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Introdução<br />
-Conceitos:<br />
V e t e r i n a r i a n D o c s<br />
www.veterinariandocs.com.br<br />
Anestesiologia<br />
-Anestesiologia: termo utilizado para descrever o estudo dos fármacos e das<br />
técnicas empregadas para a obtenção do estado anestésico.<br />
-Anestesia: é a obtenção de um estado reversível de não-reconhecimento do<br />
estímulo doloroso pelo córtex cerebral, podendo ser localizada ou geral em estado<br />
inconsciente. Esta é produzida pelo uso de fármacos anestésicos que deprimem o<br />
sistema nervoso central ou periférico.<br />
-Anestésico: adjetivo que define o fármaco empregado para anestesiar o<br />
paciente, os equipamentos e os aparelhos utilizados, bem como as demais condutas<br />
clínicas relacionadas ao ato anestésico.<br />
-Neurolepse (tranquilização): estado obtido com fármacos ou outras técnicas,<br />
em que o paciente permanece consciente, embora calmo, sem responder<br />
exageradamente à manipulação.<br />
-Sedação: estado semelhante à tranquilização, embora com maior depressão do<br />
sistema nervoso central, em que o animal está consciente e responde com menos<br />
intensidade à manipulação.<br />
-Hipnose: pode ser induzida farmacologicamente. Trata-se de um estado<br />
característico da anestesia geral, pois o animal é induzido ao sono de forma artificial.<br />
-Analgesia: consiste em perda da percepção e ausência de resposta ao estímulo<br />
doloroso.<br />
-Acinesia: consiste em perda do controle motor e ausência de movimento.<br />
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-Neurolepto-Analgesia: termo que descreve o estado de narcose associado com<br />
profunda analgesia.<br />
-Catalepsia: é um estado característico produzido por anestésicos dissociativos<br />
derivados da fenciclidina (quetamina e tiletamina). Ocorre rigidez muscular dos<br />
membros locomotores, e o animal em geral não responde à estimulação ou à<br />
manipulação.<br />
-Anestesia Dissociativa: estado de anestesia geral em que o animal está<br />
dissociado do ambiente. Ocorre a interrupção da neurotransmissão no nível talâmico,<br />
embora a atividade do nível do córtex cerebral seja mantida.<br />
-Vias de Administração dos Anestésicos:<br />
-Intravenosa;<br />
-Intramuscular;<br />
-Inalatória;<br />
-Subcutânea;<br />
-Tópica;<br />
-Epidural;<br />
-Espinal (subaracnóide);<br />
-Intraóssea;<br />
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Avaliação Pré-Anestésica<br />
-Objetivo: é diminuir a mortalidade e morbidade cirúrgica, obtenção do<br />
consentimento esclarecido junto ao proprietário, as alternativas e possíveis<br />
complicações, determinar a condição física do paciente, escolher o protocolo anestésico<br />
e estimar o risco anestésico-cirúrgico do procedimento.<br />
1-Identificação do Animal:<br />
1.1-Espécie:<br />
-Dados do paciente:<br />
-Felinos:<br />
-Glucuronização hepática limitada, fazendo com que os anestésicos<br />
possuam efeito mais prolongado (Ex.: propofol);<br />
elevada);<br />
-Caninos:<br />
-Laringe sensível (maior suscetibilidade ao laringospasmo);<br />
-Maior susceptibilidade aos efeitos excitatórios dos opióides que cães;<br />
-Maior susceptibilidade a hipotermia (relação superfície/massa corpórea<br />
-Grande variedade de raças e temperamento, influenciando na resposta<br />
aos anestésicos;<br />
-Equinos:<br />
-Maior índice morbidade e mortalidade no período perianestésico<br />
(Johnston et al, 1995);<br />
e felinos;<br />
-Temperamento: reações violentas à dor;<br />
-Maior susceptibilidade aos efeitos excitatórios dos opióides do que cães<br />
-Maior susceptibilidade à depressão cardiopulmonar durante a anestesia<br />
(peso das vísceras sobre grandes vasos e pulmõeS);<br />
1.2-Raça<br />
-Cães galgos apresentam recuperação prolongada após o emprego de tiopental<br />
por apresentarem relação superfície corpórea/massa muscular e relação corpórea/massa<br />
adiposa elevada. Também apresentam defeito na glicuronidação como os felinos.<br />
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-Braquiocefálicos (Bulldog / Boxer): possuem excesso de tecidos moles na<br />
região da faringe/laringe. Apresentam síndrome braquiocefálica das vias aéreas,<br />
causando estenose dos orifícios nasais, palato mole prolongado e hipoplasia traqueal.<br />
São sensíveis à sedação, a dose deve ser reduzida para ½ a ¼ da de outras raças.<br />
Necessitam de cuidados intensivos, principalmente na fase de indução e recuperação.<br />
*Acepromazina não deve-se ultrapassar 2mg totais.<br />
-Boxer / Doberman: são raças predispostas à doenças cardíacas e morte súbita.<br />
Deve-se fazer uma avaliação cardíaca completa (radiografia torácica, ECG e/ou<br />
ecocardiografia) em animais idoso, com soprou ou com histórico de doença cardíaca<br />
(apresentando intolerância ao exercício e síncope):<br />
-Raças pequenas x Raças grandes: pinscher miniatura apresenta temperamento<br />
nervoso, metabolismo elevado, necessitando de doses maiores de anestésicos/sedativos<br />
e dog alemão apresenta temperamento dócil e menor taxa metabólica, necessitando<br />
doses reduzidas de sedativos/anestésicos.<br />
1.3-Temperamento:<br />
-Animais agitados geralmente necessitam de doses maiores, enquanto animais<br />
calmos, doses baixas já são suficientes para produzir o efeito desejado.<br />
1.4-Idade<br />
-Cães muito idosos ou muito jovens apresentam dificuldade de manter a<br />
temperatura corporal, possuem maior dificuldade de metabolização de fármacos e<br />
reserva cardíaca reduzida. Animais com menos de 8 semanas apresentam sistema<br />
microssomal hepático e termorregulador imaturo e jejum rapidamente resulta em<br />
hipoglicemia (aferir glicemia a cada 30 minutos).<br />
-Doenças típicas em animais senis: diabetes mellitus, cardiomiopatia<br />
degenerativa, insuficiência mitral e hipotireoidismo.<br />
*Insuficiência Mitral Crônica (fisiopatologia):<br />
-Murmúrio sistólico (fluxo retrógrado do ventrículo esquerdo para o átrio<br />
esquerdo durante a sístole, causando uma queda no volume sistólico, levando a uma<br />
ativação dos mecanismos compensatórios – renina/angiotensina/aldosterona).<br />
-Tem-se aumento da pressão no átrio esquerdo, causando uma elevação na<br />
pressão venosa pulmonar, levando a um edema pulmonar.<br />
1.5-Sexo e estado reprodutivo<br />
-Fêmeas no cio apresentam maior risco de hemorragia intra-operatória e<br />
gestantes apresentam alterações fisiológicas que podem alterar as respostas anestésicas.<br />
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1.6-Condição Corporal:<br />
-Animais obesos: escolher fármacos pouco lipossolúveis.<br />
*Cuidado com tiopental;<br />
-Animais caquéticos: escolher fármacos com menor ligação à proteína<br />
plasmática.<br />
2-Anamnese:<br />
-Recomenda-se jejum alimentar pré de 8 a 12 horas e hídrico de 4 horas;<br />
*Pacientes em aleitamento o jejum não é recomendado por ser o esvaziamento gástrico<br />
extremamente rápido.<br />
-Pesquisar sobre os diversos sistemas:<br />
-Sistema Respiratório: tosse, dispnéia e secreções;<br />
-Sistema Endócrino: diabetes, hipotireoidismo e hipertireoidismo;<br />
-SNC: convulsões e epilepsias;<br />
-Sistema Gastrointestinal: vômitos e diarréia;<br />
-Sistema Cardiovascular: tosse, cansaço fácil, ascite e síncopes;<br />
-Sistema Hematológico: transfusões recentes e anemias;<br />
-Utilização de fármacos de uso contínuo:<br />
-Captopril e Enalapril: inibidores da ECA e estão associados à<br />
vasodilatação periférica e à hipotensão na indução anestésica;<br />
-Propanolol e Esmolol: β-bloqueadores e reduzem a reserva<br />
cardíaca devido ao bloqueio do SN simpático;<br />
-Vasodilatadores: a nitroglicerina e o nitroprussiato podem<br />
prolongar o relaxamento muscular;<br />
-Diuréticos: podem causar hipovolemia e hipocalemia, a alcalose<br />
respiratória sobreposa à hipocalemia favorece arritmias cardíacas;<br />
