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V e t e r i n a r i a n D o c s<br />
www.veterinariandocs.com.br<br />
Inspeção e Tecnologia de Produtos de Origem Animal I<br />
Abate de Bovinos<br />
Fluxograma do abate<br />
*Existem 2 inspeções ante-mortem.<br />
*A chegada, seleção e matança fica no mesmo curral.<br />
*As carcaças ficam 24 horas nas câmaras frias a cerca de 2 a 4 ºC.<br />
*Subprodutos não comestíveis para o ser humano são identificados com a cor vermelha.<br />
Podem aparecer em qualquer etapa sendo encaminhado à graxaria (local onde é feita<br />
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farinha de ossos, carne e sangue, sendo que o médico veterinário não atua muito nessa<br />
área).<br />
Transporte<br />
-Rodoviário: “caminhões boiadeiros”<br />
-Não precisa ter equipamentos de metal, mas é recomendado que não<br />
sejam de madeira;<br />
-Cobertura: apenas em suínos é obrigatório devido ao estresse que causa.<br />
A mortalidade em bovinos é baixa comparativamente com suínos e frangos;<br />
-Ventilação;<br />
-Tempo: a legislação brasileira recomenda que não ultrapasse 12 horas de<br />
transporte, na Europa é recomendado 8 horas, sendo que a cada 2-3 horas o motorista<br />
deve parar o caminhão e inspecionar os animais;<br />
Descanso<br />
-Densidade no Brasil: 400Kg/m 2 é aceitável. Se a densidade é muito alta, o<br />
animal pode cair e ser pisoteado. Cabem cerca de 16-20 animais em um caminhão<br />
boiadeiro, variando de acordo com idade, raça e sexo;<br />
-Repartições;<br />
-Deve ser feita a lavagem e desinfecção dos caminhões obrigatoriamente;<br />
Recebimento dos Animais<br />
-Descarregamento deve ser feito em uma rampa com no máximo 25º, sendo o<br />
ideal 15º, para que os animais não caiam e se lesionem;<br />
-Guia de Trânsito Animal (GTA): Idade dos animais, quantidade,<br />
espécie, sexo, procedência, destino, vacinação (febre aftosa), carimbo e assinatura do<br />
médico veterinário e Certificado Sanitário. Caso tenham menos animais do que o GTA<br />
tenha registrado isso será anotado em um relatório de não conformidade (RNC), a<br />
empresa se desmoraliza com fatos como esse;<br />
-É ilegal ter animais não “brincados” na propriedade. O SISBOV e a<br />
infra estrutura da propriedade podem ser empecilhos para a exportação à União<br />
Européia (UE), bem como resíduos de fármacos, vermífugos. Em 2011 resíduos de<br />
Ivermectina causaram embargo por parte dos EUA;<br />
-Carta de Garantia do Fornecedor (CGF) ou Boletim Sanitário (BS);<br />
-Nota Fiscal do Produto (NFP);<br />
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Européia);<br />
Inspeção<br />
-Documento de Identificação Animal (DIA): dados do SISBOV (União<br />
-Certificado de lavagem e desinfecção do caminhão;<br />
-Lotes;<br />
-Ante-mortem: Condições sanitárias dos animais e condições dos currais<br />
(Médico Veterinário FFA – Fiscal Federal Agropecuário);<br />
-Currais: há um curral de observação privativo da Inspeção Federal (IF),<br />
ambiente fechado;<br />
-Piso;<br />
-Cercas: devem ser de metal ou cano galvanizado, não sendo mais aceitas<br />
cercas de madeira. Recomenda-se 2 cercas entre os currais;<br />
-Muretas separatórias ou “cordão sanitário”;<br />
-Plataformas elevadas para inspeção dos animais<br />
-Bebedouros devem comportar 20 animais bebendo simultaneamente ou<br />
150L/dia/animal;<br />
Critérios de Julgamento<br />
-Água: consumo e para limpeza deve possuir cerca de 100L/m²;<br />
-Brete de contenção;<br />
-Evitar abate de:<br />
-Fêmeas:<br />
-Condenação:<br />
-Caquéticos;<br />
-Gestação adiantada (no terço final);<br />
-10 dias pós parto ou aborto;<br />
-Paresia pós parto;<br />
-Doença dos transportes;<br />
-Anasarca (edema generalizado de subcutâneo);<br />
-Hipertermia;<br />
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-Com menos de 30 dias de vida;<br />
-Qualquer enfermidade que torne a carne imprópria;<br />
-Há um controle rigoroso com doenças nervosas devido a Encefalopatia<br />
Espongiforme Bovina (EEB);<br />
-Matança de emergência:<br />
-Doentes, agonizantes, com fraturas, contusão generalizada,<br />
hemorragia, hipo ou hipertermia, decúbito forçado, sintomas nervosos, entre outros;<br />
estado agônico;<br />
-Matança de emergência imediata: acidentados, fraturados e em<br />
-Matança de emergência mediata: pode aguardar até 3 dias em<br />
caso de suspeita de doenças, hipo ou hipertermia (40,5ºC), tuberculose ou brucelose;<br />
*Essa carcaça sempre terá destino condicional para graxaria ou conserva (produtos<br />
esterilizados).<br />
Currais de Matança<br />
-Realiza-se inspeção ante-mortem;<br />
-Jejum e dieta hídrica: esfola e evisceração;<br />
-“cmmd”: capacidade máxima de matança diária, calculado de acordo com a<br />
capacidade dos currais e estrutura de abate, capacidade de manter os animais nas<br />
câmaras frias, além de tamanho de portões, corredores, etc. Densidade de<br />
2,5animais/m 2 ;<br />
Anexos dos Currais<br />
-Depósito de chegada;<br />
-Matadouro sanitário: quando se sabe que vai resultar em condenação total do<br />
animal;<br />
-Departamento de necropsia que possui sala de necropsia, forno crematório ou<br />
auto-clave e carrinho metálico;<br />
Condução para o Abate<br />
-Banheiro de aspersão: pode ser transversal, longitudinal ou lateral. Presentes<br />
dos currais até a sala de matança. Promove tranquilização, causa vasoconstrição<br />
auxiliando na remoção do couro e limpeza. O animal deve ficar cerca de 1 minuto<br />
escorrendo a água após o banho para não entrar escorrendo na sala de matança;<br />
-Rampa de acesso deve ter cerca de 2-3% de inclinação para escorrer a água;<br />
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-Corredores;<br />
-Seringa e chuveiro por canos ou borrifadores;<br />
*Animal líder: mais calmo e sociável.<br />
*Animal dominate: mais forte, reprodutor.<br />
Box de Atordoamento<br />
Medidas:<br />
-Comprimento: 2,40m a 2,70m;<br />
-Largura: 0,80m a 0,95m (máximo);<br />
-Altura: 3,40m;<br />
-No Brasil se utiliza box de insensibilização, pode-se utilizar Restrainer, que é<br />
uma esteira condutora pelo peito do animal, pouco comum no Brasil;<br />
fase tônica;<br />
Sala de Matança<br />
-Mesmo com o animal bem insensibilizado pode haver pedalagem na<br />
-Piso: deve ser de material resistente, impermeável e com declive;<br />
-Paredes, portas e janelas;<br />
-Iluminação: 200W/30m 2 ;<br />
-Área de sangria: deve ser separada da sala de matança;<br />
-Canaleta de sangria;<br />
-Faca vampiro: para aproveitamento de sangue, que pode ser destinado<br />
ao consumo humano;<br />
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Fluxograma da sala de Matança<br />
Sala de Matança<br />
-Barreira sanitária;<br />
-Possui avisos de controle de pragas, avisos para realizar a higiene de<br />
botas e mãos, sobre a iluminação, etc.;<br />
-A lavagem deve ser feita com água hiperclorada (3-5ppm), já a água<br />
para outros fins pode possui 0,8 a1,5ppm de cloro;<br />
-Instalações da sala de matança:<br />
-Pias e esterilizadores de preferência de inox, todo funcionário deve ter<br />
sua pia e esterilizador, que não seja por acionamento manual. Água a 85ºC no<br />
esterilizador, sendo que o SIF monitora e pode parar o abate caso não esteja na<br />
temperatura apropriada;<br />
-Chutes;<br />
-Óculo (comunicação entre ambientes distintos);<br />
-Plataformas;<br />
-Mesas para inspecionar os cortes (fixas e rolantes);<br />
-Canaletas para escoar a água do ambiente;<br />
-Ganchos com roldana: podem prender pelas patas ou pelos tendões;<br />
-Equipamentos da sala de matança:<br />
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-Equipamentos de proteção individual (EPI’s). Luva de aço pode ser<br />
utilizada, protetores auditivos, cintos de segurança para evitar quedas, é permitido<br />
mangas curtas, homens não podem utilizar barba, porém bigode é permitido pela<br />
legislação;<br />
-Facas, chairas e serras (para serrar a carcaça ao meio);<br />
-Bandejas (suportes);<br />
-CIPA (Controle Interno de Proteção e Ambiência): órgão responsável<br />
pela fiscalização da segurança dos funcionários, como se os funcionários estão ou não<br />
utilizando os EPI’s<br />
Estimulação Elétrica<br />
-Deve ser realizada logo após a sangria ou no máximo até 1 hora depois;<br />
-400 a 500 Volts<br />
-Acelera o rigor mortis, não a ponto de formar carne PSE (pálida, mole e<br />
exsudativa), permitindo o resfriamento mais precoce da carcaça;<br />
-É mais interessante para animais mais jovens que possuem menor cobertura de<br />
gordura;<br />
Sala de Matança<br />
I) Serragem de Chifres e Esfola Alta<br />
-A esfola pode ser manual ou mecânica;<br />
-Patas dianteiras e desarticulação dos mocotós (não remove, só desarticula as<br />
patas), abertura da barbela e esfola da cabeça;<br />
