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V e t e r i n a r i a n D o c s<br />
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Doenças Infecto-Contagiosas<br />
Vírus<br />
01-Febre Catarral Maligna<br />
-Divisão:<br />
-Família: Herpesviridae (Gammaherpesvirinae)<br />
-Gênero: Rhadinovirus<br />
-Características:<br />
-DNA;<br />
-Envelopado;<br />
-Resistência: baixa resistência, é inativado em pH menor que 5,5 e maior que<br />
8,5, hipoclorito de sódio 2%.<br />
-Epidemiologia:<br />
-Hospedeiros:<br />
-Baixa morbidade e alta mortalidade<br />
-Ovino, caprino e gnu (reservatórios);<br />
*Ovinos disseminam o vírus durante a parição, e o agente penetra nos bovinos<br />
provavelmente pela via respiratória.<br />
-Transmissão:<br />
-Ruminantes (hospedeiro clínico);<br />
-Pode atingir suínos;<br />
-Animais silvestres também podem ser portadores;<br />
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-Transplacentária (em bovinos);<br />
-Através de secreções (nasal / ocular)<br />
-Aerossóis<br />
-Necessita contato próximo<br />
-Necessita ovinos/gnus em contato com bovinos para a transmissão. A<br />
transmissão de bovino para bovino não ocorre bem.<br />
-Formas:<br />
-Suscetibilidade variável:<br />
-Bos indicus e Bos taurus: moderada<br />
-Veados, bisão, búfalos: alta<br />
-Bos javanicus e Elaphurus davidianus: extremamente alta<br />
-FCM guinú-associada – Alcelaphine herpesvirus 1 (AIHV-1)<br />
-FCM ovino-associada – Herpesvirus ovino tipo 2 (OvHV-2)<br />
-Sinais Clínicos:<br />
-PI: entre 9 e 44 dias, em bovinos (normalmente entre 3 e 10 semanas);<br />
-Febre, descarga nasal e ocular, sialorréia, dispnéia, cianose, diminuição do<br />
apetite, lesões ulcerativas (crostas no focinho, língua e face), eczema em períneo,<br />
escroto e úbere, edema de pálpebra, opacidade de córnea, conjuntivite, fotofobia e<br />
cegueira, infarto de linfonodos e distúrbios neurológiocs.<br />
-Histopatologia:<br />
-Vasculite generalizada, edema intestinal e hemorragias, erosão de mucosa,<br />
congestão pulmonar e emaciação da carcaça.<br />
-Diagnóstico:<br />
-Clínico;<br />
-Laboratorial:<br />
-Material para laboratório: fragmentos de órgãos (encéfalo, fígado,<br />
miocárdio, pele da região corneocutânea de chifre e cascos).<br />
-Diagnóstico Diferencial:<br />
-Teste: histopatológico (mais utilizado) e ELISA.<br />
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-Doenças vesiculares: língua azul, HPV-1, BVD, febre aftosa, estomatite<br />
vesicular;<br />
-Controle:<br />
-Doenças neurológicas: raiva, HBV-5, doença de aujesky, BSE.<br />
-Evitar a introdução de ovinos de regiões contaminadas em rebanhos bovinos;<br />
02-Doença da Língua Azul<br />
-Divisão:<br />
-Família: Reoviridae<br />
-Gênero: Orbivirus<br />
-Características:<br />
-RNA;<br />
-Envelopado;<br />
-Resistência: inativado em 50ºC por 3 horas, 60ºC por 15 minutos ou pH abaixo<br />
de 6,0 e acima de 8,0. Inativado também por compostos iodóforos, fenólicos e β-<br />
propiolactona.<br />
-Hospedeiros:<br />
-Alta morbidade e média mortalidade;<br />
-Ruminantes domésticos (ovinos, bovinos e búfalos)<br />
*Bovinos são reservatórios;<br />
-Transmissão:<br />
-Vetores: mosquitos hematófagos (gênero Cullicoides, apenas as fêmeas).<br />
Estações quentes e úmidas favorecem o aparecimento destes mosquitos. Após a<br />
ingestão, o vírus de multiplica em tecidos intestinais e em outros tecidos do inseto,<br />
incluindo as glândulas salivares.<br />
-Patogenia:<br />
-Vertical: sêmen, embriões, sangue.<br />
-Ovinos: PI: entre 5 e 10 dias e causa dano aos endotélios. Há a replicação<br />
primária na região da picada e gânglios linfáticos. Faz viremia em células sanguíneas e<br />
dissemina-se para células endoteliais (principalmente ao endotélio microvascular bucal).<br />
Causa hiperplasia e hipertrofia deste endotélio, causando hipóxia do local, levando à<br />
uma necrose local.<br />
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-Bovinos: há uma reação de hipersensibilidade tipo 1 (IgE), aumentando a<br />
concentração de histamina e leucotrienos. O agente viral pode ser encontrado em<br />
eritrócitos de bovinos após 140 dias.<br />
*Há reação cruzada;<br />
-Sinais Clínicos:<br />
-Febre, inapetência, descarga nasal e salivar, edema de face e lábios, úlceras<br />
bucais, cianose da língua, queda de pêlos, vômitos, lesão em patas e cascos, abortos,<br />
hidrocefalia.<br />
-Diagnóstico:<br />
-Laboratorial:<br />
-Material para laboratório: sangue e tecidos (baço, medula, coração,<br />