-Fenobarbital: barbitúrico e causam indução enzimática (CP450),<br />
que pode persistir por 30 dias após sua suspensão. Pode aumentar a biotransformação de<br />
anestésico inalatórios e sua toxicidade. Deve-se utilizar isoflurano e reduzir a dose entre<br />
10 e 25%;<br />
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-Antibióticos: aminoglicosídeos produzem bloqueio<br />
neuromuscular, ocorrendo potencialização dos bloqueadores neuromusculares e o<br />
cloranfenicol reduz a biotransformação de alguns agentes;<br />
-Cimetidina e Ranitinda: antagonistas H2 diminuem o fluxo<br />
sanguíneo hepático e principalmente a cimetidina reduz o metabolismo de substâncias<br />
com altas taxas de extração hepática;<br />
-Aminofilina: há possibilidade de arritmias com o halotano.<br />
-Deve-se também verificar se há histórico de anestesias prévias e<br />
averiguar se houveram complicações;<br />
3-Exame Físico:<br />
-Peso;<br />
-Coloração das mucosas;<br />
-Grau de desidratação;<br />
-Temperatura Retal:<br />
Cão: 37,5 - 39,3ºC;<br />
Gato: 37,8 - 39,3ºC;<br />
-Freqüência Cardíaca:<br />
-Pulso;<br />
Cão: 70-160bpm, pequenas raças até 180bpm, filhotes até 220bpm;<br />
Gato: 120-240bpm;<br />
-Freqüência respiratória:<br />
Cão: 10-30mpm<br />
Gato: 20-40mpm<br />
-Tempo de perfusão capilar (TPC);<br />
*Na anestesia valores de freqüência cardíaca acima de 180bpm ou abaixo de 60bpm em<br />
cães são indesejáveis. E valores de pressão arterial abaixo de 90mmHg (P.A. sistólica).<br />
4-Exames Laboratoriais:<br />
-Mínimo necessário: hematócrito (VG) e proteína plasmática;<br />
*Hematócrito: Cão
**Nestes casos requisitar hemograma completo para verificar se é anemia regenerativa<br />
ou arregenerativa;<br />
*Proteína Plasmática: 6-8mg/dL (verificar se paciente não está desidratado, o que<br />
acarretaria num aumento da proteína plasmática);<br />
-Hemograma completo;<br />
-Hemogasometria: para avaliar oxigenação (PaO2 e ventilação do paciente<br />
(PaCO2) e desequilíbrios eletrolíticos (Ex.: acidose na desidratação e alcalose na<br />
piometra). Recomendado em animais com desidratação, choque, ASA IV e V;<br />
*Hipercalemia (aumento de K + ): pode ser verificado em obstrução uretral e ruptura de<br />
bexiga. Animais anestesiados com potássio acima de 7,5 podem vir a óbito. Pode-se<br />
fazer diagnóstico de hipercalemia pelo ECG (verifica-se ausência de onda P) ou pela<br />
hemogasometria;<br />
-Bioquímica Sérica:<br />
-Uréia/Creatinina: em animais desidratados, idosos, piometra (pela<br />
deposição de imunocomplexos no glomérulo) e pacientes nefropatas (com vômito,<br />
poliúria e polidipsia);<br />
-Função/Lesão Hepática: em animais idosos e hepatopatas (com<br />
hipoproteinemia, edema/ascite e caquexia);<br />
-Classificação de Risco Anestésico – ASA (American Society of Anesthesiologists)<br />
ASA Descrição Exemplos<br />
I Paciente Hígido Ausência de doença sistêmica,<br />
procedimentos eletivos: OSH,<br />
orquiectomia e conchectomia.<br />
II Paciente com afecção sistêmica discreta Pacientes neonatos e geriátricos,<br />
gestantes, obesos, cardiopatas<br />
compensados, infecções localizadas,<br />
fraturas não complicadas.<br />
III Paciente com afecção sistêmica moderada Desidratação moderada, hipovolemia,<br />
anorexia, caquexia, anemia e fraturas<br />
complicadas.<br />
IV Paciente com afecção sistêmica grave Choque, uremia, toxemia, desidratação<br />
grave, hipovolemia severa, anemia<br />
grave, síndrome dilatação-torção<br />
gástrica e doença cardíaca.<br />
V Sem expectativa de sobrevivência nas 24<br />
horas<br />
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Falência múltipla de órgãos, choque em<br />
fase terminal e traumatismo craniano.
Medicação Pré Anestésica (M.P.A.)<br />
-Objetivos:<br />
-Sedação;<br />
-Analgesia;<br />
-Reduzir secreção em vias aéreas e salivação;<br />
-Potencializar ação dos anestésicos;<br />
-Diminuir reflexos autonômicos;<br />
-Relaxamento muscular;<br />
-Indução e recuperação suave;<br />
-Reduzir o estresse;<br />
Grupos Farmacológicos:<br />
01-Anticolinérgicos:<br />
-Minimizar os feitos colaterais de outros fármacos;<br />
-Evitar o vômito e a regurgitação;<br />
-Mecanismo de Ação: antagonistas competitivos de receptores muscarínicos<br />
(antagonismo do sistema nervoso parassimpático). Os anticolinérgicos inibem o efeito<br />
do nervo vago sobre as células dos nodos sinoatrial e atrioventricular, resultando em<br />
aumento da freqüência cardíaca e da velocidade da condução do impulso elétrico dos<br />
átrios para os ventrículos.<br />
aéreas);<br />
-Efeitos:<br />
-Aumento do cronotropismo (FC) e dromotropismo (condução AV);<br />
-Redução de secreções (diminuição da salivação e secreções das vias<br />
-Broncodilatação (aumento do espaço morto anatômico e fisiológico –<br />
melhora a ventilação);<br />
-Inibição da motilidade intestinal;<br />
-Midríase;<br />
-Indicações:<br />
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-Clinicamente são utilizados para reduzir a salivação e secreção<br />
bronquial, bloquear os efeitos dos impulsos do nervo vago e bloquear os efeitos<br />
produzidos por certos fármacos, que estimulam o sistema parassimpático.<br />
-Tratamento de bradicardia ocasionadas por aumento do tônus vagal<br />
durante a anestesia geral;<br />
-Cuidados:<br />
-Prevenção das bradicardias associadas aos opióides;<br />
-Nunca usar atropina em ruminantes e eqüinos, pois há diminuição da<br />
motilidade gastrointestinal, levando à cólica.<br />
-A administração de atropina sem qualquer outra medicação, promoverá<br />
taquicardia sinusal, diminuindo o tempo de enchimento ventricular, aumentando o<br />
consumo de oxigênio pelo miocárdio (isquemia);<br />
-Principais Fármacos:<br />
01.1-Atropina:<br />
-Características:<br />
-Dose:<br />
01.3-Glicopirrolato:<br />
-Começa o efeito em no máximo 5 minutos após a administração;<br />
-Causa taquicardia pouco exacerbada;<br />
-Animal pode ter sinais de desorientação;<br />
-Ultrapassa barreira hematocefálica e placenta (afeta fetos);<br />
-Duração: 60 – 90 minutos<br />
-Características:<br />
-Promove menos taquicardia que a atropina;<br />
-Maior período de latência após o uso endovenoso;<br />
-Duração: 2 – 4 horas;<br />
0,02 – 0,05mg/kg : SC, IM ou EV<br />
0,04mg/kg em ressuscitação cardiorespiratória<br />
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-Dose:<br />
02-Agonistas α2-adrenérgicos:<br />
-Mecanismo de Ação: estimulação de receptores α2-adrenérgicos no sistema<br />
nervoso central e periférico provoca: sedação, analgesia (principalmente visceral) e<br />
relaxamento muscular.<br />
-Receptores pós-sinápticos: causam vasoconstrição e hipertensão;<br />
-Receptores pré-sinápticos: causam bloqueio da liberação de<br />
neurotransmissores e hipotensão;<br />
-Efeitos:<br />
-Cardiovasculares: causam hipertesão inicial pelo estímulo do receptor<br />
α2-pós sináptico, redução tardia da pressão arterial pelo receptor α2-pré-sináptico e<br />
bradicardia reflexa (via barorreceptores) diminuindo o débito cardíaco. Esta bradicardia<br />
pode persistir mesmo após o final da sedação. Pode causar bloqueio atrioventricular de<br />
2º grau ou bradicardia sinusal.<br />
minuto.<br />
-Respiratório: diminuição da freqüência respiratória e do volume-<br />
-Sistema Nervoso Central: sedação dose-dependente, hipnose,<br />
relaxamento muscular, ataxia e analgesia (principalmente visceral);<br />
-Outros: prolapso peniano, ataxia, ptose labial, abaixamento de cabeça,<br />
anorexia, glicosúria, diminuição da motilidade intestinal, redução do hematócrito<br />
(devido a vasodilatação esplênica) e aumento da glicemia (por inibição da secreção de<br />
insulina);<br />
-Cuidados:<br />
-Indicações:<br />
-Não utilizar em pacientes idosos e/ou cardiopatas;<br />
-Evitar doses elevadas;<br />
0,005 – 0,01mg/kg : SC, IM ou EV<br />
-Desaconselhável em pacientes diabéticos;<br />
-Utilizar com critério, pois provoca sedação/analgesia mais intensos,<br />