-Pata e quarto traseiro esquerdo, desarticulação da pata traseira esquerda (1º<br />
transpasse), a direita ainda está presa;<br />
-Pata e quarto traseiro direito, remoção de todas as patas (2º transpasse);<br />
II) Linha A: Inspeção de patas (só para matadouros-frigoríficos que realizam<br />
exportação devido a febre aftosa);<br />
III) Linha A1 e D: Linfonodos retromamários e útero<br />
IV) Esfola Baixa<br />
V) Ablação e oclusão do reto<br />
*Os ossos occipital e carpo são marcados para identificação do animal.<br />
VI) Eventração<br />
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-Abertura do esterno e da pelve;<br />
-Abertura do pescoço, separação da traquéia com “saca-rolha” eoclusão do<br />
esôfago com barbante para evitar refluxo;<br />
-Tempo: no máximo 30 minutos para a evisceração;<br />
-Prenhes: proibido abrir o útero na sala de matança, sendo aberto apenas na<br />
graxaria, vai para um chute específico;<br />
VII) Desarticulação da cabeça;<br />
VIII) Lavador de cabeças:<br />
-Linha B: Nórea de cabeça (pendura de cabeça), conjunto cabeça e língua<br />
(apenas palpação, avalia-se principalmente cisticercose);<br />
-Linha C: cronologia dentária (idade), não sendo obrigatório;<br />
IX) Evisceração:<br />
-Mesa rolante<br />
-Linha D: esôfago (realiza-se nova oclusão na mesa), estômago<br />
(oclusão), bexiga (oclusão), intestinos (oclusão), baço e pâncreas;<br />
cálculos;<br />
-Linha E: fígado;<br />
-Linha F: pulmões e coração;<br />
-Linha G: rins;<br />
X) Bucharia e Triparia<br />
-Vesícula biliar: bile dentro de um funil. Avalia-se a presença de<br />
-Bucharia suja: rúmen e retículo (são esvaziados, centrifugados e passados pela<br />
máquina polidora);<br />
-Bucharia limpa: toalete, cozimento e embalagem;<br />
-Triparia suja: intestinos (esvaziados, virados, raspados e lavados com água para<br />
serem utilizados como envoltórios naturais de produtos);<br />
-Triparia limpa: lavagem e classificação;<br />
-Moagem;<br />
-Salga;<br />
-Dessecação;<br />
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-É feito tratamento térmico com temperatura entre 95 e 100ºC por 20 minutos<br />
para evitar perigo biológico;<br />
XI) Miúdos<br />
-Cabeça, língua, coração, fígado, rins, aorta, vergalho (pênis) e diafragma;<br />
XII) Serragem da carcaça e toalete<br />
-Linha H: caudal e Linha I: cranial da carcaça;<br />
-Remoção da medula;<br />
XIII) DIF: Departamento de Inspeção Federal<br />
-Caso tenham irregularidades. A carcaça destinada para esse setor não poderá ser<br />
exportada, mas poderá ser destinada ao mercado interno;<br />
-Todo matadouro-frigorífico tem seu DIF;<br />
*Carimbo N.E. (não exportação) por ter passado pelo setor. Em suínos essa prática está<br />
sendo abolida.<br />
XIV) Pesagem, tipificação (peso, marmoreio, etc.) e lavagem<br />
XV) Carimbagem antes da lavagem (Linha J)<br />
-Coxão, lombo, ponta de agulha e paleta;<br />
XVI) Estocagem<br />
-Resfriamento 24 horas até 7ºC no interior da musculatura;<br />
*SNC, tonsilas, olhos, gânglio trigemeo e terço final do intestino são considerados<br />
materiais de risco específico (MRE) e são separados.<br />
*Garantia da qualidade está sempre presente fiscalizando os funcionários.<br />
*Caixas brancas são para destino de produtos comestíveis e vermelhas para produtos<br />
não comestíveis.<br />
*A presença das chairas dentro dos esterilizadores não é mais obrigada, pois estas<br />
enferrujam.<br />
*Pode-se ter um aviso sonoro na sala de cortes, significando que todas as facas devem<br />
ser trocadas.<br />
*Primeiro se carimba e depois lava a peça, logo o carimbo fica um pouco escorrido,<br />
caso esteja muito bem acabado, deve-se desconfiar desse carimbo.<br />
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Linhas de Inspeção<br />
-Todas as linhas de inspeção post-mortem ocorrem na sala de matança;<br />
-Se baseiam em visualização, palpação e incisão caso necessário, normalmente<br />
feita pelo 102;<br />
-Aproveitar ou não a carcaça se dá pelo critério de julgamento do veterinário;<br />
Sala e Matança<br />
-Inspeção post-mortem: após a sangria;<br />
-Exame macroscópico completo da carcaça e vísceras que são próprios para o<br />
consumo;<br />
-Sangue: avaliado desde o momento que o animal é sangrado até a<br />
carimbagem. Não possui uma linha específica. Observam-se características<br />
organolépticas do sangue. Se o animal tiver uma doença infecto contagiosa esse sangue<br />
não será liberado para consumo. Quando para consumo humano o sangue é armazenado<br />
até a liberação da carcaça para que só depois ele seja liberado, caso não seja para<br />
consumo humano ele segue para calha mesmo.<br />
-Conjunto cabeça-língua, superfícies externas e internas da carcaça, vísceras torácicas e<br />
abdominais, nódulos linfáticos (são expostos), arcada dentária* e patas*;<br />
*Não obrigatórios, somente para exportação.<br />
-O fiscal federal agropecuário geralmente encontra-se no DIF, já nas linhas de<br />
inspeção estão os agentes de inspeção (subordinados ao FFA) ou os funcionários 102;<br />
Linha A: Exame dos pés<br />
-É facultativo, sendo obrigatório apenas para os países que exigem essa<br />
inspeção;<br />
-Inspeção: visualização do espaço inter-digital e palpação;<br />
-Utilizada solução com 5ppm de cloro a 3 atm para facilitar a higienização com<br />
acionamento por pedal. Os pés são marcados com o mesmo número encontrado nas<br />
carcaças;<br />
Linha B: Conjunto cabeça-língua<br />
-A cabeça é inspecionada junto com a língua, que é separada e segue para o setor<br />
de miúdos;<br />
-A cabeça é retirada, segue para a nórea de cabeça, esta é então lavada e realizase<br />
o deslocamento da língua e mandíbula.<br />
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Objetivo: observar actinobacilose, actinomicose, abcsessos, adenite,<br />
cisticercoses, estomatites e tuberculose;<br />
-Língua, lábios e gengivas:<br />
-Objetivo: encontrar lesões de estomatites, actinomicose, actinobacilose (<br />
palpação e cortes em linfonodos);<br />
-Na língua é só feita palpação e visualização da coloração, não é cortada.<br />
Cortada apenas se houver alguma alteração;<br />
-É feita a palpação e cortes dos linfonodos;<br />
-Corte na musculatura: dois cortes no masseter e um no pterigóide (de cada lado<br />
da cabeça);<br />
-Objetivo: cisticercose (língua, coração, músculo pterigoideo,temporal e<br />
masseter). A cabeça é então pendurada com sua numeração para<br />
correspondência com demais vísceras.<br />
-Linfonodos avaliados: retrofaringeano, sublingual e parotideano;<br />
-Objetivo: Inspecionar tuberculose e adenite;<br />
Linha C: Cronologia dentária<br />
Eventração:<br />
Evisceração:<br />
-Não obrigatória e é feita antes da inspeção da cabeça e língua;<br />
-Animal apresenta todos os dentes de leite com1 ano;<br />
-Acrescenta-se 1 ano e seis meses a cada dentição;<br />
Abertura na cavidade abdominal para inspecionar uma víscera posteriormente;<br />
-As vísceras são soltas em cima da bandeja na mesa rolante;<br />
-A velocidade da mesa rolante depende da velocidade do abate, acompanha a<br />
velocidade das carcaças, se tiver algum problema coloca-se uma placa vermelha para<br />
identificar a lesão para que esta seja desviada para o DIF;<br />
-Funcionários da IF dos 2 lados da mesa rolante para ser feito a inspeção das<br />
vísceras;<br />
-É usada uma faca especial para evisceração, que evita que a ponta da faca entre<br />
na cavidade e perfure os intestinos, por exemplo, e corta apenas a pele e músculos;<br />
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Linha D:<br />
-Trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero;<br />
-Estômagos e intestinos: com objetivo de observar actinobacilose ou<br />
tuberculose;<br />
-Retículo: com objetivo de observar algum corpo estanho;<br />
-O útero geralmente não permanece na linha de inspeção, é observado e depois<br />
mandado para graxaria;<br />
Linha E:<br />
-Inspeção: exame visual e por palpação do conjunto de vísceras da linha D;<br />
-Cortes da inspeção:<br />
-Linfonodos mesentéricos do trato gastrointestinal, linfonodos ruminais e<br />
corte longitudinal no baço, caso necessário. Avaliar possível linfadenite;<br />
-Estômagos e intestinos:<br />
-Retículo:<br />
-Objetivos: lesões de tuberculose ou actinobacilose;<br />
-Objetivo: corpos estranhos, reticuloperitonite traumática, caso<br />
encontrado seguirá ao DIF e o médico veterinário deve avaliar as lesões e<br />
dar o destino adequado à carcaça;<br />
-Baço: é feito apenas 1 corte, para avaliar cortical e medular;<br />
-Bexiga, pâncreas e útero: visualização e palpação;<br />
-Esôfago: palpação para conferir a presença de nódulos, também é feita a<br />
abertura do esôfago e então é liberado;<br />
-Fígado: com objetivo de observar abscessos, cirrose ou parasitoses;<br />