linfonodos mesentéricos)<br />
-Testes: inoculação de células em ovo embrionado (para pesquisa de Ag)<br />
e soroneutralização, IDGA e ELISA (para pesquisa de Ac);<br />
-Diagnóstico Diferencial:<br />
-Ectima contagioso, febre aftosa, fotossensibilização, diarréia viral bovina,<br />
rinotraqueíte infecciosa bovina, estomatite vesicular e FCM.<br />
-Tratamento:<br />
-Controle:<br />
-Não há tratamento;<br />
-Controle de vetores (mosquitos);<br />
-Separação de bovinos e ovinos;<br />
-Vacinação (não há no Brasil);<br />
03-Complexo Respiratório Bovino (Pneumonia Enzoótica)<br />
-Vírus respiratório sincicial bovino (BRSV);<br />
-Vírus da parainfluenza (PI-3);<br />
-Herpesvírus bovino tipo-1;<br />
-Vírus da diarréia viral bovina;<br />
-Bactérias: Pasteurella, Streptococcus, Mycoplasma e Clamydia;<br />
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3.1-Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV)<br />
-Divisão:<br />
-Família: Paramyxoviridae<br />
-Gênero: Pneumovirus<br />
-Características:<br />
-RNA, polaridade negativa;<br />
-Não faz hemoaglutinação;<br />
-Resistência: sensível à solventes orgânicos, pH 3,0 (ácido) e aquecimento a<br />
56ºC por 30 minutos;<br />
-Envelopado;<br />
-Hospedeiros:<br />
-Bovinos;<br />
-Transmissão:<br />
-Contato direto ou aerossóis;<br />
-Por animais persistentemente infectados;<br />
*Ocorre mais casos no outono/inverno e o estresse torna os animais mais susceptíveis.<br />
-Patogenia:<br />
-Ocorre replicação no trato respiratório. Causando destruição do epitélio<br />
bronquial, formando sincícios. BRSV é imunossupressor, tornando o animal mais<br />
susceptível a infecções secundárias. Ocorre também uma bronquiolite necrosante.<br />
-Sinais Clínicos:<br />
-Descarga ocular e nasal (pneumonia intersticial), salivação, edema ventral,<br />
baixa mortalidade, tosse, animal respira pela boca (característico), ciclo da doença é em<br />
torno de 2 semanas.<br />
-Diagnóstico:<br />
-Laboratorial:<br />
-Material para laboratório: levado traqueo-pulmonar, swab nasofaríngeo,<br />
pulmão e soro.<br />
-Testes: isolamento viral, imunofluorescência, histopatologia,<br />
soroneutralização, ELISA (com amostras pareadas);<br />
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-Controle:<br />
-Divisão:<br />
-Cuidar com fatores estressantes;<br />
-Boa higiene;<br />
-Vacinação (imunidade de curta duração, 6 meses);<br />
-Separação de terneiros por idade;<br />
3.2-Parainfluenza<br />
-Família: Paramyxoviridae<br />
-Gênero: Respirovirus<br />
-Características:<br />
-RNA;<br />
-Hospedeiros:<br />
-Faz hemoaglutinação;<br />
-Bovinos<br />
-Transmissão:<br />
-Patogenia:<br />
-Pode atingir ovinos;<br />
-Contato direto;<br />
-Aerossóis;<br />
-Infecção do epitélio ciliado, alvéolos e macrófagos do trato respiratório.<br />
Destruição do epitélio e diminuição da atividade dos macrófagos, fazendo com que haja<br />
maior suscetibilidade de infecções secundárias.<br />
-Sinais Clínicos:<br />
-Sinais brandos (mais graves em animais novos), tosse, lacrimejamento,<br />
aumento da temperatura corpórea, corrimento nasal, dispnéia e polipnéia, espuma<br />
branca na boca juntamente com respiração pela boca.<br />
-Diagnóstico:<br />
-Laboratorial:<br />
-Material para laboratório: soro, secreção nasal, swab nasal e pulmões.<br />
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-Teste: teste da inibição da hemoaglutinação, ELISA e histopatologia<br />
(células sinciciais).<br />
-Controle:<br />
-Evitar superpopulações, manter ambiente ventilado, evitar mudanças bruscas<br />
nos ambientes<br />
-Diminuição dos níveis de anticorpos nas 3 primeiras semanas pode estar<br />
relacionado à pneumonia.<br />
-Vacinação: nos primeiros meses (1-2 meses) e repetir em 20/30 dias. Caso<br />
necessário repetir novamente em 6 meses.<br />
-Uso de antibióticos para evitar infecções secundárias e fazer uso de<br />
antiinflamatórios.<br />
-Divisão:<br />
3.3-Diarréia Viral Bovina<br />
-Família: Flaviviridae<br />
-Gênero: Pestivirus<br />
-Características:<br />
-RNA, polaridade positiva<br />
-Envelopado<br />
-2 biotipos:<br />
-Citopatogênico: animais se infectam e apresentam sinais clínicos<br />
(diarréia, problemas respiratórios e aborto);<br />
-Não Citopatogênico: responsável pelo aparecimento de animais<br />
persistentemente infectado (PI), que são animais que transmitem o vírus sem<br />
apresentar sinais clínicos.<br />
*Animais PI: ocorre quando o animal é infectado por uma amostra NCP (não<br />