recomendado para animais indóceis ou silvestres;<br />
-Utilizar em animais sadios e jovens;<br />
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-Fármacos:<br />
02.1-Xilazina:<br />
-Características:<br />
-Eficiente sedativo em bovinos, já em eqüinos, o efeito é imprevisível;<br />
-Em cães e gatos o vômito tem sido descrito como um efeito adverso;<br />
-Em associação com opióides tem-se seus efeitos adversos minimizados.<br />
Uma das associações mais freqüentes é o emprego da xilazina juntamente com<br />
butorfanol (dose: 0,2 – 0,4mg/kg) para obtenção de sedação e analgesia para pequenas<br />
manipulações que cursem com dor;<br />
-Doses:<br />
02.2-Medetomidina:<br />
-Características:<br />
-Doses:<br />
02.3-Dexmedetomidina:<br />
-Promove alterações cardiovasculares dose-dependentes;<br />
-Efeitos respiratórios discretos;<br />
-Baixa ocorrência de vômitos em comparação com a xilazina;<br />
-Redução da temperatura corporal;<br />
-Características:<br />
0,2 - 1mg/kg : IM ou EV (pequenos animais)<br />
0,05 – 1mg/kg (bovinos)<br />
0,4mg/kg + opióide<br />
10μg/kg : IM ou EV (cães)<br />
30μg/kg : IM ou EV (gatos)<br />
-Possui poucos efeitos colaterais.<br />
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-Possui rápido efeito (máximo 20 minutos) e é geralmente utilizado em<br />
associação com opióides;<br />
02.4-Romifidina:<br />
-Dose:<br />
-Características:<br />
-Não utilizado para pequenos animais, geralmente utilizado em eqüinos;<br />
-Em cães e gatos seus efeitos são semelhantes àqueles promovidos pela<br />
xilazina, mas de maior duração de ação;<br />
-Doses:<br />
02.5-Detomidina:<br />
-Características:<br />
-Amplamente empregado em eqüinos;<br />
-Mais potente que xilazina;<br />
02.6-Antagosnistas α2-adrenérgicos:<br />
-Fármacos:<br />
02.6.1-Atipamezol:<br />
-O mais puro antagonista;<br />
-Dose:<br />
02.6.2-Ioimbina:<br />
2 – 3 μg/kg : IM ou EV<br />
10 - 120 μg/kg : IM ou EV (cães)<br />
5 - 20 μg/kg : EV (eqüinos)<br />
40 μg/kg : IM (eqüinos)<br />
50 - 100 μg/kg : EV (para reverter a xilazina)<br />
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03-Fenotiazínicos:<br />
-Dose:<br />
-Mecanismo de Ação:<br />
-Atuam seletivamente em algumas regiões do SNC: núcleos talâmicos,<br />
hipotálamo, vias aferentes sensitivas, estruturas límbicas e sistema motor. Induzem<br />
alterações no funcionamento da neurotransmissão dopaminérgica (bloqueio do receptor<br />
pós-sináptico e pré-sinápticos, D1 e D2).<br />
periféricos.<br />
-Bloqueiam receptores noradrenérgicos e serotoninérgicos centrais e<br />
-Exercem efeitos α-adrenolítico, anti-histaminérgicos H2, antiserotoninérgico<br />
e anticolinérgico.<br />
-Agem no sistema cardiovascular (coração e vasos sanguíneos). Causam<br />
hipotensão principalmente pro bloqueio α-adrenérgico periférico e central também,<br />
levando a uma taquicardia reflexa. Promovem uma queda da temperatura corpórea<br />
*Não se deve usar em animais epiléticos, pois o limiar é diminuído.<br />
-São classificados como antipiscicóticos ou neurolépticos e promovem<br />
tranquilização leve, sem que ocorra desligamento do animal ao ambiente;<br />
-O incremento nas doses não aumenta o grau de tranquilização, apenas os<br />
efeitos adversos, portanto, quando se almeja uma tranquilização mais intensa, devem-se<br />
associar os agentes fenotiazínicos a outra classe de agentes como os opióides, agonistas<br />
α2-adrenérgicos, entre outros.<br />
-Efeitos:<br />
0,5 – 1mg/kg : EV<br />
-Efeitos extra-piramidais (movimentos involuntários).<br />
-Hipotensão (bloqueio α-adrenérgico)<br />
-Sedação mais leve que α2-agonístas<br />
-Potencialização dos anestésicos gerais;<br />
-Efeito anti-emético (receptor 5-HT3);<br />
-Efeito anti-histamínico (receptor H2);<br />
-Efeito atropina-like (redução de secreções);<br />
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-Outros: aumento de prolactina, hipotermia e efeitos anticolinérgicos.<br />
-Efeitos Cardiovasculares: hipotensão, bradicardia sinusal, taquicardia<br />
sinusal reflexa. Efeitos anti-arritimogênico (em doses baixas), efeito inotrópico e a<br />
contratilidade é ou não afetada podendo reduzir o débito cardíaco e o volume sistólico.<br />
-Efeitos Respiratórios: depressão respiratória.<br />
-Efeitos Gastrointestinais: motilidade diminuída, supressão da êmese<br />
(bloqueio dos receptores dopaminérgicos na zona disparadora quimio-receptoras).<br />
baço).<br />
-Efeitos no Sangue: hematócrito diminuído (seqüestro de hemácias pelo<br />
-Efeitos Metabólicos: diminuição da temperatura corporal (vasodilatação,<br />
depressão do centro termo-regulador).<br />
-Usos Terapêuticos:<br />
São usados principalmente como medicação pré-anestésica,<br />
potencializadores da analgesia (neuroleptoanalgesia) e como anti-eméticos. E também<br />
reduzem a incidência de arritmias cardíacas causadas pela sensibilização do miocárdio<br />
às catecolaminas.<br />
-Contra-Indicações:<br />
-Não usar em animais predispostos a convulsões.<br />
-Não utilizar em animais que apresentam problemas com distonia<br />
(congelamento dos movimentos durante uma ação).<br />
-Cautela ao usar conjuntamente com outros hipotensores.<br />
-Não utilizar em pacientes debilitados com hipotermia e desidratados.<br />
-Cuidado em cães de raças braquiocefálicas, pois são sensíveis aos<br />
fenotiazínicos, os quais podem causar obstrução das vias aéreas superiores. Deve-se<br />
diminuir a dose do fármaco.<br />
-Fármacos:<br />
-Não utilizar em garanhões (prolapso peniano);<br />
03.1-Acepromazina (Acepram 0,2% - VETNIL ® )<br />
-Características:<br />
-Mais potente que clorpromazina e levomepromazina;<br />
-Possui maior duração de ação: 4 – 6 horas;<br />
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-Doses:<br />
03.2-Levomepromazina:<br />
-Características:<br />
-Dose:<br />
03.3-Clorpromazina:<br />
-Duração: 1 – 2 horas;<br />
-Características:<br />
-Dose:<br />
0,05 a 0,1 mg/Kg : EV lento (pequenos animais)<br />
-Efeito anti-emético potente;<br />
-Duração: 1 – 2 horas;<br />
Até 0,2 mg/kg : IM ou SC<br />
NÃO ultrapassar 3mg (dose total)<br />
*Braquiocefálicos: dose baixa (0,05mg/kg IM)<br />
**Associação: acepromazina (0,05mg/kg) + morfina (0,5mg/kg)<br />
0,5 – 1mg/kg : IM ou EV<br />
0,5 – 1mg/kg : IM ou EV<br />
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04-Opióides:<br />
-São compostos semelhantes à morfina, que se ligam aos receptores opióides<br />
-Mecanismo de Ação: receptores , , σ e δ. Os opióides promovem a abertura<br />
de canais de potássio e inibem canais de cálcio. Causa uma diminuição da excitabilidade<br />
da membrana e diminuição da liberação de neurotransmissores. Porém os opióides<br />
aumentam a atividade de algumas vias neuronais (disparo de interneurônios inibitórios).<br />
E possui efeitos sobre a via nociceptiva em nível espinhal, inibindo a transmissão de<br />
impulsos nociceptivos através do corno posterior e suprime reflexos nociceptivos<br />
espinhais.<br />
-Tipos de ação: agonistas, agonistas parciais, antagonistas-agonistas e<br />
antagonistas.<br />
-Receptores:<br />
-Receptor mi (): analgesia, sedação, euforia, depressa respiratória e dependência;<br />
-Receptor kappa (): analgesia e sedação;<br />
-Receptor sigma (σ): atividade psicomimética, alucinação, estimulação vasomotora e<br />
respiratória;<br />
-Receptor delta (δ): efeitos pouco conhecidos;<br />
-Efeitos Principais:<br />
-Analgesia: eficaz em dor aguda e crônica. Reduz o componente afetivo da dor, ação<br />
supraespinhal ao nível do sistema límbico;<br />
-Euforia: causa sensação intensa de contentamento e bem-estar (geralmente observado<br />
em eqüinos e felinos);<br />
-Depressão respiratória: mediada pelos receptores µ e o efeito depressor está associado<br />
com uma diminuição na sensibilidade no centro respiratório bulbar a CO2;<br />
-Náusea e vômito: ocorrem até 40% dos pacientes quando fazem o uso da morfina pela<br />
