831487<br />
FÁTIMA<br />
Iriense 249531234<br />
Fátima 249531114<br />
Fátima 249531114<br />
Fátima 249531114<br />
Iriense 249531234<br />
Fátima 249531114<br />
Iriense 249531234<br />
LEIRIA<br />
Aveni<strong>da</strong> 244833168<br />
Oliveira 244822757<br />
Baptista 244832320<br />
Sanches 244892500<br />
Godinho 244832432<br />
Central 244817980<br />
Lino 244832465<br />
QUINTA, 02<br />
SEXTA, 03<br />
SÁBADO, 04<br />
DOMINGO, 05<br />
SEGUNDA, 06<br />
TERÇA, 07<br />
QUARTA, 08<br />
MACEIRA/ ARNAL<br />
Caixa P. 244771540<br />
Caixa P. 244771540<br />
Caixa P. 244771540<br />
Caixa P. 244771540<br />
B. Godinho 244777284<br />
B. Godinho 244777284<br />
B. Godinho 244777284<br />
MARINHA GRANDE<br />
Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />
Duarte 244503024<br />
Guardiano 244502678<br />
Central 244502208<br />
Roldão 244502641<br />
Mo<strong>de</strong>rna 244502834<br />
Duarte 244503024<br />
PORTO DE MÓS<br />
Central 244440237<br />
Central 244440237<br />
Mirense 244440213<br />
Mirense 244440213<br />
Mirense 244440213<br />
Mirense 244440213<br />
Mirense 244440213<br />
NAZARÉ<br />
Sousa 262561221<br />
Silvério 262552394<br />
Silvério 262552394<br />
Silvério 262552394<br />
Ascenso 262551106<br />
Ascenso 262551106<br />
Ascenso 262551106<br />
FIGUEIRÓ<br />
Vidigal 236552441<br />
Vidigal 236552441<br />
Vidigal 236552441<br />
Vidigal 236552441<br />
Serra 236552339<br />
Serra 236552339<br />
Serra 236552339<br />
POMBAL<br />
Barros 236212037<br />
Barros 236212037<br />
Barros 236212037<br />
Barros 236212037<br />
T. Correia 236212487<br />
T. Correia 236212487<br />
T. Correia 236212487<br />
PASSATEMPOS<br />
SERVIÇOS<br />
PALAVRAS CRUZADAS (com 21 casas pretas)<br />
HORIZONTAIS: 1-Vaidosa, satisfeita <strong>de</strong> si mesmo. Fazer eco. 2-Tem conhecimento.<br />
Décimo primei-ro. 3-Lavra, sulca. Repetição. A eles. 4-Untam com iodo. Próprio<br />
do rei. 5-Limpa<strong>de</strong>la. 6-Orla. Época fixa que serve <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> para a<br />
contagem dos anos. 7-Dormir (Inf.). Emito opinião. Quarto. 8-Exorbita, exce<strong>de</strong>-se.<br />
Que dispõe <strong>de</strong> asas. 9-499 (Rom.). Chefe etíope. Bário (s.q.). 10-0 m. q. [core.<br />
Ensea<strong>da</strong>, porto abrigado. 11-Imperador romano. Coberta <strong>de</strong> ouro.<br />
VERTICAIS: 1-Empregai. Antiga possessão portuguesa na India. Imposto <strong>de</strong> Circulação<br />
(abrev.). 2-Lanterna <strong>de</strong> veículos. Embaraço, impedimento. 3-Mosteiro<br />
dirigido por aba<strong>de</strong> ou aba<strong>de</strong>ssa. O m. q. graúdos. 4-Nor<strong>de</strong>ste (abrev.). Um e outro.<br />
Regimento <strong>de</strong> Artilharia (abrev.). 5-Reduzira a papas. 6-Escândio (s.q.). Antes-<strong>de</strong>-<br />
Cristo (abrev.). 7-Man<strong>da</strong>s. 8-Cobalto (s.q.). Moe<strong>da</strong> europeia (pl.). Ruténio (s.q.). 9-<br />
Planta enoterácea. Levantar as abas <strong>de</strong>. 10-Vila <strong>de</strong> Portugal. Anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. 11-<br />
Espécie <strong>de</strong> macaco, comum na ndia. Bagatela. Vogais iguais.<br />
CRUZADEX<br />
Coloque no diagrama as palavras seguintes:<br />
11 Letras<br />
BANCOCRACI<br />
A<br />
FANFARRARI<br />
A<br />
8 Letras<br />
CABECEAR<br />
NACIONAL<br />
TACANHEZ<br />
7 Letras<br />
APISOAR<br />
CACATUA<br />
CAETANO<br />
LAICADO<br />
LEONORA<br />
UTERINO<br />
6 Letras<br />
ARDUME<br />
BABADO<br />
DADIVA<br />
IANQUE<br />
OFFSET<br />
RABADA<br />
RABADO<br />
RABANO<br />
RASPAI<br />
REDADA<br />
VORACE<br />
VORMIO<br />
5 Letras<br />
ABUSA<br />
