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Classificação Zoológica<br />
V e t e r i n a r i a n D o c s<br />
www.veterinariandocs.com.br<br />
Ovinocultura<br />
Reino: Animal Subreino: Vertebrata<br />
Filo: Chordata Classe: Mammalia<br />
Ordem: Ungulata Grupo: Ruminantia<br />
Família: Bovidae Subfamília: Ovinae<br />
Gênero: Ovis Espécie: Ovis Áries (ovino doméstico)<br />
Introdução<br />
Clima<br />
O comportamento e a adaptação dos ovinos ao clima é variável com o indivíduo,<br />
a raça e o manejo que lhe é dispensado. Verifica-se que as maiores concentrações<br />
populacionais estão nas zonas de clima temperado.<br />
Altas temperaturas contribuem para a congestão permanente das partes<br />
superficiais da derme, podendo as camadas mais profundas ficarem com má circulação,<br />
o que se contrapõe à nutrição dos folículos pilosos, com fibras tendendo a se tornarem<br />
mais curtas. Com o frio permanente, os fenômenos são inversos, tornando as fibras mais<br />
longas e grossas. Temperaturas de ar entre 5 e 40ºC são as de maior ocorrência,<br />
viabilizando a criação de ovinos lanados e deslanados.<br />
A alta umidade relativa do ar (acima de 90%) diminui a produção de lã e<br />
umidade abaixo de 40% torna a lã menos elástica e resistente.<br />
Os ovinos adaptam-se melhor sob temperaturas medianas, com umidade relativa<br />
do ar entre 60 e 70%.<br />
1<br />
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Precipitações pluviométricas de 75 a 115 mm por mês (900 a 1380 mm por ano)<br />
é propícia a criação de ovinos.<br />
Fotoperíodo<br />
As ovelhas são consideradas poliéstricas estacionais, apresentando cios em<br />
determinado período do ano. O fator que controla o início e o térmico da estação de<br />
reprodução nos ovinos é a variação entre as horas diárias de luz e de escuridão<br />
(fotoperíodo), através do estímulo exercido sobre a hipófise.<br />
O decréscimo da luminosidade, além de aumentar a fertilidade das ovelhas,<br />
estimula o desejo sexual e ativa a produção espermática dos carneiros.<br />
Quando o incremento das horas diárias de luz é muito acentuado<br />
(agosto/setembro), as ovelhas paralisam a atividade sexual. Ao contrário, de março a<br />
maio, quando é intensa a diminuição da luminosidade, a fertilidade atinge seu ponto<br />
máximo.<br />
Solo, Topografia e Qualidade das Pastagens<br />
Solos arenosos, também denominados de campos pobres possuem vegetação<br />
pouco variada e de baixo valor nutritivo. Neles não é possível criar raças especializadas<br />
em carne ou dupla aptidão (carne e lã), somente raças pouco exigentes e produtoras de<br />
lã fina, como a Merino Australiano e a Ideal.<br />
2<br />
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Solos argilosos, de um modo geral, são profundos, pouco permeáveis, porém<br />
com maior fertilidade. Permite o cultivo de forrageiras e criação de raças especializadas<br />
em produção de carne ou de dupla aptidão.<br />
Tópicos Gerais<br />
-Consumo: 3% do P.V. de matéria seca. Onde há um bovino pode-se ter 5<br />
cordeiros.<br />
-Acima de 400 fêmeas em sistema extensivo é rentável.<br />
-Faixa de preço do Kg do cordeiro é de R$ 5,00 / Kg de P.V. vivo.<br />
-Lotação de 10 a 12 cabeças/ha em pastagem cultivada.<br />
-Geralmente em 2 anos tem-se 3 partos.<br />
-Para fazer 1 Kg de queijo necessita-se 10 L de leite bovino ou 5 L de leite ovino<br />
(maior teor de sólidos).<br />
-Principais produtores de leite: Portugal, Espanha e Grécia.<br />
-Em Santa Catarina possui apenas uma indústria de leite ovino.<br />
-Ordenha: a cada 12 horas.<br />
-Tosquia: geralmente executada nos meses de outubro/novembro.<br />
Pontos fundamentais na produção de ovino<br />
Lotação<br />
-Se há mercado;<br />
-Potencial do produtor;<br />
-Oferta regular do produto;<br />
Ovinocultura<br />
Categorias<br />
Cordeiro: categoria principal.<br />
Categoria m²/animal<br />
Carneiros 2 a 2,5<br />
Ovelhas secas 0,6 a 1<br />
Ovelhas com cordeiros 1 a 1,3<br />
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Borrego:<br />
Borregão:<br />
-Carcaça: mínimo de 6 Kg;<br />
-Dentição: todos os dentes de leite<br />
-Carcaça: peso mínimo de 15 Kg;<br />
-Dentição: no máximo presença de pinça da dentição definitiva;<br />
-Carcaça: peso mínimo de 17 Kg;<br />
-Dentição: presença de até 6 incisivos e sem a queda dos cantos da primeira<br />
dentição;<br />
Capão: adulto macho e castrado<br />
-Carcaça: peso mínimo de 19 Kg;<br />
-Dentição: presença de 8 incisivos da segunda dentição;<br />
Ovelha: fêmea adulta<br />
-Carcaça: peso mínimo de 16 Kg;<br />
-Dentição: presença de 8 incisivos da segunda dentição;<br />
Carneiros: macho adulto e inteiro<br />
-Carcaça: baixo valor comercial, coloração muscular escura e gosto atípico.<br />
-Dentição: presença de 8 incisivos da segunda dentição;<br />
Índices Produtivos do Brasil<br />
Taxa de Nascimento: 30,6%;<br />
Mortalidade de ovelhas: acima de 7%;<br />
Mortalidade de cordeiros: entre 5 e 40%;<br />
Idade ao Primeiro Parto: 30 meses;<br />
Taxa de Desfrute: 10%;<br />
Consumo de Carne: 0,480 Kg/hab/ano<br />
Brasil: responsável por 4,8% (19º mundial) da população mundial de ovinos,<br />