1ª vez;<br />
-Constrição pupilar: estimulação do núcleo oculomotor mediada pelos receptores µ e κ;<br />
-Efeitos Viscerais: diminuição da motilidade, espasmo de esfíncter (animais não<br />
conseguem urinar) e náusea/vômito;<br />
-Metabolismo: o metabolismo hepático é o principal modo de inativação,<br />
geralmente conjugado com o ácido glicurônico. Então são eliminados pela urina e pelo<br />
intestino (excreção biliar) onde a morfina é reabsorvida.<br />
16<br />
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04.1-Agonistas totais:<br />
-Exemplos: morfina, metadona, meperidina (petidina), fentanil, oximorfona e<br />
hidromofona;<br />
efeito;<br />
-Efeitos:<br />
-Analgesia potente;<br />
-Sem efeito teto, então conforme o aumento da dose tem-se aumento do<br />
-Efeitos colaterais clássicos;<br />
-Sistema cardiovascular: causam pequena alteração na<br />
contratilidade/débito cardíaco, bradicardia e redução da pressão arterial;<br />
-Sistema respiratório: causam depressão respiratória e inibição da tosse;<br />
-Sistema urinário: retenção urinária (por espasmo do esfíncter);<br />
*É recomendado sondar pacientes que receberam algum total.<br />
-Sistema gastrointestinal: aumento do tônus dos esfíncteres (tem-se<br />
defecação inicial) e inibição da motilidade propulsiva. Tem-se vômito também.<br />
04.1.1-Morfina:<br />
-Características:<br />
-Causa depressão do centro respiratório medular;<br />
-Pequeno efeito cardiovascular;<br />
-Liberação de histamina com vasodilatação periférica quando<br />
administrada rapidamente pela via endovenosa;<br />
-Dose:<br />
-Estimula o centro do vômito;<br />
-Causa defecação;<br />
-Duração: entre 2 a 4 horas e até 16 horas (epidural)<br />
Cães: 0,1 – 1,0 mg/kg SC, IM ou EV lento<br />
Gatos: 0,1 – 0,3 mg/kg SC, IM ou EV lento<br />
Epidural: 0,1 mg/kg<br />
Intra-articular: 0,1 mg/kg<br />
17<br />
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04.1.2-Metadona:<br />
-Características:<br />
-Dose:<br />
-Estimula freqüência respiratória;<br />
-Observa-se perda do controle postural em cães;<br />
-Duração: entre 2 a 4 horas;<br />
-Salivação e defecação;<br />
-Disforia;<br />
-Possui os mesmos efeitos colaterais da morfina, exceto o vômito;<br />
04.1.3-Meperidina (Petidina):<br />
endovenosa;<br />
-Características:<br />
-Dose:<br />
04.1.4-Fentanil:<br />
-Duração: 1 hora<br />
-Efeito espasmótico;<br />
-Normalmente não produz vômito ou defecação;<br />
-Pode causar liberação de histamina quando administrada pela via<br />
-Não produz uma boa analgesia, mas tem-se bom efeito sedativo;<br />
-Características:<br />
0,5 mg/kg IM<br />
Cães: 5 – 10 mg/kg IM<br />
Gatos: 2 – 5 mg/kg IM<br />
-Não é comumente utilizado como M.P.A;<br />
-Utilização: neuroleptoanalgesia, analgesia trans-operatória e analgesia<br />
pós-operatória;<br />
-250 vezes mais potente que a morfina;<br />
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seu efeito;<br />
-Duração: entre 20 e 30 minutos e leva cerca de 1 minuto para exercer<br />
-Causa depressão respiratória (dose-dependente) severa, por isso deve ser<br />
usada no centro cirúrgico, pois o animal pode entrar em apnéia;<br />
em até 60%;<br />
-Reduz drasticamente a concentração (CAM) dos anestésicos inalatórios,<br />
-Pequeno efeito na contratilidade do miocárdio e bradicardia (facilmente<br />
reversível com Atropina);<br />
-Dose:<br />
-Salivação e defecação;<br />
04.2-Agonistas μ parciais:<br />
horas);<br />
-Exemplos: buprenorfina<br />
-Efeitos:<br />
04.2.1-Buprenorfina:<br />
-Analgesia menos profunda do que agonistas μ totais;<br />
-Possui efeito teto (o aumento da dose não aumenta a analgesia);<br />
-Desloca agonistas μ totais dos receptores e reduz a analgesia;<br />
-Possui período de latência longo (muito tempo para começar o efeito);<br />
-Alta afinidade pelo receptor, causando uma longa duração (entre 6 e 8<br />
-Características:<br />
-Dose:<br />
M.P.A.: 5 – 10 μg/kg : EV ou IM (0,1mL/kg)<br />
I.C. na anestesia: 20 – 45 μg/kg/hora<br />
I.C. pós operatória: 3 – 6 μg/kg/hora<br />
-33 vezes mais potente que a morfina;<br />
-Longo período de latência (cerca de 30 minutos);<br />
-Causa depressão cardiorespiratória insignificante;<br />
5 – 20 μg/kg : EV e IM<br />
19<br />
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*Pode se aplicar via transmucosa (abaixo da língua);<br />
04.3-Agonista κ e Antagonistas μ:<br />
μ;<br />
-Exemplos: butorfanol<br />
-Efeitos:<br />
04.3.1-Butorfanol:<br />
-Menos efeitos colaterais (disforia e depressão respiratória);<br />
-Analgesia menos intensa (ação nos receptores κ) do que agonistas totais<br />
-Características:<br />
-5 vezes mais potente que a morfina;<br />
-Duração: entre 1 e 2 horas;<br />
-Discreta alteração cardiovascular;<br />
-Reduz a CAM dos anestésicos inalatórios;<br />
-Pequeno efeito sobre a respiração e motilidade intestinal;<br />
-Reverte o efeito sedativo e respiratório de agonistas μ puros, resultando<br />
em analgesia residual;<br />
-Dose:<br />
04.4-Antagonista:<br />
-Exemplo: naloxona<br />
04.4.1-Naloxona:<br />
-Características:<br />
-Reverte o efeito sedativo e depressor respiratório de agonistas puros;<br />
-Deve-se fazer a titulação de doses baixas a cada 2 minutos para evitar<br />
reverter a reversão da analgesia;<br />
-Dose:<br />
Cães: 0,2 – 0,4mg/kg : EV, IM ou SC<br />
Gatos: até 0,6mg/kg : EV, IM ou SC<br />
Titulação em doses baixas: 1 μg/kg/2minutos<br />
1 – 4 μg/kg<br />
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04.5-Tramadol:<br />
-Características:<br />
-Análogo sintético da codeína;<br />
-Mecanismo de ação: misto (opióide e não opióide). Possui alta<br />
seletividade por receptores μ, porém baixa afinidade e também age inibindo a<br />
recaptação de noradrenalina e serotonina;<br />
tramadol;<br />
-Metabolismo: hepático por desmetilação, originando o desmetil-<br />
-Um dos poucos opióides que não interferem na pupila (o tramadol<br />
causa pouca miose), sendo muito utilizado em procedimentos oftálmicos;<br />
-Dose:<br />
*Não utilizar tramadol quando se há administração prévia de ondansetrona (bloqueio de<br />
receptores de serotonina);<br />
05-Benzodiazepínicos:<br />
-Mecanismo de Ação: depressores do sistema límbico (septum, hipocampo,<br />
amígdala, formação reticular) e aumentam a liberação de GABA (quando um<br />
benzodiazepínico liga-se ao seu receptor, modifica-se a conformação pelo receptor<br />
GABAA, proporcionando maior afinidade ao GABA), os benzodiazepínicos inibem a<br />
neurotransmissão e causam hiperpolarização da membrana (aumento da condutância ao<br />
cloro).<br />
-Efeitos:<br />
-Miorrelaxante: atuação depressora sobre reflexos supra-espinhais;<br />
-Anticonvulsivante;<br />
Cães: 4 - 8 mg/kg : EV, SC ou IM<br />
Gatos: 2 – 4 mg/kg : EV, SC ou IM<br />
Cães: 6 - 8 mg/kg : VO<br />
Gatos: 6 – 10 mg/kg : VO<br />
-Efeito ansiolítico: ocorre em conseqüência da atuação sobre o sistema<br />
reticular (que mantém o estado de alerta), sobre o sistema límbico (evocador da<br />
ansiedade) e sobre o hipotálamo (organiza as respostas fisiológicas).<br />
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-Efeitos Respiratórios: depressão da ventilação quando administrado com<br />
outros depressores (barbitúricos ou opióides). Mas é indicado utilizar em pacientes com<br />
instabilidade hemodinâmica;<br />
-Hipnótico;<br />
-Sedativos;<br />
-Aumentam o limiar convulsivo;<br />
-Promovem sono semelhante ao fisiológico;<br />
-Efeito sedativo mínimo em animais normais;<br />
-Alguns animais em alerta normal podem apresentar agitação e excitação;<br />
-Atravessam barreira placentária e aumentam a chance de anomalias<br />
congênitas e complicações neonatais;<br />
-Se ligam à proteínas plasmáticas e em casos de hipoproteinemia podem<br />
elevar os efeitos farmacológicos;<br />
-Metabolismo: sofrem metabolização no fígado e a eliminação se dá pela urina<br />
em forma de metabólitos conjugados com o ácido glicurônico (inativos). O diazepam<br />