-Inspeção: palpação, visualização, incisão de linfonodos (hepático portal e<br />
pancreático) e incisão de ductos bilíferos. É melhor primeiramente apertar o ducto biliar<br />
principal para observar possível presença de Fasciola hepatica;<br />
Linha F:<br />
-Objetivos: abscessos, cirrose, parasitose ou alguma lesão que<br />
comprometa o fígado;<br />
-Pulmões:<br />
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Linha G:<br />
-Inspeção: exame visual e palpação, pode-se abrir os pulmões<br />
(brônquios, bronquíolos e linfonodos);<br />
-Objetivos: pleurites, presença de sangue (aspiração de sangue durante a<br />
sangria), conteúdo ruminal (regurgitação), pneumonia e tuberculose. Não é<br />
interessante que se tenha sangue, pois este é um excelente meio de cultivo para<br />
microrganismos;<br />
-Coração:<br />
-Inspeção: visual e palpação, incisão do ventrículo e abertura do coração;<br />
-Objetivos: traumas, tuberculose, calcificações, cisticercose e<br />
hemorragias;<br />
-Depois segue para o setor de miúdos;<br />
-Rins: o ideal é que os rins permaneçam na carcaça até a linha G;<br />
-Inspeção: verifica-se liberação da gordura perirrenal e da cápsula,<br />
realiza-se palpação e exame visual onde são avaliados coloração, aspecto,<br />
volume e consistência. Pode-se realizar um corte no parênquima se necessário<br />
para observar a cortical e a medular;<br />
*Existem países importadores que exigem que os rins estejam presos à carcaça;<br />
Linha H:<br />
-Faces medial e lateral da parte caudal da carcaça;<br />
-Inspeção: verifica-se articulações, massas musculares avaliando-se aspecto e<br />
coloração, cavidade abdominal, úbere, testículo e vergalho;<br />
-Objetivos: verificar a presença de contaminações por pelos, fezes ou sujidades<br />
em geral, presença de abscessos, mastite ou tuberculose;<br />
-Realiza-se a toalete da carcaça que visa remover as contaminações, gordura,<br />
abscessos, limpeza da carcaça e coloca-se em uma bandeja vermelha seguindo para os<br />
chutes;<br />
Linha I:<br />
Os linfonodos inspecionados são: pré-crural, retromamário e ciático;<br />
-Faces medial e lateral da parte cranial da carcaça;<br />
-Inspeção: verifica-se rigidez muscular no pescoço, nódulos linfáticos,<br />
superfícies ósseas, ligamento cervical e remoção do diafragma;<br />
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-Objetiva-se verificar a presença de brucelose ou oncocercose. Coleta-se sangue<br />
dos animais com suspeita que é encaminhado aos exames laboratoriais;<br />
Linha J:<br />
-Os linfonodos avaliados são os pré-escapular e pré-peitoral;<br />
Figura 1. Desenho representativo e vistas lateral e medial de meia carcaça bovina.<br />
-Carimbagem das meias carcaças;<br />
-Feita após toalete, pesagem, tipificação (marmoreio, peso, idade, etc.) e<br />
carimbagem utilizando-se tinta a base de álcool, água, glicerina, goma arábica, açúcar e<br />
corante violeta de metila;<br />
-A carimbagem ocorre após o lote passar pelo setor do D.I.F. (Departamento de<br />
Inspeção Final);<br />
-Local: o carimbo é feito no coxão, na paleta, no lombo e na ponta de agulha;<br />
-A carimbagem deve ser a última etapa, mas costuma-se realizar a lavagem após<br />
carimbagem e acaba por borrar o carimbo;<br />
Departamento de Inspeção Final (DIF)<br />
-Destinos: liberação para o consumo interno, aproveitamento condicional<br />
(realizando-se salga, salsicharia, conserva ou tratamento pelo frio como no caso de<br />
cisticercose), condenação parcial (parte condenada vai à graxaria e o resto segue para<br />
consumo) ou ainda condenação total (toda a carcaça é encaminhada para a graxaria);<br />
-Se ocorrer condenação ou rejeição total ou parcial este é encaminhado a<br />
graxaria;<br />
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local;<br />
-Esse local deveria ser exclusivo do médico veterinário, que possui a chave do<br />
-Há um desvio para o DIF, as bandejas vão junto com as carcaças<br />
correspondentes para serem analisadas juntamente;<br />
-Câmara de seqüestro: câmera fria dentro do DIF, para que caso a carcaça tenha<br />
que aguardar avaliação final como, por exemplo, um exame laboratorial;<br />
Critérios de julgamento<br />
-Após avaliação avalia-se o grau de comprometimento da carcaça, se há ou não<br />
doença infecciosa, lesões localizadas ou generalizadas, parasitoses, inflamação<br />
inespecífica ou septicemia;<br />
-Em caso de icterícia de carcaça, órgãos e vísceras há condenação total da<br />
carcaça;<br />
-Prova de Lerche:<br />
1) Misturar 5 gramas de gordura com 5 mL de NaOH 5%<br />
2) Ferver<br />
3)Resfriar com água corrente<br />
4)Adicionar 5 mL de éter e agitar<br />
Interpretação do resultado:<br />
-Se houve a formação de uma coloração verde no fundo significa icterícia,<br />
devido a presença de bilirrubina;<br />
-Se houve a formação de uma coloração amarela na parte superior é por<br />
adipoxantose (pigmento carotenóide presente no milho) podendo liberar a carcaça ou<br />
condenar total ou parcialmente;<br />
Enfermidades (Critérios de Julgamento)<br />
01-Brucelose<br />
-Lesão extensa: condenação total;<br />
-Lesão localizada: condenação parcial e esterilização;<br />
02-Cisticercose<br />
-Infestação intensa: condenação total;<br />
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-Infestação localizada ou discreta/moderada: rejeição parcial e aproveitamento<br />
condicional após tratamento pelo frio (TF), salmoura (câmara frigorífica) por 10 ou 21<br />
dias e esterilização pelo calor (C). Então é liberada para o consumo;<br />
03-Tuberculose (Mycobacterium bovis)<br />
-A maioria das lesões está em sistema respiratório com granulomas ou<br />
tubérculos no pulmão;<br />
-Condenação total quando o animal na inspeção ante-mortem encontra-se em<br />
estado febril (mais do que 40,5ºC deve condenar independentemente da causa), ou com<br />
anemia e caquexia concomitante;<br />
-Alterações tuberculosas: músculos, tecidos intramusculares, ossos (vértebras)<br />
ou linfonodos que drenam anteriores;<br />
-Lesões: caseosas nos órgãos torácicos e abdominais, miliares, múltiplas, agudas<br />
e progressivas;<br />
-Pode ser generalizada quando além de lesões no aparelho respiratório, digestivo<br />
e seus linfonodos respectivos há também lesões em outros órgãos e tubérculos<br />
numerosos distribuídos em ambos os pulmões;<br />
-Rejeição parcial quando parte da carcaça ou órgão apresentar lesões. Quando<br />
houver tuberculose localizada em tecidos sob a musculatura (pleura e peritônio<br />
parietais) deve-se condenar a parede torácica ou abdominal correspondente;<br />
-Carcaça ou órgãos contaminados com material tuberculoso deve-se rejeitar<br />
parcialmente;<br />
-Também deve-se condenar órgãos que possuam seus respectivos linfonodos que<br />
apresentem lesões;<br />
-Em intestinos e mesentério que apresentem lesões discretas, confinadas aos<br />
linfonodos da região e carcaça sem restrição, condena-se parcialmente apenas a parte<br />
afetada;<br />
-Lesão localizada/lesão calcificada com aspecto regressivo, discreto e sem<br />
reação nos linfonodos satélites.<br />
-Destino: condena a região da carcaça drenada pela linfa e o resto é<br />
liberado (órgãos e vísceras);<br />
-Lesões caseosas circunscrita ao linfonodo, sem reflexo na carcaça e linfonodos<br />
satélites:<br />
-Destino: condena-se a região atingida, área de drenagem para conserva<br />
(esterilização) e demais áreas são liberadas;<br />
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-Lesões caseosas ou calcificadas discretas com reação em linfonodo satélite:<br />
-Destino: esterilização pelo calor de carcaça e vísceras;<br />
-Lesão generalizada calcificada ou caseosa:<br />
-Destino: condenação total da carcaça e vísceras;<br />
-Linfonodos avaliados: 90 a 95% afetam os mediastínicos, retrofaríngeos,<br />
bronquiais, parotídeos, cervicais, inguinais superficiais e mesentéricos. Além de pulmão<br />
e fígado que também são avaliados;<br />
04-Febre aftosa<br />
-Deve-se notificar assim que a inspeção ante-mortem avaliar;<br />
-Animal apresenta sialorréia, lesão de focinho (observadas na linha B), lesão em<br />
patas no espaço interdigital (linha A) e vesículas;<br />
-O abate deve ser realizado separadamente (abate sanitário);<br />
-Destino: todo o abate do dia NE (não exportação), passará por uma<br />
maturação sanitária antes da desossa. O Egito exige sempre maturação sanitária antes da<br />
exportação;<br />
-Deve-se realizar a desinfecção completa com carbonato de cálcio ou iodo;<br />
-Caso seja identificado apenas na inspeção Post-mortem deve haver a suspensão<br />
dos abates no matadouro-frigorífico, encaminhar a carcaça para a maturação sanitária e<br />
desossa, todas as carcaças do dia são consideradas NE e deve ser feita a desinfecção do<br />