citopatogênica) entre 40 e 120 dias de gestação. Este animal se torna portador do vírus e<br />
apresenta resposta ao antígeno. Na sorologia se mostra negativo (filhote), mas a mãe é<br />
positiva.<br />
-2 genótipos:<br />
-Tipo I: dividido em BVDV 1a e 1b, estão relacionados com a forma<br />
clássica da doença (citopatogênico e não citopatogênico);<br />
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-Tipo II: dividido em BVDV 2a e 2b, estão relacionados a uma forma<br />
hemorrágica;<br />
*A reação cruzada é baixa;<br />
-Hospedeiros:<br />
-Transmissão:<br />
-Bovinos e ruminantes silvestres;<br />
-Através de mucosas (oronasal / genital);<br />
-Transplacentária;<br />
-Infecções e Sinais Clínicos:<br />
--Infecção de Animais não prenhes pelo Tipo I:<br />
Assintomático ou pode apresentar febre, hipersalivação, descarga nasal,<br />
tosse, lesões ulcerativas na mucosa oral, alta morbidade e baixa mortalidade,<br />
causa queda da imunidade predispondo a infecções secundárias.<br />
-Infecção de Animais não prenhes pelo Tipo II:<br />
Doença hemorrágica (trombocitopenia e diabetes melitus), baixa<br />
morbidade e alta mortalidade;<br />
-Infecção de Animais prenhes:<br />
Infertilidade em fêmeas com retorno ao cio após a monta ou a<br />
inseminação e diminuição da qualidade do sêmen.<br />
Fêmea 3 opções para o recém-nascido (dependendo da época da gestação<br />
que atinge):<br />
-CP ou NCP: soropositivo ou livre do vírus;<br />
-NCP: persistentemente infectado<br />
-CP ou NCP: natimortos, aborto, defeitos (Ex.:<br />
artrogripose e hipoplasia cerebelar).<br />
-Animais Persistentemente infectados:<br />
Animais aparentemente normais, com retardo no crescimento e<br />
problemas reprodutivos.<br />
-Características:<br />
3.4-Doença das Mucosas<br />
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-É uma enfermidade gastrentérica fatal, desencadeada quando um animal PI<br />
(portador de um BVDVncp) é superinfectado com um BVDV citopatogênico,<br />
antigenicamente semelhante.<br />
-Ocorre em PI entre 6 meses e 2 anos de idade;<br />
-100% fatal;<br />
-O BVDVcp que determina o desenvolvimento da doença das mucosas<br />
geralmente se origina do BVDVncp to próprio animal PI por mutações. Vários tipos de<br />
mutações, deleções e rearranjamentos genéticos têm sido identificados na geração de<br />
BVDVcp, todos esses mecanismos resultam na expressão da proteína viral NS3.<br />
-Sinais Clínicos:<br />
-Febre alta, salivação, descarga ocular e nasal, diarréia hemorrágica, hemorragia<br />
de mucosas, leucopenia, desidratação e morte dentro de poucos dias.<br />
-Diagnóstico BVDV:<br />
-Clínico: perdas embrionárias, abortos, má formações, animais fracos e diarréia.<br />
-Doença das Mucosas pode se confundir com doenças vesiculares.<br />
-Diferencial: herpesvírus tipo I, estomatite vesicular e FCM.<br />
-Material para laboratório: sangue com anticoagulante, baço, intestino e feto<br />
-Testes: isolamento viral, imunofluorescência (para pesquisa do vírus e de<br />
células infectadas), soroneutralização (amostras pareadas – soroconversão 14 e 20 dias).<br />
*Animais PI não possuem anticorpos para a doença.<br />
-Controle:<br />
-Com Vacinação (com amostras regionais ou rotação de vacinas)<br />
-Preventiva: antes do período de monta;<br />
-Para identificação: vacinar animais PI (em 2 doses) e mesmo assim não<br />
apresentará anticorpos.<br />
-Sem Vacinação: identificar e eliminar animais PI, controle do ingresso de<br />
animais e sêmen.<br />
Divisão:<br />
3.5-Herpesvirus Bovino<br />
Família: Herpesviridae<br />
Subfamília: Alphaherpesviridae<br />
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Gênero: Varicellovirus<br />
-Tipo I (BoHV-1) e foi dividido em 3 genótipos diferentes:<br />
-BoHV-1.1: relacionado com a rinotraqueíte infecciosa bovina;<br />
-BoHV-2a: relacionado com balanopostite / vulvovaginite<br />
infecciosa (subtipo mais patogênico);<br />
Gênero: Simplexvirus<br />
-Tipo 5 (BoHV-5): relacionado com a meningoencefalite / encefalite<br />
herpética bovina<br />
Características:<br />
-Causa infecção vitalícia (latência);<br />
-Reativação periódica ou contínua;<br />
-Reativação ocorre por estresse ou medicamentos;<br />
-Infecções por hespesvírus são bastante restritas ao hospedeiro natural.<br />
Epidemiologia:<br />
-Distribuição mundial;<br />
-Erradicado na Dinamarca e na Finlândia;<br />
-Alemanha e Suiça estão em processo de erradicação (com vacinação e<br />
eliminação de positivos);<br />
Transmissão:<br />
Patogenia:<br />
-Aerossóis e contato direto;<br />