produz metabólitos ativos (desmetildiazepam e oxazepam).<br />
*Evitar usar benzodiazepínicos isoladamente, pois podem causar efeito paradoxal<br />
(efeito contrário: levando a excitação);<br />
05.1-Diazepam:<br />
-Características:<br />
-Oleoso com solubilizante propileno glicol, causando uma absorção lenta<br />
e dolorosa quando aplicada via intramuscular (evitar IM);<br />
-Dose:<br />
05.2-Midazolam:<br />
-Características:<br />
0,25 – 0,5 mg/kg : EV<br />
-Hidrossolúvel, pode ser aplicado via intramuscular;<br />
-Duração de ação mais curta que o diazepam;<br />
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periférica;<br />
-Dose:<br />
-Associações:<br />
-Causa diminuição da pressão arterial pois diminui a resistência vascular<br />
-Com Cetamina: utilizado para procedimentos diagnósticos e em MPA de<br />
animais indóceis;<br />
-Dose:<br />
0,25 – 0,5 mg/kg : EV e IM<br />
Midazolan/Diazezepam: 0,1 – 0,2 mg/kg + Cetamina: 5 – 10mg/kg<br />
-Com Cetamina (Quetamina - VETNIL ® ) e Tramadol: (CEMTRA) para felinos<br />
Cetamina: 8 mg/kg + Midazolan 0,5 mg/kg + Tramadol: 3mg/kg<br />
23<br />
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05.3-Antagonista Benzodiazepínico (Flumazenil):<br />
-Características:<br />
-Dose:<br />
-Período de latência: entre 2 a 4 minutos;<br />
-Duração: cerca de 60 minutos;<br />
0,02 – 0,1 mg/kg<br />
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Agentes Indutores<br />
-Fármacos:<br />
01-Barbitúricos:<br />
-Introdução:<br />
-Barbitúricos;<br />
-Alquil-fenóis;<br />
-Compostos imidazólicos;<br />
-Dissociativos;<br />
-Inalatórios;<br />
São derivados do ácido barbitúrico, que é a combinação entre o ácido<br />
malônico e uréia.<br />
-Classificação:<br />
-Oxibarbitúricos (O2 no C2);<br />
-Tiobarbitúricos (S no C2);<br />
Duração Fármaco Latência<br />
Longa Fenobarbital 12 minutos<br />
Curta Pentobarbital 30 – 60 segundos<br />
Ultracurta Tiopental 15 – 30 segundos<br />
-Mecanismo de Ação: no GABA, os barbitúricos incrementam sua capacidade de<br />
induzir o aumento da condutância aos íons cloreto, causando hiperpolarização da<br />
membrana e conseqüente redução da atividade elétrica do SNC. Com relação à<br />
condutância dos demais íons (Na + , K + e Ca ++ ), os barbitúricos a reduzem através da<br />
membrana plasmática, o que resulta em depressão seletiva do sistema reticular.<br />
Perifericamente, os barbitúricos diminuem a ligação e seletividade da ACh na<br />
membrana pós-sináptica, o que ocasiona excelente relaxamente muscular. O sistema<br />
reticular mesencefálico é especialmente sensível aos efeitos depressores destes agentes.<br />
Os centros medulares (centro termorregulador, vagal, centro respiratório e vasomotor)<br />
também são deprimidos.<br />
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-Farmacocinética:<br />
-Ligação protéica: 70 – 85%;<br />
*Deve-se ter cuidado em pacientes com hipoproteinemia;<br />
-Medicamentos competidores: AAS e sulfonamidas (deve-se reduzir a<br />
dose administrada);<br />
*Não deve ser usado com concomitantemente com cloranfenicol (inibição enzimática<br />
microssomal, assim desencadeando um maior período de ação dos barbitúricos).<br />
-Possui efeito cumulativo (é o retardamento da recuperação anestésica<br />
envolvendo todas as características indesejáveis: hipotermina, bradicardia e excitação,<br />
pela administração de doses repetidas, uma prosseguida da outra);<br />
-Metabolismo: hepático;<br />
-Efeitos:<br />
-Não possui efeito analgésico;<br />
-Sistema Nervoso Central: potencializa ação do GABA e indução pode<br />
causar delírio e excitação (quando administrado lentamente e sem MPA);<br />
-Cardíaco: causa depressão dose-dependente, bloqueio vagal inicial,<br />
inotropismo negativo e sensibiliza o miocárdio à catecolaminas<br />
-Respiratório: reduze a freqüência respiratória e o volume/minuto;<br />
-Diminuem a pressão intra-craniana (indicado para pacientes vítimas de<br />
trauma craniano);<br />
*A administração dos barbitúricos geralmente é precedida de medicação pré-anestésica<br />
(M.P.A.), que pode ser realizada com fenotiazínicos, agentes agonistas α2-adrenérgicos.<br />
Esta medicação pré-anestésica contribui para que a indução e a recuperação sejam<br />
destituídas dos fenômenos excitatórios observados quando os barbitúricos são<br />
empregados como agentes únicos.<br />
Contra-indicações:<br />
-Não utilizar em pacientes cardiopatas, hipotensos, desidratados, com<br />
hipoproteinemia, nefropatas, em gestantes (para cesariana), obesos e em hepatopatas;<br />
-Dose:<br />
5 – 12,5 mg/kg EV com MPA<br />
15 mg/kg EV sem MPA<br />
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02-Compostos Imidazólicos (Etomidato):<br />
-Mecanismo de Ação: não foi completamente elucidado, pode modular a<br />
transmissão GABAérgica, prolonga o tempo de abertura dos canais de Cl - , e parece<br />
aumentar o número de receptores GABA disponíveis (deslocando inibidores<br />
endógenos);<br />
-Farmacocinética:<br />
-Efeitos:<br />
-Rápido início de ação e curto período de recuperação;<br />
-Tempo de anestesia: entre 10 e 15 minutos;<br />
-Ligação à proteínas é cerca de 75%;<br />
-Não possui efeito cumulativo e analgésico;<br />
-Sistema Nervoso Central: causa diminuição da pressão intra-craniana,<br />
diminuição do metabolismo e do fluxo sanguíneo cerebral e mantém pressão arterial<br />
sistêmica (melhor perfusão cerebral em comparação ao tiopental e propofol);<br />
-Cardiovascular: não causa alterações na função cardiovascular;<br />
*Anestésico de escolha para pacientes cardiopatas;<br />
-Respiratório: depressão dose dependente discreta;<br />
-Outros: inibição temporária da síntese de esteróides pela adrenal;<br />
-Dor à injeção, mioclonias, excitação e vômitos após a administração<br />
isolada. Deve-se associar à benzodiazepínicos e opióides.<br />
-Dose:<br />
*Infusão Contínua: cuidado com tempo, administrações acima de 1 hora podem causar hemólise;<br />
03-Alqui-Fenóis (Propofol)<br />
-Mecanismo de Ação: mecanismo exato ainda não esclarecido, mas é semelhante<br />
aos dos barbitúricos e benzodiazepínicos potencializando GABA.<br />
-Farmacocinética:<br />
1 – 2 mg/kg : EV + benzodiazepínico<br />
0,5 – 4 mg/kg EV<br />
*I.C: 0,02 – 0,3 mg/kg/h EV<br />
-Curta duração: 15 a 20 minutos (cães) e 30 minutos (gatos);<br />
27<br />
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-Efeitos:<br />
-Metabolismo: hepático e extra-hepático<br />
-Dor à injeção;<br />
-Não possui efeito cumulativo;<br />
-Não apresenta efeito analgésico;<br />
-Respiratório: depressão respiratória (semelhante ao tiopental), apnéia<br />
transitória, diminuição do volume/minuto, diminuição da freqüência, aumento da<br />
PaCO2 e diminuição da PaO2 (efeitos proporcionais a dose, velocidade de administração<br />
e MPA utilizada);<br />
-Cardiovascular: hipotensão sistêmica e diminuição do débito cardíaco<br />
(efeitos proporcionais a dose, velocidade de administração e MPA utilizada);<br />
-Sistema Nervoso Central: diminuição do metabolismo cerebral,<br />
diminuição da pressão intra-craniana, diminuição da pressão interna ocular;<br />
*Pode usar em cesarianas. As doses habituais não causam depressão fetal;<br />
-Dose:<br />
04-Dissociativos (Cetamina / Tiletamina)<br />
-Dissociativos: induz anestesia por interrupção do fluxo de informações para o<br />
córtex sensitivo.<br />
04.1-Cetamina (Quetamina - VETNIL ® )<br />
-Mecanismo de Ação:<br />
2 – 5 mg/kg<br />
*I.C: 0,2 – 0,4 mg/kg/min<br />
*Bom associar com outros fármacos<br />
-Inibição do NMDA (causa analgesia somática);<br />
-Antagonista colinérgico central (causa taquicardia);<br />
-Agonista opióide (causa analgesia);<br />
-Potencializa receptores serotoninérgicos e dopaminérgicos;<br />
-Diminui atividade GABAérgica;<br />
28<br />
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-Ativação do sistema límbico (causa hiperexcitabilidade);<br />