ALCES<br />
DANÇA<br />
DOERA<br />
OBESA<br />
RACHA<br />
UNIAM<br />
VISTA<br />
4 Letras<br />
ABAR<br />
BROA<br />
VACA<br />
3 Letras<br />
BOA<br />
CID<br />
LUA<br />
ORE<br />
RIA<br />
ALCOBAÇA<br />
Bombeiros Voluntários 262505300<br />
Cenel 262597300<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262598189<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aljubarrota 262508112<br />
Clínica <strong>de</strong> Stª. Mª <strong>de</strong> Alcobaça 262596105<br />
Clínica do Atlântico 262581515<br />
GNR 262582319<br />
Hospital 262590400<br />
PSP 262595400<br />
Rodoviária do Tejo 262582221<br />
Serv. Municipalizados 262598174<br />
BATALHA<br />
Bombeiros Voluntários 244765411<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 244765246<br />
CENEL 244765165<br />
GNR 244765134<br />
BOMBARRAL<br />
Bombeiros 262601601<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262605394<br />
Hospital 262605218<br />
CALDAS DA RAINHA<br />
Bombeiros Voluntários 262840550<br />
Cenel 262830600<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262832618<br />
Centro Hospitalar <strong>da</strong>s C. <strong>da</strong> Rainha 262830300<br />
Centro Reg. <strong>de</strong> S. Social do Centro 262834289<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salir <strong>de</strong> Matos 262877488<br />
CP 262823693<br />
GNR 262831924<br />
Hospital 262832133<br />
PSP 262832022<br />
Rodoviária do Tejo 262831067<br />
Serv. Municipalizados 262851003<br />
LEIRIA<br />
Ambulâncias Leirienses 244861615<br />
Bombeiros Municipais 244832122<br />
Bombeiros Voluntários (geral) 244882015<br />
(emergência) 244881120<br />
Bombeiros Vol. Maceira 244777100<br />
Bombeiros Vol. Ortigosa 244613700<br />
Briga<strong>da</strong> <strong>de</strong> Trânsito 244832473<br />
Cenel 244810200<br />
Centro Saú<strong>de</strong> Dr. Arnaldo Sampaio 244817820<br />
Centro Saú<strong>de</strong> Dr. Gorjão Henriques 244816400<br />
Centro Hospitalar S. Francisco 244811077<br />
Centro Médico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 244822314<br />
Centro Ass. Médica Mo<strong>de</strong>rna do Liz 244825758<br />
Coração <strong>da</strong> Noite 244824700<br />
CP 244882027<br />
Cruz Vermelha 244823725<br />
GNR 244824300<br />
Hospital St.º André 244817000<br />
LeiriVi<strong>da</strong> 244827000<br />
Linha Viva 244811999<br />
Polícia Judiciária (piquete 24H) 244845200<br />
Polidiagnóstico 244833116<br />
PSP 244859859<br />
Rádio Táxis 244815900<br />
Rádio-taxi Alerta 244881147<br />
Rodoviária do Tejo 244811507<br />
Serv. Municipalizados 244817300<br />
Serv. Subregional <strong>de</strong> Seg. Social 244811061<br />
Táxis 244801860<br />
MARINHA GRANDE<br />
Bombeiros 244575112<br />
Bombeiros <strong>de</strong> V. <strong>Leiria</strong> 244699080<br />
Cenel 244568777<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 244568550<br />
Centro Médico 244504511<br />
Centro Reg. <strong>de</strong> S. Social do Centro 244567005<br />
CP 244568550<br />
GNR 244502647<br />
LeiriVi<strong>da</strong> 244503333<br />
PSP 244502232<br />
Polidiagnóstico 244504341<br />
Rodoviária do Tejo 244502420<br />
Serv. Municipalizados 244568630<br />
NAZARÉ<br />
Bombeiros Voluntários 262561300<br />
Cenel 262551538<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 262551471<br />
GNR (Valado <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s) 262577147<br />
Hospital 262561116/130/140<br />
PSP 262551268<br />
Rodoviária do Tejo 262551172<br />
Serv. Municipalizados 262561153<br />
OURÉM<br />
Bombeiros Voluntários 249540500<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 249540630<br />