-Vírus está presente em secreções, excreções e sêmen.<br />
-Restos de tecidos do sistema nervoso (BoHV-5)<br />
-Há a penetração do vírus pelas mucosas, ocorrendo a replicação primária, então,<br />
atinge as terminações nervosas locais e posteriormente migra para os gânglios (gânglios<br />
trigêmio) e podem permanecer em latência (na forma epissomal – material genético na<br />
forma circular) até a reativação e nova replicação, e ocorre o transporte de partículas<br />
virais para o local da infecção primária.<br />
-Gene LAT é expresso quando o vírus entra em latência e interrompe a produção<br />
de RNAα, assim não havendo produção de proteínas α, β e ɤ.<br />
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Reativação:<br />
-Induzida por fatores estressantes, como o transporte, superlotação, infecções<br />
intercorrentes, utilização de glicocorticóides (3 dias para a reativação)<br />
-Os sinais clínicos são mais brandos na reativação, mas há liberação de grande<br />
quantidade de partículas virais no meio ambiente.<br />
Sinais Clínicos:<br />
-Relacionados ao local de infecção;<br />
-Sinais respiratório, reprodutivos, abortos, infertilidade e sinais nervosos;<br />
-PI: até 4 dias;<br />
1-Sinais Clínicos da Rinotraqueíte:<br />
-Inflamação aguda da mucosa respiratória, febre, apatia, hiperemia de mucosas,<br />
aparecimento de vesículas (úlceras), secreção serosa com progressão para<br />
mucopurulenta e sanguinolenta, animal respira pela boca, secreção ocular (uni ou<br />
bilateral).<br />
2-Sinais Clínicos Reprodutivos (na reativação ou na infecção primária):<br />
-Inflamação aguda da mucosa genital, vulvovaginite, balanopostite, pústulas<br />
infecciosas podendo causar necrose.<br />
3-Sinais Clínicos em Fêmeas Prenhes:<br />
-Aborto (a partir do 3º mês mais comum), reabsorção, infecção neonatal<br />
generalizada (replicação ocorre em baço, fígado, musculatura, intestinos, etc.),<br />
conjuntivite, enterites, mastite e encefalite.<br />
4-Sinais Clínicos BoHV-5:<br />
-Depressão profunda, nistagno, epistótono, tremores, marcha para trás, andar<br />
cambaleante, convulsões e quedas, cegueira e ranger de dentes;<br />
Imunidade:<br />
-Alta mortalidade com baixa morbidade (atinge mais jovens – 8 meses)<br />
-Resposta celular detectada em 5 dias – linfócitos T citotóxicos;<br />
-Anticorpos detectados após 7-10 dias;<br />
-Imunidade da mucosa participa ativamente da resposta imune (IgA);<br />
-Anticorpos impedem a disseminação pelo organismo;<br />
-Após a infecção natural, anticorpos estão presentes no soro até 3 anos;<br />
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Diagnóstico:<br />
-Laboratorial:<br />
-Material para laboratório: swab nasal e genital (com meio de transporte<br />
– Ex.: solução fisiológica), tecido fetal (rim, baço, adrenal, pulmões)<br />
-Testes: imunofluorescência e ELISA de captura (para antígeno);<br />
sorologia (soroneutralização ou ELISA) são os mais utilizados para verificar o efeito<br />
citopatogênico. Utiliza-se amostras pareadas em um intervalo de 20-30 dias e o aumento<br />
do título em 4x indica infecção aguda. O material deve ser sempre coletado na fase<br />
aguda.<br />
-Diagnóstico para BoHV5: utiliza-se anticorpos monoclonais (para<br />
diferenciação de BoHV-1 de BoHV-5), imunofluorescência, imunohistoquímica ou<br />
PCR.<br />
*Anticorpos monoclonais: são anticorpos direcionados à epítopos específicos (parte do<br />
antígeno que é reconhecida pelo anticorpo);<br />
Controle:<br />
-Testes periódicos;<br />
-Sacrifício de positivos;<br />
-Separar animais positivos de animais negativos;<br />
-Vacinação (geralmente recomendado em surtos graves): usa-se amostras 1.1<br />
mas possui reação cruzada com 1.2.<br />
*E vacinas que usam cepas vivas podem causar aborto em fêmeas prenhes;<br />
4-Border Disease (Doença da Fronteira)<br />
-Divisão:<br />
-Família: Flaviviridae<br />
-Gênero: Pestivirus<br />
-Hospedeiros: ovinos e também pode infectar caprinos, bovinos e suínos.<br />
-Transmissão: oronasal e vertical<br />
-Patogenia:<br />
-Animal adulto pode apresentar infecção inaparente, cursando com leucopenia<br />
brada ou apresentar infecção aguda, com leucopenia prolongada, com sinais: anorexia,<br />
diarréia, febre, conjuntivite e descarga nasal.<br />
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-Fêmea prenha infectada: infecta o feto causando diferentes sinais (dependendo<br />
da época que atinge o feto): morte fetal, natimortos (hipoplasia cerebelar) ou PI com lã<br />
lisa com aspecto de pele.<br />
-Diagnóstico:<br />