com cerca de 16 milhões de ovinos. A maior população mundial pertence à China com<br />
cerca de 128 milhões de ovinos. O Brasil detém a maior população da América Latina,<br />
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seguido por argentina com cerca de 15 milhões de ovinos e pelo peru com cerca de 14<br />
milhões de cabeças.<br />
Censo mundial: cerca de 1 bilhão de cabeças.<br />
Censo Nacional por Regiões<br />
Posição Região Cabeças<br />
1º Nordeste 9.566.776<br />
2º Sul 4.807.596<br />
3º Centro-Oeste 1.127.878<br />
4º Sudeste 761.952<br />
5º Norte 547.903<br />
Fonte: IBGE, 2009.<br />
Total 16.812.105<br />
Censo Nacional por Estados<br />
Posição Estado Cabeças<br />
1º Rio Grande do Sul 3.946.349<br />
2º Bahia 2.028.507<br />
3º Ceará 2.071.098<br />
12º Santa Catarina 261.322<br />
Fonte: IBGE, 2009<br />
Fonte: IBGE, 2009.<br />
Censo de Santa Catarina<br />
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Dentição<br />
Objetivo: avaliação e identificação da idade dos ovinos, importante para compra e<br />
venda, abate e verificar se o animal é produtivo ou não.<br />
Critérios: consideram-se o número, condições e erupções.<br />
*O desgaste é decorrente dos tipos de alimentação e do solo.<br />
Tipos: dentes de leite (caducos) ou permanentes (definitivos).<br />
Dentes de Leite: total de 20, com 8 incisivos, nenhum canino, nenhum pré-molar<br />
e 12 molares.<br />
Dentes Permanentes: total de 32, com 8 incisivos, nenhum canino, 12 prémolares<br />
e 12 molares.<br />
Dentes Incisivos: total de 8 dentes (2 pinças, 2 primeiros médios, 2 segundos médios e 2<br />
cantos).<br />
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Identificação<br />
Dentes Leite (dias) Muito Precoce Precoce Tardia<br />
Pinças 5 a 7 12 meses 15 meses 18 meses<br />
1º médios 10 a 14 18 meses 24 meses 30 meses<br />
2º médios 22 a 25 27 meses 30 meses 42 meses<br />
Cantos 30 36 meses 42 meses 54 meses<br />
A erupção dentária completa-se com 30 dias de idade. As mudas ou trocas<br />
iniciam-se com 6 meses e ocorrem até os 4 anos, quando os animais são considerados<br />
„boca cheia‟.<br />
Fonte: Agener União – Informativo Técnico<br />
Desgaste dos Dentes<br />
5 anos: início do rasamento;<br />
6 anos: início do rasamento das pinças;<br />
7 anos: início do rasamento dos primeiros médios;<br />
8 anos: início do rasamento dos segundos médios;<br />
9 anos: início do rasamento dos cantos;<br />
Acima de 9 anos: nivelamento, afastamento e rasamento de todos os dentes.<br />
*5 a 6 anos animal é considerado velho e com 8 anos deve-se fazer o descarte.<br />
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Defeitos na Dentição<br />
Raças<br />
-Bragnatismo;<br />
-Prognatismo;<br />
Divisão (aptidão/orientação produtiva): lã, mista, carne, pele/couro ou leite.<br />
Características: cabeça, lã/pêlos, pigmentação e aptidão.<br />
01-Raças de Lã:<br />
01.1-Merino:<br />
-Características:<br />
-Origem: Espanha;<br />
-Localização: Austrália e Nova Zelândia;<br />
-Variedades: Australiano, Electoral, Negretis, Rambouillets, Vermonts, etc.<br />
-Orientação Produtiva:<br />
-La: 80 % (excelente qualidade);<br />
-Carne: 20%;<br />
-Lã: cobre todo o corpo e na face chega até a base dos olhos.<br />
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-Mucosas e cascos: despigmentados.<br />
-Pele: fina, rosada, sem pregas (somente no pescoço – prega ventral ou babado).<br />
-Cabeça: perfil convexo, larga, chanfro largo (duas ou mais rugas transversais<br />
no macho).<br />
-Lã:<br />
-Aptidões:<br />
-Produção:<br />
-Chifres: somente nos machos.<br />
-Orelhas: curtas e grossas, implantadas horizontalmente.<br />
-Reprodutores: 10 a 15 Kg<br />
-À campo: 6 a 8 Kg<br />
-Rebanho geral: 4 Kg<br />
-Espessura: 16 a 26 μm<br />
-Classificação: merina, amerinada, prima A e prima B<br />
-Comprimento: 8 a 10 cm<br />
Não se adapta bem a solos úmidos, apresenta boa rusticidade em alimentação e<br />
clima frio e os cordeiros são muito sensíveis ao nascer (pouco tecido adiposo e pouca<br />
lã).<br />
*Raças que se adaptam bem a solos úmidos: Romney Marsh e Corriedale<br />
01.2-Merino Australiano: mistura de variedades (25% de Merino<br />
Espanhol, 40% Vermont, 30% Electoral e Negretti e 5% Rambouillet Francês).<br />
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-Características:<br />
-Cabeça: perfil convexilíneo, lã cobre a cabeça até a linha dos olhos.<br />
-Chifres: somente nos machos (existe a variedade mocha).<br />
-Cascos e mucosas: despigmentados.<br />
-Pescoço: rugas na pele, formam 3 ou 4 grandes babados (aventais ou<br />
babadeiros).<br />
-Aptidões:<br />
Muito rústicas, adaptadas a regiões pobres e de clima desfavorável. Não se<br />
adapta bem a campos baixos e úmidos. Cordeiros são bastante vulneráveis ao nascerem<br />
(pouco tecido adiposo e pouca lã).<br />
-Lã:<br />
Fina por excelência, de grande qualidade e valor industrial.<br />
01.3-Ideal ou Polwarth:<br />
-Características:<br />
-Origem: Austrália (cruzamento de Merino com Lincoln).<br />
-Localização: Austrália e América do Sul.<br />
-Orientação produtiva:<br />
-Lã: 70%;<br />
-Carne: 30%;<br />
-Cabeça: com ou sem chifres, cara limpa de lã até a linha média dos olhos,<br />