Centro Regional <strong>de</strong> Seg. Social 249541674<br />
249591554<br />
249542288<br />
EDP 249542752<br />
GNR 249540310<br />
PSP 249540440<br />
Rodoviária do tejo 249542132<br />
SAP (serviço <strong>de</strong> urgências) 249544233<br />
Serv. Municipalizados 249540900<br />
POMBAL<br />
Bombeiros 236212122<br />
Briga<strong>da</strong> <strong>de</strong> Trânsito 236212063<br />
Cenel 236212002<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 236212136<br />
Centro Soc. S. Francisco <strong>de</strong> Pombal 236213785<br />
CP 236212075<br />
GNR 236212011<br />
Hospital 236212130<br />
PSP 236213122<br />
Rodoviária <strong>da</strong> Beira Litoral 236212058<br />
Serv. Municipalizados 236212001<br />
PORTO DE MÓS<br />
A. <strong>de</strong> Ser. e Socorro Vol. S. Jorge 244481115<br />
Bombeiros 244490115<br />
Cenel 244403518/ 244491453<br />
Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 244499200<br />
GNR 244491195<br />
Serv. Municipalizados 244491202<br />
Praça taxis 244491351<br />
SERVIÇO DE ATENDIMENTO PERMANENTE<br />
LEIRIA<br />
Rua Norton <strong>de</strong> Matos 244811390<br />
MARINHA GRANDE<br />
Av. Eng.º Arala Pinto 244568550<br />
NAZARÉ<br />
Hospital <strong>da</strong> Confraria Nª Sra. <strong>da</strong> Nazaré<br />
Sítio <strong>da</strong> Nazaré 262561116<br />
PORTO DE MÓS<br />
Rua Conceição Abreu 244491131<br />
SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA<br />
Abraço 800225115<br />
Intoxicações 217950143<br />
Narcóticos Anónimos 800202013<br />
Protecção Civil 244833330<br />
Serviço Nacional <strong>de</strong> Socorro (SOS) 112<br />
SOS - Crianças 217931617<br />
SOS - Grávi<strong>da</strong> 213952153<br />
SOS - Mulher 239832073<br />
SOS - Palavra Amiga 232424282<br />
SOS - Si<strong>da</strong> 800201040<br />
SERVIÇOS TELEFÓNICOS ESPECIAIS<br />
Assistência a Clientes 123<br />
Avarias 16208<br />
Despertar 12161<br />
Regulamento <strong>de</strong> Inst. Telefónicas<br />
<strong>de</strong> Assinantes (RITA) 808244156<br />
Serviço Informativo 118<br />
SOLUÇÕES DA EDIÇÃO PASSADA<br />
PALAVRAS CRUZADAS:<br />
Horizontais: 1 - UFANA. ECOAR. 2 -<br />
SABE. S. ONZE. 3 - ARA. ECO. AOS. 4<br />
- IODAM. REGIO. 5 - LIMPADURA. 6 -<br />
G. ABA. ERA. A. 7 - OO. OPINO. IV. 8 -<br />
ABUSA. ASADO. 9 - ID. RAS. BA. 10 -<br />
ICOR. C. RADA. 11 - CESAR. AUREA.<br />
Verticais: 1 - USAI. GOA. IC. 2 -<br />
FAROL. OBICE. 3 - ABADIA. UDOS. 4 -<br />
NE. AMBOS. RA. 5 - A. EMPAPAR. R. 6<br />
- SC. A. I. AC. 7 - E. ORDENAS. A. 8 -<br />
CO. EUROS. RU. 9 - ONAGRA. ABAR.<br />
10 - AZOIA. IDADE. 11 - RESO. AVO.<br />
AA.<br />
CRUZADEX<br />
Nome |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| Data <strong>de</strong> nascimento |__|__| —|__|__|—|__|__|__|__|<br />
Mora<strong>da</strong> |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
Código Postal |__|__|__|__| -|__|__|__| Locali<strong>da</strong><strong>de</strong> |_|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
País |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__| Telefone |_|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
Número contribuinte |__|__|__|__|__|__|__|__|__| Profissão |_|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
N.º elementos agregado familiar |__|__| Habilitações Literárias |__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|__|<br />
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anualmente, salvo indicações em contrário).<br />
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O TEMPO<br />
Sexta-feira Sábado Domingo<br />
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7 C<br />
7 C<br />
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3 C<br />