-Laboratorial:<br />
abortado.<br />
-Material para laboratório: sangue com anticoagulante, soro, e feto<br />
*Não há no Brasil.<br />
-Controle:<br />
-Testes: ELISA, imunofluorescência (para pesquisa de Ag).<br />
-Detecção de PI;<br />
-Utilizar animais negativos para reprodução.<br />
5-Coronavírus<br />
-Divisão:<br />
Ordem: Nidovirales<br />
Família: Coronaviridae<br />
Gênero: Coronavirus<br />
-Características:<br />
-RNA com polaridade positiva;<br />
-Envelopado<br />
-Resistência: vírus sensível ao calor, formaldeído e solventes lipídicos.<br />
-Doenças relacionadas com Coronavirus: gastrenterite transmissível dos suínos,<br />
coronavírus respiratório dos suínos, diarréia epidêmica dos suínos, encefalomielite<br />
hemaglutinantes dos suínos, PIF, coronavirus canino, coronavirus bovino, bronquite<br />
infecciosa das galinhas;<br />
5.1-Coronavírus Bovino<br />
-Transmissão:<br />
-Diarréia em terneiros de até 3 meses de idade;<br />
-Associado a diarréia de inverno em adultos;<br />
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-Patogenia:<br />
-Fecal oral;<br />
-Costuma ser endêmico em áreas afetadas;<br />
-O vírus penetra pela via oral e atinge o intestino pela via digestiva, onde replica<br />
em enterócitos das vilosidades da porção distal do intestino delgado e também no cólon.<br />
A diarréia ocorre como conseqüência da má-absorção e distúrbios da atividade<br />
intestinal, provocados pela atrofia das vilosidades induzida pela replicação viral.<br />
≠ entre Resfriado e Gripe:<br />
-Sinai Clínicos:<br />
Resfriado: causado por bactérias, geralmente coronavírus;<br />
Gripe: causada por vírus, vírus influenza;<br />
-PI: 2 dias;<br />
-Em jovens: Os sinais aparecem em 3-21 dias com diarréia intensa, pode-se ter<br />
sinais respiratórios (corrimento nasal seroso), desidratação.<br />
-Em adultos: o PI é de 7 dias, e tem-se diarréia com início repentino e fétida,<br />
contendo ou não sangue, há diminuição da produção, anorexia e depressão.<br />
-Diagnóstico Diferencial:<br />
-Diagnóstico:<br />
-Complexo Diarréia Neonatal, Rotavírus, E. coli, Parasitas e Protozoários.<br />
-Laboratorial:<br />
-Material para laboratório: fezes ou conteúdo intestinal;<br />
-Testes: microscopia eletrônica de coloração negativa<br />
(preferencialmente), imunofluorescência (mais utilizado) e RT-PCR.<br />
-Controle:<br />
-Separar animais com sinais clínicos;<br />
-Vacinação de prenhes e recém-nascidos;<br />
-Desinfecção do ambiente (utilizando formalina ou hipoclorito de sódio 2%);<br />
6-Rotavírus<br />
-Divisão:<br />
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-Família: Reoviridae<br />
-Gênero: Rotavírus<br />
-Características:<br />
-Não envelopados;<br />
-RNA;<br />
-Resistência: são resistentes à éter, clorifórmio, ácidos, enzimas proteolíticas e<br />
condições ambientais.<br />
-Hospedeiros:<br />
-Mamíferos (há infecção cruzada – humanos podem se infectar com rotavírus<br />
bovino/suíno e vice-versa);<br />
-Transmissão:<br />
-Patogenia:<br />
-Fecal oral;<br />
-Afeta mais jovens;<br />
-Há infecção via oral, e chegada do vírus até o intestino, causa lise e descamação<br />
do epitélio intestinal. Em decorrência da grande injúria tecidual, a reposição celular é<br />
feita por células cubóides, imaturas, perdendo a capacidade absortiva e digestiva. Por<br />
deficiência da enzima lactase (células do topo das vilosidades produzem lactase – mas<br />
são destruídas), ocorre falha na digestão da lactose, e o leite não digerido entra em<br />
fermentação, intensificando a diarréia (pelo aumento da pressão osmótica) (diarréia por<br />
má absorção).<br />
*Mesmo o leite agravando em alguns casos a diarréia, ele possui grande quantidade de<br />
IgA.<br />
-A proteína não estrutural, NSP4, pode atuar como uma enterotoxina e induzir<br />
diarréia, semelhante com a enterotoxina da Escherichia coli. A NSP4 interage com um<br />
receptor celular do epitélio intestinal, ativando uma via sinalizadora da tradução, que<br />
aumenta os níveis de Ca ++ intracelular. O Ca ++ , induz o aumento da permeabilidade da<br />
membrana ao cloro, que então, é secretado (diarréia por hipersecreção) e também age no<br />
sistema nervoso entérico, aumentando a secreção de água pelas células.<br />
-Ocorre recuperação em 3-4 dias ou morte por desidratação ou infecção<br />
secundária.<br />
-Diagnóstico:<br />
-Laboratorial:<br />
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-Material para laboratório: fezes, conteúdo intestinal e intestino;<br />