formando abundante topete.<br />
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-Lã:<br />
-Aptidões:<br />
-Pele: cobre o peito de forma solta (admite-se uma ruga – avental).<br />
-Mucosas e cascos: despigmentados.<br />
-Orelhas: implantadas horizontalmente.<br />
-Medidas: espessura entre 23 e 26 μm<br />
-Classificação: amerinada, prima A e prima B<br />
-Comprimento: 12 a 13 cm (não menos de 10 cm)<br />
-Peso:<br />
-Reprodutores: 8 a 10 Kg.<br />
-À campo: 6 a 8 Kg.<br />
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg.<br />
Não se adaptam bem aos solos úmidos, é rústico quanto à alimentação, cordeiros<br />
apresentam bom rendimento no abate, produz bem no sistema extensivo (prolífera) e lã<br />
de grande qualidade e valor industrial.<br />
02-Raças Mistas:<br />
02.1-Corriedale:<br />
-Características:<br />
-Origem: Nova Zelândia (cruzamento entre Merino, Lincoln e Border Leicester).<br />
-Localização: Nova Zelândia, Uruguai e Brasil.<br />
-Orientação produtiva:<br />
-Lã: 50%.<br />
-Carne: 50%.<br />
-Cabeça: sem chifres, com boa cobertura de lã na parte superior, mantendo uma<br />
cara limpa.<br />
-Cascos e Mucosas: pigmentados.<br />
-Orelhas: tamanho mediano.<br />
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-Lã:<br />
-Aptidões:<br />
-Peso:<br />
-Medidas:<br />
-Reprodutores: 8 a 10 Kg<br />
-À campo: 6 a 8 Kg<br />
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg<br />
-Espessura: 26,5 a 30,9 μm<br />
-Machos: qualidade cruza 1 e cruza 2<br />
-Fêmeas: prima B<br />
-Comprimento: 13 a 16 cm<br />
Se adaptam relativamente bem aos solos úmidos, possui boa rusticidade na<br />
alimentação e cordeiros apresentam bom rendimento ao abate.<br />
02.2-Romney Marsh:<br />
-Características:<br />
-Origem: Inglaterra<br />
-Localização: Inglaterra e Uruguai<br />
-Orientação produtiva:<br />
-Lã: 40% longa e grossa<br />
-Carne: 60%<br />
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-Cabeça: coberta de lã até a linha mediana dos olhos (forma topete), parte<br />
inferior da face coberta de lã e perfil ligeiramente convexo.<br />
-Lã:<br />
-Cascos e mucosas: pigmentados.<br />
-Orelhas: bem separadas, grandes e com o pavilhão auricular para frente.<br />
-Peso:<br />
-Reprodutores: 9 a 12 Kg<br />
-À campo: 5 a 6 Kg<br />
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg<br />
-Espessura: 29 a 38 μm<br />
-Classificação: entre cruza 2 a cruza 6<br />
-Comprimento: 14 a 18 cm<br />
-Características: ondulações bem acentuadas e largas, cor amarelo ouro, creme,<br />
preferencialmente branca.<br />
-Aptidões:<br />
Extremamente rústico, suporta bem a umidade, cordeiros são precoces com bom<br />
rendimento ao abate, raça mista com maior ênfase à carne.<br />
Em criação extensiva, carneiros atingem 80 a 90 Kg e cordeiros são precoces,<br />
atingindo cerca de 30 Kg em 5 meses.<br />
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03-Raças de Carne:<br />
03.1-Hampshire Down:<br />
-Características:<br />
-Lã:<br />
-Origem: Inglaterra (cruzamento entre Wiltshire, Bershire e Southdown)<br />
-Localização: Inglaterra e Estados Unidos<br />
-Orientação produtiva: carne<br />
-Cabeça: mocha, lã cobre a cabeça até um pouco abaixo dos olhos.<br />
-Orelhas: longas e implantadas horizontalmente.<br />
-Cascos e mucosas: pigmentados.<br />
-Características: até a altura do jarrete com ondulações irregulares, pouco<br />
nítidas e meduladas.<br />
-Medidas:<br />
-Peso:<br />
-Espessura: entre 27 e 31 μm<br />
-Classificação: cruza 1, 2 e 3<br />
-Comprimento: 10 cm<br />
-Reprodutores: 5 a 6 Kg<br />
-À campo: 4 a 5 Kg<br />
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg<br />
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-Aptidões:<br />
Apresenta boa prolificidade (em torno de 140%), precocidade, bom rendimento<br />
de carcaça, é indicada para cruzamento industrial e apresenta boa rusticidade.<br />
03.2-Suffolk:<br />
-Características:<br />
-Origem: Inglaterra (cruzamento entre Southdown e Norfolk)<br />
-Localização: Inglaterra e Escócia<br />
-Orientação produtiva: carne<br />
-Cabeça: desprovida de lã, sem rugas, perfil convexo e ambos os sexos são<br />
mochos.<br />
-Orelhas: longas e levemente projetadas para baixo (pendulares)<br />
-Extremidades: desprovidas de lã<br />
*Garupa levemente inclinada.<br />
-Lã:<br />
-Características: ondulações irregulares, pouco nítidas e meduladas.<br />
-Espessura: 25 a 29 μm<br />
-Classificação: prima B, cruza 1 e 2.<br />
-Comprimento: 10 cm<br />
-Peso:<br />
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-Aptidões:<br />
-Reprodutores: 5 a 6 Kg<br />
-À campo: 4 a 5 Kg<br />
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg<br />
Apresenta boa prolificidade (cerca de 160%), precocidade, boa rusticidade e<br />
bom rendimento de carcaça. É indicada para cruzamentos industriais.<br />
03.3-Texel:<br />
-Características:<br />
-Lã:<br />
-Origem: Holanda (cruzamento entre Leicester, Lincoln e Southdown)<br />
-Localização: Holanda e França<br />
-Orientação produtiva: carne<br />
-Cabeça: completamente livre de lã<br />
-Orelhas: grandes, com pavilhão voltado para frente<br />