-Metabolismo: hepático (cerca de 50%) e o restante é eliminado pela urina sem<br />
alteração.<br />
*Cuidado na administração em gatos obstruídos;<br />
-Efeitos:<br />
-Sistema Nervoso Central: analgesia e anestesia dose-dependente, pode<br />
causar convulsões e rigidez (quando usada isoladamente) e aumento da pressão intracraniana<br />
-Cardiovascular: único anestésico que estimula o sistema cardiovascular,<br />
tem-se vasodilatação, inotropismo positivo, aumento da freqüência cardíaca, aumento<br />
da pressão arterial e do débito cardíaco.<br />
-Respiratório: não deprime a função respiratória e doses elevadas podem<br />
produzir um padrão apnêustico (menor volume corrente e maior freqüência<br />
respiratória), reflexos faríngeos e laríngeos são mantidos (maior dificuldade na<br />
intubação orotraqueal);<br />
-Outros: hipertonicidade muscular (deve-se fazer uso de relaxantes<br />
musculares) e aumento da pressão intra ocular.<br />
-Contra-indicações: não administrar em pacientes epiléticos;<br />
-Dose:<br />
0,5 – 1 mg/kg : IM ou SC (analgesia)<br />
5 – 10 mg/kg IM (anestesia)<br />
1 – 4 mg/kg EV (anestesia)<br />
*Associar com benzodiazepínicos para se ter miorrelaxamento;<br />
29<br />
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04.2-Tiletamina<br />
da tiletamina;<br />
-Associada com Zolazepam;<br />
-Efeitos: semelhantes a cetamina;<br />
-Dose:<br />
-Cães: tem-se efeitos excitatórios pois o efeito do zolazepam acaba antes<br />
-Gatos: ocorre ao contrário dos cães;<br />
Associações de Indutores<br />
01-Etomidato:<br />
de arritmias;<br />
02-Propofol:<br />
Etomidato + Lidocaína (sem vasoconstritor)<br />
-Efeitos: diminuição da hipertensão, taquicardia, analgesia e prevenção<br />
Etomidato + Benzodiazepínico<br />
-Efeitos: melhora miorrelaxamento e diminui tremores musculares;<br />
Propofol + Lidocaína (sem vasoconstritor)<br />
-Efeitos: redução na depressão cardiorespiratória, prevenção de arritmias<br />
e diminuição da dor no local da injeção;<br />
Propofol + Benzodiazepínico<br />
2 – 5 mg/kg EV<br />
1 - 2 mg/kg + 1 – 1,5 mg/kg<br />
1 - 2 mg/kg + 0,25 – 0,5 mg/kg<br />
2 mg/kg + 1 – 1,5 mg/kg<br />
2 mg/kg + 0,25 – 0,5 mg/kg<br />
30<br />
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Propofol + Cetamina<br />
-Efeitos: diminuição da estimulação cardiovascular e aumento das<br />
secreções das vias aéreas;<br />
Indutores Inalatórios<br />
-Executado com máscaras ou câmaras;<br />
-Ausência de efeitos renais ou hepáticos;<br />
-Indicado para debilitados (animais hígidos são difíceis de induzir);<br />
-Intubação deve ser rápida;<br />
Estágios e Planos Anestésicos<br />
-Planos de Guedel:<br />
2 mg/kg + 1 mg/kg<br />
-Verifica-se através dos reflexos oculopalpebral (reflexo palpebral<br />
medial, reflexo palpebral lateral, reflexo corneal e reflexo pupilar), reflexo interdigital e<br />
digital e reflexo anal. E também por alterações cardiopulmonares (anestesia superficial<br />
tem-se freqüência respiratória e cardíaca normais ou elevadas e anestesia profunda temse<br />
diminuição destas);<br />
-Estágio I: analgesia e excitação voluntária. Compreende o período que vai do<br />
início da indução anestésica até a inconsciência. Nesta fase tem-se liberação de<br />
catecolaminas (epinefrina), as quais elevam a freqüência cardíaca e respiratória e podese<br />
ter também arritmias, salivação e micção.<br />
-Estágio II: excitação involuntária e delírio. Compreende o período que vai do<br />
início da perda da consciência até a inconsciência completa. Este estágio deve ser<br />
evitado e geralmente ocorre quando são usados barbitúricos ou benzodiazepínicos em<br />
doses inadequadas.<br />
-Estágio III: anestesia geral. Dividida em 4 planos:<br />
-Plano I (anestesia superficial): caracteriza-se por movimentos<br />
respiratórios rítmicos e aumento do volume corrente pulmonar. No plano 1, os animais<br />
ainda mantêm alguns reflexos protetores, o reflexo podal e o palpebral está diminuído.<br />
31<br />
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-Plano II (anestesia cirúrgica): a depressão respiratória pode ser<br />
acentuada, resultando em apnéia. O reflexo palpebral desaparece, o corneal está<br />
diminuído ou ausente em pequenos animais e o reflexo pupilar está presente (pupila<br />
constricta). O globo ocular é rotado em posição rostromedial e a esclera está visível. O<br />
paciente está apto ao procedimento cirúrgico.<br />
-Plano III (anestesia profunda): caracteriza-se pelo início da paralisia dos<br />
músculos intercostais. A freqüência e volume respiratório estão diminuídos, a pressão<br />
arterial também e a pupila encontra-se dilatada com globo ocular centralizado.<br />
-Plano IV (coma anestésico): caracteriza-se pela paralisia dos músculos<br />
intercostais com conseqüente parada respiratória. Mucosas pálidas, globo ocular bem<br />
centralizado e midríase quase completa com reflexos oculares ausentes.<br />
-Estágio IV: depressão bulbar. Ocorre parada respiratória seguida de parada<br />
cardíaca e depressão profunda do SNC.<br />
Anestesia Inalatória<br />
-Vantagens:<br />
-Fácil controle;<br />
-Idade não é um fator limitante;<br />
-Eliminação rápida;<br />
-Baixa taxa de biotransformação;<br />
-Ausência de excitação (com MPA);<br />
-Recuperação rápida e suave;<br />
-Desvantagens:<br />
-Poluição;<br />
-Circuitos Anestésicos (dependente do tamanho do paciente):<br />
-Aberto;<br />
-Semi-Aberto;<br />
-Fechado;<br />
-Semi-Fechado;<br />
-Equipamentos Necessários:<br />
-Laringoscópio, abre-bocas, sondas endotraqueais, seringas,<br />
intermediários (entre circuito e sonda), máscara facial (geralmente para pacientes<br />
32<br />
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idosos), lidocaína (spray ou gel 10%) e estilete (auxilia a colocação da sonda<br />
endotraqueal):<br />
Circuitos<br />
-Aparelho de Anestesia:<br />
01-Circuito Aberto:<br />
atmosfera.<br />
-Fonte de gás diluente (02, N20 e ar comprimido);<br />
-Válvulas redutoras de pressão;<br />
-Extensões (chicotes);<br />
-Rotâmetro (possui escala milimetrada – maior precisão);<br />
-Fluxômetro (escala L/min);<br />
-Circuitos anestésicos (abeto, semi-fechado e fechado);<br />
-Vaporizadores (universal e calibrado);<br />
-Manômetro (mede pressão do gás):<br />
-Equipamentos:<br />
-Fluxo:<br />
-Câmaras de indução anestésica;<br />
-Máscara anestésica;<br />
-Características:<br />
-Os gases expirados são diluídos pelo fluxo de O2 e liberados na<br />
02-Circuito Semi-Aberto (utilizado para animais até 7kg)<br />
-Equipamento:<br />
-Fluxo:<br />
5 – 7 L/kg/min<br />
-Chicote de Baraka (duplo ‘T’) – utilizado em pacientes de 3 a 5kg<br />
-Chicote de Bain – utilizado em pacientes entre 5 e 7kg<br />
-Chicote de Magil (semelhante ao Bain, mas com válvula pop-off);<br />
180 – 300*ml/kg/min<br />
33<br />
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*300ml/kg/min: utilizar nos primeiros 15 minutos de anestesia;<br />
-Características:<br />
-Animal entra em hipotermia mais facilmente, pois há muita perda de<br />
calor pela respiração, com exceção do circuito de Bain (há menor dissipação de calor);<br />
-Deve-se ter atenção máxima a distensão do balão reservatório, pois,<br />
como os volumes são pequenos (do balão e dos pulmões) e o fluxo é alto, pode ocorrer<br />
facilmente excesso de pressão no sistema acarretando ruptura pulmonar;<br />
03-Circuito Semi-Fechado (reinalação parcial de gases)<br />
-Equipamento:<br />
-Traquéias corrugadas, tubo plástico flexível, conectado a um ‘Y’ e ao<br />
canister (contendo cal sodada no interior);<br />
-Fluxo:<br />
-Válvulas unidirecionais;<br />
-Válvula de alívio de pressão e exaustão;<br />
-Balão reservatório;<br />
-Características:<br />
-Utiliza-se filtro circular com válvulas unidirecionais e válvula de alívio<br />
de pressão (pop-off). A saída comum de gases é conectada à válvula inspiratória;<br />
-Sistema mais econômico que o semi-aberto;<br />