-Testes: PAGE (eletroforese em gel de poliacrilamida), ELISA (para<br />
pesquisa de Ag), RT-PCR (simples ou multiplex)<br />
*RT-PCR:<br />
Simples: somente para um agente (Ex.: rotavírus bovino)<br />
Multiplex: para diferentes agentes (Ex.: rotavírus suíno, rotavírus bovino e<br />
rotavírus humano);<br />
*Não usa-se sorologia, porque o vírus é endêmico e a presença de anticorpos não prova<br />
que o animal está infectado.<br />
-Controle:<br />
7-Raiva<br />
-Divisão:<br />
-Isolamento de infectados;<br />
-Criar grupos de animais na mesma faixa etária;<br />
-Rodízio de piquetes de parto;<br />
-Vazios sanitários das instalações;<br />
-Colostro confere proteção (banco de colostro);<br />
-Vacinação (de prenhes e recém-nascidos);<br />
-Família: Rhabdovíridae<br />
-Gênero: Lyssavirus<br />
-Características:<br />
-Envelopado;<br />
-Formato de cone/projétil;<br />
-RNA, polaridade negativa;<br />
-1 genótipo e 1 sorotipo;<br />
-Ciclos infecciosos:<br />
-Raiva urbana (transmissão: cães e gatos);<br />
-Raiva rural (transmissão: bovinos, eqüinos e suínos);<br />
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-Transmissão:<br />
-Raiva silvestre (transmissão: morcego, guaxinins e raposas);<br />
-Suscetibilidade:<br />
-Humanos e animais domésticos: moderado;<br />
-Animais silvestres: alta<br />
-É uma zoonose;<br />
-Resistente: a pH 5-9, congelamento e descongelamento<br />
-Sensível: UV e pasteurização<br />
-Arranhões ou lambeduras (com lesão);<br />
-Mordeduras;<br />
-Grupos de risco (médico veterinários e biólogos);<br />
-Animais infectados excretam vírus na saliva antes do aparecimento de sinais<br />
clínicos.<br />
-Patogenia:<br />
-Há a inoculação do vírus e ocorre a replicação primária nos miócitos. Então há<br />
uma migração retrógrada até o SNC (lesão neuronal pela replicação), e o vírus retorna e<br />
atinge outros tecidos (Ex.: glândulas salivares);<br />
-PI: variável (até 6 meses) – depende da espécie, local da inoculação e<br />
quantidade de agente inoculado.<br />
-Resposta imunológica é demorada, pois o vírus se encontra dentro de células;<br />
-Sinais Clínicos:<br />
1-Carnívoros domésticos:<br />
-Fase prodrômica: animal apresenta confusão mental, desorientação<br />
-Fase furiosa (excitativa): animal apresenta-se agressivo, hiperexcitado<br />
-Fase silenciosa (paralítica): animal apresenta fraqueza muscular,<br />
dificuldade de deglutição, salivação intensiva, hidrofobia (paralisia faríngea), mandíbula<br />
caída.<br />
2-Herbívoros:<br />
-Apatia, isolamento, agressividade, andar cambaleante, opacidade de<br />
córnea, dificuldade de engolir líquidos, dificuldade em defecar e paralisia de membros.<br />
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-Diagnóstico:<br />
-Laboratorial:<br />
-Material para laboratório: encéfalo (Eqüino: medula espinhal também);<br />
-Conservação: até 24 horas (resfriado), mais de 24 horas (congelar) e sem<br />
refrigeração (conservar em soro fisiológico e glicerina 50%).<br />
-Necropsia: corpúsculos de negri (corpúsculos de inclusão);<br />
-Testes: histopatológico (corpúsculos de negri), imunofluorescência<br />
direta, isolamento viral (em ovo embrionado ou camundongos), RT-PCR.<br />
-Controle:<br />
-Controle de colônias de morcegos;<br />
-Vacinas em animais de zonas endêmicas;<br />
-Vacinação de carnívoros domésticos;<br />
-Tratamento (humanos):<br />
-Vírus migra a uma velocidade de 1cm/dia (depende do local da mordida)<br />
-Vacina Fuenzalida e Palácios (pode dar reação anafilática, por restos celulares<br />
de SNC de camundongos), aplica-se até 13 vacinas.<br />
-Soro hiperimune (com anticorpos específicos para a raiva);<br />
-Outras vacinas (produzidas em cultivo de células com ou sem soro – mais<br />
caras), aplica-se 7 vacinas;<br />
8-Herpesvírus Eqüino (EHV)<br />
-Divisão:<br />
Família: Hespesviridae<br />
Gênero: Alphaherpesvirus<br />
EHV-1: aborto em eqüinos<br />
EHV-4: rinopneumonite eqüina<br />
*Mas os 2 tipos (EHV-1 e EHV-4) podem causar qualquer uma da doenças.<br />
-Características:<br />
-DNA duplo<br />
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-Envelopado<br />
-Transmissão:<br />
-Patogenia:<br />
-Aerossóis, urina, líquidos de envoltórios fetais, placenta, sêmen.<br />
O vírus penetra e se multiplica inicialmente no epitélio da cavidade nasal,<br />
faringe, traquéia, brônquios e bronquíolos, infectando a seguir leucócitos e células<br />
endoteliais de vasos sanguíneos e linfáticos. A infecção dissemina-se para linfonodos<br />
locais, a partir dos quais células mononucleares infectadas entram na circulação<br />