-Cascos e mucosas: pigmentados (pretos)<br />
-Medidas:<br />
-Peso:<br />
-Espessura: 27 a 30 μm<br />
-Qualidade: cruza 1 e 2<br />
-Comprimento: 10 cm<br />
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-Aptidões:<br />
-Reprodutores: 5 a 7 Kg<br />
-À campo: 4 a 5 Kg<br />
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg<br />
Rústica, produz bem no sistema extensivo ou semi-intensivo e produz ótima<br />
carcaça com gordura reduzida. Raça precoce e prolífera (cerca de 160%).<br />
Carneiros atingem cerca de 120 Kg, até 160 Kg e ovelhas atingem cerca 80 Kg,<br />
até 100 Kg.<br />
03.4-Ile de France:<br />
-Características:<br />
-Origem: França (cruzamento entre Merino e Dishley)<br />
-Localização: França e Itália<br />
-Orientação Produtiva:<br />
-Carne: 60%<br />
-Lã: 40%<br />
-Cabeça: perfil reto ou levemente convexo, lã cobre a cabeça até um pouco<br />
acima da linha dos olhos.<br />
-Lã:<br />
-Orelhas: horizontais ou levemente erguidas.<br />
-Cascos e mucosas: despigmentados.<br />
-Características: ondulações nítidas.<br />
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-Aptidões:<br />
-Medidas:<br />
-Peso:<br />
-Espessura: 23 a 27 μm<br />
-Classificação: amerinada, prima A, prima B e cruza 1<br />
-Comprimento: 8 cm<br />
-Reprodutores: 5 a 6 Kg<br />
-À campo: 4 a 5 Kg<br />
-Rebanho geral: 3 a 4 Kg<br />
Raça muito precoce com carcaça pesada de qualidade. Raça prolífera (cerca de<br />
160%).<br />
Carneiros atingem entre 110 e 160 Kg, ovelhas 80 Kg e os cordeiros apresentam<br />
bom ganho de peso, chegando a 23 Kg aos 70 dias (230g/dia).<br />
03.5-Dorper:<br />
-Características:<br />
-Origem: África do Sul (cruzamento entre Dorset Horn e Blackhead Persian)<br />
-Localização: África do Sul e Inglaterra.<br />
-Orientação produtiva: carne.<br />
-Variedades: Dorper Branco ou Dorper Cabeça Negra<br />
*Sem depósitos de gordura na cauda e cabeça.<br />
-Cabeça: chanfro semi convexo com rugas nos machos (mochos ou aspados).<br />
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-Orelhas: tamanho mediano implantados horizontalmente com o<br />
pavilhão auricular voltado para frente.<br />
*Cor branca na cabeça é permitida desde que não separe completamente a cor preta em<br />
duas partes<br />
-Cascos e mucosas: pigmentados.<br />
-Quarto dianteiro: pode ser preto ou com manchas pretas.<br />
-Lã: semi-lanada (pêlo e lã)<br />
-Aptidões:<br />
-Parte superior do corpo: mescla de pêlos e lã.<br />
-Região ventral e membros: pêlos curtos, lisos e macios.<br />
Boa adaptação, tanto para clima frio quanto para clima quente. Apresenta o<br />
primeiro cio por volta dos 6 meses de idade e também boa habilidade materna. A<br />
prolificidade varia entre 110 e 170%.<br />
Raça de crescimento rápido, ovelhas chegam aos 70 Kg e carneiros aos 110 Kg.<br />
04-Raças de Pele/Couro<br />
04.1-Somalis Brasileira:<br />
-Características:<br />
-Origem: África<br />
-Localização: Nordeste do Brasil<br />
-Orientação produtiva: carne, pele e leite.<br />
-Mucosas: pigmentadas<br />
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-Aptidões:<br />
-Cascos: pigmentados ou amarelos (pardos)<br />
-Pelagem: preta ou parda<br />
-Cabeça: perfil retilíneo, chanfro curto e são mochos.<br />
-Garupa: boa cobertura de gordura.<br />
-Cauda: curta, densa camada de gordura na base e terminação afilada.<br />
Raça prolífera, pouca lã no corpo, são animais rústicos e adaptam-se ao clima<br />
semi-árido.<br />
Produção leiteira: 450 mL em média (cerca de 1 L no pico de lactação).<br />
Peso do carneiro varia entre 40 e 60 Kg e da ovelha entre 30 e 50 Kg.<br />
04.2-Karakul:<br />
-Características:<br />
-Origem: Uzbesquistão, Irã, Índia e Afeganistão.<br />
-Localização: Ásia<br />
-Variedades: Arabi, Shiras, Konbar, Sur, Guligas ou Halili.<br />
-Orientação produtiva: pele (Astrakan)<br />
-Mucosas e cascos: pigmentados<br />
-Cabeça: mocha ou aspada em ambos os sexos. Cabeça pequena, estreita e perfil<br />
convexilíneo.<br />
-Lã: parte posterior e superior da cabeça, bem acima da linha dos olhos.<br />
-Pêlo: coloração varia<br />
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-Cola: inserção larga (formato triangular), comprida, ponta em forma de „S‟ e<br />
armazena gordura (6 Kg)<br />
-Lã:<br />
-Características: ondulações irregulares, pouco nítidas e meduladas.<br />
-Medidas:<br />
-Espessura: 30 a 80 μm<br />
-Comprimento: 11 a 20cm<br />
*Possui mais pêlos do que La;<br />
-Aptidões:<br />
Animal pouco pesado, rústico, adapta-se a diferentes climas (exceto muito<br />
úmidos).<br />
Carne praticamente isenta de gordura.<br />
04.3-Crioula:<br />
-Características:<br />
-Origem: Portugal e Espanha<br />
-Variedades: Fronteira (sul do RS), Serrana/Crioula Preta (Nordestes, RS e<br />
planalto de SC), Crioula Zebua/Ovelha de Presépio (Sul do Brasil).<br />
-Orientação produtiva: lã, couro e carne.<br />
-Lã: pelego bastante valorizado.<br />
-Mucosas: parcialmente ou totalmente pigmentadas.<br />
-Cabeça: perfil reto ou semi convexo, aspados ou mochos (fêmeas e machos)<br />
-Orelhas: sofre variações<br />
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-Lã:<br />
-Características: velo de pouca densidade e diâmetro muito variável. Lã de<br />