estabelecimento, que fica interditado para exportação;<br />
-Miúdos: devem ser cozidos a 75ºC e o rúmen e retículo a 90-100ºC;<br />
05-Encefalopatia espongiforme bovina (EEB):<br />
-O objetivo do programa é proibir o uso na fabricação de subprodutos não<br />
comestíveis na graxaria, Não pode ser utilizado na fabricação de farinha de carne, ossos<br />
e sangue;<br />
-Programa Material de Risco Específico (MRE);<br />
-Sistema nervoso central, olhos, tonsilas, íleo distal (últimos 70 cm do intestino<br />
delgado) e gânglio trigêmeo;<br />
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Sala de cortes e Desossa<br />
-Há a entrada das carcaças na sala, que possui ambiente climatizado e então são<br />
feitos os cortes segundo padrão industrial;<br />
Figura 2: Cortes de carne bovina padrão brasileiro.<br />
-A temperatura na camada muscular interna deve atingir 7ºC ou menos. O<br />
ambiente na sala 10ºC para mercado externo e 12ºC para mercado interno. O serviço de<br />
garantia da qualidade e o SIF controlam essa temperatura;<br />
-Sistema first-in/first-out onde os primeiros a chegar devem ser os primeiros a<br />
sair do matadouro-frigorífico;<br />
-Uniformes:<br />
-Azul: garantia da qualidade;<br />
-Vermelho: higienização;<br />
-Branco: manipula alimentos;<br />
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Graxaria<br />
-Deve ser pavimentado, de preferência com vegetação próxima;<br />
-Não há tanta rigidez na graxaria como em outros locais;<br />
-Fábrica de subprodutos não comestíveis;<br />
-Há o digestor para gordura (tanque percolador), a prensa para resíduos, além do<br />
moedor para a fabricação de farinha de osso e carne;<br />
-Deve-se realizar esterilização prévia a 133ºC por 20 minutos, para a destruição<br />
de príons, sendo esses produtos proibidos na alimentação de ruminantes, sendo<br />
obrigatório estar escrito isso na embalagem do produto;<br />
Embalagens<br />
-Caldeira: produz água quente e vapor;<br />
-Muitas funcionam a lenha;<br />
-Temperatura: 82-85ºC;<br />
-Também pode produzir energia elétrica;<br />
-Primária: entra em contato com o alimento;<br />
-Secundária: caixas (geralmente de papelão);<br />
-São então encaminhadas ao túnel de congelamento, as câmaras de estocagem e<br />
então ao mercado consumidor;<br />
-São utilizados tanques com água quente para promover melhor encolhimento da<br />
embalagem, melhorando a aderência;<br />
-O SIF fiscaliza a embalagem, pois a carne não deve ficar exposta a temperatura<br />
ambiente da sala de embalagem mesmo sendo 10ºC por muito tempo;<br />
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Abate de Suínos<br />
Fluxograma do abate<br />
Itens gerais<br />
-Pias: devem possuir sabonete líquido e sanitizante;<br />
-Esterilizadores com água a 82,2ºC e para bovinos 85ºC;<br />
-Lavador de botas;<br />
-Uniforme, botas, gorro, EPI’s e outros. Sendo um órgão da própria empresa que<br />
obriga o uso;<br />
-Iluminação e ventilação adequadas;<br />
-Ralos com sifão, evitando maus odores e insetos;<br />
-Piso com declínio e cantos arredondados para facilitar a higienização;<br />
-Tratamento das águas residuais;<br />
-Equipamentos e utensílios de aço inoxidável preferencialmente;<br />
-Vapor, necessitando de boa ventilação;<br />
-Lotação: 0,6m 2 /100Kg de suínos nas pocilgas;<br />
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-Paredes de concreto e alvenaria (fechadas) para não distrair animais com<br />
movimentos de outros;<br />
-Dispositivos para controle de pragas (físicos e químicos);<br />
Recebimento dos Animais<br />
-A inspeção ante-mortem é feita geralmente por um agente de inspeção<br />
subordinado ao médico veterinário, assim que o desembarque é realizado;<br />
-Verifica-se a documentação como GTA (Guia de Trânsito Animal, emitido pelo<br />
órgão estadual - CIDASC), BS (Boletim Sanitário) e FAL (Ficha de Acompanhamento<br />
do Lote);<br />
-GTA: denota a espécie transportada, quantidade, procedência,<br />
finalidade, meio de transporte, atestados de exames, etc.;<br />
-BS: denota informações sobre o produto como rastreabilidade, ciclo<br />
completo, terminador, reprodutores/descarte, quantidade, nº do GTA, drogas<br />
administradas, data e hora da retirada da alimentação;<br />
-FAL: ficha de acompanhamento do lote, feita também por um médico<br />
veterinário. Indica se teve algum problema no lote com alimentação ou qualquer outro<br />
fato que ocorreu no decorrer da criação;<br />
-A rampa deve ser móvel, metálica e possuir piso antiderrapante. 1 rampa para<br />
cada 800 animais;<br />
-Sempre evitar o uso de materiais de madeira;<br />
-Assim que os animais são recebidos é feita a lavagem e desinfecção dos<br />
caminhões com quaternário de amônia;<br />
-O transporte deve ser feito nas horas mais frescas do dia;<br />
-Jejum entre 6 e 24 horas antes do abate, varia de acordo com a distância da<br />
viagem e de acordo com o SIF. O mínimo são 6 horas, sendo 3 horas na propriedade e 3<br />
horas no matadouro;<br />
-No caminhão: 0,42m 2 /100Kg;<br />
-O produtor é penalizado caso o estômago seja encontrado no setor de miúdos<br />
repleto de alimento;<br />
-Pocilgas: podem ser de 3 tipos<br />
-Chegada e seleção;<br />
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-Seqüestro;<br />
-Matança (jejum e dieta hídrica);<br />
-As pocilgas devem estar a 15 metros da área de abate;<br />
-Há pocilgas que comportam de 25 a 84 animais, por exemplo;<br />
-Utilizavam correntes penduradas para distrair os animais, mas isso foi abolido;<br />
-Classificação:<br />
-Pocilgas de chegada e seleção: local de recebimento, pesagem e classificação<br />
dos lotes. A rampa de chegada deve ser móvel, metálica, deve estar em correto<br />
posicionamento em relação a carroceria do caminhão e ser anti-derrapante. A condução<br />
dos animais deve ser apropriada, sem gerar stress, utilizar o carrinho para transportar os<br />
suínos que não estão conseguindo se movimentar, os animais não devem ser puxados<br />
pelas orelhas, membros ou cauda, devem ser manejados com calma e em grupos<br />
pequenos, os materiais devem ser de cano galvanizado, alvenaria e concreto, podem<br />
haver áreas cobertas;<br />
-Pocilgas de matança: local onde é feito jejum pré-abate e dieta hídrica;<br />
-Matança de emergência: imediata, mediata (animais podem<br />
aguardar até o final da matança) ou para animais inteiros;<br />
-Deve haver uma comunicação própria e independente entre as<br />
pocilgas e a sala de necropsia, que possui forno crematório ou auto-clave, e com o<br />
matadouro sanitário;<br />
-0,6m 2 /100Kg, quando se faz jejum na propriedade, quando não<br />
se faz utiliza-se 1m 2 /100Kg;<br />
Anexos das pocilgas:<br />
-Pocilga de seqüestro: é um estabelecimento privativo da I.F.;<br />
-Deve ter 3% da capacidade de abate;<br />
-Pocilga de seqüestro, sala de necropsia e rampa de lavagem e desinfecção de<br />
veículos;<br />
-A sala de necropsia e o matadouro sanitário possuem comunicação e rede de<br />
esgoto próprio;<br />
-Animal com dispnéia é encaminhado para a pocilga de seqüestro, sendo que<br />
deveria ir para o abate de emergência;<br />
-Cobertura: obrigatória nas 3 pocilgas devido aos raios solares;<br />
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-Local novo para o animal que irá explorar o ambiente com cabeça abaixada,<br />
cuidado com reflexos de poças d’água que podem inibir a progressão dos animais;<br />
Condições da inspeção ante-mortem:<br />
-Higiene, documentação, condições das pocilgas e animais;<br />
-Romaneio: sistema de rastreabilidade para identificar o produtor, permanece até<br />
a câmara fria;<br />
-Condução:<br />
Insensibilização<br />
-Bastão de eletricidade quando necessário com no máximo 12V;<br />
-Tiras de borracha no chão;<br />
-Pistola de ar comprimido (condução pelo barulho);<br />
-Restrainer: possui insensibilização de emergência;<br />
-Box (mesa metálica). Se o objetivo é abater mais de 120 suínos/dia deve-se<br />
utilizar restrainer e não box;<br />
-Tempo de sangria: pode ficar até 5-7 minutos sangrando. Cuidado para não<br />
escaldar o animal vivo, devido à sangria mal feita;<br />
-É proibido abater animais inteiros ou recém castrados, por isso realiza-se a<br />
medição dos testículos;<br />
Sala de matança/Área suja<br />
-O animal deve ser eviscerado em até 30 minutos após a sangria;<br />
-Túnel de sangria;<br />
-Chuveiro;<br />
-Tanque de escaldagem de 62-72ºC (em geral a 65ºC) de 2-5 minutos;<br />
-Deve haver a renovação desta água;<br />
-Aspersão de água a vapor promovendo maior higiene e lucro, pois pode ser<br />
reaproveitada;<br />
sujidades;<br />
-Objetivo: facilitar a remoção de pelos e cerdas, além de diminuir as<br />
-Depilação dos pelos e cerdas podendo ser mecânica ou manual;<br />
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Figura 3: Depiladeira de suínos.<br />