encoberto<br />
1 C<br />
encoberto<br />
3 C<br />
""O mundo avança na medi<strong>da</strong> em que se pergunta"" Agostinho <strong>da</strong> Silva<br />
Campanha <strong>da</strong> Valorlis a favor <strong>da</strong> Liga dos Amigos do Hospital<br />
Embalagens “transforma<strong>da</strong>s”<br />
em equipamento hospitalar<br />
Recolher pelo menos mil tonela<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong> embalagens é a meta traça<strong>da</strong> pela<br />
Valorlis para a campanha “On<strong>de</strong> está o<br />
plástico? E as latas” é o nome <strong>da</strong> campanha<br />
lança<strong>da</strong> ontem pela Valorlis, que<br />
preten<strong>de</strong> recolher, pelo menos, aquela<br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> embalagens, até Novembro<br />
<strong>de</strong>ste ano. <strong>Os</strong> valores angariados<br />
com a reciclagem do material serão<br />
convertidos em equipamentos médicos,<br />
para oferecer à Liga dos Amigos<br />
do Hospital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (LAHL).<br />
Um dos momentos altos <strong>da</strong> campanha<br />
<strong>de</strong>correrá em Maio e Junho, com<br />
a realização <strong>de</strong> uma “para<strong>da</strong> do plástico”.<br />
Durante os dois meses, animadores<br />
percorrerão as principais ruas dos<br />
concelhos que integram a Valorlis (Batalha,<br />
<strong>Leiria</strong>, Marinha Gran<strong>de</strong>, Ourém,<br />
Pombal e Porto <strong>de</strong> Mós), batendo às<br />
portas <strong>da</strong>s habitações para pedir embalagens<br />
às pessoas.<br />
Segundo Paula Silveira, coor<strong>de</strong>nadora<br />
<strong>da</strong> campanha, está também previsto<br />
o lançamento <strong>de</strong> um jogo na página<br />
<strong>da</strong> internet <strong>da</strong> Valorlis, <strong>de</strong>stinado<br />
aos mais novos. “Quem mais jogar e<br />
mais acertar, habilita a sua escola a<br />
receber material didáctico”, explica a<br />
responsável.<br />
Miguel Aran<strong>da</strong> <strong>da</strong> Silva, administrador<br />
<strong>de</strong>legado <strong>da</strong> Valorlis, esclarece<br />
que a campanha visa também aumentar,<br />
em cerca <strong>de</strong> 30 por cento, a recolha<br />
<strong>de</strong> embalagens, um tipo <strong>de</strong> resíduos<br />
on<strong>de</strong> os resultados <strong>da</strong> empresa estão 15<br />
por cento abaixo <strong>da</strong>s metas <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s<br />
pelo Governo e pela União Europeia.<br />
A lista <strong>de</strong> equipamentos médicos a<br />
adquirir está a ser elabora<strong>da</strong> pela LAHL,<br />
em colaboração com a administração<br />
do hospital, adianta Lur<strong>de</strong>s Zuquete,<br />
presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong> Liga. Segundo<br />
a responsável, as ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>s,<br />
an<strong>da</strong>rilhos, camas articula<strong>da</strong>s e canadianas<br />
são as principais solicitações feitas<br />
pelos doentes à instituição. ■<br />
Processo Apito Dourado está concluído<br />
Damasceno saberá esta semana se é ou não acusa<strong>da</strong><br />
Em vigor a partir <strong>de</strong> quinta-feira em <strong>Leiria</strong><br />
Pagar para estacionar na Rua Machado dos Santos<br />
É já a partir <strong>de</strong> quinta-feira que o<br />
estacionamento na Rua Machado dos<br />
Santos, em <strong>Leiria</strong> passará a ser pago<br />
(80 cêntimos/hora).<br />
A Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
explica em comunicado, que as obras<br />