mechas longas e cônicas, de coloração variando de branco ao preto (amarelo, cinza e<br />
marrom).<br />
-Aptidões:<br />
-Medidas:<br />
-Espessura: 35 a 40 μm<br />
-Comprimento: 31 a 36 cm<br />
Boa prolificidade, puberdade precoce, alta rusticidade, boa habilidade materna,<br />
longeva, alta resistência à endoparasitoses e podedermite. Carne com pouca gordura e<br />
lã utilizada para artesanato e tapeçaria.<br />
Pele de qualidade industrial superior (alta resistência e suavidade).<br />
Apresenta cio o ano inteiro.<br />
04.4-Outras: Santa Inês e Morada Nova. São produzidas no nordeste e são<br />
utilizadas para carne e pele.<br />
05-Raças para Leite:<br />
05.1-Milchschaf:<br />
-Características:<br />
-Origem: Alemanha<br />
-Localização: Alemanha e Uruguai.<br />
-Cabeça: completamente livre de lã e perfil levemente convexo.<br />
-Cola: sem lá e fina.<br />
-Mucosas e cascos: despigmentados.<br />
-Peso: macho de 90 a 130 Kg e fêmea de 70 a 90 Kg<br />
-Lactação: de 7 a 8 meses com produção de 500 L por lactação, no pico da<br />
lactação chega a produzir 3,2 L/dia.<br />
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-Aptidões:<br />
Pouco rústica (alta mortalidade a campo), boa prolificidade (150%), longo<br />
período de anestro, ótima aptidão a ordenha mecânica (boa implantação dos tetos) e<br />
composição do leite (6 a 7% de gordura).<br />
05.2-Awassi:<br />
-Características:<br />
-Origem: Israel<br />
-Cabeça:<br />
-Pele: manchas vermelhas e marrons<br />
-Orelha: compridas e largas<br />
-Aspas: machos e fêmeas podem ser.<br />
-Cola: com reserva de gordura.<br />
-Peso: macho pesa de 90 a 120 Kg e fêmea entre 60 e 80 Kg.<br />
23<br />
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-Aptidões:<br />
Tetos grandes, elevados e laterais, possui pouca aptidão a ordenha mecânica,<br />
pouca precocidade sexual, baixa prolificidade e produção leiteira no pico entre 2 e 4L<br />
com composição de 7,5% de gordura<br />
05.3-Assaf:<br />
-Características:<br />
-Aptidões:<br />
-Origem: Israel<br />
-Localização: Espanha e Israel.<br />
-Peso: machos com 90 a 120 Kg e fêmeas 65 a 75 Kg.<br />
-Tetos grandes e implantação horizontal, com pouca aptidão a ordenha<br />
mecânica, boa precocidade sexual, boa prolificidade. Produção leiteira de 2,5L/dia com<br />
6,3% de gordura.<br />
05.4-Lacaune:<br />
-Características:<br />
-Possui variedade de leite e de carne.<br />
-Peso: machos com 80 a 100Kg e fêmeas com 60 a 80 Kg.<br />
24<br />
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-Aptidões:<br />
Ordenha sem intervenção manual, boa precocidade sexual, boa prolificidade<br />
(150%), cordeiro pesado (carne) e produção leiteira com 1,9L/dia com 7,4% de gordura.<br />
05.5-Manchega:<br />
-Características:<br />
-Aptidões:<br />
-Origem: Espanha<br />
-Pode servir para leite ou para carne<br />
-Peso: machos com 90 a 100Kg e fêmeas com 60 a 70Kg.<br />
Tetos bem implantados, boa precocidade sexual, boa prolificidade, rústica e<br />
possui pouca estacionalidade sexual. Produção de 1,2L/dia com 8% de gordura.<br />
05.6-Sarda:<br />
-Características:<br />
-Origem: Itália<br />
-Peso: machos com 60 a 70 Kg e fêmeas entre 40 e 50 Kg.<br />
25<br />
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-Aptidões:<br />
Tetos bem implantados com boa capacidade cisternal, boa precocidade sexual,<br />
pouca carne, boa aptidão para ordenha mecânica. Produção leiteira de 1,5L/dia com 6%<br />
de gordura.<br />
Reprodução<br />
Introdução<br />
-Puberdade:<br />
-Machos: 3 a 6 meses<br />
-Fêmeas: 5 a 10 meses (realmente 18 meses);<br />
-Vida Reprodutiva:<br />
-Machos: 3 a 4 anos<br />
-Fêmeas: 5 a 6 anos<br />
-Coberturas: ocorrem no outono (fotoperíodo decrescente) fazendo com que isto<br />
modifique a secreção de gonadotrofinas hipofisiárias (por ação da melatonina produzida<br />
pela glândula pineal) aumentando LH.<br />
-Freqüência do Ciclo Estral: de 14 a 19 dias.<br />
-Duração do Cio: 12 a 36 horas, cerca de 6% das fêmeas entram em cio em um<br />
mesmo momento.<br />
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-Relação Reprodutiva (macho:fêmea): 1 macho para cada 20 fêmeas, podendo<br />
chegar até 1:100, porém com muita repetição de cio.<br />
-Duração da Gestação: 5 meses.<br />
-Taxa de Reposição: 20% (em 5 anos tem-se total renovação do rebanho).<br />
Fases da Reprodução (cronograma reprodutivo)<br />
-Seleção de animais;<br />
-Coberturas;<br />
-Gestação;<br />
-Parto;<br />
01-Seleção dos Animais<br />
01.1-Machos:<br />
-Possíveis Problemas: morquida, criptorquida, aderências, fibroses, orquite, tamanho do<br />
perímetro escrotal e foot-rot. A avaliação é feita 60 dias antes da estação de monta.<br />
-Circunferência e Perímetro Escrotal de Carneiros: o ideal é acima de 30 cm e menos<br />
de 25 cm é questionável.<br />
-Altura (comprimento testicular): ideal é entre 12 e 18 cm<br />
-Lã: lã na face interfere sobre a fertilidade. Deve-se aparar antes do ato reprodutivo.<br />
-Causas de Queda de Lã: verminoses, umidade, ectoparasitos<br />
(sarna/piolho), subnutrição, podridão do casco, estresse e intoxicação por cobre.<br />
-Avaliação Espermática:<br />