04-Sistema Fechado (circuito circular valvular)<br />
-Equipamentos: mesmos equipamentos do sistema semi-fechado;<br />
-Fluxo:<br />
-Características:<br />
50 - 100ml/kg/min<br />
10 - 15ml/kg/min<br />
-Válvula de alívio (pop-off) mantém-se fechada;<br />
-Deve-se usar um capnógrafo (medição do CO2 expirado);<br />
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poluição;<br />
-Tem-se menor perda de temperatura do paciente, menor gastos e não há<br />
*Cal sodada: sofre reação química, liberando água, calor e carbonato de cálcio (o qual<br />
não quebra) e fica com a coloração roxa;<br />
**Sempre testar aparelhos antes de utilizá-los<br />
Vaporizador<br />
01-Vaporizador Universal:<br />
-Pode-se usar qualquer agente halogenado (exceto desflurano);<br />
-Não possui compensação de fluxo, temperatura e pressão (sofre variações<br />
externas);<br />
-Não permite cálculo de quantidade administrada, a concentração administrada<br />
varia de acordo com o borbulhamento (quanto maior o número de bolhas maior a V%);<br />
02-Calibrado:<br />
-É agente específico;<br />
-Possui compensação de fluxo, temperatura e pressão (não sofre variações<br />
externas);<br />
-Permite o ajuste imediato da concentração;<br />
-A volatização máxima é de 5 volumes de concentração;<br />
-Alto custo;<br />
-Manutenção regular (deve ser feita a cada 6 meses);<br />
CAM (Concentração Alveolar Mínima)<br />
-Definição: é a concentração alveolar de um anestésico volátil que evita a<br />
resposta ao estímulo doloroso em 50% dos pacientes;<br />
-Não é alterada por:<br />
-Duração da anestesia;<br />
1 CAM : produz anestesia leve<br />
1,5 CAM : produz anestesia moderada (anestesia cirúrgica)<br />
2 CAM : anestesia profunda<br />
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-Sexo;<br />
-PaCO2 (15 – 95mmHg);<br />
-PaO2 (maior que 40mmHg);<br />
-Anticolinérgicos;<br />
-Pode ser aumentada por:<br />
-Hipertermina;<br />
-Fármacos que excitam o SNC (anfetamina, doxapram e efedrina);<br />
-Pode ser reduzida por:<br />
-Hipotermina;<br />
-Gestação;<br />
-PaCO2 (acima de 95mmHg – paciente em apnéia);<br />
-PaO2 (menor que 40mmHg);<br />
-Pressão arterial (menor que 50mmHg);<br />
-Animais idosos;<br />
-Fármacos que causam depressão do SNC;<br />
Efeitos Farmacológicos de Agentes Inalatórios<br />
01-Sistema Respiratório:<br />
-Depressão dose-dependente (diminuição da freqüência respiratória e<br />
volume/minuto);<br />
-Hipercapnia e acidose respiratória (aumento da concentração de CO2);<br />
-Depressão do centro respiratório (bulbo – centro apnêustico);<br />
-Depressão dos reflexos faríngeo e laríngeo;<br />
02-Sistema Cardiovascular:<br />
-Depressão dose-dependente (depressão do miocárdio, diminuição do volume<br />
sistólico, do débito cardíaco e da pressão arterial), com exceção do halotano, o qual<br />
pode aumentar a freqüência cardíaca e predispõe ao aparecimento de CVP (quando<br />
houver essa condição, deve-se trocar o anestésico inalatório);<br />
-Depressão do centro vasomotor;<br />
-Isoflurano, sevoflurano e desflurano são menos arritmogênicos;<br />
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03-Outros:<br />
Toxicidade<br />
-Diminuição do fluxo sanguíneo hepático e renal;<br />
-Diminuição da motilidade gastrointestinal;<br />
-Diminuição da motilidade uterina;<br />
-Depressão fetal;<br />
-Miorrelaxamento;<br />
-Hipotermia (perda de calor via respiração);<br />
-1,3 a 2 vezes maior incidência de câncer;<br />
-Aumento de 30% do risco de aborto;<br />
-1,2 vezes a incidência de anomalias;<br />
-Repetições sucessivas de anestesia inalatória deve-se utilizar intervalos de 15<br />
dias, dependendo do agente utilizado;<br />
Agente Metabolização (%)<br />
Metoxiflurano 50<br />
Halotano 10 a 20<br />
Sevoflurano 3<br />
Enflurano 2,4<br />
Isoflurano 0,17<br />
Desflurano 0,02<br />
Óxido nitroso 0,004<br />
Agente Coef. Solubilidades sangue-gás* CAM<br />
Metoxiflurano 1,3 0,2 – 1,0<br />
Halotano 2,3 08 – 1,2<br />
Sevoflurano 0,6 2,3<br />
Enflurano 1,9 2 a 3 (2,2)<br />
Isoflurano 1,4 1 a 3 (1,2)<br />
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Desflurano 0,42 6 a 9 (7)<br />
Eter 12,1 3<br />
*Quanto maior o coeficiente de solubilidade sangue-gás maior a combinação (ligação) com proteínas e<br />
lipídeos no organismo.<br />
Gases Anestésicos<br />
01-Óxido Nitroso (N2O):<br />
-Efeitos:<br />
-Sistema Nervoso Central: analgésico fraco que produz depressão do<br />
córtex cerebral;<br />
ventilação;<br />
-Cardiovascular: não produz depressão cardiovascular;<br />
-Respiratório: não é irritante para as vias respiratórias e não deprime a<br />
-Uterinos: atravessa a barreira placentária rapidamente, mas não deprime<br />
o feto de forma significativa;<br />
-Concentração de utilização:<br />
*Sempre associar a algum terceiro gás anestésico;<br />
02-Halotano:<br />
-Efeitos:<br />
2 : 1 (66% de N2O e 33% de O2) no início da anestesia<br />
1 : 1 (50% de N2O e 50% de O2) após estabilização do paciente<br />
-Sistema Nervoso Central: produz depressão acentuada do SNC dosedependente,<br />
incluindo os centros termorreguladores (causando hipotermia);<br />
-Respiratório: depressão acentuada da respiração podendo haver apnéia.<br />
Mais pronunciado em ruminantes. Não é irritante;<br />
-Cardiovascular: depressão cardiovascular, vasodilatação periférica e<br />
redução da freqüência cardíaca. Sensibiliza à catecolaminas (produzindo arritmias.<br />
-Gastrointestinal: leve diminuição de motilidade. A biotransformação<br />
hepática leva a formação de componentes hepatotóxicos (não usar em hepatopatas);<br />
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-Renais: nefrotoxicidade ocorre se houver desenvolvimento de<br />
hipotensão acentuada (P.A.M inferior a 70mmHg);<br />
03-Isoflurano:<br />
-Efeitos:<br />
-Sistema Nervoso Central: depressão generalizada;<br />
-Respiratórios: depressão respiratória mais profunda que halotano, pode<br />
levar a apnéia. O volume/minuto e a freqüência diminuem.<br />
-Cardiovascular: pouca depressão (menor que halotano). Não se tem<br />
desenvolvimento de arritmias cardíacas e a força de contração do miocárdio é mantida.<br />
*Anestésico volátil de escolha para cardiopatas;<br />
-Renais: não ocorre alteração da função renal;<br />
-Gastrointestinal: reduz a motilidade e não produz hepatotoxicidade pois<br />
é minimamente metabolizado (< 0,25%);<br />
04-Sevoflurano:<br />
-Efeitos:<br />
-Sistema Nervoso Central: depressão generalizada e atinge o SNC mais<br />
rapidamente que isoflurano e halotano (devido ao seu baixo coeficiente de solubilidade<br />
sangue-gás);<br />
-Respiratórios: indução rápida com máscara (agente de escolha para<br />
indução com máscara) e causa depressão profunda do sistema respiratório;<br />
-Cardiovasculares: efeito semelhante ao do isoflurano, a contração<br />
miocárdica e o débito cardíaco se mantém;<br />
-Gastrointestinais: não ocorre hepatotoxicidade;<br />
-Renais: pode ter efeito tóxico renal pela produção de olefinas;<br />
-Musculoesqueléticos: excelente miorrelaxamento;<br />
-Uterinos: não produz depressão fetal importante;<br />
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Anestesia Local e Regional<br />
-Introdução:<br />
-Química dos anestésicos locais:<br />
-Anel aromático (parte lipofílica): porção absorvível, determinando<br />
potência, grau de ionização e tempo de início;<br />
-Amida e Éster: responsáveis pela potência e toxicidade;<br />
*Ácido para-aminobenzóico: alergênico (presente na procaína e tetracaína);<br />
célula;<br />
-Ionização:<br />
-Forma ionizada: parte que faz efeito dentro da célula;<br />
-Forma não ionizada: necessária para fazer a penetração do fármaco na<br />
**Em tecidos inflamados tem-se a predominância da forma ionizada e pouca quantidade<br />
da forma não ionizada. Não há penetração do anestésico para exercer seu efeito. A<br />
forma não-ionizada é a única que rapidamente produz efeito clínico, devido a sua<br />