-É feito choque térmico com resfriamento por no mínimo 12 horas para evitar<br />
crescimento de microrganismos;<br />
-Um tanque com 5 metros permite ao estabelecimento abater cerca de 100<br />
suínos/hora. Para aumentar o potencial utiliza-se 1 metro para cada 20 suínos a mais por<br />
hora;<br />
-Cuidado para não cozinhar a carcaça na escaldagem;<br />
-Chamuscamento pode ser mecânico ou manual para remoção dos pelos. Passa<br />
pelo polidor depois do chamuscamento e ainda há um repasso manual com faca;<br />
-Última etapa na sala suja: remoção de casco ou “unhas” e exposição do tendão;<br />
-Toalete envolvendo a retirada do ouvido médio, pálpebras e “casquinhos”,<br />
repasso manual ou acabamento por chamuscamento mecânico ou manual e lavagem em<br />
chuveiro posterior;<br />
-Medição dos testículos: estes devem ter menos de 11 cm ou serão<br />
encaminhados ao DIF;<br />
-Trimmer: para retirada de ouvido médio, funciona com ar comprimido e usa-se<br />
chaira para afiar;<br />
-Limite área suja/área limpa: retirada do ouvido médio, pálpebras e casquinhos.<br />
Há uma separação física entre os ambientes;<br />
-Desnuca pode ser mecânica ou manual: utiliza-se alicate que é esterilizado a<br />
cada animal;<br />
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Sala de matança/Área limpa<br />
-Abertura da papada e desnuca da cabeça:<br />
-Linha A1: inspeção de nódulos linfáticos e músculos mastigadores da<br />
cabeça, além da retirada dos testículos;<br />
Evisceração<br />
-Oclusão do reto;<br />
-Tempo: no máximo em 30 minutos, pois pode haver alteração no sabor e<br />
contaminação;<br />
Linhas de inspeção<br />
-Linha A1: inspeção da cabeça e da “papada” (região mediana da mandíbula que<br />
vai até o peito);<br />
-Linha A: inspeção do útero;<br />
-Linha B: inspeção do intestino, estômago, baço, pâncreas e bexiga;<br />
-Linha C: inspeção do coração e língua, deve possuir torneira com água a 37ºC<br />
para remover sujidades e sangue dos materiais;<br />
-Linha D: inspeção do pulmão e fígado;<br />
-Linha E: inspeção da carcaça;<br />
-Linha F: inspeção dos rins;<br />
-Linha G: inspeção do cérebro, quando for para destino comestível;<br />
*Não há divisão cranial – caudal como em bovinos.<br />
Linha A: útero<br />
-Seu conteúdo pode estar muito contaminado, logo não deve ser aberto nas<br />
mesas, mas sim encaminhado para um chute específico, apesar da mesa ser higienizada<br />
com água a 85ºC após contato com víscera;<br />
-Inspeção: visualização e palpação uterina;<br />
-Objetivos: metrites, maceração ou mumificação fetal, gestação adiantada entre<br />
outras anomalias. Além de observação de parto recente, também observando as<br />
glândulas mamárias. Pode comprometer a qualidade e a confiança do produtor, caso<br />
haja descórdia no informado e no observado na inspeção;<br />
25<br />
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Linha A1: Cabeça e “papada”<br />
-Pode ter processo de desnuca para facilitar a remoção da cabeça posteriormente<br />
depois de toda a evisceração;<br />
-Inspeção: linfonodos parotídeos, cervicais, retrofaríngeos e mandibulares,<br />
músculos masseter e pterigoideo, faringe, laringe e glândulas salivares;<br />
-Objetivo: cisticercose, sarcosporidiose, tuberculose entre outros;<br />
-Deve ocorrer obrigatoriamente antes da evisceração;<br />
-Avalia-se em conjunto a coloração, se há contaminação, mucosas, se há<br />
superfície óssea exposta, etc. Além de observar se houve má depilação e se há<br />
hemorragia de corrente de algum processo anterior;<br />
-Os ganchos e a faca devem ser lavados a cada animal;<br />
Linha B: intestino, estômago, baço, pâncreas e bexiga (vísceras brancas)<br />
-Inspeção: exame visual, palpação e cortes, quando necessário, incisão em<br />
linfonodos mesentéricos;<br />
-Objetivos: avaliar o conteúdo gastrointestinal (na verdade feito em todas as<br />
linhas), parasitoses (macracantorrincose e/ou esofagostomose), brucelose, peste suína,<br />
enterite, linfadenites, abcessos, neoplasias, hemorragias;<br />
-Retirada do vergalho e do omento maior (usado para produção de banha);<br />
*Normalmente não se abrem essas vísceras. Intestino delgado, intestino grosso, reto e<br />
estômago são destinados ao consumo humano.<br />
*Não é comum encontrar parasitose, mas quando aparecem os sinais mais comuns são<br />
inflamação, problema respiratório no inverno e conteúdo gastro-intestinal com<br />
parasitos.<br />
*É comum ocorrerem brigas no transporte e caudofagia entre os animais.<br />
*Em situações que o estômago é encontrado cheio, o produtor é penalizado. Além de<br />
estar ganhando em peso vivo, aumenta o risco de perfuração. A legislação não<br />
determina o peso do estômago, ocorre um consenso entre produtor e matadourofrigorífico.<br />
-Há uma mesa rolante que transporta as vísceras que recebe água quente e logo<br />
depois um resfriamento com água fria para sua higienização;<br />
Linha C: coração e língua<br />
-Inspeção: exame visual em duas camadas, incisão do coração, pericárdio, corte<br />
longitudinal na língua e esôfago. Em bovinos não se incisa a língua;<br />
26<br />
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-Objetivos: cisticercose e sarcosporidiose, aderências, pericardites e<br />
contaminações;<br />
Linha D: Fígado e pulmões<br />
-Pulmões:<br />
-Inspeção: incisão de linfonodos apical, brônquicos e esofágicos e de<br />
brônquios e bronquíolos;<br />
-Objetivo: metastrongilose, pneumonia, broncopneumonia,<br />
pleuropnemonia (ocorre mais no inverno), aspiração de sangue ou água (quando o<br />
animal é escaldado vivo por exemplo), adenites inespecíficas, enfisemas, congestão,<br />
pleurisia (ocorre mais no inverno), tuberculose e linfadenite.<br />
-Fígado:<br />
-Inspeção: palpação, corte transversal e compressão dos ductos biliares<br />
manualmente para observar se há a saída de algum parasita;<br />
-Objetivo: congestão, hidatidose, ascaridiose, cisticercose, tuberculose,<br />
perihepatite, neoplasias, abscesso e cirrose (pode indicar icterícia na carcaça);<br />
Linha E: inspeção de carcaça<br />
-Serragem da carcaça<br />
-Inspeção: incisão de linfonodos inguinais superior (ou retromamário) e ilíaco<br />
anterior e posterior, exame da carcaça interna e externa (aspecto, coloração, nutrição,<br />
pele, serosa abdominal, serosa torácica e superfícies ósseas expostas) e glândula<br />
mamária (ao desconfiar de metrite ou de parto recente);<br />
-Objetivo: contaminação gastro-intestinal ou biliar, contusões, abscessos,<br />
hemorragias, edemas, melanose, sarna (pode liberar a carcaça, mas para exportação já<br />
não é aceita), fraturas, má sangria, caudofagia, icterícia, odor sexual (quando testículos<br />
apresentarem mais de 11 cm, deve ser separado e encaminhado ao DIF e realizado o<br />
teste de cocção), artrite (seccionar a articulação representa risco de contaminação<br />
desnecessário, não se abre, condena a região apenas), neoplasias, erisipela, pneumonia,<br />
peritonite, pleurisia e linfadenite (inflamação inespecífica dos linfonodos);<br />
Linha F: inspeção de rins<br />
-Inspeção: libera-se da gordura perirrenal sem desprender da carcaça, caso seja<br />
para exportação e o país importador assim exigir. Avalia-se coloração, aspecto, volume<br />
e consistência por palpação. Pode-se incisar para observar a medular e a cortical;<br />
-Objetivos: estefanurose através da incisão da gordura, congestão, cisto urinário,<br />
nefrite, infarto, uronefrose, abscessos, cálculos, neoplasias, parasitoses, entre outros;<br />
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Linha G: inspeção do cérebro<br />
-Inspeção: incisão e observação, quando para fins comestíveis. A cabeça é<br />
serrada ao meio com um equipamento semelhante ao que se mede a força de<br />
cisalhamento no músculo;<br />
-Objetivo: cisticercose;<br />
*Utiliza-se a glândula pineal e a hipófise para fins farmacêuticos. A glândula pineal<br />
deve ser refrigerada assim que removida do cérebro.<br />
DIF: isolado da sala de matança, com entrada privativa do serviço de inspeção federal.<br />
“O médico veterinário chefe de inspeção na sala de matança é o executor técnico<br />
responsável pelos seus trabalhos.”<br />
-Há três trilhos para desvio (trilhos aéreos): doenças parasitárias, contusões e<br />
doenças infecciosas;<br />
-Um trilho comum, que os produtos convergem depois da inspeção;<br />
-Abate de emergência: deve passar pelo DIF;<br />
-Como envolve conhecimento sanitário o ideal é que seja um médico veterinário<br />
e não um 102 que exerça a função;<br />
-Possui bandejas de alumínio, chute para a graxaria, carrinho para transporte;<br />
-O ideal é que o funcionário seja concursado e não contratado pelo<br />
estabelecimento;<br />
-A remoção da gordura cavitária deve ser feita após passar pelo DIF;<br />