<strong>de</strong> requalificação <strong>da</strong> Aveni<strong>da</strong> dos<br />
Ministro <strong>da</strong> República nos Açores<br />
Laborinho <strong>de</strong>ixa o cargo<br />
Laborinho Lúcio, ministro <strong>da</strong> República para os Açores,<br />
anunciou que não exercerá um segundo man<strong>da</strong>to,<br />
mesmo que seja convi<strong>da</strong>do por Cavaco Silva, <strong>de</strong><br />
cujo governo foi ministro <strong>da</strong> Justiça. Natural <strong>da</strong> Nazaré,<br />
Laborinho Lúcio manifestou publicamente a sua<br />
indisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para se manter no cargo após as<br />
alterações verifica<strong>da</strong>s na revisão constitucional <strong>de</strong> 2004,<br />
nomea<strong>da</strong>mente com a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> estatuto, passando<br />
a <strong>de</strong>signar-se por representante <strong>da</strong> República, com<br />
po<strong>de</strong>res mais limitados. Há quem sustente que a <strong>de</strong>cisão<br />
<strong>de</strong> Laborinho Lúcio tenha a ver com a hipótese <strong>de</strong><br />
vir a ser nomeado procurador-geral <strong>da</strong> República. ■<br />
RICARDO GRAÇA<br />
Mil tonela<strong>da</strong>s é o objectivo<br />
Isabel Damasceno <strong>de</strong>verá ser notifica<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão do Ministério Público<br />
nos próximos dias, no âmbito do processo<br />
“Apito Dourado”. A presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />
Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi constituí<strong>da</strong> argui<strong>da</strong><br />
por um crime <strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> influências<br />
e saberá esta semana se o seu processo<br />
será arquivado ou se segue para<br />
tribunal.<br />
O Ministério Público <strong>de</strong> Gondomar,<br />
que já concluiu a investigação sobre as<br />
alega<strong>da</strong>s práticas <strong>de</strong> corrupção e tráfico<br />
<strong>de</strong> influências no futebol português,<br />
enviou para a comarca <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> os autos<br />
<strong>de</strong>ste processo, <strong>da</strong><strong>da</strong> a sua incompetência<br />
territorial para <strong>de</strong>duzir à acusação.<br />
As provas contra Isabel Damasceno<br />
po<strong>de</strong>rão não ser relevantes ou<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s para efeitos do processo,<br />
cenário em que não haverá julgamento.<br />
Caso o Ministério Público consi<strong>de</strong>re<br />
que as provas recolhi<strong>da</strong>s são fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong>s,<br />
a autarca terá <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />
perante o juiz do processo.<br />
Na base <strong>da</strong>s investigações <strong>da</strong> Polícia<br />
Judiciária esteve uma alega<strong>da</strong><br />
escuta telefónica comprometedora<br />
entre Isabel Damasceno e Pinto <strong>de</strong><br />
Sousa, presi<strong>de</strong>nte suspenso do Conselho<br />
<strong>de</strong> Arbitragem <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração<br />
Portuguesa <strong>de</strong> Futebol, sócio <strong>de</strong> uma<br />
empresa do ramo automóvel em <strong>Leiria</strong><br />
e um dos principais arguidos no<br />
processo “Apito Dourado”. ■<br />
RRR<br />
Combatentes <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Guerra obrigaram<br />
a suprimir vários lugares <strong>de</strong><br />
estacionamento. A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