penetração e difusão rápidas nas membranas celulares.<br />
***A adição de NaHCO3 aos anestésicos locais produz um efeito mais rápido, pois o<br />
aumento do pH da solução faz com que a concentração de fármaco não-ionizado<br />
aumente.<br />
-Mecanismo de Ação:<br />
-Atuam em membrana celular, bloqueando ou obstruindo canais de sódio,<br />
impedindo que ocorra o estímulo.<br />
*Fibras mielinizadas são bloqueadas antes (margem de segurança menor);<br />
-Vasoconstritor: (adrenalina/epinefrina)<br />
-Necessário para diminuir a velocidade de absorção, aumentar o período de<br />
latência (tempo que leva para fazer efeito) e diminuir o risco de toxicidade.<br />
*Usa-se na epidural anestésicos locais com vasoconstritor pois é uma região altamente<br />
vascularizada;<br />
**Cuidado em extremidades, bordas, orelhas, patas e outros, pode-se ter isquemia e<br />
posteriormente necrose com a aplicação de anestésico local com vasoconstritor;<br />
-Metabolismo e Excreção:<br />
-Hidrólise metabólica: os ésteres são metabolizados no plasma e as aminas são<br />
hidrolisadas mais lentamente ou não são.<br />
40<br />
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-Conjugação com ácido glicurônico: a bupivacaína é metabolizada quando se<br />
conjuga ao ácido glicurônico no fígado;<br />
-Dealquilação: outra forma de metabolismo dos anestésicos locais;<br />
*Os metabólitos ou droga-mãe são excretados por via renal;<br />
-Toxicidade:<br />
-Causas: administração endovenonsa, retirada precoce do torniquete e<br />
sobredose;<br />
Fármacos Anestésicos Locais<br />
01-Tetracaína:<br />
-Características:<br />
-Utilizada como anestésico tópico: solução oftálmica 0,5% e para<br />
mucosas 1 a 2%;<br />
02-Lidocaína:<br />
tremores);<br />
-Características:<br />
-Dose tóxica:<br />
03-Bupivacaína:<br />
-Efeito ambivalente (baixas doses causam depressão e altas doses<br />
-Potência e duração moderadas;<br />
-Características:<br />
-Dose tóxica:<br />
7mg/kg sem vasoconstritor (EV)<br />
9mg/kg com vasoconstritor (EV)<br />
-3 a 4 vezes mais potente que a lidocaína;<br />
-Tempo de bloqueio mais prolongado;<br />
-Cardiotóxica (não aplicar EV);<br />
-Em baixas doses tem-se somente o bloqueio sensitivo e não motor;<br />
1 – 2mg/kg sem vasoconstritor<br />
3 – 4mg/kg com vasoconstritor<br />
41<br />
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04-Ropivacaína:<br />
Técnicas<br />
-Características:<br />
Tipos:<br />
-Analgesia com bloqueio motor mínimo;<br />
-Superficial;<br />
-Infiltrativa;<br />
-Perineural;<br />
01-Superficial (tópica):<br />
-Oftálmica:<br />
-Mucosa:<br />
*Em gatos e cães pequenos não usar spray (pouca precisão e risco de intoxicação);<br />
-Pele: prilocaína 2,5% com lidocaína 2,5%<br />
02-Infiltrativa:<br />
-Tipos:<br />
-Intradérmica;<br />
-Subcutânea (mais utilizada): injeção subcutânea de 0,5mL de lidocaína 1-<br />
2% pode ser utilizada para infiltrar vários pontos da região de incisão cirúrgica,<br />
produzindo bloqueio para intervenções como mastectomias ou laparotomias;<br />
**Caso necessite diluir a solução anestésica, deve-se usar no máximo 1:2 (1 parte de<br />
anestésico para 2 de diluente – solução fisiológica);<br />
-Muscular;<br />
Tetracaína 0,5%<br />
Tetracaína 2% ou Lidocaína 4%/10%<br />
Prilocaína 2,5% com Lidocaína 2,5%<br />
42<br />
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*Não usar anestésicos locais com vasoconstritor em regiões periféricas;<br />
03-Perineural:<br />
03.1-Bloqueio Oftálmico:<br />
03.1.1-Retrobulbar:<br />
-Indicação: indicado para enucleação.<br />
-Técnica: deve-se inserir a agulha no canto lateral e progredir até o fundo da órbita.<br />
*Utilizar anestésico local com vasoconstritor;<br />
-Complicações: hemorragia, injeção endovenosa, estímulo reflexo oculocardíaco e lesão<br />
do nervo óptico;<br />
03.1.2-Peribulbar:<br />
-Indicações:cirurgias oftálmicas (Ex.: cataratas). Técnica mais segura.<br />
-Infrapalpebral lateral e suprapalpebral medial;<br />
03.2-Bloqueio Odontológico:<br />
Lidocaína 0,5 a 2% ou Bupivacaína 0,5 a 0,75%<br />
-Nervo infraorbitário: causando bloqueio do teto da cavidade nasal, lábio<br />
superior, focinho e pele;<br />
-Nervo maxilar: causando bloqueio da maxila, dentes superiores, focinho<br />
e lábio superior;<br />
-Nervo mandibular: causando bloqueio da mandíbula, dentes inferiores,<br />
mucosa regional, lábio inferior e pele;<br />
-Nervo mentoniano: causando bloqueio dentes caninos, incisivos<br />
inferiores e mandíbula.<br />
43<br />
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-Indicações: cirurgias bucais (limpeza de cálculo dentário, extrações e outros) e faciais;<br />
Fonte: Fantoni, 2002.<br />
03.3-Bloqueio Intercostal:<br />
*Não recomendado para cães ou gatos com doença pulmonar;<br />
-Indicação: toracotomias;<br />
-Técnica: injeção do anestésico local no espaço subcostal, logo abaixo do músculo<br />
intercostal, com acesso pela borda caudal da costela (próximo ao forame intervertebral).<br />
5 nervos devem ser bloqueados, um no local da incisão, 2 craniais e 2 caudais.<br />
-Dose e agente: 0,25 – 1ml de bupivucaína em cada ponto. Com esse agente, obtêm-se<br />
alivio efetivo da dor pós-toracotomia por 3 a 6 horas.<br />
03.4-Epidural:<br />
-Indicações: procedimentos cirúrgicos abdominais, pélvicos ou de membros posteriores;<br />
-Local: espaço lombossacro (L7 – S1) entre a duramater e o periósteo. A agulha deve<br />
ultrapassar a pele, o subcutâneo, o ligamento supra-espinhoso, o ligamento<br />
inververtebral e o ligamento amarelo (criptante);<br />
44<br />
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*Diminuir em 20 a 30% a dose em casos de idosos e obesos, devido ao ingurgitamento<br />
de vasos epidurais e diminuição do espaço epidural (causando maior absorção);<br />
*Caso ultrapasse este local (duramater e periósteo) entrará no espaço subaracnoideo<br />
(ráqui) e tem-se presença de líquido;<br />
-Mecanismo de ação: bloqueio das raízes nervosas;<br />
-Dose:<br />
03.5-Bloqueio do Plexo Braquial:<br />
-Indicações: procedimentos cirúrgicos em membro anterior;<br />
-Localização: o plexo é delimitado caudalmente pela borda cranial da primeira costela<br />
na junção costocondral, ventralmente pelo manúbrio do esterno, dorsalmente pelo<br />
músculo escaleno e cranialmente pela fáscia e vazio torácico.<br />
-Formas de localização:<br />
0,13ml/kg Lidocaína C/V + 0,13ml/kg Bupivacaína C/V + 0,1mg/kg Morfina<br />
-Obstrução de fluxo sanguíneo;<br />
-Estimulador de nervos periféricos;<br />
0,26ml/kg Lidocaína C/V + 0,1mg/kg Morfina<br />
45<br />
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Técnica por obstrução<br />
de fluxo sanguíneo
03.6-Anestesia Intravenosa de Bier:<br />
-Indicações: para anestesia regional de extremidades.<br />
-Técnica: deve-se fazer a bandagem do membro com a finalidade de diminuir o volume<br />
de sangue, então um torniquete de borracha é colocado ao redor do membro na porção<br />
proximal à bandagem. Após a retirada da bandagem deve-se retirar uma quantidade de<br />
sangue correspondente ao volume que será injetado de anestésico, cerca de 5mL de<br />
lidocaína 1% devem ser injetados.<br />
-Duração: 60 a 90 minutos;<br />
*Depois do término do procedimento, deve-se liberar o torniquete aos poucos, para não<br />
haver excesso de liberação de lidocaína no organismo.<br />
46<br />
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Referências Bibliográficas<br />
NATALINI C.C. Teoria e Técnicas em Anestesiologia Veterinária. 1ed. São Paulo:<br />
Artmed, 2007.<br />
FANTONI D.T., CORTOPASSI S.R. Anestesia em Cães e Gatos. 1ed. São Paulo:<br />
Editora Roca, 2002.<br />
SPINOSA, Helenice de Souza, et al. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária.<br />
4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.<br />
MARK P. G. Manual Saunders: Terapêutico Veterinário. 2. Ed. São Paulo: Editora<br />
MedVet, 2009.<br />
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