sanguínea (viremia). Com a viremia pode-se desenvolver doença respiratória,<br />
neurológica ou reprodutiva (doença neonatal ou abortos).<br />
-Sinais Clínicos:<br />
1-Sinais Clínicos EHV-1<br />
-Respiratórios: febre, descarga nasal (serosa, mucóide ou mucopurulenta)<br />
e conjuntivite.<br />
-Abortos: após infecções respiratórias, sem sinais prévios, pode ocorrer<br />
casos isolados ou múltiplos, não afeta o trato reprodutivo em novos ciclos.<br />
-Doença Neonatal: ocorre quando há infecção próxima ao nascimento,<br />
patologia respiratória grave com morte alguns dias após o nascimento.<br />
-Doenças Neurológica: casos isolados ou múltiplos, pode estar associado<br />
a doença respiratória e abortos, início rápido com pico em 48 horas, animal apresenta<br />
andar cambaleante e debilidade.<br />
2-Sinais Clínicos EHV-4:<br />
-Respiratórios: indistinguível da doença pelo EHV-1, sinais clínicos mais<br />
severos na infecção primária, sinais clínicos podem estar ausentes em animais vacinados<br />
ou em reativação, mas verifica-se secreção nasal e cansaço intenso após exercício.<br />
-Diagnóstico:<br />
-Reprodutivo: abortos em casos isolados.<br />
soro.<br />
-Material para laboratório: tecidos fetais, encéfalo, pulmão, swab nasofaríngeo e<br />
-Testes: isolamento viral, imunofluorescência em corte de tecidos congelados,<br />
histopatologia e sorologia (pareada – aumento de 4x o título, comprova-se animal<br />
positivo).<br />
-Controle:<br />
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-Vacinação;<br />
-Isolamento de fêmeas que abortaram e potros fracos;<br />
-Desinfecção do ambiente;<br />
-Evitar trânsito animal;<br />
-Evitar coberturas no período da doença clínica;<br />
9-Encefalite Viral Eqüina<br />
-Divisão:<br />
Família: Togaviridae<br />
Gênero: Alphavirus<br />
-Doenças: encefalite eqüina venezuelana (VEE), encefalite eqüina do leste (EEE) e<br />
encefalite eqüina do oeste (WEE).<br />
-Características:<br />
-Transmissão:<br />
-RNA, polaridade positiva;<br />
-Resistência: vírus sensível à éter e clorifórmio.<br />
-Vetores biológios: Culex, Anopheles, Aedes e Culiseta. Relacionados a<br />
condições climáticas (calor e umidade).<br />
-Hospedeiros:<br />
-Patogenia:<br />
-Animais jovens são mais susceptíveis.<br />
-Aves (EEE e WEE) e roedores (VEE): reservatórios;<br />
-Mosquitos: vetores biológicos<br />
-Eqüinos e humanos: hospedeiro acidental ou terminal<br />
-Após a inoculação pela picada do mosquito, o vírus replica em tecidos<br />
próximos ao local da inoculação e nos linfonodos regionais (viremia primária). A<br />
replicação secundária ocorre em órgãos linfóides e em tecidos musculares (viremia<br />
secundária) com eventual invasão no cérebro. A partir do sangue, o vírus pode invadir o<br />
cérebro, causando degeneração neuronal, vasculite necrosante e destruição das células<br />
de Purkinge.<br />
-Sinais Clínicos:<br />
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-PI: entre 3 dias e 3 semanas;<br />
-EEE e VEE são mais neuroinvasivos (mais virulentos);<br />
-Sinais clínicos: ranger de dentes, depressão, ataxia, andar em círculos, pressão<br />
na cabeça contra parede, hiperexcitação, paralisia, cegueira, paralisia esofágica.<br />
-Diagnóstico:<br />
-Curso clínico: 2 a 14 dias;<br />
-Soro: amostras pareadas (soroneutralização e inibição da hemoaglutinação);<br />
-Cérebro: isolamento viral ou inoculação intracraniana em camundongos<br />
lactentes;<br />
-Líquor: para detecção de IgM específica para o vírus (indica infecção primária);<br />
-Sangue: utilizado para isolamento viral na fase febril;<br />
-Diagnóstico Diferencial:<br />
-Raiva, leucoencefalomalacia (por ingestão de milho mofado) e encefalite (por<br />
herpesvírus);<br />
-Controle:<br />
-Da população de insetos;<br />
-Vacinação;<br />
10-Gripe Equina (Influeza)<br />
-Divisão:<br />
-Família: Orthomyxoviridae<br />
-Gênero: Influenza eqüina<br />
-Subtipos:<br />
-Características:<br />
-H7N7<br />
-H3N8<br />
-RNA segmentado<br />
-HA (hemaglutinina): necessária para ligação em receptores (para penetrar nas<br />
células);<br />
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-NA (neurominidase): proteína de superfície com ação mucolítica, auxiliando a<br />
HÁ na ligação na célula.<br />
-Transmissão:<br />
-Patogenia:<br />
-Vírus bastante sensível;<br />
-Aerossóis (tosse / espirros);<br />
Ocorre inalação de partículas virais, as quais, algumas atingem as vias<br />
respiratórias inferiores. A infecção das células do epitélio ciliar e a replicação viral<br />