cumprir o contrato entre a Câmara<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e a SPEL – Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Parques <strong>de</strong> Estacionamento, S.A., que<br />
prevê 140 lugares pagos à superfície<br />
no âmbito <strong>da</strong> construção do parque<br />
subterrâneo <strong>da</strong> Fonte Luminosa<br />
é a justificação avança<strong>da</strong> pela autarquia.<br />
<strong>Os</strong> resi<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> Rua Machado dos<br />
Santos terão direito a cartão <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>nte.<br />
■<br />
Pedi<strong>da</strong> anulação <strong>da</strong> constituição do UDL-SAD<br />
Julgamento <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 15 dias<br />
O início do julgamento <strong>da</strong> acção que Artur Meneses, antigo<br />
presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Assembleia Geral do União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, interpôs pedindo<br />
a anulação <strong>da</strong> constituição <strong>da</strong> SAD do UDL, está marcado para<br />
o próximo dia 15. O processo será julgado no terceiro juízo cível<br />
do tribunal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Entretanto, <strong>de</strong>corre um outro processo no 2º<br />
juízo <strong>da</strong>quele tribunal. A primeira sessão estava agen<strong>da</strong><strong>da</strong> para o<br />
passado dia 23, mas foi adia<strong>da</strong> para Janeiro <strong>de</strong> 2007. Nesta acção,<br />
Artur Meneses reclama o pagamento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 700 mil euros<br />
que terá emprestado ao clube. Paralelamente, o ex-dirigente pediu<br />
o arresto dos passes <strong>de</strong> jogadores <strong>da</strong> União, como forma <strong>de</strong> obter<br />
uma garantia para sal<strong>da</strong>r a dívi<strong>da</strong>. No entanto, esses atletas já saíram<br />
do clube, sem que Meneses tenha recebido qualquer verba.■<br />
O P I N I Ã O<br />
| Cem anos |<br />
Foi no dia 13 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1906<br />
que nasceu Agostinho <strong>da</strong> Silva, tendo<br />
vivido os primeiros anos <strong>da</strong> sua<br />
vi<strong>da</strong> em Barca d'Alva, no interior norte<br />
<strong>de</strong> Portugal, junto à fronteira com<br />
Espanha. Estudou <strong>de</strong>pois no Porto,<br />
on<strong>de</strong> fez os estudos liceais, doutorando-se<br />
muito cedo com distinção<br />
na Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras, on<strong>de</strong> tinha<br />
cursado Filologia Clássica com vista a ser o professor<br />
que sempre foi. Entra na filosofia por influência também<br />
<strong>de</strong> um dos mais insígnes filósofos e pe<strong>da</strong>gogos<br />
portugueses do século XX, que foi Leonardo <strong>de</strong> Coimbra,<br />
seu mestre na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Desgostoso por ter sido<br />
extinta a Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras on<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>u e aguilhotinado<br />
por outras limitações que o regime <strong>de</strong> então<br />
impunha, <strong>de</strong>ixou o país e partiu para o Brasil on<strong>de</strong> ficou<br />
durante déca<strong>da</strong>s, apesar <strong>da</strong>s muitas "surti<strong>da</strong>s" que fez<br />
durante esse período a outros continentes e países,<br />
incluindo África e Timor. Regressou a Portugal já <strong>de</strong>pois<br />
do 25 <strong>de</strong> Abril, morrendo no domingo <strong>de</strong> Páscoa <strong>de</strong><br />
1994.<br />