-Volume: média de 1 mL (entre 0,5 e 2 mL);<br />
-Concentração: 3 bi/mL<br />
-Motilidade: 75%<br />
-Espermatozóides Normais: 90%<br />
-Células Vivas: 120 milhões;<br />
* Efeito Macho:<br />
Este tratamento consiste em deixar os reprodutores ou rufiões afastados das<br />
fêmeas por um período de 30 dias, podendo chegar até 60 dias. As fêmeas não podem<br />
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ter contato visual, olfativo e auditivo com os machos. Após este período de separação,<br />
os reprodutores ou rufiões são introduzidos ao lote novamente. A resposta ao „efeito<br />
macho‟ é desencadeada em 48 horas. Após o 5º dia, as fêmeas começam a apresentar<br />
sinais de estro. Este efeito se deve a liberação do hormônio LH em ambos os sexos,<br />
influenciados pelo estímulo social.<br />
De caráter prático e baixo custo, o „efeito macho‟ pode ser utilizado na indução<br />
do estro em fêmeas estacionais.<br />
*Rufião: são machos que não conseguem através da monta, copular por completo. Estes<br />
machos sofrem um procedimento cirúrgico, desvio do pênis ou vasectomia. Ambos<br />
procedimentos são realizados para que este macho não consiga fecundar as fêmeas. Este<br />
macho geralmente recebe uma marcação no peito, e no momento da monta, ele pinta o<br />
dorso da fêmea, constatando que a mesma encontra-se no cio.<br />
A temporada de cobertura que normalmente inicia em fevereiro-março, deve<br />
durar 42 dias. Nas primeiras duas semanas do encarneiramento colocar no peito dos<br />
carneiros tinta amarela (mistura de tinta em pó com graxa de ovelha ou patente ou até<br />
mesmo água), nas duas semanas seguintes utilizar tinta vermelha. Após os 42 dias de<br />
encarneiramento retirar os carneiros do rebanho. Dois dias depois colocar no rebanho já<br />
coberto 1-2% de rufiões com tinta preta no peito por três semanas.<br />
01.2-Fêmeas:<br />
-Possíveis Problemas: abandono de cordeiros, mastite, agalaxia/hipogalaxia, vulva<br />
infantil, falta de tetos, prolapsos, secreções vaginais e abortos.<br />
-Escore Corporal:<br />
Estado Fisiológico EC<br />
Cobertura 3 a 3,5<br />
Terceiro mês de gestação 3 a 3,5<br />
Parto 3,5<br />
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Ovelha com 45 dias de lactação 2,5 a 3,5<br />
Desmame (secar ovelha) 2, a 2,5<br />
*Pode-se fazer a utilização de flushing, o qual oferece para a ovelha uma dieta rica em<br />
energia e proteína 2 a 3 semanas antes da ovulação, para alcançar um escore corporal de<br />
2,5 a 3.<br />
02-Coberturas:<br />
-Natural: monta e cio ocorrem naturalmente. A cobertura se dá no outono e os<br />
partos são concentrados nos meses de julho, agosto e setembro. Pode-se fazer o<br />
desmame convencional aos 90 dias (forçado).<br />
-Com intervenção: utilizando sincronização de cios. Pode-se utilizar o sistema<br />
STAR de coberturas (5 partos em 3 anos).<br />
Sistema STAR (5 partos em 3 anos)<br />
3 partos em 2 anos:<br />
29<br />
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Sincronização de Cios (protocolo):<br />
-Dia 0: formação dos grupos, pesagem e mensuração do escore corporal.<br />
Implantação de esponjas (progesterona + tetraciclina : 0,25mL/esponja).<br />
-Dia 8: aplicação de eCG : 500UI<br />
-Dia 9: retirada das esponjas<br />
-Dia 10: monta ou inseminação artificial (via intracervical ou por laparoscopia)<br />
Vantagens da IA:<br />
03-Gestação:<br />
-Menor número de machos: 1 ejaculado supri 25 inseminações.<br />
-Cobertura semanal: 1 macho para 20 coberturas.<br />
-Diagnóstico de Gestação:<br />
-Ultrassonografia: a partir dos 30 dias;<br />
-Testes Hormonais: dosagem de sulfato de estrona, proteína B específica<br />
ou progesterona.<br />
-Palpação abdominal e baloteamento: pouco prático.<br />
-Manejo: escore corporal entre 2,5 e 3,0, vacinação e desverminação em dia,<br />
corte dos cascos, desolhe (corte da lã da face), descole (corte da lã do períneo e úbere),<br />
diagnóstico de gestação e alimentação.<br />
04-Parto:<br />
Deve ser em local seco, limpo e protegido. O cordeiro após o nascimento deve<br />
estar em pé no máximo em 2 horas e mamar no máximo em 30 minutos.<br />
*Deve-se fazer a desinfecção do umbigo com iodo.<br />
-Manejo do Cordeiro:<br />
-Descola: executada entre 7 e 15 dias. Pode-se utilizar ferro quente, anel<br />
de borracha, emasculador transescrotal e cirúrgico.<br />
tatuagem.<br />
-Marcação: executada entre 7 e 15 dias. Pode-se utilizar brincos e<br />
-Vacinação: aos 30 dias primeira dose contra enterotoxemia e segunda<br />
dose aos 60 dias (quando ovelha não foi vacinada).<br />
-Desverminação: realizada aos 45 dias.<br />
30<br />
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Instalações<br />
-Desmame: aos 90 dias.<br />
O que levar em consideração:<br />
-Finalidade da exploração;<br />
-Localização da propriedade (deve ser longe de cidades);<br />
-O sistema de criação adotado;<br />
-A disponibilidade financeira;<br />
01-Aprisco: é uma instalação para recolher os ovinos durante a noite ou para confinálos.<br />
Dependendo do tempo que os animais irão permanecer neste local, eles devem ter<br />
acesso a cochos de ração e sal mineralizado e bebedouros. Tem grande importância na<br />