-Carimbagem na paleta, pernil, lombo e barriga;<br />
Marcações nas carcaças NE<br />
-E: destinado para embutidos;<br />
-F: destinado para tratamento com frio ou congelamento;<br />
-S: salga;<br />
-B: banha (em caso de infecção por cisticercose, por exemplo, pode utilizar<br />
apenas o tecido adiposo);<br />
-C: cozimento, conserva ou destinado a esterilização;<br />
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-XXX: graxaria;<br />
-O: em observação, no dia seguinte é dado o destino correto;<br />
-É feita uma planilha na inspeção post-mortem e no DIF que contém<br />
informações como o número de lesões encontradas, total das lesões entregues ao<br />
veterinário e ele coloca os dados no site do ministério;<br />
Coleta para exame de Trichinella spirallis:<br />
Coleta-se um fragmento do diafragma, faz-se uma digestão em pepsina desse<br />
tecido e então é observado em um estéro-microscópio. Isso é feito em 100% das<br />
carcaças. No Brasil não temos esse problema, mas é uma exigência dos países<br />
importadores;<br />
Teste da cocção: para sentir odor de hormônios sexuais para animais com testículos<br />
maiores do que 11 cm, fica em mercado interno pelo fato de ter ido ao DIF;<br />
-Serragem da carcaça manual ou automática (se automática possui sistema<br />
cleaning in place):<br />
-Toalete: remoção de gordura, coágulos e ossos remanescentes;<br />
-Remoção da gordura cavitária: reaproveitada em embutidos. Remoção<br />
manual com rolete ou automática;<br />
-Remoção de rins, dependendo das recomendações do comprador<br />
(mantém mais comumente para exportação);<br />
Sala de Matança<br />
-Remoção da medula;<br />
-Pesagem (avalia-se gordura magra e espessura de toucinho);<br />
-Tipificação da carcaça;<br />
-Lavagem;<br />
-Máquina para carimbar: carimbagem no pernil, lombo, barriga e paleta.<br />
Primeiro ventral e depois dorsal;<br />
-Também possui o código de rastreabilidade;<br />
-Abertura da papada e oclusão do reto feita por um funcionário da empresa na<br />
linha A1;<br />
-Inspeção post-mortem: “É realizada em todos os suínos abatidos através do exame<br />
macrosópico das seguintes partes e órgãos: cabeça, vísceras abdominais, língua,<br />
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vísceras torácicas, superfície interna e externa da carcaça, cérebro e linfonodos mais<br />
facilmente atingíveis.” (Portaria 711/95). Os linfonodos superficiais são geralmente<br />
incisados e caso hajam lesões o funcionário responsável passa para linfonodos mais<br />
profundos a procura de alterações;<br />
-Vísceras brancas: estômago, intestino, bexiga, baço e pâncreas;<br />
-Vísceras vermelhas: coração, língua, pulmões e fígado;<br />
-A inspeção se baseia em 3 princípios: “visualização, palpação e incisão”<br />
-O número de contaminações e lesões que forem encontrados são marcados em<br />
quadros marcadores, onde 10 bolas brancas são substituídas por 1 preta. Ao final do dia<br />
é feito um relatório sobre os achados;<br />
*Em suínos não ocorre muito problema por encurtamento pelo frio.<br />
*Os critérios de julgamento para doenças são os mesmos que em bovinos.<br />
*Em suínos não se usa o termo graxaria, mas sim Fábrica de Farinha e Gordura (FFG).<br />
*A opção do uso de luvas ou não é do funcionário na sala de matança.<br />
*Prende-se uma chapa metálica onde foi encontrada lesão para identificação.<br />
*O veterinário utiliza uma cruz verde em seu avental, o funcionário do CIPA também<br />
utiliza uma cruz verde, mas esse funcionário é da própria empresa.<br />
Anexos da Sala de Matança<br />
-Triparia: limpa e suja;<br />
-Seção de miúdos: miolos, línguas, coração, fígado, rins, estômago, patas e rabo;<br />
-Seção de cabeças;<br />
-Seção de pés, rabos e orelhas;<br />
-Seção de higienização de roldanas, ganchos, balancins e correntes;<br />
-Intestino delgado, intestino grosso, estômago, bexiga, baço e pulmão;<br />
-Salga;<br />
Sala de cabeças e miúdos<br />
-Cabeças, patas e rabo:<br />
30<br />
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-Miúdos:<br />
Resfriamento<br />
-“Fulão”;<br />
-Máscara, orelhas e musculatura da cabeça: trimmer;<br />
-Sala de preparo de massas;<br />
-Rins, coração e fígado: chiller;<br />
-Resfriamento: câmaras de resfriamento, túneis de congelamento e estocagem<br />
-Ventilação e temperatura;<br />
-Águas residuais;<br />
-Boas práticas de fabricação;<br />
-Resfriamento:<br />
-Câmaras frias:<br />
-Choque térmico;<br />
-Resfriamento;<br />
Sala de cortes, desossa e espotejamento<br />
-Sala de cortes:<br />
-Meia carcaça: dianteiro, intermediário e traseiro;<br />
-Dianteiro: paleta e sobrepaleta;<br />
-Intermediário: barriga, costela, carré e lombo;<br />
-Traseiro: pernil;<br />
Figura 4: meia carcaça suína vista lateral e medial.<br />
31<br />
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Sala de cortes/congelamento<br />
-Embalagem primária: nome do produto, data do abate, data de validade,<br />
temperatura ideal de conservação, número do registro no MAPA e informações do<br />
estabelecimento;<br />
-Embalagem secundária: rastreabilidade e exigências dos clientes;<br />
-Túnel de congelamento<br />
-Estocagem<br />
-Expedição: carregamento<br />
FFG: Fábrica de Farinha e Gorduras ou Graxaria<br />
-Possui digestores;<br />
32<br />
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Abate de Aves<br />
Fluxograma do abate<br />
Introdução<br />
-O abate de aves pode ser realizado assim que os animais chegam ao<br />
estabelecimento;<br />
-Sangria pode ser manual ou mecânica;<br />
-No matadouro-frigorífico de aves em Capinzal/SC são abatidas cerca de 500<br />
mil aves/dia;<br />
-A inspeção post-mortem leva em torno de 2 segundo por ave. Feita em 3 linhas<br />
de abate A (parte interna da carcaça), B (vísceras) e C (parte externa da carcaça);<br />
Conceitos<br />
-Legislação para abate de frangos: Portaria 210/98;<br />
-Miúdos comestíveis: fígado, coração e moela;<br />
-Aves:<br />
-Gêneros:<br />
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Apanha e Embarque<br />
-Gallus domesticus: galetos, frangos, galinhas e galos;<br />
-Meleagridis: perus;<br />
-Columba: pombos;<br />
-Anas: patos;<br />
-Anser: gansos;<br />
-Perdix: perdiz e codorna;<br />
-Phaslanus: faisão;<br />
-Numidameleagris: galinha da Angola ou Guiné;<br />
-Mecânica ou manual pelas asas:<br />
-A apanha mecânica diminui o número de contusões, pois na manual os<br />
funcionários não costumam ter muita paciência;<br />
terceirizada;<br />
Recepção<br />
-É feito o acondicionamento das aves em caixas;<br />
-No Brasil a maior parte da apanha é feita de forma manual e é<br />
-Densidade determinada nas caixas: 39-46 Kg/m 2 ;<br />
-Boletim Sanitário (BS): obrigatório, deve ser entregue com 24 horas de<br />
antecedência por fax ou email, sendo um boletim por lote/Ficha técnica de campo;<br />
-Guia de Trânsito Animal (GTA): descrever a espécie a ser transportada, número<br />
de animais, procedência, destino, finalidade, meio de transporte e vacinações, no caso<br />
de aves vacina para Marek é obrigatória em pintos de 1 dia;<br />
-Nota Fiscal;<br />
-Pesagem;<br />
-Certificado de higienização do caminhão: para que ele possa descarregar deve<br />
ter sido desinfectado;<br />
-Pode realizar na plataforma de recepção uma inspeção ante-mortem;<br />
Plataforma de Recepção<br />
-Área de espera/descanso:<br />
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-Ventilador e aspersor: uso questionável, pois uso de aspersor sem<br />
ventilador aumenta muito a umidade e leva a dificuldade respiratória para os animais,<br />
que ficam com bico aberto e ofegantes;<br />
-Exaustor: é o mais recomendado, pois removem o calor dos caminhões;<br />
-Controle de chegada e saída;<br />
-Jejum: já se inicia na propriedade (6-8 horas);<br />
-Abate “just in time”, pois na 1ºª hora os animais sofrem muito stress<br />
térmico na plataforma;<br />
-Inspeção ante-mortem;<br />
-Dentro das caixas a temperatura recomendada deve ser de 22-24ºC, pode<br />
chegar a 10ºC acima da plataforma de recepção que deve ter portanto cerca de 12ºC;<br />
-Cada caixa deve possuir cerca de 8-12 frangos;<br />
Figura 5: Dimensões da caixa de transporte para frangos.<br />
-Inspeção ante-mortem: avaliação clínica da saúde do animal, obrigatória em<br />
todas os lotes.<br />
-Secreção nasal e ocular;<br />
-Integridade e coloração da pele;<br />
-Bico e palato;<br />
-Olhos, crista e barbela;<br />
-Pés;<br />
-Papo: palpação e visualização se está repleto ou não;<br />
-Cloaca;<br />
-Fezes, caso presentes;<br />
-Comportamento;<br />
Descarregamento e Pendura<br />
50-60 cm<br />
-Esteira de condução das caixas de transporte até a pendura;<br />
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30 cm
-É importante que se tenha uniformidade no lote para uma pendura mais eficaz;<br />