No Brasil ajudou a fun<strong>da</strong>r universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e criou centros<br />
<strong>de</strong> estudos para divulgação <strong>de</strong> África, <strong>da</strong> cultura e<br />
<strong>da</strong> língua portuguesa, na perspectiva <strong>de</strong> cruzar Portugal<br />
com África e Brasil, sonho que sempre o inspirou.<br />
Por influência disso, o Presi<strong>de</strong>nte do Senegal, Léopold<br />
Senghor, <strong>de</strong>cretou a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong>, em 1960, <strong>de</strong> se<br />
apren<strong>de</strong>r português nos liceus do país. Talvez por isso,<br />
também ain<strong>da</strong> hoje lá estu<strong>da</strong>m a língua <strong>de</strong> Camões cerca<br />
<strong>de</strong> 8.000 alunos. Agostinho <strong>da</strong> Silva falava com<br />
fluência 15 línguas e idiomas, sabia Matemática, Física<br />
e Biologia, gostava <strong>da</strong> escrita, <strong>de</strong> poesia e <strong>da</strong> Filosofia.<br />
Amava principalmente a vi<strong>da</strong>. Admirava Camões e<br />
o Padre António Vieira, e seguia <strong>de</strong> perto o melhor que<br />
Fernando Pessoa fazia, especialmente quando sobre<br />
Portugal escrevia. Empolgava-o o sonho do 5º Império<br />
e o culto do Espírito Santo.<br />
Conheci-o quando muitos outros portugueses pu<strong>de</strong>ram<br />
ouvir-lhe as “Conversas Vadias", um conjunto <strong>de</strong><br />
entrevistas que conce<strong>de</strong>u a diferentes jornalistas na televisão<br />
no final dos anos 80. Prendiam-me a sua interpretação<br />
do sentido <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e o entusiasmo e optimismo<br />
com que olhava para Portugal e para o mundo. <strong>Os</strong><br />
seus livros foram minhas afectuosas companhias <strong>de</strong><br />
muitas viagens.<br />
Conheci-o tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais, numa altura em que já não<br />
me podia livrar <strong>de</strong> muitas “prisões" que antes, por vonta<strong>de</strong><br />
ou <strong>de</strong>stino, tinha empreendido. Mas, como noutras<br />
circunstâncias, antes tar<strong>de</strong> que nunca. Agostinho<br />
<strong>da</strong> Silva, quando questionado sobre o medo <strong>de</strong> morrer,<br />
dizia que nem sequer sabia se morria, apenas acreditava<br />
que o seu corpo um dia <strong>de</strong>sapareceria. De facto,<br />
Agostinho <strong>da</strong> Silva, sábio, utópico, visionário, generoso,<br />
sol<strong>da</strong>do e poeta, sonhador e empreen<strong>de</strong>dor, continua<br />
vivo. Se assim não fosse, não haveria tanto entusiasmo<br />
e sau<strong>da</strong><strong>de</strong> na comemoração do 100º aniversário<br />
do seu nascimento. Como acontece com outros raros<br />
homens, a sua dimensão afectiva e espiritual estará ca<strong>da</strong><br />
vez mais viva entre nós. E ele também.<br />
Obrigado meu amigo. À minha volta todos continuam<br />
a gostar <strong>de</strong> si. O seu exemplo estimula-nos e faz-<br />
-nos perceber que há muito mais vi<strong>da</strong> para além <strong>da</strong>quilo,<br />
que mais facilmente se tem, ou se vê.<br />
SUGESTÕES DE LEITURA QUE PODE ENCONTRAR<br />
NA LIVRARIA ARQUIVO<br />
● "A Transformação <strong>da</strong> Política" <strong>de</strong> Daniel Innerarity<br />
● " O Império acabou. E agora?" <strong>de</strong> Agostinho <strong>da</strong> Silva<br />
● "<strong>Os</strong> 50 gurus <strong>da</strong> gestão para o século XXI" <strong>de</strong> Jorge Nascimento<br />
Rodrigues, Jaime Fi<strong>da</strong>lgo, Catarina Nunes e Ruben Eiras<br />
José Ribeiro Vieira<br />
jose.r.vieira@movicortes.pt