proteção do rebanho contra predadores e contribui para diminuir a taxa de mortalidade<br />
de cordeiros devido a condições ambientais desfavoráveis.<br />
-Localização: deve ser escolhida cuidadosamente. O local deve ser alto, seco,<br />
próximo dos silos ou depósitos de ração e de fácil acesso por caminhões. O ideal é que<br />
seja feita a construção próxima da casa da pessoa que irá cuidar do rebanho, calculando<br />
uma distância mínima e observando a direção do vento para evitar o mau cheiro.<br />
-Tipo da Construção: não há um modelo padrão de aprisco. O material utilizado<br />
depende do custo, da durabilidade e disponibilidade na região. O custo é fator decisório<br />
na escolha, mas a construção deve ser funcional, durável e exigir pouca manutenção.<br />
-Ventilação: em função das condições climáticas no Brasil, não há necessidade<br />
de construir apriscos totalmente fechados. Em regiões de clima frio, pode-se trabalhar<br />
no inverno, com cortinados para barrar o vento<br />
-Iluminação: uma iluminação satisfatória é obtida quando se utiliza uma<br />
lâmpada de 100 watts para cada 37m 2 de área no piso. Nas baias maternidades, podem<br />
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ser colocadas campânulas elétricas para manter os cordeiros recém nascidos aquecidos<br />
em regiões de clima frio.<br />
-Água: os apriscos devem ter bebedouros com bóia. Para evitar perdas causadas<br />
pela falta de água é interessante ter um reservatório com capacidade de armazenar água<br />
o suficiente para atender a demanda de três dias.<br />
-Área:<br />
-Piso: o melhor piso é o ripado, o qual permite que as fezes e a urina caiam e<br />
fiquem distantes dos animais. A altura deste piso do chão deve ser o suficiente para que<br />
a limpeza seja realizada com facilidade, no mínimo 1,5 m. Recomenda-se que o chão<br />
seja cimentado e com um declive de no mínimo 2%. A largura recomendada para as<br />
ripas é de 5 cm e a espessura de uma polegada. O espaçamento entre as ripas deve ser<br />
de exatamente 2 cm. Para cordeiros recém-nascidos seria interessante reservar algumas<br />
baias forradas com palhada (cama), para evitar que o animal prenda a pata ficando sem<br />
mamar ou até mesmo se machucando<br />
-Divisórias: podem ser feitas de diferentes materiais. No caso da madeira, as<br />
medidas são as mesmas das divisórias utilizadas no curral de manejo. A altura<br />
recomendada é de 1,0 a 1,3 m.<br />
02-Cercas: o número de fios de arame necessários é superior ao das cercas construídas<br />
para bovinos, por exemplo. Se a cerca não for bem feita, os animais passam facilmente<br />
por ela, dificultando o manejo principalmente nas épocas de reprodução e nascimento<br />
de cordeiros. O número de fios de arame varia de 6 a 8 e a altura de 0,90 m a 1,20 m. Os<br />
quatro primeiros fios podem ter distância de 10 cm entre si, e a partir do 5º fio pode-se<br />
espaçar mais, com cerca de 15 cm ou 20 cm entre eles.<br />
Para ovinos a utilização de cercas teladas é interessante, entretanto, o custo alto<br />
nem sempre permite o uso. A cerca elétrica é uma outra opção. Ela pode ser formada<br />
por 2 fios, sendo o primeiro distante do solo 10-15 cm e o segundo distante do primeiro<br />
20 cm. No caso da cerca elétrica com 2 fios, a lã pode proteger o ovino do choque na<br />
hora que ele tentar passar.<br />
32<br />
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03-Centro de Manejo: deve ser planejado para a realização de atividades, tais como:<br />
pesagem, vermifugação, vacinação, banho sarnicida, casqueamento, tosquia, corte de<br />
cauda, apartação entre outras. A área é calculada em função da categoria mais numerosa<br />
que irá se trabalhar no curral, provavelmente a das ovelhas. Recomenda-se 1m 2 /animal<br />
desta categoria. O centro de manejo é composto por baias, seringa, brete, pedilúvio,<br />
balança, banheira sarnicida e escorredouro.<br />
03.1-Baias: baias interligadas de forma a facilitar a condução dos animais até o<br />
brete e a separação quando necessária.<br />
03.3-Seringa: é uma área no curral de manejo que afunila fazendo com que os<br />
animais entrem um a um no brete.<br />
03.3-Brete: as medidas do brete são de fundamental importância para o manejo.<br />
Se o brete for muito largo os animais podem se virar dentro e complicar o trabalho. Um<br />
brete alto demais não permite uma boa contenção, dificultando aplicações de vacinas e<br />
vermífugos, visualização do brinco e/ou tatuagem. As medidas são: 50cm para largura<br />
superior, 35cm para largura inferior, 80cm para altura e 5 a 11m de comprimento.<br />
04-Cocho: se os animais permanecem por muitas horas no aprisco, é interessante que<br />
sejam suplementados. Para isso, tem que ser calculado quantos metros de cocho são<br />
necessários, em função do número de animais que as baias comportam. Na tabela 3<br />
observam-se quantos cm de cocho são necessários para cada animal.<br />
Produtos<br />
01-Carne:<br />
País Peso da Carcaça (Kg)<br />
EUA 35<br />
Reino Unido 18<br />
Uruguai 13 a 20<br />
Espanha 10<br />
33<br />
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Brasil (Rio – SP)
-Ruim: apresenta tecido muscular pouco desenvolvido, consistência dura<br />