-Deve-se separar animais mortos, moribundos/doentes, fraturados ou muito<br />
pequenos, sendo sacrificadas e realizada necropsia caso necessite;<br />
-Na área de pendura é utilizada baixa luminosidade na coloração azul para<br />
tranqüilizar as aves;<br />
Higienização das Gaiolas<br />
-Feita assim que as aves são descarregadas, passando por um arco de<br />
desinfecção antes de irem ao caminhão;<br />
Insensibilização<br />
-Por dardo cativo seria inviável, muito demorado e pouco prático, mas existe<br />
esse método também para aves;<br />
-Utiliza-se então eletronarcose ou eletrocussão, caso o matadouro peça<br />
autorização para o ministério;<br />
-Deve-se aguardar 12 segundos entre a pendura e a insensibilização para que dê<br />
tempo das aves se tranqüilizarem e pararem de se debater;<br />
-3 segundos na cuba de insensibilização;<br />
Área de Sangria<br />
-Canos de metal desviam o pescoço da ave para que seja sangrada, sendo<br />
também importante uma uniformidade no lote;<br />
-Há um funcionário monitorando se a sangria mecânica foi corretamente<br />
efetuada, caso não tenha sido é feita a sangria manual;<br />
-Tempo: 10-12 segundos para sangrar e sangrando de 4-5 minutos (3 minutos no<br />
mínimo);<br />
-Sangria mal realizada:<br />
-Retenção de sangue e rompimento dos vasos levando a manchas de<br />
coloração avermelhada na carcaça;<br />
Escaldagem<br />
-Animal ainda vivo no tanque de escaldagem:<br />
-Aspiração de água, levando ao rompimento de alvéolos pulmonares;<br />
-Escaldagem prolongada:<br />
-Retenção de penas;<br />
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-Objetivo: facilitar a remoção das penas devido à dilatação dos poros que ocorre,<br />
além da eliminação de microrganismos patogênicos;<br />
-Imersão em tanque ou pulverização com vapor;<br />
-Temperatura/Tempo:<br />
-58ºC por 1,5 - 2,5 minutos (escaldagem branda);<br />
-80-90ºC por 10 - 15 segundos (escaldagem rigorosa);<br />
-Qualidade da carcaça: caso ultrapasse o tempo adequado a carcaça ficará branca<br />
e rígida;<br />
-Pés e cabeças são encaminhados para tanques específicos após a depenadeira;<br />
-Carne kasher não passa por esse processo de escaldagem;<br />
-Temperatura inadequada: provoca rompimento da pele na depenagem pela ação<br />
dos dedos de borracha e queimaduras (carne branca e rígida);<br />
-Depois de feita a escaldagem a carcaça sai com cerca de 45ºC;<br />
*É importante ter esse tipo de conhecimento para saber em qual etapa do processo<br />
ocorreu o erro caso seja identificada uma carcaça com alterações.<br />
Depenagem<br />
-Depenagem mecânica: deve remover as penas grossas (firmes e curtas) e as<br />
penas finas e penugens (longas e flexíveis);<br />
-Depenagem pode ser a seco ou úmida. Uso de chuveiro na depenagem auxilia a<br />
remoção de penas com água a temperatura ambiente ou mesmo fria para haver choque<br />
térmico contra microrganismos;<br />
-Acabamento manual ou por chamuscamento;<br />
-Patos e gansos: possuem cera e parafina que auxiliam na penugem;<br />
-Cuidado com contaminação cruzada entre as carcaças: utilizar água com 3-5<br />
ppm na depenadeira;<br />
Pré Inspeção<br />
-Lavagem da carcaça é feita ainda com pernas e cabeça;<br />
-Repasse manual para remoção de algumas penas persistentes;<br />
-Limite área suja/área limpa: assim que as penas são removidas;<br />
-Pré inspeção post mortem:<br />
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-Abscessos;<br />
-Caquexia;<br />
-Dermatose;<br />
-Escaldagem excessiva;<br />
-Sangria inadequada;<br />
-Síndrome hemorrágica;<br />
-Destino: condenação total;<br />
Área suja/Área limpa<br />
-Aspecto repugnante da carcaça;<br />
-Há uma separação física entre os ambientes;<br />
-Transpasse: nórea de sangria e depenagem (área suja) para nórea de evisceração<br />
(área limpa);<br />
-Podem estar penduradas pela cabeça, no Brasil normalmente pelas patas;<br />
-Setor de evisceração: começa realizando o corte da pele do pescoço e vai até a<br />
toalete final;<br />
-Transpasse: nórea de sangria e depenagem (área suja) para nórea de evisceração<br />
(área limpa);<br />
Evisceração<br />
-Remoção da cabeça<br />
-Extração da cloaca<br />
-Corte do abdômen<br />
-Eventração (corte ventral)<br />
-Outros: pré resfriamento, gotejamento, embalagem primária e classificação<br />
Inspeção post-mortem<br />
-Linhas de inspeção:<br />
-Linha A: interior da carcaça;<br />
-Linha B: vísceras são retiradas e separados os miúdos comestíveis;<br />
-Linha C: exterior da carcaça;<br />
Estabelecimento<br />
de grande porte<br />
(mecanizado)<br />
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Evisceração<br />
-Também há a nórea que vai para o DIF;<br />
-Extração mecânica;<br />
-Coração, fígado e moela;<br />
-Papo;<br />
-Esôfago;<br />
-Traquéia;<br />
-Pescoço;<br />
-Pulmões (pistola a vácuo);<br />
-Avaliação visual com retirada de contaminação ou partes de vísceras;<br />
-Lavagem com água hiperclorada;<br />
Pré-Resfriamento<br />
-Vísceras comestíveis, pés, pescoço e carcaça: imersão em água, aspersão com<br />
água ou circulação de ar;<br />
-Resfriadores contínuos com imersão em água (sistema de rosca sem fim) são<br />
denominados Chillers, com renovação de água constante e sistema de contra-corrente;<br />
-Pré-chiller: o pré-resfriamento consiste na imersão em tanques de inox a uma<br />
temperatura de 10 a 18ºC, durante 12 minutos, com 2 litros de água por ave. O préchiller<br />
serve para dar início ao resfriamento, limpeza e reidratação da carcaça. O chiller<br />
finaliza este processo.<br />
-Chiller: ocorre com temperatura de 2ºC durante 17 minutos sendo necessário<br />
1,5 litros de água por ave e para aumentar o resfriamento pode-se acrescentar 2 a 5 ppm<br />
de propilenoglicol na água.<br />
*Refrigeração e manutenção da temperatura padrão (legislação ou exigência de país<br />
importador);<br />
-Resfriadores contínuos (rosca sem fim):<br />
-Temperatura;<br />
-Tempo de permanência das carcaças;<br />
-Borbulhamento;<br />
-Cloro na água;<br />
Toalete<br />
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Pré-chiller e chiller<br />
-Consumo;<br />
-Absorção de água (método de controle interno e gotejamento);<br />
-Absorção de água:<br />
-Perdas: por estocagem, transporte e comercialização;<br />
-Excesso: fraudes e perdas na qualidade (estocagem);<br />
-Controle de absorção de água:<br />
Absorção de Água<br />
-Método de controle interno;<br />
-Gotejamento;<br />
-Índice de absorção: percentual de água adquirida pelas carcaças durante a<br />
matança e demais operações;<br />
-Método de controle interno:<br />
-Fatores que interferem: temperatura da água, tempo de permanência da<br />
carcaça, tipo de corte abdominal e injeção de ar (borbulhamento);<br />
-Técnica:<br />
-Limite máximo: 8% de água;<br />
-Pesagem da carcaça antes e depois da imersão (pré resfriamento);<br />
-Número de carcaças: mínimo 10 por teste;<br />
-Ínicio: após o último chuveiro de evisceração;<br />
-Aguardar;<br />
-Fórmula: Pi (peso inicial), Pf (peso final), D (diferença entre Pf e<br />
Pi) e A (percentual de água absorvida);<br />
A = (D x 100)/Pi<br />
-Freqüência: 1 teste por turno, ou seja, a cada 4 horas;<br />
-Gotejamento (Drip Test): quantidade de água resultante do descongelamento de<br />
carcaças;<br />
-Limite: 6% de água;<br />
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Pré Resfriamento<br />
-Técnica:<br />
-Imergir a carcaça embalada em água a 42ºC;<br />
-Retirar a carcaça (temperatura interna 4ºC);<br />
- Manter a carcaça 1 hora em temperatura ambiente;<br />
-Calcular;<br />
-Limite: 6 carcaças;<br />
-Câmaras de circulação de ar;<br />
-Aspersão com água (em câmaras de circulação de água);<br />
-“Aspersão a seco”;<br />
Espotejamento e Desossa<br />
-Após pré resfriamento: rigor-mortis;<br />
-Ambiente climatizado;<br />
-Espotejamento: peito, coxa, sobrecoxa, dorso, ponta da asa, pés, etc.;<br />
-Temperatura na sala de cortes: 10 – 12ºC;<br />
-Depois da sala de cortes no Brasil passa-se por um detector de metais para<br />
avaliar possível presença de materiais e equipamentos;<br />
-Desossa:<br />
-CMS: Carne Mecanicamente Separada;<br />
-Carne: produtos industrializados cominuídos;<br />
-Ossos;<br />
-RTIQ CMS:<br />
-“Carne obtida por processo mecânico de moagem e separação de<br />
ossos de animais de açougue, destinada à elaboração de produtos cárneos específicos.”<br />
-Não podem ser utilizadas cabeças, pés e patas;<br />
-Resfriamento e congelamento: imediato;<br />
-Túnel de congelamento: - 35 a - 40ºC por 24 horas;<br />
-Qualidade:<br />
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proporcional;<br />
Estocagem e Expedição<br />
-Temperatura de comercialização:<br />
-Resfriados;<br />
-Congelados;<br />
Inspeção post-mortem<br />
-Rendimento (50 – 70 %) e qualidade: inversamente<br />