nessas células levam à sua destruição e conseqüente liberação de partículas víricas<br />
infecciosas. A progênie viral se dissemina pelo trato respiratório superior. A superfície<br />
epitelial dessas regiões torna-se descamada e sem cílios. E alguns receptores são<br />
estimulados, causando hipersecreção das glândulas serosas, prejudicando a função de<br />
proteção do epitélio muco-ciliar.<br />
Essas alterações permitem instalação de patógenos oportunistas como:<br />
Pasteurella e Streptococcus.<br />
-Sinais Clínicos:<br />
-Diagnóstico:<br />
-PI: 1 a 3 dias;<br />
-Febre alta, tosse seca, severa, não produtiva por 3 dias.<br />
-Enfermidade auto-limitante<br />
-Problema em exposições (confinamentos de animais);<br />
-Material para laboratório: secreção oral, conjuntival, nasal e soro.<br />
-Diagnóstico: hemoaglutinação, inoculação experimental em ovo embrionado e<br />
isolamento viral (não tem efeito citopatogênico);<br />
-Controle:<br />
-Vacinação(anualmente);<br />
11-Papilomavírus<br />
-Divisão:<br />
Família: Papilomaviridae<br />
Gênero: Papilomavirus<br />
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-Características:<br />
-Hospedeiros:<br />
-DNA, fita dupla circular;<br />
-Não envelopado;<br />
-Difícil cultivo em células;<br />
-Específico para cada hospedeiro;<br />
-Morbidade e mortalidade baixos<br />
-Bovinos, eqüinos e caninos (são os mais importantes), mas atinge outros<br />
animais.<br />
-Transmissão:<br />
-Patogenia:<br />
-Contato direto (lesões cutâneas), vetores mecânicos e fômites;<br />
-Os papilomavírus são tecido-específicos, com tropismo por células do epitélio<br />
escamoso. E necessitam da diferenciação celular do epitélio para a sua replicação.<br />
Inicialmente o vírus infecta os queratinócitos basais (por meio de microlesões) e assim<br />
diferentes etapas da replicação ocorrem sucessivamente de acordo com o estágio de<br />
diferenciação celular haver a liberação de vírus pela camada escamosa.<br />
-Papilomavírus por Espécie:<br />
1-Bovinos:<br />
-Grupos: A e B (classificado pelo tamanho do genoma e local da lesão),<br />
podendo ser papilomas ou fibropapilomas.<br />
-GRUPO A:<br />
o 1 e 2: fibropapiloma bovino, sarcóide eqüino e relacionado com a<br />
hematúria enzoótica.<br />
o 5: fibropapiloma de tetos<br />
-GRUPO B:<br />
o 3: papiloma cutâneo;<br />
o 4: papiloma do trato digestório e neoplasia (relacionado com a<br />
ingestão de samambaia);<br />
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o 6: papiloma de tetos;<br />
*Existem 15 tipos de papilomas bovinos (diferenciados pela análise molecular do gene<br />
L1);<br />
-Sinais Clínicos: verrugas, dificuldade em deglutição, timpanismo ruminal,<br />
diminuição do peso e dor na ordenha.<br />
-Diagnóstico:<br />
-Clínico (observação de verrugas);<br />
-Laboratorial: histopatologia, microscopia eletrônica e molecular<br />
(tipificação viral)<br />
-Necropsia;<br />
-Tratamento:<br />
-Cirúrgico;<br />
aplicação);<br />
-Auto-vacina (presença de diferentes tipos e necessário 7 dias entre cada<br />
5 doses via SC (curativo);<br />
3 doses via SC (preventivo)<br />
2-Eqüinos:<br />
-Regressão espontânea;<br />
-Animais recuperados se tornam imunes à reinfecção;<br />
-2 tipos:<br />
Tipo 1: papiloma de focinho e pernas;<br />
Tipo 2: papiloma genital;<br />
-Transmissão: semelhante ao dos bovinos;<br />
*Sarcóide:<br />
-Tumor fibroblástico de pele;<br />
-Invasivo localmente;<br />
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-Atinge cavalos, burros e mulas;<br />
-Relacionado com o BPV 1 e 2 (papilomavirus bovino);<br />
-Ocorre em qualquer região do corpo (geralmente em cabeça, membros e região<br />
ventral do abdômen);<br />
-Limitante e não é transmitido pelos eqüinos (hospedeiro terminal);<br />
-Tratamento:<br />
-Cirúrgico (convencional ou criocirurgia);<br />
-Recorrência é comum;<br />
-Outros métodos: radiação, quimioterapia, estimulação com BCG<br />
(tuberculose humana);<br />
3-Caninos:<br />
-Auto-vacina: não indicado, há irritação com o sulfato de alumínio.<br />
-Papilomas transmissíveis múltiplos na região da orofaringe<br />
-Auto-vacina não é muito eficaz;<br />
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Referências Bibliográficas<br />
JOACHIM BEER. Doenças Infecciosas em Animais Domésticos. 2 ed. São Paulo:<br />
Editora Rocca, 1999.<br />
FLORES, E.F. Virologia Veterinária. 1 ed. Santa Maria: Editora da Universidade<br />
Federal de Santa Maria, 2007.<br />
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