(fibrosa), perfil côncavo, gordura de cobertura ausente, musculatura vermelho escuro e<br />
peso desproporcional a idade.<br />
Conformação das Carcaças: distribuição e proporção das diferentes partes que<br />
compõem o corpo do animal. Se dá pela apreciação visual da carcaça (quente ou fria). É<br />
uma avaliação subjetiva.<br />
Conformação / Perfil Muscular: convexas (C), subconvexas (SC), retilíneas<br />
(RE), subretilínea (SR), côncavas (CO) e industrialização (I).<br />
*Reino Unido: classificação em superior, excelente, muito boa, regular, ordinária e<br />
pobre.<br />
Acabamento: distribuição de gordura na carcaça. Classificado em: magra<br />
(gordura ausente), escassa (1 a 2mm d espessura), mediana (2 a 5mm de espessura),<br />
uniforme (5 a 10mm de espessura) e excessiva (acima de 10mm de espessura). Ou<br />
pode-se utilizar escala de 1 a 5 (excessivamente magra a excessivamente gorda).<br />
Marmoreio: estimativa visual da gordura intramuscular do músculo Longissimus<br />
dorsi por secção transversal entre a 12ª e 13ª costela. Classificado entre 1 e 5.<br />
*Pode ser mensurado no animal vivo por ultrassonografia, verificando a área de olhode-lombo<br />
(rendimento) e espessura de gordura subcutânea (precocidade).<br />
Coloração: visualização do músculo Longissimus dorsi por secção transversal<br />
entre a 12ª e 13ª costela. Classificado entre 1 e 5 (rosa claro a rosa escuro).<br />
Tipificação da Carcaça: classificação e padronização para o produto<br />
35<br />
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02-Leite:<br />
Consumo: in natura e derivados (queijo, iogurte, doce de leite, sorvete e<br />
requeijão).<br />
bovino.<br />
Características:<br />
-Cor e Odor: „sui generis‟<br />
-Sabor: distinto, devido a presença do ácido caprílico e cáprico<br />
-Gordura: maior proporção de ácidos graxos em comparação ao do<br />
Composição: 18,8% matéria seca (4,8% lactose, 5,5% proteínas e 7,5%<br />
gordura), 81,2% água e 1% minerais,<br />
Comparação entre espécies:<br />
Fatores que alteram a produção e composição do leite: raça, manejo produtivo,<br />
idade da ovelha e número de partos, tipo de parto, fase da lactação, sistema de ordenha,<br />
intervalo entre ordenhas, estado nutricional, variação diária, morfologia do úbere,<br />
sanidade da glândula mamária e sistema de criação.<br />
1-Raça:<br />
36<br />
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2-Manejo Produtivo:<br />
-Ciclo natural: 1 parto/ano<br />
-Sincronização de cios: 3 partos/2anos<br />
3-Idade e número de partos:<br />
-Produção quantitativa: partos aos 2 e 3 anos possuem produção 13 e 32%<br />
maior que o primeiro parto.<br />
-Produção qualitativa: o teor de gordura/proteína é maior no 1º e 4º parto, sendo<br />
menor no 2º e 3º partos.<br />
4-Tipos de parto:<br />
-Múltiplos: tem-se maior produção por maior estimulação e conseqüente maior<br />
desenvolvimento da estrutura glandular.<br />
5-Fase da lactação: produção é crescente até a 4ª semana e composição possui o efeito<br />
inverso.<br />
Produção de Leite<br />
37<br />
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6-Sistema de ordenha:<br />
-Manual: 50 a 75 animal/hora<br />
-Mecânica: 70 a 100 animal/hora<br />
-Intervalo entre ordenhas: ideal é de 12 horas. Após 16 horas tem-se diminuição<br />
da secreção e produção, com aumento da pressão intramamária, formação de inibidores<br />
(FIL – Feedback Inhibitor of Lactation) e diminuição do fluxo sanguíneo.<br />
7-Peso e estado corporal: 2,5 a 3,5 de escore corporal.<br />
8-Úbere: tamanho de úbere, cisterna e tipo de úbere.<br />
*Braço de Sagy: auxilia na ordenha mecânica.<br />
9-Sanidade da glândula mamária:<br />
-Contagem de Células Somáticas (CCS): é inversamente proporcional a curva de<br />
produção leiteira (menor valor é atingido na 5ª semana);<br />
Ordenha (etapas)<br />
1.Apenas higienizar o úbere. Lavar somente se houver muitas sujidades.<br />
2. Colocação das teteiras;<br />
3. Ordenha mecânica: extração do leite desde a colocação das teteiras até a retirada das<br />
mesmas, ou até que se inicie a operação do “apurado máquina”.<br />
4. Massagem intermediária: mãos do ordenhador sobre o úbere para massageá-lo<br />
durante a ordenha mecânica.<br />
5. Apurado-máquina: massagem do ordenhador no úbere com as teteiras (antes de fazer<br />
a retirada).<br />
6. Retirada das teteiras;<br />
7. Repasso à máquina (ordenhadeira): segunda seqüência da ordenha (após breve tempo<br />
de espera)<br />
8.Repasso manual: ordenha manual depois de retirada das teteiras<br />
9. Aplicação de desinfetante: imersão dos tetos em solução iodada (última operação)<br />
38<br />
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Referências Bibliográficas<br />
SOBRINHO, A. G. S. Criação de Ovinos. 3 ed. Funep, Jaboticabal : São Paulo, 2006.<br />
GONÇALVES, L.C., BORGES, I. Manual Prático de Caprinos e Ovinocultura.<br />
UFMG, Belo Horizonte, 2002.<br />
Aulas de Ovinocultura : CAV/UDESC. Professor Márcio Vargas Ramella<br />
Instalações para Ovinos. Disponível em http://www.crisa.vet.br/exten_2001/instal1.htm<br />
39<br />
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