-Cálcio, gordura e proteína;<br />
-Inspeção: exame visual macroscópico individual de carcaças e vísceras,<br />
conforme o caso pode ser feita a palpação e corte;<br />
-Linhas de inspeção: locais da matança onde se realiza a inspeção;<br />
-São 3 Linhas:<br />
-Linha A: cavidade torácica, cavidade abdominal (pulmões, sacos aéreos,<br />
rins e órgãos sexuais);<br />
-Linha B: vísceras comestíveis e não comestíveis. Coração, fígado,<br />
moela, baço, intestinos, ovário e oviduto (poedeiras). Em alguns casos verifica-se odor;<br />
-Linha C: superfície externa (pele e articulações) e remoção de pequenas<br />
contusões, membros fraturados, pequenos abscessos superficiais e localizados,<br />
calosidades, etc. que não podem chegar à mesa do consumidor, evita a condenação total<br />
ou parcial da carcaça. Dependendo do caso pode ser encaminhado ao DIF;<br />
-Localização: ao longo da calha de evisceração;<br />
-Tempo: cerca de 2 segundos para cada linha de inspeção;<br />
-Apresentação à inspeção: responsabilidade da empresa;<br />
-Geralmente se tem a distância de 1 metro entre funcionários nas linhas de<br />
inspeção;<br />
-Caso surja algum problema o funcionário sinaliza e encaminha ao DIF;<br />
-A nórea mecânica é quem determina a velocidade do abate;<br />
-Funcionário 102 está presente nas linhas de inspeção: é concursado, mas não é<br />
um médico veterinário. Possui uma cruz azul em seu capacete de proteção;<br />
-Quando alguma carcaça for encaminhada ao DIF, retira-se um dos membros de<br />
pendura da nórea para identificar o animal;<br />
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-A última palavra deve sempre ser do médico veterinário, mas ele nem sempre<br />
está presente no setor e o 102 acaba exercendo seu papel muitas vezes;<br />
-Ao longo das linhas de inspeção estão dispostos alguns botões para parar o<br />
abate caso seja necessário;<br />
-A eventração é o momento que mais atrasa o abate, sendo mais demorado que a<br />
depuração ou a escaldagem, possuindo 2 ou 3 linhas normalmente. Pode ser mecânica<br />
ou manual, sendo que a manual se tem maior cuidado, o risco seria romper a vesícula<br />
biliar. Antes de realizar a eventração a cloaca deve ser exposta;<br />
-Os funcionários intercalam as linhas de inspeção entre si de tempo em tempo,<br />
para não se tornar algo repetitivo demais;<br />
Evisceração<br />
-Separa-se as vísceras da carcaça;<br />
-As vísceras não comestíveis são encaminhadas para a graxaria e as comestíveis<br />
são lavadas em chuveiro;<br />
Critérios de Julgamento<br />
-Abscesso e lesão supurada (sem comprometimento da carcaça): rejeita a parte<br />
alterada;<br />
-Exemplo: caso de canibalismo que tenha levado a formação de um<br />
abscesso pequeno e localizado, que não provocou perda de peso ao animal, pode-se<br />
liberar a carcaça;<br />
-Aerossaculite: avaliar o comprometimento dos sacos aéreos, vísceras são<br />
sempre condenadas. Sacos aéreos vão ficando opacos, sendo que são transparentes<br />
normalmente;<br />
-Processos inflamatórios (artrite, celulite, dermatite, salpingite e colibacilose):<br />
condena o órgão ou a parte afetada, caso seja de caráter sistêmico deve-se ter a<br />
condenação total;<br />
*A legislação não especifica o que deve ser feito.<br />
*Colibacilose normalmente a condenação é total.<br />
-Tumores, dermatose e coccidiose (eimeriose é a cocciodiose mais comum em<br />
frangos): condena o órgão ou a parte afetada, caso seja de caráter sistêmico deve-se ter a<br />
condenação total;<br />
-Aspecto repugnante: coloração, odor e outros. Devido a sangria mal efetuada a<br />
carcaça pode ficar avermelhada, por exemplo;<br />
-Condenação total: mesmo que não provoque risco à saúde;<br />
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-Qualquer inflamação sistêmica: condenação total;<br />
-Caquexia: condenação total, independente da causa;<br />
-Magreza: aproveitamento condicional;<br />
*Funcionários são bem treinados para diferenciar bem caquexia de magreza.<br />
-Contaminação: um dos acontecimentos mais comuns. Devido a fezes, bile ou<br />
piso. Pode-se remover a parte que teve contato, se não ocorrerá à condenação total;<br />
-Para frangos o ministério permite a lavagem das fezes, mesmo havendo<br />
grande contaminação com isso;<br />
-Contusões e fraturas: localizada (condenação parcial) e generalizada<br />
(condenação total). Sendo que normalmente em situações de fraturas o animal será<br />
encaminhado para o abate de emergência, nesse caso na linha de inspeção somente<br />
quando não foi visto na inspeção ante-mortem, a não ser que tenha sido causada na<br />
depenadeira, mas é possível diferenciar quando ocorreu ante-mortem ou post-mortem;<br />
-Escaldagem excessiva e/ou lesão mecânica extensa: condenação total ou<br />
parcial. No mínimo utiliza-se 50 – 56ºC, mas até 90ºC, deve-se tomar cuidado;<br />
-Evisceração retardada:<br />
-30 a 45 minutos: avaliação;<br />
-45 a 60 minutos: avaliação se teve alteração na cor, odor, etc. Atraso<br />
pode ter ocorrido por algum problema na nórea;<br />
produtos cozidos;<br />
-Vísceras: condenação;<br />
-Carcaça: avaliação;<br />
-Acima de 60 minutos:<br />
-Vísceras: condenação;<br />
-Carcaça: aproveitamento condicional ou condenação. Uso em<br />
*A partir da sangria tem-se 30 minutos para a evisceração completa.<br />
-Sangria inadequada: condenação total. Pode ter ocorrido por desuniformidade.<br />
A presença de sangue diminui a vida útil do produto na prateleira, serve de meio de<br />
cultivo para microrganismos e possui aspecto repugnante;<br />
-Ascite:<br />
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-Liberação da carcaça e condenação de vísceras: apenas hidropericárdio,<br />
com pequena quantidade de líquido abdominal na cor clara, sem aderências e<br />
comprometimento;<br />
-Aproveitamento parcial dos membros (asas, coxas, sobrecoxas e pés),<br />
pescoço e peito sem osso: líquido ascítico aderente na cavidade abdominal e/ou<br />
vísceras, sem comprometimento da carcaça (cortes e desossa em local próprio após<br />
passar pelo DIF);<br />
não há penas;<br />
-Condenação total: distensão abdominal e/ou outras alterações;<br />
-Bouba (varíola aviária segundo o RIISPOA):<br />
-Diftérica: condenação total;<br />
-Cutânea: libera carcaça (sem reflexos). Placas crostosas na pele onde<br />
-Perose (edema na articulação tibiotarsal). Por deficiência de minerais como<br />
Magnésio (Mg) e Manganês (Mn):<br />
-Libera carcaça (sem reflexos): cortes;<br />
-Condena articulação;<br />
*Para exportação um simples calo na pata já não é mais aceito, mesmo que não<br />
apresente risco nenhum.<br />
-Em casos de suspeita de: Tuberculose (Mycobacterium avium), difteria, cólera,<br />
varíola, tifose aviária (Salmonella gallinarum), diarréia branca/pulorose (Salmonella<br />
pullorum), paratifose, leucose, peste, septicemia em geral, psitacose, infecções<br />
estafilocócicas, Marek (em jovens), aspergilose, gumboro, Newcastle ou colibacilose;<br />
CONDENAÇÃO TOTAL<br />
-Colibacilose: inflamação, condenação total. Fígado e coração afetados;<br />
-Doença de Newcastle: gripe aviária. Edema periocular, hemorragia no tecido<br />
adiposo pericárdico e pontos hemorrágicos no intestino. Condenação total;<br />
-Doença de Gumboro: hemorragia no peito, Bursa de Fabricius aumentada ou<br />
não, realiza-se corte para observação. Condenação total;<br />
-Doença de Marek: tumores, difícil diferenciar de leucose linfoide pelo fígado e<br />
Bursa de Fabricius aumentada. Condenação total;<br />
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*Estas doenças causam conseqüências graves para o produtor e para o frigorífico caso<br />
apareçam. Não fazem parte da rotina.<br />
*Análise microbiológica não é muito comum ser feita, só em caso de doença de<br />
notificação obrigatória.<br />
-SIGSIF: Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal;<br />
-Objetivo: Sistema de controle de todos os estabelecimentos que recebem o<br />
número do SIF e exportadores para o Brasil. Geração de relatórios estatísticos a respeito<br />
da comercialização, produção, importação, exportação, abates, condenações referentes<br />
aos produtos/matérias primas destes estabelecimentos.<br />
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Referências Bibliográficas<br />
Aulas de Inspeção e Tecnologia de Produtos de Origem Animal: CAV/UDESC.<br />
Professor Márcio Vargas Ramella.<br />
INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS RELACIONADOS COM A TÉCNICA DA<br />
INSPEÇÃO “ANTE-MORTEM” E “POST-MORTEM”. Ministério da Agricultura<br />
Pecuária e Abastecimento – MAPA.<br />
Disponível em:<br />
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/Qualidade%20dos%20ali<br />
mentos/instalacoes%20pos%20ante%20e%20pos%20mortem.pdf<br />
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